Revista Todo Pirque - octubre 2024

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Portada Octubre 2024 Huerto de Lili de "La Jardinera" Foto: Juan Andrés Acuña C.

Director y Representante Legal

Juan Andrés Acuña Cruz juanandres@todopirque.cl

Directora Comercial

M. Isabel Valdés isabel@todopirque.cl

Diagramación

Pablo Acuña Valdés pablo@todopirque.cl

Periodista

Amanda Contreras M.

Impresión Gráfica Andes

Revista Todo Pirque · Edición Nº 316

Colaboran

Club de Jardines de Pirque

Marcelo Arré I. Municipalidad de Pirque

Para Publicar

+569 9 407 4235 | +569 9 231 9855 www.todopirque.cl revista@todopirque.cl TodoPirque

EDITORIAL

Estimados Lectores,

Con la llegada de la primavera, el paisaje de Pirque se transforma, los días se alargan y la naturaleza vuelve a reclamar protagonismo. Es un tiempo de renacimiento y energía renovada. En esta edición de Todo Pirque, celebramos esta estación de crecimiento y te invitamos a descubrir el fascinante mundo de las infusiones de hierbas, de la mano de Liliana Pérez, más conocida como Lili de La Jardinera @La_jaudinera_by_lili. Con raíces tanto en Pirque como en Suiza, nos comparte su historia, su amor por las plantas y el arte de transformar lo que crece en su huerta en infusiones que no solo cuidan el cuerpo, sino también el alma.

Pero la primavera no es lo único que florece este mes. Nos acercamos a un hito importante para nuestra comunidad: las elecciones municipales del 26 y 27 de octubre, donde decidiremos quiénes serán nuestros próximos Alcalde y Concejales. En esta edición, te presentamos a algunos candidatos para que tomes una decisión informada y sigamos construyendo juntos el Pirque que todos soñamos.

Los invitamos también a leer el reportaje desarrollado sobre el “Día del guardaparque”, en nuestra comuna contamos con el Parque Nacional Rio Clarillo, y siguiendo la misma lines queremos recordarles que vivir en un entorno tan privilegiado como el nuestro conlleva responsabilidades. Cuidar nuestros recursos naturales, desde el agua hasta nuestras áreas silvestres, es una tarea que nos compete a todos. El reciclaje, la educación ambiental en los más pequeños y el uso responsable de productos como pesticidas son acciones que, aunque pequeñas, marcan la diferencia. Pirque se lo merece y juntos podemos asegurar un futuro más verde y sostenible.

Juan Andrés Acuña Cruz

Director revista Todo Pirque

+569 7871 1776 www.fersanferreteria.cl

Bomberos 132

65 Comisaría Carabineros de Pirque 22 922 6280 Plan Cuadrante +569 9 929 1900

Posta Puntilla 22 854 60 33

Posta Principal 22 854 70 40

Posta Lo Arcaya 22 854 70 38

Posta San Vicente 22 854 70 38

Posta Santa Rita 22 854 65 13

PDI: 22 850 0110

Emergencia Cesfam: 22

Ambulancia: 131

Parroquia de Pirque Santísimo Sacramento 22 853 11 00

I. Municipalidad de Pirque 22 385 85 00

Emergencias Municipales +569 7 518 0545

Alumbrado Público 22 927 3732, opción 5

UN CÁNCER EVITABLE Y ERRADICABLE

El cáncer cérvico uterino en Chile, es el cuarto cáncer más frecuente en la mujer donde fallecen al año 790 mujeres (2023). Es un cáncer infeccioso al estar relacionado con el virus papiloma humano (VPH), casi en un 100%.

Existen más de 100 tipos de VPH y sólo algunos pocos están relacionados con el cáncer cérvico uterino, los tipos 16 y 18 producen más del 70% de los cánceres. En el desarrollo del cáncer es necesario la infección PERSISTENTE. Si bien es la enfermedad de transmisión sexual más frecuente en los humanos, más del 80% de las personas se infectan, en el 90% de éstos casos la infección es transitoria, el virus es eliminado y desaparece espontáneamente. El gran desafío es diagnosticar en forma precoz aquellas personas que la infección persiste y desarrollen una lesión precancerosa.

Existen tres métodos de prevención, la vacuna contra el VPH (niños y niñas), el Papanicolaou (PAP) y el test de detección de VPH. Para esto es fundamental el control ginecológico anual. El diagnóstico de una lesión precancerosa es tratable y curativa siempre.

SOMOS ESPECIALISTAS EN EL RUBRO AGRÍCOLA, FORESTAL Y DE JARDINERÍA.

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e l s u e ñ o d e l a g u a p o t a b l e p a r a s u s h o g a re s

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p o t a b l e p a r a S A N J UA N

E s t a n o t i c i a , t a n e s p e r a d a , d e j a a t r á s a ñ o s d e i n c e r t i d u m b re , d o n d e l a

c o m u n i d a d d e S a

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n a n c i

a ñ o s y a e s re a l i d a d

Pirque cuenta con la PRIMERA clínica ginecológica móvil que acercará los servicios de salud a la comunidad. Se trata de un vehículo especialmente diseñado para realizar evaluaciones y exámenes obstétricos,al alcance de la comunidad.

e s p a c i o s p ú b l i c o s e n n u e s t r a c o m u n a

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C o n s t r u c c i ó n Pa rq u e O r i l l a d e R í o, f i n a n c i a d o p o r e l G o b i e r n o Re g i o n a l

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c o m u n i d a d : p l a n t a d e t r a t a m i e n t o y a l c a n t a r i l l a d o p a r a e l v i l l o r r i o

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e n o r m e s re c u r s o s q u e s e n e c e s i t a b a n p a r a c o n c re t a r e s t a o b r a

A p a r t i r d e e s t a p u e s t a e n m a rc h a e l c o m i t é d e A P R d e l v i l l o r r i o c o m e n z a r á

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t o d o e l p ro c e s o

INFUSIONES

con alma La Jardinera

Liliana Pérez, apasionada por las plantas y su poder sanador, ha dado vida a La jardinera, su emprendimiento de hierbas de la zona central de Chile, que rescata las propiedades y beneficios de estas a través de infusiones sacadas directamente de la huerta de su casa en Pirque.

“Siempre he tenido esta intuición de que lo que crece alrededor de nosotros es súper beneficioso”, dice Liliana Pérez, quien ha vivido parte de su vida en Pirque y Suiza, siempre rodeada de naturaleza. En su casa en la comuna, tiene repleto de árboles y plantas, las que cuida con suma dedicación. Desde pequeña le ha interesado el mundo vegetal, repleto de diferentes especies de flores y hierbas, y recuerda con una gran sonrisa que aún conserva “el cuaderno de chica donde tenía herbarios”.

Confeccionar cada una de sus infusiones es un proceso lento, que inicia en lo profundo de la tierra para luego llegar a la taza de tu mesa. Lili debe comenzar meses antes, plantando las variadas hierbas en diferentes zonas de su patio.

Estudió y trabajó muchos años en Suiza, lugar que siguió fomentando su interés por la flora: “Allá las hierbas están en todas partes, todas comestibles, todo se puede tomar y hay muchos árboles”, cuenta.

Aunque en un principio realizaba tisanas como pasatiempo y una actividad en la cual compartir con sus amigos, hace un año que decidió crear su emprendimiento, motivada por sus familiares y amigos, que siempre le pedían alguna de sus infusiones aromáticas, que tenían propiedades tanto digestivas como relajantes y tonificantes.

Además del conocimiento que le ha brindado su interés y contacto con la tierra a lo largo de toda su vida, se ha potenciado a través de estudios en fitoterapia en la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM) y actualmente está cursando un diplomado en la Universidad de Concepción, para conocer más sobre los principios activos de las diferentes hierbas.

También, Lili comparte el conocimiento a través de talleres y encuentros que organiza en su propia casa. “Hago talleres de plantas silvestres comestibles con doctores de la Universidad Católica de Valparaíso y vienen muchas personas de todo Chile, y lo hago aquí (su casa), bien chiquitito, privado e íntimo, entonces compartimos muchos conocimientos”, cuenta.

EL ARTE DE HACER INFUSIONES

Confeccionar cada una de sus infusiones es un proceso lento, que inicia en lo profundo de la tierra para luego llegar a la taza de tu mesa. Lili debe comenzar meses antes, plantando las variadas hierbas en diferentes zonas de su patio. Al respecto, agrega: “He ido redescubriendo en qué sectores me crece mejor la caléndula, la amapola, etc. Primero parto por el plantín y espero más o menos unos 8 o 9 meses, luego cosecho dependiendo de la luna y seco artesanalmente”.

Por otro lado, el secado es un cuidadoso proceso que conlleva experiencia e intuición. Lili señala que “tienes que estar tocando, sintiendo el aroma. La mejor manera de saber cuando está seco es al tacto”. También, explica que estas deben estar en condiciones ideales, como lo son un lugar sin humedad y más bien seco, con semisombra y que circule la cantidad justa de aire para que se ventile, pero que tampoco pierda los aceites esenciales.

Luego viene el proceso de limpieza de la planta, que implica limpiar los tallos de algunas y seleccionar las partes que sirven para la infusión, todo esto con sumo cuidado de mantener la esencia de esta, para que una vez en la bolsita puedan reconocerse las unas de las otras. “Siempre le digo a la gente cuando me compra que me gustaría que abrieran la bolsita después de tomarse la infusión, porque ahí van a ver que la hoja está entera, que conserva mucho de su físico. Eso es muy lindo”, explica Lili.

Por otro lado, sus bolsitas están hechas de fécula de maíz, un ingrediente natural y biodegradable que, a diferencia de los envases industriales, no contiene bisfenol, una sustancia química que se utiliza para fabricar ciertos plásticos y resinas y la cual estudios e investigaciones han concluido que, a ciertos niveles de exposición, puede causar cáncer en las personas.

LA INFUSIÓN PERFECTA

¿Cómo se debe tomar una infusión de forma correcta? Aunque muchos tienen su propia manera de beber una tisana o agua de hierbas, existe una forma que puede potenciar los aceites esenciales y las propiedades de cada planta presente en la.

Para poder aprovechar todos sus beneficios, lo ideal es utilizar agua purificada y de gran calidad, ya que el aroma de la infusión va a cambiar dependiendo del agua utilizada, la que además debe estar a una

temperatura de 80° a 100° al momento de ser servida.

Luego, hay que revolver unas cuantas veces y tapar la taza unos minutos. Sobre esto, Lili cuenta: “No todas las hierbas medicinales tienen aceites esenciales, pero por ejemplo, la menta tiene mucho aceite esencial, la manzanilla no tiene tanto, la artemisa si, entonces, por eso debes tapar la taza de dos a tres minutitos, para conservar los aceites esenciales”.

Por último, luego de destapar, debemos sacar el saquito con las diferentes hierbas, ya que mucho tiempo en la taza puede provocar que el sabor sea muy amargo y que los principios activos de cada una pierdan su potencia.

PASIÓN EN CADA INFUSIÓN

“Lo que surgió de todo este cariño y amor hacia las plantas es hacer algo para la gente y fomentar que podemos prevenir con ellas sin necesidad de estar enfermos”, explica Lili, quien además desea enseñarle a las personas sobre las propiedades de cada hierba, para que aprendan y se animen a observar y descubrir las especies que tienen en sus propias casas.

Para Lili, es importantísimo que las personas se atrevan a probar más cosas provenientes de la tierra, sobre todo de nuestra zona: “Aquí se da mucho la caléndula y la gente la tiene de repente como ornamental, pero, ¿una caléndula en una ensalada? Quedas como reina. ¿Una caléndula en agüita después de haber comido un asado? Es balsámico. La caléndula es balsámica, o sea, te va a dar un efecto relajante sí o sí”.

Todas sus hierbas son cosechadas en la huerta de su patio y en caso de que le llegase a faltar un poco de alguna, las consigue con una cooperativa de mujeres de la quinta región, que están certificadas por la OMS. Para la emprendedora, es esencial saber de dónde proviene cada planta, las que en su mayoría, son de su propio patio: “Sé de dónde vienen. Sé que las riego con agua potable y no con agua de acequia, o que no las fui a buscar a orilla de camino”.

De las seis variedades que posee hasta el momento, todas son principalmente digestivas y relajantes. Lili señala que las combinaciones “van a ir relacionadas con el principio activo que tiene cada planta, para que se potencien. Porque hay una sinergia entre sí, todas se complementan. Por ejemplo, la infusión que tiene artemisa y salvia, esas principalmente la potencie más para las mujeres, porque las dos son súper emenagogos (que pueden estimular el flujo sanguíneo en el área de la pelvis y el útero)”.

Lili se guía por las regulaciones de la Organización Mundial de la Salud (OMS) y del Ministerio de Salud para los gramajes correspondientes de cada hierba, manteniéndose por debajo de la máxima recomendada. “Las tisanas que hago son seguras en ese aspecto, porque estoy ocupando una dosis baja y las plantas que ocupo son de baja toxicidad”, destaca.

“Creo conocer bien las plantas. Los principios activos y la parte fitoquímica de estas”, reflexiona Lili, agregando que su parte favorita de lo que hace es poder ver la evolución de cada vegetal: “Voy trabajando día a día en la observación. Eso es lo que más me gusta, ver cómo crecen, los procesos, la limpieza”. Cada infusión que produce, Lili la confecciona con un profundo amor por la tierra y la naturaleza, el que ha cultivado a lo largo de su vida, asegurando que cada hierba sea cuidada con dedicación y ofrecida en su mejor estado para quienes buscan una experiencia auténtica y saludable.

Te invitamos a conocer más detalles sobre el proceso de elabora ción y la variedad de infusiones que La Jardinera tiene para ofrecer te en su Instagram @la_jardinera_by_lili.

También, puedes contactarla a tra vés de su teléfono: +569 9 998 8401 o su correo: lili@lajardinera.me. Encuentra sus productos en @la bolleriapirque (Av. Alcalde Hernán Prieto 3285, Pirque).

AYURVEDA

BIENESTAR DURADERO

"Somos lo que comemos". Esta frase cobra un significado profundo en el Ayurveda, una ciencia india que promueve el equilibrio entre cuerpo, mente y espíritu mediante la alimentación. Ayurveda proviene del sánscrito: Ayur significa “Vida” y Veda “Conocimiento”. Más que una dieta, el Ayurveda es un estilo de vida que alinea nuestra alimentación con nuestra constitución individual o dosha (Vata, Pitta o Kapha). Personalizar los alimentos según nuestro dosha mejora la digestión, el sueño y los niveles de energía, priorizando ingredientes naturales y frescos para prevenir enfermedades y promover una alimentación más consciente. El Ayurveda también nos enseña a sintonizarnos con nuestras necesidades físicas y emocionales, fomentando un equilibrio entre cuerpo y mente. Al adoptar este enfoque integral, reducimos el estrés, mejoramos la claridad mental y potenciamos nuestro bienestar. Si buscas un camino más natural y holístico para cuidar tu salud, el Ayurveda puede ofrecerte un bienestar duradero y más profundo. Macarena Baeza de la Fuente.

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Parque Nacional Río Clarillo:

Cuidando la biodiversidad, protegiendo el futuro

A principios de este mes, CONAF y el Gobierno de Chile conmemoró el Día Nacional de las y los Guardaparques, el que fue un momento de apreciación y reconocimiento de la incansable labor de estos guardianes de la naturaleza y en donde también se mostraron avances de un nuevo Servicio de Biodiversidad y Áreas Protegidas (SBAP).

Las y los guardaparques juegan un rol fundamental en la protección y cuidado de los diferentes parques y reservas naturales que tenemos a lo largo de nuestro país. Además, estos se encargan de la prevención de incendios forestales, el control de la caza, la educación de la población y el cuidado general del parque.

Carlos Peña, quien este año cumple 41 años como administrador del Parque Nacional Río Clarillo —cargo que dejará en diciembre de este año—, estuvo presente en esta ceremonia de conmemoración, en donde se le reconoció su larga trayectoria como cuidador del parque que es parte significativa de nuestra comuna. Este reconocimiento, no solo honra sus años de dedicación, sino también su compromiso con la rica biodiversidad que el Parque Nacional Río Clarillo alberga. Al respecto, expresó: “Siempre he sido un extraordinario agradecido

de la comunidad pircana porque participó activamente, con más de 3000 firmas, para que Clarillo fuera declarado Parque Nacional. En Pirque me siento como en mi casa”.

Además, estuvo presente en la conmemoración Eduardo Veliz, guardaparques del Parque Nacional Río Clarillo, quien también recibió un reconocimiento por su labor. “Fue algo maravilloso, después de 37 años en la institución, próximo ya a jubilar, es un gran logro y un gran premio ser reconocido por nuestros pares, así que muy agradecido”, dijo el guardaparques.

Ambos trabajadores expresaron su positivismo con la futura implementación de este nuevo servicio de protección, ya que de aplicarse efectivamente, sería un avance para seguir manteniendo la riqueza de estas reservas naturales. Sobre esto, Peña expresó: “Espero que este

servicio opere correctamente, que tenga los recursos operacionales, humanos, profesionales y técnicos, para que pueda desempeñar esa responsabilidad que va a caer sobre sus hombros, que es la biodiversidad chilena, que es extraordinariamente significativa, no solo para nosotros, sino que para el mundo entero”.

UN PARQUE CON HISTORIA

El Parque Nacional Río Clarillo, declarado en 2020 como tal, no solo destaca por su biodiversidad única, sino que también es un símbolo del compromiso con la preservación del patrimonio natural de Chile y de nuestra comuna, declarado como reserva hace más de 40 años, en 1982.

Con sus más de 13.000 hectáreas, es hogar de una rica biodiversidad que incluye especies endémicas de flora y fauna de los ecosistemas mediterráneos de Chile central, destacando la protección de aves como el fiofio, el ralladito, el comesebo o árboles como el litre, peumo o quillay, entre otros. Además, abastece de agua al sector de El Principal, y es un afluente del río Maipo, que satisface la demanda de agua potable en un 80% en la Región Metropolitana.

Carlos Peña, en sus más de tres décadas que lleva cuidando la biodiversidad del lugar y educando sobre la importancia de la conversación de este gran parque, rescata por sobre todo la increíble recuperación del puma en la zona: “Eso es extraordinariamente significativo, porque cuando yo tengo la presencia de este carnívoro, que está en la cúspide de la cadena trófica, significa que todo lo que tengo hacia abajo está funcionando bien”.

Además, el parque cuenta con la presencia de bosques rilectuales y de ciprés de la cordillera, que son bosques que tienen alrededor de 800 a 1000 años. “Parte de la historia dendrocronológica y climática está registrada en esos árboles a través de sus anillos, entonces tiene muchos recursos que son extraordinariamente valiosos”, explica Peña.

Ante tal diversidad, existe una necesidad de protección de estos recursos y de controlar las amenazas o peligros que el parque podría enfrentar. Eduardo Véliz señala que la clave es educar a la población, sobre todo a los más pequeños: “La gente tiene que ser más cuidadosa, más protectora y sobre todo introducir la educación ambiental en nuestros niños, que son el futuro de nuestro país”.

Pese a que la mayor amenaza de estas zonas naturales sea el propio ser humano, Carlos Peña reflexiona que, luego de los incendios de 2017, que llevó a que se retiraran todas las hornillas de los sectores de uso público, se produjo un cambio en los visitantes, en la conciencia de estos y en su forma de disfrutar del parque: “El público que recibimos es extraordinariamente valioso. (...) a veces las situaciones negativas también traen elementos positivos, hoy día tenemos un visitante que realmente disfruta de la naturaleza, que viene a hacer

trekking, que viene a empaparse de la riqueza natural y cultural que tenemos en este lugar”.

EN BUSCA DE MAYOR PROTECCIÓN Y CONSERVACIÓN

Lo que busca este nuevo Servicio de Biodiversidad y Áreas Protegidas (SBAP), es garantizar la preservación de la flora y fauna de nuestro país, especialmente en aquellas zonas donde existe riesgo de actividades industriales como minería, salmonicultura o forestales.

Patricia Ibáñez, directora nacional del SBAP y vecina de Pirque, cuenta que este servicio tendrá un rol crucial en la preservación del patrimonio natural chileno: “Vamos a contar con nuevos instrumentos de conservación que van a ser gestionados tanto dentro como fuera de las áreas protegidas”.

Por otro lado, las y los guardaparques también van a tener una importante labor de fiscalización, para poder garantizar que dentro de los parques se cumplan los planes de manejo y que los visitantes puedan proteger y comportarse de manera adecuada. De esta forma, “se garantiza que estos parques maravillosos, como el de río Clarillo, estén disponibles tanto para los presentes como para las generaciones futuras”, comentó la directora nacional.

“Los pasos a seguir son precisamente implementar el nuevo servicio de biodiversidad, que significa generar todas las condiciones administrativas, organizacionales y técnicas que permitan que entre en operaciones”, expresó Ibáñez, agregando que se espera que a más tardar en marzo del 2026 pueda entrar en plena operación.

Maisa Rojas, ministra del Medio Ambiente, declaró que implementar el SBAP será un gran paso para poder avanzar en las 23 metas a cumplir para 2030 con relación al Acuerdo Global de Biodiversidad, al que el país se suscribió a finales de 2022: “Sin duda una condición habilitante para lograr estas metas es contar con este servicio, un servicio que en gran medida para la parte terrestre, ustedes (los guardaparques) van a ser su soporte, van a ser su corazón”.

Si bien nuestros guardaparques protegen y cuidan con gran dedicación nuestros parques nacionales, todavía hay desafíos a futuro en materia de conservación. El Parque Nacional Río Clarillo es un ejemplo vivo de la necesidad de proteger estos ecosistemas valiosos, que no solo sustentan una rica biodiversidad, sino que también ofrecen servicios vitales como la producción de agua. El compromiso de las y los guardaparques, como también de la ciudadanía, es clave para asegurar que espacios como este sigan floreciendo.

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