

Há quem considere que tocar violino estimula ainda mais a capacidade intelectual do que outras actividades.
É o menor e mais agudo dos instrumentos da sua família e, originalmente, as suas cordas eram feitas de tripas de animais.
Para muitos, o violino é um instrumento fascinante cuja singularidade reside na forma como é tocado, ou seja, com perfeição.
Para a família Sportinguista, falar deste instrumento musical
é viajar na História até aos anos 40 e recordar o jornalista, e mais tarde treinador, Tavares da Silva que designou de Cinco Violinos a linha avançada da equipa principal de futebol verde e branca.
A designação Cinco Violinos foi utilizada para destacar a harmonia e a excelência do futebol praticado pelos cinco jogadores e ficaria, assim, perpetuada no tempo.
Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano compunham o quinteto que marcou, para sempre, a História do Clube com a conquista do primeiro Tricampeonato do futebol nacional.
Amanhã, a família verde e branca volta a reunir-se para dar as boas-vindas à equipa principal de futebol no jogo de apresentação da época 2025/2026 em mais uma edição daquele que é um Troféu de emoções.
No Troféu Cinco Violinos recordamos e homenageamos aqueles que, de Leão ao peito, defenderam os valores e as cores do Clube e deixaram um legado de Glória, união e excelência.
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18 DE JULHO DE 1982 ASSINALOU O TÍTULO DE CAMPEÃO COM FINAL APOTEÓTICO EM CASA E GOLEADA DIANTE DO VALONGO POR 12-2.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografia: Museu Sporting –Centro de Documentação
No antigo Pavilhão do Sporting CP, junto ao Metro e ao Bingo, a 18 de Julho de 1982, jogava-se a última jornada do Campeonato Nacional de hóquei em patins, com a forte probabilidade de tudo se decidir na diferença de golos marcados e sofridos, uma vez que Sporting CP e SL Benfica entravam para a última ronda em igualdade pontual. Ao Sporting CP cabia defrontar em casa o Valongo, uma das boas equipas do Campeonato, mas sem aspirações de ser campeã e no pensamento Leonino estava, apenas, ganhar o jogo, se possível com o máximo de golos anotados, para não ficar a depender em nada do
que o rival SL Benfica fizesse no jogo em que era interveniente. A diferença de golos marcados era de 25 em relacção ao SL Benfica, mas nada como dissipar toda e qualquer dúvida com um fecho com chave de ouro do Campeonato e vitória por 12-2 frente ao adversário.
O Jornal Sporting da edição desta conquista do Campeonato Nacional detalhava assim o conjunto Leonino: “A veterania de Ramalhete, Chana, Sobrinho e José e Vítor Rosado; combinada com a espantosa classe dos jovens Trindade, Luís Nunes, Realista, Parreira e Alexandre, sob a direcção esclarecida de Livramento, coadjuvado por Vítor Ferreira, agregou resultados espectaculares. O Sporting CP foi a equipa mais regular durante todo o Campeonato,
a que marcou mais golos e a que menos sofreu e por isso chegou ao final da competição à frente da tabela classificativa – posição que de resto, ocupou deste a primeira jornada. Aqueles que, há trinta jornadas – e mesmo mais recentemente vaticinavam o triunfo dos nossos “rivais”, não contaram com a determinação, a vontade de trabalhar, a aplicação nos treinos, a ambição e a humildade que caracterizavam os verdadeiros Campeões. Agora, os resultados estão à vista e é a hora de festejar, mas sem esquecer, a dureza do caminho que houve que percorrer, para que se tirem as necessárias ilações!”
António Livramento, o homem do leme do título, ou seja, o treinador da equipa Leonina, sintetizou o sentimento do título de Campeão ao Jornal Sporting e que agora recordamos: “É motivo de satisfação, naturalmente, chegar- se ao fim de um ano de intenso trabalho e vê-lo coroado de êxito. Comprovouse, creio eu, que estavam errados
todos quantos, no início da época, atribuíram favoritismo ao SL Benfica, considerando-o imbatível a nível nacional. Não há equipas imbatíveis, sobretudo se depararem com conjuntos humildes, que trabalham intensamente e com espírito de ambição. Foi o caso do Sporting CP, que associando a experiência de uns com a juventude de quatro atletas de 18 anos, formou uma equipa coesa. Os frutos deste trabalho estão agora à vista.” E, referindo-se aos jogadores, acrescentou Livramento: “Fomos sempre humildes. Quando perdemos, procurámos analisar os nossos erros para os corrigirmos. Estão de parabéns os jogadores, a quem dirijo o meu agradecimento pela sua colaboração e apego ao treino, durante todo o ano”.
Ramalhete, guarda-redes do Sporting CP e que, à data, era considerado dos melhores do Mundo, falou na altura de um título bem difícil: “Foi um dos campeonatos mais difíceis que já disputei. O segundo classificado terminou com o mes-
mo número de pontos o que atesta bem as dificuldades que tivemos. O que, evidentemente, só contribui para que tenhamos ainda uma maior satisfação, porque esta vitória foi fruto de enormes sacrifícios. No fim, a vitória acabou por pertencer à melhor equipa portuguesa”. Na bancada, estava Gilberto Borges, antigo coordenador de hóquei em patins do Clube, que recordou ao Jornal Sporting uma tarde memorável culminada com o título. “Estava uma casa cheíssima. O Chana marcou golos extraordinários (quatro), não tivemos problemas com esse jogo, mas foi um resultado acima das expectativas, pois o Valongo tinha uma boa equipa. 12-2 não era o resultado mais esperado, acontece poucas vezes, mas naquele dia o Sporting CP estava mesmo muito inspirado. Esta equipa era a da fase final do Chana, ele fez quatro golos e ainda deu outros a marcar. Era um jogador tremendo. Estava ‘louco’ nessa época, que foi a última dele no Sporting CP, se bem me lembro. Tinha Chana 30 anos”, recordou.
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Treina com quem desperta o melhor em ti.
VAGAS LIMITADAS
Aikido, Andebol, Atletismo, Basquetebol, Bilhar, Boxe, Capoeira, Desporto Adaptado, Esgrima, Esports, Futsal, Ginástica, Goalball, Golfe, Hipismo, Hóquei em Patins, Judo, Karate, Kempo, Kickboxing, Natação, Patinagem de Velocidade, Paintball, Pentatlo Moderno, Pesca Desportiva, Polo Aquático, Rugby, Surf, Skate, Taekwondo, Ténis de Mesa, Tiro, Tiro com Arco, Triatlo, Voleibol, Xadrez
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REFORÇO DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL PARA ATACAR O TRICAMPEONATO, GIORGI KOCHORASHVILI SENTE JÁ TER ENCONTRADO O SEU LUGAR NO PLANTEL LIDERADO POR RUI BORGES. COM UMA MENTALIDADE FORTE, UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO QUE CRUZA GEOGRAFIAS E UMA VISÃO PROFUNDAMENTE HUMANA DO FUTEBOL, O NOVO 14 LEONINO PROMETE DAR TUDO DENTRO E FORA DE CAMPO. EM ENTREVISTA EXCLUSIVA AO JORNAL SPORTING, O GEORGIANO FALA DA ADAPTAÇÃO AO CLUBE, DA IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL E DA MISSÃO QUE O MOVE: DEIXAR UMA MARCA, NÃO APENAS NOS RELVADOS, MAS TAMBÉM NAS PESSOAS.
Texto: Filipa Santos Lopes
Fotografia: José Lorvão
Olá, Giorgi. Bem vindo ao Sporting Clube de Portugal. Peço lhe que imagine que esta conversa não a está a ter comigo, mas sim com o menino que começou a jo‑ gar futebol na Geórgia há alguns anos. O que lhe diria agora, que vive os primeiros dias num emblema de topo europeu?
Esse menino sempre sonhou com isto e trabalhou muito para o conseguir. O mais importante seria dizer-lhe para continuar a desfrutar como fazia em criança, porque, independentemente do campeonato em que se joga, o futebol não muda. Tem de correr atrás da bola, tem colegas que o ajudam… Não muda muito, mas muda muito também. Dirlhe-ia que, apesar das dificuldades que vai enfrentar, porque vão existir, tem de acreditar em si e tudo acabará por correr bem. E agora também me digo a mim mesmo que devo estar tranquilo, trabalhar muito, esforçar-me, porque os colegas e o Clube vão ajudar-me a estar ao meu nível
e a adaptar-me rapidamente a um clube como o Sporting CP.
O acordo foi fechado há cerca de seis meses, mas de morou algum tempo a ‘tornar se real’, por assim di zer. Como viveu esse período de espera até chegar ao Sporting CP?
A verdade é que gosto muito de viver o presente. Sempre disse que se a cabeça estiver no futuro ou no passado, nos tira o que temos agora. Depois de assinar com o Sporting CP, continuei a vestir a camisola do Levante UD e respeito muito o clube, que me deu imenso. Por isso, seria errado pensar noutra coisa. Claro que me motivava a ideia de, na época seguinte, poder jogar com a camisola do Sporting CP, mas é fundamental valorizar tudo o que um clube nos dá. Nessa altura, só queria ajudar o meu ex-clube, que estará sempre no meu coração, a alcançar o sonho de subir à Primeira Divisão espanhola. Sabia que, quando aqui chegasse, a minha cabeça estaria totalmente focada, primeiro em adaptar-me à equipa e, depois, em contribuir para al-
cançar os grandes objectivos que este escudo representa. “SABIA QUE, QUANDO AQUI CHEGASSE, A MINHA CABEÇA ESTARIA TOTALMENTE FOCADA, PRIMEIRO EM ADAPTAR-ME À EQUIPA E, DEPOIS, EM CONTRIBUIR PARA ALCANÇAR OS GRANDES OBJECTIVOS QUE ESTE ESCUDO REPRESENTA”
Foram precisamente esses objectivos a maior motiva ção para assinar com o Sporting CP? Sim, sempre sonhei com a experiência de estar num Clube tão grande, que joga sempre para ganhar. Sempre tive essa mentalidade vencedora e, no último ano, conseguimos alcançar o objectivo traçado. Mas, antes disso, nos clubes por onde passei, sofri muito por não ser assim. Por isso,
mudar para uma realidade como esta era o meu objectivo. Quero adaptar-me a esta filosofia de depois de ganhar um jogo, não pensar mais nesse jogo, pensar imediatamente no seguinte. Depois de conquistar um título, pensar logo em como conquistar o próximo. Essa é a mentalidade que me fascina. Isto nunca para. Temos de pensar sempre à frente.
E sente que este é o maior desafio da sua vida até agora?
Não sei se lhe chamaria desafio. Sinto-me, acima de tudo, um sortudo por estar aqui, por partilhar o balneário com colegas tão grandes. Já referi isto antes: ao fim de dois dias sentia-me como se estivesse neste Clube há muitos anos, e isso não é fácil de alcançar. Por isso, não vejo isto tanto como um desafio. Em parte, sim; por outro lado, não. O que pretendo mesmo é aproveitar cada dia, dar o meu máximo e concentrar-me apenas naquilo que posso controlar. A minha equipa e eu temos de estar focados nos nossos objectivos diários, treino a treino, jogo a jogo, até alcançarmos a grande meta.
Como foi o primeiro contacto com Rui Borges? Já o vi mos muito bem integrado com os seus colegas, mas pa rece que todo o staff o recebeu de forma excepcional. É como diz. Não só o staff, mas todo o Clube. Os colegas, claro, e também o treinador. Vejo nele uma pessoa magnífica. Para mim, o mais importante são sempre as pessoas. Acredito que encaixámos muito bem. Tive a sorte de chegar aqui e estar rodeado de pessoas fantásticas.
E já o vimos, por exemplo, abraçado a Jeremiah St. Juste, a participar nos jogos de equipa antes do trei no… Parece já estar completamente integrado com os seus colegas.
Sim, como dizia há pouco, depois de uma ou duas semanas, sinto-me como se já cá estivesse há três ou quatro anos. Facilitaram-me muito a adaptação, acolheram-me como um irmão. Alguns membros do staff, pessoas mais velhas, acolheram-me mesmo como a um filho. E isso é algo muito grande que o Sporting CP tem. Sabia que estava a chegar a um grande Clube, claro, mas o que mais me surpreendeu, e agora percebo o porquê de tantos sucessos, foi o lado humano. Isso é algo que merece ser valorizado. Por isso, acredito que o Sporting CP está muitos níveis acima no modo como trata quem está dentro do Clube. E, para mim, isso é o mais importante.
“FACILITARAM-ME MUITO
A ADAPTAÇÃO, ACOLHERAM-ME COMO UM IRMÃO. ALGUNS MEMBROS DO STAFF, PESSOAS MAIS VELHAS, ACOLHERAM-ME MESMO COMO
A UM FILHO”
Não sei se teve já a oportunidade de conhecer o Estádio José Alvalade, mas imagino que esteja ansioso por sen tir o apoio dos adeptos, que estão com a equipa em todo o lado. Já lhe falaram dessa paixão dos Sportinguistas? Sim, já vi e ouvi falar imenso dos nossos adeptos. Além disso, gosto de perguntar, de saber. Estou ansioso por pisar o relvado e sentir esse impacto, aquela sensação de que, mesmo quando já não conseguimos dar mais, os adeptos nos empurram. Na Selecção da Geórgia, também temos adeptos incríveis e a sua presença nota-se mesmo, principalmente quando não conseguimos dar o máximo… É nesse momento que o apoio faz toda a diferença. Quero muito sentir isso em Alvalade, sentir o que significa vestir
esta camisola e saber que, atrás de mim, não está só um jogador, estão não sei quantos milhares a jogar connosco.
“QUERO MUITO SENTIR ISSO EM ALVALADE, SENTIR O QUE SIGNIFICA
VESTIR ESTA CAMISOLA E SABER
QUE, ATRÁS DE MIM, NÃO ESTÁ SÓ UM JOGADOR, ESTÃO NÃO SEI QUANTOS MILHARES A JOGAR CONNOSCO”
Em breve terá a oportunidade de viver esse ambiente. A apresentação aos Sócios e adeptos não será em Casa, mas num palco onde, há pouco mais de um mês, o Clube terminou a época a celebrar uma conquista. Acredita que pode ser um tónico para o que aí vem? Seria muito bonito. Seria muito bonito começar e acabar a época no Jamor.
E o primeiro jogo oficial também está muito próximo: será frente ao SL Benfica, um dérbi, um daqueles jogos que todos os jogadores gostam de disputar. Como en cara essa partida? E como sente o grupo em relação a esse primeiro teste?
Sinto o balneário muito tranquilo e confiante. E isso transmite-me essa mesma tranquilidade e confiança. Sabemos que é um grande jogo quando se defronta uma equipa da nossa cidade. Espero desfrutar muito desse momento e, claro, quando se vence, o prazer é a dobrar. Acredito que estamos preparados, e que estaremos ainda mais, até lá.Parte inferior do formulário
Quando chegou, descreveu se como um jogador muito polivalente, sempre disponível para ajudar o colega. Disse algo como: “Se um lateral precisar de ajuda, lá estarei; se um extremo precisar de um passe, vou fazê lo”. Acredita que esse perfil colectivo é o seu contribu to mais valioso para a equipa?
Estou aqui para acrescentar pequenas coisas, dentro do meu perfil. Em campo, quando temos posse, gosto de estar presente, próximo dos colegas, para ajudar na saída de bola e chegar mais à área. Também aí quero contribuir com a minha força. No fim de contas, o futebol é algo simples, mas jogar simples é o mais difícil. Vou tentar fazê-lo da forma mais natural possível.
“EM CAMPO, QUANDO TEMOS POSSE, GOSTO DE ESTAR PRESENTE, PRÓXIMO DOS COLEGAS, PARA AJUDAR NA SAÍDA DE BOLA E CHEGAR MAIS À ÁREA”
Já partilhou que tem no Capitão América uma referên‑ cia. Sabemos que a sua história de superação o inspira bastante, e que o homenageia quando marca um golo. Mas quando é que a personagem ganhou esse impacto na sua vida?
Começou há cerca de um ano, no arranque da época, depois do Europeu de 2024. Nessa altura, falava muito com pessoas próximas, porque felizmente tenho muita gente à minha volta que me ajuda, sem a qual não teria conseguido o que alcancei nos últimos anos. Contava-lhes a minha história, o que tinha vivido, os pensamentos inúteis que todos temos no dia-a-dia… E como os fui transformando em pensamentos úteis, que me ajudaram a acreditar mais em mim mesmo. Queria encontrar uma forma de ajudar outras pessoas que talvez precisem ainda mais do que eu neste momento. Porque há muita gente, e muitos miúdos, e quando digo miúdos incluo-me, a quem sempre disseram que não eram suficientemente fortes, que não eram suficientemente bons para alcançar algo grande. Quero mostrar, com tudo o que faço, que se eu consegui, eles também podem conseguir. A celebração surgiu disso. Alguém me disse: “Olha o Capitão América, que quando quis entrar no exército, não o deixaram”. Ele não tinha força… mas tinha coragem. E uma das mais mais-valias é essa: ter coragem, aconteça o que acontecer. Com >>
>> coragem, conseguimos alcançar muita coisa. Foi isso que me inspirou. E, espero eu, poderá inspirar muitos outros a acreditarem que é possível.
A verdade é que a sua trajectória também conta uma história muito semelhante. Começou a jogar no seu país, depois foi ainda muito jovem para um país total mente diferente, com uma língua que não dominava. Foi subindo aos poucos, jogando em clubes cada vez mais competitivos, até conquistar a Segunda Liga es panhola. Agora, aos 26 anos, assina por um Clube com objectivos distintos e que disputa a UEFA Champions League. Acredita que todo este caminho o preparou para o nível de exigência que vai encontrar agora?
A exigência no futebol existe em qualquer lugar, jogue-se na quinta divisão ou na primeira. O futebol é sempre o mesmo: jogamos para ganhar e para não sofrer golos. Mas, felizmente, é verdade que na Selecção e pelo trabalho que fiz, fui jogando partidas de alto nível. A Segunda Liga espanhola não é fácil, e tive a sorte de aprender muito com ela. Claro que todos sonham jogar na Primeira Divisão, mas, muitas vezes, a vida mostra-nos outro caminho. Diz-nos: “Não vás já para ali, vai antes por aqui”. E, se formos capazes de aprender, durante esse caminho alternativo, a oportunidade acabará por surgir. Todos os obstáculos que tive foram oportunidades para melhorar. Foi isso que me tornou no jogador que sou hoje. Há quatro anos não estaria preparado. Há três, talvez também não. Tudo tem o seu tempo. Se estou aqui agora, é porque estou preparado.
“HÁ QUATRO ANOS NÃO ESTARIA PREPARADO. HÁ TRÊS, TALVEZ TAMBÉM NÃO. TUDO TEM O SEU TEMPO. SE ESTOU AQUI AGORA, É PORQUE ESTOU PREPARADO”
Referiu agora a Selecção. Como foi estar num palco gi
gantesco como o Campeonato da Europa? Tem boas re cordações frente a Portugal… Foi algo completamente novo para todo o país. Quando conseguimos o apuramento, o nosso pensamento já estava em jogar a fase final do Europeu, porque antes víamo-la apenas na televisão. Comentávamos entre nós que era a nossa grande oportunidade e que tínhamos apenas de a aproveitar. Mas para aproveitar é preciso estar-se preparado, e acredito que nos preparámos bem. Ganhar a Portugal não é fácil, até porque neste momento a Selecção Portuguesa é, para mim, a melhor da Europa. Depois, são quatro jogos que valem por cem jogos normais, tal é a experiência que proporcionam. Jogar a esse nível é algo que nos dá uma bagagem enorme. Fiquei muito contente, e estou certo de que vamos conquistar ainda mais. E quando digo mais, quero dizer chegar a um Campeonato do Mundo. Oxalá seja possível.
Pertence a uma geração que está a fazer história no futebol georgiano. Como sente essa responsabilidade? O que mais me alegra é ver os campos e os estádios cheios de crianças a jogar futebol. Isso não é fácil de conseguir. As pessoas inspiram-se quando algo corre mesmo bem. Por isso, tentamos fazer as coisas da melhor forma, para que a próxima geração seja ainda melhor do que a nossa. O nosso objectivo não é apenas fazer História, “ser grandes”, ter um nome reconhecido na Geórgia. O nosso objectivo é que tudo o que fazemos seja útil para aqueles que nos vão suceder, que também vão vestir a nossa camisola. Nem estes jogadores nem estes treinadores vão continuar para sempre na nossa Selecção. Mas a camisola tem de continuar no topo. E o menino que sonha em lá chegar tem de sentir que, para a vestir, precisa de trabalhar, de sonhar ainda mais alto. Isso vai ajudar-nos a alcançar ainda mais sonhos com o nosso país.
Acha que assinar pelo Sporting CP, e ter outros compa‑ triotas em equipas de alto nível, também pode contri buir para essa evolução do futebol georgiano? Claro. E muito. Hoje, um menino georgiano, e não o digo
com desprimor, já não tem uma fotografia do Kylian Mbappé no quarto. Tem do Khvicha Kvaratskhelia, que joga no Paris Saint Germain, ou do Giorgi Mamardashvili, que está no Liverpool FC. Os miúdos pensam: “Se ele nasceu no mesmo país que eu e conseguiu isto, porque é que eu não hei-de conseguir também?” E assim trabalham ainda mais. Acredito que este é o caminho. Estou certo de que as gerações que vêm a seguir serão ainda melhores do que a nossa. É esse o nosso objectivo. Quando falo com os meus colegas da Selecção, digo-lhes sempre: “Nós vamos fazer as coisas bem feitas, mas temos de garantir que os que vêm depois fazem ainda melhor do que nós”. Só assim sentiremos verdadeiro orgulho, não só por termos alcançado coisas importantes, mas por termos contribuído para que os nossos miúdos conquistem muito mais.
O Giorgi parece ter uma mentalidade muito forte. Sei que tem trabalhado também o lado mental, que tenta controlar as emoções e desenvolver se fora do campo, não apenas dentro dele. O que o levou a procurar ajuda profissional nesse processo?
Sempre tentei trabalhar o meu cérebro, porque é o nosso órgão mais importante. Mas nunca o fiz com um profissional. Hoje, aconselho toda a gente a procurar um profissional se querem melhorar algum aspecto na sua vida. Eles sabem muito mais do que nós. No meu caso, a culpa foi da minha companheira, e digo culpa no bom sentido. Ajudoume muito. Estava a passar por uma fase difícil no Levante UD e foi ela quem me disse: “Porque é que não procuras ajuda? Alguém de fora que te possa ajudar a conectar mais com o jogo e contigo mesmo?”. Porque, muitas vezes, um jogo afectava-me tanto que eu me fechava no quarto e não queria sair. Depois de um mau jogo, era mesmo difícil. As pessoas não sabem, mas quando jogamos temos centenas de pensamentos ao mesmo tempo. “Será que fiz bem? Será que fiz mal? Será que os meus colegas confiam em mim? Podia ter marcado aquele golo…” O que aprendi foi a gerir os meus pensamentos, a ser mais positivo no dia-a-dia, a estar mais concentrado. E, por exemplo, para marcar penáltis ou bater livres, é essencial estar calmo. Trabalhar o lado mental ajudou-me a reencontrar o miúdo que jogava com os amigos e se divertia.
“AS PESSOAS NÃO SABEM, MAS QUANDO JOGAMOS TEMOS CENTENAS DE PENSAMENTOS AO MESMO TEMPO. “SERÁ QUE FIZ BEM? SERÁ QUE FIZ MAL? SERÁ QUE OS MEUS COLEGAS CONFIAM EM MIM? PODIA TER MARCADO AQUELE GOLO…” O QUE APRENDI FOI A GERIR OS MEUS PENSAMENTOS, A SER MAIS POSITIVO NO DIA-A-DIA, A ESTAR MAIS CONCENTRADO”
Recentemente, deu uma palestra a jovens georgianos, onde falou sobre a importância de trabalhar o lado mental para elevar o rendimento desportivo. Que con selho deixaria agora aos mais novos, os jovens que es tão a fazer a pré época consigo, ou aos que treinam to dos os dias na Academia Cristiano Ronaldo com o sonho de um dia chegar à equipa principal?
Acredito que devem ouvir os profissionais, porque este Clube oferece todas as condições para que um jovem se torne melhor jogador. É por isso que saem daqui grandes talentos.
Não posso dar muitos conselhos, porque há profissionais que os poderão ajudar muito mais do que eu. Mas, se sentirem necessidade, se estiverem à procura de ajuda, falem abertamente. Isso pode fazer toda a diferença. Acredito que há uma geração de jovens muito boa no Sporting CP, como sempre houve, que estarão rodeados de pessoas que os vão orientar para o bom caminho.
Já teve oportunidade de conhecer Lisboa? Chegou e começou logo a treinar, depois viajou com a equipa para o estágio de preparação para o Algarve… Para mim, o mais importante, neste momento, é conectar-me com os adeptos. Não é fácil encontrar um país onde se ama tanto o futebol e onde esse sentimento é tão profundo. Quero viver isso. Claro que terei tempo para conhecer Lisboa e Portugal com mais calma, mas agora quero mesmo é sentir essa alegria, esse amor pelo jogo.
“ACREDITO QUE, QUANDO SE ESTÁ NUM PAÍS, TEMOS DE ACOLHER TUDO, ADAPTAR-NOS O MÁXIMO POSSÍVEL. ISSO, PARA MIM, É UMA FORMA DE RESPEITO. VOU ESFORÇAR-ME PARA APRENDER A LÍNGUA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL E, DEPOIS, PROMETO TENTAR RESPONDER A OUTRA ENTREVISTA EM PORTUGUÊS”
E o idioma? Já referiu que compreende português, mas que falar ainda é difícil. Sendo a sua namora da brasileira, isso pode ajudá lo a aprender a língua mais rapidamente?
A minha namorada tenta ajudar-me, mas, quando me corrige, costumo ficar chateado (risos). Por isso, com ela, tento ouvir e aprender… e aqui no Clube também.
O problema é mesmo falar. Ainda me custa. Mas não vai demorar muito, porque acredito que, quando se está num país, temos de acolher tudo, adaptar-nos o máximo possível. Isso, para mim, é uma forma de respeito. Vou esforçar-me para aprender a língua o mais rápido possível e, depois, prometo tentar responder a outra entrevista em português. Mas quero falar português, não um misto de português com espanhol. Português a sério.
E vai conseguir, com certeza. Até porque o seu caste lhano impressiona, soa como um nativo. Muito obrigado! Em casa, com a minha namorada, falamos sempre espanhol. E é como dizia: se fui para Espanha, é um sinal de respeito aprender a língua. Não devemos ter medo de errar. Vou falhar muitas vezes em português, mas, aos poucos, vou aprender. Não tenho medo de falhar. Vou falhar, vão corrigir-me… e vou aprender.
Para terminar, peço lhe uma mensagem para os adeptos, que estão ansiosos por o conhecer e por vê lo em campo. O que posso dizer é que desfrutem muito desta época. No fim de contas, o que quero é ajudar este escudo a estar no lugar mais alto. Vou dar tudo da minha parte. E depois cabe aos adeptos celebrar aquilo que conseguirmos alcançar. Acredito mesmo que vai correr tudo muito bem, se estivermos juntos e seguirmos o mesmo caminho. Um caminho que, há muitos anos, o Sporting CP já vem a construir.
“ACREDITO MESMO QUE VAI CORRER TUDO MUITO BEM, SE ESTIVERMOS JUNTOS E SEGUIRMOS O MESMO CAMINHO. UM CAMINHO QUE, HÁ MUITOS ANOS, O SPORTING CP JÁ VEM A CONSTRUIR”
Como é um dia normal na vida do Giorgi, fora do futebol?
Depois do futebol… bem, há muito futebol na minha cabeça (risos). É difícil desligar. Passo muito tempo a pensar em como melhorar. Mas, claro, para mim, o mais importante é a minha família, a minha companheira. É preciso ter equilíbrio, saber dizer: “Agora deixo o futebol de lado e vou dar um passeio com a minha namorada” ou “Agora, que tenho tempo para mim, vou pegar num livro e ler”. Também telefono à minha família. Vejo-os, talvez, um mês por ano. Isso é o mais difícil. Por isso, tento conversar com eles, contar-lhes tudo: o que me aconteceu, o que está a acontecer e o que vai acontecer.
Se pudesse comer apenas um prato durante uma se mana inteira, o que escolheria?
Só um? Depende… nessa semana jogo ou não jogo? (risos) No outro dia, fui a um restaurante português e comi salmão, adorei! Se estivesse a treinar, comia salmão grelhado. Adoro peixe. Mas, se não tivesse de jogar, escolhia uma comida georgiana chamada khachapuri. É pão com queijo, e eu adoro! Mas, claro, quando se joga não se pode abusar…
Que música não pode faltar na sua playlist antes de um jogo?
Algo dos Coldplay. Alguma música que me acalme um pouco e me ajude a estar no presente.
E se não fosse futebolista? Alguma vez teve um plano B?
Acho que nunca. Lembro-me de, quando era pequeno, acordar, entrar no quarto dos meus pais e dizer-lhes: “Já não quero jogar futebol. Quero jogar ténis”. Isto acontecia quando estava lesionado ou afastado do campo durante uma ou duas semanas. Ficava triste por não poder jogar com os meus amigos. Mas o ténis é ainda mais complicado. É um jogo solitário. Tendo de escolher, talvez dissesse jogador de ténis, mas nunca tive um plano B a sério. Sabia que tinha de me dedicar a 100% ao futebol, e vou continuar a fazê-lo enquanto tiver forças.
Então teria sempre uma carreira ligada ao desporto?
Nunca pensou noutra coisa?
Quando somos crianças, claro… mas cedo percebi o que queria fazer da vida.
Qual é a sua missão de vida?
Não me vejo como um exemplo, mas acredito que a missão de todos nós é impactar outras pessoas, ajudá-las. Por isso, o que tento fazer é isso. Mesmo que seja pouco, tento sempre ajudar. Para mim, o que tem mais valor é poder ajudar uma criança, ajudar outra pessoa com o meu trabalho. É como acender uma luz com o que faço, para que isso possa impactar alguém ou ajudá-lo de alguma forma.
E sonhos? Que sonhos ainda guarda por cumprir?
Muitos. Há sempre muitos sonhos. O primeiro é ganhar no dia 31 frente ao SL Benfica. Esse é o sonho e objectivo mais próximo. Depois, temos o campeonato para disputar e para vencer. A UEFA Champions League para jogar. Com a Selecção, tenho um Campeonato do Mundo para alcançar. Portanto, os sonhos são muitos, e são eles que me movem.
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
CALOR INTENSO, RITMO ELEVADO, NOVAS IDEIAS EM CAMPO. O SPORTING CP CUMPRIU MAIS UMA ETAPA DA SUA PREPARAÇÃO
PARA 2025/2026 NO ALGARVE – ONDE, DURANTE DEZ DIAS, O GRUPO TRABALHOU SOB O OLHAR ATENTO DE RUI BORGES, TESTANDO DINÂMICAS, CONSTRUINDO LAÇOS E AFINANDO O RUMO PARA UMA NOVA ÉPOCA.
Texto: Filipa Santos Lopes Fotografia: José Lorvão
A preparação da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal para a época 2025/2026 passou, uma vez mais, pelo Sul do país. Pelo sexto ano consecutivo, os Leões rumaram a Lagos para realizar o tradicional estágio de pré-temporada, marcado por uma exigência física natural, ensaios tácticos exigentes e um conjunto de jogos que funcionaram como banco de ensaio para o novo ciclo liderado por Rui Borges. Depois de ter chegado ao Clube no final de Dezembro último, o treinador verde e branco tem agora, e pela primeira vez, tempo para impor, treinar e desenvolver as suas ideias.
Durante cerca de dez dias, o plantel verde e branco ficou instalado numa unidade hoteleira da região, combinando sessões intensas de treino com quatro partidas frente a adversários de diferentes contextos competitivos. Ao todo, foram utilizados 32 jogadores: os 30 inicialmente chamados pelo técnico e os jovens Samuel Justo e Bruno Ramos, que se somaram ao grupo já durante o estágio.
O Sporting CP disputou quatro encontros de preparação no Algarve, dois deles à porta aberta, num Estádio Algarve com boa moldura humana nas bancadas, e outros dois nos relvados adjacentes à unidade hoteleira onde os Leões estiveram concentrados. O saldo competitivo registou uma vitória, dois empates e uma derrota, numa fase em que os resultados pesam pouco ou nada para quem prepara
uma época que se ambiciona de novas conquistas.
Depois de quatro dias de treinos intensos, o Sporting CP mediu forças com o Portimonense SC (empate a zero) e, na mesma noite, defrontou os escoceses do Celtic FC, encaixando uma derrota por dois golos sem resposta.
Já no último dia de estágio, os comandados de Rui Borges receberam o SC Farense no Cascade Wellness Resort, empatando a uma bola (Geny Catamo apontou o tento Leonino). À noite, os Leões fecharam o estágio com uma vitória por 1-0 frente ao Sunderland AFC, com Francisco Trincão em destaque, autor do único golo do encontro.
Como é habitual nesta fase da época, os jogos apresentaram um ritmo ainda longe da intensidade de competição, reflexo da carga física acumulada, da fase embrionária da
preparação e do calor intenso que se fez sentir. Ainda assim, a equipa demonstrou bons momentos de circulação, empenho colectivo e sinais promissores na assimilação das novas ideias.
Um dos pontos mais marcantes do estágio no barlavento algarvio foi precisamente a dinâmica táctica imposta por Rui Borges, que testou novas abordagens. Nos jogos realizados no Estádio Algarve, o Sporting CP apresentou-se num 4x2x3x1, fugindo ao sistema habitual dos últimos anos. Ainda assim, manteve uma construção mais clássica com três centrais e
alas muito projectados, a garantir largura e profundidade.
Em posse, a frente de ataque revelou-se móvel e versátil. Frente aos ingleses, foi possível observar as trocas frequentes de Pedro Gonçalves, Francisco Trincão e Geovany Quenda, que alternaram posições no último terço, numa aposta clara na imprevisibilidade e na leitura criativa do jogo. Conrad Harder, posicionado como referência ofensiva, revelou capacidade para se integrar neste sistema fluido, destacando-se pela qualidade nas ligações e pelo entendimento com os colegas.
A resposta dos jogadores à proposta do treinador foi positiva, como sublinhou Zeno Debast, o jogador em maior evidência na partida frente ao Sunderland AFC.
“Testámos diferentes modelos tácticos. O sistema representa talvez
10% do jogo, esta equipa coloca o coração em campo e tem muita paixão. Treinámos bem, sentimo-nos bem. Estarmos juntos durante dez dias é bom para o grupo. Trabalhámos muito”, afirmou o belga à Sporting TV
Entre os muitos jogadores utilizados, vários foram os que aproveitaram os minutos em campo para deixar boas indicações. Rui Silva foi um deles, com exibições seguras frente ao Celtic FC e ao Sunderland AFC. O guarda-redes internacional português sublinhou também a relevância desta fase do processo. “Estes jogos servem para isto mesmo. Queremos melhorar, como é lógico, mas também há que destacar a atitude da equipa. Há coisas positivas a retirar, sem dúvida”, afirmou na flash-interview após o encontro com os escoceses. No meio-campo, Morten Hjulmand voltou a afirmar-se como peça-chave, mantendo a consistência e intensidade que o caracterizam. Já Giorgi Kochorashvili e Rayan Lucas surpreenderam pela rápida integração e pelos pormenores de qualidade que evidenciaram. Na frente, o já referido Conrad Harder esteve em bom plano, demonstrando personalidade, mobilidade e sentido de baliza. Foi dele a assistência para o golo solitário frente ao Sunderland AFC.
co, o estágio no Algarve foi importante para reforçar o espírito de grupo. A convivência diária, os momentos fora do relvado e a partilha de objectivos fortaleceram a união do grupo e alinharam expectativas.
“O rescaldo do estágio é muito positivo. É uma preparação para o que vem a seguir. Obviamente há coisas a corrigir, como sem-
pre, mas é continuar assim”, afirmou Iván Fresneda aos jornalistas, satisfeito com o balanço da pré-época.
Já Alisson Santos, reforço para esta temporada, mostrou-se alinhado com os valores do grupo e destacou a importância do colectivo. “Tenho expectativas muito boas, mas não só a nível individual. O colectivo é o mais
importante. E, quando é assim, as coisas vão acontecendo naturalmente”, referiu o brasileiro na zona mista. Com a pré-temporada a entrar numa nova fase, o Sporting CP despede-se do Algarve com lições tiradas, ideias testadas e uma base sólida sobre a qual construirá a nova época. A competição aproxima-se, mas os
sinais deixados no sul do país reforçam a ambição de um grupo coeso, que quer honrar a camisola verde e branca e desbravar uma nova época de sucesso. O próximo teste está agendado para esta sexta-feira, com a 13.ª edição do Troféu Cinco Violinos, frente aos espanhóis do Villarreal CF, a partir das 19h30 no Estádio Nacional.
GUARDA REDES
Franco Israel
Rui Silva
Diego Calai
Francisco Silva
DEFESAS
Matheus Reis
Eduardo Quaresma
Gonçalo Inácio
Iván Fresneda
Jeremiah St. Juste
Ousmane Diomande
Ricardo Esgaio
Diogo Travassos
David Moreira
Zeno Debast
Bruno Ramos
MÉDIOS
Hidemasa Morita
Morten Hjulmand
Giorgi Kochorashvili
Rayan Lucas
João Simões
Manuel Mendonça
Pedro Gonçalves
Geovany Quenda
Maximiliano Araújo
Geny Catamo
Francisco Trincão
Samuel Justo
AVANÇADOS
Alisson Santos
Biel Teixeira
Lucas Anjos
Rodrigo Ribeiro
Conrad Harder
GEOVANY QUENDA, CONRAD HARDER E JOÃO SIMÕES FORAM SURPREENDIDOS POR UMA PLATEIA EXIGENTE E CHEIA DE PERGUNTAS… MAS TAMBÉM DE SORRISOS. A FUNDAÇÃO SPORTING PROMOVEU UM ENCONTRO ESPECIAL COM O CASLAS – CENTRO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL LUCINDA ANINO DOS SANTOS, QUE VISITOU A EQUIPA PRINCIPAL DE FUTEBOL NA UNIDADE HOTELEIRA ONDE DECORREU O ESTÁGIO DE PREPARAÇÃO PARA A TEMPORADA, EM LAGOS.
Texto: Filipa Santos Lopes
Fotografia: José Lorvão
A caminho da nova temporada, há sempre tempo para jogar fora das quatro linhas, e foi isso mesmo que três jovens Leões fizeram na última semana, no Algarve. Geovany Quenda, Conrad Harder e João
Simões trocaram os treinos pelo microfone e entregaram-se ao entusiasmo contagiante de uma plateia muito especial.
A Fundação Sporting promoveu uma iniciativa especial com o CASLAS – Centro de Assistência
Social Lucinda Anino dos Santos, de Lagos, que levou os seus jovens até à unidade hoteleira onde o Sporting CP esteve instalado, para uma tarde de partilhas, descobertas e, claro, muitas perguntas. E que perguntas! Os mini-Sportinguistas revelaram-se atentos, informados e cheios de curiosidade.
“Como te sentiste a jogar contra o Manchester City FC?”, lançou um deles ao novo número 7 verde e branco. A resposta de Geovany Quenda foi simples e sentida. “É um jogo que nenhum Sportinguista vai esquecer facilmente, foi muito importante para nós naquela época. Senti-me bem e confiante”, atirou.
A festa do Bicampeonato também foi tema. “Ser Bicampeão foi uma sensação incrível. Não esperava a loucura que foi... e partilhá-la com todos os meus colegas foi espectacular. Espero vivê-la novamente”, confessou Harder, com João Simões a falar de “dever cumprido”.
“Sabíamos o que queríamos desde o início e conseguimos. Aproveitámos muito, porque merecíamos, depois de tudo o que passámos nesta época”, completou o camisola 52.
Também houve, claro, espaço para curiosidades do dia-a-dia. “Depois
do treino faço um banho de gelo, para as pernas recuperarem. Depois almoço, vou para casa, faço uma sesta e passo tempo com a minha família, com a minha namorada quando está cá... ou com o Zeno [Debast]”, contou o avançado dinamarquês, arrancando sorrisos.
Já João Simões falou sobre o orgulho de ter crescido na Academia Cristiano Ronaldo. “Era muito bom. Vivi com mais de 50 atletas do Sporting CP, todos com o mesmo sonho de chegar à equipa principal, e nós somos uns sortudos por termos chegado aqui. Sentíamonos uma família. Foi uma fase que vou guardar para o resto da minha vida”, contou. O início desse caminho no futebol também ficou na memória.
“Comecei a jogar por influência do meu irmão mais velho. Tinha três anos. Joguei no Silves FC, depois no Portimonense SC e, mais tarde, vim para o Sporting CP. Foi tudo por causa deles, especialmente do meu irmão, e graças a Deus está a
correr bem. Estou a seguir o meu sonho”, completou.
Muito requisitado pelos pequenos
Leões, João Simões também falou sobre a emoção de marcar no Estádio José Alvalade.
“Foi um sonho. Não há palavras para descrever. Até o Quenda me deu duras por ter chorado (risos), mas foi um sentimento muito bom. Fiquei mesmo feliz”, partilhou, referindo-se ao tento apontado ao CD Nacional.
Já Geovany Quenda recordou a estreia na equipa principal com uma ponta de orgulho… e outra de frustração. “Foi um orgulho enorme ver o meu trabalho reconhecido, mas não foi um bom jogo para mim porque perdemos. E foi numa final”, disse, sobre a Supertaça Cândido Oliveira da última temporada. Questionado sobre o golo da final da Taça de Portugal, Conrad Harder não teve dúvidas. “Foi incrível. Marcar numa final era algo com que sonhava desde que cheguei. Ajudar a equipa e conquistar o tro-
féu foi especial.” Por isso mesmo, quando desafiado a escolher o melhor golo da carreira, respondeu sem hesitar. “Foi esse na final da Taça. Tem de ser o melhor”. Também se falou de balneário, com Franco Israel em destaque nas escolhas musicais, de ídolos e de rivalidades saudáveis. “Os melhores jogadores que já enfrentei? Talvez o Maxi Araújo ou o Matheus Reis, porque estou sempre a enfrentá-los nos treinos”, brincou Quenda. E sobre os duelos com Ricardo Esgaio, atirou com humor. “O Esgaio é cota, temos de ter respeito (risos). Por isso não vos posso responder!”.
Antes do adeus, houve tempo para a fotografia de família, mais umas palavras trocadas e os inevitáveis autógrafos. Inesquecível foi o brilho no olhar de quem viveu um momento único – de ambos os lados.
No final, João Simões sublinhou a importância da iniciativa. “É muito bom ter os mais novos aqui, por-
que lembro-me bem de mim nesta idade, com curiosidade para saber o que os nossos ídolos fazem no dia-a-dia. Foi uma iniciativa fantástica. Nós também aprendemos com eles. Vemos como é ser criança e como ficam felizes com uma simples reacção nossa”, começou por dizer aos meios do Clube. “Dá para quebrar um bocadinho aquela rotina do treinar, descansar, treinar… E temos a oportunidade de fazer uma boa acção. Mesmo pequena, é o mínimo que podemos fazer por quem nos apoia”, afirmou ainda o jovem médio.
Já José Rocha, membro da direcção do CASLAS, cuja maior missão passa por contribuir para a inclusão e promoção social dos estratos populacionais mais jovens, pessoas com deficiência e idosos e população em situação de fragilidade ou exclusão social na área do concelho de Lagos, a iniciativa acompanhará para sempre estes pequenos Sportinguistas. “É um dia que vai ficar marcado para a vida toda. Eles têm sempre dos jogadores de futebol uma imagem de craques que querem seguir, querem ser como eles, e esta foi uma oportunidade que eles têm de contactar com alguns jogadores do Sporting CP e estão obviamente satisfeitíssimos”, contou o dirigente. “Já estavam bastante ansiosos ontem e hoje então foi muito difícil aguentá-los até chegarmos aqui, estavam todos excitadíssimos”, partilhou ainda. Retrato de uma tarde diferente no estágio do Sporting CP, marcada por perguntas curiosas, partilhas sinceras e sorrisos que ficarão para sempre na memória de quem os viveu. Mais do que uma visita, um momento de proximidade e inspiração, que reflecte o compromisso da Fundação Sporting com a comunidade e com os valores do Clube.
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Mais informações: modalidades@sporting.pt
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
JEREMIAH ST. JUSTE, CONRAD HARDER, MORTEN HJULMAND, ZENO DEBAST E FRANCISCO TRINCÃO TROCARAM AS CHUTEIRAS PELOS CAPACETES. OS LEÕES SENTIRAM NA PELE A EMOÇÃO DE DUAS VOLTAS A ALTA VELOCIDADE A BORDO DE UM MCLAREN CONDUZIDO PELO PILOTO JOSÉ CAUTELA, NUMA INICIATIVA QUE UNIU O DESPORTO MOTORIZADO AO FUTEBOL E FORTALECEU O ESPÍRITO ECLÉCTICO DO CLUBE.
Texto: Filipa Santos Lopes
Fotografia: José Lorvão
No Autódromo Internacional do Algarve, o futebol encontrou o automobilismo para uma experiência memorável e o rugido do motor substituiu, por instantes, os cânticos das bancadas. Na última semana, José Cautela, piloto que compete pelo Sporting Clube de Portugal ao volante de um McLaren em provas de Gran Turismo, recebeu cinco jogadores da equipa principal de futebol para uma tarde repleta de velocidade e emoção. Jeremiah St. Juste, Conrad Harder, Morten Hjulmand, Zeno Debast e Francisco Trincão foram os Leões desafiados a trocar o relvado pelo asfalto, acompanhando José Cautela em duas voltas ao circuito. O cenário não podia ser mais simbólico: curvas exigentes, rectas vertiginosas e uma dose generosa de adrenalina, semelhante à que vivem nos grandes jogos com a camisola do Sporting CP. “Espectacular, foi mesmo muito giro. Foi a minha primeira vez num carro de corrida. Sinceramente, quando estamos dentro do carro parece que vamos um pouco menos rápido do que quando vemos o carro passar”, confessou Jeremiah St. Juste aos meios do Clube, visivelmente entusiasmado após sair do carro – ele que foi o primeiro a colocar o capacete e a querer sentir as emoções como co-piloto.
“Nas curvas perguntei-lhe quando é que ele ia travar e ele disse que apenas no último momento (risos)”, contou, antes de apontar algumas medidas de segurança necessárias.
“O José pediu-me para manter o corpo tenso e para fazer força no pescoço”, explicou. O neerlandês, questionado sobre a velocidade, uma das suas principais características em campo, atirou, com boa disposição: “Acho que ia mais rápido dentro do carro!”.
Para Zeno Debast o momento teve também um sabor especial. “O Morten [Hjulmand] disse-me para ter atenção a alguns detalhes, mas correu tudo bem e diverti-me muito”, contou o belga.
“O José foi muito rápido e nem consigo imaginar como será com mais 20 carros na pista. Deve ser incrível!”, acrescentou.
“Quando vemos o carro a passar à nossa frente é uma loucura, é diferente de quando
assistimos aos Grandes Prémios na televisão”, comparou.
O defesa explicou a importância de viver momentos de descontracção com os companheiros e sair um pouco da rotina de treinos. “É bom conhecermos outros desportos, experimentarmos coisas diferentes e, dentro do Clube, apoiarmo-nos uns aos outros. Até para a nossa saúde mental é muito bom ter este tipo de experiência. Foi maravilhoso e agradeço a oportunidade”, disse ainda. José Cautela, por sua vez, mostrou-se muito satisfeito com o espírito dos jogadores e o cruzamento entre dois mundos pelos quais é apaixonado. “É um sonho tornado realidade. Se, quando era miúdo, me dissessem que ia andar de carro com os melhores jogadores do Sporting CP, no Autódromo de Portimão… eu não acreditaria”, partilhou o piloto, Sportinguista convicto, que voltará à competição já em Novembro, no Circuito do Estoril.
“Foi óptimo e é giro também ver esta associação entre modalidades. Esta é uma modalidade nova no Clube, ainda somos poucos no automobilismo do Sporting CP e é bom estar associado ao futebol, que obviamente é o desporto maior, embora sejamos uma potência desportiva enorme, a maior de Portugal e uma das maiores a nível mundial», acrescentou o piloto, visivelmente feliz.
“Foi uma risada lá dentro. Fartei-me de rir com a malta, foi mesmo super divertido. Acho que foi a vez em que mais me diverti dentro do carro. Foi um mix de emoções, mas acho que todos eles adoraram”, confidenciou, garantindo ter sido “o mais calmo possível” porque o foco está já no Tricampeonato. “Sportinguistas, não magoei os nossos meninos”, atirou José Cautela, divertido, antes de reforçar o entusiasmo pelo momento de partilha. “Adorei, foi uma experiência única. Com o [Francisco] Trincão estive o tempo todo
a conversar sobre corridas. Nas travagens ele calava-se um bocadinho, eu também, mas depois nas rectas perguntou-me como começou a minha carreira. Adorei estar com eles e com toda a malta do Sporting CP. Pedilhes para irem ver a minha corrida ao Estoril, no último fim-de-semana de Novembro, e estão todos convidados também”.
A fechar, José Cautela deixou uma forte mensagem de apoio para 2025/2026. “Espero que isto lhes sirva de motivação, estamos todos com eles. Pedi-lhes a todos o Tricampeonato, quando estávamos a chegar à box. Foram fantásticos e estou ansioso pela próxima época. Vivi muito a época passada e espero que este seja um ano feliz também”.
A acelerar já para o arranque da temporada, e mais do que um encontro improvável, esta foi uma iniciativa que reforça os laços entre modalidades e celebra o desporto na sua forma mais pura: como palco de emoção, desafio e partilha entre Leões.
FUTEBOL TROFÉU CINCO VIOLINOS
O TROFÉU CINCO VIOLINOS COSTUMA MARCAR O REGRESSO A CASA DOS LEÕES RUMO A UMA NOVA ÉPOCA, MAS DESTA VEZ A HOMENAGEM À MÍTICA LINHA AVANÇADA E A APRESENTAÇÃO DA VERSÃO 2025/2026 DA EQUIPA TERÁ O ESTÁDIO NACIONAL, NO JAMOR, COMO PALCO. PELA FRENTE, NESTE ÚLTIMO ENSAIO ANTES DA SUPERTAÇA, ESTARÁ UM ADVERSÁRIO ‘REPETENTE’,
O VILLARREAL CF, QUE TAMBÉM VAI DISPUTAR A UEFA CHAMPIONS LEAGUE.
Texto: Xavier Costa
Fotografia: Isabel Silva
Está cada vez mais perto o início oficial de 2025/2026. Antes disso, no entanto, chega o tradicional Troféu Cinco Violinos, que ocorre desde 2012 – só em 2020 não se realizou devido à pandemia de COVID-19 – e amanhã, sexta-feira, terá a sua 13.ª edição. Um jogo para homenagear a prolífica, bem-sucedida e, por isso, lendária linha avançada verde e branca composta por Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano e que, ao mesmo tempo, serve para reunir pela primeira vez,
em casa, os adeptos Sportinguistas e o plantel na antecâmara de mais uma temporada. Desta feita, acontece que, pela primeira vez, o Troféu Cinco Violinos não terá como palco o Estádio José Alvalade - ainda com obras em curso - mas sim o Estádio Nacional, no Jamor. Ora, os Leões de Rui Borges vão, assim, apresentar-se aos Sócios e adeptos a partir do mesmo relvado em que, juntos e com a Taça de Portugal nas mãos, encerraram a histórica temporada passada de Bicampeonato Nacional e ‘dobradinha’.
O adversário convidado desta edição é um ‘velho conhecido’: o emblema espanhol do Villareal CF. O
jogo está marcado para amanhã, sexta-feira, e com pontapé de saída às 19h30, já depois de feita a habitual apresentação individual da versão 2025/2026 de toda a equipa e staff técnico do Sporting CP. Este será, também, o último ‘teste’ dos Bicampeões Nacionais antes do arranque oficial na nova época com a disputa da Supertaça, diante do SL Benfica, agendada para o dia 31 de Julho (20h45), no Estádio Algarve. Com isso em mente, os Leões terão perante o ‘Submarino Amarillo’ um ensaio final de bom nível para fazer as últimas afinações antes de lutar pelo primeiro título da temporada.
Este Villarreal CF de Marcelino Toral - no comando técnico desde Novembro de 2023 - vem de uma grande temporada, fruto do quinto lugar alcançado em La Liga, com os mesmos 70 pontos que o Athletic Club, quarto classificado, e, assim, tem presença garantida na fase de liga da próxima UEFA Champions League, tal como o Sporting CP. Será apenas a quinta presença de sempre dos espanhóis na Liga dos Campeões, mas já atingiram as meias-finais por duas vezes, uma das quais na última vez que jogaram a competição, ou seja, em 2021/2022, quando caíram somente perante o Liverpool FC (derrotas
por 2-0 fora e 2-3 em casa).
Actualmente, o Villarreal CF vem de um período de estágio na Suíça, onde realizou dois jogos de preparação: empatou com o FC Basel (3-3) e também com o FC St. Gallen (2-2).
No que toca às movimentações de mercado, para já, neste defeso contam com dois reforços, o defesa Rafa Marín e o extremo Alberto Moleiro, e perderam duas das suas principais figuras da temporada anterior, o avançado Thierno Barry (rumo ao Everton FC) e o criativo e internacional espanhol Álex Baena (reforço do Club Atlético de Madrid) – um encaixe conjunto a rondar os
75 milhões de euros. Ainda assim, o ‘Submarino Amarillo’ continua munido de muitas ‘armas’ de valor comprovado: do goleador Ayoze Pérez (22 tentos em 2024/2025) aos desequilibradores Yéremy Pino e Nicolas Pépé, passando por ‘pedras basilares’ como Pape Gueye no meio-campo ou os experientíssimos Dani Parejo e Gerard Moreno.
Além disso, o Villarreal CF não será um estreante no Troféu Cinco Violinos, uma vez que já foi o oponente convidado em 2023. Então, o Sporting CP de Rúben Amorim venceu por 3-0 em Alvalade, graças aos golos de Marcus Edwards (44’), Pedro Gonçalves (72’) – marcou nas últimas duas edições – e Paulinho (75’).
Curiosamente, será a quarta edição consecutiva em que o Sporting CP será o anfitrião de um emblema espanhol neste tradicional encontro, cujo desfecho mais habitual tem sido a vitória verde e branca [ver caixa]. Desde 2012, só por três vezes é que os Leões não levantaram o troféu, sendo que duas das quais foram… precisamente contra
OPINIÃO
No passado domingo, ao ler no site oficial do nosso clube a notícia da renovação de contrato com o guarda-redes do hóquei em patins, Zé Diogo, pensei duas coisas. A primeira foi, deliberadamente, que o tempo voa. Ainda me lembro de o ver tão jovem, e já passaram 20 anos no tempo, quando jogava ao lado de, entre outros, André Pimenta, Pedro Delgado, Miguel Rocha e Gonçalo Alves, formando então excelentes equipas da nossa formação, que tinha muitos talentos a despontar e que, mesmo que alguns hoje envergam símbolos diferentes, são unanimemente reconhecidos craques da modalidade a nível nacional e internacional. A segunda, e mais importante, o Zé Diogo foi o único deles a ficar «uma vida» de Leão ao peito. Teve desde então pela frente guarda-redes fantásticos no nosso Clube, cujo expoente máximo terá sido André Girão, que embora lhe tenha fechado tantas vezes a porta da titularidade – até
equipas de La Liga: o Valencia CF em 2019 (1-2) e o Sevilla FC, nos penáltis (5-6) após o 1-1 no mar-
cador, em 2022 – a outra derrota deu-se em 2018, também nos penáltis, frente ao Empoli FC.
porque André Girão era estratosférico e, digo-o sem risco de erro, o melhor do Mundo, aquele que teve como cântico dos adeptos o de defender com a “cabeça, com os pés e com as mãos”, nunca desistiu de lutar e foi, sempre que chamado ao rinque, um guarda-redes que disse presente e ajudou tantas vezes a “fechar a baliza”.
Diz-me, gente com muitos anos na modalidade, que o Zé Diogo, além de ser um óptimo elemento no plantel é também demasiado importante como ser humano na integração dos novos elementos, no ambiente no balneário e na passagem da mística do Clube. É, no fundo, um profissional de excelência e um Leão como nós.
Aquele que, lá dentro, tem o sentimento que o comum dos adeptos sente cá fora. 20 anos são, como já o escrevi atrás, uma vida.
Aos dias de hoje, e isso não tem de ser obrigatoriamente uma crítica aos jogadores que acabam por ter passagens efémeras, existem também atletas com longa permanência nos clubes por onde passam. E nestes últimos, está claramente o caso do Zé Diogo, bem como de atletas de outras modalidades.
Podemos dizer mesmo que o Sporting Clube de Portugal será um caso ímpar a este nível. É preciso um clube tratar muito bem os seus atletas para que eles por cá permaneçam
tantos anos. No futsal, será mesmo a modalidade de maior permanência e que disso será o maior exemplo. Que chegam tão meninos e que permanecem longos anos de Leão ao peito. De João Matos a Tomás Paçó, de Gonçalo Portugal a Zicky Té, só para referir estes, porque mais eles são. Ou no andebol, falando do «capitão» Salvador Salvador, chegado tão jovem da “sua” Samora Correia.
São também eles exemplos paradigmáticos de longevidade e de uma dedicação sem paralelo de amor a uma causa...a causa Leonina.
O Zé Diogo vai continuar a servir do Clube e dá as duas garantias que já enunciei. A de ser um garante de qualidade na baliza, na próxima época com a forte concorrência de Xano Edo, e de ser ainda um aglutinador no seio do grupo de trabalho ao dispor de Edo Bosch.
Longos dias têm 20 anos. O próximo será apenas mais um para o “nosso” Zé Diogo.
P.S – Amanhã irá disputar-se o Troféu Cinco Violinos, que será o último teste da pré-época 2025/2026, aquela em que todos sonhamos com o “Tri”, tendo os espanhóis do Villarreal como opositor.
Lanço daqui um pedido aos nossos rapazes. Vençam-no por nós, mas sobretudo por eles. Pelos nossos “Violinos”.
FUTEBOL EQUIPA B
Texto: Nuno Miguel Simas Fotografia: Sporting CP
A equipa B de futebol do Sporting Clube de Portugal terminou, no último domingo, o estágio em Guimarães que decorreu desde terça-feira. Nos três jogos de preparação realizados, a formação orientada pelo treinador João Gião venceu o FC Felgueiras por 3-2 – golos de Salvador Blopa (dois) e Rafael Nel –, bateu ainda o Amarante FC por 2-0 – com Gabriel Silva e Rafael Besugo a marcar – e perdeu, no último dia, com a UD Oliveirense por 2-1 – Mauro Couto apontou o golo verde e branco.
Mais do que os resultados, ficaram excelentes indicadores para João Gião, que fez um balanço “positivo” deste estágio nas várias vertentes, uma vez que os objectivos propostos “foram alcançados”, sublinhou. “Além de continuar a construir a ideia da equipa e dos jogos competitivos proporcionados, havia também a questão social para perceber, em contexto de estágio e num regime mais intensivo, como é que os jogadores que vêm de escalões inferiores e os que entraram pela primeira vez no Sporting CP se iriam integrando”, detalhou, realçando que cada dia foi recheado com “muitos compromissos e tarefas a realizar”.
“Tivemos também a oportunidade para outros momentos que são importantes para a construção social deles, para perceber como encaixavam certos desafios e estímulos, nomeadamente como palestras de nutrição e de fisiologia, e uma acção de team building”, acrescentou o técnico da equipa B.
Quanto à amostra dada em contexto de jogo pelos jovens Leões, João Gião gostou da resposta, sobretudo devido ao nível de exigência colocado já com a dificuldade da Liga Portugal 2 em vista, e que perspectiva como “um novo mundo”.
“A realização de três jogos num curto espaço de tempo foi propositada, no sentido de nos permitir adaptar alguns jogadores que já estavam connosco desde a época passada a um patamar competi-
tivo de maior exigência, porque o contexto de jogo vai ser outro, mais rápido, mais físico, mais intenso e os adversários têm mais qualidade. Também serviu para perceber que resposta podiam dar os jogadores que entraram agora e que vêm de outros escalões num contexto de exigência superior e o estado de prontidão de cada um deles. Isso, numa equipa formadora, é fundamental até para percebermos melhor o futuro”, reflectiu.
E foi sobre os mais novos que se debruçou a seguir, uma vez que João Gião contou, às suas ordens, com cerca de uma dezena de jogadores com idade para jogarem o Campeonato Nacional de sub-19.
“No geral deram uma boa resposta, aqui e ali com alguns erros que nós sabíamos que iam cometer, são perfeitamente normais, neste acelerado processo que nós lhes exigimos. Mas só passando por este tipo de desafios é que eles conseguem acelerar o processo e nós próprios conseguimos aferir qual o desafio para eles no curto, médio e longo prazo”, argumentou.
Cumprido o período de estágio, o técnico não escondeu que o trabalho ainda está longe de estar acabado, até porque o plantel “ainda está em construção” e pode receber mais reforços, mas também alguns jovens que têm estado a trabalhar junto da equipa principal, admitiu. “É um plantel em construção, uma ideia em construção, um nível de exigência diferente e, por isso, uma série de desafios para chegarmos à Liga Portugal 2 o mais preparados possível num contexto ultra-desafiante”, destacou. Apesar do saldo positivo nos resultados conseguidos (duas vitórias e uma derrota), João Gião privilegiou a importância da mentalidade sobre os resultados nesta fase de pré-época. “A mensagem é que o Sporting CP tem de entrar sempre, seja em que desafio for, com a mentalidade e, mais do que isso, com a intenção de abordar os jogos para os ganhar. É isso que é passado em qualquer desafio para qualquer jogador”, concluiu.
FUTEBOL FORMAÇÃO SUB-15
O PRIMEIRO DIA DE TRABALHO DA ÉPOCA JUNTOU JOGADORES, EQUIPA TÉCNICA, DIRECÇÃO DO FUTEBOL DE FORMAÇÃO E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO NA ACADEMIA CRISTIANO RONALDO. ANTÓNIO CRUZ E JOAQUIM CABEÇANA MOSTRARAM-SE CONSCIENTES DA EXIGÊNCIA, MAS ENTUSIASMADOS COM O REGRESSO.
Texto: Filipa Santos Lopes
Fotografia: João Pedro Morais
A nova temporada começou oficialmente para a equipa de futebol sub15 do Sporting Clube de Portugal. Esta quarta-feira, os jovens Leões apresentaram-se na Academia Cristiano Ronaldo para o arranque dos trabalhos de 2025/2026, num momento que contou com a recepção da equipa técnica, liderada por António Cruz, e da Direcção do Futebol de Formação. Os encarregados de educação também marcaram presença, num ambiente de proximidade entre todos.
Como é habitual nesta fase inicial, os atletas foram submetidos a testes físicos e exames médicos, aos quais se seguiram as essenciais consultas de nutrição e psicologia, cumprindo os critérios de preparação e acompanhamento do Clube.
Com um grupo maioritariamente composto por atletas já conhecidos do universo formativo Leonino, o plantel integra cinco novas caras: Afonso Correia, avançado que chega do Lusitano GC, Aimar Torrado, defesa proveniente do Real SC, Daniel Lopes, médio que representava o GD Malveira da Serra, Diego Monteiro, avançado ex-Real SC, e Martim Martins, guarda-redes que integrava a formação da EF “Os Belenenses” de Oeiras. Jovens talentos que chegam de diferentes contextos, agora preparados para dar os primeiros passos com a camisola verde e branca.
De regresso ao trabalho, o técnico António Cruz, que cumpre mais uma época ao serviço do Sporting CP – ligação que mantém há catorze temporadas –, destacou a exigência do escalão e a responsabilidade acrescida de representar o Clube num Campeonato Nacional, algo
inédito para esta geração.
“É sempre bom regressar. Já são muitos anos, e cada ano é mais prazeroso do que o anterior. Isto é realmente aquilo que mais gostamos de fazer, tanto nós como os atletas”, começou por dizer aos meios do Clube, satisfeito por reencontrar um leque de jogadores com os quais já antes trabalhou.
“Esta é uma geração que já conhecemos. Treinámo-los no Pólo EUL há dois anos e são praticamente os mesmos atletas, mas há a assinalar também a integração de cinco novos futebolistas, que chegam de outros contextos, e temos de os felicitar por isso”, destacou ainda.
Sobre a participação num Campeonato Nacional, o técnico deixou claro o nível de compromisso que tanto a competição em si quanto a equipa técnica vão exigir.
“A exigência é sempre maior, visto que vamos disputar uma Primeira Divisão de um campeonato nacional e eles vão experimentar esse patamar competitivo pela primeira vez. Cada ano que passam é um patamar diferente de exigência e rigor, e os atletas sabem que para continuar a representar o Sporting CP têm de dar resposta sempre”.
“Hoje têm os testes médicos e físicos, e na próxima semana começamos o nosso microciclo de pré -
-temporada, que vai ser obviamente exigente numa fase inicial, e progressiva principalmente a nível de cargas físicas”, explicou, relembrando as dificuldades extra provocadas pelo... Verão.
“Há muito calor e temos de estar atentos a isso, até porque eles estão numa idade de maturação biológica e de crescimento estrutural que pode criar algumas dificuldades.
Mas o Sporting CP está prevenido para isso e sabe o que tem de fazer”, garantiu, apontando às expectativas “sempre altas” para a temporada que se avizinha.
“Representar o Sporting CP é o auge no futebol de formação, quer para estes atletas quer para a equipa técnica. O que nós prometemos é sermos muito competitivos dentro de campo e muito estimulantes no treino. O processo vai desenvolver-se de forma multilateral, focado tanto no desenvolvimento individual quanto colectivo. Temos um grupo com grande talento para desenvolver dentro do nosso processo formativo”, definiu.
Também o guarda-redes Joaquim Cabeçana partilhou o entusiasmo do regresso. “Estávamos com muitas saudades. Gostamos de estar de férias, mas jogar e treinar é aquilo de que mais gostamos”, atirou o
guardião de 14 anos, reconhecendo a “maior responsabilidade” por competir um escalão acima. “Esperamos que seja uma época muito boa, mas temos de trabalhar ainda mais”, afirmou, sublinhando estar a lidar “muito bem” com o novo grau de exigência.
“Sabemos que será mais complicado, mas tanto a equipa quanto eu, vamos trabalhar o dobro para estarmos capazes de disputar este Campeonato”, garantiu, sublinhando que “encontrar equipas mais difíceis” preparará também os Leõezinhos para “outros patamares de competição”.
Joaquim Cabeçana assegurou ainda que o grupo “de tudo fará” para que os novos colegas “se sintam bem” e estejam rápida e totalmente “integrados na equipa”.
“Só quero que os adeptos saibam que vamos dar tudo e que podem confiar em nós. Vamos fazer o possível para que corra tudo bem”, prometeu o guardião, a fechar.
Com a primeira semana dedicada aos exames e avaliações, os sub-15 do Sporting CP dão o pontapé de saída para a temporada 2025/2026. A exigência será grande, mas o compromisso de todos está à vista: formar com identidade, competir com ambição.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: João Pedro Morais
O Sporting Clube de Portugal contratou Carla Armengol para a equipa principal feminina de futebol.
A avançada espanhola de 27 anos chega ao
emblema de Alvalade proveniente do Real Betis Balompié, tendo também representado FC Barcelona, Sevilla FC e Deportivo Alavés.
Com bastante experiência na Liga Espanhola, uma das melhores do planeta, Carla Armengol tem agora a sua primeira
experiência fora do seu país e está “muito contente e entusiasmada”.
“Chegar aqui motiva qualquer pessoa e tenho muita vontade de conhecer as minhas companheiras e dar início aos treinos e, principalmente, aos jogos”, começou por dizer aos meios de comunicação Leoninos. Com “expectativas elevadas”, a nova jogadora às ordens de Micael Sequeira tem noção do grupo que vai encontrar e do emblema que utiliza agora ao peito. “Falaram-me muito bem desta equipa, que está sempre nos lugares mais altos da classificação e participa na UEFA Women’s Champions League. É um clube muito grande, com muita história”, reconheceu.
BILHETE DE IDENTIDADE
Carla Armengol define-se como “uma jogadora polivalente que pode actuar tanto em zonas mais laterais como mais no meio”, sendo “rápida, com finta e boa a ler os espaços”. “Prometo trabalho, persistência e dar tudo de mim em cada treino e jogo. Quero ajudar a equipa a tentar conseguir os objectivos”, frisou ainda.
Precisamente sobre objectivos, a ideia é clara: “A nível individual, quero tentar fazer uma boa temporada ao ajudar a equipa com golos e assistências. A nível colectivo, quero o máximo de títulos possível”.
Por fim, Carla Armengol deixou uma mensagem aos Sportinguistas: “Confiem em nós porque esta temporada vai ser boa”.
NOME CARLA ARMENGOL JOANIQUET
DATA DE NASCIMENTO 02/04/1998 (27 ANOS)
NACIONALIDADE ESPANHOLA
POSIÇÃO AVANÇADA
CLUBES ANTERIORES FC BARCELONA, SEVILLA FC, DEPORTIVO ALAVÉS E REAL BETIS BALOMPIÉ
Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: João Pedro Morais
O Sporting Clube de Portugal renovou o contrato de Ana Capeta, jogadora da equipa principal feminina de futebol, até 2029.
A avançada de 27 anos chegou ao emblema de Alvalade em 2016/2017, tendo estado apenas uma temporada fora desde então (2021/2022). De Leão ao peito, Ana Capeta conquistou duas Ligas, duas Taças de Portugal e duas Supertaças e leva mais de 100 golos nos quase 200 jogos disputados. Agora, a internacional portuguesa assinalou mais um momento marcante na sua passagem pelo emblema de Alvalade, o que não a deixou indiferente.
“É um sentimento de grande felicidade e,
sobretudo, de confiança do Sporting CP. Estou orgulhosa e muito feliz por poder continuar a vestir esta camisola”, disse aos meios de comunicação Leoninos.
“Estou em casa. É o meu clube, é onde me sinto bem e sou feliz”, adicionou, reforçando a emoção.
Sobre 2025/2026, Ana Capeta espera um ano com “grandes conquistas”: “É por isso que vamos lutar sempre. Temos muitas entradas na equipa, muita experiência nova, e esperamos crescer com isso”.
Por fim, a Leoa lembrou que “o objectivo é sempre melhorar” quando confrontada com os números individuais da temporada passada: 13 golos em 29 jogos. “Quero sempre mais e é por isso que trabalho diariamente”, concluiu.
“Estou em casa. É o meu clube, é onde me
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: João Pedro Morais
O Sporting Clube de Portugal renovou o contrato de Beatriz Fonseca, jogadora da equipa principal feminina, por mais uma temporada.
A lateral de 26 anos, que chegou ao emblema de Alvalade há um ano, somou três golos e 28 jogos na primeira temporada de Leão ao peito, conquistando uma Supertaça e destacando-se, também, pelas muitas assistências.
Nas primeiras declarações depois da renovação, Beatriz Fonseca destacou, acima de tudo, “um sentimento de felicidade e, principalmente, gratidão”. “Estou grata ao Sporting CP pela confiança que depositou em mim”, reforçou.
Sobre 2024/2025, a jogadora portuguesa admitiu que se tratou de uma época em crescendo:
“Continuei a fazer o meu trabalho. No início não tinha tantos minutos, mas confiei e deu frutos”.
O bom rendimento valeu-lhe um lugar na Selecção Nacional a culminar na presença no recente Campeonato da Europa, um feito que vai recordar para sempre.
“Graças à aposta feita pela equipa técnica, consegui chegar à Selecção Nacional e ao Campeonato da Europa, que nos dá experiência. Vivemos momentos diferentes, com outra intensidade. Só quem está lá é que sente. Sinto-me uma jogadora mais preparada para enfrentar qualquer adversidade”, revelou.
Com vontade de “fazer mais e melhor” em 2025/2026, Beatriz Fonseca não tem dúvidas de que está ser criado “um bom grupo” que quer vencer troféus “pelo Sporting CP”. Muito versátil, podendo jogar em várias posições, a atleta do grupo orientado por Micael Sequeira está pronta para dar resposta em qualquer zona do campo: “Qualquer jogadora quer jogar. A minha função é ajudar a equipa, seja atrás ou à frente. Queremos é estar lá dentro”. Por fim, Beatriz Fonseca deixou uma mensagem aos Sportinguistas: “Não desistam de nós e continuem a apoiar o futebol feminino porque vamos tentar trazer mais títulos para o Sporting CP”.
Para todas as idades
Segunda a Sexta | A partir das 18h00
Sábado | 09h00 - 13h00
MODALIDADES ANDEBOL
LEÕES DE RICARDO COSTA JÁ SE APRESENTARAM AO TRABALHO NA NOVA ÉPOCA COM A REALIZAÇÃO DOS EXAMES MÉDICOS E, AINDA, DO PRIMEIRO TREINO. A EQUIPA QUE TEM DOMINADO O ANDEBOL NACIONAL MANTÉM-SE PRATICAMENTE INTACTA PARA 2025/2026, MAS JÁ CONTA COM QUATRO REFORÇOS, MUITA VONTADE DE VOLTAR À ACÇÃO E A MESMA AMBIÇÃO DESMEDIDA A NÍVEL NACIONAL E TAMBÉM EUROPEU.
Texto: Filipa Lopes, Xavier Costa Fotografia: João Pedro Morais, Sérgio Martins
Para trás ficou uma temporada recheada de sucesso, com um novo ‘triplete’ a nível nacional (Campeonato, Taça de Portugal e Supertaça) e uma caminhada inesquecível na EHF Champions League – até aos quartos-de-final –, mas agora é a hora de começar a escrever uma nova página ainda em branco. E os exames médicos são, como sempre, o primeiro momento que marca o regresso ao trabalho diário.
Edy Silva, um dos rostos mais destacados da formação orientada por Ricardo Costa, foi o porta-voz
do grupo e partilhou o entusiasmo por voltar a casa. “Sabemos da importância de começarmos o quanto antes, porque sabemos o quão longa é a época. Com certeza é um prazer para todos olharmos na cara uns dos outros, a saudade também conta”, começou por dizer, aos meios do Clube.
O grupo verde e branco mantém-se praticamente inalterado, com apenas algumas caras novas a integrar o balneário, por isso, Edy acredita que a coesão da equipa é um dos trunfos do Sporting CP. “Temos a facilidade de conseguir abraçar aqueles que chegam, isso não é problema algum. Estamos felizes porque o plantel se mantém praticamente o mesmo, com algumas
caras novas que, desde o primeiro dia, já se sentem familiarizados e à vontade. Dentro de quadra, quanto mais rápido conseguirmos afunilar tudo e colocá-los dentro do nosso encaixe de jogo, melhor. De certeza que vão ser felizes connosco”, vaticinou o pivô.
Emil Berlin (lateral), Filipe Monteiro (central), Víctor Romero (pivô) e Carlos Álvarez (ponta) são os quatro reforços apresentados e este último também falou aos meios Leoninos, expressando o seu entusiasmo pelo novo desafio em mãos. “Primeiro de tudo, muito obrigado a toda a gente por tornar este sonho realidade, porque chegar a este Sporting CP, com tudo o que estão a fazer nas últimas épocas,
é incrível”, afirmou Carlos Álvarez, mostrando-se “com muita ilusão” e encantado por “fazer parte de um grupo tão jovem e unido”. “Muita gente me disse que a cidade é incrível, que os adeptos também são incríveis, que vivem muito o andebol e, como disse, é um sonho do qual quero desfrutar muito”, acrescentou, referindo-se aos Sportinguistas.
Em relação à nova temporada, o espanhol de 22 anos revelou vontade de crescer dentro do grupo e contribuir para o colectivo com humildade, ambição e alegria. “Bem, o primeiro [objectivo] é encaixar-me bem e ajudar o máximo possível com aquilo que seja preciso. Vou adaptar-me pouco a pouco e tenho a certeza de que o vou conseguir com a ajuda de todos os meus companheiros”, apontou, não se coibindo, claro, de “sonhar em fazer coisas bonitas pela camisola” verde e branca.
A nova época já arrancou também em campo. O regresso ao trabalho da equipa de andebol deu-se, na passada segunda-feira, com um primeiro treino no Multidesportivo
do Estádio José Alvalade. Entre sorrisos e boa disposição, a equipa enfrentou uma sessão de trabalho eminentemente físico, mas também voltou a contactar com a bola. À margem deste primeiro treino em 2025/2026, o treinador Ricardo Costa, o capitão Salvador Salvador e o reforço Víctor Romero foram os responsáveis por dar conta das emoções deste regresso, dos novos objectivos traçados e também da fase de muito trabalho que têm pela frente.
Um regresso sempre aguardado a um sítio que já é mais do que apenas uma ‘segunda casa’, considerou Ricardo Costa, que avança para a sua quinta temporada de Leão ao peito. “Diria que esta até é a nossa primeira casa, porque estamos mais tempo aqui do que em casa (risos). É sempre uma alegria poder voltar, rever os nossos atletas, ver as caras novas e trazer ambições renovadas para continuar a conquistar troféus para o Clube”, referiu inicialmente, embora agora o foco está nesta fase de preparação e, também, na integração dos novos jogadores.
“Temos de recebê-los bem para que fiquem entrosados nas nossas ideias e se sintam bem no grupo. São atletas de grande qualidade e tenho a certeza de que vêm para
somar à nossa qualidade. O êxito deles será o êxito da equipa”, sublinhou, realçando ainda a importância de fazer “um trabalho de base forte para entrar bem” em 2025/2026, que começa com um nível de grande exigência em várias frentes.
“Todos os jogadores estiveram a trabalhar forte nas férias, por isso não partimos da ‘estaca zero’, mas é muito importante uma pré-época, passo a passo, com boa dinâmica para construir o que queremos: estar nas melhores condições daqui a quatro semanas para encarar as Supertaças, tanto a Nacional [vs. FC Porto, a 23 de Agosto] como a Ibérica, e depois entrar na ‘loucura’ que são 13 semanas consecutivas com dois jogos”, lembrou o técnico dos Bicampeões Nacionais.
Quanto a objectivos delineados, Ricardo Costa destacou que “o importante, primeiro, é ganhar os troféus nacionais” e, ainda, “poder sonhar na EHF Champions League”. “Oxalá possamos fazer o mesmo que no ano passado na Liga dos Campeões. Porventura podemos pensar que nos soube a pouco, mas fazer o mesmo é extremamente complicado. Ainda assim, ambicionamos fazer mais e tentar chegar à final-four, mas para isso temos de ir
jogo a jogo, porque é uma competição muito dura”, ponderou. Uma ambição que ressoa também nas palavras do capitão de equipa. “Quando conseguimos o segundo lugar na fase de grupos [da EHF Champions League] tinha dito que o que tínhamos ganho era o respeito dos clubes europeus. Certamente que este ano vão olhar para nós com outros olhos e vão temer, também, vir jogar aqui ao Pavilhão João Rocha”, disse Salvador Salvador, consciente de que “fazer melhor do que no ano passado é difícil”, mas esse é, precisamente, o que considera “o grande desafio”. Reunido de novo com a equipa em ambiente de treino, o internacional português formado nos escalões de formação Leoninos revelou-se “feliz”, acima de tudo, por voltar ao dia-a-dia no Clube. “Depois de mais de um mês de férias, já tínhamos saudades uns dos outros, de reencontrar amigos e de estar aqui. Agora, temos de começar a ganhar ritmo outra vez, pôr outra vez todas as ideias cá dentro e enquadrar os novos jogadores. Acho que a integração vai ser fácil e vamos voltar a ter um grupo fantástico a lutar em todos os jogos”, resumiu Salvador.
Uma dessas caras novas é, também, o pivô Víctor Romero, ex-CB Granollers, que aos 21 anos vai jogar pela primeira vez fora de Espanha. Tudo é novo no que está a viver no Sporting CP, mas os primeiros passos de Leão ao peito,
J1/12
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“Vamos voltar a ter um grupo fantástico a lutar em todos os jogos”, sublinhou Salvador
confessou, não podiam estar a ser melhores. “Estou muito contente pela forma como tenho sido recebido pela equipa. É um grupo jovem, ambicioso e que quer fazer as coisas bem e em grande. Estou com muita vontade de começar”, disse sobre as suas primeiras impressões, realçando que o facto de já conhecer alguns colegas como
Jan Gurri ou Mamadou Gassama “facilita tudo”.
Agora, o jovem já internacional A pela Espanha, que só pensa em aproveitar a pré-época da melhor maneira para acelerar a sua adaptação ao grupo e ao estilo de jogo. “Tudo isso requer tempo, mas quanto antes me adapte, melhor para mim e para a equipa”,
detalhou Víctor Romero, confiante também relativamente ao que pode acrescentar: “Acho que posso trazer velocidade. Sou um pivô mais atípico, que corre mais e, por isso, creio que posso ajudar a equipa em várias vertentes”. 2025/2026 já mexe para o andebol e o trabalho de preparação, recém-iniciado, já está em marcha.
O GUARDA-REDES COM 20 ANOS DE ‘CASA’ E O DEFESA/MÉDIO INTERNACIONAL ARGENTINO SÃO MAIS DUAS CARAS CONHECIDAS
QUE TRANSITAM PARA 2025/2026 E CONTINUAM ÀS ORDENS DE EDO BOSCH.
Texto: Luís Castelo, Xavier Costa Fotografia: Sérgio Martins
ZÉ DIOGO CONTINUA
“EM CASA”
Dos seus 32 anos de vida, 20 já foram passados de Leão ao peito, mas esta é uma história para continuar. O guarda-redes Zé Diogo renovou contrato e vai fazer parte da equipa de hóquei em patins também em 2025/2026. “É uma vida inteira ligado a este clube magnífico. Estou muito feliz por renovar por mais um ano”, começou por dizer após o momento da assinatura. Ao longo desta extensa e bem-sucedida ligação, Zé Diogo fez parte das equipas Leoninas que, desde a III Divisão, recolocaram o Sporting CP no topo da modalidade e, a partir daí, já venceu de tudo um pouco: três Ligas dos Campeões,
duas Taças Continentais, uma
Taça CERS (actual WSE Cup), dois Campeonatos Nacionais, uma
Taça de Portugal e uma Supertaça são algumas das suas principais conquistas.
“Tenho sido muito feliz durante estes 20 anos aqui. Sempre adorei este clube, sinto-me em casa e, por isso, o que faz sentido é continuar”, reforçou o experiente guardião, que também olha com optimismo para as mudanças que a equipa está a viver rumo à nova temporada. “Estamos a renovar a equipa para o futuro e acho que está a ser bem feito”, considerou, lembrando que agora é hora de “trabalhar” com uma única coisa em mente: “ganhar”. Homem da casa e opção sempre fiável entre os postes, Zé Diogo é também um hoquista muito acarinhado pelos Sportinguistas, a quem fez questão de deixar uma
mensagem neste momento da renovação de contrato. “Só lhes tenho a agradecer, são incansáveis. Peço que nos continuem a apoiar, porque esta equipa vai dar sempre tudo”, garantiu.
FACU BRIDGE
GARANTIU QUE TEM
“MAIS PARA DAR”
Após duas temporadas de Leão ao peito, Facundo Bridge também renovou e é uma das caras que se mantém no plantel. “Passei cá dois anos muito felizes e de muita aprendizagem, e estou muito feliz por renovar com o Sporting CP, que é um clube incrível. Acho que ainda tenho mais para dar e estou muito grato por poder continuar a lutar por coisas importantes”, frisou o internacional pela Argentina, ao serviço da qual foi campeão do
mundo em 2022.
Actualmente, o defesa/médio de 26 anos está a recuperar de uma lesão grave que chegou na pior altura, confessou. “Acho que neste segundo ano já estive mais perto do meu registo habitual, mas no fim da
época, quando estava a encontrar o meu melhor momento, aconteceu o que aconteceu. Mas estou focado em manter-me nesse caminho e espero continuar a crescer e a dar tudo o que posso pelo Sporting CP”, apontou.
Com o plantel Leonino em plena remodelação para 2025/2026, o hoquista argentino destacou a “base jovem e com muito futuro” que está a ser lançada e realçou que, por outro lado, a ambição mantém-se imune às mudanças. “A equipa vai mudar muito, porque saíram vários jogadores e entraram muitos novos, mas acho que a qualidade vai continuar a ser de topo. Vamos ter recursos diferentes, mas vamos lutar por coisas importantes, porque é para isso que trabalhamos e é isso que o Sporting CP merece”, sublinhou o jogador que já venceu a WSE Champions League (2023/2024) e a Taça de Portugal (2024/2025) de Leão ao peito.
“Já consegui alguns títulos, mas a cada época temos de voltar com o mesmo desejo e vontade de vencer cada competição”, reforçou Facundo Bridge, incluindo ainda os Sportinguistas nesta nova caminhada que está prestes a começar: “Estou muito grato pela forma como me têm tratado desde o momento em que cheguei. Confiem no processo e na equipa, porque há muita qualidade e de certeza que vamos dar tudo pelo Sporting CP”.
Presente na oficialização de ambas as renovações, Pedro Gil, coordenador do hóquei em patins do Sporting CP, não tem dúvidas relativamente à valia e importância dos dois hoquistas.
Em Zé Diogo, de quem foi colega de equipa, os Leões de Edo Bosch contam com um elemento que “traz a experiência de muitos anos”, realçou, acrescentando que “essa veterania vai ajudar, também, os novos jogadores a integrarem-se da melhor forma possível”. Já sobre Facundo Bridge, o coordenador verde e branco acredita que o argentino ainda tem potencial por explorar. “É um jogador jovem, com muito valor e que tem vindo a melhorar. Tem muita margem de crescimento ainda”, comentou.
Texto: Xavier Costa Fotografia: João Pedro Morais
Mads Kyed Jensen é mais uma contratação da equipa masculina de voleibol do Sporting Clube de Portugal para 2025/2026. Oriundo do Verona Volley, que compete na cotada Liga Italiana, o oposto de 26 anos é internacional pela Dinamarca e impressiona pelos seus 2,09 metros de envergadura.
De Leão ao peito pela primeira vez, Mads Kyed Jensen expressou toda a sua satisfação pela chegada ao emblema de Alvalade.
“Sinto-me muito bem, acho que esta camisola fica-me muito bem, gosto muito das cores e estou muito entusiasmado por estar aqui. Estou desejoso de estar com a equipa”, começou por dizer no momento da apresentação, revelando ainda que chega com as melhores referências sobre os Leões.
“Ouvi coisas muito boas sobre a equipa e a cultura do Clube. Falei com o João [Coelho], o treinador, e pareceu-me que posso encaixar perfeitamente aqui. Além disso, o Jonas Aguenier foi meu colega de equipa [no Verona Volley], falei muito com ele sobre esta decisão e também me deu excelentes referências sobre a equipa e a forma como trabalham aqui. Foi muito importante para mim saber todas estas coisas”, destacou o novo oposto verde e branco, impressionado à primeira vista com o Pavilhão João Rocha.
“É lindo e muito maior do que estava à espera. É também notório que é um Clube muito profissional, porque já estive a falar com fisioterapeutas e outros elementos do staff, e todos têm sido muito simpáticos e acolhedores. O ambiente é muito bom”, realçou sobre as suas primeiras impressões.
De olhos postos na nova época, o internacional dinamarquês mostrou-se ciente de que “o Sporting CP é um clube vencedor e a equipa de voleibol vem de ganhar o título nacional”, o que acarreta um ‘salto’ “entusiasmante” para a CEV Champions League. “É o principal palco a nível europeu, queremos provar o nosso valor e acho que podemos ser uma boa surpresa”, apontou.
Mads Kyed Jensen garantiu ainda que chega “para ajudar o colectivo da melhor maneira possível a atingir os objectivos” e definiu-se como um jogador “que trabalha arduamente todos os dias”. “Vivi e aprendi muito e quero trazer essas aprendizagens para aqui. Quando as coisas não estão a correr bem, gosto de me manter positivo e jogo sempre com o máximo de energia para ajudar a equipa”, acrescentou.
Natural de Copenhaga, a mais recente cara nova do voleibol verde e branco já representou o Gentofte Volley (Dinamarca), jogou no voleibol universitário estado-unidense e em Itália, além de duas passagens pelo Verona Volley, também vestiu a camisola do Cuneo
Volley.
Por fim, o novo jogador dos Campeões Nacionais dirigiu-se aos Sportinguistas: “Obrigado pelas boas-vindas. Ouvi coisas muito boas sobre os adeptos e por isso convido todos a virem ao pavilhão porque vai ser uma época divertida”.
Por sua vez, João Fidalgo, o novo coordenador do voleibol do Sporting CP, que marcou presença na apresentação, frisou que este é um reforço que reflecte a ambição dos Leões para 2025/2026.
“É uma contratação que se enquadra no que procurávamos: dar profundidade desde o
início da época numa posição importante. Houve uma escolha clara por parte da equipa técnica e estamos muito contentes por contar com ele num ano importante, com a presença na CEV Champions League e para voltar a lutar pela conquista do campeonato. O plantel tem de corresponder a esses desafios”, atentou, justificando a valia do novo oposto verde e branco.
“Embora ainda jovem, é um jogador com experiência e com alguns anos a treinar e a competir num contexto de alto nível em Itália. Temos muitas expectativas sobre o Mads”, concluiu.
BILHETE
NOME MADS KYED JENSEN
DATA DE NASCIMENTO 24/04/1999 (26 ANOS)
NACIONALIDADE DINAMARQUESA
POSIÇÃO OPOSTO
CLUBES ANTERIORES GENTOFTE VOLLEY, UCLA BRUINS, VERONA VOLLEY E CUNEO VOLLEY
INTERNACIONAL PELA DINAMARCA
“DEIXO
ANA SOFIA RUA, DE 27 ANOS, FOI UMA DAS FIGURAS DAS ÚLTIMAS DUAS
TEMPORADAS DA EQUIPA FEMININA DE BASQUETEBOL DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, COM AS LEOAS A SUBIREM DO TERCEIRO ATÉ AO PRIMEIRO ESCALÃO DA MODALIDADE. AGORA, DEIXA O EMBLEMA DE ALVALADE E O PAÍS PARA EMIGRAR DEVIDO A UMA OPORTUNIDADE NA SUA CARREIRA ENQUANTO CONSULTORA NA ÁREA DA SUSTENTABILIDADE. AO JORNAL SPORTING, A BASE CHOROU NA ENTREVISTA DE DESPEDIDA, ATÉ PORQUE, GARANTIU, APAIXONOU-SE PELO EMBLEMA QUE UTILIZOU AO PEITO: “O SPORTING CP ENSINOU-ME QUE É POSSÍVEL AMAR UMA INSTITUIÇÃO”.
Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Sérgio Martins
É o momento da despedida. Como se sente? Disse que não ia chorar, mas comecei a chorar ainda antes de falarmos. Estou muito feliz, são lágrimas de felicidade e de sentimento de dever cumprido. Deixo o Sporting CP no seu lugar, onde merece estar. Comecei este caminho sem saber que tão cedo ia deixar de estar aqui, mas estou de consciência tranquila. Estamos no escalão do principal do nosso país e tenho pena de não ficar cá, mas faz parte.
Porque é que vai sair mais cedo do que esperava?
Tive uma proposta de trabalho para ir para fora do país. Tive de aceitar, era importante para a minha outra carreira e decidi arriscar. Custa-me muito deixar este clube e esta casa que tão bem me recebeu.
Já disse que está feliz. O que pesa mais: essa felicidade ou a tristeza pela saída?
É difícil responder a essa pergunta. Quero dizer que é a felicidade e que tudo o que vivi aqui não tem comparação. Fui tão feliz no meu primeiro dia aqui que a partir do
segundo tudo seria um bónus. Fui muito mais feliz do que alguma vez imaginei ser, as duas épocas foram todos sonhos. Um lado sádico da minha parte fazia-me pensar que algum dia chegaria a parte má, mas não chegou. Foram dois anos de pura felicidade e nem consigo explicar por palavras quão gratificante foi representar um clube tão grande. Não tinha este sonho porque não sabia que era possível ter um sonho destes. Para além de uma escola, é uma casa tão bonita. Respeitaram-me sempre, celebraram a maneira como eu sou. Não tive de mudar nada, o que eu era foi suficiente.
Fora do basquetebol, é consultora na área da susten tabilidade. Tenciona, no futuro, voltar a priorizar o basquetebol?
Não sei exactamente o que quer dizer com isso até porque sempre equiparei os dois mundos. Pode parecer que estou a dar, agora, mais importância a um deles, e se calhar até estou um bocadinho, mas o basquetebol vai fazer sempre parte de mim. Pratico desde os 11 anos e já não sei existir sem o basquetebol, do qual gosto de fazer parte. Não sei se vou continuar a jogar basquetebol, o que torna esta despedida ainda mais difícil.
“RESPEITARAM-ME SEMPRE, CELEBRARAM A MANEIRA COMO EU SOU. NÃO TIVE DE MUDAR NADA, O QUE EU ERA FOI SUFICIENTE”
Sai em alta e, como disse, deixa o Sporting CP numa posição bem melhor do que quando o encontrou. Isso deixa a com uma maior paz de espírito?
Sim. Vou com um grande orgulho. Foi para isto que vim para cá, já estava na hora de termos um clube tão grande e importante para as modalidades no basquetebol feminino. É fundamental e é com muito orgulho que fiz parte desta história, principalmente com o papel que tive. Não sonhava jogar num clube tão grande, muito menos enquanto capitã de equipa.
Voltando ao dia da subida, agora de forma mais fria. Como foi esse momento?
Quando chegou o momento, e lembro-me de onde estava no campo, desfiz-me em lágrimas. Foi uma sensação de alívio. Tínhamos este peso, esta responsabilidade de jogar por este clube e nunca a tinha sentido. Depois, foi um orgulho e felicidade imensos por vermos o que estávamos a fazer por um clube grande, por uma modalidade que está em crescimento e pelo desporto feminino, que tem estado a crescer. O basquetebol, graças ao efeito Caitlin Clark, está em altas e ainda bem.
Comparando com a época anterior, qual das duas foi mais memorável?
A primeira temporada que aqui vivi foi mais de deslumbramento, com zero expectativas. O Sporting CP apostou em nós desde o início, sempre treinámos no Pavilhão João Rocha. Esta época ficou um bocadinho mais sério. Atletas estrangeiras, mais pessoas a ver os nossos jogos, mais vezes a aparecer nos jornais. Mesmo para além da máquina Sportinguista, começaram a falar mais de nós. Não escolher entre as duas porque a primeira foi muito especial, mas a segunda marcou a chegada ao ponto mais alto. É injusto preferir uma, fui muito feliz nas duas.
Como chegou ao Sporting CP?
Ainda hoje não sei. Foi ajuda divina, certamente, as estrelas alinharam-se. O João [Pedro Vieira, treinador] contactou-me e antes de ele terminar eu já o estava a interromper para dizer que ia aceitar. O lema do Sporting CP fala em Esforço, Dedicação e Devoção e tive-os todos durante muitos anos, mas esta é a Glória. E mais uma vez digo: não sabia que esta Glória existia.
Não tinha clube, mas hoje, pela forma como fala, já é Sportinguista. Como foi toda essa descoberta de um mundo novo?
Antes de chegar aqui, concebia a ideia de amar uma pessoa, mas era muito complicado amar uma cor, uma instituição ou uma ideia. Tinha muito dificuldade em aplicar essa palavra, mas o Sporting CP ensinou-me que é possí-
vel amar uma instituição. Digo, hoje, que amo o Sporting CP. Enquanto atleta, há o desafio e a honra de representar um clube tão grande, mas só depois de cá estar é que me apercebi da dimensão e do privilégio que é estar aqui. Também foi por isso que me apaixonei pelo Sporting CP. Para além disso, tive aqui condições que nunca tinha tido. Não via futebol e passei a ir ao estádio sempre que o Sporting CP jogava em casa. Apaixonei-me completamente pelo Sporting CP, foi uma jornada muito bonita.
O que significa ser capitã num clube assim?
Não tenho palavras. Tinha sido capitã na formação e desde então não tinha desempenhado esse papel. De uma maneira ou de outra, acho que tenho características de líder, mas nunca me vi como capitã de equipa. Desempenhar este papel logo na casa mais bonita das modalidades em Portugal parece brincadeira. Recebi a notícia que ia trabalhar para fora com a época já a decorrer e as lágrimas vieram-me aos olhos num treino. Perguntaram-me o que se passava e eu disse que ia ter muitas saudades de estar aqui. Olhar para este campo dá-me arrepios e borboletas na barriga.
De todos os jogos que realizou no Sporting CP, qual foi o mais marcante?
É impossível não destacar os dois que garantiram as subidas de divisão, em ambos os anos, assim como as finais, que foram, jogos muito disputados. Tenho muita sorte ao dizer que perdi muito poucas vezes. Se tivesse de destacar um, foi num dia em que uma das minhas melhores amigas emigrou e agora estou eu nesse papel. Foi a 1 de Novembro de 2023, quando jogámos pela primeira vez contra uma equipa de divisão superior [GDR André Resende] e eliminámos essa equipa da Taça de Portugal. Foi a confirmação de que o Sporting CP estava de boa saúde e que a equipa feminina de basquetebol estava para ficar.
Do que conhece da equipa, está pronta para este novo desafio na Liga?
Quero acreditar que sim. Ficam em muito boas mãos, temos uma equipa técnica fantástica e sempre disponível para ajudar toda a gente. O foco é sempre o Sporting CP e isso é uma coisa tão bonita que não vivi noutros lugares. Só aqui é que existe este foco na instituição e identifico-me muito. As minhas colegas que ficam vão continuar a fazer um bom trabalho e confio em todas. Brincam comigo porque faço passes sem olhar, mas se o faço é porque confio. Se vou continuar a ver os jogos? Sim, sempre que passar na Sporting TV vou acompanhar e procurar saber se estão bem. Sei que estão bem entregues e tanto elas como o Clube merecem.
“O FOCO É SEMPRE O SPORTING CP
E ISSO É UMA COISA TÃO BONITA QUE NÃO VIVI NOUTROS LUGARES”
De todas elas, quais são as que vão ficar no coração? Desenvolvi uma relação muito boa com todas. Não consigo destacar uma pessoa, mas sim quem começou o projecto e está aqui desde o início. Temos atletas que abdicaram de jogar no escalão principal para descer duas divisões e trazer o Sporting CP até onde merece estar. Nesse sentido, destaco as minhas colegas que estão comigo desde o início, sendo que todas as que chegaram e vão chegar são boas pessoas que vão fazer tudo para dignificar o Leão.
O que tem a dizer aos Sportinguistas?
Muito obrigada. Fui mesmo muito feliz, não há palavras. É com grande tristeza que vou abandonar, mas também com a sensação de dever cumprido.
CLUBE FOI CONVIDADO, ATRAVÉS DO FUTSAL, PARA UM CONSÓRCIO QUE ENVOLVE ORGANIZAÇÕES DA ROMÉNIA, BULGÁRIA E LETÓNIA [AS FEDERAÇÕES DE FUTEBOL], ENTRE OUTRAS. O MUNICÍPIO DE TRANI, EM ITÁLIA, REDIGIU O PROJECTO.
os propósitos deste programa ambiental são claros.
O Sporting CP é, reconhecidamente um clube de causas. A ambiental é uma delas, não fosse um clube verde por excelência, que ao logo dos últimos anos tem estado cada vez mais envolvido na protecção ecológica e na melhor forma de preservar o meio ambiente. Entre várias acções, o Sporting CP faz agora parte de um projecto desencadeado pelo município de Trani, em Itália, destinado a dar o exemplo de como reutilizar materiais e cuja essência é a sustentabilidade.
João Monge da Silva, coordenador do Gabinete de Suporte Administrativo e Operacional das Modalidades , explicou o papel do Clube neste ‘ecossistema’ de parcerias para ajudar a proteger o meio ambiente e contribuir para um ambiente o mais saudável possível.
ReScore (https://rescoreproject. org/#features) é o nome do projecto ao qual o Sporting CP, através da secção de futsal, presta apoio e
“Existem vários Erasmus+ [programas da União Europeia] e o Sporting CP foi convidado a participar no ReScore, que está ligado à sustentabilidade, no que toca ao material de utilização desportiva e à consciencialização de atletas, dirigentes e treinadores para a sua reutilização. Nós já fazemos isso em diversas circunstâncias, mas agora é uma maneira de poder visualizar, sistematizar e de fazer um programa para os jovens, para os gestores desportivos e também para os nossos treinadores”.
SPORTING CP
CONVIDADO DE HONRA PELO BOM EXEMPLO E PRESTÍGIO
A partilha de conhecimento entre profissionais da mesma área de diversos países e instituições une entidades balizadas por um denominador comum: ideais de sustentabilidade, uma linha forte da política desportiva do Sporting
ainda que: “O projecto esteve em preparação durante um ano, houve a candidatura, depois foi ganho, teve início, oficialmente, no dia 1 de Janeiro e vai terminar, em Lisboa, em Outubro de 2026”.
ADERIR SEM HESITAR AO
CP que está, por isso, adaptado aos desafios de uma nova era, muito virada para as questões ecológicas e ambientais.
A partir de uma perspectiva de economia circular, o objectivo deste programa é aumentar a sustentabilidade dos clubes de futebol de base europeus, educando os seus principais stakeholders sobre Economia Circular (EC) e sobre os valores de sustentabilidade incorporados no desporto.
João Monge da Silva explicou o convite que o Sporting CO recebeu. “O programa integra várias entidades, não só o Sporting CP. Começou pelo município de Trani, uma cidade do Sul de Itália, que escreveu o projecto com duas ONG (uma portuguesa e uma búlgara) ligadas a este tema da sustentabilidade e que convidaram várias instituições: as federações de futebol da Bulgária, Roménia e Letónia; um clube desportivo (no caso foi o Sporting CP); o Sredna Gora Development (Bulgária) e há uma parte científica que inclui uma escola, uma Business School de Paris, a École de Ponts Business School , que faz o desenvolvimento de tudo isto”, salientou, adiantando
Evitar gastos desnecessários e reutilizar. No fundo, reaproveitar material com o mínimo desperdício, numa lógica de que nada se perde, tudo se transforma. Assim pensa o Sporting CP e por isso, o convite ao Clube, como um grande embaixador de algo que é de todos: o meio ambiente. Sim, porque o Sporting CP é de todos quantos defendem as boas causas e um Mundo virado para o bem-estar da comunidade. “Quando fomos convidados não pensámos muito, aderimos logo a este projecto. Esta questão [sustentabilidade, reciclagem, cuidado com o meio ambiente] é muito importante. O Sporting CP não forma só atletas, forma pessoas, portanto, para nós é muito importante essa consciencialização dos jovens do quanto é importante a protecção do ambiente e a reutilização do material para não criar gastos desnecessários”, explicou João Monge da Silva.
O projecto assentou como uma luva nos princípios e valores do Clube, partilhados entre o Sporting CP e as demais entidades que integram o ReScore.
“Reutilizar e transformar o máximo de material possível, em vez de comprar de novo. Aqui, a grande diferença é que vamos criar um manual de boas práticas para formar os jovens atletas, dirigentes e treinadores e, depois, criar uma plataforma digital onde isso seja visível: quantos quilos de camisolas chegaram, quantas foram reaproveitadas, quantas foram descartadas, etc. Vai ser tudo muito visível. Depois, irão realizar-se workshops, queremos criar uma competição em que a sustentabilidade seja parte do regulamento da mesma e no final, em 2026, culminar com um grande evento, onde para além dos participantes neste projecto,
vários stackholders internacionais e nacionais estarão a apresentar as conclusões deste projecto”.
O Sporting CP sabe que tem uma enorme função social e que pode aglutinar muito em torno das ideias que defende. A de maior sustentabilidade não precisa de ter cor clubística, mesmo que isso também possa ajudar. Mas há algo maior. “A ideia vem de cima, a administração do Sporting CP tem este tipo de preocupações e isso foi sempre passado para a restante estrutura. O que por vezes não existe é a sistematização e por isso é que o projecto nos pareceu interessante, de como a mensagem é passada de forma mais eficaz e eficiente para os nossos atletas, dirigentes e treinadores. Pareceu-nos que é uma forma óbvia de o fazer, está bem alinhada com o que a administração quer e estas duas ideias, do Sporting CP e do programa estão bem alinhadas”, explicou João Monge da Silva sobre este projecto em que se pretende consciencializar as pessoas no terreno, atletas e treinadores, tudo a partir da estratégia idealizada pela administração.
Pôr em prática, mas também deixar um legado para gerações futuras sobre o que deve ser feito no dia-a-dia motiva o Sporting CP, que tem ideias bem concretas para o caminho a seguir. “Em todos os eventos que o Clube organiza, há sempre essa preocupação da sustentabilidade. Por exemplo, levar o mínimo possível de garrafas de plástico nos jogos, nos treinos e promover a reciclagem das mesmas. Há essa preocupação, mas é uma preocupação orgânica, digamos assim. Não existem regras, um livro de como devemos fazer e é esse manual que queremos criar e depois divulgar. Um Manual de Boas Práticas para consulta, obviamente com o cunho do Sporting CP, mas feito por todos os parceiros do projecto e, nomeadamente, a escola de Paris, que tem variadíssimos conhecimentos científicos no que diz respeito à Economia Circular”,
explicou João Monge da Silva.
ESPALHAR MENSAGEM SOB O BOM DESÍGNIO DO CLUBE
Actuar sempre na consciência do bem geral é proteger o ambiente e torná-lo cada vez mais sustentável. O Sporting CP quer ser mensageiro e pode ajudar a disseminar mais facilmente e rapidamente a mensagem de reutilizar, reciclar e transformar material, evitando ao máximo o desperdício.
“Este projecto visa um pouco os clubes mais pequenos. O Sporting CP sendo o clube que é, está muito envolvido com outros clubes quando participa em torneios e essas boas práticas são mais fáceis de espalhar quando vêm de instituições como a nossa, ou das Federações
Internacionais. Quando este projecto ficar institucionalizado, não vai ser exclusivo do Sporting CP, vai ser publicado na plataforma e a ideia é que todos os outros clubes, quer nacionais, quer internacionais, possam utilizar e implementar este Manual de Boas Práticas. Todos os clubes têm esta preocupação, mas muitas vezes não sabem onde se dirigir, como fazer, onde começar e o Sporting CP pode funcionar como porta-voz, porque consegue dar voz e difundir esta mensagem de forma muito mais eficaz”.
Como foi encarado pelo Sporting CP este reconhecimento? João Monge da Silva explicou. “O Sporting CP como entidade de utilidade pública
INFINDÁVEL JULHO E SUPERTAÇA – Continua em marcha o vagaroso e – para quem gosta de futebol – penoso mês de Julho… apesar disso, a chamada pré-época já começou incluindo alguns jogos de preparação. Bem sabemos, tudo isso é necessário, tudo isso é importante e fundamental, tudo tendo em vista o início da época oficial, que começa – finalmente! – já no próximo dia 31 com a disputa da Supertaça, no Estádio Algarve, partida na qual o Sporting CP tem assento por direito próprio, pois conquistou, brilhantemente como todos sabemos, os dois títulos que dão esse direito, ou seja o Campeonato e a Taça de Portugal! Já o nosso adversário nesse jogo, o SL Benfica, apenas pode estar presente – depois da triste e vulgar “pantomina” que ainda tentou lançar sobre a data desse jogo, que antes tinha merecido o seu total acordo! – por benesse dos regulamentos, a modos de um “suplente convidado”, para suprir a falha de quem não pode estar por direito próprio e apenas para impedir que o troféu em causa seja atribuído sem ter sido disputado, por inexistência de contendor!
JOGOS DE PREPARAÇÃO – Assistimos, naturalmente, aos jogos televisionados com o Celtic FC e, nesta semana, com o Sunderland (clube que me faz sempre lembrar o inesquecível Manuel Fernandes e um inolvidável jogo do Sporting CP para as competições europeias, nos anos 80, no qual ganhámos pela primeira vez em Terras de Sua Majestade, graças a dois golos do nosso “Eterno Capitão”!). Lemos também o que se passou nos “mini-jogos” com o Portimonense SC e o SC Farense (ambos com partes de apenas 35 minutos). Vemos que o trabalho começa a dar frutos, estando a equipa a ficar mais “solta”, bem preparada em todos os itens que importam, desde logo no fundamental aspecto físico. Corolário disso mesmo é a vitória no nosso último jogo, exactamente o que fizemos contra o Sunderland, partida na qual – aliás e apesar do nosso golo ter
tem a função, não apenas de formar atletas, mas também cidadãos, portanto é muito importante para nós. A nossa estratégia é participar cada vez mais neste tipo de projectos, já temos alguns, mas pequenos, este é o maior em que participámos, queremos fazer isto de maneira sistemática. Concorremos este ano, para um projecto em que o Sporting CP é coordenador, escreveu o projecto, Safeguarding de crianças [Protecção de menores] para criar um Manual de Boas Práticas para a segurança das crianças no âmbito desportivo. É estratégia do Clube estar sempre à frente em termos de boas práticas de gestão e consciência social”.
O projecto está ligado a futebol, mas neste caso por razões mais práticas,
ao futsal. No Sporting CP, tem havido muita participação na resposta a questionários, nas sugestões, num claro sinal de que o ReScore tem ‘marcado golos’ junto de jovens jogadores, dirigentes e técnicos na secção Leonina, realidade que João Monge da Silva interpreta com bastante satisfação.
“A adesão tem sido bastante boa, estamos na fase de recolher questionários a jogadores e treinadores e temos tido bastantes respostas. Sim, é o futsal, que está ligado à Federação Portuguesa de Futebol. Pareceu-nos que era mais fácil começar por aqui e chegar a outros clubes na divulgação. Era mais ágil. Mas é extensivo ao futebol e a outros clubes que queiram implementar as boas práticas”.
UNIDOS
UMA CAUSA SEM FRONTEIRAS
sido obtido no primeiro quarto de hora de jogo – fomos subindo em todos os aspectos com o passar do tempo.
TROFÉU CINCO VIOLINOS – É já na próxima 6.ª feira, no Estádio do Jamor, ao fim do dia. O adversário é um dos difíceis clubes espanhóis, há muitos anos a competir na La Liga, o “repetente” Villarreal. Não esperemos, pois, uma partida fácil, de Verão. Vai ser mais um jogo dos tais de “preparação”, mas –neste caso – com mais dois aliciantes aspectos. Por um lado, é um Troféu que muito diz aos Sportinguistas e que – como de costume – ambicionamos vencer (será, creio, a nossa décima vitória nesta prova; mas atenção porque – dos três Troféus que perdemos ao longo dos anos – dois foram para equipas espanholas, o Sevilha e o Valência). Por outro lado, é também o jogo de apresentação da equipa aos Sócios, que terão pela primeira vez, na época que agora se inicia, a oportunidade de a ver em Lisboa (só não dizemos no nosso Estádio, pois o Templo de José Alvalade ainda está, como todos sabemos, em fase de conclusão de obras de melhoramento e crescimento). Será esse o nosso último jogo de preparação, já que – tanto quanto sabemos – o jogo seguinte será já o tal da Supertaça, no último dia deste Julho.
CONSELHO DE DISCIPLINA – Depois do “circo montado” pelo SL Benfica a propósito da derrota que sofreu às nossas mãos na final da Taça de Portugal, apareceram agora as sanções disciplinares. Matheus Reis foi mimoseado com um conjunto de cinco jogos (um deles por aparentemente lhe imputarem uma “voz”), sendo que não nos recordamos de uma sanção deste tamanho nos últimos anos a um qualquer jogador da primeira divisão portuguesa. Geovany Quenda foi, por seu turno, presenteado com dois jogos de suspensão. O Sporting CP já recorreu. Fez bem! E fez bem porque as sanções em causa são claramente abusivas, muito para além do que poderia tentar ser justificado. Naturalmente que contamos com a procedência dos recursos apresentados. Cá estaremos para os festejar! No entretanto, depois dos comunicados e das queixas, todas e de todo o tipo e para todas as entidades com que o nosso adversário, o SL Benfica, inundou a praça pública, a Taça de Portugal repousa, como não poderia deixar de ser, no nosso Museu! E que bem que ela lá está! Na sua casa, no nosso Museu! A caravana passou! Segue, Sporting CP!
“Somos Erasmus+, ou seja, intercâmbio de profissionais dentro da indústria, neste caso da gestão desportiva. Já fomos a reuniões fora, estivemos na Bulgária há pouco tempo, na reunião organizada pela Federação de Futebol Búlgara. O colega da Federação tinha estado com o Iordanov [jogador de futebol do Sporting CP nos anos 90] que nos mandou cumprimentos. Não estivemos juntos, porque a reunião não foi em Sófia, mas houve essa curiosidade. Hão-de vir aqui alguns gestores dessas federações e treinadores, principalmente nesse grande evento que vai fechar o projecto”, explicou João Monge da Silva, sobre um programa que tem no Sporting CP um parceiro muito entusiasta e sempre pronto para corresponder aos desafios por um Mundo melhor e mais sustentável.
COMUNICADO DO SPORTING CP – Pouco depois da divulgação das sanções aplicadas pelo Conselho de Disciplina, o Sporting CP divulgou um excelente comunicado, no qual – entre outros aspectos – demonstrou como a palavra “chupa” serve para punir jogadores do Sporting CP com jogos de suspensão e na boca de jogadores encarnados não serviu para mais do que uma mera e ridícula multa, sem punição nenhuma quanto a suspensão de jogos! Esse comunicado recordou – também e de modo muito oportuno – que aos jogadores do Sporting CP nem um simples “yeah” é permitido! Coitado do Harder! E ainda nesse Comunicado se sublinhou o facto de o presidente Frederico Varandas ter sido punido com 51 dias (de pasmar!) de suspensão… sendo que o presidente do SL Benfica disse o que disse na Tribuna do Jamor, no auge da sua azia pela derrota na final da Taça, e nada… nenhum processo, nenhuma sanção! E igual condescendência mereceu o presidente do FC Porto que – sem se perceber porque quis intervir e sem ser chamado ao caso – resolveu vir em auxílio do seu homónimo benfiquista (ressuscitando essa histórica e nefasta aliança desses dois clubes) e para tanto pôs-se em bicos de pés para dizer que o presidente do Sporting CP “coagia árbitros”. Também nenhum processo foi instaurado ao líder portista, pelo que nenhuma sanção lhe será aplicada. Lamentável! Saliento ainda, e por último, que o Conselho de Disciplina juntou incompreensivelmente contratos de vários jogadores do Sporting CP ao processo disciplinar instaurado a Matheus Reis, sem qualquer explicação, sem qualquer razão! Relembrar que os instigadores desse processo são o nosso rival e concorrente SL Benfica e – ainda não percebi nem como, nem porquê – o cidadão César Boaventura. Tudo isto – e mais, muito mais – foi relatado nesse Comunicado do Sporting CP! Um oportuno e excelente Comunicado! Foi mesmo! Parabéns, Sporting CP!
Viva o Sporting Clube de Portugal!
P.S – O Tribunal Criminal de Lisboa absolveu o presidente Frederico Varandas da expressão “posso trocar bandido por corruptor activo”. Uma excelente decisão judicial, que honra a nossa magistratura e a justiça portuguesa. Uma derrota profunda para Pinto da Costa e seus familiares que quiseram prosseguir este lamentável ataque contra o nosso presidente! Afinal não é só no Tribunal do Bolhão que se trata destes assuntos! Ainda bem!
FUTEBOL ADAPTADO DO SPORTING CP ENTRE 40 GRANDES EMBLEMAS MUNDIAIS NA GENUINE CUP, QUE SE JOGA DE 27 DE JULHO E 2 DE AGOSTO, EM HOUSTON, NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografia: João Pedro Morais
Os valores da autenticidade, lealdade na competição e de integração no desporto tiveram mais um reconhecimento ao Sporting CP em forma de convite à equipa de futebol adaptado do Clube para participar na segunda edição da Genuine Cup, na cidade de Houston, nos Estados Unidos.
Pelo segundo ano consecutivo, a equipa de futebol adaptado do Sporting Clube de Portugal, no âmbito do projecto Sporting para Todos, vai estar presente na prova que vai decorrer entre os dias 27 de Julho e 2 de Agosto. O torneio conta com a participação de 40 equipas de renome a nível mundial, oriun-
das de quatro continentes. O futebol adaptado destina-se a jovens com deficiência intelectual e de desenvolvimento, naquilo que representa o melhor do desporto: diversidade, inclusão, respeito e claro, a oportunidade, porque o desporto é para todos e o Sporting CP é um clube agregador e inclusivo. Por isso, a vontade de elevar bem alto o nome do Clube anima os treinos da equipa que preparara a prova na cidade do Estado do Texas.
Isabel Moreira, coordenadora do Sporting para Todos, falou aos meios de comunicação do Clube sobre a presença da equipa de futebol adaptado na prova. “É uma competição de futebol adaptado, todo virado para pessoas com defi-
ciência, mas dentro da deficiência, com várias características. O ano passado foi uma competição com 12 clubes, este ano são 40 o que se traduz num aumento significativo em termos de atletas e de clubes. Para nós é muito gratificante. Em primeiro lugar, porque é muito importante para o Clube no âmbito do projecto Sporting para Todos ter uma equipa de futebol adaptado que está envolvida num evento de alto valor em termos mundiais. E depois, porque estamos com equipas de praticamente todo o Mundo – só não estará representado o continente africano. Estão as grandes equipas do futebol europeu, também, que cada vez mais apostam na área do desporto adaptado e todos querem ter uma equipa de futebol
adaptado. É muito gratificante para nós e estamos cheios de força para esta segunda edição”, salientou.
Desporto é convívio e uma oportunidade para conhecer outras realidades. A equipa de futebol adaptado do Sporting CP vai para os Estados Unidos com a ambição de ganhar, mas já será uma vitória o que os jovens Leões irão viver na Terra dos Sonhos. “Eles vão conhecer muito mais gente e estar em contacto com pessoas de todo o Mundo. Esta experiência não é só desportiva, embora a parte competitiva seja muito importante, mas tem também uma vertente social.
É muitíssimo importante mostrar ao Mundo que as pessoas com deficiência também têm imensas competências”, explicou Isabel Moreira. A equipa de futebol adaptado do Sporting CP faz jus ao conceito de um clube de todos e para todos. Um clube capaz de criar bem-estar no desporto, de proporcionar realização pessoal aos atletas e de os fazer esquecer das limitações com que vivem no dia-a-dia.
João Monge da Silva, coordenador do Gabinete de Suporte Administrativo e Operacional das Modalidades, recordou a edição do ano passado que serve de referência para o futuro: “Superou as nossas expectativas. Fomos à final com o FC Barcelona, que supostamente era a equipa mais forte e foi taco a taco. A experiência foi gratificante, os miúdos lutaram e não falam de outra coisa, de voltar aos Estados Unidos outra vez”. A vontade de voltar a representar muito bem o Sporting CP é a máxima dos jovens que falaram aos meios de comunicação do Clube. Os futebolistas da equipa Leonina querem aproveitar a experiência ao máximo, num torneio que mostra também um Clube sem limites e sem barreiras. E as que houver, são para tentar ultrapassar, em forma de vitórias.
“Gosto de jogar e de participar, não interessa quem vem ou quem não vem. Sabemos que somos uma boa equipa para ganhar os jogos todos, não interessa quem vai jogar contra nós. Estou entusiasmado. Ganhar cada jogo é uma vitória”, disse João Sequeira, num sentimento partilhado por Martim Maia: “Vou gostar muito de jogar com todos e vou tentar ganhar. Vamo-nos unir para ganhar e vamos conseguir”, finalizou.
200 m 27.º Lurdes Oliveira 24’’69
400 m barr. 17.º Sofia Lavreshina 57’’73 (57’’58 elim.)
1500 m 22.º Marta Castro 4’18’’52 - REC. PESSOAL 4x100 m 6.º Portugal (Rita Barbosa, Beatriz Castelhano, Lurdes Oliveira e Joana Dias) 44’’62 (44’’21 elim. - REC. NAC.)
Absolutos Torneio Encerramento AAL
100 m 1.º Rita Figueira 12’’80
3.º Ariane Benoliel 15’’69
5.º Olinda Ivars 35’’43
300 m
2.º Leonor Rosa 45’’80
4.º Sara Gonçalves 50’’01
800 m 2.º Beatriz Almeida 2’20’’08 Altura
1.º Mariana Pontes 1,55 m
2.º Jursileny Santana 1,46 m
3.º Mariana Paço 1,42 m Vara
1.º Carolina Veríssimo 3,12 m Nádia Mata sem marca Triplo
2.º Naycira Varela 11,58 m
4.º Joana Ghira 11,02 m 5.º Nádia Mata 10,90 m 6.º Filipa Roussado 10,44 m Disco 1 kg
1.º Lafaete Saraiva 41,27 m 2.º Eliane Varela 30,89 m 3.º Ariana Pereira 22,32 m FUTEBOL MASCULINO
Seniores Jogo Prep.
CP 0-0 Portimonense SC Sporting CP 0-2 Celtic FC Sporting CP 1-1 SC Farense
Seniores Camp. Mundo Águas
Abertas
5 km 30.º Diogo Cardoso 1h01’06’’70
Infantis A Camp. Nac.
100 m livres
38.º Matias Mata 1’05’’88
200 m livres
17.º João Rodrigues 2’17’’94
46.º Pedro Peres 2’29’’24
400 m livres
17.º João Rodrigues 4’51’’48
47.º Matias Mata 5’03’’63
80.º Pedro Peres 5’22’’10
100 m costas
14.º Pedro Peres 1’14’’95
28.º João Rodrigues 1’20’’08
200 m costas
14.º Matias Mata 2’37’’48
200 m estilos
41.º Matias Mata 2’37’’61
69.º João Rodrigues 2’41’’69
98.º Pedro Peres 2’47’’08
4x50 m livres
11.º Sporting CP (Matias Mata, Pedro Peres, João Rodrigues e Vasco Pires)
1’59’’50
4x50 m estilos
12.º Sporting CP (Pedro Peres, Gonçalo Francisco, Vasco Pires e Matias Mata) 2’15’’44
Infantis B Camp. Nac.
200 m livres
12.º Vasco Pires 2’25’’83
25.º Gonçalo Francisco 2’30’’45
Extra Marco Boggelen 2’28’’36
400 m livres
19.º Vasco Pires 5’04’’82
46.º Gonçalo Francisco 5’18’’88
Extra Marco Boggelen 5’28’’18
100 m costas
Extra Marco Boggelen 1’19’’25
100 m bruços
6.º Vasco Pires 1’25’’64
100 m mariposa
8.º Gonçalo Francisco 1’15’’40
200 m estilos
16.º Vasco Pires 2’43’’38
52.º Gonçalo Francisco 2’52’’36
Extra Marco Boggelen 2’50’’32
FEMININO
Infantis A Camp. Nac.
100 m livres
1.º Rinelmo Sami 14,98 m
2.º Tomás Figueiras 14,25 m 3.º Luís Coelho 12,95 m Disco 1,75 kg
1.º Guilherme Cardoso 37,73 m FEMININO Seniores Jogos Desp. CPLP Peso
1.º Margarida Bento - MED. OURO
Sub 23 Camp. Europa
ATLETISMO
QUINTA, 24 DE JULHO
8H30 Seniores DUARTE GOMES, ANDRÉ PIMENTA, JULIANA GUERREIRO e NUNO PEREIRA Jogos Mundiais Universitários Lohrheidestadion (Bochum, Alemanha)
SEXTA, 25 DE JULHO
16H09 Seniores
CAMILA GOMES
Jogos Mundiais Universitários Lohrheidestadion (Bochum, Alemanha)
SÁBADO, 26 DE JULHO
8H30 Seniores
DUARTE GOMES
Jogos Mundiais Universitários
Lohrheidestadion (Bochum, Alemanha)
15H00 Sub-20
SPORTING CP
Camp. Nac. Sub-20
Comp. Mun. Atletismo Carla Sacramento (Seixal)
DOMINGO, 27 DE JULHO
8H30 Sub-20
FEMININO
Rítmica Jogos Mundiais Universitários
Arco
22.º Joana Pinheiro 24.900
Bola
35.º Joana Pinheiro 22.600
Maças
17.º Joana Pinheiro 25.150
Fita
27.º Joana Pinheiro 23.500
All around
25.º Joana Pinheiro 96.150 NATAÇÃO
17.º Maria Raimundo 1’09’’67
41.º Yara Carreira 1’13’’32
200 m livres
1.º Maria Nunes 2’14’’50 - CAMP. NAC.
13.º Carlota Pereira 2’28’’29
400 m livres
1.º Maria Nunes 4’46’’79 - CAMP. NAC.
29.º Maria Raimundo 5’18’’47
34.º Carlota Pereira 5’20’’91
69.º Yara Carreira 5’48’’85
100 m costas
3.º Maria Nunes 1’12’’80
200 m costas
26.º Yara Carreira 3’01’’44
100 m bruços
11.º Carlota Pereira 1’29’’63
200 m bruços
8.º Maria Raimundo 3’08’’03
200 m estilos
1.º Maria Nunes 2’32’’80 - CAMP. NAC.
22.º Carlota Pereira 2’47’’09
43.º Maria Raimundo 2’52’’17
89.º Yara Carreira 3’01’’86
4x50 m livres
4.º Sporting CP (Carlota Pereira, Yara Carreira, Maria Raimundo e Maria Nunes) 2’05’’76
4x50 m estilos
12.º Sporting CP (Maria Nunes, Carlota Pereira, Maria Raimundo e Yara Carreira) 2’25’’35
Infantis B Camp. Nac.
100 m livres
3.º Maria Teives 1’08’’54
5.º Teresa Carvalho 1’09’’01
16.º Sofia Ferro 1’12’’06
32.º Constança Jerónimo 1’14’’53
38.º Clara Reis 1’15’’88
200 m livres
3.º Inês Silva 2’27’’36
6.º Inês Bastos 2’29’’15
400 m livres
1.º Teresa Carvalho 5’01’’32 - CAMP. NAC.
5.º Inês Bastos 5’11’’92
6.º Inês Silva 5’12’’31
13.º Maria Teives 5’21’’36 17.º Sofia Ferro 5’23’’47
48.º Constança Jerónimo 5’38’’72
49.º Clara Reis 5’40’’25
100 m costas
3.º Inês Bastos 1’16’’67
200 m costas
3.º Sofia Ferro 2’46’’23
17.º Constança Jerónimo 3’00’’84
200 m bruços
5.º Clara Reis 3’13’’48
100 m mariposa
2.º Inês Silva 1’16’’78
200 m mariposa
1.º Teresa Carvalho 2’48’’42 - CAMP. NAC. 2.º Maria Teives 2’51’’35
200 m estilos
3.º Inês Bastos 2’43’’53
4.º Teresa Carvalho 2’46’’94
6.º Inês Silva 2’47’’69
9.º Maria Teives 2’49’’74
21.º Sofia Ferro 2’57’’22
40.º Clara Reis 3’01’’54
45.º Constança Jerónimo 3’02’’72
4x50 m livres
Extra Sporting CP (Inês Bastos, Maria Teives, Inês Silva e Teresa Carvalho) 2’07’’49
4x50 m estilos
Extra Sporting CP (Inês Bastos, Maria Teives, Inês Silva e Teresa Carvalho)2’22’’57 REC. NAC. INF. B
MISTO
Infantis Camp. Nac.
4x50 m livres
11.º Sporting CP (Matias Mata, Carlota Pereira, João Rodrigues e Maria Nunes) 1’59’’79
Extra Sporting CP (Marco Boggelen,
Teresa Carvalho, Inês Silva e Vasco Pires) - 2’04’’57
4x50 m estilos
14.º Sporting CP (Pedro Peres, Maria Nunes, Matias Mata e Carlota Pereira)
2’17’’85
Extra Sporting CP (Inês Bastos, Gonçalo Francisco, Vasco Pires e Inês Silva) - 2’18’’53
PADEL
MASCULINO
Seniores Premier Padel P1 Málaga
9.º Miguel Deus / Nuno Deus (2 V / 1 D)
POLO AQUÁTICO
MASCULINO
Sub 18 Camp. Nac. CF Portuense 24-7 Sporting CP FOCA 18-11 Sporting CP
Sporting CP 14-16 CN Povoense - 4.º LUGAR
TÉNIS DE MESA
MASCULINO
Sub 19 Camp. Europa Jovens Singulares
3.º Tiago Abiodun (4 V / 1 D) - MED. BRONZE
Pares
1.º Tiago Abiodun / Iulian Chirita (6 V)MED. OURO / CAMP. EUROPA
Pares mistos
3.º Tiago Abiodun / Bianca Mei Rosu (5 V / 1 D) - MED. BRONZE
Equipas
2.º Portugal (Tiago Abiodun) - 5 V / 2 D - MED. PRATA
FEMININO
Sub 19 Camp. Europa Jovens
Singulares
5.º Matilde Pinto (3 V / 1 D)
Pares
2.º Matilde Pinto / Veronika Matiunina (5 V / 1 D) - MED. PRATA
Pares mistos
9.º Matilde Pinto / Clement Laine (3 V / 1 D)
Equipas
3.º Portugal (Matilde Pinto) - 5 V / 1 DMED. BRONZE
TIRO COM ARCO
MASCULINO
Recurvo Camp. Nac. Campo
Seniores
1.º Luís Gonçalves (2 V) - CAMP. NAC.
3.º João Alves (1 V / 1 D)
Seniores equipas
1.º Sporting CP (João Alves, Duarte Cattoni e Luís Gonçalves) - 2 V - CAMP. NAC.
Veteranos
4.º António Ferreira (2 D)
Veteranos equipas
3.º Sporting CP (José Baleizão, Paulo Castro e António Ferreira) - 1 D
Compound Camp. Nac. Campo
Seniores
equipas
de Coimbra
8H00 Gin. Todos
SPORTING CP Camp. Nac. Sub-20 Comp. Mun. Atletismo Carla Sacramento (Seixal) 9H27 Seniores CAMILA GOMES Jogos Mundiais Universitários Lohrheidestadion (Bochum, Alemanha)
BASQUETEBOL
SEXTA, 25 DE JULHO
11H00 Seniores M MARIA CRUZ
Jogos Mundiais Universitários Ischelandhalle (Hagen, Alemanha)
FUTEBOL
SEXTA, 25 DE JULHO
19H30 Seniores M
SPORTING CP vs. Villarreal CF Troféu 5 Violinos Estádio Nacional - Jamor (Oeiras)
GINÁSTICA
QUINTA, 24 DE JULHO
ORIGAMI e ELASTINAS
Gym For Life Challenge Meo Arena (Lisboa)
SEXTA, 25 DE JULHO
8H30 Gin. Todos
ORIGAMI e ELASTINAS
Gym For Life Challenge Meo Arena (Lisboa)
SÁBADO, 26 DE JULHO
8H15 Gin. Todos
ORIGAMI e ELASTINAS
Gym For Life Challenge Meo Arena (Lisboa)
DOMINGO, 27 DE JULHO
9H45 Gin. Todos
ORIGAMI e ELASTINAS
Gym For Life Challenge Meo Arena (Lisboa)
KICKBOXING
SÁBADO, 26 DE JULHO
22H00 K1
SPORTING CP Fight Night K1-Rules Parque do Império (Mirandela)
NATAÇÃO
QUINTA, 24 DE JULHO
9H00 Vários escalões
SPORTING CP
Camp. Nac. Juvenis, Juniores e Seniores
Compl. Olimpico de Piscinas Municipais de Coimbra
17H00 Vários escalões
SPORTING CP
Camp. Nac. Juvenis, Juniores e Seniores Compl. Olimpico de Piscinas Municipais de Coimbra
SEXTA, 25 DE JULHO
9H00 Vários escalões
SPORTING CP
Camp. Nac. Juvenis, Juniores e Seniores Compl. Olimpico de Piscinas Municipais de Coimbra
17H00 Vários escalões
SPORTING CP
Camp. Nac. Juvenis, Juniores e Seniores Compl. Olimpico de Piscinas Municipais
SÁBADO, 26 DE JULHO
9H00 Vários escalões
SPORTING CP
Camp. Nac. Juvenis, Juniores e Seniores Compl. Olimpico de Piscinas Municipais de Coimbra
17H00 Vários escalões
SPORTING CP
Camp. Nac. Juvenis, Juniores e Seniores Compl. Olimpico de Piscinas Municipais de Coimbra
DOMINGO, 27 DE JULHO
9H00 Vários escalões
SPORTING CP
Camp. Nac. Juvenis, Juniores e Seniores
Compl. Olimpico de Piscinas Municipais de Coimbra
16H00 Vários escalões
SPORTING CP
Camp. Nac. Juvenis, Juniores e Seniores Compl. Olimpico de Piscinas Municipais de Coimbra
PADEL
SEGUNDA, 28 DE JULHO
15H00 Seniores
MIGUEL DEUS / NUNO DEUS
Premier Padel P1 Costa Daurada
Terragona
Palacio Dep. Cataluña (Terragona, Espanha)
TERÇA, 29 DE JULHO
8H00 Seniores
MIGUEL DEUS / NUNO DEUS
Premier Padel P1 Costa Daurada
Terragona Palacio Dep. Cataluña (Terragona, Espanha)
QUARTA, 30 DE JULHO
8H00 Seniores
MIGUEL DEUS / NUNO DEUS
Premier Padel P1 Costa Daurada
Terragona
Palacio Dep. Cataluña (Terragona, Espanha)
*Vai já à Loja Verde ou a lojaverde.sporting.pt. Campanha válida até 31/8/25. Consulta as condições nas FAQ.