Jornal Sporting n.º 4028

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ANTIGO JORNAL DE CLUBE DO MUNDO

ÉPICOS, HISTÓRICOS E HERÓICOS

QUE O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

E TODAS AS SUAS EQUIPAS, NAS MAIS DIVERSAS MODALIDADES, MANTENHAM

O LEGADO E O CAMINHO DE EXCELÊNCIA

QUE É RECONHECIDO AO CLUBE DESDE A SUA FUNDAÇÃO.

(he.rói.cos)

Sublimes.

Destemidos.

Que revelam extraordinária coragem e força de carácter.

Só quem se revê nestas características conseguiria alcançar uma reviravolta epopeica e terminar da melhor forma uma época que será, para sempre, inesquecível.

23 anos depois, o Sporting Clube de Portugal conquistou a dobradinha – a sétima da História verde e branca.

A 18.ª Taça de Portugal chegou em forma de superação, união e coragem.

Porque “o verdadeiro heroísmo consiste em persistir por mais um momento quando tudo parece perdido”. *

E assim foi.

De uma forma épica, o Sporting CP voltou a escrever mais uma página da sua História. E, desta vez, com o final que todos os Sportinguistas mais desejavam para a época 2024/2025.

Épica, histórica e heróica foi também a prestação da equipa Leonina de andebol ao longo da época que ainda não terminou. Os, também, Bicampeões Nacionais conquistaram o 23.º título nacional e preparam-se para disputar, em breve, a Taça de Portugal.

“Sete títulos conquistados em três anos e meio é um marco extraordinário, não só para mim enquanto treinador, mas para todos sem excepção. Todos fazem parte desta equipa extraordinária, que contribui todos os dias para que o Sporting CP seja maior a cada dia. Esse é o desígnio deste grande clube, essa é a nossa grande responsabilidade”, salientou o treinador Ricardo Costa.

Que o Sporting Clube de Portugal e todas as suas equipas, nas mais diversas modalidades, mantenham o legado e o caminho de excelência que é reconhecido ao Clube desde a sua fundação.

* Sir Wilfred Thomason Grenfell (1865-1940), médico-missionário e escritor inglês.

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MAFALDA BARBOSA

A DOBRADINHA HÁ 23 ANOS

A 12 DE MAIO DE 2002, O SPORTING CP CONSEGUIU A SEXTA E ÚLTIMA DOBRADINHA ANTES DA QUE FOI ALCANÇADA NO ÚLTIMO DOMINGO. RECORDAMOS O QUE O JORNAL SPORTING NA EDIÇÃO PUBLICADA DOIS DIAS DEPOIS.

2002

Texto: Luís Santos Castelo

Fotografia: Museu Sporting –Centro de Documentação

“Uma temporada histórica”, lia-se na segunda página da edição do Jornal Sporting de 14 de Maio de 2002, que dava conta da conquista da Taça de Portugal e da dobradinha - a última antes da que se registou há poucos dias. Tal como em 2024/2025, 2001/2002 foi uma época absolutamente memorável para a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal graças às conquistas da

Liga e da Taça de Portugal com um dos melhores pontas-de-lança da história do nosso campeonato (Mário Jardel, antes, e Viktor Gyökeres, agora).

Depois da conquista da Liga de forma inequívoca, o Sporting CP disputou a final da Taça de Portugal a 12 de Maio de 2002. Para lá chegar, superou o Vilanovense FC (3-1), o SC Farense (4-1), o FC Alverca (0-0 no primeiro jogo e 2-1 no segundo), o SC Vila Real (0-4) e o CS Marítimo (3-2 após prolongamento). No Jamor, o adversário foi o Leixões SC, então no

terceiro escalão e orientado por Carlos Carvalhal, que alguns anos mais tarde viria a ser treinador do emblema de Alvalade. A maior referência dentro de campo era Henri Antchouet, avançado natural do Gabão que ainda jogou, em Portugal, no CF “Os Belenenses”, no Vitória SC, no GD Estoril Praia e no Moreirense FC. Como manda a tradição, a final da Taça começou várias horas antes e na mata do Jamor, onde o Jornal Sporting esteve em reportagem e recolheu “testemunhos de muita esperança na vitória e muita fé clubista de quem viajou de muito longe para ver o clube do seu coração”. Francelina Anacleto, antiga atleta Leonina, esteve com o seu grupo de amigos da Costa de Caparica. “Com um porco de noventa quilos a ser assado”, a Sportinguista explicou que se trata de “uma tradição já

com 20 anos” que contou ainda com “petingas de Sesimbra, pão alentejano, chouriço, cabrito, vinho de Monsaraz e de Almeirim e sopa da pedra de Almeirim”. No total, o grupo contou com “cerca de 200 pessoas”. De São Bernardo, em Aveiro, um “grupo de 37 Sportinguistas” também foi ao Jamor e o Jornal Sporting falou com Dorindo Ferreira e António Ferreira: “Saímos de Aveiro às 9h00. Trouxemos comida suficiente com vários petiscos e vinho. Conseguimos arranjar um espaço graças à simpatia do Núcleo de Mafra, que nos guardou o lugar. Os nossos amigos Mário Velho e Alberto Silva foram impecáveis e estão aqui connosco. Está também o Núcleo da Arroja, um Núcleo que ainda não está formalmente registado em notário, mas que já funciona com 18 pessoas”.

Odete Correia, de Santarém, acompanhou a equipa ao longo de todo o ano no país e no estrangeiro, faltando apenas ao jogo com o CS Marítimo na Madeira. “Afinal, quem corre por gosto não se cansa. Paguei bilhetes a 50 e a 75 euros para cada membro da família com vista a não falhar um jogo, pois penso que o Sporting CP vale sempre a pena”, referiu, revelando ainda que deu folga aos seus trabalhadores Sportinguistas. “Na segunda-feira, podem ficar em casa a descansar. Os benfiquistas, pelo contrário, vão ter de cumprir o horário de trabalho”, brincou.

O Jornal Sporting passou para dentro do Estádio Nacional, que “se encontrava praticamente cheio a cerca de 1h30 do início” da final. “Com 13 dos 20 sectores preenchidos pelos Sportinguistas, a equipa verde e branca voltou a jogar em casa”, lia-se. Essa não foi a única tradição que continuou até aos dias de hoje: “A primeira grande ovação foi para Paulinho, no início do aquecimento de Nélson, o qual retribuiu com grande emoção, aplaudindo o público que gritava pelo seu nome”.

Depois da cerimónia de abertura, começou o encontro, com László Bölöni a apostar em Nélson, Rui Bento, André Cruz, Pedro Barbosa, Jardel, Paulo Bento, Nalitzis, Beto, Rui Jorge e Quiroga para o onze inicial. Naturalmente favoritos, os Campeões Nacionais começaram a pressionar perante um Leixões SC combativo. O golo chegou aos 40 minutos por, claro, Mário Jardel. Ao intervalo, destaque para um Sportinguista “que espontaneamente decidiu assistir à festa do cimo de uma das torres de iluminação”. No segundo tempo, nada de golos e o 1-0 prevaleceu. Estava conseguida a 13.ª Taça de Portugal e a sexta dobradinha (e a primeira desde 1981/1982), mas o dia não terminou aí: “A festa passou para a rua em mais uma demonstração de que os domingos são dias Leoninos”.

FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

FIM PERFEITO NUMA ÉPOCA (DE) DOBRADINHA

PARA FICAR NA HISTÓRIA

ATÉ BEM PERTO DO FIM DO TEMPO REGULAMENTAR, A TAÇA DE PORTUGAL PARECIA PERDIDA, MAS UM PENÁLTI DE VIKTOR GYÖKERES, AOS 90+11’, AINDA SURGIU A TEMPO DE DAR UMA ‘GUINADA’ DECISIVA NO DÉRBI. FORÇADO O PROLONGAMENTO, OS LEÕES REENCONTRARAM-SE E – EM MODO HERÓICO – O OPORTUNISMO DE CONRAD HARDER E A MAGIA DE FRANCISCO TRINCÃO LEVARAM AO TOPO DA MÍTICA ESCADARIA DO JAMOR PARA ERGUER A DESEJADA PROVA-RAINHA. A REVIRAVOLTA ÉPICA SOBRE O RIVAL CONCLUIU O ‘GUIÃO’ PERFEITO DE UMA TEMPORADA INESQUECÍVEL.

Texto: Xavier Costa

Fotografia: Isabel Silva, José Lorvão

Precisamente seis anos depois, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal conquistou a Taça de Portugal, no domingo, ao ter derrotado o SL Benfica, após prolongamento, por 1-3 na final, disputada no Estádio Nacional do Jamor.

Se a temporada 2024/2025 já era histórica pelo Bicampeonato Nacional alcançado, os Leões de Rui Borges fizeram desta ainda mais memorável ao completar uma dobradinha – Liga e Taça vencidas na mesma época – que não rumava a Alvalade há 23 anos. E não podia ter sido mais heróica a consecução da 18.ª prova-rainha do palmarés verde e branco. No derradeiro jogo da tempora-

da, num Estádio Nacional repleto e dividido pelas cores dos eternos rivais de Lisboa – o que não se via na final da Taça desde a fatídica edição de 1995/1996 –, o Sporting CP apresentou um ‘onze’ com duas alterações: Jeremiah St. Juste assumiu o lugar no eixo do trio de centrais – no lugar do lesionado Ousmane Diomande – e o capitão Morten Hjulmand voltou de suspensão directamente para a titularidade – saiu Hidemasa Morita, que começou no banco de suplentes.

E o dérbi começou dividido, embora com os Leões muito fortes a reagir à perda e a ganhar duelos sucessivamente. Em jeito de aviso para o que viria mais tarde, o SL Benfica até ensaiou o primeiro remate, através de Orkun Kökçü –de fora da área – para defesa segura de Rui Silva, mas o Sporting CP respondeu rapidamente e só dois cortes no momento certo, já na área, impediram que Geny Catamo – fantástica arrancada pela direita – e, a seguir, Gonçalo Inácio – numa bola parada - causassem verdadeiros estragos. Pelo meio, quando se cumpriram os primeiros dez minutos, o árbitro Luís Godinho ainda assinalou um penálti a favor das águias, mas a decisão foi revertida por fora-de-jogo no início do lance. No entanto, o SL Benfica de Bruno Lage melhorou na pressão, subiu as suas linhas e cresceu – com muito perigo – a partir daqui, embora o nulo tivesse durado toda a primeira parte. Então, do lado verde e branco

valeu o guardião Rui Silva, que se ‘agigantou’ e sacudiu para o poste uma ocasião flagrante de Vangelis Pavlidis, e, mais tarde, apareceu também Inácio com um ‘carrinho’ determinante sobre Bruma. Além disso, no canto que se seguiu, o avançado grego dos encarnados deixou mais uma ameaça ao cabecear ligeiramente por cima da trave.

Superados esses momentos de maiores dificuldades, quer defensivas, quer para encontrar caminhos em direcção ao ataque, o Sporting CP esboçou uma tímida reacção a fechar a primeira parte. À boleia de um inconformado Viktor Gyökeres, ‘Pote’ cabeceou para as mãos do jovem Samuel Soares, titular na baliza do SL Benfica que depois também segurou um remate rasteiro do sueco.

Já o arranque da segunda parte tornou-se um pesadelo para os Leões – e pareceu afastar o sonho da dobradinha. Com Geny Catamo caído no relvado, um pontapé forte e colocado de Kökçü colocou o SL Benfica em vantagem aos 48’ e, dois minutos depois, Bruma ainda fez o 2-0, agora com Francisco Trincão caído a meio-campo desde o início da jogada. Contudo, desta vez, o árbitro foi chamado a ver as imagens e considerou que Álvaro Carreras cometera falta e o segundo golo foi anulado.

E o ímpeto do dérbi, de repente, mudou. Galvanizaram-se os milhares de Sportinguistas na bancada e, também, a equipa verde e branca, que voltou a assumir mais protagonismo com bola e a pisar

mais vezes a área do SL Benfica, que, por seu turno, ficou momentaneamente mais intranquilo. Maxi Araújo, Gyökeres e Trincão tiveram as principais investidas, já com Morita no lugar de Debast no ‘miolo’, mas nenhum conseguiu ameaçar verdadeiramente o empate.

À entrada para os últimos 15 minutos, com o SL Benfica a forçar cada vez mais paragens no jogo, Rui Borges tentou relançar o crescendo verde e branco com as entradas de Geovany Quenda e Conrad Harder – por Geny e Pedro Gonçalves – e, depois, Matheus Reis e Iván Fresneda também foram aposta.

Nesta recta final, as ‘manchas’ de Rui Silva perante o recém-entrado Andrea Belotti e, também, frente a Leandro Barreiro mantiveram ‘vivo’ um Sporting CP que estava prestes a ‘ressuscitar’. No tudo por tudo, o golo do empate podia ter chegado logo através do pé direito de Trincão ou da cabeça de Harder, mas ambas as tentativas saíram demasiado frouxas. O golo tardava e parecia cada vez mais inesperado, mas os Bicampeões acreditaram mesmo até ao fim – e mais além.

A final prolongou-se para lá dos 90+10’ e foi no último suspiro dessa compensação que uma arrancada a meias entre Trincão e Gyökeres apareceu a tempo de virar o dérbi de pernas para o ar. Depois de deixar um defesa para trás, o goleador sueco foi rasteirado na área por Renato Sanches e o próprio encarregou-se de con-

A Taça de Portugal também acabou nas mãos do capitão Morten Hjulmand
O momento que mudou ‘à última hora’ a história da final no Jamor

verter o penálti de forma inapelável para levar a parte verde e branca do Jamor à loucura e forçar o prolongamento.

E as emoções fortes estavam só a começar. Claramente por cima mentalmente numa altura em que o jogo se partiu e o desgaste físico veio ao de cima, o Sporting CP foi à procura de mais e com êxito, depois de Samuel Soares já ter saído aos pés de Gyökeres para negar um golo certo. Foi então que, aos 99’, Harder subiu mais alto na área – excelente cruzamento de Trincão – e com um cabeceamento letal assinou o 1-2 da espantosa reviravolta Leonina. Daqui em diante, foi a vez de o SL Benfica – sempre em esforço – tentar inverter o rumo de uma final que teve na mão, mas a organização verde e branca e Rui Silva não deram tréguas. Já com o jovem David Moreira, em estreia – impecável –na equipa principal, no lugar de um desgastadíssimo Maxi Araújo, o recém-entrado Ángel Di María ainda tentou a sua sorte de longe, mas o ‘disparo’ saiu por cima da barra. E se já parecia que, desta vez, a Taça de Portugal não ia fugir aos Leões, Trincão acabou com todas as dúvidas com uma jogada mágica – ‘túnel’ na área e finalização de classe

– para o 1-3 aos 120’+1’. Explosão total de euforia na bancada verde e branca que, após o apito, até ‘transbordou’ para a pista de tartan do Estádio Nacional.

De forma absolutamente épica, o Sporting CP voltou a fazer a dobradinha – a sétima da sua História – e não podia ter sido escrito um final melhor para 2024/2025.

25.05.2025

Taça de Portugal – Final

Estádio Nacional do Jamor, Oeiras

1 3 (A.P.)

0-0 ao intervalo

Orkun Kökçü (48’) Viktor Gyökeres (pp 90+11’), Conrad Harder (99’), Francisco Trincão (120+1’)

Sporting CP: Rui Silva [GR], Geny Catamo (Geovany Quenda, 75’), Eduardo Quaresma (Iván Fresneda, 83’), Jeremiah St. Juste (Matheus Reis, 83’), Gonçalo Inácio, Maxi Araújo (David Moreira, 115’), Morten Hjulmand [C], Zeno Debast (Hidemasa Morita, 58’), Francisco Trincão, Pedro Gonçalves (Conrad Harder, 75’), Viktor Gyökeres. Treinador: Rui Borges. Disciplina: cartão amarelo para Harder (78’), Maxi Araújo (85’) Hjulmand (90+2’) e Quenda (101’).

RUI BORGES: “O RESULTADO FALA POR SI. É JUSTÍSSIMO”

Após o encontro, na conferência de imprensa, Rui Borges respondeu às perguntas dos jornalistas.

OBSTÁCULOS SUPERADOS NA TEMPORADA

“As dificuldades existem, eu só não me agarro a elas. Tudo depende da forma como olhamos para elas e as aproveitamos para agarrar as oportunidades. Trabalhámos imenso e fizemos acreditar os jogadores que eram Campeões Nacionais. Não perderam a sua qualidade e não deixaram de ser os melhores. Não jogava um, jogava outro. Faz parte e olho para a minha vida com muita felicidade e gratidão pelo que me dá todos os dias”.

ANÁLISE AO ENCONTRO

“Um jogo competitivo como todos contra este adversário. Nuns momentos fomos melhores, noutros foram eles. Entrámos bem na primeira parte, depois deixámos o SL Benfica acreditar e o Rui Silva fez uma grande defesa. O jogo equilibrou e, na segunda parte, queríamos ser mais fortes nos duelos, onde estávamos a ser algo ‘fofinhos’. O SL Benfica teve uma estratégia diferente do habitual e bateu com o nosso sistema inicial. Não entrámos assim tão bem na segunda parte e ficámos cinco minutos meio perdidos depois do golo. Naturalmente, o SL Benfica agarrou-se mais ao resultado. É natural, é uma final. Deram-nos mais bola e faltou-nos, em alguns momentos, mais qualidade no último terço para tomarmos melhores decisões e mais alguma inteligência, porque abusámos do Viktor, o que o desgasta. A equipa foi crescendo e acreditando sempre no empate. Conseguiu no último minuto com todo o mérito. Fomos melhores na primeira parte do prolongamento e a segunda foi mais competitiva. O Francisco Trincão, que merece, resolveu com o 1-3”.

JUSTIÇA DO RESULTADO

“Foi 1-3 e o resultado fala por si. É justíssimo”.

EXIBIÇÃO DE VIKTOR GYÖKERES

“Quem está de fora tem de perceber que o Viktor não vai aparecer bem em todos os momentos. Ele tinha de ser mais paciente em alguns momentos para ter menos, mas melhores acções. Em qualquer momento ele pode resolver e fez o empate. Nem todas as acções vão ser muito boas e ele tem de fazer a diferença nas poucas que tiver. Tem dado muito à equipa e deu hoje outra vez, mas a equipa também dá muito ao Viktor. Hoje ganhou o Sporting CP. Ganhou o Viktor e outros, como o David Moreira, que merece muito”.

IVÁN FRESNEDA E MATHEUS REIS

“Já têm treinado naquela posição. Torna o jogo diferente porque estávamos a perder e em vez de criarmos desequilíbrios apenas com o Maxi Araújo ou o Geovany Quenda podíamos criar

com mais homens. O Matheus e o Ivan passaram mais vezes em corredor, arriscámos um bocadinho mais e tentámos criar essa dinâmica”.

FRANCISCO TRINCÃO

“Deixa-me cheio de orgulho. Depois de trabalharmos com os jogadores temos sensações diferentes. O Trincão sempre foi um grande jogador e merece. Disse-lhe para resolver o jogo porque ele merece o reconhecimento em grandes jogos e finais. Ao longo de todos os problemas por que passámos, ele nunca me disse que estava cansado. Partiu a mão e jogou. Nunca o vi triste, sempre o vi ligado. É um jogador muito inteligente. É dos melhores jogadores em termos de leitura táctica. Tecnicamente é acima da média e está a conseguir aliar isso à parte competitiva. Não tenho dúvidas de que terá um futuro fantástico”.

PRÓXIMA TEMPORADA E ESPÍRITO VIVIDO NO SPORTING CP

“É igual. Fazê-lo acreditar que são Bicampeões. Vem aí uma época difícil, mas queremos descansar. Estes meses foram difíceis e há que aproveitar o descanso. A próxima época vai ser muito difícil, mas todos sabemos que estamos num grande clube. Temos um grande espírito de família no Sporting CP e deixo uma palavra aos nossos adeptos. Têm sido fantásticos e têm a mesma alma e confiança que nós. Hoje, vemos os adeptos a acreditar muito que vamos ganhar e isso passa para os nossos jogadores. É um mérito global, de todos. A família Sporting CP somos todos. Esse espírito está cada vez mais cimentado no Clube e que assim continue. Não vamos ganhar sempre, mas vamos ganhar muitas vezes”.

BALANÇO DA TEMPORADA

“Não podia pedir mais. Só se ganhasse a Taça da Liga, mas disputámo-la. Queríamos muito estar nas decisões, tanto no campeonato como nas finais. Estivemos sempre e só nos pode orgulhar. Mais do que as minhas respostas, o nosso trabalho tem respondido sempre por nós e vai continuar a responder. Nada me foi dado, nunca ganhei nada nos outros clubes. Vim para o Sporting CP porque olharam para nós como competentes, com boas ideias e porque somos boas pessoas. Isso é o que me orgulha mais. Tenho a certeza que sou boa pessoa porque tive uma educação muito boa. Deixo um beijinho aos meus pais, que estiveram aqui hoje e fico muito feliz por lhes dedicar a vitória. Desde que aqui chegámos que fizemos o caminho todos juntos. Optámos, algo indirectamente, pelo campeonato e pela Taça de Portugal. Tivemos de tomar decisões, faz parte, mas sempre juntos enquanto Sporting CP. Deixo um abraço para o posto médico, que é claramente o melhor e não faz nada ao acaso. Merecem o reconhecimento da minha parte porque foram bombardeados com dúvidas. Foram muito importantes nas nossas conquistas”.

Trincão, em destaque nos três golos Leoninos, fechou as contas com (muita) classe
Harder saltou do banco para fazer o golo da reviravolta num prolongamento epopeico

FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

AS REACÇÕES DOS HERÓIS DA DOBRADINHA

DEPOIS DO ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE E DO MARQUÊS DE POMBAL, NO FIM-DE-SEMANA ANTERIOR, DESTA VEZ O PALCO DA FESTA FOI O ESTÁDIO NACIONAL. AINDA NO RELVADO, OS JOGADORES DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL FALARAM SOBRE A CONQUISTA DA TAÇA DE PORTUGAL E A CONSEQUENTE DOBRADINHA EM DECLARAÇÕES À SPORTING TV

Texto: Luís Santos Castelo

Fotografia: Isabel Silva, José Lorvão

ZENO DEBAST

“É fantástico, a equipa é incrível. Quem veio do banco, como o Conrad, fez a diferença. Estou muito feliz por ele, que merece. A nossa equipa é isto e agora vamos festejar”.

CONRAD HARDER

“Foi fantástico. O sentimento de marcar numa final... Não dá para descrever. Jamor? Nunca estive numa atmosfera assim. O míster disse-nos para acreditarmos, para nunca desistirmos. A equipa voltou a demonstrar que nunca desiste. Adoro este grupo. Estava destinado, escrito nas estrelas”.

RUI SILVA

“A força e a união deste grupo, que acreditou até ao fim, fez-nos conquistar esta dobradinha, que é muito gratificante para todos nós. Estamos na História do Clube, é um orgulho enorme. Muitos podem pensar que é ‘estrelinha’, mas temos um grupo fantástico. Terminamos a época da melhor maneira porque merecemos”.

IVÁN FRESNEDA

“No banco de suplentes estava cheio de nervos, mas lá dentro passa tudo. É uma sorte termos o Viktor, o Conrad, o Trincão... Uma sorte ter estes jogadores. É inesquecível para todos. Esta equipa trabalhou muito para isto e no ano passado estivemos muito perto. Este era o momento, não podíamos perder outra final”.

EDUARDO FELICÍSSIMO

“É incrível e não há muitas palavras. É a melhor semana da minha vida. O Jamor é absurdo, os adeptos foram incansáveis. Marcámos o primeiro e o estádio foi abaixo e nos outros também. David Moreira? Entrou muito bem, fez o que tinha de fazer e teve uma estreia muito boa. Está de parabéns, como é óbvio. Não havia melhor maneira de terminar a temporada”.

JOÃO SIMÕES

“Acreditámos sempre até ao fim e, mais uma vez, demonstrámos que é possível. É um estádio histórico com uma equipa histórica. Não há palavras. Os adeptos apoiaram-nos sempre, mesmo estando a perder. É uma época inesquecível e agradeço ao Sporting CP e a toda a gente que nos ajudou. É um sonho de criança estar neste clube e conquistar o que conquistámos. Na próxima época vamos à procura de mais”.

A festa no Estádio Nacional
Primeiro ano mágico para Zeno Debast e Conrad Harder no Sporting CP

FRANCISCO SILVA

“Não há palavras para explicar o que eu sofri, assim como os meus colegas que estavam na bancada. Foi um jogo de emoções muito fortes e o que interessa é que acabámos por ganhar. Ainda estamos a assimilar um pouco o que fizemos, ainda por cima para nós, da formação”.

FRANCISCO TRINCÃO

“Os adeptos mereciam isto. Estamos muito felizes. Foi difícil, acreditámos até ao fim, mas ser Sporting CP é assim. A esperança é a última a morrer e o verde é a cor da esperança. Esta equipa sempre teve vontade de ganhar. Estivemos em muitas finais e não conseguimos, mas conseguimos agora contrariar isso”.

MAXI ARAÚJO

“Estou muito feliz. Lutámos até ao fim. Ter a minha família aqui foi o mais importante. Quando estava cansado, olhava para eles e levantava-me. Deixo uma palavra para o David Moreira, que merece porque tem trabalhado muito bem. Dobradinha? É incrível. Quando cheguei, sabia que o Clube exige títulos e estou muito feliz”.

MATHEUS REIS

“Dobradinha depois de 23 anos, Bicampeão depois de 71... Não podia ser melhor. Estou muito feliz e realizado. O que passámos foi um filme. Quando muitos não acreditavam, nós nunca deixámos de acreditar. Lutámos até ao fim, sabíamos que ia ser difícil, mas estávamos preparados para fazer História. Não tenho palavras. A minha família veio do Brasil há duas semanas e viu pessoalmente os últimos dois títulos”.

VIKTOR GYÖKERES

“ Foi difícil, mas conseguimos trabalhar bem e em equipa ao longo dos 120 minutos. Foi por isso que ganhámos. Penálti? Decidi cedo o lado para o qual ia bater. Foi para o canto e foi, claro, um golo muito importante. Embalou-nos para o prolongamento. Sentimos que tínhamos de ganhar este jogo e continuámos a acreditar. Foi o que fizemos.”

DIEGO CALAI

“Agora estou mais calmo, mas estava muito emocionado e não estava a conseguir ver o jogo da bancada. No final, deu tudo certo e isso é que importa. Uma época fantástica e inesquecível com várias conquistas e até a subida da equipa B. Dáme mais fome de títulos”.

GEOVANY QUENDA

“Uma semana para guardar para sempre. Tem de ser até ao árbitro apitar, no Sporting CP é sempre assim. O Jamor é histórico e foi um orgulho estar aqui e conseguir ajudar o Sporting CP com mais um troféu. Se quero mais títulos? Claro, no Sporting CP temos de ganhar e não vamos parar por aqui. Agradecemos aos adeptos, que estiveram aqui 120 minutos. Continuem a apoiar porque na próxima época há mais”.Geovany Quenda “Uma semana para guardar para sempre. Tem de ser até ao árbitro apitar, no Sporting CP é sempre assim. O Jamor é histórico e foi um orgulho estar aqui e conseguir ajudar o Sporting CP com mais um troféu. Se quero mais títulos? Claro, no Sporting CP temos de ganhar e não vamos parar por aqui. Agradecemos aos adeptos, que estiveram aqui 120 minutos. Continuem a apoiar porque na próxima época há mais”.

Os Sportinguistas acarinharam muito a equipa
A formação do Sporting CP em peso em mais uma conquista

FUTEBOL REPORTAGEM

DIA DE FESTA EM FAMÍLIA POR UM (J)AMOR VERDE E BRANCO

UMA VEZ POR ANO, O ESTÁDIO NACIONAL DO JAMOR TORNA-SE DEMASIADO PEQUENO PARA O ENTUSIASMO QUE A FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL GERA, MAS A MATA DO JAMOR ACOLHE TODOS – COM OU SEM BILHETE – NUM DIA QUE, COMO SEMPRE, COMEÇOU BEM CEDO E A FESTA VERDE E BRANCA ENCHEU, DESTA VEZ, A PARTE SUL DO RECINTO.

Texto: Xavier Costa Fotografia: José Lorvão

A final da Taça de Portugal é um dos dias mais aguardados e especiais do futebol português, e o seu valor vai muito para lá do que acontece dentro das quatro linhas do mítico Estádio Nacional. Até porque é um dia que começa bem cedo nas suas redondezas, concretamente na Mata do Jamor, onde a magia e a festa da prova-rainha começam.

A festa Sportinguista, desta vez, fez-se na zona Sul e, embora o lugar e as rotinas inerentes tenham mudado, o essencial manteve-se: desde que o sol – abrasador –nasceu até que se pôs, o convívio uniu as inúmeras famílias que por lá estabeleceram, tanto as de sangue como aquelas formadas e unidas pelo amor ao Sporting CP. E não há paixão que não obrigue a alguns esforços.

“Às 6h00 [hora da abertura de portas do recinto] já estava na fila e entrámos só lá para as 9h00, é verdade. Fomos dos primeiros a entrar”, contou Francisco Vinagre, de 19 anos, ao Jornal Sporting, enquanto ia virando as carnes no fogareiro trazido. “Já vim várias vezes ao Jamor, mas esta é a primeira vez neste recinto [na zona Sul]. Acho que os acessos para este lado são mais difíceis”, acrescentou.

DOS PREPARATIVOS…

No espaço conseguido à sombra serão 25 amigos, mas por agora Francisco, que tem “bilhete garantido para o jogo”, e mais dois são os únicos por cá, encarregues de toda a logística prévia.

Quanto a requisitos obrigatórios para um pré-jogo ideal no Jamor, o jovem foi peremptório: “‘carninha’ da boa e bebida com fartura”.

“Carregámos o carro até ao topo e a rapaziada está quase a chegar. Depois, vamos encher a piscina de gelo e cerveja”, explicou, sorridente. Para combater o calor que apertava tudo valeu, e até piscinas de plástico – já um elemento habitual – se trouxeram para a Mata, ora para refrescar o corpo, ora as bebidas.

Puxando pela memória, Francisco qualificou como “inesquecível” a Taça de Portugal conquistada ao FC Porto em 2018/2019, cuja final viu nas bancadas, mas nada se compara ao momento actual dos Leões, afiançou. “Estamos em crescendo. A equipa está em altas, temos conseguido manter os jogadores, a apostar na formação... Acho que está a ser feito um belíssimo trabalho e os títulos falam por si, não só no futebol. Acabámos de ser Bicampeões também no andebol”, destacou, dando o mote para a final ainda a várias horas de distância: “Não podemos ganhar o Campeonato

e deixar fugir as Taças. Temos de ir atrás de todas”.

E com o avançar da manhã, o labiríntico espaço verde foi-se tornando cada vez mais verde (e branco). E se uns adeptos fazem a festa com pouco mais do que o necessário, outros, mais apetrechados, contam com tendas espaçosas e até serviços de catering E, claro, não há Jamor sem porco no espeto. Qual é o segredo para uma receita vencedora? “Há certos condimentos, umas pessoas têm os seus gostos, outras outros e eu tenho o meu molho”, que é “o fundamental”, garantiu Vítor Aguiar, de mãos na manivela sob as brasas, de onde não sai “desde as 9h00”. “No ano passado estive aqui para 600 pessoas e este ano para 100”, contou.

…À FESTA EM PLENO E EM FAMÍLIA

Neste dia, qualquer hora é boa

para comer, beber e dar volume à festa ao som das músicas e cânticos do Sporting CP. Música e animação não faltaram, também, na Fan Zone montada para os adeptos, cujo ponto alto foi, como sempre, o multitudinário concerto da banda Supporting, que serviu para afinar as gargantas e refrescar as letras antes de entrar no Estádio Nacional para o dérbi. Foram muitas, também, as famílias que não quiseram perder a oportunidade de viver a festa da Taça no Jamor pela primeira vez, mesmo sem bilhete para a final, como foi o caso dos Barata – pai, mãe e filha. “Viemos pela amena cavaqueira, ver o ambiente e estar em família. Hoje é para ser do princípio ao fim, ainda sem bilhete de jogo, mas algum dia há-de ser com bilhete. Hoje vemos o jogo por aqui. Há televisões e o ambiente vai levar-nos a algum lado”, disse o pai Carlos. A preparação foi simples, explicou, por sua vez a mãe Ana Rita:

“primeiro de tudo, trazer os equipamentos do Sporting CP e, depois, coisas para petiscar durante todo o dia”. Saíram de Venda do Pinheiro, em Mafra, às 6h00, “mas o Sporting CP faz-nos erguer rápido”, acrescentou Carlos com um sorriso, garantindo que está a valer a pena. “Estamos encantados com o ambiente”, enalteceu, corroborado pela filha Rita, ou Ritinha, como tem gravado nas costas da sua camisola verde e branca.

Depois de ter cumprido dez anos há uma semana, a jovem Leoa teve como prenda tornar-se Sócia (n.º 180.579) e ver o Sporting CP Campeão outra vez. Admitiu que tem no inevitável Gyökeres o seu jogador preferido e desafiada a deixar uma mensagem ao plantel de Rui Borges, Rita foi de poucas mas sentidas palavras. “Gosto muito de vocês”, endereçou. E, ao fim e ao resto, é disso que se trata tudo isto: a ligação emocional que une todos ao Sporting CP.

Não há festa como a do Jamor para fechar a época
No Jamor qualquer hora é boa para petiscar
Fan Zone proporcionou entretenimento aos adeptos durante todo o dia
Um dia em família entre a família Sportinguista

FUTEBOL EQUIPA B

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS NO DIA EM QUE A NOVA "PELE DO LEÃO" COMEÇOU A SER VENDIDA

MAURO COUTO, MANUEL MENDONÇA E FLÁVIO GONÇALVES, JOGADORES DA EQUIPA B DE FUTEBOL, QUE AJUDARAM O SPORTING CP A REGRESSAR À II LIGA, ESTIVERAM NA LOJA VERDE DO ESTÁDIO JOSÉ AVALADE A INTERAGIR COM OS SPORTINGUISTAS.

Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Alexandre Bettencourt

Mauro Couto, Manuel Mendonça e Flávio Gonçalves estiveram, na passada quarta-feira à tarde, dia em que a camisola principal do Sporting Clube de Portugal para 2025/2026 começou a ser vendida, na Loja Verde do Estádio José Alvalade para uma sessão de autógrafos.

Foram vários os Sportinguistas que, enquanto compravam a nova ‘pele do Leão’ e os vários artigos alusivos ao Bicampeonato Nacional, não perderam a oportunidade de interagir e tirar fotografias com os jovens jogadores da formação Leonina, que no fim-de-semana anterior tinham garantido a subida da equipa B verde e branca à II Liga, sete anos depois.

Entre sorrisos mais tímidos e conversas mais animadas com um ou outro adepto, os três jovens jogadores estiveram também à conversa com a comunicação social ali presente e com o Jornal Sporting em particular.

Os três admitiram “gostar muito” da nova camisola principal verde e branca e Mauro Couto deu conta do que espera que os Sportinguistas vivam com ela vestida: “Muitas vitórias e muitos títulos. Já vi que estão quase todos a comprá-la, que gostaram muito dela e, por isso, não tenho dúvidas de que muitos a vão vestir na próxima época. Que sejamos todos muito felizes com ela vestida”.

O avançado, que esta época ajudou a equipa B a subir de campeonato e também se sagrou Campeão Nacional com a

equipa principal, falou ainda sobre tudo aquilo que viveu em 2024/2025 e disse não poder pedir mais.

“Estou muito feliz e é até muito difícil de explicar, até porque aconteceu tudo no mesmo dia. Foi feita História duas vezes. Por isso, foi um dia de muitas emoções, não só para mim, mas para os meus colegas e amigos porque conseguimos o objectivo de várias gerações tanto, com a conquista do bicampeonato como com a subida à II Liga”, disse Mauro Couto, referindo: “Para mim foi uma boa época, no geral. Fui muito consistente, não tive lesões, joguei vários jogos e em várias competições diferentes, conquistei um Campeonato Nacional e subi de divisão. Por isso, foi uma temporada de sonho. Não esperava que tudo acontecesse ao

mesmo tempo e tão rápido, mas estando no Sporting CP é normal que estas coisas aconteçam”.

Olhando agora para o que se segue, Mauro Couto não tem dúvidas de que a II Liga vai ser uma mais-valia para os jovens Leões: “É um campeonato que acompanho, vou vendo alguns jogos e sei que é muito exigente. Acho que vai ser muito positivo para todos nós pela competitividade e por nos fazer estar mais perto da equipa principal e da I Liga. É nestas competições que toda a gente quer estar e competir e acho que vai ser benéfico para todos”.

Manuel Mendonça concordou com o companheiro de equipa, mostrando-se satisfeito com o desafio para 2025/2026: “Sabemos que vai ser uma prova ainda

Manuel Mendonça, Flávio Gonçalves e Mauro Couto com um Sportinguista

mais exigente do que a Liga 3 e que vai ser ainda mais difícil conquistar pontos na II Liga, porque é muito competitiva, mas encaramos isso como mais um espaço para crescermos e estarmos mais perto da equipa principal”. No entanto, para já, resta pensar nas férias que aí vêm e fazer o balanço da época que agora terminou. “Foi uma temporada importante para mim. Tive muitos minutos e fiz muitos jogos, o que é muito importante

nesta fase da carreira em que precisamos de jogar e de competitividade. Consegui fazer nove golos e nove assistências, orgulho-me disso e, sem dúvida, de que a subida foi a cereja no topo do bolo”, referiu o médio, atirando: “Para o ano há mais”. Flávio Gonçalves, que tinha começado a temporada na equipa sub-19 e que terminou na equipa B, também se mostrou satisfeito com o feito dos jovens Leões dizendo que todos mereciam a subida de

SUB-14 VENCEM I DIVISÃO DISTRITAL

A equipa sub-14 de futebol do Sporting Clube de Portugal sagrou-se, no passado domingo, campeã da I Divisão distrital de Lisboa.

Os Leões chegaram à última jornada da prova com menos um ponto do que o primeiro classificado, a UDR Algés, mas o triunfo expressivo sobre o GS Loures por 0-9 e a derrota da equipa de Algés deram o título ao Sporting CP.

Neste derradeiro encontro, os golos Leoninos foram apontados por Laurindo Mendonça, Francisco Sottomayor, Tiago Pereira, David Terna, David Moreira (2) e Dinis Marques (2), com a turma verde e branca a beneficiar ainda de um autogolo (0-4).

O percurso Leonino terminou assim vitorioso e com 20 vitórias, quatro empates e seis derrotas ao longo das 30 jornadas do campeonato distrital, nas quais os Leões apontaram 83 golos e sofreram apenas 27 (melhor defesa). No total foram utilizados 37 jogadores.

Pedro Loureiro, treinador do Sporting CP, não podia por isso ter ficado mais satisfeito com o desfecho da prova neste último jogo, assim como com aquilo que os jovens Leões fizeram em 2024/2025.

“Sabíamos que este jogo nos podia dar o título, mas não dependíamos de nós, e a mensagem que passámos aos jogadores foi apenas de continuarem a fazer o bom trabalho que fizeram ao longo da época e eles acabaram por fazer um excelente jogo”, começou por dizer o técnico verde e branco, abordando a mais-valia deste campeonato: “Este escalão disputa duas provas, a I Divisão distrital de sub-14 e a de sub-15, que são contextos muito competitivos. Tentámos sempre fazer uma boa gestão e sentimos que os jogadores foram percebendo que jogassem em que campeonato jogassem seria bom para eles”.

“É um escalão de transição do Pólo EUL para a Academia, o que nem sempre é fácil, mas aquilo que vimos foi uma evolução muito boa. Agora é só dar sequência a esse tipo de trabalho, mas acreditamos que eles já estão preparados para outros contextos”, referiu ainda Pedro Loureiro. Laurindo Mendonça, capitão de equipa Leonina neste jogo, também falou após o encontro, dando conta da satisfação pela conquista do título. “Foi um jogo muito sofrido porque sabíamos que não dependíamos só de nós, mas demos o nosso melhor, abrimos cedo o marcador, o que nos deu maior tranquilidade para o resto jogo, e no final percebemos que o nosso adversário directo tinha perdido e acabámos por ser campeões”, começou por dizer o jovem jogador, atirando: “Estamos muito felizes, foi tudo muito bem trabalhado pelos treinadores e por todos os jogadores. Não desistimos, fomos sempre até ao fim e essa foi a chave para esta conquista”.

divisão. “Trabalhámos a época toda para concretizar esse objectivo e, felizmente, conseguimo-lo. Foi como uma recompensa por tudo aquilo que fomos fazendo. Só estávamos focados no nosso trabalho e naquilo que nós contravalámos, conseguimos isso e, por isso, subimos e com todo o mérito”, disse o avançado, comentando também aquilo que foi 2024/2025 no plano individual: “Foi uma boa época individualmente. Os vários treinadores que fui

tendo apostaram em mim e eu fico muito agradecido por isso”.

“Na nova temporada esperam-me desafios diferentes e espero corresponder. Não tenho dúvidas de que jogar na II Liga será muito bom para nós e que nos ajudará a crescermos ainda mais e a evoluirmos enquanto jogadores. É isso que eu quero, tal como os todos os jogadores da formação, para um dia chegarmos à equipa principal”, afirmou Flávio Gonçalves.

SUB-15: VITÓRIA FOLGADA EM TONDELA

A equipa sub-15 de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu, no último sábado, o CD Tondela por 0-3 na 15.ª jornada da fase de apuramento de campeão do Campeonato Nacional.

Os jovens Leões adiantaram-se no marcador ainda na primeira parte, com Leonardo Damião a inaugurar o marcador aos 35’.

No segundo tempo, Martim Ribeiro fez o 0-2 e Diego Moreira, já nos minutos finais, fechou as contas com o terceiro e último da tarde.

Na próxima jornada, o Sporting CP recebe o SC Braga às 11h00 deste sábado, 31 de Maio.

24.05.2025

Campeonato Nacional Ap. Campeão – 15.ª jornada Parque Jogos Bairro Novo, Tondela

0-1 ao intervalo

Leonardo Damião (35’), Martim Ribeiro (52’), Diego Moreira (74’)

Sporting CP: Guilherme Pinto [GR], Martim Baptista, Reisson Batista, Samuel Tavares, Eliabe Alves (Rodrigo Mendes, 65’), Dinis Santos (Diego Andrade, 80’), Leonardo Damião (Lucas Francisco, 80’), Victor Bastianele (Gustavo Peixoto, 57’), Martim Ribeiro [C], Diego Farinha (Rodrigo Relvas, 65’) e Yanick Filipe (Diego Moreira, 65’).

Treinador: António Cruz. Disciplina: cartão amarelo para Victor Bastianele (47’) e Martim Ribeiro (60’).

Fã apareceu com o bilhete do jogo da subida para autografar
Leões fizeram a festa no primeiro ano como jogadores da Academia

MOMENTOS DE GLÓRIA!

TITO ARANTES FONTES

GLÓRIA I – O lema do Sporting CP é: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória! Estamos, neste momento da nossa vida, no último desses patamares, ou seja, na Glória! O modo como ganhámos o Campeonato e como conquistámos a Taça de Portugal são exuberantes demonstrações de Glória! Fizemos o primeiro Bicampeonato em mais de 70 anos! Fomos buscar a nossa 18.ª Taça de Portugal! E – mais de 20 anos depois – voltámos a fazer a famosa e desejada dobradinha! Estamos, pois, extremamente gratos – gratos mesmo, de “coração verde”, de “coração de Leão”! – à nossa equipa, aos nossos jogadores, ao nosso treinador Rui Borges e a toda a sua gente, ao staff de suporte a todo o futebol profissional e aos nossos dirigentes, máxime ao nosso presidente Frederico Varandas! Obrigado! Desfrutemos agora destes imorredoiros momentos de Glória!

GLÓRIA II – O Jamor estava lindo, pintado de verde e encarnado, com uma imensa e orgulhosa massa adepta dos dois clubes, que – desde cedo – se espalharam pela mata em alegres convívios e rivalidades. Foi bonita a festa, pá! Foi mesmo! Desde logo porque também não tenho notícia de quaisquer incidentes entre apaniguados dos dois clubes. Muito pelo contrário assisti a vários momentos e episódios de sã e mútua camaradagem, com cada um na defesa acérrima das suas cores, sempre num clima muito positivo e de tolerância que aqui se salienta e enaltece. Isto contrasta de modo eloquente com o que resulta dos ataques que foram perpetrados nas últimas semanas aos nossos Núcleos e estátuas. O Jamor, também pelo clima que cria, é e sempre será especial. E único! Por isso tem, ano após ano, tanta adesão de tantos milhares de pessoas! E por isso também tanto que merecia uns melhoramentos, urgentes, gritantemente necessários, à altura do papel que se espera seja desempenhado por um Estádio Nacional!

GLÓRIA III – O modo como a vitória do Sporting CP foi alcançada foi épico! E – também por isso – ficará nos anais da História da Taça de Portugal, nomeadamente das suas finais! A primeira parte terminou sem golos, pese embora ainda tenha sido assinalado um penálti contra nós, que –logo depois – foi prontamente revertido por fora-de-jogo de um jogador adversário. A segunda parte começa com o golo do SL Benfica, através de um remate inesperado e forte, ainda a uns 25 metros da baliza (antes fiquei com dúvidas sobre o modo como Geny Catamo perdeu a bola, ainda no nosso meio-campo). Pouco depois, o SL Benfica aumenta para 2-0, mas – e bem! – o VAR chamou o árbitro, que anulou esse golo por falta indiscutível, no meio-campo, sobre Francisco Trincão. A partir daí a partida foi acumulando momentos de emoção… e momentos claros de “anti-jogo” (como bem salientou Rui Borges, no final da partida, o SL Benfica antes do jogo falou em desejar “mais jogo, menos faltas”, mas afinal, quando se apanhou a ganhar, optou por enveredar de modo notório e até escandaloso por um caminho contraditório com o que os

seus responsáveis vinham dizendo) protagonizados por vários jogadores do SL Benfica, que – de modo sistemático – ficavam estatelados no relvado em busca de assistência médica! Assisti a muitas finais da Taça de Portugal, podendo bem dizer que a Académica (em 2012) e o Aves (em 2018) ganharam ao Sporting CP por apenas um golo de diferença no resultado, mas jamais protagonizaram o “anti-jogo”, próprio de equipa pequena e medíocre, que o SL Benfica exibiu no Jamor. Corolário dessa postura foi o crescendo do Sporting CP sobretudo com o aproximar do final do jogo… e aí, no último dos justos dez minutos de descontos (que apenas poderão pecar por defeito, pois o jogo esteve interrompido perto de 20 minutos), assistimos à melhor jogada do desafio até então: Francisco Trincão recupera a bola ainda no lado direito do meio-campo Leonino e – qual príncipe – arranca, serpenteando com arte entre adversários, deixando-os para trás, um atrás de outro, e – já a meio do meio-campo encarnado –passa a bola para o poderoso e mortífero Viktor Gyökeres, que – embalado rumo à baliza adversária – ultrapassa um adversário, que ficou estatelado na relva, entrando sozinho na área, onde é escandalosamente ceifado por outro jogador adversário. Penálti indiscutível que, pouco depois, o nosso Gyökeres converteu com a sua perícia e expertise habitual! Fomos, então, para 30 minutos de prolongamento.

GLÓRIA IV – Certo é que esse golo do empate do Sporting CP transformou o jogo de modo radical. O prolongamento é todo ele do Sporting CP! E é coroado com dois golos. Ou seja, o segundo golo, marcado por Conrad Harder, de cabeça, no meio da área, correspondendo a um precioso e milimétrico centro do lado esquerdo de Francisco Trincão; e o terceiro golo, já mesmo nos minutos finais dos descontos do tempo de prolongamento, protagonizado por uma bela jogada da tríade Gyökeres, Harder e Trincão, tendo este último finalizado de modo superior, depois de aplicar espectacular “túnel” a um atónito defesa encarnado, mesmo no meio da grande área! Foi lindo! E foi a explosão de uma alegria inesgotável dos Sportinguistas que se tinham deslocado ao Jamor! A Taça era nossa e vinha, mais esta, para o Museu do Clube! E que bem que lá fica!

GLÓRIA V – A estrondosa e espectacular vitória no Jamor, com a inerente conquista da Taça de Portugal, a que acresce o Bicampeonato, tem provocado uma dose de monumental azia e evidente demonstração de mau perder lá para os lados da Luz! Não há memória de tanta desfaçatez! O espectáculo tem sido degradante! Mas revelador do desnorte que por ali graça! Fazem comunicados, queixam-se de tudo e de todos, inventam pretensas medidas tonitruantes e só falta mesmo dizerem que querem ir ao Papa. Certo é que não têm nem moral, nem razão para tanto alarido. Desde logo, apenas a título de exemplo, nunca os vimos reclamar nem mexer um dedo quando, em 2023, Di Maria agrediu com um soco Pote em pleno José Alvalade! Não os vimos reclamar, nem mexer um dedo quando o Sporting CP, em 2009, foi vergonhosamente espoliado (a favor deles próprios!) da Taça da Liga na sua famosa edição em versão “Taça Lucílio”! E não os vimos reclamar, nem mexer um dedo quando –e já lá vão 29 anos! – o very-light da claque encarnada matou o Sportinguista Rui Mendes! Vergonhosamente o silvo desse very-light é e continua a ser repetido vezes sem

fim na Luz e nos seus pavilhões sem que o SL Benfica se pronuncie sobre o tema e verbere os seus apaniguados! Tenham mas é Vergonha! Afinal, lidos os especialistas de arbitragem, o SL Benfica parece apenas (e não de modo unânime) poder tão só queixar-se de uma expulsão, pois todos os outros lances, nomeadamente os que requereram intervenção do VAR, foram segundo esses especialistas bem analisados e correctamente decididos! Ora essa expulsão, a ocorrer, teria tido lugar aos 90+5 minutos de jogo… bom, pois, recordar que no jogo da Luz de há 15 dias o Sporting CP teve que suportar a manutenção em campo de Otamendi que – também segundo esses mesmos especialistas e de modo unânime – devia ter sido expulso aos 15 minutos de jogo! É diferente! Muito diferente!

GLÓRIA VI – O Sporting CP jogou quatro vezes com o SL Benfica nesta temporada 2024/2025. Ganhámos duas vezes, empatámos outras duas; no jogo jogado (excluindo o desempate de penáltis na final da Taça da Liga), incluindo prolongamentos, nunca perdemos. Marcámos seis golos, sofremos apenas três. Chega bem para vincar a nossa superioridade nesta época sobre esse nosso rival! E é também isso que celebramos! Faz parte dos nossos Momentos de Glória ganhar aos nossos rivais!

GLÓRIA VII – Corolário destes Momentos de Glória é este desejo imenso de continuarmos a ganhar, a vencer provas, a obter títulos. E o presidente Frederico Varandas sintetizou esse pensar e esse querer do Mundo Sporting ao dizer, logo no rescaldo desta extraordinária e épica vitória na Taça de Portugal, que o seu foco estava já nos “títulos que ainda aí vêm”! Vamos a isso, presidente! Força, Sporting CP!

GLÓRIA VIII – O nosso andebol é também Bicampeão! Foi à Madeira e carimbou o título! No próximo fim-de-semana há festa no João Rocha, no jogo contra o FC Porto. Glória para esta fantástica equipa de andebol! Glória para Ricardo Costa! Glória para o capitão Salvador Salvador! Glória para toda a equipa!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – Na final da Taça estreámos mais um jovem da nossa academia na equipa principal. Trata-se de David Monteiro. Parabéns, miúdo! E que bem que entraste! Força e continua!

P.S 2 – Marcus Edwards está em definitivo no Burnley. Transferência positiva para o Sporting CP e certamente também para o jogador. Guardamos na nossa retina alguns dos bons momentos que nos proporcionou! Obrigado e boa sorte, Edwards!

P.S 3 – Na semana passada referi vários dos jogadores a quem devemos o Bicampeonato. Por lapso não referi os fundamentais Maxi Araújo, Franco Israel, Iván Fresneda e, claro, Matheus Reis! Obrigado também Campeões!

P.S 4 – As comemorações Leoninas foram, muitas delas, saboreadas nestes últimos dias com esse famoso prato tradicional português que dá pelo nome de “dobrada”! E numa tasca ou taberna ainda soube melhor! Força, Rui Borges! Força, Campeões!

TEAM DAYS PROMOVE TROCA DE BOAS PRÁTICAS ENTRE O FUTEBOL DE FORMAÇÃO

E AS MODALIDADES

EM REGUENGOS DE MONSARAZ, NOVA EDIÇÃO DOS TEAM DAYS REFORÇOU O ESPÍRITO DE UNIÃO, REFLEXÃO E APRENDIZAGEM NO SEIO DA FORMAÇÃO LEONINA, CONTANDO COM A VALIOSA PARTILHA DE JOÃO COELHO, TREINADOR CAMPEÃO NACIONAL DE VOLEIBOL, NUM EXEMPLO DE MULTIDISCIPLINARIDADE E EXCELÊNCIA DENTRO DO SPORTING CP.

Texto: Filipa Santos Lopes Fotografia: Sporting CP

O mais recente encontro dos Team Days, realizado em Reguengos de Monsaraz, voltou a reunir profissionais de diversas áreas do futebol de formação do Sporting Clube de Portugal para mais uma sessão de partilha, avaliação e crescimento colectivo. Nestes encontros liderados por Paulo Gomes e Tomaz Morais, co-directores da Academia Cristiano Ronaldo, participam todos os coordenadores das áreas multidisciplinares que integram o Modelo Centrado no Jogador – da Academia em Alcochete ao Pólo EUL, passando pela Coordenação Técnica das AFS (Academias de Formação Sporting).

A iniciativa, que se repete ao longo da temporada, tem como objectivo discutir e consolidar o modelo de formação

Leonino, identificar oportunidades de melhoria e reforçar os processos que já demonstram eficácia. A fechar uma temporada de sucesso, alavancada com a estreia de dez atletas na equipa principal, e num espírito de abertura e aprendizagem interna, esta edição contou ainda com um convidado especial: João Coelho, treinador da equipa sénior masculina de voleibol do Sporting Clube de Portugal.

A escolha de João Coelho como “estudo de caso” dentro do próprio Clube simboliza o que de melhor os Team Days têm para oferecer – a possibilidade de olhar para dentro, aprender com os pares e valorizar o conhecimento já existente na casa. Assim, e ao longo de cerca de uma hora, o técnico passou em revista as últimas duas épocas e meia à frente da equipa, detalhando o caminho percorrido desde a sua chegada, em meados de 2022, até

à conquista do campeonato nacional em 2024/2025.

Focando em temas basilares como a criação de uma identidade para a equipa, a definição de uma estratégia de liderança e a construção de uma mensagem universal por parte de toda a estrutura, João Coelho definiu um percurso com um carácter inspirador e do qual os profissionais do futebol de formação retiraram também ensinamentos valiosos.

Em declarações aos meios Leoninos, João Coelho reconheceu que o convite, que “muito o honrou”, trouxe uma carga extra de desafio a uma temporada encerrada com brilhantismo.

“Estar aqui é um desafio, mais do que um reconhecimento. O convite do professor Tomaz Morais muito me honra, mas é um teste. É muito mais fácil estar a conduzir um treino ou um jogo do que vir aqui falar para profissionais desta qualidade”, brincou.

“É, sobretudo, uma excelente experiência para mim, até porque podemos recolher diversas opiniões e perspectivas, que nos fazem pensar e questionar. Isso, para o nosso processo, é óptimo”, acrescentou ainda, antes de se juntar à restante comitiva para um passeio de barco no Alqueva.

Para João Coelho, esta troca de experiências não beneficia apenas o futebol de formação – também o voleibol ganha com a partilha e com as questões a partir dela levantadas.

“Falamos com diversos profissionais de estruturas multidisciplinares mais numerosas, com muito mais experiência, que nos podem ajudar a ajustar rotinas e metodologias. Estas experiências são incríveis porque nos permitem crescer em termos profissionais. Não temos assim tantas oportunidades de falar com outros colegas, porque estamos tão focados no dia-a-dia, no treino e na competição… por isso, momentos como este são sem dúvida uma mais-valia”, reforçou.

João Coelho deixou ainda em aberto a possibilidade de ‘inverter o processo’ e visitar, juntamente com os seus atletas, os meandros da Academia Cristiano Ronaldo, numa troca que acredita frutífera também para o espírito vencedor do seu grupo de trabalho.

“É um passo que ainda não conseguimos dar nestes dois anos e meio, mas não enjeitaremos essa possibilidade. A matriz do Clube está ligada à formação e se os atletas puderem conhecer ao detalhe como esse processo é feito, mais além da história, será certamente uma experiência impactante. A construção de uma equipa competitiva, que se reveja nos ideais do Clube, tem de respirar esse mesmo caminho”, finalizou.

Também Ricardo Correia, coordenador de

scouting da formação verde e branca que participou pela primeira vez num Team Days, considerou a iniciativa enriquecedora para o trabalho a curto e médio prazo. “Acredito que estes encontros são extremamente importantes, pois fazemos um balanço da época, analisamos o que correu bem, discutimos pontos a melhorar com espírito crítico e aprofundamos as relações entre áreas que, no dia a dia, se cruzam em diferentes intensidades. Este conhecimento conjunto é fundamental para resolver problemas e melhorar processos”, começou por dizer.

“O sucesso desportivo desta época, tanto a nível colectivo – com as conquistas da equipa principal e da equipa B - quanto a nível individual, com a chegada de jovens jogadores à equipa A em diversas competições de nível muito elevado, é fruto de uma máquina que funciona com várias engrenagens multidisciplinares. Concentrar-nos aqui durante dois dias para debater estas questões é essencial para o que ainda falta desta época — e, sobretudo, para preparar a próxima”, antecipou.

Ricardo sublinhou ainda o valor da transversalidade e da troca entre modalidades que se unem em pontos comuns. “Somos um só Sporting CP e a intervenção do mister João Coelho demonstra a importância das modalidades e o eclectismo do Clube. Há dinâmicas, princípios e valores que passam de umas modalidades para as outras; até questões de liderança, treino e estudos científicos que são aplicáveis em várias áreas”, sublinhou, desvendando quais os pontos onde se sentiu mais inspirado pela apresentação do técnico. “Na minha equipa de recrutamento, por exemplo, identifiquei-me com a ideia de responsabilidade e autonomia da equipa técnica do mister. São reflexões que também aplico à minha área de trabalho”, garantiu. Por fim, destacou uma das ideias mais fortes partilhadas por João Coelho. “O míster falou sobre a importância de dar a conhecer aos jogadores o Clube que representam, e nós, no futebol de formação, estamos completamente de acordo com esse pilar. Um jogador, ou um recurso humano, não pode vir só por vir; tem de querer vir, tem de saber a responsabilidade que é vestir esta camisola. Basta olhar para os festejos em massa do bicampeonato e da dobradinha: representar o Sporting CP exige responsabilidade e capacidade de lidar com a exigência.” Mais do que um encontro de balanço e planeamento, os Team Days são também um espaço de convívio e de fortalecimento de laços. Continuam a afirmar-se como momentos de inspiração, onde a partilha se transforma em crescimento individual, colectivo e estrutural.

Futebol e voleibol ‘lado a lado: profissionais da formação do Sporting CP posam com João Coelho

MODALIDADES ANDEBOL

SPORTING CP É BICAMPEÃO NACIONAL

TRIUNFO NA CASA DO MARÍTIMO MADEIRA ANDEBOL SAD POR 23-32 NA 5.ª JORNADA DA FASE FINAL DO CAMPEONATO E 23.º TÍTULO DE CAMPEÃO NO HISTORIAL.

Texto: Nuno Miguel Simas

Fotografias: Frederico Ferreira

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal sagrou-se, no último sábado, Campeã Nacional pela segunda temporada consecutiva, ao vencer o Marítimo Madeira Andebol SAD por 2332, na 5.ª e penúltima jornada da fase final do Campeonato.

Um triunfo que selou o Bicampeonato Nacional para os Leões de Ricardo Costa, que a uma jornada do final da prova, celebraram mais um título – depois da equipa de futebol, foi agora a vez do andebol somar o segundo título consecutivo na prova maior da modalidade a nível nacional. Num pavilhão madeirense muito bem composto de público Sportinguista, a equipa Leonina levou cerca de 20 minutos a jogar ao melhor estilo a que habituou os Sportinguistas.

Antes disso, o Sporting CP teve algumas dificuldades para segurar a primeira linha insular, ou melhor, os remates de meia distância.

O Marítimo Madeira Andebol SAD assentou uma boa parte da eficácia atacante na meia distância de Melvin Beckman e o Sporting CP também teve alguns ataques sem sucesso nos minutos iniciais, apesar de também ter

24.05.2025

Campeonato Nacional

Fase final – 5.ª jornada Pavilhão do CS Marítimo, Madeira MARÍTIMO

MADEIRA ANDEBOL SAD SPORTING CP 23 32

14-18 ao intervalo

CP:

havido bons desenhos no ataque planeado, nomeadamente nos remates de Martim e Francisco Costa e nas entradas de ponta de Pedro Portela.

Com desvantagens de um e dois golos, o Sporting CP respondeu na melhor versão depois de estar a perder por 11-9.

Defesa mais rápida a sair ao por-

tador da bola limitou a capacidade de ataque da formação madeirense e desse 11-9, a equipa Leonina saltou para 11-14, com o capitão Salvador Salvador e o

ponta Orri Þorkelsson a marcarem dois golos consecutivos cada um, em lances que culminaram em perfeitas circulações de bola dos jogadores verde e brancos. O Marítimo Madeira Andebol SAD pediu pausa técnica, voltou ao jogo a atacar de sete para seis, ainda reduziu o marcador, mas o Sporting CP repôs as diferenças até aos 14-18 que se registavam ao intervalo, com a equipa cada vez mais certeira nas acções e William Höghielm a entrar muito bem, com dois golos, um deles num vistoso remate em ‘rosca’, uma finalização cheia de habilidade.

No segundo tempo, o Sporting CP entrou bastante bem, logo com dois golos consecutivos, um de Jan Gurri e outro de Salvador Salvador, ambos da primeira linha, que ajudaram a aumentar a diferença Leonina no marcador. Com seis minutos jogados, era de 16-23 a vantagem do Sporting CP no marcador, fase na qual a primeira linha tinha dois esquerdinos – Francisco Costa a central e João Gomes a lateral direito.

Sporting
Edy Silva, Pedro Portela (2), Francisco Costa (3), Natán Suárez (1), Jan Gurri (1), Pedro Martínez, William Höghielm (3), Salvador Salvador [C] (4), Orri Þorkelsson (6), Mamadou Gassama (4), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho, João Gomes (2), Christian Moga, Martim Costa (6), Mohamed Ali [GR]. Treinador: Ricardo Costa.
Triunfo Leonino selou o título de Bicampeão Nacional
Equipa ganhou o Campeonato a uma jornada do final.

O 16-24 marcado por Gassama, sem guarda-redes adversário na baliza, além de forçar uma pausa técnica da formação madeirense, já desvendava com muita clareza a festa Leonina na pérola do Atlântico.

Não estavam ainda jogados dez minutos da segunda parte, mas a solidez defensiva do Sporting CP aliada a um bem maior repentismo nas acções quando comparado com o adversário, confirmavam o ascendente da equipa de Ricardo Costa.

O andebol espectáculo instalava-se de vez, com combinações entre primeira e segunda linhas que redundavam em golos e em diferenças cada vez maiores no marcador: Martim Costa fez o 1827 perto da metade do segundo tempo.

O título, ou melhor, o segundo título consecutivo de Campeão Nacional já era uma questão de minutos, pois o Sporting CP chegou a estar a 18-28 no marcador, já dentro dos últimos 15 minutos

OPINIÃO

UM MOMENTO VERDADEIRAMENTE ÉPICO

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória... eis o Sporting Clube de Portugal.  Este, que é o lema dos nossos 118 anos de existência, simboliza na perfeição a História, mas também, e sobretudo, o momento verdadeiramente épico que desfrutamos na actualidade. E não só no futebol, como igualmente no conjunto das nossas modalidades. Identidade, raça e acreditar muito e até ao fim, são palavras que me suscitam naquela que foi a nossa dobradinha 2024/2025, que trouxe o 25.º título nacional e a 18.ª Taça de Portugal para abrilhantar ainda mais aquele que já é o Museu de clubes que mais troféus ostenta. Faltou por vezes a inspiração. Disso foi exemplo, sobretudo, na primeira parte da final da Taça de Portugal ante o eterno rival, bem como em alguns períodos da segunda parte. Mas a atitude, essa, como sempre pede o míster Rui Borges, nunca faltou. E prova disso foi o facto de o grupo acreditar sempre... acreditar muito. E como quem porfia sempre alcança, como diz o tão conhecido ditado português, seria aos 90+9’ que o “monstro” Viktor Gyökeres arrancou uma grande penalidade que ele próprio concretizaria com a sua habitual frieza glaciar, feita de tanto talento. Estava feita a igualdade e aquilo que parecia anunciado concretizou-se. No prolongamento só existiu Sporting CP. Primeiro, com a reviravolta a surgir através do jovem “tanque” dinamarquês Conrad Harder,

com uma cabeçada fulminante a anichar a bola na baliza do rival, para mesmo no fim chegar um momento saído da cartola do “mágico” Francisco Trincão, que com uma “cueca” a António Silva, que ainda hoje deve andar para perceber como é que o fantasista Leonino lhe fez aquela maldade, fechar o marcador com o 1-3 final.

Estava consumada a dobradinha do Leão. 23 anos depois, mas com um sabor fantástico. Somos um Clube que ninguém nos dá nada. Tudo é conquistado na base do trabalho feito de competência. E nessa competência volto a destacar a capacidade e a entrega de todos os jogadores, o sucesso de Frederico Varandas – acompanhado por uma equipa dirigente una e indivisível – que passou a ser o presidente que fica na História por mais títulos – nove – conquistar, e ainda não chegou aos sete anos de presidência, e ainda a Rui Borges, um homem que espalha humildade e conhecimento, mas que alguns “paineleiros” ressabiados(a)s, cuja honestidade intelectual está abaixo do vão de escada, teimam em lhe chamar “taberneiro”, “inculto” e até “desinteressante”. A tudo isso conseguimos resistir. A tudo isso acrescentámos conquistas ao Clube. Contra factos não existem argumentos. E, claro, não posso deixar de referir a imensa “Família Leonina”, uma massa Associativa e adepta única. Que hoje vive tempos fantásticos, mas que sobretudo nos momentos menos bons nunca abandonou o Clube. Que sofreram tantas vezes em silêncio, mas que souberam esperar e sobretudo passar o seu legado para as novas gerações. Que também aí alguns teóricos falaram em perdas de gerações de adeptos. Até admito essa possibilidade, mas olho para os dias de hoje e vejo crianças e jovens a festejar em todos os locais possíveis e imaginários as conquistas como se não houvesse amanhã. Somos, como cantava a “nossa” sempiter-

de jogo, vantagem que foi sempre bem administrada pelo excelente conjunto verde e branco. A segunda parte foi mais uma lição que começou na arte de bem defender do Sporting CP, que ganhava por 20-30 já dentro dos últimos dez minutos de jogo, ou seja, a sofrer apenas seis golos em mais de 23 minutos, numa partida em que o Sporting CP terminou sem qualquer exclusão. Uma equipa de enorme entreajuda nas tarefas, sempre a encontrar a solução mais segura de remate, que foi um espelho da notável época até agora rubricada e que muito orgulhará todos os Sportinguistas e à qual quem gosta de desporto se renderá. Triunfo final do Sporting CP por 23-32 em casa do Marítimo Madeira Andebol, com um final apoteótico e uma festa empolgante entre o grupo de trabalho e os muitos adeptos do Sporting CP que preencheram as bancadas do pavilhão da formação madeirense.

na Maria José Valério, um Clube dos netos até aos avós. ENORME!

Mas como costumo dizer, e muitos de vós afinam por este diapasão, somos um clube muito acima do futebol. Somos mesmo o clube mais ecléctico de Portugal.

E se na passada semana ganhámos o Bicampeonato no futebol, agora foi a vez do andebol. Que equipa temos. É até difícil arranjar adjectivos para a qualificar. Jogamos ao nível dos melhores da Europa. Fizemos uma carreira que fala por si na EHF Champions League onde caímos de pé nos quartos-de-final. Ganhámos a Supertaça onde esmagámos o eterno rival na final, e um Campeonato em que conseguimos o “Bi” com apenas uma derrota, e esta na primeira fase.

Fomos literalmente esmagadores, e ainda sonhamos com a dobradinha. Um grupo soberbo, um treinador fantástico como Ricardo Costa e uma sabedora liderança de secção de Carlos Carneiro; e ao nível do Conselho Diretivo o amor ao clube feito de saber de Miguel Afonso, a quem me curvo pelo trabalho feito, a todos os níveis notável, o andebol vive o seu momento mais épico.

Acabo este texto, tão bom é escrever para o Jornal Sporting irradiando a alegria incontida do momento em que o Clube me/nos proporciona, parafraseando os fundadores. Porque eles quiseram e a História encarregou-se de lhes dar razão: Somos um Clube grande, tão grande como os maiores da Europa!

P.S 1 – Na lógica das conquistas, de parabéns estão também o atletismo, pela conquista da Taça de Portugal, e o basquetebol feminino por se ter sagrado campeão da CN 1, depois de já antes ter conseguido assegurar para a próxima época a participação na prova máxima da modalidade.

Interacção entre jogadores e adeptos Leoninos marcou os festejos da conquista
JUVENAL CARVALHO

MODALIDADES ANDEBOL

BICAMPEÕES NACIONAIS DE ANDEBOL EM DISCURSO DIRECTO

PROTAGONISTAS DO BICAMPEONATO NACIONAL RADIANTES COM MAIS UM FEITO PARA O HISTORIAL LEONINO E 23.º TÍTULO.

Texto: Nuno Miguel Simas Fotografia: Frederico Ferreira

RICARDO COSTA

“Estamos muito felizes, é um sabor especial, não é o primeiro, mas é como se fosse. Foi uma época muito dura, uma época exigente em que tivemos pela frente uma EHF Champions League que nos deixou um sabor amargo, mas em que fizemos História. Esta foi uma das melhores épocas de sempre do andebol do Sporting CP, mas tudo só fazia sentido se fôssemos Campeões. Ainda não acabou, temos mais 15 dias pela frente, queremos ganhar a Taça de Portugal. Agradecer ao staff e aos adeptos que foram extraordinários, na minha mente estão os oito jogos em nossa casa. Fomos a equipa mais regular do Campeonato, apenas perdemos diante do SL Benfica, fora, numa semana também difícil para nós. Dar os parabéns aos atletas. Foi mais um ano extraordinário, que ainda não acabou, eles sabem disso. Conseguimos chegar ao grande objectivo, que era sermos Campeões Nacionais. Propusemo-nos marcar uma era quando chegámos, o Carlos Carneiro, eu e o Miguel Afonso, e não ganharmos apenas de vez em quando. O Sporting CP sempre será um grande clube, mas nós queríamos marcar uma era, juntamente com muitos jogadores extraordinários que temos aqui, ainda jovens, mas com muita margem de progressão e esse desígnio não era o de ganhar de vez em quando. Esse objectivo, com sete títulos conquistados em três anos e meio é um marco extraordinário para todos nós, não só para mim enquanto treinador, mas para todos sem excepção. Todos fazem parte desta equipa extraordinária, que contribui todos os dias para que o Sporting CP seja maior a cada dia. Esse é o desígnio deste grande clube, essa é a nossa grande responsabilidade”.

MOHAMED ALI

“É o meu primeiro ano de Sporting CP e a minha primeira Liga e é muito especial. Estou muito feliz, porque fiz algo para o Clube, para mim, para os meus colegas. Este título foi muito difícil, houve muitos jogos de EHF Champions League, Liga, Taça de Portugal, mas a equipa treinou bem, esteve concentrada e estou muito feliz”.

EDY SILVA

“O Bicampeonato estava ali e toda a gente abraçou isso. Colocámo-nos nesta posição, então foi mais do que merecido. O trabalho foi incrível de todos, sem excepção. O Bicampeonato Nacional está nas nossas mãos e é só comemorar, é muita felicidade”.

Os Bicampeões Nacionais de andebol deram largas à felicidade pela conquista de mais um título para o Sporting CP

CARLOS CARNEIRO

“O grupo é realmente fantástico, não só a nível humano, social, de equipa, mas também ao nível da qualidade de jogo. É realmente uma equipa muito boa, é muito difícil de comparar com outras gerações, mas seguramente é das melhores equipas que já vimos em Portugal e o resultado é fruto disso. Fruto do trabalho, eles querem muito, querem crescer, o Sporting CP proporciona tudo e mais alguma coisa. Temos uma equipa com muita qualidade em todos os postos. Acabámos um pouco em esforço, porque realmente a EHF Champions League foi muito exigente, mas também foi uma aprendizagem e se calhar vamos aprender com isso, mas o que é certo é que temos uma equipa em que todos eles têm muita qualidade. Isto é uma equipa, toda a gente a sacrificar-se pelo colectivo e isso é o mais importante”.

MARTIM COSTA

“Estamos muito felizes. São dez, 11 meses a trabalhar para isto, o nosso principal objectivo era sermos Campeões Nacionais. Está a ser uma época inesquecível, que ainda não acabou, na EHF Champions League fizemos o que fizemos, fizemos um Campeonato incrível, na fase regular tivemos uma derrota, apenas, na fase final ganhámos os jogos todos até agora. Há quatro anos havia poucos adeptos a ver os nossos jogos e agora enchemos um pavilhão com Sportinguistas para virem celebrar o título. Esse é o maior reconhecimento que podemos ter e a maior vitória, fazer com que as pessoas acreditem em nós e gostem de nós. Nós gostamos muito deles, precisamos muito deles. Tem sido uma caminhada incrível e vai continuar. Para o ano estamos cá outra vez e queremos ser Campeões outra vez”.

PEDRO PORTELA

“Estamos felizes, é fruto do nosso trabalho. Só temos de estar felizes e orgulhosos do que temos feito e agora é desfrutar, depois jogar frente ao FC Porto em casa e prepararmo-nos para a grande final, em Santo Tirso, da Taça de Portugal”.

SALVADOR SALVADOR

JOÃO GOMES

“É fantástico, duas vezes seguidas demonstra o trabalho que fizemos, somos um grupo muito unido, uma família e isso é das coisas mais importantes”.

“Merecemos muito os festejos. Esta época foi muito dura, foi longa, fizemos História. Primeiro ano na EHF Champions League, chegámos aqui [Madeira] para sermos Bicampeões e demos a resposta que tínhamos de dar. Mais uma vez este grupo escreve o nome na História deste clube tão bonito e acho que isso diz muito do trabalho que temos vindo a realizar, o Ricardo [Costa] é um treinador fantástico, actualmente é possivelmente dos melhores do Mundo e nós seguimo-lo ‘cegamente’. As coisas têm vindo a correr muito bem, este grupo é fantástico, sou um felizardo por ser capitão desta equipa”.

Vitória do Sporting CP em casa do Marítimo Madeira Andebol SAD fez ‘rebentar’ a festa no pavilhão da equipa insular.

EDY SILVA

“QUEREMOS CONTINUAR A FAZER HISTÓRIA”

EDY SILVA É UMA DAS CARAS DA EQUIPA PRINCIPAL DE ANDEBOL DO SPORTING CP QUE, NO PASSADO SÁBADO, CONQUISTOU O BICAMPEONATO NACIONAL. O PIVOT BRASILEIRO, DE 26 ANOS, CHEGOU AO CLUBE EM 2022/2023 E SOMOU O SEXTO TÍTULO DE LEÃO AO PEITO, ESPREITANDO O SÉTIMO EM JUNHO PARA “FECHAR A ÉPOCA COM CHAVE DE OURO”. QUANTO AO CAMPEONATO, NÃO TEM DÚVIDAS DE QUE O SPORTING CP O MERECEU E, NESTA ENTREVISTA EXCLUSIVA AO JORNAL SPORTING, DEIXOU ELOGIOS AO GRUPO E A RICARDO COSTA E DISSE QUE A EQUIPA LEONINA É A “MELHOR” DA ACTUALIDADE EM PORTUGAL.

Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: João Pedro Morais

Bicampeões ainda antes do Campeonato Nacional ter‑ minar. Qual é o sentimento por conquistarem este títu‑ lo novamente?

Acima de tudo, muita felicidade e a sensação de dever cumprido. Trabalhámos para isso, estávamos

confiantes e sabíamos que, ganhando todos os jogos, poderíamos ser felizes um pouco antes de a prova terminar e foi o que aconteceu. Era isso que todos queríamos, trabalhámos para isso e depois de termos começado a fase final com uma boa vitória diante do SL Benfica, vencemos os jogos todos até a ida à Madeira e acabámos a festejar lá com todo o mérito.

27 jogos, 25 vitórias, um empate e uma derrota. No seu entender, o que revelam estes números?

Revelam que, além da qualidade individual que temos, funcionamos muito bem como equipa e que o nosso foco está sempre no colectivo. Estamos sempre todos focados e todos a olhar na mesma direcção, seja nos treinos, nos estágios ou nos jogos e isso também acabou por nos ajudar em todos os momentos, mesmo naqueles em que

nem tudo estava bem ou não tínhamos todos os jogadores disponíveis, e nesses números.

E estes números, além da qualidade que apresentam e do que têm feito, dizem que o Sporting CP é, actual‑ mente, a melhor equipa nacional?

Sim, acho que somos a melhor equipa nacional da actualidade. Sinto isso e acho que o provamos dentro da quadra pela qualidade que apresentamos e pelas várias formas de jogar que temos. Não temos uma identidade, mas sim várias, conseguimos adaptar-nos a qualquer adversário, ter qualidade e intensidade e isso tudo ao longo da época em que o ritmo é jogar, treinar pouco e jogar três/quatro dias depois.

“ENCARÁMOS TODOS

OS JOGOS COM A MESMA MENTALIDADE E SERIEDADE”

Para si, quais foram os momentos chave desta conquista?

Acho que, acima de tudo, foi a forma como fomos mudando o chip nas semanas em que também jogámos a Champions League, que é a maior e mais intensa competição a nível de clubes. Regressar ao campeonato podia levar-nos a pensar que esses jogos eram mais fáceis, e com isso perdermos pontos, mas não o fizemos. Isso nem sempre é fácil, mas nós conseguimos encarar todos os jogos com a mesma mentalidade e seriedade.

Que jogos mais recorda nesta caminhada?

O que mais recordo, e aquele em que, sinceramente, senti maior pressão porque na época passada não conseguimos o resultado que queríamos, foi o jogo da primeira volta da fase final no Dragão Arena (32-35) em que também ainda estávamos a jogar e a lutar por mais na Champions. Sabíamos que se ganhássemos o nosso objectivo ficava mais perto, estávamos confiantes e contámos com o regresso do Kiko, a quem os olhos brilhavam por estar de volta, e conseguimos ganhar.

Essa vitória, tal como a da fase regular em casa do FC Porto, que tinha a hegemonia na modalidade antes de o Sporting CP se impor nos últimos anos, além dos pontos que deram, também trouxeram uma motivação extra?

Com certeza, mas digo-o com todo o respeito. O FC Porto tinha a hegemonia e era sempre uma equipa praticamente invencível. Sabíamos isso e lembro-me da primeira vez em que joguei com eles no Porto, mas, com o tempo e com a maturidade da equipa, percebemos melhor como tínhamos de encarar esses jogos, que tínhamos de olhar mais para nós e confiar que se conseguíamos vencer outras equipas igualmente muito fortes também era possível vencer lá. E este ano conseguimos duas boas vitórias que nos provaram que podemos ganhar em qualquer lado. O Ricardo [Costa] diz-nos sempre que se estamos entre os melhores, temos de jogar como os melhores. Os melhores também perdem e empatam, mas a mentalidade tem de ser sempre a mesma e estar sempre no máximo e, por vezes, aquilo em que pecávamos frente ao FC Porto era na mentalidade. Deixávamos que a pressão, os nervos e a ansiedade nos afectassem.

A faltar apenas uma jornada, precisamente frente ao FC Porto, mas no Pavilhão João Rocha, a única derrota do Sporting CP no campeonato foi frente ao SL Benfica na Luz na segunda volta da fase regular. O que apren deram com esse resultado?

Foi uma derrota dura para nós, que não estávamos à

espera. O SL Benfica tem uma boa equipa e as suas características, frente às quais conseguimos jogar muitas vezes, mas naquele dia as coisas não nos correram como queríamos e até brinquei com alguns jogadores deles que conheço, disse-lhes que foi um ‘dia iluminado’ para eles em que alguns jogadores que não se costumam destacar estiveram em destaque. Já nós saímos de lá com a sensação de que não fizemos praticamente nada daquilo que costumamos fazer e, por isso, também serviu para nos acordar e para percebermos que não queríamos sentir isso outra vez.

“CANSAÇO? A NOSSA AMBIÇÃO

TEM SIDO MAIOR”

Ainda assim, e ainda que na grande parte das vezes os percursos sejam feitos de altos e baixos, vocês manti veram praticamente sempre o mesmo nível. Como se consegue isso?

Com muito trabalho e foco. Estando no caminho das vitórias, aquilo que se quer é continuar a vencer e não sair do trilho. Por isso, andamos todos no mesmo caminho, e isso facilita tudo, e porque nos treinos, apesar de as coisas nos correram bem, trabalhamos todos os dias para conseguirmos ser melhores e assim conseguirmos antecipar-nos ao que aparece de novo. Se pensarmos que está tudo bem, que não podemos melhorar em nada, acabamos por não conseguir fazer frente ou não ter armas para algo novo que surja nos jogos.

Nunca vos faltaram as forças?

Com certeza que sim, há momentos em que o cansaço nos bate à porta, mas a adrenalina fala mais alto e a nossa ambição tem sido maior. Independentemente de sentirmos alguma dor ou de nos sentirmos mais cansados, tentamos aguentar. É assim com todos, jogue-se mais ou menos. E relativamente ao manter o mesmo nível é porque todos contam e todos são capazes, os que jogam de início e os que saem do banco.

E sente que este ano, por tudo aquilo que vocês têm

alcançado nas últimas épocas, todas as equipas vos co locaram ainda maiores dificuldades e ainda quiseram mais ganhar‑vos?

Sim, sim, e isso até nos fez brincar e dizer que tínhamos todos contra nós. Além da qualidade que temos individualmente, com jogadores de Selecção, pelo que valemos como equipa e por estarmos a ganhar tanto e a jogar como os melhores. Naturalmente que, por isso, jogar contra nós dá um gosto diferente aos nossos adversários, que também se querem mostrar e dar o máximo para travar um ataque nosso, por exemplo, mas isso é bom e ajuda a que todos e todas as equipas cresçam.

“A CHAMPIONS FOI UMA PROVA INCRÍVEL (...) TEMOS DE ESTAR ORGULHOSOS E CONTENTES”

Posto isto, que balanço faz deste vosso campeonato? A faltar uma jornada, além de Campeões, são o melhor ataque e a melhor defesa das duas fases – no total 980 golos marcados e 686 sofridos.

Um balanço muito positivo, mas claro que podíamos ter feito ainda melhor. A perfeição não existe, mas podemos sempre fazer melhor e é isso que nós tentamos sempre. Além das vitórias, e de termos só perdido e empatado uma vez, sermos o melhor ataque e a melhor defesa tem a ver com a forma como trabalhamos, como é feita a nossa preparação e como nos ajustamos a todas as situações em campo.

E que balanço faz da Champions League? Surpreende ram desde o início e só caíram às portas da final four…

A Champions foi uma prova incrível e uma surpresa. Sabíamos que o nosso grupo não era fácil, mas ganharmos logo ao Veszprém KSE, que há uns tempos colocaria como candidato a vencer a prova, foi óptimo e fez-nos ver que podíamos ir muito longe. E, na verdade, com os jogos que fizemos, com o apoio dos nossos adeptos e com o ambiente no Pavilhão João Rocha, que se tornou emblemático e que fez até os nossos adversários temerem, fizemos um bom percurso. Para primeira >>

“O Ricardo [Costa] diz-nos sempre que se estamos entre os melhores, temos de jogar como os melhores”

>> participação, chegámos muito longe. Ficámos tristes por cairmos à entrada da final four, mas temos de estar orgulhosos e contentes pelo que fizemos.

Em termos nacionais, venceram a Supertaça com um triunfo expressivo sobre o SL Benfica (37 21) e jogam a final da Taça de Portugal frente ao FC Porto no dia 7 de Junho. A ambição, acredito, passa por fazer o triplete como na época passada… Claro. No final do jogo na Madeira, após conquistarmos o título, falámos nisso mesmo, que o campeonato já estava, mas que seria muito melhor terminarmos a época a sorrir e, para isso, claro, temos de vencer a Taça de Portugal. É um título que temos vindo a conquistar e, além de trabalharmos para isso e da qualidade que temos, temos a ambição de que continue a ser nosso. Além disso, queremos continuar a fazer História. Nunca nenhum clube em Portugal conseguiu ganhar sete troféus consecutivos no andebol e nós queremos fazê-lo. O que costumo dizer ao resto da equipa é ‘já que nos colocamos nesta posição, vamos lá fazer o nosso melhor’. Sei que no final da época, após muitos jogos e muito cansaço, pode custar mais, mas temos de ser capazes.

“O

AMBIENTE ENTRE NÓS É MUITO BOM, PARECEMOS UMA FAMÍLIA”

Sete títulos, e podem ser oito, em 12 possíveis desde 2021/2022 – altura em que Ricardo Costa chegou. Há algum segredo que explique o vosso sucesso nas últimas épocas?

Regularidade, muito trabalho, ter alegria a jogar e querer continuar a ganhar títulos. Acho que ninguém consegue trabalhar bem sob pressão e o nosso ambiente, para lá da seriedade e do rigor com que trabalhamos, é leve e ajuda-nos a que nos consigamos manter no caminho certo.

E o segredo também passa por vocês serem mais como uma família e não tanto como uma simples equipa?

Sim, o ambiente entre nós é muito bom, somos amigos para lá do Sporting CP e parecemos uma família. Já me disseram, ‘mas tu és brasileiro, outro é argentino, outro espanhol, outro sueco e outro islandês, etc, como é possível?’. A verdade é que isso não se nota e acho que todos nós fomos escolhidos a dedo e que a nossa conexão é muito grande, dando-nos essa sensação de família, que nos faz estar juntos para lá da quadra e nos momentos de lazer. Isso também é muito fomentado pelo Ricardo [Costa]. Não sei como são os grupos nos outros clubes, mas posso dizer que o nosso é assim e que isso também é algo que nos ajuda a ter sucesso.

“O RICARDO [COSTA] ACABA POR SER NOSSO PAI TAMBÉM E É FANTÁSTICO TRABALHAR COM ELE”

Falou aí no papel do míster Ricardo Costa. Ele acaba por ser também um pouco como um pai para vocês? Sendo que é, efectivamente, pai do Kiko e do Martim... Ah, sim, sim. É pai e treinador dos filhos e acaba por ser nosso também. Ele acaba por arrastar isso para nós e há total abertura para falarmos com ele sobre a nossa vida, os nossos problemas e as nossas conquistas. Partilha das nossas emoções e como qualquer pai tem os seus dias (risos). Falando de mim, sinto-me acolhido por ele desde o minuto em que cheguei e sinto que puxa por mim, como por todos, ao máximo de forma a que consiga dar o meu melhor. É fantástico trabalhar com ele, é um óptimo treinador e é um bom ouvinte, sempre pronto a ouvir-nos e a ajudar-nos.

O Edy Silva só chegou em 2022/2023, ou seja, já com o “comboio em andamento” e com a primeira Taça de Portugal alcançada, tendo sido depois também esse o seu primeiro título. Como foi entrar nesta equipa? Confesso que sempre achei que o Sporting CP era o lugar onde deveria estar. Já acompanhava alguns jogos e quando recebi a proposta, achei logo que seria um projecto desafiador para mim e que seria muito feliz aqui. Vim do Brasil directamente para um grande de Portugal para jogar num grupo recheado de bons jogadores, que me receberam muito bem e que tornaram tudo mais fácil. Todos perceberam que a adaptação iria ser demorada, porque as diferenças eram muitas e o salto muito grande, mas todos acreditaram muito em mim, mesmo nos dias em que eu saía daqui a achar que não ia conseguir, sobretudo porque a pressão que colocava em mim era muito grande. Com o tempo, fui conseguindo mostrar o meu valor e tudo aquilo que tenho vivido aqui até parece que já estava escrito.

Que balanço faz destas três épocas no Sporting CP?

Além dos títulos, tem feito sempre cerca de 50 jogos e marcado muito – na última temporada apontou 120 golos...

Faço um balanço muito positivo e, como disse, parece que já estava tudo escrito. Sinto que evoluí muito, tal como queria, e temos alcançado coisas muito boas e muito importantes como equipa. Voltámos a conquistar o campeonato e temos conquistado as taças também, temos conseguido cumprir com os nossos objectivos e esta equipa merece muito que assim seja.

Dos seis títulos que já tem, qual foi o mais especial de conquistar?

Foi o Campeonato Nacional da época passada, depois de uma temporada muito exigente, com vários jogos, em que também jogámos a Liga Europa. Tinha o receio de que não desse certo, mas ao mesmo tempo também acreditava muito e ambas as situações não me saiam da cabeça. Terminámos a primeira fase com nove pontos de avanço para o FC Porto, que foi segundo classificado, mas mesmo assim pensava que isso podia não ser decisivo e, nesse sentido, tive de me preparar muito psicologicamen-

te. Falei com várias pessoas e aquilo que me disseram foi para fazer o que sempre fiz e acreditar até ao último minuto. Depois no último jogo da fase final recebemos o FC Porto, que também ainda podia ser campeão, e só me diziam ‘não vai ser fácil, é um clássico, mas de certeza que vocês vão sorrir no final’ e eu fiquei com isso no pensamento a semana toda. Na hora do jogo, só entrei com isso na cabeça e quando chamaram o meu nome para entrar, e vi os adeptos, soltei logo um grito e pensei ‘é hoje’. Só pensava em que ia correr bem e que mesmo que o cansaço chegasse, se o Ricardo me quisesse 60 minutos na quadra a defender e a atacar eu iria fazê-lo. Por tudo isso, foi especial.

“PAVILHÃO JOÃO ROCHA? PARA OS ADVERSÁRIOS É ASSUSTADOR, PARA NÓS É INCRÍVEL”

E como é para si jogar no Pavilhão João Rocha? Eu acho que para os nossos adversários é assustador (risos), mas para mim e para a nossa equipa é incrível. Conhecemo-nos muito bem, não há uma barreira entre os adeptos e os jogadores, a sensação é de que jogamos juntos. Sentimos muito a energia deles, e o peso que é carregar este símbolo ao peito, e jogamos por eles porque eles também fazem o esforço de estar ali connosco, independentemente do grau de dificuldade do jogo. A energia ali é mesmo diferente, ambiciosa, e mesmo que entremos com pouca energia isso muda logo, até porque sentimos que os adeptos nos abraçam.

Para finalizar, o que espera dos adeptos no que resta da época? Sábado há festa no PJR e no dia 7 de Junho o desejo é que também haja festa em Santo Tirso… Como já disse, queremos fechar a época a sorrir e com chave de ouro, com mais uma vitória no campeonato e com a Taça de Portugal, e tenho a certeza de que eles vão estar connosco em ambos os jogos, como estiveram em todos ao longo da temporada. Queremos o triplete para lhes dar, que eles merecem essa alegria e queremos celebrar tudo com eles, além de querermos que esta época fique para a História e que seja para sempre lembrada.

“Não há uma barreira entre os adeptos e os jogadores, a sensação é de que jogamos juntos”

MODALIDADES ANDEBOL

CAMPEÕES GASSAMA E PEDRO MARTÍNEZ RENOVAM E QUEREM MAIS

ANDEBOL LEONINO COMEÇA A PREPARAR OS PRÓXIMOS PASSOS. MAMADOU GASSAMA É UMA DAS PEÇAS INICIAIS DO PROJECTO E JÁ GANHOU TUDO EM PORTUGAL, MAS CONTINUA COM AMBIÇÃO, E PEDRO MARTÍNEZ, AINDA NA SUA ÉPOCA DE ESTREIA, JÁ SE REVELOU UMA APOSTA GANHA.

Texto: Xavier Costa

Fotografia: João Pedro Morais

MAMADOU

GASSAMA: “ESTOU CHEIO DE ORGULHO”

A cumprir a quarta temporada de verde e branco, o ponta espanhol já renovou e vai prolongar a sua ligação ao Sporting CP. “Este é um momento muito feliz para mim e para a minha família. Estou cheio de orgulho por poder estar aqui durante mais épocas”, expressou aos meios de comunicação Leoninos.

Depois de ter feito carreira exclusivamente em Espanha (e no CB Granollers), Gassama tornou-se uma das primeiras ‘peças’ do novo projecto do andebol Leonino, em 2021/2022, e no Sporting CP, reconhece, encontrou uma nova casa.

“Foi o que me fez ficar. Quando saímos da zona de conforto temos sempre dúvidas e este era um projecto novo, com jogadores jovens, mas aqui, desde o primeiro dia, as pessoas estiveram à

volta da equipa e isso torna tudo mais fácil”, sublinhou.

E, de verde e branco, o ponta de 31 anos já venceu todos os troféus nacionais: dois Campeonatos Nacionais (2023/2024 e 2024/2025), três Taças de Portugal (2021/2022, 2022/2023 e 2023/2024) e duas Supertaças (2023 e 2024). Sem esconder que já se fez “História no Clube”, Gassama pensa “dia-a-dia” e tem uma ambição renovada para “ganhar tudo e voltar na próxima época a tentar ir à final-four da Champions”.

“Quando cheguei, queria ganhar títulos, mas nunca imaginei que ia jogar contra as melhores equipas e os melhores jogadores na Champions. Tenho 31 anos e tudo o que aconteceu esta época foi um sonho, e temos de continuar a perseguir os nossos sonhos”, destacou Gassama, sem esquecer o apoio constante dos Sportinguistas.

“Surpreendeu-me a forma como nos estiveram a apoiar durante vários minutos depois de sermos eliminados [nos ‘quartos’ da EHF Champions League]. Foi um momento muito lindo e que nunca vou esquecer. Para mim,

o Sporting CP, além de ser grande, é muito familiar”, enalteceu o ponta que vai continuar de Leão ao peito.

PEDRO MARTÍNEZ:

“NUNCA TINHA VIVIDO ALGO ASSIM”

Chegado no início da presente temporada, o central/lateral argentino correspondeu de imediato e vai continuar a jogar de Leão ao peito, onde se sente “muito contente”, revelou no momento da assinatura. “Para mim é uma honra continuar ligado a esta grande instituição”, começou por dizer.

Embora ainda a cumprir a sua época de estreia no Sporting CP, Pedro Martínez reconheceu que não faltam razões para dar continuidade ao caminho feito até aqui, já com vários momentos inesquecíveis.

“Quero continuar a viver as noites mágicas no Pavilhão João Rocha. Nunca tinha vivido algo assim e espero que na próxima época volte a ser assim”, apontou o andebolista de 25 anos, destacando ainda o “sonho tornado realidade” na EHF Champions League.

“Quando era uma criança, nunca pensei que iria jogar a Liga dos Campeões. Por exemplo, no último jogo com o HBC Nantes, não acreditava que estava ali”, atirou o internacional argentino, que já venceu a Supertaça e o Campeonato de Leão ao peito, mas quer mais.

“Não foi só o meu primeiro título no Sporting CP, mas também o meu primeiro como profissional. Foi muito especial”, sublinhou. E, para isso, Pedro Martínez não tem dúvidas de que um dos segredos do sucesso do andebol verde e branco tem sido “o bom ambiente entre todos os jogado-

res”, reconheceu. “Quando cheguei percebi de imediato que o Sporting CP não só é um clube, mas também uma grande família.

Estou muito contente por fazer parte dela e agradeço, também, a todos os Sportinguistas”, concluiu o central/lateral de 25 anos.

COORDENADOR CARLOS CARNEIRO

E A IMPORTÂNCIA DE TER “UMA

BASE SÓLIDA”

SOBRE MAMADOU GASSAMA:

“É importante pelo que dá nos jogos e, também, por tudo o que dá fora de campo e por aquilo que significa para o grupo, onde é uma voz. Fizemos todos os esforços para que ficasse connosco. É um jogador que já sentimos como ‘da casa’, e sei perfeitamente que vai ser Sportinguista para toda a vida. Sente isto como qualquer adepto e é sempre importante ter jogadores assim”.

SOBRE PEDRO MARTÍNEZ:

“Confirmou tudo o que tínhamos previsto. É, realmente, um jogador muito importante para nós no aspecto defensivo, sabe perfeitamente o seu papel e é um grande profissional. Está perfeitamente ambientado com a equipa e o Clube. Faz parte do nosso objectivo ter uma base sólida de muita qualidade, tanto na vertente técnica como social”.

Pedro Martínez com Miguel Afonso, membro do Conselho Directivo
Gassama já ganhou tudo a nível nacional

MODALIDADES BASQUETEBOL EQUIPA PRINCIPAL FEMININA

LEOAS JUNTAM TÍTULO DO CN1 À SUBIDA DE DIVISÃO

NOVO TRIUNFO SOBRE O SC COIMBRÕES, AGORA NO PAVILHÃO JOÃO

ROCHA, SELOU A CONQUISTA E AS LEOAS VOLTARAM A FAZER A FESTA EM CASA.

Texto: Xavier Costa Fotografia: João Pedro Morais

Depois de já ter garantido a subida directa ao principal patamar nacional, a equipa feminina de basquetebol do Sporting Clube de Portugal conquistou, no sábado, o Campeonato Nacional da I Divisão (CN1) – o título do segundo escalão. Para levantar o troféu

no Pavilhão João Rocha, as Leoas de João Pedro Vieira voltaram a vencer o SC Coimbrões, agora por 70-61 no segundo jogo da final dos play-offs, após já terem levado a melhor em Vila Nova de Gaia (71-74).

E na casa das modalidades Leoninas, tudo começou da melhor forma com os triplos de Emília Ferreira e Luana Serranho

PALAVRA ÀS CAMPEÃS

DURANTE OS FESTEJOS, JÁ DE TROFÉU EM MÃOS E MEDALHAS DE VENCEDORAS AO PEITO, AS PROTAGONISTAS DESTA ÉPOCA NOTÁVEL DERAM CONTA DE TODAS AS EMOÇÕES EM DECLARAÇÕES AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DO SPORTING CP.

(6-2), mas a robusta réplica nortenha fez-se sentir a de imediato. Embalado pelo acerto de Shanyce Makuei, o SC Coimbrões chegou a virar o jogo e até atingiu uma vantagem de cinco pontos (1520), a qual um triplo de Catarina Martins, contudo, ainda diluiu antes do final dos primeiros dez minutos (18-21).

Já no segundo período, as Leoas

JOÃO PEDRO VIEIRA

reencontraram-se logo nos primeiros minutos: à base de ataques rápidos e penetrações certeiras em direcção ao cesto, Luana Serranho, Sienna Durr e Hannah Pratt levaram a uma reviravolta que culminou numa liderança de sete pontos (28-21).

Superada, depois, uma fase mais imprecisa da partida, o Sporting CP solidificou-se na defesa (apenas sete pontos sofridos neste quarto), afinou outra vez a pontaria nos lançamentos e arrancou para um fantástico parcial de 11-0 que fez toda a diferença. Ao intervalo, o conjunto orientado por João Pedro Vieira vencia por 41-28, contando com a extremo Pratt (12 pontos, seis ressaltos e duas assistências) em excelente plano nesta primeira parte.

E o reatamento da partida não podia ter trazido melhor declaração de intenções por parte das Leoas, que com triplos de Luana Serranho e Emília Ferreira e lances livres de Sienna Durr ‘dispararam’ logo para um expressivo 49-32. Por sua vez, o lutador emblema de Vila Nova de Gaia, já sem margem de erro nesta final – mas também com a promoção assegurada –, nunca atirou a toalha ao chão e, aos poucos, foi reagindo e encurtando as distâncias (53-44). Ainda assim, a sólida vantagem verde e branca nunca foi verdadeiramente ameaçada e o Sporting CP – com mais uma boa ponta final – foi para os derradeiros dez minutos a ganhar

“Dar os parabéns a estas jogadoras que fizeram um trabalho fantástico desde o início. Prometemos que queríamos subir e conseguimos, tínhamos prometido ser Campeãs e fomos. Agradeço, também, à nossa Direcção, que acredita neste projecto, e a todos os nossos Sócios e adeptos. Para o ano, na Liga queremos ter o nosso pavilhão cheio. O nosso clube merece ter a equipa nesse patamar. Quis que todas jogassem e fossem parte activa, fomos Campeões e estou muito feliz. Subir à Liga e, ainda por cima, ser Campeão é fantástico. Foi uma época especial”.

por 61-46, ou seja, 15 pontos de diferença.

No entanto, o jogo ainda não estava resolvido, como veio provar, sobretudo, a recta final do quarto período, quando os esforços visitantes capitalizaram a ineficácia Leonina. Primeiro, o SC Coimbrões reduziu para 66-59 e, depois, para 67-61, o que deixou tudo em aberto para o último minuto. Mas aqui o jogo colectivo verde e branco veio ao de cima com uma bela jogada e Carolina Duarte, com um lançamento de três perfeito, deu a ‘machadada’ final no jogo (70-61), abriu as portas do título e fez romper a festa das Leoas no Pavilhão João Rocha pela segunda vez esta época. Precisamente uma década depois (2014/2015), o Sporting CP voltou a conquistar o CN1 e deu o fim perfeito a uma temporada inesquecível. Segue-se o desejado regresso à Liga principal em 2025/2026.

I Divisão – Play-offs – Final Jogo 2 | Pavilhão João Rocha SPORTING

LUANA SERRANHO

“Estou sem palavras. Esta época tem sido fenomenal. A meio deixámo-nos ir um pouco abaixo em dois jogos, mas soubemos dar a volta. Temos muito coração, uma personalidade guerreira e ser Campeãs com este apoio dos adeptos foi espectacular”.

CATARINA MARTINS

“O que mais sinto é orgulho, em nós, em tudo o que fizemos, na equipa técnica e em toda a gente que acreditou em nós. É uma felicidade enorme”.

Época memorável fechada com chave de ouro
Rua [C], Catarina Martins (5), Carolina Duarte (3), Mariana Pires (2), Cláudia Almeida (1), Luana Serranho (14), Emília Ferreira (15), Hannah Pratt (14), Filipa Cruz (2), Maria Oliveira, Sienna Durr (12), Maria do Carmo. Treinador: João Pedro Vieira.
Texto: Xavier Costa
Fotografia: João Pedro Morais

ANA RUA

“É difícil pôr em palavras o que estou a sentir neste momento. Foi um ano de muito trabalho, lesões, mas chegar ao fim e ver o nosso pavilhão e ser Campeãs não tem preço. Acho que caiu logo [a ficha] assim que garantimos a subida, mas esta vitória no campeonato ainda não. Amanhã ainda vou acordar e duvidar sobre se aconteceu mesmo”.

SIENA DURR

“Tem sido excelente como primeira experiência fora de casa. Ter esta oportunidade de jogar num clube como o Sporting CP é uma dádiva e chegar ao fim com o título…. Alcançámos os objectivos que tínhamos. O SC Coimbrões é uma excelente equipa, mas estou feliz por termos saído por cima”.

MARIA OLIVEIRA

“Foi uma época desgastante, mas foi de sonho. Conseguimos atingir os nossos dois objectivos principais e, portanto, só tenho a agradecer a toda a gente: staff, colegas de equipa e adeptos, porque cada vez temos mais apoio. Estou muito feliz por estar aqui e por ajudar nesta conquista”.

CAROLINA DUARTE

“É inexplicável, para mim é um sonho de criança. Obrigado ao Sporting CP por acreditar na nossa equipa”.

FILIPA CRUZ

“Ganhámos e, agora, venha o próximo ano, porque cá estaremos. Somos muito unidas, trabalhamos muito em equipa e, por isso, há muito trabalho da nossa parte e do Sporting CP”.

HANNAH PRATT

“Estou a adorar o Sporting CP. Atingimos os nossos objectivos e, por isso, tem sido espectacular. Sinto-me muito bem aqui”.

MARIANA PIRES

“Acima de tudo, foi um ano muito duro para todas, mas vivemos disto. Tivemos momentos baixos, outros muito altos, mas é isso que caracteriza esta equipa: nunca baixamos os braços, porque somos da raça que nunca se vergará”.

CLÁUDIA ALMEIDA

“Sabe muito bem. É o culminar de um trabalho muito longo. Agora é desfrutar e festejar”.

EMÍLIA FERREIRA

“Estou sem palavras, em êxtase. Subirmos à Liga é muito bom para o basquetebol nacional e acho que deixamos tudo dentro de campo numa época longa. Seguimos o plano e tivemos sucesso”.

MARIA DO CARMO

“É tudo o que estávamos à espera e é a prova de que se trabalharmos vamos chegar longe. Passamos aqui o nosso dia, esta é a nossa casa”.

MADALENA COSTA

“É muito gratificante representar este clube e ganhar este troféu. Merecemos isto e agora vamos festejar”.

ANTÓNIO COELHO, COORDENADOR DO BASQUETEBOL DO SPORTING CP

“Foi um trabalho espectacular por parte de toda a equipa. Trabalharam muito e mereceram esta grande vitória. No ano passado, a base desta equipa foi campeã, este ano repetiram numa divisão superior e para o ano estamos na Liga. Quero agradecer o apoio de toda a Direcção do Sporting CP, em particular na pessoa de Miguel Afonso, que nos deu um apoio extraordinário na composição desta equipa, e vai continuar a dar”.

MODALIDAES FUTSAL

SPORTING CP NAS MEIAS-FINAIS DA LIGA

TRIUNFO DOS TETRACAMPEÕES NACIONAIS

FRENTE AO SC FERREIRA DO ZÊZERE POR 3-1 NO JOGO DECISIVO DOS QUARTOS-DE-FINAL. SEGUE-SE O CR LEÕES DE PORTO SALVO.

Texto: Nuno Miguel Simas Fotografia: João Pedro Morais

A equipa de futsal do Sporting CP apurou-se na última segunda-feira para as meias-finais da Liga, ao vencer o SC Ferreira do Zêzere por 3-1 no jogo três dos quartos-de-final e que ditava a equipa apurada para as últimas quatro resistentes na prova.

Na próxima fase, o Sporting CP vai discutir a passagem à final frente ao CR Leões de Porto Salvo, com o primeiro jogo este domingo na casa da equipa de Porto Salvo.

Os Tetracampeões Nacionais alcançaram o triunfo com toda a justiça, pois tiveram quase sempre a iniciativa do jogo e obrigaram a valorosa equipa visitante a ter de se remeter mais a trabalhos defensivos, nos quais mostrou enorme entreajuda para uma partida emocionante, na qual o Sporting CP teve de ‘puxar dos galões’ para seguir em frente na prova.     Com 12’34’’ para jogar, Rocha quase desviou para o fundo da baliza e na resposta, Djaelson Filho encostou junto à baliza, após lance na esquerda, e deu van-

26.05.2025

Liga – Quartos-de-final

Play-off – Jogo 3

Pavilhão João Rocha

SPORTING CP SC FERREIRA DO ZÊZERE

3 1

Zicky (12’)

1-1 ao intervalo

Djaelson Filho (8’)

Taynan (27’, 29’)

Sporting CP: Tomás Paçó, Zicky, Diogo Santos, Wesley, João Matos [C], Pauleta, Sokolov, Bernardo Paçó [GR], Andriy Dzyalo, Alex Merlim, Taynan, Rocha, Henrique Rafagnin [GR]. Treinador: Nuno Dias.

tagem à equipa do SC Ferreira do Zêzere, injusta para o muito maior caudal ofensivo da equipa verde e branca.

O Sporting CP tentou responder de imediato, mas na baliza da equipa visitante, mostrava-se a muito bom nível Pedro Martinho, com defesas atentas, mas sem possibilidades para um rasgo de génio de Zicky, que com 8’58’’ para o intervalo empatou, num esplêndido toque de calcanhar, depois de se enquadrar com a baliza após o guarda-redes Bernardo Paçó iniciar a jogada de ataque.

Os ataques do Sporting CP eram constantes, mas havia sempre uma perna, um braço do guarda-redes do SC Ferreira do Zêzere a evitarem que a produção atacante do conjunto de Nuno Dias acabasse em mais golos.   Intervalo e empate a um golo no marcador, num jogo em que o Sporting CP teve muito mais intencionalidade ofensiva, mas a entreajuda defensiva da equipa do SC Ferreira do Zêzere somada à menor eficácia de finalização dos Tetracampeões Nacionais, se conjugaram para a igualdade no final dos primeiros 20 minutos. No segundo tempo continuou o ascendente Leonino, mas os remates de Zicky, Merlim, Taynan e Diogo Santos tardavam em dar os resultados mais desejados em forma de golo, com a direcção ou Pedro Martinho a não permitirem a vantagem Leonina.

Com 15’40’’ para jogar, uma tentativa de chapéu do meio-campo de um jogador do SC Ferreira do Zêzere obrigou Bernardo Paçó a boa defesa, num jogo que tinha sentido único, jogado no meio-campo defensivo da equipa visitante.

do

Até que com 13’34’’ e depois de reposição lateral, o remate de Diogo Santos foi defendido com dificuldades por Pedro Martinho e na recarga, Taynan atirou para o 2-1. Pouco depois, em excelente contra-ataque e numa fase em que o jogo estava ‘partido’, Diogo Santos, servido por Pauleta, não conseguiu ultrapassar a oposição do guarda-redes do SC Ferreira do Zêzere.

Com cerca de 11’ para jogar Taynan fez o 3-1, após passe de Merlim. Com um remate colocado, o ala esquerdino do Sporting CP aumentou a vantagem Leonina, que poderia ter sido ampliada três minutos depois, num livre directo executado por Sokolov, após a sexta falta da equipa do SC Ferreira do Zêzere. A boa defesa de Pedro Martinho evitou nova festa da formação de Nuno Dias. Com 7’20’’ para jogar, o treinador do SC Ferreira do Zêzere pediu pausa técnica e voltou ao jogo já com guarda-redes avançado. A iniciativa pertenceu à equipa visitante, com a boa organização defensiva do Sporting CP a ‘dar cartas’ pela forma competente como se posicionou, e ainda com Bernardo Paçó muito atento na baliza e a assinar boas defesas. Em contra-ataque, o Sporting CP ainda teve por Tomás Paçó a oportunidade de fazer o quarto golo, que chegou a ser marcado quase de uma baliza à outra por Taynan, mas o golo foi invalidado,

quando deu a ideia de que a bola bateu na cara de Taynan e não no braço, a anteceder o pontapé do jogador Leonino para a baliza deserta da equipa visitante. Uma decisão que levou a protestos dos adeptos Leoninos.

O SC Ferreira do Zêzere ainda teve um remate à trave da baliza defendida por Bernardo Paçó

– magníficos sete minutos finais do guardião Leonino com várias defesas decisivas – num jogo em que o mais importante foi assegurado.

O Sporting CP está nas meias-finais da Liga e prossegue a defesa dos quatro títulos consecutivos alcançados em outras tantas edições anteriores da prova.

PAULO LUÍS: “PASSOU A MELHOR EQUIPA”

Paulo Luís, treinador-adjunto da equipa de futsal do Sporting CP, fez a análise ao triunfo, em declarações aos meios de comunicação do Clube.

“Primeira palavra para o SC Ferreira do Zêzere, fizeram uma excelente segunda volta, como agora o play-off, valorizaram esta eliminatória, valorizaram imenso a nossa passagem à meia-final. Obrigou-nos a vir ao terceiro jogo, que era uma situação inédita nas últimas épocas, por isso valorizaram imenso o nosso esforço”, afirmou.

“A eliminatória foram três jogos, todos eles dificílimos. Na primeira parte sentiu-se que a equipa estava um bocadinho ansiosa e permitiu que o adversário até passasse para a frente do resultado”, salientou.

Paulo Luís constatou o crescimento da equipa Leonina no segundo tempo: “Felizmente na segunda parte ficámos bem mais confortáveis com bola, criámos mais dificuldades e alargámos para uma vantagem de dois golos que depois permitiu gerir, uma situação normal num jogo de futsal que é o adversário meter o guarda-redes avançado, e aí tivemos, dentro do que tínhamos analisado, de defender, perceber a movimentação e acho que conseguiu-se dominar esse momento do jogo”.

O técnico fez, depois, o balanço da eliminatória. “No cômputo geral dos três jogos passou a melhor equipa, apesar do excelente desempenho do adversário”.

Taynan foi uma das figuras
jogo, ao marcar dois golos no triunfo dos Leões

MODALIDADES HÓQUEI EM PATINS

CONSISTÊNCIA NA ‘NEGRA’ CORRIGIU RUMO ÀS MEIAS-FINAIS DOS PLAY-OFFS

LEÕES DE EDO BOSCH ENTRARAM A GANHAR, FORAM MORTÍFEROS NAS TRANSIÇÕES E NUNCA TIVERAM A VITÓRIA EM CAUSA. FC PORTO É O ADVERSÁRIO QUE SE SEGUE.

Texto: Xavier Costa

Fotografia: João Pedro Morais

No embate decisivo, após uma vitória para cada lado, a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal bateu a AD Sanjoanense por 5-1, no último sábado, para assegurar um lugar nas meias-finais dos play-offs do Campeonato Nacional.

E, no Pavilhão João Rocha, não podia ter sido melhor a entrada em pista dos Leões. Ainda não se tinham cumprido os 30 segundos iniciais quando ‘Nolito’ Romero fez sair do seu stick um ‘míssil’ que só parou no fundo das redes para fazer o 1-0 – foi o 15.º jogo consecutivo (!) do argentino a marcar. O conjunto de São João da Madeira tentou reagir de imediato, mas não conseguiu encontrar o caminho para o golo, bem tapado – em última instância – por Ângelo Girão, que também levou a melhor numa bola parada por cartão azul a João Souto.

Já à entrada para os últimos dez minutos da primeira parte, os Leões retomaram o controlo e com eficácia máxima no ataque. Numa mera questão de segundos – absolutamente electrizan-

24.05. 2025

Campeonato Nacional Play-offs – Quartos-de-final Jogo 3 | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP AD SANJOANENSE

5 1

3-0 ao intervalo

Gonzalo Romero (1’), Facundo Bridge (17’), Toni Pérez (18’, 42’), João Souto (49’)

Luís Ferreira (36’)

Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], Rafa Bessa, Alessandro Verona, Roc Pujadas, João Souto, Toni Pérez, Facundo Bridge, Henrique Magalhães, Gonzalo Romero, Zé Diogo [GR]. Treinador: Edo Bosch. Disciplina: cartão azul para João Souto.

tes – duas recuperações de bola originaram, em poucos toques, dois golos Leoninos: a primeira, de ângulo apertado, foi concluída por Facundo Bridge e, logo a seguir, foi Toni Pérez com uma finalização de classe no cara-a-cara com o guardião.

Forte golpe na (acesa) partida e o 3-0 vigorou até ao intervalo porque, pouco depois, só o poste negou um golo de muito longe a João Souto.

Mais repartido seria o início da segunda parte, com boas ocasiões de parte a parte, mas sem golos nos primeiros dez minutos. Hugo Santos até falhou mais uma bola parada para a AD Sanjoanense, mas o conjunto nortenho reduziu mesmo a 14 minutos do fim, graças a uma stickada surpreendente de Luís Ferreira.

No entanto, o Sporting CP não deu qualquer esperança aos visitantes, porque com um toque subtil junto à baliza Toni Pérez ‘bisou’ para o 4-1 e, logo a seguir, Girão brilhou com uma excelente defesa. Estava trilhado o caminho verde e branco rumo às meias-finais dos play-offs do Campeonato Nacional, porém foi um golo de João Souto, num lance de insistência, a fechar as contas de uma exibição muito consistente.

Com este firme passo em frente, o Sporting CP já marcou encontro com o FC Porto nas ‘meias’, que já serão disputadas à melhor de cinco jogos – e os Leões têm a vantagem no factor casa, uma vez que acabaram melhor classificados (segundos) que os dragões (terceiros).

Nota: O primeiro embate com o FC Porto foi realizado na noite de ontem e o seu desfecho

foi conhecido já após a hora de fecho desta edição do Jornal Sporting

EDO BOSCH: “QUEREMOS CHEGAR

O MAIS LONGE POSSÍVEL”

Conseguida a passagem às meias-finais dos play-offs do Campeonato Nacional, o treinador da equipa de hóquei em patins do Sporting CP fez o rescaldo da vitória na ‘negra’. “Fizemos um jogo muito sério no ataque e na defesa. A AD Sanjoanense sabe o que faz, sai muito bem no contra-ataque, mas hoje praticamente anulámos tudo isso. Fizemos um jogo bem feito e, com paciência, rompemos a defesa adversária para criar uma vantagem justa pelo que foi a eliminatória”, resumiu. Agora, com o caminho traçado até às meias-finais, os Leões querem continuar a “fazer bem as coisas”, sublinhou o técnico.

“O FC Porto tem muito valor e grandes individualidades, mas nós também as temos e queremos chegar o mais longe possível”, garantiu Edo Bosch.

Toni Pérez mostrou os seus dotes de finalizador com um ‘bis’

MODALIDADES ATLETISMO

SPORTING CP DOMINA O REGRESSO DA TAÇA DE PORTUGAL DE ATLETISMO

COM VITÓRIAS EM 14 DAS 23 DISCIPLINAS DISPUTADAS NA MAIA, O SPORTING CP CONQUISTOU A TAÇA DE PORTUGAL DE ATLETISMO COM ENTREGA, ESPÍRITO COLECTIVO E UMA AFIRMAÇÃO CLARA DE FORÇA.

Texto: Filipa Santos Lopes

Fotografia: Eduardo Oliveira/ Kapta+

O Sporting Clube de Portugal voltou a mostrar a sua força no panorama do atletismo nacional ao vencer com autoridade a Taça de Portugal, cuja mais recente edição marcou o regresso da prova ao calendário competitivo. A competição teve lugar no último sábado no Estádio Dr. José Vieira de Carvalho, na Maia, e juntou alguns dos melhores clubes e atletas do país, em ambiente de verdadeira festa da modalidade.

Com um total de 156 pontos e triunfos em 14 das 23 disciplinas em disputa, os Leões dominaram colectivamente e reforçaram a tradição de excelência Leonina.

O SC Braga, com 103 pontos, e a Associação Jardins da Serra –Madeira, com 100, fecharam o pódio, numa jornada de forte intensidade competitiva. Entre os muitos destaques da prestação leonina esteve Loréne Bazolo, que venceu os 100 metros e integrou a estafeta 4x100 metros feminina que também cortou a meta em primeiro lugar. Mesmo depois de ter competido em Itália

a meio da semana, a velocista mostrou-se determinada a contribuir para o sucesso colectivo. “O balanço é muito positivo e o objectivo era vencer a Taça de Portugal. Passados 23 anos, conseguimos, com determinação e espírito colectivo evidenciados. Estamos de parabéns”, afirmou a atleta, em declarações citadas pelo portal da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA). Outro nome em evidência foi o de Tiago Ramos, vencedor na marcha atlética, que reforçou o sentimento de pertença ao representar o emblema de Alvalade. “Sentime muito bem durante a prova, que foi muito rápida, e é sempre uma grande honra representar o Sporting CP. Competir em Portugal, especialmente numa festa do atletismo como é a Taça de Portugal, é sempre muito especial”, apontou à FPA.

Já Paulo Reis, director-técnico da modalidade no Sporting CP, enalteceu o significado da conquista e a importância do regresso da competição, elogiando a organização do evento, um trabalho conjunto da FPA, da Câmara Municipal da Maia e da Associação de Atletismo do Porto.

“A FPA está de parabéns por ter recuperado a Taça de Portugal. O formato pode ainda ser ajustado, mas o mais importante é que a Taça está de volta. O Sporting CP aposta seriamente no atletismo, desde a formação até ao alto rendimento. Todos os desafios colectivos que surgem procuramos estar representados ao mais alto nível e lutar pelas vitórias, que foi exactamente o que fizemos”, referiu, também citado pelo portal do organismo que tutela a modalidade.

A conquista da Taça de Portugal vem assim reforçar o compromisso do Clube com o atletismo e com os valores do esforço, da dedicação e da devoção que aceleram até à glória, a desejada meta.

O domínio Leonino na Taça de Portugal de Atletismo fez-se sentir em várias frentes, da velocidade ao meio-fundo, passando pelos saltos e pelos lançamentos. Prova disso são os resultados alcançados.

Disciplinas vencidas pelo Sporting CP

Masculinos

4x100m: Estafeta

Lançamento do peso: Tsanko Arnaudov

Salto com vara: Carlos Pitra

1500m: Nuno Pereira

Lançamento do dardo: João Fernandes

5000m marcha: Tiago Ramos

Salto em comprimento: André Pimenta

5000m: Rúben Amaral

100m (extra)*: Willian Costa

Femininos

100m: Loréne Bazolo

400m: Carina Vanessa

4x100m: Estafeta

Salto em comprimento: Evelise Veiga

Lançamento do disco: Liliana Cá

Lançamento do martelo: Catarina Flor

100m (extra)*: Beatriz Andrade

Restantes resultados do Sporting CP

Masculino

100m: Carlos Nascimento (2.º lugar)

400m: Rui Serras (2.º lugar)

100m (extra)*: Igor Oliveira (2.º lugar)

100m (extra)*: Guilherme Mendo (3.º lugar)

Feminino

1500m: Petja Klojcnik (2.º lugar)

3000m obstáculos: Stela Fernandes (4.º lugar)

Salto em altura: Anabela Neto (2.º lugar)

3000m marcha: Carolina Costa (3.º lugar)

5000 metros: Diana Fernandes (5.º lugar)

100m (extra)*: Patrícia Rodrigues (2.º lugar)

100m (extra)*: Mariana António (4.º lugar)

*prova extra, sem efeito na classificação.

Loréne Bazolo venceu os 100m femininos
Sporting CP subiu ao mais alto lugar do pódio na Taça de Portugal de Atletismo

MODALIDADES ATLETISMO

KIDS ATHLETICS PARA PROMOVER O GOSTO PELO ATLETISMO

INICIATIVA JUNTOU CERCA DE 100 ATLETAS, ENTRE SUB-14, SUB-12 E SUB-10 NA PISTA MONIZ PEREIRA.

Texto: Nuno Miguel Simas Fotografia: Sérgio Martins

No mesmo dia em que a equipa de futebol se sagrou Bicampeã Nacional, a pista Moniz Pereira recebeu, da parte da manhã, a 5.ª edição do Kids Athletics, um evento que visa promover desde bem cedo o gosto pela prática desportiva e, mais em concreto, pelo atletismo.

Cerca de uma centena de jovens com idades compreendidas entre os escalões sub-10 e sub-14 juntaram-se para praticar desporto

em equipa, mas sobretudo de forma lúdica, numa acção que ‘aguça’ o apetite para mais atletismo num futuro a muito curto prazo. Foi, no meio do relvado do estádio onde está situada a pista que decorrerem muitas provas, sempre num espírito de muito boa disposição e, ao mesmo tempo, de competitividade, pois ninguém entrou para perder e todos quiseram ganhar.

Paulo Reis, coordenador de atletismo do Sporting CP, ficou muito agradado pela boa adesão dos jovens ao Kids Athletics, tradu-

zido para português, atletismo para crianças e partilhou com o Jornal Sporting o balanço da iniciativa. “O Kids Athletics é uma ideia implementada pela World

Athletics e que correu muito bem. Houve corridas, provas de estafetas, provas de espírito mais livre, num formato que queremos continuar e em que há potencial para envolver mais crianças. Nesta edição foram cerca de 100, vários do Sporting CP, de outros clubes e escolas e ainda de Núcleos do Sporting, casos de Almada e de Minde”, recordou.

Paulo Reis confia que o futuro pode trazer mais jovens, numa iniciativa em que os horizontes de participação são os mais largos possíveis. “Temos a intenção de ter neste evento miúdos não federados e envolver ao máximo as escolas, para que que se possa motivar para a modalidade”, explicou.

O Sporting CP tem um vasto número de atletas federados no atletismo e os números não são para ficar por onde estão agora. “Temos 580 atletas federados no Sporting CP, mas temos a ambição de mais e sabemos que podemos fazer mais. Este evento [Kids Athletics] pode captar novos praticantes para o Sporting CP”, advogou, complementando a ideia com o desejo de crescer através de mais filiações no Clube ou de atletas que queiram dedicar-se ao atletismo: “O aumento do número de federados permi-

te mais sucesso na captação de talentos”.

José Polido, treinador do Núcleo do Sporting do Jamor até aos sub-14, também falou ao Jornal Sporting sobre os contornos do Kids Athletics.

“A iniciativa foi muito boa, é sempre bom para a marca Sporting. Este tipo de eventos traz muito entusiasmo, aqui trabalha-se mais por equipa e é sempre uma actividade do agrado deles. Não é atletismo formal e isso traz entusiasmo. Os miúdos que apareceram foi desde os benjamins aos infantis (sub-14), num evento aberto, que contou com vários clubes e escolas da região da Lisboa. O Sporting CP é uma excelente marca, um clube vanguardista, que aposta muito na formação e este evento enquadra-se muito bem na filosofia do Clube”.

Começar a criar contacto entre o atletismo e os jovens através da partilha dos fundamentos de iniciativa de um deporto que engloba os princípios fundamentais de muitos outros desportos: a corrida e o salto – desperta um interesse natural para um evento em parceria com a Associação de Atletismo de Lisboa, que visa promover o estímulo pela actividade física.

O Kids Athletics motivou grande entusiasmo entre as crianças
Praticar atletismo desde tenra idade é um dos propósitos da iniciativa

MODALIDADES VOLEIBOL

SPORTING CP

LEVA O VOLEIBOL

AO COLÉGIO PLANALTO NUMA ACÇÃO INESQUECÍVEL PARA OS MAIS NOVOS

TREINADORES E ATLETAS DAS EQUIPAS SENIORES LEONINAS PARTILHARAM A SUA EXPERIÊNCIA COM DEZENAS DE ALUNOS, NUM DIA MARCADO POR MUITOS SORRISOS, INSPIRAÇÃO E VOLEIBOL À SPORTING CP.

Texto: Filipa Santos Lopes Fotografia: Sporting CP

O Sporting Clube de Portugal voltou a unir esforços com o Colégio Planalto para promover o desporto junto das camadas mais jovens, desta vez com foco no voleibol. A iniciativa, realizada a 21 de Maio último, contou com a presença de treinadores e atletas do universo do voleibol Leonino. E transformou-se num dia repleto de partilha, alegria e inspiração. Numa jornada longa mas divertida, os alunos do 3.º ao 6.º ano de escolaridade tiveram assim o privilégio de interagir com referências da modalidade, como João Coelho e Rui Pedro Silva, técnicos das equipas seniores masculina e feminina, respectivamente. Uma oportunidade rara, que ambos consideraram essencial não apenas para aproximar os mais novos ao voleibol mas também para lhes incutir valores como a ética, o compromisso e a paixão pela prática desportiva.

“É um prazer muito grande que os próprios atletas se voluntariem para este tipo de actividades. Quem chega a este patamar de rendimento precisa de ter este tipo de valores e de inspirar os

mais novos à prática desportiva. Por isso, são iniciativas excelentes, às quais aderimos com muito gosto e com muito sentido de responsabilidade”, afirmou João Coelho.

Já Rui Pedro Silva destacou a importância da acção na captação de mini atletas. “Temos um projecto chamado do Topo para a Base, onde estão os coaches do staff feminino. Portanto, é muito importante que as referências – que são as equipas seniores, aquelas que os miúdos vão ver aos jogos – estejam mais próximas do minivoleibol”, destacou. Também quatro dos recém-campeões nacionais se juntaram à iniciativa. Edson Valencia, Armando Velasquez, Jonas Aguenier e Tiago Barth foram os “professores” do dia, numa sessão onde se transmitiram conhecimentos, mas sobretudo proporcionaram momentos de alegria inesquecíveis.

“A nível pessoal é muito especial, porque gosto muito das crianças, gosto muito deste ambiente e os meus filhos têm idades muito similares. Conseguir transmitir-lhes que o desporto é alegria e união é muito importante, porque é uma base fundamental para um bom crescimento, tanto a nível físico como psicológico”, referiu Edson

Valencia, secundado pelo compatriota Armando Velasquez. “É importante para o Clube e sobretudo para os miúdos, que podem optar por praticar voleibol, ou qualquer desporto que seja”, reforçou o distribuidor de 36 anos.

Jonas Aguenier, por seu lado, recorreu à memória para sublinhar a importância de convívios como este.

“Estou a devolver aquilo que recebi em criança. Lembro-me muito bem de quando um jogador profissional foi à minha escola e jogámos juntos. A mensagem é só uma: ‘divirtam-se’. É o que fazemos também como profissionais, divertir-nos. Se não nos divertirmos, já não vale a pena”, partilhou. Já Tiago Barth destacou a importância de levar o voleibol a

palcos onde o desconhecem.

“É muito importante estar aqui, passar um pouco da nossa experiência e plantar neles a sementinha do voleibol. Muitos aqui não conheciam a modalidade, tanto que fizeram muitas perguntas sobre regras, o que é que se pode e não se pode fazer. Foi muito bom Espero que daqui saia algum jogador de voleibol”, manifestou o brasileiro.

Com a modalidade em crescimento, o director do Colégio Planalto, Ricardo Roque Martins, destacou o impacto da parceria com o Sporting CP e a inspiração que os atletas representam para os alunos.

“São atletas de carne e osso – ou seja, que falam com eles de uma realidade muito humana, a do esforço diário necessário. Porque

não nasceram campeões, as coisas não acontecem assim. Esta experiência permite perceber que há muito esforço e muito trabalho envolvido. Naturalmente, os alunos admiram imenso estes atletas e querem chegar ao seu nível. E isso, para nós, do ponto de vista pedagógico, é um incentivo extraordinário”, apontou.

Contas feitas, a acção foi um sucesso, aprovada a 100% pelos verdadeiros protagonistas do dia: os jovens Leões. “Aprendi muito” foram, por isso, as palavras de ordem, debaixo de muitos gritos pelo Sporting CP e de um enorme entusiasmo. A parceria entre o Clube e o Colégio Planalto continua a dar frutos e promete manter viva a missão de promover o desporto e inspirar as novas gerações Leoninas.

Energia, união e inspiração: alunos do Colégio Planalto posam com atletas e equipa técnica da equipa masculina de voleibol do Sporting CP
Rui Pedro Silva, treinador da equipa feminina de voleibol do Sporting CP, num momento de partilha com os alunos do Colégio Planalto

2.º Milana Tkachenko 5.º Larissa Vieira

Compound 6.ª prova Camp. Nac. Campo Seniores 2.º Johana Oliveira TRIATLO MASCULINO Elites Taça Europa Olsztyn

João Costa” Absolutos

1.º João Costa 570-16x 8.º João Gouveia 535-5x

P25 m Troféu “Os Campeões João Costa” Absolutos 4.º João Costa 569-13x

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