Catálogo de exposição | Vila Velha, Por exemplo: 60 anos de um teatro do Brasil | Parte II

Page 1


vila velha por exemplo parte

Apoio

Produção Coprodução

Realização

Ministério da Cultura e Banco do Brasil apresentam:

vila velha por exemplo

performance de abertura da exposição com a Universidade LIVRE do Teatro Vila

Foto:

Velha, Ariel Ribeiro e Loiá Fernandes
Escada de Lina Bo Bardi — Museu de Arte Moderna da Bahia
Maiara Cerqueira

60

vElha, poR exEMplo

aNos de uM teatRo do BRasiL

Makota Valdina, em depoimento incorporado à narrativa de Bença1, nos disse: “Vocês pensam que estão sozinhos quando estão no palco? Não… tem muita gente aí com vocês”. É sobre isso a exposição Vila Velha, Por Exemplo – 60 Anos de um Teatro do Brasil. Muitas pessoas passaram por essa espiral do tempo, que permanece enquanto experimentamos o intervalo desta vida, e continuam em memória, energia e inspiração em suas voltas. A tarefa maior da curadoria foi optar pelo que não entraria na exposição, apesar da importância de sua passagem na história desse teatro. Algumas coisas foram deixadas de fora por falta de documentos no arquivo do Vila e impossibilidade de localizar, em outros acervos, o que faltava, enquanto preparávamos os recortes. Outras, porque foi difícil conseguir liberação e autorização para incluí-las na exposição, devido ao apego que alguns têm por seus documentos. Outros ainda por absoluta falta de espaço no grande salão do MAM para conter tantas ações, projetos, batalhas, artistas, nomes, coletivos, objetos, sonoridades, movimentos.

A decisão curatorial foi contextualizar este teatro no Brasil e na cidade de Salvador: a existência do Vila Velha antes do prédio e a construção deste prédio; suas fases, seus momentos de crise, seus momentos de brilho. O que ficou claro a partir daí foram as convergências de momentos históricos e fases do teatro: o surgimento da Sociedade Teatro dos Novos e a ideia do Vila Velha coincidem com um momento de desenvolvimento econômico e florescimento cultural e artístico da Bahia. Sua construção e inauguração, quatro meses depois do golpe civil-militar que instalou uma ditadura no país, dizia que, enquanto portas se fechavam encerrando pessoas que ousavam pensar, discordar e lutar, surgia um palco onde a democracia, a

liberdade e a defesa da justiça eram sua razão de ser. Onde a liberdade é uma parceira constante orientando caminhos.

Em 1968, quando é promulgado o AI-5, também há uma lacuna na produção do Teatro dos Novos, construtor do Vila. O AI-5 marca um momento de virada mais violenta no país, e é quando uma parede do teatro cai com as chuvas torrenciais que desabrigaram em torno de sete mil pessoas na cidade. A reconstrução acontece ao mesmo tempo em que o Teatro Livre da Bahia segura o bastão entregue pelos Novos e segue numa virada mais política, mais militante, apoiando inclusive o movimento pela anistia aos presos políticos.

O fim do AI-5 acontece pouco mais de um mês antes da morte de João Augusto, como se ele pudesse descansar da luta contra um estado de barbárie, porque o fluxo do tempo daria conta de restaurar a democracia. Isso aconteceu e não. Houve a anistia, mas os carrascos que torturaram e mataram em nome do Estado não foram punidos; houve eleições diretas, mas os agentes da ditadura continuaram ativos e atentos. Tudo isso foi sinalizado pelo teatro. Jango – Uma Tragedya, de Glauber Rocha, comemorou os 50 anos do Teatro Vila Velha e sinalizava que a tragédia se repetiria, e não como farsa, mas novamente como tragédia, com a morte de milhares de pessoas pela Covid-19. Mortes que poderiam ser evitadas por políticas públicas consequentes, e não pelo negacionismo e terraplanismo, e não pelo incentivo à violência, nem com cancelas abertas para a boiada, as armas, a milícia passarem. Foi o que tivemos. O Teatro Vila Velha anunciou: A Tempestade Virá e assim foi apresentada a montagem do texto de Shakespeare, em 2019. Algum tempo depois dessa estreia, em janeiro de 2020, a tempestade desabou. As apresentações da peça foram canceladas, o

teatro fechou, o mundo se fechou para tentar conter a pandemia.

Trinta anos antes, no início dos anos 1990, quando o Brasil se recompôs e houve uma certa estabilidade democrática e econômica, um grupo de artistas retomou a ideia original do Teatro Vila Velha. Com o projeto Novo Vila miravam a revitalização e a reconstrução completa do prédio para que pudesse abrigar os novos tempos e novas invenções poéticas em seu palco. Agora não mais frontal, um palco capaz de se transformar a cada montagem, reinventando a relação com a plateia. Uma renovação total, não só arquitetônica. Do prédio original ficaram duas paredes e seu espírito. Um quase condomínio de grupos reinstalou o movimento e o som em suas paredes. E ao longo dos últimos 30 anos, muitos outros artistas e coletivos têm mantido esta labuta de fazer e refazer o caminho que se faz ao caminhar.

A partir de 2022, o Brasil se recompõe, refazse em dignidade e humanidade. O dragão da maldade, mais vivo do que nunca, fortalecido pelo alimento de ódio e iniquidade que recebeu nos últimos anos, revira-se e almeja voar. A luta é muito grande e a arte tem seu papel de guerrear. Nesta reconstrução de país, estruturas precisam ser implantadas e consolidadas.

Em 2024, o Centro Cultural Banco do Brasil instala-se na Bahia, no Palácio da Aclamação, vizinho ao Teatro Vila Velha, e, em sua chegada, estreita os laços com o Vila e propõe patrocinar esta exposição, relato dos 60 anos do teatro, enquanto começa a percorrer seu ano zero em Salvador.

E, neste momento de reconstrução do país, o Teatro Vila Velha prepara-se para mudar a pele novamente. Vai adaptar-se aos novos tempos e adequar-se às novas políticas de acessibilidade. Um espaço sempre acessível como conceito

agora cria, na nova reforma, recursos arquitetônicos que ampliam fisicamente sua capacidade de acolher quem tem alguma dificuldade de acessá-lo.

Um teatro é fruto e espelho de sua época, mas não só tem a tarefa de refletir. Em um teatro também se cria o que não existe, e esta é a sua função maior: criar o que ainda não existe, mas pode acontecer e apontar caminhos, tanto para sinalizar os perigos que podem vir como as possibilidades de evitá-los. Um teatro é um baralho de Tarô, um jogo de I-Ching, um espelho de um tempo espiralar no qual “o amanhã enviou pássaros pra ontem. Quando a gente conhece o passado, a gente trabalha para que haja o futuro. No presente a gente faz, a gente se assenta”2

Salvador, 11 de agosto de 2024

Marcio Meirelles

aPResENtaçãO

Banco do Brasil apresenta e patrocina Vila Velha, por Exemplo – 60 Anos de um Teatro do Brasil, uma exposição que mostra a vida de um teatro construído e gerido por artistas, que se reinventou com a cidade e os tempos.

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) será vizinho do Teatro Vila Velha e, a partir desse momento, as duas histórias passam a dialogar, criando um potente parque artístico, junto com outras organizações, no Corredor Cultural do Centro de Salvador.

Enquanto prepara sua instalação definitiva no Palácio da Aclamação, o CCBB já se faz presente na cidade com programação em parceria com diversos espaços culturais, a exemplo do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), que calorosamente nos acolheu para a realização desta importante exposição.

Ao realizar este projeto, o CCBB reafirma o compromisso de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura e com a valorização da produção cultural nacional. Viva! O CCBB chegou à Bahia.

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL

Ressonância é uma expressão oriunda do campo das ciências da natureza, utilizada para definir um sistema de vibrações que se superpõem amplificando as vibrações originais. E inicio esse texto mencionando-a porque ela foi a primeira expressão - e também a primeira imagem - que me veio à mente quando tomei conhecimento da exposição “Vila Velha, Por Exemplo: 60 Anos de Um Teatro do Brasil”, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM).

Ao abrir as portas de suas instalações para receber esta, o MAM ressoa, no tempo e no espaço, a história de um dos mais simbólicos e significativos equipamentos culturais da Bahia, amplificando o alcance de ambos. Trata-se de uma espécie de metalinguagem cultural: a Cultura falando de Cultura! Um equipamento cultural do Estado da Bahia reconhecendo e reverenciando a grandiosidade do outro.

O Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, entendendo a importância de reverberar a história do Vila e celebrar os seus 60 anos, vem atuando de maneira a fomentar e articular apoios para que as histórias que marcaram tantas vidas que passaram pelo Vila Velha sejam agora rememoradas. Nesse sentido, é oportuno mencionar o imprescindível apoio do CCBB para que esta mostra chegasse ao MAM com todas as suas possibilidades de ações interativas, mas também educativas.

BRUNO MONTEIRO

Secretário de Cultura do Estado da Bahia

Do início do processo de redemocratização do Brasil, passando pela reorganização urbana de Salvador, com o esvaziamento do centro antigo, e o rock’n’roll no teatro, à preparação para a construção do Novo Vila.

UM TEATRO GUERREIRO CONTRA O DRAGÃO

DA MALDADE

1980 — 1993

entreato — um teatro guerreiro contra o dragão da maldade
Salão do Museu de Arte Moderna da Bahia
Foto: Maiara Cerqueira

1980— 1993

A REDEMOCRATIZAÇÃO

Em fins da década de 1970 e durante os anos de 1980 o Brasil vivenciou um período crucial na sua história política, caracterizado pelo processo de redemocratização após mais de duas décadas da Ditadura Militar (19641985). Esse processo, conhecido como abertura política “lenta, gradual e segura”, iniciado no governo do general Ernesto Geisel, foi marcado por uma série de eventos e transformações que culminaram na promulgação da Constituição de 1988 e na eleição presidencial de 1989.

Um significativo marco nesse processo de abertura foi a aprovação da Lei de Anistia, promulgada em 1979, já no mandato do general João Figueiredo. A lei permitiu o retorno de exilados e a libertação de presos políticos, porém também concedeu perdão aos agentes do Estado que atuaram nos aparelhos repressivos.

A década de 1980 foi marcada por uma profunda crise econômica no Brasil. A alta inflação, estagnação econômica e o crescente endividamento externo compuseram o cenário. Como fatores, deve-se considerar o aumento nos preços do petróleo nos anos 1970, que fez com que a economia brasileira sofresse intensos impactos. Ademais, o “milagre econômico” brasileiro (1968-1973), baseado em enormes empréstimos internacionais, com a elevação das taxas de juros, fez a dívida pública se tornar insustentável. Com isso, a inflação, combinada às medidas econômicas internas frustradas, produziu grande insatisfação popular.

1980— 1993

TRANSFORMAÇÕES NO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR E AS ARQUITETURAS DA NOVA

CENTRALIDADE

LINA BO BARDI E O PROGRAMA ESPECIAL DE RECUPERAÇÃO DOS SÍTIOS HISTÓRICOS (1986-1989)

A segunda metade dos anos 1980 é o período da redemocratização brasileira, com a eleição – ainda que indireta – do primeiro presidente civil em 21 anos, em 1985, e a promulgação da Constituição Federal, três anos depois. Em Salvador, em 1986, nas primeiras eleições diretas para prefeitos do país em 20 anos, Mário Kertész sagrase vencedor e volta à cadeira que havia ocupado, como prefeito biônico, entre 1979 e 1981. Na gestão de Kertész é criada a Fundação Gregório de Mattos para conduzir as políticas culturais da prefeitura, tendo Gilberto Gil como seu presidente. Sob a batuta de Kertész e Gil, a prefeitura formula e implanta parcialmente o Programa Especial de Recuperação dos Sítios Históricos da Cidade do Salvador (Persh), coordenado pela arquiteta Lina Bo Bardi.

Para Lina, este “não é um trabalho turístico, feito com a intenção de transformar o Pelourinho numa cidade sorvete”, mas sim a “luta contra o folclore”; “não é a preservação de arquiteturas importantes (como seria em Minas), mas a preservação da Alma Popular da Cidade” 1

Apesar da ambição do plano de Lina, apenas alguns projetos pontuais concebidos no âmbito do Persh foram executados entre 1986 e 1988: o Teatro Gregório de Mattos, o Belvedere da Sé, a Casa do Benin na Bahia, a

1980— 1993 TeatRO

OS NOVOS

RETOMAM O VILA (1980-1984)

Em 1979, com a doença de João Augusto, muita coisa começou a mudar na administração do Teatro Vila Velha. O grupo Teatro Livre da Bahia, aos poucos, foi afastado do cotidiano do teatro. Carmen Bittencourt reassumiu a gerência da Sociedade Teatro dos Novos, mas logo a transferiu para Echio Reis, que também ficou responsável por sua direção artística.

Echio, naquele momento, morava no Rio de Janeiro, onde dirigia o Teatro Teresa Rachel. Com o falecimento de João Augusto, retornou a Salvador para assumir a gestão do Teatro Vila Velha, que dinamizou durante os cinco anos em que ali permaneceu.

Naturalmente, os anos 1980 foram iniciados em clima de luto no Vila. A morte de João Augusto, no ano anterior, abalou o cenário artístico da Bahia e impactou a sobrevivência do Vila. Somado a isso, havia todas as dificuldades do momento histórico, ainda vivendo e repercutindo o período de governos militares. O teatro precisava trazer público para suas apresentações. A saída encontrada foi abrir-se ainda mais para produções de fora, que passaram a dividir pauta com as criações da casa.

Logo no primeiro ano do Vila sem João Augusto, a pauta foi ocupada por apresentações de teatro para crianças e, sobremaneira, shows musicais. De Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho ao Grupo Tarancon, passando por Moraes Moreira, Paulinho da Viola, Jorge Mautner, Xangai, Agnaldo Timóteo, Clara Nunes, Djavan e Ângela Ro Ro, foram, ao todo,

1964— 1968 MÚsicA

O ROCK, O PUNK E A VANGUARDA SAEM DAS SOMBRAS

O início de uma nova década, marcada por um flerte com a esperança de abertura política e fim de um longo período de ditadura, permitiu o surgimento de uma juventude ávida por mudanças comportamentais que refletiriam de forma decisiva na música popular brasileira, criando um novo cenário: o rock dos anos 1980. O movimento e seus congêneres surgem como uma resposta artística imediata à possibilidade de mudança e, finalmente, retorno à democracia.

Essa tendência, antenada com a música pop produzida à época, principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido, ecoou com força não só numa juventude de classe média, em sua maioria, mas também em jovens da periferia, que, imediatamente, se espelharam na atitude do punk. Se é verdade que os sons produzidos pelas bandas eram quase decalcados dos seus pares estrangeiros, o texto refletia, em língua nacional, a realidade brasileira.

A novidade espalhou-se nas capitais de todo o Brasil, e em Salvador o fenômeno também deu seus frutos.

O Teatro Vila Velha, desde sua criação atento às vanguardas e manifestações populares, acabou por abrigar, nesse período, as ainda iniciantes bandas de rock e punk. Tudo em conformidade, inclusive, com o momento precário em que se encontrava o teatro: sem apoio, muito degradado. O aparente mau momento não foi empecilho para que parte importante da cena punk e rock eclodisse em seu palco. Afinal, ainda era o prestigioso palco onde se apresentaram e surgiram para o cenário artístico várias

Politicamente, diante da luta pelo fim da Ditadura, em 1982 foram convocadas eleições diretas para governadores dos estados, após quase duas décadas de nomeação indireta para o cargo. Apesar disso, o pleito se deu a partir do “voto vinculado”, quando o eleitor escolhia apenas candidatos do mesmo partido para o Legislativo e o Executivo. Na Bahia, o candidato do Partido Democrático Social (PDS), João Durval Carneiro, foi eleito para suceder o então governador do mesmo partido, Antônio Carlos Magalhães. No seu mandato, João Durval deu continuidade aos projetos do seu antecessor e com isso a ocupação do miolo de Salvador teve sequência, sendo construídas novas avenidas, além de ser inaugurado oficialmente o bairro de Cajazeiras. Também na gestão de João Durval foram criados os Centros de Cultura em sete municípios do estado, com projeto arquitetônico de Silvio Robatto, que também foi responsável pelo desenho do primeiro prédio do Teatro Vila Velha.

O setor artístico-cultural viveu altos e baixos entre os anos de chumbo e a lenta transição para o regime democrático. O povo baiano, por sua vez, desenvolveu novos ritmos musicais e expressões artísticas nesse ínterim. Os blocos afros, em expansão desde a década de 1970 em Salvador, passaram a ter maior visibilidade.

Destaca-se o bloco Ilê Aiyê, criado no bairro da Liberdade em 1974, reunindo referências do samba, dos candomblés, além de beber na fonte das lutas globais por emancipação racial em curso. O bloco mobilizou a população negra baiana em desfiles no Carnaval de Salvador, reafirmando a sua identidade racial nas músicas e vestimentas, mesmo em meio à intensa repressão. Desse modo, o Ilê foi inspiração para criação de outros blocos afros no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, como o Olodum, o Muzenza e o Ara Ketu. Nesse contexto, o músico Neguinho do Samba criou um novo ritmo que embalou os festejos momescos, o samba reggae, combinando o samba tradicional a elementos do reggae jamaicano. Esse caldeirão de ritmos e expressões foi essencial para o fortalecimento do Carnaval de Salvador nos anos seguintes.

Casa do Olodum e o Projeto-Piloto da Ladeira da Misericórdia. Este último destaca-se por corresponder ao piloto do que deveria ser replicado em grande parte das edificações do centro histórico de Salvador, conciliando funções comerciais e de pequenos serviços e ofícios, no pavimento térreo, à função residencial, nos pavimentos superiores, além de um restaurante e um bar.

Com o fim da gestão de Kertész, em 1988, o Persh não teve continuidade, e o projeto da Ladeira da Misericórdia, ainda em execução, teve seu programa alterado, não chegando jamais a servir formalmente como moradia. Se o Persh teve o mérito de legar para a área alguns equipamentos culturais importantes, como o Teatro Gregório de Mattos e a Casa do Benin, por outro, não conseguiu consolidar o modelo de ocupação que deveria predominar na área, associando habitação e comércio local.

O PLANO DE RECUPERAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR – PRCHS (1991-1997)

O Plano de Recuperação do Centro Histórico de Salvador (PRCHS), concebido no início do terceiro mandato de Antônio Carlos Magalhães como governador da Bahia (1991-1994), foi, nas seis primeiras etapas, executadas pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) entre 1992 e 1997, o maior programa de intervenção em centros históricos já realizado em área contínua no Brasil. O programa atuou em uma área de 55 mil metros quadrados, intervindo em 531 imóveis, além de incluir a restauração de monumentos como a Catedral Basílica e a Igreja da Ordem Primeira de São Francisco. O total de recursos investidos foi de 100 milhões de dólares, em valores da época, e sua execução possibilitou uma sobrevida aos imóveis recuperados.

O PRCHS adotou como estratégia a recuperação física do Pelourinho, do Maciel e do Carmo, áreas de inegável apelo simbólico, por meio do turismo e da animação cultural. Teve grande repercussão

cerca de trinta shows diferentes ao longo do ano. A estratégia se mostrou um acerto da nova gestão, tanto no quesito financeiro quanto em termos de prestígio.

O Vila, nas mãos de Echio Reis, passou de novo a produzir espetáculos, que primavam pela qualidade estética e apurada de cenários e figurinos, na sua maioria assinados pelo próprio Echio. Em 1980, dirigiu três montagens, O Arquiteto e o Imperador da Assíria, Chapeuzinho Vermelho e O Boi e o Burro a Caminho de Belém . No ano de 1983, duas novas produções foram dirigidas por ele: A Gata Borralheira e A Revolução das Mulheres. Nesta última, entrega a cenografia a Carlos Bastos, que volta a colaborar com o Vila depois de haver feito o cenário de A Farsa de Mestre Pathelin para os Novos, em 1961.

Na gestão de Echio percebe-se um alargamento nos períodos de pautas, possibilitando a espetáculos de teatro uma maior permanência em cartaz. E isso não valendo apenas para as produções do próprio teatro, mas também para outros produtores, que no Vila, somado a tudo, ainda tinha a possibilidade de ensaiar suas realizações.

Em 1981, o grupo Teatro Livre da Bahia, agora dirigido por Benvindo Siqueira, voltou ao Vila com o espetáculo Yes, Nós Temos Cordel . No elenco, que contou com Maria Adélia e Ednéas Santos, também estava Ruy César, que em 1979 havia sido eleito presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

A FUNCEB OCUPA O VILA (1984-1987)

Apesar das iniciativas e do inegável espaço do Teatro Vila Velha na vida cultural da Bahia, sempre com repercussão nacional, o fato é que as finanças da casa passavam por um difícil momento. A dispersão dos integrantes da Sociedade Teatro dos Novos colabora para as dificuldades administrativas. Sônia Robatto tocava sua carreira como escritora e empresária em São Paulo; Othon Bastos se tornara um nome reconhecido nacionalmente e atuava entre São Paulo e Rio de Janeiro; Carmen Bittencourt vivia um dilema sobre

internacional e seus impactos podem ser percebidos até os dias de hoje.

O PRCHS promoveu a eliminação do tráfego de veículos das principais ruas, terminando com a trepidação danosa às estruturas existentes e excluindo o risco de choques com os imóveis tombados e de atropelamento dos pedestres que circulam pelas estreitas vias. A eliminação do tráfego de veículos foi possível devido à implantação de três edifícios-garagem. O plano incluiu também a reforma e ampliação de uma extensa rede subterrânea, abrigando os serviços de energia, telefonia, água e esgotamento sanitário, trazendo uma clara melhora na paisagem urbana devido à retirada dos fios e demais equipamentos relacionados, garantindo à área serviços públicos qualificados, inexistentes em muitas outras partes da cidade.

Apesar desses aspectos positivos, o PRCHS apresentou diversos equívocos na conceituação e nos métodos adotados nas intervenções arquitetônicas, e esteve envolto em polêmicas. Para permitir a criação de uma ambiência cenográfica com um casario multicolorido, como parte de uma estratégia de marketing, foram expulsas da área 2.909 famílias que residiam em 470 edifícios encortiçados. A essas famílias foram oferecidas duas alternativas: o recebimento de um imóvel próprio, em um bairro afastado, situado no limite norte do município, ou de uma indenização. Deve-se destacar que a população da área, pobre e, em sua quase totalidade, afrodescendente, possuía relações sociais e de vizinhança consolidadas, construídas ao longo de gerações. Foram essas relações sociais que resultaram, por exemplo, na fundação, em 1979, do Olodum, um dos principais blocos afros de Salvador e que tem sua história ligada de forma indissociável à comunidade do Pelourinho e a essa região do centro histórico.

Se a cultura negra e o próprio Olodum tiveram um papel fundamental na constituição estética do “novo” Pelourinho – nome pelo qual o centro histórico passou a ser mundialmente conhecido –, não se pode dizer o mesmo da população até então residente na região, predominantemente negra. Os imóveis

Os blocos afros também serviram de base para a criação do axé enquanto ritmo musical. A combinação de elementos do samba, frevo, reggae e outros ritmos afrocaribenhos fez nascer o axé music no início da década de 1980, tornando-se um dos gêneros mais populares no Brasil. O ritmo foi impulsionado por artistas e bandas, como Luiz Caldas, Chiclete com Banana e Daniela Mercury, que cantavam em cima dos trios elétricos no Carnaval, arrastando multidões pelas ruas de Salvador e de cidades pelo Brasil.

Toda a inventividade na Bahia nas últimas décadas da ditadura dialogava diretamente com a crescente necessidade de liberdade.

A década de 1980 foi um período de expansão dos movimentos sociais no Brasil, incluindo o movimento negro e o movimento feminista. Ambos desempenharam papéis fundamentais no processo de redemocratização, lutando por direitos civis, igualdade e inclusão social.

O Movimento Negro Unificado, criado em 1978, foi um marco na organização da população negra que lutava por justiça e igualdade, influenciando, inclusive, os blocos afros na Bahia. O movimento feminista, que passava pela sua segunda onda no país, levou à criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, em 1985, ampliando debates sobre os direitos reprodutivos e a violência doméstica.

Com a reorganização do movimento sindical, a criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 1983, unificou diversos sindicatos.

A CUT tornou-se uma força política significativa, tendo Luiz Inácio Lula da Silva como seu principal líder. No campo, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), fundado em 1984, tornou-se um dos maiores movimentos de reforma agrária do país. Combinado a esses, os movimentos estudantis e os de direitos humanos potencializaram o movimento das Diretas Já, que aglutinou milhares de pessoas em várias cidades do país, entre 1983 e 1984, em favor da convocação de eleições diretas para presidente da República.

Não obstante à luta de milhares de brasileiros, em 1985 Tancredo Neves (PMDB)

prosseguir ou não na carreira de atriz; Thereza Sá intercalava períodos no Rio de Janeiro e outros em Salvador. Só Echio Reis e Carlos Petrovich continuavam engajados e atuantes no Teatro Vila Velha.

Em 1982, Echio voltou-se para a realização de ensaios das montages O Pranto da Madona e A Via Sacra , peças que foram apresentadas em praças públicas, com espetáculos comprados pela Prefeitura de Salvador e pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, em iniciativas que geraram recursos também para o Teatro Vila Velha.

Ainda em 1982 Echio dirigiu o texto de João Augusto A História do Marido que Trocou a Mulher por Uma Vaca , em comemoração aos 18 anos do Teatro Vila Velha. Podese imaginar com quais dificuldades econômicas foi erguida a montagem.

Entre 22 de agosto e 19 de setembro de 1982, Carmen, Sonia, Thereza, Othon, Echio e Petrô trocam cartas sobre uma possível dissolução da Sociedade Teatro dos Novos e venda ou doação do Teatro Vila Velha ao governo. Echio Reis e Carlos Petrovich foram as vozes que se levantaram contra essa possibilidade.

Echio, em carta de 18 de setembro de 19821, destacou a importância do Vila como espaço livre para o exercício artístico, na sua defesa pela continuidade da Sociedade Teatro dos Novos.

Eu sou absolutamente contrário à ideia de se entregar o Teatro Vila Velha ao governo. O Teatro Vila Velha, por ser um teatro particular e pertencer a um grupo de artistas, se constitui, com certeza, no único espaço livre e independente a serviço da Arte e da Cultura.

Petrovich, por sua vez, reforçou o sentido de grupo dos Novos e mostrou disposição para, junto com Echio, tocar o projeto, em carta de 19 de setembro de 1982. 2

Sei que se não estivessem cada um dos nossos companheiros com suas vidas programadas em diferentes partes do país, com certeza somaríamos todos novamente com aquele mesmo

das importantes personalidades musicais do país. E o lema “faça você mesmo” do punk terminou adequando-se ao período underground do Vila.

O ponto alto dessa confluência do teatro com o punk rock deu-se na apresentação daquele que viria a ser o grupo baiano de rock mais conhecido nacionalmente: o Camisa de Vênus. O show no Vila, em setembro de 1982, ajudou a catapultar a banda, que vinha se apresentando para um público que crescia a cada nova aparição do grupo.

Nesse sentido, o que aconteceu no período entre 1980 e início dos anos 1990 foi que o Vila Velha abriu as portas para uma geração que tocava e curtia o punk. Tocar no teatro para o seu público era uma forma de ascensão da banda, por mais contraditório que seja para um grupo forjado no movimento punk, o que de fato só confirma o caráter inovador da casa.

Em dezembro de 1987, as bandas punk locais Dissidentes e Dever de Classe (esta última fundamental na história do punk soteropolitano) juntaram-se a uma das formações mais importantes nacionais do gênero, a Banda Cólera, de São Paulo, em uma noite antológica para o público. Colhendo os depoimentos, a impressão que fica é que o próprio momento das instalações, de certa forma decadente, acabou se transformando no cenário adequado e possível para aquela juventude desgarrada da possibilidade de se apresentar satisfatoriamente. Tocar em um teatro como aquele revelava a importância do movimento.

E essa simbiose entre o momento do Teatro Vila Velha e as bandas de rock foi se confirmando com a continuidade de apresentações de importantes grupos locais, como Elite Marginal, Treblinka e Flores do Mal, este último com o show no teatro selecionado e posteriormente vencedor do Troféu Caymmi.

O caráter “marginal” desse período do Vila foi concluído musicalmente no ano de 1992, de maneira simbolicamente perfeita, com a apresentação dos dois mais importantes artistas da Vanguarda Paulista: Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé. Foi o desfecho

foi eleito indiretamente presidente da República, com José Sarney (PFL) como seu vice-presidente. Todavia, Tancredo Neves, que era um candidato de consenso entre as forças políticas que defendiam a redemocratização, adoeceu na véspera da posse, falecendo em seguida. Com isso, José Sarney assumiu a Presidência, aprovando em seguida o Plano Cruzado, que tentava equilibrar a economia no país.

Nesse contexto, as eleições gerais de 1986 foram convocadas para escolher os membros do parlamento e os governadores dos estados. Na Bahia, foi eleito Waldir Pires, do PMDB, que tinha longa trajetória de oposição ao regime militar. Na sua gestão foi criada a Secretaria de Cultura da Bahia, ato inédito para o setor, que até então era gerido em conjunto com a pasta da educação. A medida visava promover as ações culturais dos diferentes setores da sociedade baiana e preservar a memória do estado. Também era pretensão do governo abrir um canal de comunicação direta com o recém-criado Ministério da Cultura. Todavia, Waldir Pires permaneceu apenas por dois anos no cargo, tendo renunciado para concorrer à vice-presidência na chapa do seu partido, nas eleições presidenciais de 1989, o que fez o vice-governador, Nilo Coelho, assumir o mandato.

Gradativamente, o Brasil caminhava para virar a página de mais um capítulo autoritário na sua história, sendo passo decisivo para isso a construção e aprovação da Constituição Federal de 1988, conhecida como Constituição Cidadã. Convocada pelo Congresso Nacional em 1985 e instalada em 1987, a Assembleia Nacional Constituinte foi organizada em várias comissões temáticas e subcomissões, cada uma encarregada de discutir e elaborar propostas sobre diferentes áreas. O mais impactante nesse processo foi a intensa participação popular por meio de audiências públicas realizadas em todo o país. Movimentos sociais, ONGs, sindicatos e outras entidades civis puderam apresentar suas demandas diretamente aos constituintes.

Após 20 meses de intensos debates e negociações, o texto final da Constituição foi aprovado pela Assembleia Nacional

antes habitados foram transformados, em sua maioria, em espaços culturais, lojas, bares e restaurantes voltados aos turistas e a uma parcela da população com maior poder aquisitivo. A título de indenização às quase três mil famílias expulsas, o Governo do Estado investiu apenas US$ 3,9 milhões – uma média irrisória de US$ 1,340 por família e um valor ínfimo se comparado com os quase US$ 100 milhões aplicados em obras de infraestrutura e de restauração de edificações. A saída compulsória dessa população da área resultou na destruição de laços comunitários e relações de vizinhança consolidados. Muitas famílias que optaram por receber um novo imóvel na periferia de Salvador perderam, com a mudança, a única fonte de renda que possuíam, ligada, muitas vezes, a atividades informais intrinsecamente vinculadas ao centro histórico, como comércio ambulante de alimentos ou de souvenirs, por exemplo. Já os que optaram pela indenização, em muitos casos, terminaram por gastá-la em curto tempo e passaram a residir nas mesmas condições de antes – ou em condições piores –, em outras áreas, na vizinhança do centro histórico de Salvador, como a Baixa dos Sapateiros, a Saúde, a Palma e a Mouraria.

A execução do PRCHS representou a concretização do projeto de “turistificação” e saneamento social do Pelourinho e do Maciel, que vinha sendo planejado há quase 30 anos pela mesma liderança política, Antônio Carlos Magalhães. O PRCHS representou, ainda, a consolidação do protagonismo do Governo do Estado no centro histórico, com a aquisição de 432 imóveis e o usufruto de outros 133, transformando-se no maior proprietário da área e em seu gestor direto, por intermédio do Ipac.

Assim, o centro histórico foi transformado em um enclave urbano gerido pelo Governo do Estado e, em grande medida, dissociado do restante da cidade. Essa decisão resultou numa integração pouco consistente da iniciativa privada ao processo de recuperação da área, restringindo-se a instalar pequenos empreendimentos comerciais nos imóveis recuperados pelo Estado e de propriedade deste, à custa de aluguéis mensais com valor simbólico.

elã de vinte anos passados. Por isso, Carmen, não estou de acordo com a dissolução da Sociedade Teatro dos Novos. Você deverá considerar, junto aos demais, que Echio e eu temos o maior interesse em manter a Sociedade Teatro dos Novos funcionando produtivamente.

Mas as coisas seguiam difíceis, apesar da disposição de Echio e Petrô. Naquele 1982 da troca de cartas, no mês de janeiro só há registro de uma produção: o show Folia de Carnaval, produzido por Lui Muritiba. Em fevereiro, quando a atriz e diretora de teatro Yumara Rodrigues foi coroada rainha do XIV Baile das Atrizes, apenas Moraes Moreira e depois o grupo Afoxé Badauê ocuparam o palco do Vila Velha. Em março, apenas três eventos foram programados, incluindo apresentações da peça O Jardim das Borboletas. Naquele ano, como alternativa, foram iniciadas exibições de cinema no Vila Velha.

Mesmo diante de grandes dificuldades, o Vila não deixava de mostrar a sua sintonia com artistas de diversas linguagens artísticas, que buscavam retratar e discutir realidades pulsantes do momento histórico. O texto Blue Jeans , de Zeno Wilde e Wanderley Aguiar Bragança, teve apresentações no Vila Velha em março de 1982. Em setembro, uma então promessa da cena rocker, o grupo Camisa de Vênus, apresentou-se no Vila; a seguir vieram outros; e o teatro tornou-se um palco importante para o punk rock de Salvador.

Em 1983, Yumara Rodrigues apresentou no Vila a peça Apareceu a Margarida. O texto-metáfora de Roberto Athayde para a ditadura brasileira era mais uma ousadia do teatro baiano, em tempos de governo militar. Yumara e Manoel Lopes Pontes realizaram, cada um com suas respectivas produções, diversos espetáculos para crianças, e essas iniciativas em muito contribuíram com o pagamento das contas do teatro.

No ano de 1985, Echio Reis retornou para o Rio de Janeiro depois de repassar a gestão do Teatro Vila Velha sem que houvesse dívidas financeiras relacionadas ao Teatro ou à Sociedade. Mas as dificuldades continuavam, a ponto de a Sociedade Teatro dos Novos, por maioria, ter decidido, um ano antes, firmar um contrato que

de um período em que a vitalidade dava as caras no subterrâneo, nas sombras.

De maneira espontânea, o Teatro Vila Velha cobriu e contribuiu com parte significativa do que havia de underground na década de 1980, reafirmando o seu papel de casa de vanguarda, resistência e luta.

RONEI JORGE

Constituinte. A nova Carta Magna inovou ao incluir uma gama ampla de direitos sociais, ampliar os direitos trabalhistas e avançar na defesa dos direitos humanos e das minorias. Entre outros diversos pontos importantes, a Constituição estabeleceu as bases para a realização das eleições diretas para presidente.

Assim, a campanha eleitoral de 1989 foi marcada pela utilização intensa dos meios de comunicação, especialmente a televisão. O candidato Fernando Collor (PRN), exgovernador de Alagoas, destacou-se por sua capacidade de usar a mídia a seu favor, produzindo uma imagem carismática com o apoio da imprensa nacional. Eleito em 1989, Collor teve seu governo marcado por medidas econômicas do Plano Collor, que incluiu o confisco de poupanças, a privatização de empresas públicas e outras ações que visavam à estabilização econômica. O governo Collor, porém, foi rapidamente envolvido em escândalos de corrupção, impulsionando a insatisfação popular, que encontrou um catalisador no movimento estudantil. Estudantes de todo o país começaram a se organizar, inicialmente por intermédio da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

Com os rostos pintados com as cores da bandeira brasileira, estudantes foram às ruas em 1992 exigindo a saída de Collor da presidência. O movimento conhecido como Caras-Pintadas rapidamente ganhou o apoio de diversos setores da sociedade brasileira. No mesmo ano, o processo de impeachment foi aberto, resultando na renúncia de Collor, o que fez Itamar Franco, o vice-presidente, assumir a presidência.

Simultaneamente aos eventos do conturbado governo Collor, ocorreu um dos episódios mais trágicos e violentos da história recente do Brasil, o Massacre do Carandiru, em São Paulo. O sistema penitenciário brasileiro já enfrentava uma série de graves problemas, incluindo superlotação, condições insalubres e falta de recursos e pessoal adequados. As prisões eram locais de extrema violência e violação dos direitos humanos. Com isso, a intervenção policial violenta, em resposta a uma rebelião na Casa de Detenção de São

A ARQUITETURA DA NOVA CENTRALIDADE

E A REDESCOBERTA DA COR NA ARQUITETURA — DÉCADA DE 1980

Fora do centro histórico, nas novas áreas urbanas ocupadas a partir dos anos 1970 e, principalmente, dos anos 1980, os principais acontecimentos da arquitetura de Salvador no período também se caracterizam, como no centro histórico, pelo uso de cores fortes. O caso mais emblemático é o conjunto de edifícios comerciais construído na segunda metade da década de 1980, no Loteamento Cidadela, nas proximidades do Shopping Center Iguatemi. Esses edifícios, projetados pelo arquiteto Fernando Peixoto, caracterizam-se pelos volumes simples – em geral, paralelepípedos verticais – e pela adoção, nos revestimentos internos e externos, de materiais econômicos e disponíveis no mercado, como revestimentos cerâmicos. Nas fachadas, tratadas como telas, esses revestimentos são trabalhados como composições geométricas e coloridas, quase sempre adotando cores como preto, branco, vermelho e amarelo.

Peixoto justifica suas escolhas afirmando que o custo é “um fator determinante para o sucesso do empreendimento. Porém, ao serem utilizados de formas não convencionais, [os materiais correntes] se tornaram interessantes e diferenciados”2

As obras de Peixoto em Salvador tornamse rapidamente novos símbolos urbanos, representando oficialmente a arquitetura brasileira na 5ª Bienal de Arquitetura de Veneza, em 1991, a convite do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

No mesmo período e a cerca de um quilômetro do Cidadela será erguido o singular edifício da Casa do Comércio, projetado a partir de 1982 pelos arquitetos Jáder Tavares, Othon Gomes e Fernando Frank, inaugurado em 1988. O edifício, com 58 metros de altura e caracterizado pelos volumes envidraçados em balanço, recobertos por vegetação e pela estrutura metálica pintada na cor vermelha, logo se converte no símbolo do novo centro de negócios da Avenida Tancredo Neves.

passava a administração e manutenção do Vila para a Fundação Cultural da Bahia. A decisão e seu resultado são descritos da seguinte forma pelo jornalista e crítico de teatro Jacques de Beauvoir, entrevistado para matéria da jornalista Ângela Peroba (Tribuna da Bahia, 20/09/1986):

O Vila praticamente acabou. Está longe aquele tempo em que era um teatro maravilhoso. Agora nos resta a história. Fui obrigado a abrir guarda-chuva em pleno espetáculo e, em outra ocasião, contemplei, pela primeira vez, um corpo de baile de baratas. [...] Vale um toque: o Vila está arrendado à Fundação Cultural do Estado.

A PREPARAÇÃO DA METAMORFOSE

Diante do difícil quadro, possíveis soluções foram apresentadas. Os empresários responsáveis pela TV Itapoan levantaram a possibilidade de aquisição do prédio para as produções de auditório da emissora. A Fundação Cultural da Bahia, por sua vez, pensou em resolver a questão fazendo de todo o Passeio Público um grande corredor cultural, com incorporação do Teatro Vila Velha como um dos itens desse cardápio. Toda essa movimentação chamou a atenção da imprensa, que passou a acompanhar o desenrolar dos fatos. Diante de tamanha pressão, o governo decidiu devolver à Sociedade Teatro dos Novos o comando do teatro. Carlos Petrovich assumiu a posição de diretor do Vila Velha.

O teatro acusava as dificuldades do período. Sua estrutura estava muito desgastada; o palco representava um perigo, com partes do piso em madeira soltas e até podres; os equipamentos de iluminação e som da casa estavam obsoletos ou quebrados. A situação se mostrava agravada por muitas dívidas, geradas no período do convênio com a Fundação Cultural, gerida por Olívia Barradas, que não pagou muitos meses, ao grupo, o

Paulo, conhecida como Carandiru, resultou na morte de 111 detentos. Liderada pelo coronel Ubiratan Guimarães, a operação foi marcada por execuções sumárias e uso excessivo da força, chocando o Brasil e o mundo. O massacre escancarou ainda mais as falhas do sistema penitenciário brasileiro e a incapacidade do país em garantir o cumprimento dos direitos humanos e da Constituição recém-aprovada.

Em meio ao retorno da democracia, e diante de uma sociedade ainda marcada pelo regime anterior, as eleições municipais ocorreram em todo o país em 1992. Em Salvador, a disputa elegeu para a prefeitura a candidata do Partido Comunista do Brasil, Lídice da Mata. Primeira mulher a ocupar o cargo, Lídice priorizou investimentos em educação, saúde e infraestrutura, além da participação popular na administração pública. Entretanto enfrentou grandes desafios financeiros e críticas sobre a sua gestão, tendo em vista que fazia oposição ao governo do Estado. Porém, isso não a impediu de deixar um legado de inclusão social e representatividade feminina na política.

RICARDO SIZILIO

Merecem destaque ainda as diversas passarelas projetadas e construídas a partir de meados da década de 1980 pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, nas principais avenidas da cidade. A primeira passarela, na Av. Luiz Viana Filho (Paralela), na altura do Imbuí, é concluída em junho de 1987 e é concebida e executada na Fábrica de Equipamentos Comunitários (Faec), criada um ano antes pelo prefeito Mário Kertész, com estrutura em aço e boa parte dos demais elementos pré-fabricados em argamassa armada. As demais passarelas desenvolvidas nos anos seguintes por Lelé aperfeiçoaram o projeto da primeira, sempre adotando cores marcantes, como vermelho e amarelo.

NIVALDO ANDRADE

acordado por contrato. Tudo isso levou o teatro a ter telefone, água e luz cortados ou em iminência disso. O preocupante quadro só foi sanado pelo secretário José Carlos Capinan, da nova Secretaria de Cultura, criada pelo governo Waldir Pires, em 1987, que pagou, em parcelas, a dívida do Estado para com o Vila.

Para garantir a sobrevivência do Vila, incapaz de gerar a própria programação, Petrovich investiu pesadamente no público infantil e em projetos de formação. Também abriu-se para propostas de ocupação de pautas com produções variadas, inclusive algumas entre o sensual e o pornô. Em 1987, Clínica das Taras fez várias apresentações no teatro, abrindo caminho para produções como Nua na Plateia (1988), Taras de Uma Médica e Despertando para o Sexo (1989) e Os Felinos (1990).

Essa programação convivia com as opções teatrais tradicionais e um grande conjunto de peças e projetos de formação dedicados ao público infantil, faixa etária que seguiu prestigiada durante a administração de Carlos Petrovich. Eram peças como, em 1987, A Onça e o Bode (direção de Yumara Rodrigues), O Principezinho das Estrelas (direção de Gil Santana), em 1988, O Cavalinho Encantado (direção de Lucia Di Sanctis) e Turma da Mônica em O Teatrinho da Revistinha; dentre outras.

O Vila adentrava a década de 1990 com apenas três dos antigos sócios: Petrovich, Sonia Robatto e Thereza Sá. Novamente precisava que seu legado fosse preservado e sua história reinventada. Mostravam-se urgentes uma drástica mudança em sua filosofia de trabalho e uma grande reforma que também modernizasse sua estrutura física e equipasse o espaço. Diante da realidade, o Teatro Vila Velha apresentava à sociedade e às classes artística e política a sua história, defendia sua importância como polo produtor e exibidor de cultura e pedia socorro.

CaPtiOnS /imagEs

1. Discovery of oil in Bahia. Newspaper article: `O Ouro Negro do Lobato´.

2. EPUCS map showing the Zoning scheme of Salvador. 1940s. Source: Municipal Historical Archive of Salvador/ EPUCS Fund

3. Aerial photo of the Mataripe Refinery, in the municipality of São Francisco do Conde, Bahia. 1956. Source: Center for Research and Documentation of Contemporary History of Brazil of the Getúlio Vargas Foundation

4. Article from the newspaper `O Momento´ (1945) about the elections for the Constituent Assembly of October 15, 1945. Source: Newspaper `O Momento´

5. Teatro Amador do Puppets, 1947. Facade of the Cine Teatro Guarany. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

6. `A Cigana me Enganou´, 1955. Play by the amateur group Teatro Espírita. In the photo: Echio Reis and unidentified actress. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

7. Teatro Amador do Puppets, 1947. Audience at the Cine Teatro Guarany. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

8. Photo of the artist Genaro de Carvalho finishing the mural `Festas Regionais´, in the restaurant of the Hotel da Bahia. 1950. Source: Pierre Verger Foundation

9. `Amateur Theater in Bahia´, 1960. Article in an unidentified newspaper - Vila Velha Theater Collection

10. Inauguration of the Fine Arts Hall, November 1949. Source: CEDOC A TARDE/Cultural Project

11. Support from the Communist Party of Brazil for Otávio Mangabeira’s candidacy for governor of the state of Bahia, in 1947. Source: CEDOC A TARDE/Cultural Project

12. Centenário Avenue, in the city of Salvador, shortly after its inauguration. 1950s. Source: Salvador Municipal Historical Archive

13. Photo of the newly inaugurated Hotel da Bahia, seen from Passeio Público. 1950s. Source: Salvador Municipal Historical Archive

14. Canela Campus of the Federal University of Bahia. A) School of Pharmacy (now the Institute of Health Sciences); B) School of Law; C) Hospital das Clínicas (now Professor Edgard Santos University Hospital); D) Rector’s Palace; E) School of Nursing; F) Institute of Hispanic Culture (now Institute of Information Sciences); G) Free Music Seminars (now School of Music); H) School of Dentistry; I) Institute of French Culture (now Institute of Public Health). 1960s. Source: UFBA Places of Memory Collection

15. Rector’s Palace of the Federal University of Bahia. 1960s. Source: Municipal Historical Archive of Salvador

16. Drawing of the `Bay Sports Square’, which would later become the Fonte Nova Sports Complex. 1942. Source: Municipal Historical Archive of Salvador/EPUCS Fund

17. Model of an unexecuted project for the Educational Center for Theater Arts - Castro Alves Theater. 1948. Source: Christiani Nielsen Construction Company Collection

18. Anísio Teixeira inside the Work Activities Pavilion of the Escola Parque. 1950s. Source: Carneiro Ribeiro Educational Center

19. Inauguration/Fire of the TCA - July 1, 1958. Source: `Diário de Notícias´ newspaper

20. Castro Alves Theater, on July 11, 1958, two days after the fire. Source: Novonor Collection

21. Hans-Joachim Koellreutter: Music Seminars of the University of Bahia. In the photo: Koellreutter (center) with his students, among them, on the left, Jamary Oliveira; behind him, on the left, Nicolau Kokron, and standing on the right, Lindembergue Cardoso. (undated). Emus-Ufba Archival Fund

22. `The Three Sisters´, 1958. Play by the group A Barca, from the Theater School of the Federal University of Bahia. Text by Anton Chekhov, directed by Gianni Ratto. In the photo: Carmen Bittencourt, Sonia Robatto and Nilda Spencer. Photographer not identified - Vila Velha Theater Collection

23. Martim Gonçalves, 1959. Audience of the Santo Antônio Theater. In the photo: Álvaro Guimarães, Maria da Conceição (Muniz), Cecília Rabelo, Roberto Assis, Dulce Schwabacher, Martim Gonçalves, Robert Bonini, Geraldo Del Rey, Helena Ignez, Glauber Rocha and Sante Scaldaferri. Source: Martim Gonçalves Institute Archive

24. Yanka Rudzka, 1957. Polish dancer and choreographer (center), with her students, Photo: Anthony R Worley - UFBA Dance Memorial Collection

25. Edgard Santos with the Spanish ambassador, Marquis de Prat de Nantouillet, walks along the balcony of the UFBA Rectory. In the background, the Hospital das Clínicas and the School of Nursing (1953)

26. Fire at the Castro Alves Theater, on July 9, 1958. Source: CEDOC A TARDE/Cultural Project

27. Juscelino Kubitschek greets the people at the inauguration of Brasília, in 1960. Photo: Gervasio Batista - Public Archive of the Federal District

28. People on the roof of the National Congress Palace, on the day of the inauguration of Brasília, April 21, 1960, Photo: Thomaz Farkas - Instituto Moreira Salles

29. Construction of the National Congress building, in Brasília. Around 1958. Photo: Marcel Gautherot - Instituto Moreira Salles

30. 1945 elections, on November 19: presidential and Constituent. Source: Newspaper `O Momento´

ACT I

31. Students’ split with Martim Gonçalves. Newspaper article: `Theater Students Resigned from Graduation Ceremony’. Source: `A Tarde’ Newspaper (11/11/1959) - Vila Velha Theater Collection

32. Maria Tereza Goulart and President João Goulart at the Central do Brasil rally, on March 13, 1964. Photo: CPDOCJB/ Folhapress

33. Play `Senhoritas’. Newspaper article about censorship: `Police Invade Castro Alves and Arrest Artists’. Source: `Diário de Notícias’ Newspaper

34. Implementation of the civil-military dictatorship of 1964, on April 1, 1964. Source: CEDOC A TARDE/Projeto Cultural

35. Implementation of the civil-military dictatorship. Repercussion on April 2, 1964. `Goulart in Exile´. Source: CEDOC A TARDE/Cultural Project

36. Photo of Solar do Unhão, headquarters of the Museum of Modern Art of Bahia (MAM), and the recently inaugurated Avenida Contorno. 1960s. Source: Municipal Historical Archive of Salvador

37. Assassination of Marighella, on November 5, 1969. `Marighella Machine-Gunned´. Source: Newspaper `Diário de Notícias´

38. President Emílio Garrastazu Médici heads to the site of the inauguration of the first stretch of the TransAmazonian highway, in Pará, on November 27, 1972. Source: Folhapress

39. Redesign of Sergio Bernardes’ Plan for the Aratu Industrial Center, 1967. Source: Bernardes, Sergio. Master Plan for the Aratu Industrial Center. Salvador: Government of the State of Bahia, 1967

40. Aerial photo of Avenida Paralela, in Salvador. 1970s. Source: `Bahia. Bahia builds its future without destroying its past´. (Booklet). Salvador. Government of the State of Bahia, 1975. Photo: Bruno Furrer.

41. Mapping prepared by Marcio Meirelles and Nivaldo Andrade. Document produced based on the cadastral survey of Salvador, published by the city government in 1955, and the aerial photogrammetric survey of Salvador from 1947 - Teatro Vila Velha Collection

42. Letter to Governor Juracy Magalhães (page 1). Teatro Vila Velha Collection

43. Letter to Governor Juracy Magalhães (page 2). Teatro Vila Velha Collection

44. Transfer of area of Passeio Público. Teatro Vila Velha Collection

45. Demarcation of land to be donated to Teatro dos Novos. Vila Velha Theater Collection

46. Loan Agreement. Vila Velha Theater Collection.

47. Project for a small, collapsible theater. Vila Velha Theater Collection

48. Vila Velha Theater, 1964. Unidentified photographerVila Velha Theater Collection

49. Vila Velha Theater, 1964. Unidentified photographer. Teatro Vila Velha Collection

50. Teatro Vila Velha, 1964. Unidentified photographerTeatro Vila Velha Collection

51 to 58. Teatro Vila Velha at different times during its construction and recently inaugurated, 1964. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

59. Stage plan of the original project for Teatro Vila Velha,

on tracing paper - Teatro Vila Velha Collection

60. 1:200 scale plan of the foyer and garden of Teatro Vila Velha, in Passeio Público, on tracing paper, with notes by Silvio Robatto - Teatro Vila Velha Collection

61. Longitudinal section of the original project for Teatro Vila Velha, drawn in pen, with lighting study - Teatro Vila Velha Collection

62. Longitudinal section of the original project for Teatro Vila Velha, drawn in pen, with lighting study - Teatro Vila Velha Collection

63 to 66. Teatro Vila Velha, recently inaugurated, 1964. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

67. `Story of the Passion of the Lord´, 1961. Play with dramaturgy and staging by João Augusto. In the photo: Echio Reis and cast. Photo: Silvio Robatto - Teatro Vila Velha Collection

68. `Story of the Passion of the Lord´, 1961. Booklet with dates of performances of the play with dramaturgy and staging by João Augusto - Teatro Vila Velha Collection

69. `Auto do Nascimento´, 1959. Text by Sonia Robatto and directed by João Augusto. In the photo: Nevolanda Amorim, Yeda Rodrigues, Carmen Bittencourt, Echio Reis, Mário Gadelha, Sonia Robatto, Carlos Petrovich, Castro Negrão and Gileno Pinho. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

70. `Auto do Nascimento´, 1959. Play poster - Teatro Vila Velha Collection

71. `Os Fuzis da Senhora Carrar´, 1961. Dramatic reading of the text by Bertolt Brecht, held at the Clube Social Filhos de Apolo, in Santo Amaro/BA. In the photo: actors from Teatro dos Novos (back to back); Maria Bethânia and Dona Canô (in the audience, on the left). Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

72. `Os Fuzis da Senhora Carrar´, 1961. Dramatic reading of the text by Bertolt Brecht, held at the Clube Social Filhos de Apolo, in Santo Amaro/BA. Advertising brochure - Teatro Vila Velha Collection

73. `Fluft, o Fantasminha´, 1961. Text by Maria Clara Machado, directed by João Augusto. In the photo: Fernando Marcos (Froes), Martha Overbeck and Sonia Robatto. Photographer not identified - Teatro Vila Velha Collection

74. `Fluft, the Little Ghost´, 1961. Program of the play. Text by Maria Clara Machado and directed by João Augusto - Teatro Vila Velha Collection

75, 76, 78 - `Old Brazil´, 1961. Program of the play. Texts by Mattos Moreira, Machado de Assis and Bartolomeu de Guimarães. Directed by Othon Bastos and João Augusto - Vila Velha Theater Collection

77. `Fluft, the Little Ghost´, 1961. Program of the play. Text by Maria Clara Machado and directed by João Augusto - Vila Velha Theater Collection

79. `Old Brazil´, 1961, in the city of Nazaré das Farinhas. Texts by Mattos Moreira, Machado de Assis and Bartolomeu de Guimarães. Directed by Othon Bastos and João Augusto. In the photo: teenagers from the city, Carlos Petrovich, Mário Gadelha and Carmen Bittencourt. Unidentified photographerVila Velha Theater Collection

80. `Old Brazil´, 1961. Trip of the Teatro dos Novos and friends to present the play in the city of Nazaré das Farinhas. In

the photo: Nevolanda Amorim and the couple José and Zuleide Collier (in the first row); Lia Robatto, Mário Gadelha, (Maria Francisca), Thereza Sá and Sonia Robatto (in the second row); Martha Overbeck, Carmen Bittencourt (in the third row); Carlos Petrovich (standing). Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

81. `Old Brazil´, 1961. Cast of the play that featured texts by Mattos Moreira, Machado de Assis and Bartolomeu de Guimarães; directed by Othon Bastos and João Augusto. In the photo: Carlos Petrovich, Carmen Bittencourt, Echio Reis, Maria Francisca (Thereza Sá), Martha Overbeck, Nevolanda Amorim and Othon Bastos. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

82. `The Enchanted Coat´, 1960. Program of the play. Text by Lúcia Benedetti and directed by Carlos Petrovich – Vila Velha Theater Collection

83. `The Enchanted Coat´, 1960. Presentation of the play in Mata Escura, a neighborhood on the outskirts of Salvador. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

84. `The Enchanted Coat´, 1960. Program of the play - Vila Velha Theater Collection

85. Construction of the Vila Velha Theater, 1963. Newspaper article: `A Theater is Born on the Passeio Público´ - `RDN´ (11/17/1963) - Vila Velha Theater Collection

86, 87. Construction of the Vila Velha Theater, 1961. Photo of the assembly of the metal structure. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

88. Construction of the Teatro Vila Velha, 1963. Feijoada da Cumeeira, an event held by Teatro dos Novos to celebrate a stage in the construction of the Teatro Vila Velha. In the photo: Othon Bastos (center); Olga Maimone (in the background, serving the feijoada). Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

89. Galeria Oxumaré, 1960s - Unidentified photographerTeatro Vila Velha Collection

90. Construction of the Teatro Vila Velha, 1964. Construction of the stage of the Teatro Vila Velha. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

91. Inauguration of the Vila Velha Theater, 1964. Newspaper article: `For the First Theater of the City, the First Name of Bahia: Vila Velha´ - newspaper `Diário de Notícias´ (05/24/1964) - Vila Velha Theater Collection

92. `The Farce of Master Pedro (or Pathelin)´, 1961. Program of the play - Text by an unknown author, directed by João Augusto, set design by Carlos Bastos - Vila Velha Theater Collection

93. `The Farce of Master Pedro (or Pathelin)´, 1961. In the photo: Othon Bastos. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

94, 95. Chair Campaign, 1962. Pamphlet for the campaign to buy chairs for a disused movie theater in the city of Santo Amaro, in the interior of Bahia - Teatro Vila Velha Collection

96. Receipt for payment of compensation for the absence of an actor, 1963. The receipt lists the agreement between filmmaker Glauber Rocha and actor Othon Bastos to make the film `Deus e o Diabo na Terra do Sol´. Notebook `Companheiro´ with several notes - Teatro Vila Velha Collection

97. `A Paixão Segundo os Retirantes´, 1965, a play written

and directed by João Augusto. Poster/Program - Vila Velha Theater Collection

98. Promotional banner of the Vila Velha Theater, 1966. Print on fabric - Vila Velha Theater Collection

99. Dance School of the University of Bahia, 1964. Modern dance presentation in the period after the inauguration of the Vila Velha Theater. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

100 and 104. Samba School `Juventude do Garcia´. Source: Newspaper `Diário de Notícias´ (03/17/1972) – Vila Velha Theater Collection

101. `They Don’t Use Bleque-Tai´, 1964/1965. Text by Gianfrancesco Guarnieri, directed by João Augusto. In the photo: samba dancers from the `Juventude do Garcia´ Samba School´. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

102. Opening of the Teatro Vila Velha, on July 31, 1964. Audience at the entrance to the theater. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

103. Opening of the Teatro Vila Velha, 1964. General photo of the retrospective exhibition of the history of Teatro dos Novos. On the lower left of the photo, in the middle of a group of five people, it is possible to identify João Augusto, in a dark suit. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

105. `Estórias de Gil Vicente´, 1966. Playwright and director by João Augusto. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

106. `Auto dos Físicos´, one of the texts performed in the play `Estórias de Gil Vicente´, 1966. Dramaturgy and direction by João Augusto. In the photo: Wilson Melo, Carmen Bittencourt, Fernando Peltier (standing) and Alberto Luís Viana (lying down). Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

107. `Todo Mundo e Ninguém´, one of the texts performed in the play `Estórias de Gil Vicente´, 1966. Dramaturgy and direction by João Augusto. In the photo: Marta Overbeck and Mário Gusmão. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

108. `A Chegada de Lampião no Inferno´, one of the texts performed in the play `Estórias de Gil Vicente´, 1966. In the photo: Alberto Luís Viana and Mário Gusmão. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

109. Teatrinho Chique-Chique, 1965. In the photo: Maria Manuela and the character Dona Antônia’s puppet. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

110. `Teatro de Cordel´, 1966. Dramaturgy and direction by João Augusto. In the photo: Maria Manuela and Martha Overbeck. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

111. `Stopem/Stopem´, 1968. Text collage and direction by João Augusto and Haroldo Cardoso. In the photo: Paula Martins and part of the cast (unidentified). Unidentified photographerTeatro Vila Velha Collection

112. `Stopem/Stopem´, 1968. Text collage and direction by João Augusto and Haroldo Cardoso. In the photo: Yumara Rodrigues and Cilene Guedes. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

113. Inauguration of the Vila Velha Theater, 1964. Symphony Orchestra of the University of Bahia (OSUFBA), conducted by Sergio Magnani. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

114. `Northeast Exhibition´, 1963, which inaugurated the Museum of Popular Art, in Solar do Unhão. Photographer: A. Guthmann - Source: © Instituto Bardi / Casa de Vidro

115. Scenic architecture designed by Lina Bo Bardi for the `Threepenny Opera´, by Bertold Brecht and Kurt Weil, staged by Martim Gonçalves at the Castro Alves Theater, which had burned down in the early hours of July 9, 1958, five days before opening to the public. Author: A. Guthmann - Source: ©Instituto Bardi / Casa de Vidro

116. Inauguration of the Vila Velha Theater, 1964. Detail of the retrospective exhibition of the history of the Teatro dos Novos, on the opening night. Unidentified photographerVila Velha Theater Collection

117. João Augusto in a photocollage with records of actions and shows put on by him after 1964. Unidentified photographers - Vila Velha Theater Collection

118. Ondina Palace, official residence of the Governor of Bahia from 1967 onwards. Photo from April 26, 1991. Source: Salvador Municipal Historical Archive

119. `They Don’t Use Bleque-Tai’, 1964/1965. Text by Gianfrancesco Guarnieri, directed by João Augusto. In the photo: Othon Bastos (back), Mário Gadelha, Fernando Barros, Wilson Melo, Mário Gusmão, Fernando Lona, Maria Manuela, Robernival Ribeiro (Pitti) and samba dancers from the Juventude do Garcia Samba School. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

120. `They Don’t Use Bleque-Tai’, 1964/1965. Text by Gianfrancesco Guarnieri, directed by João Augusto. In the photo: Mário Gusmão, Sonia Robatto, Carmen Bittencourt, Fernando Lona. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

121. `They Don’t Use Bleque-Tai’, 1964. Typography advertising the play. Text by Gianfrancesco Guarnieri, directed by João Augusto - Teatro Vila Velha Collection

122. Advertisement by the Government of the State of Bahia showing the contours of the land where the Bahia Convention Center would be built. Source: `Revista Aratu´, 1976

123, 124. Aerial photos of the Bahia Administrative Center during its construction. 1970s. Photo: Bruno Furrer. Source: `BAHIA. Bahia Builds Its Future Without Destroying Its Past´ (booklet). Salvador: Government of the State of Bahia, 1975

125. Iguatemi Shopping Center, now known as Shopping da Bahia, shortly after its inauguration in 1975. Source: Novonor Collection

126. Salvador Bus Station, when it had just been inaugurated, in a photo from 1974. Source: Novonor Collection

127. `Nós, Por Exemplo...´, 1964. Musical show directed by Caetano Veloso, Gilberto Gil and Roberto Sant’Ana. In the photo: Djalma Correia, Perna Fróes, Fernando Lona, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Maria Bethânia and Alcyvando Luz - Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

128. `Nós, Por Exemplo...´, 1964. In the photo: audience, with Calasans Neto (center), Auta Rosa and Dona Mariá, Gal Costa’s mother (bottom left). Unidentified photographerConceição and Orlando Senna Collection

129. `We, For Example...´, 1964. In the photo: Gilberto Gil.

Unidentified photographer - Conceição and Orlando Senna Collection

130. `We, For Example...´, 1964. In the photo: Tom Zé during a rehearsal. Unidentified photographer - Conceição and Orlando Senna Collection

131. `We, For Example...´, 1964. In the photo: Alcyvando Luz and Perna Fróes. Unidentified photographer - Conceição and Orlando Senna Collection

132. `We, For Example...´, 1964. In the photo: Gal Costa. Unidentified photographer - Conceição and Orlando Senna Collection

133. `We, For Example...’, 1964. In the photo: Gilberto Gil and Gal Costa. Photographer not identified - Conceição and Orlando Senna Collection

134. `We, For Example...’, 1964. Program of the show directed by Caetano Veloso, Gilberto Gil and Roberto Sant’Ana - Vila Velha Theater Collection

135. Inauguration of the Vila Velha Theater, 1964. Invitation to the retrospective exhibition on the trajectory of the Sociedade Teatro dos Novos - Vila Velha Theater Collection

136. Reopening of the Vila Velha Theater. Newspaper article: `December Will Mark the Return of Vila Velha to General Joy’. Source: `Diário de Notícias’ Newspaper (10/20/1971)

137. `Gal-Fatal’. Newspaper article: `Gal Costa’. Source: Newspaper `Diário de Notícias´ (01/29/1972)

138. The end of AI-5. Newspaper article: `For Admiral, the End of AI-5 Brings Stability´. Source: Newspaper `Diário de Notícias´ (01/06/1979)

139 `Actresses’ Ball´. Newspaper article: `Today the Actresses’ Ball at Vila with Many Starlets´. Source: Newspaper `Diário de Notícias´ (02/11/1972)

140. Carnival Queen. Newspaper article: `The Queen’s Show Today at Vila´. Source: Newspaper `Diário de Notícias´ (02/02/1972)

141. Reopening of the Vila Velha Theater. Newspaper article: `Vila Velha is Coming with New Hits´. Source: Newspaper `Diário de Notícias´ (01/15/1972)

142. Poster for the play `A Nova Helena & O Vaso Suspirado´, 1967, which brought together two texts by Francisco Pereira da Silva. Directed by Haroldo Cardoso - Teatro Vila Velha Collection

143. Last show by Caetano Veloso and Gilberto Gil in Salvador before leaving for exile. Newspaper article: `Farewell of Caetano and Gil at Canto de Vai Simbora´. (07/19/1969). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

144. Gal Costa in a photo from 1974, in a show performed during the Summer Season program, held at Teatro Vila Velha. Photo: Eva Cristina (Evinha)

145. `Oxente Gente, Cordel!´. Play written and directed by João Augusto. In the photo, produced between 1977/78: Braulio Tavares, Zelito Miranda, Roberto Mendes and Raimundo Sodré. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

146. `Gracias A La Vida´, 1976. Play by the Teatro Livre da Bahia group, with text by Isaac Charcón and directed by João Augusto. In the photo: Harildo Déda and Bemvindo Sequeira. Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

147. `Cordel 3´, 1972. Cast of the play by the Teatro Livre da Bahia group, written and directed by João Augusto. In the photo: Zelito Miranda, Wilson D’Argolo, Harildo Deda, Bemvindo Sequeira, Moisés Augusto, Maria Adélia, Jurandir Ferreira, Marise Castro, Olga Maimone, Normalice Souza, Sonia Medeiros (top); João Augusto (lower part, from the side), Francisco de Paula, Fernando Lona, Thereza Sá, Waldemar Nobre (lower part). Unidentified photographerTeatro Vila Velha Collection

148. `Cordel 3´, 1975. Poster for the presentation of the Teatro Livre da Bahia group at the Giornata Internazionale dello Espetacolo, Rome/Italy. On the poster, Jurandir Ferreira - Teatro Vila Velha Collection

149. `Filismina Engole Brasa´, 1977. Text by João Augusto and direction by Bemvindo Sequeira for a street/cordel show. In the photo: Maria Adélia (center). Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

150. `Gracias a la Vida´, 1976. Play by the Teatro Livre da Bahia group with text by Isaac Charcón and direction by João Augusto. In the photo: João Augusto, Maria Adélia, Normalice Souza, Moisés Augusto, Vilma de Leonah. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

151. Teatro Livre da Bahia - Cordel Theater Procession on the Street, in 1977. In the photo: Harildo Déda, Zelito Miranda, Sônia dos Humildes and Bemvindo Sequeira. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

152. `Quincas Berro D ́Água´, 1976. Adaptation and direction by João Augusto of the book by Jorge Amado. In the photo: Wilson Melo and cast. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

153. `Quincas Berro D ́Água´, 1976. In the photo: Harildo Déda, Sônia dos Humildes, Nilda Spencer, Bemvindo Sequeira, unidentified actor, Normalice Souza and Zizi Possi. Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

154. `Baile das Atrizes´, the year Wilma de Leonah was the queen (1977). Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

155. Partial collapse of the Vila Velha Theater foyer, 1971. Newspaper article about the rains in Salvador: `There are seven thousand homeless people´ - `Diário de Notícias´ newspaper (04/29/1971) - Vila Velha Theater Collection

156. Poster for Tom Zé’s show with the musical group Os Trogloditas, in 1969 - Vila Velha Theater Collection

157. Poster from 1974 with the Vila Velha Theater logo, the Sol do Vila. The brand was created by the artist Calasans Neto - Vila Velha Theater Collection

158. Poster for the `Summer Season´, 1974 - Vila Velha Theater Collection

159. `Samba da Bahia´, 1973. Cover of the album by Riachão, Batatinha e Panela, recorded at the Vila Velha Theater. Art by Gilson Rodrigues. Photos: Evandro Texeira

160. `Quincas Berro D ́água´, 1972. Poster created by Calasans Neto for the first production of the play, which was adapted and directed by João Augusto based on the book by Jorge Amado - Teatro Vila Velha Collection

161. `Oxente Gente, Cordel!´, 1978. Poster for the play written and directed by João Augusto - Teatro Vila Velha Collection

162. Poster for the show `Off-Sina Pombas, Bahia´, 1977.

Directed by João Augusto - Teatro Vila Velha Collection

163. `GRRRRrrrrrrr´, 1971. Poster for the first play directed by João Augusto for the Teatro Livre da Bahia group - Teatro Vila Velha Collection

164. Letter from Carmen Bittencourt to João Augusto, dated 1968 - Teatro Vila Velha Collection

165. Letter from João Augusto to Manuel Veiga on the partial collapse of the foyer of the Vila Velha Theater due to the rains that fell in Salvador in 1971 - Vila Velha Theater Collection

166. Edil Pacheco, Riachão, Batatinha and Ederaldo Gentil at the time of the show and recording of the album `Samba da Bahia´, 1973. Photo: Arlete Soares

167. `Night for Amnesty´. Newspaper article announcing the show: `Fagner, Gil, Tom Zé, Cae and Other Values Sing for Amnesty´ (07/02/1979). Source: `Correio da Bahia´ newspaper

168. `Mulheres de Tróia´, 1978. Play by the Teatro Livre da Bahia group, with text and direction by João Augusto. Photo: Mario Cravo Neto - Teatro Vila Velha Collection

169. `Women of Troy´, 1978. Play by the Teatro Livre da Bahia, with text and direction by João Augusto. In the photo: Yumara Rodrigues, Maria Adélia, Arly Arnaud, in the center, flanked by Jacinta Ferraz, Luci Ball, Maria Celeste, Raimunda Lee and Zoila Barata Photo: Mario Cravo Neto - Teatro Vila Velha Collection

170 to 172 – João Augusto, in the 1970s, in Salvador, BahiaUnidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

173 - `Pluft, the Little Ghost´, in a production by the Teatro O Tablado group (1955), text and direction by Maria Clara Machado. In the photo: João Augusto, Eddy Resende Nunes and Roberto de Cleto - Unidentified photographer - O Tablado Collection

174 – `Pluft, the Little Ghost´, in a production by the Teatro O Tablado group (1955), text and direction by Maria Clara Machado. In the photo: Carmem Sylvia Murgel, Kalma Murtinho, João Augusto, Roberto de Cleto, Eddy Resende Nunes and Vânia Velloso Borges - Unidentified photographer - O Tablado Collection

175 - `Pluft, the Little Ghost´, in a production by the Teatro O Tablado group (1955), text and direction by Maria Clara Machado. In the photo: Roberto de Cleto, Eddy Resende and João Augusto - Unidentified photographer - O Tablado Collection

176 - `Pluft, the Little Ghost´, in a production by the Teatro O Tablado group (1955), text and direction by Maria Clara Machado. In the photo: Eddy Resende Nunes, João Augusto, Roberto de Cleto and Emílio de Mattos - Unidentified photographer - O Tablado Collection

177 – The actor Othon Bastos, in 1961, in front of Carlos Bastos’ set for the play `A Farsa do Mestre Pedro (ou Panthelin)´, directed by João Augusto - Unidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

178. João Augusto. Newspaper article about his career: `Thanks to God and the Devil Theater Here Supports Everything´. Source: `Jornal da Bahia´ (26 and 27/11/1972)

179 to 188 – João Augusto traveling around Brazil and the world, in the 1970s, with the Teatro Livre da Bahia groupUnidentified photographer - Teatro Vila Velha Collection

189 – In the city of Santo Amaro, 1960 (?). From left: Rodrigo

Velloso, Wilson Melo, João Augusto, Othon Bastos and Mário Gadelha – Photographer not identified – Teatro Vila Velha Collection

190 – Photo from the early 1960s. From left: João Augusto, Carmen Bittencourt, Echio Reis and Sonia Robatto –Photographer not identified – Teatro Vila Velha Collection

191 - In the window of the Teatro Vila Velha office (early 1960s)

192 to 197 - In the rehearsals for “Gracias a la Vida” (1977)

198 to 203 – Born in Rio de Janeiro, João Augusto worked and lived in Bahia during the last 22 years of his life, training young artists, creating shows, and contributing decisively to the development of the arts, especially theater. In 1964, he saw the opening of the Vila Velha Theater, a project that he was the fundamental promoter and creator of, from its first idea to its realization and subsequent consolidation. On November 25, 1979, João Augusto died of cancer in Salvador, the city he adopted as his home and the place for his various artistic creations, which from there crossed borders in Brazil and the world.

204 to 206.- Clippings from different newspapers announcing and reporting on João Augusto’s death in 1979. Source: Vila Velha Theater Collection

207 – João Augusto at the Vila Velha Theater - Vila Velha Theater Collection

208 - Written in João Augusto’s own handwriting on the back of photo 207 - Vila Velha Theater Collection

INTERMEZZO

209. `The Women’s Revolution´, 1983. Text by Aristophanes and directed by Echio Reis. In the photo: Walri Reis, Marco Bahia and Carlos Tavares. Photo: Carlos Rizério - Vila Velha Theater Collection

210. Poster for the play `Little Red Riding Hood’s Mischief’, 1985, with text by Ivone Leão Ladeia and directed by Jorge Lírio and J. Mendes - Vila Velha Theater Collection

211. Poster for the play `O Menino Maluquinho’, 1985. Adapted by Marcos Antônio Rodrigues and directed by Adelaide Amorim - Vila Velha Theater Collection

212. Poster for the play `Festival dos Vegetais’, 1985. Text and directed by Wilson da Rocha Besnosik - Vila Velha Theater Collection

213. Poster for the play `Encantado’, 1987. Text by Roberto Trujillo and Edwaldo Franciolli, directed by Roberto TrujilloVila Velha Theater Collection

214. `Cinderella, the Cinderella’, 1983. Costume design for a character in the play written and directed by Echio Reis. Photo: Carlos Rizério - Vila Velha Theater Collection

215. ‘The Aunts’, 1983. Text by Aguinaldo Silva and Doc Comparato, directed by Echio Reis. In the photo: Leonel Amorim, Regina Lúcia, Narcival Rubens, Di Paula, Geraldo Portela, Zezão Pereira. Photo: Carlos Rizério - Vila Velha Theater Collection

216. ‘Cinderella, the Cinderella’, 1983. Text and directed by Echio Reis. In the photo: Andréa Reis and Guilherme Thorbilla. Photo: Carlos Rizério - Vila Velha Theater Collection

217. ‘Cinderella, the Cinderella’, 1983. In the photo: drawing by Echio Reis for Cinderella’s costume. Photo: Carlos RizérioTeatro Vila Velha Collection

218. Poster announcing a show by the bands Moisés Ramsés, Guerra Fria and Dever de Classe, in 1987, at the UFBA School of Architecture - Williams Martins’ personal collection

219. `The Earth Owns Everything’, 1988 - Poster for the Bule Bule show – Teatro Vila Velha Collection

220. Election of João Durval. Newspaper article: `João Durval is Elected: A Landslide Victory’ (11/17/1982). Source: Newspaper `Correio da Bahia´

221. Set of commercial buildings designed by Fernando Peixoto in the Cidadela subdivision, in Salvador, and built in the second half of the 1980s - Source: Fernando Peixoto Architect Collection

222. Creation of Secult - July 16, 1987. Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

223. Photo of Casa do Comércio in 1990, two years after its inauguration. Source: Casa do Comércio Collection - SESC Bahia

224. Current photo of Casa do Benin, designed by Lina Bo Bardi and inaugurated in 1988 - Photo: Nivaldo Andrade, 2024

225. Set of buildings on Ladeira da Misericórdia, restored by Lina Bo Bardi as part of the project to recover the Historic Center of Salvador. 1980s - Source: © Instituto Bardi / Casa de Vidro

226. Photo of the model of the Lapa Transfer Station, in Salvador, opened in 1982 - Source: Instituto João Filgueiras Lima – Lelé

227. Rua do Maciel de Baixo shortly after the requalification of the Historic Center of Salvador, carried out in the first half of the 1990s. Photo: Arlete Soares

228. Lina Bo Bardi and Gilberto Gil with the model of the stairs of the Gregório de Mattos Theater. 1980s. Photo: Luiz PradoCollection: © Instituto Bardi / Casa de Vidro

229. Thomé de Souza Palace, headquarters of the City Hall of Salvador, in a 1986 photo, during its construction - Source: Municipal Historical Archive of Salvador 230. Newspaper article reports the news that the Vila Velha Theater would be administered by the Cultural Foundation of the State of Bahia. `Vila Velha Will No Longer Be a Space for Free Creation´ - `Jornal da Bahia´ (12/29/1983) – Teatro Vila Velha Collection

231. Correspondence from the Teatro dos Novos Society to the Bahia State Cultural Foundation (1987) requesting payment of the insurance that had not been paid over the previous three years - Teatro Vila Velha Collection

232. Correspondence from Eduardo Cabús, director of DEPAT, to the President of the Bahia State Cultural Foundation, in 1987, requesting payment of debts on behalf of Teatro Vila VelhaTeatro Vila Velha Collection

233. Correspondence from the Teatro dos Novos Society, signed by Sandra Berenguer (1987), requesting cancellation of the agreement with the Bahia State Cultural FoundationTeatro Vila Velha Collection

234. Agreement Termination Agreement with the Bahia State Cultural Foundation (1987) - Correspondence from the Department of Theater of FUNCEB to the Secretary of Culture

- Vila Velha Theater Collection

235. New Constitution. Newspaper article: `The Constitution Came to Be Obeyed´ (10/06/1988). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

236. Death of Tancredo Neves. Newspaper article: `Tancredo Now Rests in Peace´ (04/25/1985). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

237. Direct Elections Now. Newspaper article: `Monster Rally for Direct Elections´ (04/11/1984). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

238. Election of Waldir Pires. Newspaper article: `Wladir Guarantees Government for the Humble´ (11/19/1986). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

239. Painted Faces. Newspaper article: `Popular Demonstrations Against Corruption´ (08/15/1992). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

240. Carandiru Massacre. Newspaper article: `Rebellion Ends with More than 100 Deaths´ (10/04/1992). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

241. Election of Fernando Collor. Newspaper article: `Collor Becomes President´ (12/19/1989). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

242. Inauguration of Lídice da Mata. Newspaper article: `Lídice Will Take Over City Hall with a Debt of US$ 500 Million´ (01/02/1993). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

243 – Carandiru Massacre. Newspaper article reports on the massacre: `Governor Admits That Police Action Was Criminal´ (10/08/1992). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

244. `Awakening to Sex´, 1989 - Advertising photo for the play by JF Produções Artísticas Ltda., produced with text by Carlos Figueiredo and directed by José Carlos Silva. In the photo: Sandra Lins, Diego Chaves, Marlete Camargo, Alex Ribeiro - Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

245. `Taras de uma Médica´, 1989. In the photo: unidentified actress and Ary Santiago - Unidentified photographer - Vila Velha Theater Collection

246. `As Filhas da Mãe´, 1987 - Poster of the play produced by Nilton Raman - Vila Velha Theater Collection

247. Punks no Vila. Cultural Supplement of the `Jornal da Bahia´ (03/08 and 03/09/1987): `Punk the Other Side of Axé´ - Williams Martins’ personal collection

248. `Enfim Solos´, 1992 - Poster for the show by Arrigo Barnabé and Itamar Assunção – Vila Velha Theater Collection

249. Shirt of the band Cólera, 1987 - Williams Martins’ personal collection

250. Shirt of the band Dever de Classe, 1987 - Williams Martins’ personal collection

251 to 255. Photos of the show by the band Camisa de Vênus at the Vila Velha Theater, 1982 - Vila Velha Theater Collection

ACT II

256. Plano Real. Newspaper article: `The Exchange of the Cruzeiro for the Real Is Now Ready´ (03/07/1994). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

257. June Protests. Newspaper article: `Military Police Reacts to the Invasion of a Terminal with Bombs´ (06/12/2013). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

258. Reelection of FHC. Newspaper article: `FHC Enjoys Victory in Bahia´ (10/10/1998). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

259. June Protests. Newspaper article: `Wave of Protests´ (06/21/2013). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

260. Election of Lula. Newspaper article: `Luiz Inácio Lula da Silva is Elected´ (10/28/2002). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

261. Impeachment of Dilma. Newspaper article: `Dilma Says She Is Innocent and That the Solution Will Be a `Coup´´ (08/30/2016). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

262. Election of Jaques Wagner. Newspaper article: `Wagner Surprises and Is Elected Governor´ (10/02/2006). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

263. Arrest of Lula. Newspaper article: `Lula Surrenders to the Federal Police After Political Act in São Paulo´ (04/08/2018). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

264. Election of Bolsonaro. Newspaper article: `With 55.13% of the Votes, Bolsonaro Wins´ (10/29/2018). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

265. Assassination of Marielle Franco. Newspaper article: `Murder of Marielle Sparks Outrage in the Country and the World´ (03/16/2018). Source: Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

266. Brumadinho Tragedy. Newspaper article: `Minas Gerais Returns to Living a Nightmare of Mud´ (01/26/2019). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

267. Coronavirus Pandemic. Newspaper article: `World Health Organization Declares Coronavirus Pandemic´ (03/12/2020). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

268. Death of indigenous rights activist Bruno Pereira and journalist Dom Phillips. Newspaper article: `PF Confirms Deaths of Journalist and Indigenous Rights Accomplished with Great Violence´ (06/16/2022). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

269. Parliamentary Elections. Newspaper article: `PL Elects Largest Bench in the Chamber of Deputies and Senate´ (10/04/2022). Source: Newspaper `A Tarde´

270. Attempted Coup d’état. Newspaper article: `Bolsonaristas Attack the Country´ (01/09/2023). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

271. Parliamentary Elections. Newspaper articles report on the successful candidacies of indigenous people and trans women (10/04/2022). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

272. Tragedy in Rio Grande do Sul. Newspaper article: `Rains in RS Cause at Least 116 Deaths´ (05/11/2024). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

273. Lula’s inauguration. Newspaper article: `The Inauguration of Democracy´ (01/02/2023). Source: CEDOC A TARDE / Cultural Project

274. Photo (2012) of Brotas Station, Salvador Metro, on Line 1 - Source: wikipedia.Org

275. Photo (2019) of CAB Station of Salvador Metro, on Line 2. Source: wikipedia.Org

276. Photo (2016) of the Castro Alves Theater’s Acoustic Shell, after its reopening. Photo: Rosilda Cruz - Source: Secult Bahia

277. Aerial photo of the Sarah Network Technology Center. On the left, you can see the hospital factory for the locomotor system, installed in Salvador between 1992 and 1994; on the right, the Sarah Kubitschek Hospital, at the top of the hill. Projects by architect João Filgueiras Lima, known as Lelé. Source: Instituto João Filgueiras LimaLelé

278. Ground floor plan, on a scale of 1:200, from the first version of Carl von Hauenschild’s project for the renovation of the Vila Velha Theater, 1995 - Vila Velha Theater Collection

279. Floor plan of the audience and stage in the first version of Carl von Hauenschild’s project for the renovation of the Vila Velha Theater, 1995 - Vila Velha Theater Collection

280. Ground floor plan of Carl von Hauenschild’s final project for the renovation of the Vila Velha Theater, 1996Vila Velha Theater Collection

281. Longitudinal section of Carl von Hauenschild’s final project for the renovation of the Vila Velha Theater, 1996Vila Velha Theater Collection

282. Photograph of the Vila Velha Theater from Gamboa de Cima Street, with the curved wall of the Cabaré dos Novos visible in the foreground, 1998 - Vila Velha Theater Collection

283. Initial stage of construction of the new foyer block and Cabaré dos Novos at the Vila Velha Theater, 1996. Photo: Isabel Gouvêa - Vila Velha Theater Collection

284. Construction of the administrative wing and façade of the Vila Velha Theater, facing Gamboa de Cima Street, with the 1964 stage box visible on the right of the photo. Photo: Isabel Gouvêa, 1996 - Vila Velha Theater Collection

285. Interior of the Vila Velha Theater stage box during the initial stage of demolition, 1996 – Photographer unidentified - Teatro Vila Velha Collection

286. Final stage of the assembly of the metal structure of the Vila Velha Theater’s stage box, 1997. Photo: Isabel Gouvêa - Teatro Vila Velha Collection

287. Interior of the Vila Velha Theater’s stage box, initial stage of demolition, 1996 - Teatro Vila Velha Collection

288. Facade of the Vila Velha Theater facing Rua Gamboa de Cima, highlighting the cantilevered staircase that connects the administrative sector to the Mario Gusmão room and dressing rooms, 1997. Photo: Isabel GouvêaTeatro Vila Velha Collection

289. Main block of the Vila Velha Theater after renovation, showing the door leading to the dressing rooms, 1998 -

Teatro Vila Velha Collection

290. Construction of the Vila Velha Theater’s Cabaré dos Novos, seen from Passeio Público. Photo of the day of the Feijoada da Laje, held to raise money for the work, in February 1996. Photo: Isabel Gouvêa - Teatro Vila Velha Collection

291. Access to the foyer (below) and to the Cabaré dos Novos (above), seen from the Passeio Público, December 1997. Photo: Isabel Gouvêa - Teatro Vila Velha Collection

292. Set of ramps and stairs that connect the different levels of the Teatro Vila Velha. In the background, you can see the foyer (below) and the Cabaré dos Novos (above), 1998. Photographer not identified - Teatro Vila Velha Collection

293. Cabaré dos Novos shortly after its inauguration, 1998Teatro Vila Velha Collection

294. Construction of the administrative wing and the façade facing Rua da Gamboa, 1996 - Photo: Isabel Gouvêa - Teatro Vila Velha Collection

295. Stage box with one of the various possible configurations through the use of platforms, 1998 - Teatro Vila Velha Collection

296. Photograph of the stage box with one of the various possible configurations through the use of platforms, 1998Teatro Vila Velha Collection

297. 1:200 scale plan of the ground floor. First version (February 1995) of Carl von Hauenschild’s project for the renovation of the Teatro Vila Velha - Teatro Vila Velha Collection

298. Sections of the requalification project of the Teatro Vila Velha, 2023 - A+P Arquitetos Associados Collection

299 to 305. Illustrations of the recent requalification project of the Teatro Vila Velha, which is undergoing structural reforms sponsored by the city government of Salvador. Estimated delivery of the work to the public: second half of 2025 - Vila Velha Theater Collection

306. `Projeto Novo Vila´ (1994 to 1998) - In the photo, a group of resident artists at the exit to the Lavagem do Bonfim, in 1995, among them: Rejane Maia (lower left, holding the flag), Tereza Araújo (center, left, holding the flag) and Marísia Mota (last person on the right, standing, in the photo) organizers of the event. Photo: Marcos MC - Teatro Vila Velha Collection

307. `Midnight Improvises´, 1995. Variety show performed by Marísia Motta, Tereza Araújo, (Adelina) Dedé Rebouças. In the photo: Os Zárabe and Carlinhos Brown. Photo: Marcos MCTeatro Vila Velha Collection

308. `Midnight Improvises´, 1995. In the photo: Frieda Guttman rings the bell twelve times, an action that traditionally marked the beginning of the program. In the background, Marísia Motta (in blue) and Zeca Freitas. Photo: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

309. `Midnight Improvises´, 1995. In the photo: entrance procession, with Celso Junior, Eneida Rebouças, Guilherme Leme, Virgínia Rodrigues, Katia Borges, Lázaro Ramos and Cícero Antônio. Photo: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

310. `Midnight Improvises´, 1995. In the photo: Tracy Whitney, Tanucha Taylor and Bagageryer Spilberg. Photo: Marcos MCVila Velha Theater Collection

311. `ShowPruvila´ - Maria Bethânia, 1995. In the photo: Carlos

Pertovich, Sonia Robatto, Tereza Sá and Wilson Melo reading a poem. Photo: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

312. `Midnight Improvises´, 1995. In the photos: Zeca de Abreu and the audience. Photo: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

313. `Midnight Improvises´, 1995. In the photo: Bagageryer Spilberg. Photo: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

314. `Revilavolta´, 1996. Rock and integrated arts festival that had its program during the Vila’s renovation. In the photo: Banda Ataraxia (Nando, Marcão, Márcio Muniz, Igor Caxixi, Eric Miráua, Serafim Martinez, Flavete, Maurício Aluado and Marcos Barroso). Photo: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

315. `ShowPruvila´ – Gilberto Gil, 1995. In the photo: Gilberto Gil. Photo: Beto Ricardo - Vila Velha Theater Collection

316. `ShowPruvila´ – Caetano Veloso, 1994 - Show to mark the beginning of the `New Vila Project`, a renovation of the theater. In the photo: Caetano Veloso. Photo: Isabel Gouvêa - Vila Velha Theater Collection

317. `ShowPruvila´ – Maria Bethânia, 1995. In the photo: Maria Bethânia. Photo: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

318. `ShowPruvila´ – Margareth Menezes, 1995. In the photo: Margareth Menezes and Amadeo Alves, in the dressing room. Photo: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

319. `ShowPruvila´ – Gereba, Nana Vasconcelos, Armandinho Macêdo and Carlinhos Brown, 1995. In the photo: Nana Vasconcelos, Armandinho Macêdo and Carlinhos Brown Photo: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

320. `ShowPruvila´ – Tom Zé, 1995. In the photo: Caetano Veloso, Tom Zé and Daniela Mercury, in the dressing room. Photo: Alice Ramos - Vila Velha Theater Collection

321. `ShowPruvila´ – Caetano Veloso, 1994. In the photo: Ruy César, Wilson Melo, Armindo Bião, Nilda Spencer, Yumara Rodrigues, Carmem Bittencourt, Carlos Pertovich and Tereza Sá. In the background, Virgínia Rodrigues and other actors and actresses from the Olodum Theater Group. Photo: Isabel Gouvêa - Vila Velha Theater Collection

322. `A Man is a Man’, 1996. Rehearsal of the stage reading of Bertold Brecht’s play, in the project `What Does Mr. Bertolt Have to Do with Me’, during the renovation of the Vila Velha Theater. In the photo: Gideon Rosa, Daniela Mercury, Marcio Meirelles, Harildo Déda and Lucci Ferreira; in the background, the bands Munda Mundistas and Confraria da Bazófia (Andréz Santana, Celso Carvalho, Arnaldo Almeida, Jarbas Bittencourt, Ray Gouveia and Paulo Romero). Photo: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

323. `A Man is a Man’, 1996. In the photo: Chica Carelli, Gideon Rosa, Lucci Ferreira, Marcelo Prado, Elísio Lopes Junior and Fernando Fulco; in the background, Munda Mundistas and Confraria da Bazófia (unidentified musician, Arnaldo Almeida, Paulo Romero, Jarbas Bittencourt, Ray Gouveia and Bau Carvalho); above, Marcio Meirelles and Harildo Déda. Photo: Marcos MC - Teatro Vila Velha Collection

324. `The Kiriri Are Here´, 1995. Visit of the Teatro Vila Velha to the city of Banzaê, Bahia. In the photo: producer Beverley Randal watches chief Domingos read the program for `Zumbi´, a show dedicated to the struggle of the Kiriri. Other residents of Banzaê observe. Photo: Marcio Meirelles - Teatro Vila Velha Collection

325. `The Kiriri Are Here´, 1995 - Press article about the occupation of Mirandela by non-indigenous people, which resulted in the death of Adão, a Kiriri leader. It was the murder that led to the theater event, in partnership with ANAI (National Association for Indigenous Action). Newspaper `A Tarde´ (10/04/1995) – Vila Velha Theater Collection

326. `The Kiriri Are Here´, 1995. Event poster - Vila Velha Theater Collection

327. `The Kiriri Are Here´, 1995. In the photo, a show with the Kiriri, the Nau Catarineta group and the Frevos e Dobrados Orchestra. Photo: Isabel Gouvêa - Vila Velha Theater Collection

328. `The Kiriri Are Here´, 1995. Entrance procession of the Kiriri musicians, followed by the audience, at the Vila Velha Theater. Photo: Isabel Gouvêa - Vila Velha Theater Collection

329. `A Tale of Don Quixote´, 1998. Play with text by Cleise Mendes and Marcio Meirelles for the reopening of the Vila Velha Theater. In the photo: Cristina Castro. Photo: Isabel Gouvêa

330. `A Tale of Don Quixote´, 1998. In the photo: Ângela Andrade, Hebe Alves, Neyde Moura, Carlos Petrovich, Gil Onawale, Kita Veloso and Sandra Simões. Photo: Isabel Gouvêa

331. `A Tale of Don Quixote´, 1998. In the photo: Carlos Petrovich and the choir - Photo: Isabel Gouvêa

332. `A Tale of Don Quixote´, 1998. In the photo: Cristina Castro and Carlos Petrovich. Photo: Isabel Gouvêa

333. `A Tale of Don Quixote´, 1998. In the photo: the cast. Photo: Isabel Gouvêa

334. `A Tale of Don Quixote´, 1998. In the photo: Carlos Petrovich and choir. Photo: Isabel Gouvêa

335. `A Tale of Don Quixote´, 1998. In the photo: Lázaro Ramos. Photo: Isabel Gouvêa

336. `A Tale of Don Quixote´, 1998. In the photo: Carlos Petrovich and Lázaro Ramos. Photo: Márcio Lima - Vila Velha Theater Collection

337. `A Tale of Don Quixote´, 1998. Costumes for Sancho Panza (Lázaro Ramos), Don Quixote (Carlos Petrovich) and Dulcinea (Cristina Castro) created for the show by Marcio Meirelles, restored by Zuarte Junior for the exhibition `Vila Velha For Example – 60 Years of a Theater in Brazil´ - Vila Velha Theater Collection

338. `Supernova´, 2000. Play by Abel Neves, directed by Fernando Mora Ramosnuma. A co-production between Teatro dos Novos, Teatro Nacional São João/DRAMAT (Porto/PT) and CENDREV (Évora/PT), with the collaboration of Culturporto, Teatro Viriato (Viseu/PT) and Cia. Assédio (Porto/PT). In the photo: João Pedro Vaz. Photo: Isabel Gouvêa

339. `Bluebeard´, 1997. Play by Marcio Meirelles, the result of a workshop that brought a new cast to the Teatro dos Novos. In the photo: the cast. Photo: Isabel Gouvêa - Teatro Vila Velha Collection

340. `Olho de Deus´, 2012. Text by Sonia Robatto, directed by Marcio Meirelles. In the photo: Chica Carelli, Fernando Fulco and Sonia Robatto. Photo: João Milet Meirelles - Teatro Vila Velha Collection

341. `O Que Você Aque Disso Tudo?´, 1994. Poster for the play by CRIA, directed by Maria Eugênia Milet - Art by Caetano Dias with photos by Aristides Alves - Teatro Vila Velha Collection

342. Confraria da Bazófia, 1998. Poster for the release of the

CD by the band, which became a resident of the theater, with Jarbas Bittencourt as musical director of several projects and groups. On the poster: Arnaldo Almeida, Ray Gouveia, João Luis, Jarbas Bittencourt, Supertom and Jorge Sacramento – Teatro Vila Velha Collection

343. `A Casa Fechada´, 1995. Play by Roberto Gomes, directed by Marcio Meirelles, in the `3&Pronto´ project, from the revival of Teatro dos Novos. In the photo: Chica Carelli, Gerimias Mendes, Lázaro Ramos, Cristiane Mendonça and João Miguel. Photo: Isabel Gouvêa - Teatro Vila Velha Collection

344. `Bal Trap´, 1994. Play by the Cereus group, with text by Xavier Durringer and directed by Hebe Alves. In the photo: Isabel Noemi (Reis), Aicha Marques, Cynara Isensée, Zeca de Abreu, Maria Menezes, Jorge Borges and Zé Lauro Azevedo. Photo: Rejane Carneiro - Vila Velha Theater Collection

345. `The Incredible Journey´, 1995. A play by the Cereus group, with text by Doc Comparato and directed by Hebe Alves. In the photo: Isabel Noemi (Reis), Cynara Isensée, Aicha Marques and Wagner Moura. Photo: Rejane CarneiroVila Velha Theater Collection

346. `Dracula´, 2012. Poster for the show by Marcio Meirelles for the Supernova group, in residence at the Vila Velha Theater. Created by David Pádua, Iansã Negrão and Rex (Santo Design)

347. `Dracula´, 2012. A show by Marcio Meirelles for the Supernova group, in residence at the Vila Velha Theater. In the photo: Luísa Prosérpio and the eyes of Fernando Fulco on video. Photo: João Milet Meirelles

348. `Aroeira - With How Many Knots Can You Make a Tree´, 2006. A show by Cristina Castro, with music by Milton Nascimento for Viladança. In the photo: Sérgio Diaz, Leandro de Oliveira, Janahina Cavalcanti and Matias Santiago. Photo: Márcio Lima - Vila Velha Theater Collection

349. `Sacred Life as a Whole´, 1998. A dance show created by Cristina Castro for Viladança. In the photo: Sérgio Diaz (center) and Leandro de Oliveira, Simone Bonfim and Jairson Bispo. Photo: Márcio Lima - Vila Velha Theater Collection

350. `CO2 - Five Senses and a Little Passion´, 2000. A dance show by Cristina Castro for Viladança. In the photo: Clênio Magalhães, Eduardo Pinheiro, Isis Carla, Izabel Ferreira, Jairson Bispo, Líria Morais, Maitê Soares, Roberto Montenegro, Sérgio Diaz, Silvia Costa. Photo: Márcio LimaVila Velha Theater Collection

351. `Headhunters´, 2003. Dance show by Cristina Castro and Helena Waldmann for Viladança. In the photo: Danilo Bracchi (top), Leandro Oliveira, Sergio Diaz, Maitê Soares and Bárbara Barbará. Photo: Márcio Lima - Vila Velha Theater Collection

352. `José Ulisses da Silva´, 2002. Show by Cristina Castro for Viladança. In the photo: Eduardo Pinheiro (back, in the foreground), Leandro de Oliveira, Maitê Soares, Clênio Magalhães, Danilo Bracchi, Janahina Cavalcanti. Photo: Márcio Lima - Vila Velha Theater Collection

353. `Vivadança International Festival´, 2009. Created and directed for 15 editions by Cristina Castro. Poster for the 9th Edition. On the poster: Camila Kowalski, in a photo by João Meirelles; drawings by Andréa May; graphic design by Pedro Gaudenz - Vila Velha Theater Collection

354. `Habitat – Lat 13º S Long 38º 31′ 12” O´, 2008. Show by Cristina Castro for Viladança. In the photo: the performerscreators: Bárbara Barbará, Ciro Sales, Jaqueline Elesbão, Jorge Oliveira, Leandro de Oliveira, Márcio Vesolli, Mariana Gottschalk, Pedro Ivo Santos, Sérgio Diaz. Photo: João Milet Meirelles - Viladança Collection

355. `Jauria´, 2016. Result of the residency with Vladimir Rodriguez. Photo: Andréa Magnoni

356. `Tomaladacá´, in its First Show, 1999. In the photo: presentation of the Quadrilha Junina Asa Branca, from the Cabula community, led by Antônio Soares. Photo: Isabel Gouvêa

357. `Teatro de Cabo a Rabo´, 2005. Procession for the presentation of the play `Oxente, Cordel de Novo?´, with texts by João Augusto and directed by Marcio Meirelles, in the city of Rio de Contas. In the photo: cast of Teatro dos Novos and Bando de Teatro Olodum and musicians Saulo Gama and João Milet Meirelles. Photo: Márcio Lima - Teatro Vila Velha Collection

358. `Almanaque da Lua´, 2004. Poster for the 2004 production of the play created in 2002 by Gordo Neto for VilaVox - Teatro Vila Velha Collection

359. `Tomaladacá´, 1999. Poster for the 1st Exhibition of the exchange project between resident groups and amateur groups, from which many actors came to Bando de Teatro Olodum and to the creation of A Outra Companhia de TeatroTeatro Vila Velha Collection

360. `O Contâiner´, 2006. Text by José Mena Abrantes, directed by Vinício de Oliveira Oliveira for A Outra Companhia de Teatro. Photo: João Milet Meirelles - Teatro Vila Velha Collection

361. `Canteiros de Rosa´, 2006. A play created by Jacyan Castilho, based on Guimarães Rosa, for VilaVox. In the photo: Claudio Machado (above), Fábio Osório (below), unidentified artists (with their backs turned). Photo: Márcio Lima - Vila Velha Theater Collection

362. `Remendó Remendó´, 2016. A restaging of the play created in 2002 by Inácio D’Eus, Cell Dantas and Vinício de Oliveira Oliveira. The restaging was directed by Luiz Antonio Sena Jr. and carried out for the `Pé de Feijão´ project. In the photo: Israel Barretto (in the center); Luiz Buranga and Roquildes Júnior (on his right); Anderson Danttas and Eddy Veríssimo (on his left). Photo: Claudio Varela - Teatro Vila Velha Collection

363. `Trilhas do Vila´, 2003. Re-staging of the show created by Gordo Neto, Iara Colina and Jarbas Bittencourt, in 2001, for the VilaVox group. In the photo: Raissa Fernandes. Photo: Jonas Grebler

364. `Teatro de Cabo a Rabo´. Poster of the workshops and presentations of 2005. Project carried out by the Teatro dos Novos group with the participation of the Bando de Teatro Olodum, promoting exchange with theater performed in other cities. Several artists came from this project and joined A Outra Companhia de Teatro – Teatro Vila Velha Collection

365. `Siré Obá - A Festa do Rei´, 2009. Onisajé show for the Nata group (Afro-Brazilian Theater Center of Alagoinhas). In the photo (background, from left to right): Thiago Romero, Jandiara Barreto, Lucas Michel; (front): Fabíola Nansurê, Nando Zâmbia, Antônio Marcelo, Daniel Arcades and Vânia Santana. Photo: Thalita Andrade

366. `Breve´, 2011. A play by Thiago Romero for Teatro da Queda. In the photo: Duda Woyda (standing), Luiza Bocca (in the background, seated), Guilherme Silva, Ricardo Albuquerque, Karen Souza, Márcia Gilbráz (lying down) and, in the audience

on the right, Sonia Robatto, Lia Robatto and Marcos Uzel. Photo by Rodrigo F. Wanderley - Teatro da Queda Collection

367. `II Fórum de Performance Negra´, 2006. Poster for the forum created in partnership between Bando de Teatro Olodum and Companhia dos Comuns (RJ). Event brought together artists and leaders of black cultural organizations to jointly think about and implement policies for the development of black theater in Brazil. On the poster: Mário Gusmão - Teatro Vila Velha Collection

368. `A Cena Tá Preta´, 2012. Poster for the festival created at Teatro Vila Velha to promote the arts of black peopleTeatro Vila Velha Collection

369. `Dô´, 2012. Poster for the show produced in collaboration between Bando de Teatro Olodum and Tadashi Endo. Photo of the poster: João Milet MeirellesTeatro Vila Velha Collection

370. `Bai Bai Pelô´, 1994. Poster for the first show produced by Bando de Teatro Olodum at Teatro Vila Velha. Text by Marcio Meirelles; directed by Marcio Meirelles and Chica Carelli - Teatro Vila Velha Collection

371. `Zumbi is Alive and Still Fighting´, 1995. A processional play between Passeio Público and Campo Grande, with text by Aninha Franco and Marcio Meirelles and directed by Marcio Meirelles, José Carlos Arandiba (Zebrinha) and Chica Carelli. In the photo: Mário Gusmão and cast. Photo: Isabel Gouvêa

372. `O Paí, Ó!´, 2001. Re-staging of the play created in 1992 by Marcio Meirelles for the Olodum Theater Group. Set design by Gaio. In the photo: Rejane Maia, Edvana Carvalho, Nildes Vieira, Aline Menezes and Ana Bárbara (Borga). Photo: Márcio Lima - Vila Velha Theater Collection

373. `Cabaret of Rrrrraça´, 1997. Setting of the premiere, with photo of the cast: Auristela Sá, Lenno Sacramento, Cássia Vale, Nildes Vieira, Lázaro Ramos, Valdinéia Soriano, Cristóvão da Silva, Lázaro Machado, Agnaldo Buiú, Jorge Washington, Rejane Maia, Merry Batista, Fernando Araújo and Arlete Dias. Photo: Márcio Lima - Vila Velha Theater Collection

374. `Blessing´, 2010. Installation piece by Marcio Meirelles, with the Olodum Theater Group, movement direction by José Carlos Arandiba (Zebrinha) and musical direction by Jarbas Bittencourt. In the photo, in projection: Makota Valdina Pinto and cast. Photo: João Milet Meirelles

375. `A Midsummer Night’s Dream’, 2006. Text by Shakespeare, directed by Marcio Meirelles. In the photo: Telma Souza, Auristela Sá, Valdinéia Soriano, Rejane Maia and Jorge Washington. Photo: João Milet Meirelles

376. Bobina Donkey’s Head, 2006. Mask from the Republic of Cameroon used in the play `A Midsummer Night’s Dream’, by Shakespeare, directed by Marcio Meirelles (on the left)Vila Velha Theater Collection. On the right side of the image, two masks/mammoths created by Zuarte Jr. for the play `From the Tip of the Tongue to the Tip of the Foot´ (2004), by Cristina Castro and João Sanches - Viladança Collection

377. `Just Imagine... The Adventure of Doing´, 2001. Produced by the Novos Novos Theater Company, with text by Edson Rodrigues, directed by Débora Landim, and music by Ray Gouveia. In the photo: Felipe Augusto, Luciana Santiago, Felipe Gonzales, Thierri Gomes, Raissa Fernandes, Jamile Menezes and Elaine Adorno (standing). Chaiend Cruz, Diego Velame, Victor Porfírio and Lucas Carvalho (seated). Photo: Márcio Lima – Novos Novos Theater Company Collection

378. `Vilerê´, 2016. Poster for the edition of the arts festival for children - Teatro Vila Velha Collection

379. `Alices and Chameleons´, 2004. Poster created by the artist Sara Victória for the play by the Novos Novos Theater Company. Text by Edson Rodrigues, directed by Débora Landim, music by Jarbas Bittencourt – Teatro Vila Velha Collection

380. `Alices and Chameleons´, 2004. Play by the Novos Novos Theater Company. In the photo: Rosa Abreu, Tarsila Lima, Adriele Costa, Raissa Fernandes, Malena Bastos, Chaiend Santos (in the front row); Lucas Carvalho, Joana Trindade, Wanessa Carvalho, Vera Lúcia, Victor Porfírio (in the second row); Leonardo Bittencourt and João Milet Meirelles (in the background). Photo: Márcio Lima – Novos Novos de Teatro Company Archive

381. `Dance for Children´, 2015. Dance show from the Viladança Center’s dance workshops. Viladança Center Director: Cristina Castro; workshop coordinator: Janahina Cavalcanti. Photo: Camila Kowalski

382. `Ciranda do Medo´, 2007. Show by the Novos Novos de Teatro Company, directed by Débora Landim, choreographed by Lulu Pugliese, and with music by Ray Gouveia. Free adaptation by Edson Rodrigues of the book by Sonia Robatto. In the photo: Camila Santos, Vida Carvalho, Caio Rocha, Beatriz Casteluccio, Alessandro Xavier, Gabriel Arthur. Photo: Márcio Lima – Novos Novos de Teatro Company Collection

383. `From the Tip of the Tongue to the Tip of the Foot´, 2005. Text by Cristina Castro and João Sanches, directed and choreographed by Cristina Castro. In the photo: Mariana Gotchalk, Jorge Oliveira, Bárbara Barbará, Sérgio Diaz, Leandro de Oliveira and Janahina Cavalcanti – Photo: João Milet Meirelles - Vila Velha Theater Collection

384. `Frankenstein´, 2014. Show by Marcio Meireles for the first class of the LIVRE university. Photo: Marcio Meirelles – Vila Velha Theater Collection

385. `Frankenstein´, 2014. Poster of the show by Marcio Meireles for the first class of the LIVRE university - Vila Velha Theater Collection

386. `Mirror for the Blind´, 2013. Text by Matéi Visniec, directed by Marcio Meirelles. In the photo: Sonia Robatto. Photo: Marcio Meirelles - Teatro Vila Velha Collection

387. `Mirror for the Blind´, 2013. Poster created by Vinicius Bustani for the play by Matéi Visniec, directed by Marcio Meirelles for the LIVRE university and Teatro dos NovosTeatro Vila Velha Collection

388. `Mirror for the Blind´, 2013. Text by Matéi Visniek, directed by Marcio Meirelles for the LIVRE university and Teatro dos Novos. Photo: Marcio Meirelles – Teatro Vila Velha Collection

389. `Why Hécuba´, 2014. Poster for the play by Matéi Visniek, directed by Marcio Meirelles for the LIVRE university. In the photo: Chica Carelli. Photo: Marcio Meirelles – Teatro Vila Velha Collection

390. `Hamlet + Hamlet Machine´, 2015. Poster for the play. Texts by Shakespeare and Heiner Muller, directed by Marcio Meirelles. Photo: Marcio Meirelles - Teatro Vila Velha Collection

391. `The Tragedy of Macbeth´, 2015. Poster for the play by Shakespeare, directed by Marcio Meirelles for the LIVRE university

392. `Romeo and Juliet´, 2016. Poster for the play by Shakespeare, directed by Marcio Meirelles - Teatro Vila Velha Collection

393. `Romeo and Juliet´, 2016. Experiment on spaces/ choreographic walk. In the photo: Milena Nascimento, Bruno Torres, Amanda Cervilho, Gilberto Reys, Beatriz Pinho, Clara Romariz, Natália Mascarenhas, Victória Matos and Lavínia Alves. Photo: Marcio Meirelles – Teatro Vila Velha Collection

394. `Why Hécuba´, 2014. Text by Matéi Visniek, directed by Marcio Meirelles for the LIVRE university. In the photo: Chica Carelli (center). Photo: Marcio Meirelles

395. Meeting with Rejane Maia, 2015. Afro Dance Workshop for the LIVRE university. Photo: Marcio Meirelles - Teatro Vila Velha Collection

396. Meeting with Tadashi Endo, 2015. Butoh Workshop for the LIVRE university, with the Japanese master. Photo: Marcio Meirelles - Teatro Vila Velha Collection

397. `Romeo and Juliet´, 2016. A play by Shakespeare, directed by Marcio Meirelles for the LIVRE university. Photo: Marcio Meirelles - Teatro Vila Velha Collection

398. `Hamlet + Hamlet Machine´, 2015. Texts by Shakespeare and Heiner Muller, directed by Marcio Meirelles. In the photo: Vinicius Bustani. Photo: Marcio Meirelles - Teatro Vila Velha Collection

399. `The Tempest´, 2020. A play by Shakespeare, directed by Marcio Meirelles. In the photo: Costumes for the characters Caliban (Loiá Fernandes), Prospero (Lúcio Tranchesi) and Miranda (Rodrigo Lélis). Created by Marcio Meirelles and Zuarte Junior

400. `We’re the Boss’, 1997. A theatrical improvisation project in which the audience led the narrative and dramatic structure of the event. In the photo: Hilton Cobra, improvising as Thisbe, a character from Shakespeare’s `A Midsummer Night’s Dream’. Photo: Marcos MC

401. `Vila Verão Workshops´, 1998. Workshop led by Débora Landim. In the photo: the workshop participants, including Marísia Motta, Camila Cordeiro Ribeiro and Maria Clara (in the foreground) Photographer: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

402. `Vila Verão Workshops´, 1998. Stilt Workshop, led by Gordo Neto. In the photo: Gordo Neto (shirtless) and the workshop participants, including Roberto Brito (next to Gordo) and Najla Andrade (in an orange shirt). Photo: Marcos MC - Vila Velha Theater Collection

403. `The Tempest´, 2020. Text by William Shakespeare, directed by Marcio Meirelles. Costume design by Miranda, created by Marcio Meirelles and Zuarte Junior. In the photo: Rodrigo Lélis. Photo: João Milet Meirelles - Teatro Vila Velha Collection

404. `Josefina, a dos Ratos´, 2024. Poster for the play created by Marcio Meirelles, based on the work of Franz Kafka, for the LIVRE university, as part of the project `O Vila Ocupa o MAB´ (Museu de Arte da Bahia/IPAC). Created by Ramon Gonçalves – Teatro Vila Velha Collection

405. `O Que Cabe Neste Palco´, 2012. Poster for the project to occupy the agenda by public call - Teatro Vila Velha Collection

406. `Óperas de Bolso´, 2002. Poster for the project directed by Aldo Brizi for the UFBA School of Music, with short operas written in an extension workshop. Groups from the Tomaladacá project participated in the operasTeatro Vila Velha Collection

407. `A Besta´, 2017. Poster for the show directed by Graeme Poulein, with texts by Alfred Jarry and Ionesco. It was produced as part of the Lusophone project `K Cena´, in collaboration with Teatro Viriato (Portugal) and Centro Português do Mindelo (Cape Verde) - Teatro Vila Velha Collection

408. `Pé de Feijão´, 2016. Cultural mediation project for children and youth, created and coordinated by Cristina Castro. In the photo, the audience at the show. Photo: Claudio VarelaViladança Collection

409. `Pé de Feijão´, 2016. Cultural mediation project for children and youth, created and coordinated by Cristina Castro. In the photo: children participating in an experience. Photo: Claudio Varela - Viladança Collection

410. `Pé de Feijão´, 2024. Cultural mediation project for children and youth, created and coordinated by Cristina Castro. In the photo, children participating in an experience. Photo: Camila Aduke

411. `Pé de Feijão´, 2024. Poster for the 2024 edition of the project. Created by Ramon Gonçalves – Teatro Vila Velha Collection

412 to 423 – Between 2020 and the first half of 2023, the Covid-19 pandemic imposed emergency actions, with social isolation and confinement of people in their homes. The theater had to reinvent itself. Vila Velha produced several productions, presented on the world wide web, on different platforms, in real time. Extensive content was also recorded and later made available on the platforms. The photos show some of these productions - Vila Velha Theater Collection

424 to 426. `Vila Lê´ (from 1997). Stage reading programs, 2023 edition - Created by Ramon Gonçalves

427. `Vila Verão Workshops´, 2024. Exhibition of the Zootomy workshop, supervised by Ariel Ribeiro. Photo: Beatriz de Paula

428. `Vila Lê´ (from 1997). Stage reading program, 2023 edition. Created by Ramon Gonçalves – Vila Velha Theater Collection

429. `Vila Verão Workshops´, 2024. Exhibition of the Zootomy workshop, supervised by Ariel Ribeiro. Photo: Beatriz de Paula

430. `Palco Aberto´, 2022. Debate program created in 2014. This edition discussed the city - Created by Ramon Gonçalves –Teatro Vila Velha Collection

431. `Marighella - 100 anos´, 2011. Poster for the event commemorating the centenary of Carlos Marighella - Vila Velha Theater Collection

432. `Ditadura Não Mais´, 2020. Poster for the event reflecting on the civil-military coup of 1964

433. Amnesties by Glauber Rocha (2010) and Carlos Marighella (2012). Photographic record of one of the scenes from a video about the ceremonies of the trials and granting of amnesties, held at Teatro Vila Velha. Editing: Rafael Grilo – Teatro Vila Velha Collection

VISUALITIES

434. `Jango - Uma Tragédia´, 2014. Cartaz da peça de Glauber Rocha, encenada por Marcio Meirelles com a universidade LIVRE para comemorar os 50 anos do Teatro Vila Velha. Criação: Iansã Negrão e Lia Cunha - Acervo Teatro Vila Velha

435. `Primeiro de Abril´, 2004. Cartaz do espetáculo criado por Gordo Neto para o grupo VilaVox - Acervo Teatro Vila Velha

436. `Brecht´, 1996. Painel criado por Joãozito para vários projetos relativos a Bertolt Brecht, desenvolvidos no Teatro Vila Velha - Acervo Teatro Vila Velha

437 a 442. `Revista da Bahia´, 1967. Fac-símile ano 5, número 6, coordenação: Sostrates Gentil e Juarez Paraiso. Fonte: Acervo da Biblioteca de Arte José Pedreira do Museu de Arte da Bahia - Salvador

443. Gravuras da artista plástica Eneida Sanches – Acervo MAM

444. `Mise en Page´, 1966. Gravura; xilogravura - Sonia Castro (1934) - Acervo MAM

445. `Pelourinho´. (s/data) – Foto: António Valente (1954-2005)Acervo MAM

446. `Habitantes das Dunas´, 1984. Pintura; óleo s/ telaCalasans Neto (1932-2006) - Acervo MAM

447. `Rampa do Mercado´, 1950. Gravura em metal - Poty Lazzarotto (1924-1998) - Acervo MAM

448. `O Colecionador de Primitivos´. (s/data). Pintura; óleo, tela, tecido e papel s/ eucatex - Lênio Braga (1931-1973) - Acervo MAM

449. `S/Título´, 1956. Desenho, guache sobre papel - Yêdamaria (1932-2016) - Acervo MAM

450. `Casulo´, 2000. Objeto. Aço inox, tecido, poliuretano e luvas de borracha - Siron Franco - Acervo MAM

451. `S/Título´, 1978. Desenho; guache s/ papel - Yêdamaria (1932-2016) - Acervo MAM

452. `O Rei da Força e do Conhecimento´. (s/data). Escultura em madeira, cipó mariri e metal etsedron - Edson da Luz (19402023) - Acervo MAM

453. `S/ Título´, 1992. Pintura - Acrílica s/ tela - Zau PimentelAcervo MAM

454. `A Deusa Alemag´. (s/data). Pintura; óleo s/ compensadoEdson da Luz (1940-2023) - Acervo MAM

455. `Procissão de Nossa Senhora da Conceição e do Sr. dos Navegantes´, 1975. Pintura; Óleo s/ eucatex - Emma Valle (19332000) - Acervo MAM

456. `S/Título´, 1975. Gravura; xilogravura policrômica - Juarez Paraíso (1934) - Acervo MAM

EDUCATIONAL

457 to 459. `Fala Vila´, 2024. Photos of the meeting `Memories of a Theater in Brazil´, with Marcio Meirelles and mediation by Edson Rodrigues – Teatro Vila Velha Collection

460. `Students in Museums Program´ (FLEM/IPAC/SEC), 2024. Photo of a session for students from the public school system of the film `Áfricas´, by Bando de Teatro Olodum, directed by Chica Carelli. SaladeArte Cine MAM – Vila Velha Theater Collection

461. `Playful Body Workshop´, 2024. Photo of participants in the Workshop `Playful Body: An Invitation to the Ancestral Territory´, with choreographer Valéria Pinheiro (Cia Vatá-CE) – Vila Velha Theater Collection

462. `Exchange of Knowledge´, 2024. Photos of the workshop `Mediation and Audience Formation´, with Poliana Bicalho. The event brought together MAM mediators, members of the LIVRE university and external audience – Vila Velha Theater Collection

463 to 465. `Exchange of Knowledge´, 2024. Photos of the `Body, Breathing, Action Workshop´, with Edith Meric. The practical training presented the Gyrokinesis method as a form of perception and self-knowledge in relation to the body and its movements – Teatro Vila Velha Collection

466 to 468. `Cinevila´, 2024. Photos of the CineVila sessions at Saladearte at MAM. The meetings were attended by directors, cast members and guests – Teatro Vila Velha Collection

469 to 471. `Fala Vila´, 2024. Photos of the meeting `Mutant Architecture: A Theater in Transformation´, with the presence of architects Nivaldo Andrade and Carl Von Hauenschild. Mediation by Silvana Moura – Teatro Vila Velha Collection

472 to 474. `Oficcina Multimédia´, 2024. Photos of the process exhibition of the workshop `Rítmica Corporal na Encenação´, with the group OFICCINA MULTIMEDIA (BH), held at Casarão, in the middle of the exhibition, and also occupying the external area of MAM – Teatro Vila Velha Collection

475 to 476. `Caravana Livre´, 2024. Photos of the scenic-musical performance, directed by Jaya Batista and musical direction by Cris Meirelles. The troupe’s artists bring together members of the LIVRE university and mediators from MAM – Teatro Vila Velha Collection

477. `Troca de Saberes´, 2024. Photos of the workshop `Performer MC: Voices of Resistance and F(r)esta´, with Cris Meirelles – Teatro Vila Velha Collection

478. `Cine Vila´, 2024. Photo of director Oscar Santana and actress Maria Moniz at the opening of the session of `O Caipora´ (1964) – Teatro Vila Velha Collection

479. `Troca de Saberes´, 2024. Photos of the workshop `Performer MC: Voices of Resistance and F(r)esta´, with Cris Meirelles – Teatro Vila Velha Collection

480. `Fala Vila´, 2024. Photo of the chat `Management, Mediation and Creative Processes: Experiences between Bahia and Ceará´, with mediation by Cristina Castro. The guests of this edition were Valéria Pinheiro and Vinício de Oliveira Oliveira

481. Makota Valdina, in, projection in the hall of the Museum of Modern Art of Bahia - Vila Velha Theater Collection

Exhibition/Acts opening photographs by Maiara Cerqueira - Vila Velha Theater Collection

Apoio

Produção Coprodução

Realização

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.