Revista Escriba n.3 - Setembro Amarelo, Revolução Farroupilha e Museu Nacional

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Editorial da Revista Caros leitores, a Revista Escriba 3ª edição aborda um tema quentíssimo do Setembro Amarelo e homenageia (a seu modo) através dos papiros poéticos dos ilustres escribas que compõem esta Revista, a Revolução Farroupilha. Setembro Amarelo é conhecido como o mês da prevenção ao suicídio. No tocante ao tema, os escribas toparam de cara enfrentar o problema e dialogar abertamente. Como se não bastasse, a Revista Escriba propõe uma reflexão ao descaso da Cultura no Brasil, após o triste episódio do incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que tentando recompor-se das cinzas, entre chamuscados e feridos, salvaram-se alguns papiros poéticos. O conteúdo inflamável desta Revista Escriba 3ª edição se presta como um documento histórico da resistência artística e cultural, sobretudo, tendo em conta o relevante papel destes Escribas como agentes catalisadores dentro da sociedade. A Revista Escriba tem apoio da Tiro de Letras editora, que agradece aos colaboradores. Desejamos a você uma Boa Leitura! Ngl* (Poa, setembro de 2018)


Revolução farroupilha - Por Mauro Ulrich Quando morei em meio aos gringos a revolução se dava aos domingos com minha mãe na maior pilha deixando a turma no espeto: “Vamos almoçar em Farroupilha. Hoje não tem gato. É galeto!”

1.Estatueta de Koré


Gás de Cozinha - Por Diego Petrarca toda chuva que é gota

toda musa cabocla

todo beijo que é boca

toda prata da mariposa

todo solo que é jazz 2. Luzia

não me deixam jamais ousar ligar o gás pra reagir desavergonhado aos dias banais


Ancestrais (A Manoel e Maria Antônia) - Por Fábio Amaro Tenho um grito antigo que me amarra o peito como se toda pampa, colorada de sangue e sinal, atravessasse o tempo e me fizesse templo e sua morada. Relampejava quando aqui cravou-se o pé e estendeu-se a mirada pelo horizonte como se a nunca mais perder-se de vista o pasto e campo e gado selvagem que povoara a terra charrua Em cima de cada coxilha o corte do minuano nos lábios. Sobre o braço, pala e laço para atracar pela guampa e deitar sobre a pampa o animal se retorcendo em pranto e urro enquanto lhe penetra o bucho uma adaga de prata. É justa a luta quando se embatem corpos, sem bala, e os mortos o sejam pela ponta da faca ou torcendo o pescoço na caça da vaca.

3.Apoio para Cabeça


Ancestraisnas (A crinas Manoel e Maria Antônia) - Por Fábio Amaro Agarrados de cavalos tubianos, grito antigo oTenho galopeum liberta me amarra o peito aque condição do olhar. como se toda pampa, colorada sangue e sinal, É preciso de criar o tempo aatravessasse expressão de vozes humanas e me atravessarem fizesse temploo tempo para sua morada.o peito ee amarrarem de quem escutar o grito antigo Relampejava quando aqui cravou-se o pé que ecoa na pampa. e estendeu-se a mirada pelo horizonte como se a nunca perder-se de vista O visionário não mais adivinha pasto eapenas campofá-lo e gado selvagem oo porvir, que povoara a terra charrua com suor, espada e marreta. Em cima preta; de cada coxilha A boina, corte do minuano oo lenço, rubro. nos lábios. Assim me descubro, Sobre o braço, pala e laço desgarrado no vento para atracar pelaonde guampa sobre a pampa, o tempo e deitar sobre ados pampa me fez senhor clarins o animal que regemseoretorcendo giro eterno emTerra. pranto e urro da enquanto lhe penetra o bucho uma adaga desobre prata.um cavalo fantasma, Visito as eras os olhos cristalizados, lágrimas ao vento a lutaque invade a retina eÉ ajusta paisagem se embatem équando a de uma batalha, ocorpos, sangue escorrendo , bala,que e ostalha mortos asem lâmina o pescoço ainda moço, o sejam pontacarrego da facacomigo. igual ao pela que hoje ou torcendo o pescoço na caça da vaca.

4.Australopitecíneos


Digladiar por ideias é antigo. O presságio é pior que o inimigo quando este assim se apresenta. É violenta a guerra, e fratricida, mas por vezes necessária para fazer mover-se a História. O destino é um pária quecuspiu na hóstia a juntar opróbrios, se se espanta e foge quem a coragem não socorre. Pela vida se morre ou a morte se impõe pelo traço da vida. Aguerrida é a sorte de quem fez do Sul o seu Norte, para citar o pintor Oriental. Nunca houve linha diferencial impondo fronteiras à pampa. Mas se fizeram mapas grafados a ponta de lança. Quem sabe todavia escapa desses grilhões

5.Arma


que tolhem o andar. A pampa é o verde que recebeu a gente que veio do verde outro lado do mar. Têm muito a contar as conchas e o vento. É só apurar o ouvido. É por isso que um grito antigo me aperta o peito, e nada mais resta a ser feito a não a ser me entregar e chorar.

6.Bandeja esculpida


Os homens de preto* - Por Gerson Nagel Os homens de preto como quem não quer nada Os hômi de preto investidos dessa toga Os hômi de preto dão de relho na gente Os hômi de preto é a morte anunciada Os hômi de preto tem branco no nome Os hômi de branco são da chapa contrária Os hômi de preto enfileiram o calvário Os hômi de preto no fio da navalha Os hômi de preto morreram e não sabem Os hômi de preto sem decoro & sem classe Os hômi de preto não se distinguem da massa Os hômi de preto são os homens de preto prestes a cometer um poema. . Deus, deus, deus, deus, deu no que deu. * paráfrase da canção de “Os homens de preto”, do grupo Caverá.

7.Ponta de projétil


Era uma vez - Por Ana dos Santos Era uma vez uma revolução, não foi! Era uma vez os lanceiros negros, sim, morreram numa emboscada! Era uma vez uma promessa, traição! Era uma vez a paz do ponche verde, só o do chimarrão... História pra boi dormir... Era uma vez uma noite fria, sem visão. Era uma vez um pelego quente estirado no chão. Era uma vez uma noite sem sonhos, restava apenas uma ilusão de uma falsa liberdade em uma nova prisão. Era uma vez uma tropa de choque sem munição . Era uma vez escudos humanos sem condição. Montados “à charrua” no cavalo tição . Domadores de fúria de inimigo batalhão. Se eu tivesse uma faca, adaga, facão eu contava outra história dessa falsa revolução! Eu sangrava o pescoço daquele capitão! e com as minhas boiadeiras o derrubava no chão! Era uma vez dois coelhos atravessados só com uma lança! Mas não foi , não! Meu nome é Lanceiro Negro, soldado que já foi peão, lutei pela liberdade, mas me faltava o pão... Caí no conto do vigário,

8.Tambor Uganda


9.Caranguejo Gigante

Caí no conto do vigário, do coronel e do capitão! Era uma vez uma história, não era guerra, nem revolução! Vocês que são brancos, que se entendam! Meu corpo é farrapo no chão! Porongos bebe meu sangue Era uma vez, não é, não!


Sentido - Por Sérgio Canarin Vida cheia vida vazia Vida meia vida vivida A vida é dor A vida é prazer A vida é tédio A vida é angustia A vida é turbilhão suave-médio-violento A vida depende da perspectiva do vivente A vida é uma vale de lágrimas Pêsa(me) haver mais um dia Rezo para não acordar Toda manhã é impossível A vida é abundância beleza transbordante vasta e maravilhosa infinita--finita-afinita A vida é tudo tudo ao mesmo tempo inexplicável movimento derradeiro êxtase impossível mistério A vida é média como o relógio-ponto todo dia diástoles-sístoles todo dia acorda levanta trabalha come deita 10.Escudo do Uaupés

E qual o sentido disso tudo? Criar o teu sentido para isso tudo


Revolução Farroupilha Liberdade é inalienável Mas era liberdade ou imposto sobre o charque? Toda revolução é um conjunto de ideias Toda revolução é morrer por ideais Por melhor que possa ser a ideologia sofro sempre em aceitar a morte Dói ainda mais quando se morre porqualquer abstração Todavia tem sempre algo concreto algum desejo de poucos que move muitos a cova Morrem os negros e pobres mais que os ideólogos que a guerra promovem É o eterno retorno toda guerra mata o povo enquanto ideólogos traçam estratégias

11.Máscara


Lanceiros Negros sempre presentes! - Por Floren De Bas

óh, gloriosa Revolução Farroupilha quantos poemas se inflamam de bocas varonis da traição da burguesia escravagista sulista me fizeram acreditar em Revolução Farroupilha “Como a aurora precursora Do farol da divindade Foi o 20 de Setembro O precursor da liberdade” Cantarolaram com canto “guasca” Que haveria liberdade nas verdes terras sulistas por todas gerações Que mateariam como irmãos. Massacre de Porangos não resta duvidas quanto ao rastro de sangue dos Lanceiros Negros E os tempos de hoje, a cultura “farrapos” encontram-se para beber por 30 dias pelo velho mundo assam bichos 24h e destroem o Parque Harmonia quando, não se “carneam” como estupidos, conservadores, reacionários, homofóbicos, machistas e racistas. . De revoluçao não tem nada! “E ao som do mar e à luz do céu profundo Figuras sulistas! Não farão parte da América do sol do novo mundo”! A liberdade faz presente e resistência que “sejam nossas façanhas” De modelo a toda terrA! Lanceiros Negros me é esperança!

12.Cachimbo de madeira


Canção do Amanhecer - Por Michelle C. Buss Isso não me matará. Não me deixarei vencer pela morte por mais que minha carne rasgue e arda. Não me deixarei vencer pela chuva que pesa nos céus e cai nos meus olhos sufocando meus pulmões de tanto líquido. Não me deixarei morrer pela palavra ditanãodita pelas imagens que escorrem pela mente e ganham vida nas calçadas. Não morrerei por mais que sangre por mais que meu coração seja pura hemorragia pulsando em vermelho profundo. Não me deixarei apagar tão cedo dessas linhas tortas de histórias do mundo. Resistirei à força dos ventos caminhando com certa dificuldade caminhando por caminhar pela teimosiaobtusa incalculável e inconsciente de manter acesa essa pulsão de vida.

13.Ritkoko


Província de São Petra - Por Duda Fortuna Sou filho de Pedro Forjado em pedra Quisera o coração fosse de gelo e a cabeça de um tipo de massa que não revelasse surpresas Temperos... Mas em tempo pondero Menino máquina arquitetado em dúvida durante a dura caminhada entre mentiras entre metáforas De pescador ganhei anel de criador então agora sou Pedro não São, nem são, mas sou Porto sou Pedro lanceiro negro traído no tempo surpreendido sem eira nem lança e caso se soube, nem Bento nem santo, lavou as mãos nesse sangue da força em águas turvas de nojo passagem do Rio que muito se mancha Agora apresento Meu filho Pedro Negrão da Silva Xavante do Mar Viajante Gringo Alemão


do ar sem tribo de todo lugar mãe, pai, irmão de criação da gente de todos somos gêmeos concretude materialização alçapão de espaço, tempo deserto pampa, solidão Província de São Petra fronteira desconexa não pensabes ! não percebes! Sou apenas homem banda em chuva de pedra

14. Meteorito do Bendegó


Suicida azarado - Por Júlio Alvesdo ar sem tribo suicida azarado

de todo lugar

sempre sonhou morrer

mãe, pai, irmão de criação da gente

de todos como naqueles filmes dos anos 20 somos gêmeosnos trilhos igual as mocinhas ingênuas amarradas concretude naquele fatídico dia tão planejado

materialização alçapão de espaço, tempo

deserto pampa, solidão toda a produção feita Província de São Petra roupa-carta-final-adeus-mundo-cruel fronteira passou dois dias deitado nos trilhos desconexa não pensabes ! os trabalhadores da ferrocarril estavam de braços cruzados não percebes! em plena negociação salarial Sou apenas homem banda em chuva de pedra totalmente envergonhado resolveu viver com essa mágoa

15.Crânio de Luzia


Psicopatologia do Guerreiro Ancião Não-Catequizado - Por Adrian’Dos Delima Vai ver eu era Um charrua baixinho Jogava a boleadeira Em pernas de avestruz correndo Por isso me apaixonei por tuas pernas longas Vai ver eu andava pendurado No lado do cavalo Correndo atrás de tudo que era rabo de bicho com penas Por isso um dia eu te quis tanto desse jeito Vai ver Era complexo mesmo Eu não podia deixar qualquer avezinha Mais rápida que eu Andando livre e solta por aí Comecei a montar com o vento E pra minha extinção De repente eu olhava do alto de uma coxilha O vento varrendo o campo alto E teus braços e pernas que vinham Me cercando como arame-farpado

16.Dinossauro carnívoro


Em dia de vento - Por Paulo Rodrigo Ohar As pessoas passam rápido Assim como as nuvens em dia de vento Elas só têm lamentos Sentem-se sozinhas Mas não pensam nas outras Não sabem de suas dores De suas insatisfações De suas frustrações Apenas a sua dor é importante Querem atenção Mas não querem dar atenção Vivem de aparências Nutrem-se de futilidades Fazem da vida uma calamidade Depois vão para um quarto de hotel...sozinhas Ligam a televisão Sentam na cama Acendem um cigarro Pegam um estilete bem afiado E cortam os pulsos Deixam sua vida patética De uma forma mais patética, ainda E lá na rua As pessoas continuam passando rápido Assim como as nuvens em dia de vento...

17.Estatueta Litxocô


Descrição das Ilustrações: O Escriba sentado, década de 2600 a.C.. Técnica: calcário, quartzo. Dimensões: 53,7 cm x 44 cm. O Escriba sentado é uma escultura representando um escriba durante seu trabalho, atualmente exposto no museu do Louvre. Foi descoberta em Saqqara em 1850, no Antigo Egito. A seguir, peças representativas do acervo histórico do Museu Nacional do Rio de Janeiro, fundado por Dom João VI, no dia 6 de agosto de 1818, que completou 200 anos (de mais de 20 milhões de ítens) de valor inestimável, consumidos pelo maior incêndio já sofrido pelo museu no dia 02.09.2018 e que jamais serão recuperadas. 1. Escultura feminina sem cabeça de Koré. Local de coleta/origem: Veio, Itália. Dimensões: 60cm. Técnica: Mármore branco e rosado. Descrição: a peça retratada é uma estatueta koré de estilo arcaizante, possivelmente cópia da época romana. A figura feminina em pé veste longa túnica drapeada, erguida delicadamente com as duas mãos. O habilidoso escultor que produziu se valeu do contraste entre o corpo, feito em mármore branco, e os pés, feitos em mármore rosa, assim como a cabeça, agora desaparecida, com intenção de representar a pele humana. Pertence ao conjunto de objetos encontrados em uma tumba durante escavações, conduzidas em Veio, em 1853. Destruído! 2. Rosto reconstituído de Luzia. O crânio e ossos da coxa e da bacia de Luzia foram achados em 1975, no Município de Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Seu esqueleto foi datado de 11,5 mil anos atrás e ela deve ter morrido aos 25 anos. Neste século, seu rosto foi reconstituído na Inglaterra. Trata-se do esqueleto humano mais antigo encontrado no Brasil. Destruído! 3. Apoio para cabeça. Data: Século XIX. Origem: Zulu. Bacia do rio Zambeze. Acreditava-se que, ao descansar a cabeça neste apoio, era possível se comunicar com seus ancestrais. Destruído! 4. Australopitecíneos. O gênero Australopithecus (do latim: macacos do Sul) compreende várias espécies de primatas bípedes que vieram na África a partir dos 4,3 milhões de anos. O esqueleto de um Australopithecus afarensis escavado na década de 1970 e apelidado de “Lucy” foi uma das mais importantes descobertas para o entendimento da bipedia desse grupo. Ainda há debate sobre qual espécie de australopitecíneo seria ancestral do gênero Homo. Não existem vestígios claros do uso de artefatos por esses indivíduos, embora seja possível atribuir-lhes o uso de galhos, chifres, osso e até rochas como utensílios simples e ocasionais. Destruído! 5. Arma indígena. Data: Século XIX. Origem: Senegal. Descrição: “Arma tomada de africanos rebelados em conflito colonial no Senegal. As marcas no cabo indicam mortes feitas pelo dono”, segundo o registro de entrada da peça no Museu Nacional. Destruído! 6. Bandeja esculpida, lavrada em basalto. Proveniente de Vancouver, Costa do Pacífico. Acervo de etnologia do Museu Nacional/UFRJ - Rio de Janeiro, Brasil. Destruído! Ponta de projétil. Dimensões de 9,5cm x 4 cm, utilizada por grupo de caçadores-coletores da pré-história brasileira. Acervo de arqueologia brasileira do Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro. Destruído! 7. Ponta de Projétil. Ponta de projétil (9,5 x 4 cm) utilizada por grupo de caçadores-coletores da pré-história brasileira. Acervo de arqueologia brasileira do Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro. Destruído! 8. Tambor Uganda. Local de Coleta / Origem: Uganda, África. Dimensões: Ø 37 x 39 cm. Descrição: Feito com pele de zebra. Comprado do Rei de Uganda por Jorge Dumont Villares em 1923, e oferecido ao Museu por Arthur Neiva em 1926. Destruído! 9. Caranguejo Gigante. Macrocheria kaempferi (Temminck, 1863). É uma espécie de caranguejo de pernas longas, caranguejo aranha, considerada o maior artrópode extante conhecido, que chega a atingir uma envergadura medida com as patas esticadas, de 3,8 metros e um peso de 19kg. Orinundos das águas profundas do Pacífico, sendo relativamente abundante no Mar do Japão. Destruído!


10. Escudo do Uaupés. Local de Coleta / Origem: Amazonas. Dimensões: 64 cm. Descrição: Escudo trançado Tukano. “Objeto raro, e tanto que há muitos na província que lhe ignoram a serventia. Bem tecido resiste à ponta de taquara ou do Curabi; leve, não cansa, e pode-se manejar com ele uma boa arma de defesa; facilmente portátil não embaraça a carreira.” Gonçalves Dias, exposição Amazonas, 1861. Destruído! 11. Máscara. Peça adquirida ao senhor Haeckel Tavares, que a comprou de Frei Fidelis, missionário no Alto Solimões, em março de 1945. Destruído! 12. Cachimbo de Madeira. Data: Século XIX. Origem: s/procedência. Destruído! 13. Fotografia de cerâmica figurativa ritkoko, povo Iny (carajá). Acervo indígena do museu. Destruído! 14. Meteorito do Bendegó. O meteorito do Bendegó, também conhecido como Pedra do Bendegó ou simplesmente Bendengó, é um meteorito encontrado no sertão brasileiro do estado da Bahia. Com 5 360 quilos, é o maior siderito já achado em solo brasileiro. Em 1888, ele passou a integrar o acervo do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro. Em 2018, o meteorito resistiu ao grande incêndio que destruiu o Museu Nacional. 15. Crânio de Luzia. Vide imagem 2. Esqueleto datado de 11,5 mil anos atrás. Destruído! 16. Foto apenas ilustrativa do maior dinossauro carnívoro do Brasil. Batizada de Oxalaia quilombensis, a espécie faz parte do grupo de espinossaurídeos, dinossauros com crânio alongado e espinhos que formam uma espécie de vela nas costas. Acredita-se que o animal, que media entre 12 e 14 metros (do crânio à ponta da cauda) e pesava entre 5 e 7 toneladas, viveu há cerca de 95 milhões de anos, no litoral do Maranhão. Antes da descoberta do Oxalaia quilombensis, o maior dinossauro carnívoro brasileiro era o Pycnonemosaurus, que media 9 metros. Destruído! 17.Estatueta Litxocô. Boneca em cerâmica, Índios Carajás, Uèriko Oexaro (artesã carajá). Estatueta feminina sentada com enfeites de algodão nas pernas, brinco de penas, colar de algodão e tanga. Data desconhecida. Técnica: Barro cozido e policromado, algodão e penas de araracanga. Destruído!

fontes: www.museunacional.ufrj.br e pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Nacional_(Brasil)


OS CHAMUSCADOS


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