Jornal Sporting n.º 3927

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FUNDADO EM 31 MARÇO 1922 N.º 3927 QUARTA-FEIRA, 7 JUNHO 2023 SPORTING.PT SEMANAL ANO 101 1€ (IVA INCLUÍDO) DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO O MAIS ANTIGO JORNAL DE CLUBE DO MUNDO
ETERNO CAPITÃO

EDITORIAL

ETERNO CAPITÃO

André Bernardo

O aclamado filme ‘Clube dos Poetas Mortos’ eternizou a cena em que um grupo de alunos se coloca de pé, cada um em cima da sua mesa da sala de aula, em homenagem e agradecimento ao seu professor, Mr. Keating (protagonizado pelo actor Robin Williams), proferindo a exclamação “O Captain! My Captain”.

É nesse mesmo espírito que lançamos a edição limitada da camisola de Manuel Fernandes e que escrevo este editorial.

Nascido em Sarilhos Pequenos, o oráculo determinou que estava destinado a dar grandes sarilhos a todos aqueles que lhe tentassem tirar a bola dos pés. Não quis o destino, mas sim o próprio que vestisse a listada verde e branca de Leão ao peito. Quando jogava na CUF, ao intervalo dos jogos, a sua grande preocupação era o resultado do jogo do Sporting Clube de Portugal.

MANUEL FERNANDES É UMA

LENDA VIVA E UM ARQUÉTIPO DE SPORTINGUISTA. CARIMBOU DE GOLOS E ESTILO O SEU PASSAPORTE PARA O PÓDIO DAS MEMÓRIAS.

TORNOU “JOGOS MAIORES QUE CAMPEONATOS”*. PORÉM, MAIOR

AINDA QUE O SEU TALENTO, TEM

A SUA MANEIRA DE SER, QUE CARIMBA O SEU PASSAPORTE PARA O OLIMPO.

Conseguiu concretizar o seu sonho de jogar de Leão ao peito e, com ele, permitir vários sonhos a muitos mais.

Manuel Fernandes é uma lenda viva e um arquétipo de Sportinguista. Carimbou de golos e estilo o seu passaporte para o pódio das memórias. Tornou “jogos maiores que campeonatos”*. Porém, maior ainda que o seu talento, tem a sua maneira de ser, que carimba o seu passaporte para o Olimpo. Tenho tido a oportunidade e o privilégio de desfrutar da sua companhia e de testemunhar a sua genuína simplicidade, generosidade, boa disposição e amor pelo Sporting CP. Transportava o número 9 nas costas que, por coincidência ou não, em numerologia representa o altruísmo. É uma excelente pessoa. Muito provavelmente também por isso se tenha tornado Capitão, mas certamente por isso Eterno.

Obrigado Manuel Fernandes, o nosso Eterno Capitão.

*referência à citação de Manuel Fernandes relativa à vitória de 7-1 sobre o SL Benfica em que marcou quatro golos.

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Natural de Portimão, entrou para o boxe do Sporting CP em 1995. Foi Campeão Nacional várias vezes, tanto a nível individual como colectivo, e tornou-se uma referência da modalidade em Portugal.

Em 2004, perdeu cerca de 90% da visão num treino. Virou-se para o atletismo, tendo sido um atleta de grande nível internacional e participado na maratona em três Jogos Paralímpicos.

Criou, em 2011, a Associação Jorge Pina, que procura desenvolver actividades no âmbito desportivo e cultural que promovem a inclusão de crianças e jovens desfavorecidos.

BOXE 1976
LENDAS DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
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UMA CARREIRA DE GRANDE SUCESSO NO BOXE ACABOU MAIS CEDO DEVIDO A UMA LESÃO QUE TIROU A VISÃO A JORGE PINA, QUE VOLTOU A ENCONTRAR-SE COM O DESPORTO ATRAVÉS DO ATLETISMO. PARTICIPOU EM TRÊS EDIÇÕES DOS JOGOS PARALÍMPICOS E É, HOJE, UM DOS GRANDES NOMES DA INCLUSÃO NO DESPORTO EM PORTUGAL.

Jorge Pina nasceu em Portimão, em 1976, e o boxe entrou na sua vida ainda em criança. Praticou ainda modalidades como rugby, judo ou futebol, mas foi no pugilismo que encontrou a maior vocação e gosto. Depois de ter representado outros emblemas, chegou ao Sporting Clube de Portugal em 1995 para competir nas categorias de peso meio-médios, médios-ligeiros e médios. Na prestigiada secção de boxe

Leonina, Jorge Pina não demorou muito tempo a assumir-se como um atleta de grande nível. Em termos colectivos, o pugilista contribuiu para os Campeonatos Nacionais de equipas em 1997 e em 1998 (duas vezes neste ano), assim como para a vitória na Taça de Portugal de 1998. Individualmente, Jorge Pina foi Campeão Nacional entre 1997 e 1999, em categorias de peso diferentes, e triunfou diversas

JORGE PINA

vezes a nível regional. O sucesso, o talento e o trabalho levaram Jorge Pina a ambicionar novos palcos e a profissionalizar o seu boxe numa altura em que já era um dos maiores nomes da modalidade em Portugal. Já tinha deixado o boxe do Sporting CP quando, em 2004, se estava a preparar para disputar o título de Campeão do Mundo e, num dos treinos, perdeu cerca de 90% da visão, o que o obrigou a abandonar a carreira de pugilista. Contudo, a força de vontade de Jorge Pina fez com que não deixasse de ser atleta. Acabou por escolher o atletismo em 2006, tendo começado a correr distâncias longas. O sucesso foi praticamente imediato: dois anos depois, estava a participar na maratona dos Jogos

Paralímpicos de Pequim, na China. Voltou a participar nos Jogos Paralímpicos em 2012 (Londres, Inglaterra) e em 2016 (Rio de Janeiro, Brasil), sempre na maratona, e tornou-se uma figura marcante da história do desporto em Portugal. “Dantes é que eu era cego, agora é que eu vejo. Deus tirou-me de um caminho para me colocar noutro melhor” é, provavelmente, a sua frase mais conhecida e acaba por reflectir a forma como Jorge Pina encarou e superou os desafios provocados pela perda da visão.

Em 2011, fundou a Associação Jorge Pina, uma IPSS que procura desenvolver actividades no âmbito desportivo e cultural que promovem a inclusão de crianças e jovens desfavorecidos e/ou

com necessidades educativas especiais. Através da sua Associação, Jorge Pina continua ligado ao boxe e ao atletismo adaptado, assim como a modalidades como o goalball, passando todo o conhecimento e experiência de muitos anos enquanto atleta de alta competição. Desde então, tornou-se embaixador do Plano Nacional de Ética no Desporto e de várias outras causas. A Associação Jorge Pina já recebeu também, o prémio Local Hero 2017 no âmbito da Semana Europeia do Desporto e, também, a Bandeira da Ética do Gabinete Coordenador do Plano Nacional de Ética Desportiva (GCPNED). Jorge Pina foi, também, embaixador europeu da Semana Europeia do Desporto em 2021.

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Texto: Luís Santos CasteloFotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação Jorge Pina foi um dos melhores pugilistas da história do Sporting CP Vitória num combate ao serviço do Sporting CP
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CLUBE HOMENAGEM

PARABÉNS, ETERNO CAPITÃO!

O EX-AVANÇADO LEONINO MANUEL FERNANDES CELEBROU O 72.º ANIVERSÁRIO NA SEGUNDA-FEIRA, RAZÃO PARA O JORNAL SPORTING RECORDAR O SEU PERCURSO.

segunda-feira, dia 5 de Junho, 72 anos de idade. O ex-avançado verde e branco, que foi ainda treinador e dirigente em Alvalade, brilhou nos relvados nacionais nas décadas de 1970 e 1980, sendo até hoje apelidado de Eterno Capitão. A qualidade revelada dentro de campo permitiu-lhe construir um legado ao alcance de poucos, tendo marcado uma era de Leão ao peito com 257 golos marcados em 433 jogos oficiais. Isto, além de ter conquistado pelo Clube dois Campeonatos Nacionais (1980 e 1982), duas Taças de Portugal (1978 e 1982) e também uma Supertaça (1982).

Nome histórico do Sporting Clube de Portugal, Manuel Fernandes celebrou na última

Natural de Sarilhos Pequenos, na margem Sul do Tejo, Manuel Fernandes iniciou a carreira precisamente no clube da sua terra Natal, o 1.º Maio FC Sarilhense, de onde seguiu para a CUF, hoje GD Fabril do Barreiro, que na altura actuava na primeira divisão. Começou a dar cartas e a despertar o interesse dos maiores emblemas nacionais, mas acabou por ser o Sporting CP a garantir a sua contratação em 1975. Rapidamente comprovou as elevadas expectativas que sobre ele

recaíam, ao demonstrar ser um goleador nato, o que lhe permitiu representar os Leões ao mais alto nível durante 12 temporadas e assumir também o estatuto de capitão de equipa. Apesar de ter participado em muitas centenas de jogos, nacionais e internacionais, há um que perdura ainda hoje na memória de todos os Sportinguistas. No dia 14 de Dezembro de 1986, Manuel Fernandes foi a grande figura da mítica goleada por 7-1 aplicada ao eterno rival SL Benfica, no antigo Estádio José Alvalade, ao assinar quatro desses golos. Na temporada anterior (1985/1986), a mais produtiva enquanto envergou a listada verde e branca, o matador Leonino já tinha sido o melhor artilheiro do Campeonato Nacional, com 30 golos (39 em toda a época). Com a camisola da selecção nacional A, foi utilizado em 30 duelos, tendo facturado sete vezes.

Depois de deixar o Clube em 1986/1987, o quarto futebolista com mais partidas e segundo com mais golos na história do Sporting CP (apenas superado por Peyroteo), transferiu-se para

o Vitória FC, onde viria a pendurar as chuteiras. Logo a seguir, abraçou a carreira de treinador ainda nos sadinos, passando depois também por emblemas como CF Estrela da Amadora, CD Santa Clara, GD Penafiel ou UD Leiria, entre outros. Pelo meio, regressou a Alvalade primeiro enquanto adjunto (1992 a 1994), e depois como técnico principal (2000/2001), tendo nesta segunda experiência conquistado outra Supertaça. Mais tarde, foi também dirigente do Clube. De forma a prestar uma tão merecida homenagem a Manuel Fernandes por ocasião de mais um aniversário, o Sporting CP apresentou em exclusivo na Loja Verde Online a réplica da sua icónica pele de Leão, com o célebre número nove nas costas. Esta novidade veio reforçar a colecção Vintage Limited Editions, linha de camisolas históricas estreada em 2020, que no passado recordou nomes de relevo do universo verde e branco como Vítor Damas ou Jordão. A camisola está disponível em pré-venda em lojaverde.sporting.pt, com entregas a partir do dia 4 de Julho.

Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação Homenagem a Manuel Fernandes com a réplica da sua camisola Manuel Fernandes em duelo frente ao SC Beira-Mar (1979/1980)
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A festejar um dos quatro golos que marcou no 7-1 ao SL Benfica

CLUBE

NEW ERA 2.0 – EPISODE ONE

CAMISOLA PRINCIPAL DA NOVA TEMPORADA FOI INSPIRADA NOS

20 ANOS DO ESTÁDIO DE ALVALADE.

O Sporting Clube de Portugal apresentou, na passada quinta-feira, a camisola principal para a temporada 2023/2024.

Intitulada de Episode One da New Era 2.0, nesta terceira

época da Nike a vestir o Sporting CP, a nova camisola foi inspirada nos 20 anos de história do Estádio José Alvalade, o palco que reúne e une todos os Sportinguistas. São 20 anos de memórias desenhadas a verde e branco,

representadas nas letras e números dos novos equipamentos com detalhes do palco dos sonhos Leoninos, onde os Sportinguistas vivem momentos únicos e inesquecíveis.

A camisola ficou logo disponível para venda tanto na Loja Verde

do Estádio, como na Loja Verde online, havendo três versões da mesma camisola: para homens, mulheres e crianças, com a diferença a ser apenas no corte e na gola – a de mulher é mais cintada e tem a gola mais aberta.

O preço das mesmas varia entre

os 62,99 euros e os 80,99 para Sócios e entre os 69,99 euros e 89,99 para não Sócios.

Até ao início da temporada, em três momentos diferentes, o Sporting CP apresentará as duas camisolas alternativas e a camisola Stromp.

CRIANÇAS REVELARAM A ‘NOVA PELE’ DO LEÃO

Fotografia: João Pedro Morais

Depois de divulgar a nova camisola nas redes sociais e no site do Clube, o Sporting CP aproveitou o facto de ser Dia da Criança e contou com a ajuda de algumas crianças e do Jubas para destapar um dos três bustos que estão junto à Loja Verde. Assim, um deles já veste à Sporting CP 2023/2024, enquanto os outros aguardam que as restantes camisolas sejam lançadas.

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Texto: Maria Gomes de Andrade

OPINIÃO

MANEL

Em tempos que parecem já passados, corria desabridamente pelas redes sociais um chavão orgulhoso e vazio que parecia tornar obrigatório ao adepto Sportinguista não ter ídolos. Era o tristemente famoso “zero ídolos”. Os inconscientes que lançaram esta moda apagavam alegremente mais de um século de paixão clubística. Um clube sem ídolos não é um clube, é um amontoado de Sócios. Felizmente, o centenário Sporting Clube de Portugal tem uma imensa galeria de ídolos que resiste facilmente a estas efémeras modas. Um dos ídolos que mais contribuiu para a mística Leonina foi Manuel Fernandes, o nosso Manel. Todos os que cresceram nos anos 80 se recordam da esguia e morena figura a marcar golos em catadupa. A facilidade com que fugia às marcações e metia a bola na baliza era assombrosa. Em 12 temporadas de Leão ao peito, ofereceu-nos 257 golos marcados em 433 jogos oficiais. É, até hoje, o segundo melhor marcador da história do Clube, atrás de Peyroteo. Foi largamente responsável pela conquista de dois

Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal, duas Supertaças (uma como treinador) e pela inesquecível tarde em que ganhámos 7-1 ao SL Benfica, em Dezembro de 1986. Como se tudo isto não bastasse, o seu amor ao Clube e o seu intenso Sportinguismo pautaram toda a sua carreira desportiva. Preferiu sempre o Sporting CP a rivais e marcou uma forma de estar no Clube que muito nos orgulha. Se há um ídolo vivo que devemos ter é ele. Por isso, todas as homenagens que lhe podemos prestar são poucas. Foi com muita alegria e alguma comoção que vi Manuel Fernandes ser homenageado onde merece ser homenageado: em campo. No último dérbi, perante o SL Benfica, o nosso eterno Capitão desceu das bancadas para ouvir uma merecida ovação, que não se ficou pelos nossos Sócios e adeptos, contagiando também os rivais. E como todas as homenagens são poucas, o Clube disponibilizou recentemente uma camisola oficial com o seu nome. É assim que um Clube honra o seu passado e que assegura que tem um futuro. Sem memória nunca seremos nada. Agora que Manuel Fernandes recupera de uma operação, desejamos todos que o nosso Manel recupere rapidamente e nos brinde novamente com o seu sorriso de Leão matreiro, como quem marca mais um golo num Estádio José Alvalade em festa.

FUTEBOL FORMAÇÃO SUB-17

MAIS UMA GOLEADA

DEPOIS DE SUPERAR A A. ACADÉMICA DE COIMBRA, JUVENIS NÃO DÃO HIPÓTESES AO SC ESPINHO.

A equipa sub-17 de futebol do Sporting Clube de Portugal deslocou-se, no último sábado, a casa do SC Espinho para vencer por 0-5 na 16.ª jornada da fase de Apuramento de Campeão do Campeonato Nacional.

O primeiro golo chegou em cima do intervalo e por intermédio de Telmo Coimbra, que bisou depois para o 2-0. Gabriel Silva, Diogo Martins e Rafael Camacho marcaram os restantes tentos.

O Sporting CP − que é quarto classificado com menos seis pontos do que o líder − vai hoje, quarta-feira, receber o GD

SUB-15

Estoril Praia para duelo em atraso da 11.ª jornada. O encontro está marcado para as 21h00 no

Estádio Aurélio Pereira, na Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete.

3 de Junho de 2023 | Campeonato Nacional – Apuramento de Campeão − 16.ª jornada | Centro de formação SC Espinho

SC ESPINHO

SPORTING CP 0 -5

(0-1 ao intervalo)

Sporting CP: Miguel Gouveia [GR], Konstantin Nikitenko, Francisco Machado, Rafael Mota (João Infante, 72’), Denilson Santos (Mamadu Queta, 37’), Eduardo Felicíssimo, Telmo Coimbra (Geovany Quenda, 72’), Ivanildo Mendes, Gabriel Silva (Diogo Martins, 51’), Rafael Camacho e Manuel Kissanga (João Simões, 72’). Treinador: José João. Disciplina: cartão amarelo para Miguel Gouveia (32’), Gabriel Silva (49’) e Eduardo Felicíssimo (90’).

LEÕES DERROTADOS NO SEIXAL

RESULTADO PESADO PARA OS JOVENS LEÕES NO ÚLTIMO DÉRBI DA TEMPORADA.

A equipa sub-15 de futebol do Sporting Clube de Portugal perdeu, no passado sábado, em casa do SL Benfica por 5-0 em jogo da 15.ª jornada da fase de Apuramento de Campeão do escalão.

A formação da casa entrou melhor no último dérbi da época e foi para o intervalo a vencer já por 2-0, com golos aos 13 e 31 minutos, e na segunda parte voltou a conseguir superiorizar-se.

Os Leões foram atrás do prejuízo com Bernardo Bruschy a mexer logo no ataque, fazendo sair Estefânio Rúben e entrar Chris Grombahi, mexendo depois um pouco em todos os sectores e o Sporting CP cresceu com as mexidas, teve mais bola e foi mais perigoso, mas foi o SL Benfica que criou sempre maior perigo e foi mais eficaz, marcando mais três golos.

A turma Leonina, terceira clas-

sificada, saiu assim do Seixal com um resultado demasiado pesado, voltando agora a jogar neste domingo, em Alcochete, diante do SC Braga (11hh00).

3 de Junho de 2023 | Campeonato Nacional – Apuramento de Campeão – 15.ª jornada | Benfica Campus, Seixal

SL BENFICA

SPORTING CP 5 -0

(2-0 ao intervalo)

Sporting CP: Alexandre Tverdohlebov [GR], Carlos Frederico (Brandão Baptista, 69’), Santiago Fernandes, Duarte Correia (Diego Coxi, 56’), Júlio Vieira, Leonardo Tavares [C], Ansumane Júnior, Cleusio Garrafa (José Cristiano, 69’), Ricardo Yordanov (José Mendes, 69’), Simão Soares e Estefânio Rúben (Chris Grombahi, 48’). Treinador: Bernardo Bruschy. Disciplina: cartão amarelo para Simão Soares (36’).

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Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Isabel Silva Texto: Luís Santos Castelo Tomás Soares (13’, 53’) Stevan Manuel (31’) Anísio Cabral (48’) Miguel Figueiredo (80+2’) Pedro Almeida Cabral Telmo Coimbra (42’, 46’) Gabriel Silva (50’) Diogo Martins (61’) Rafael Camacho (83’) Jogo infeliz para os iniciados Leoninos

FUTEBOL EQUIPA B

FILIPE ÇELIKKAYA RENOVA CONTRATO ATÉ 2024

TREINADOR MANTÉM-SE AO LEME DA EQUIPA B PELA QUARTA TEMPORADA CONSECUTIVA, COM

O OBJECTIVO DE COLOCAR MAIS JOGADORES NO PLANTEL PRINCIPAL.

Fotografia: Sporting CP

Filipe Çelikkaya vai continuar a liderar os destinos da equipa B de futebol do Sporting Clube de Portugal. O treinador de 38 anos, que chegou a Alvalade em 2020/2021, renovou contrato por mais uma temporada, até 2024, e no momento da oficialização do acordo mostrou-se feliz pela confiança depositada pelos dirigentes Leoninos no seu trabalho e também da sua equipa técnica. “É o reconhecimento por parte da Direcção do trabalho que temos vindo a desenvolver e do rigor diário que temos colocado na nossa profissão, além da forma

CLUBE INICIATIVAS

como desenvolvemos os jogadores. Isso foi fundamental para existir esta extensão do contrato por mais um ano”, começou por dizer o técnico à Sporting TV, sublinhando que os objectivos a cumprir são “muito concretos” e passam por trabalhar a transição dos jovens da formação para o alto rendimento.

“Queremos continuar a potenciar os jogadores dentro da estrutura e fazer a ligação ao sector do alto rendimento. As coisas têm acontecido de forma natural, com muito trabalho durante estas épocas, e temos tido muitos jogadores a aparecer na equipa principal e nas selecções jovens. Queremos continuar a seguir

esse caminho, pois é o futuro do Sporting CP que está em causa”, frisou Çelikkaya, que na época de estreia nos ‘bês’ alcançou a subida do Campeonato de Portugal para a Liga 3, e já em 2022/2023 levou os sub-19 até à estreia na final four da UEFA Youth League. Segundo o técnico, que antes de rumar ao Sporting CP já tinha sido adjunto em equipas como GD Chaves, Vitória SC ou FC Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, os muitos jogadores que têm passado pela equipa B estão cada vez mais preparados para a Liga 3, mas também para outros patamares. “Na época passada utilizámos 34 jogadores, 14 deles juniores. São jogadores muito jovens, que

ainda têm um caminho pela frente, mas já estão mais maduros e competentes. Queremos fazer uma boa figura na Liga 3, sem esquecer que este espaço de transição é sempre muito difícil”, alertou, mostrando-se, no entanto, confiante de que este é o percurso necessário para os jovens.

“Queremos colocar estes jogadores no patamar mais alto do futebol português, especialmente na equipa A. É isso que temos feito e há que dar valor ao trabalho que os jovens têm vindo a fazer

CRIANÇAS ESPECIAIS NUM DIA DA CRIANÇA ESPECIAL NA ACADEMIA

CRIANÇAS UTENTES DO CENTRO DE MEDICINA E REABILITAÇÃO DE ALCOITÃO TIVERAM A OPORTUNIDADE DE CONHECER

A ACADEMIA CRISTIANO RONALDO E VIVER MOMENTOS ÚNICOS, DEPOIS DE TAMBÉM JÁ TEREM PROPORCIONADO UMA

EXPERIÊNCIA ENRIQUECEDORA A QUATRO ATLETAS LEONINOS.

Em Janeiro passado, Diogo Abreu, Afonso Moreira, Francisco Silva e Renato Veiga visitaram o Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão (CRMA), em Alcabideche, numa iniciativa em que o Sporting Clube de Portugal quis mostrar aos atletas Leoninos a realidade que se vive naquele espaço.

Os jogadores ficaram sensibilizados ao conhecerem as histórias de algumas crianças e jovens que frequentam o CMRA e, na altura, Afonso Moreira partilhou o desejo de a experiência ser retribuída: “Gostava de os ver na Academia a assistirem a um jogo nosso. Era bom para eles e bom para nós”.

E isso aconteceu na passada

quinta-feira, Dia da Criança. Um dia sem jogos na Academia Cristiano Ronaldo, mas que, mesmo assim, foi especial porque foi, acima de tudo, uma forma diferente de celebrar o dia dedicado às crianças e de alguns utentes do CRMA visitarem as instalações do Sporting CP, que é o clube do coração de alguns deles.

Esta oportunidade levou-os a conhecer quase todos os cantos do “quartel-general” do futebol verde e branco, assim como alguns atletas dos escalões de formação, a ouvir histórias ali vividas, a fazer alguns jogos, a almoçar e terminou com a entrega de medalhas e de algumas lembranças para que este dia seja mais tarde recordado para lá da memória.

“Para eles sair do CMRA já

é muito bom, mas poderem usufruir desta experiência foi extraordinário e uma alegria enorme”, começou por dizer Fernanda Brás, coordenadora de educação do CMRA, aos meios de comunicação do Sporting CP, acrescentando: “Foi uma forma de eles contactarem com algo que só conhecem pela televisão e dar-lhes uma perspectiva diferente, assim como motivá-los ainda mais. Estes dias assim tão felizes, se calhar, vão ajudá-los a atenuar um bocadinho os momentos mais difíceis e fazer com que colaborem um bocadinho mais na hora do tratamento, que é um momento mais difícil, e que o sofrimento no dia-a-dia deles seja mais atenuado”. É também essa a preocupação dos responsáveis educativos do

CMRA com os utentes da instituição e, por isso, Fernanda Brás, agradeceu o convite e a disponibilidade retribuída do Clube para proporcionar um dia mais descontraído e feliz a estes pequenos lutadores: “Agradeço ao Sporting CP pela oportunidade que nos deram de passar aqui este dia, que eles vão recordar durante muito tempo. É muito emocionante para eles e também para nós conseguirmos ir ao encontro destes momentos que para eles são muito importantes”.

e continuar focados a trilhar este caminho. Tem sido muito bom para o futuro do Clube”, concluiu o timoneiro, detentor de dois títulos de Campeão Nacional: um enquanto adjunto dos sub-19 Leoninos, em 2016/2017, e outro ao serviço do FC Shakhtar Donetsk, já em 2019/2020. Ao longo das três últimas épocas de reactivação da equipa B, 15 jogadores dos escalões de base do Clube e com minutos somados na formação secundária já se estrearam pela equipa principal.

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Texto: Pedro Ferreira Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Sporting CP Filipe Çelikkaya chegou ao Sporting CP em 2020/2021

CLUBE INICIATIVAS

SPORTING PLAY DAY INUNDOU CIDADE SPORTING DE CRIANÇAS

EM FAMÍLIA, COM MUITA ANIMAÇÃO E DIVERSAS MODALIDADES DE PORTAS ABERTAS, CELEBROU-SE O DIA DA CRIANÇA NUM EVENTO ORGANIZADO PELA FUNDAÇÃO SPORTING QUE FOI UM SUCESSO. MAIS DE 1600 CRIANÇAS INSCRITAS PUDERAM EXPERIMENTAR VÁRIOS DOS DESPORTOS LEONINOS UM POUCO POR TODA A CIDADE SPORTING, ALÉM DAS VISITAS LIVRES AO MUSEU, RELVADO E BALNEÁRIO DA EQUIPA PRINCIPAL.

Logo desde a abertura de portas, às 10h00 do último sábado, era longa a fila na Loja Verde para adquirir os kits de participação, e muitas eram também as crianças já em acção nas imediações do Estádio José Alvalade. Animação, jogos e variedade nas modalidades a experimentar ao longo do dia foi tudo o que tiveram à disposição as crianças e jovens – nascidos entre 2005 e 2020 – inscritos, que se fizeram acompanhar pelas suas famílias para esta primeira edição do Sporting Play Day.

Para assinalar o passado Dia da Criança (1 de Junho), a Fundação Sporting organizou um evento que tomou por completo a Cidade Sporting com diversão para toda a família e contacto com o universo ecléctico das modalidades do emblema Leonino – cerca de 20 estiveram de portas abertas aos participantes. Nas imediações do Multidesportivo, André Leitão, de 47 anos, admitiu que a ideia de inscrever a filha Inês neste dia foi dele. “Achei que podia ser giro, ela gosta muito de desporto e do Sporting CP, mas nunca tinha vindo aqui ao estádio”, disse, antes de a Leoa de 11 anos lhe responder: “E valeu muito a pena”. Uma ideia à qual muitas mais famílias também aderiram.

“Muita gente, muita gente. Há filas um pouco por todo o lado, houve uma grande adesão e isso é muito bom e, espero, a repetir”, atirou André.

Enquanto, Inês Leitão mostrava orgulhosamente os carimbos que já tinha recolhido durante a manhã por ter participado em várias modalidades: “Já fiz basquetebol, uma coisa que eu gosto muito, triatlo, que nunca tinha experimentado, fui ver o Museu e o balneário e estive

nos e-sports”. No entanto, o dia ainda ia a meio e havia também mais carimbos por conseguir.

“Quero muito fazer a ginástica de aparelhos à tarde”, admitiu, sorridente.

UMA INICIATIVA ECLÉCTICA DE SUCESSO

Ora, já depois de muitos sorrisos e actividade física na Cidade Sporting, o balanço feito da iniciativa é muito positivo, de acordo com Inês Sêco, coordenadora-executiva da Fundação Sporting, que enalteceu a “grande afluência” que se verificou.

“Contámos com mais de 1600 inscritos, o que revela que está a ser um sucesso. Além disso, as

crianças trazem também os pais para viver um dia em família, com muitos jogos, animação, brincadeira e isso sentiu-se muito na Praça Centenário. Quisemos celebrar o Dia da Criança como deve ser”, começou por destacar ao  Jornal Sporting, acrescentando: “Está a ser muito positivo, principalmente, pela grande afluência que estamos a ter. Estamos a falar de um evento ‘fora da caixa’ e completamente dedicado às crianças”.

Ao longo do dia, até às 17h00, as muitas crianças inscritas puderam experimentar andebol, futsal, ginástica e voleibol no Multidesportivo; basquetebol, atletismo, patinagem e triatlo nas pistas situadas nas imediações do estádio; boxe, capoeira,

judo, karaté, kempo, kickboxing, taekwondo e rugby no próprio relvado de Alvalade; na Praça Centenário, além da animação com insufláveis, jogos tradicionais e pinturas faciais, os mais novos puderam experimentar o xadrez; e, já no Hall VIP, houve espaço para o ténis de mesa e, no Auditório Artur Agostinho, para os e-sports.

Ao mesmo tempo, o Museu Sporting esteve de portas abertas para entrada e visitas livres, as famílias puderam também descer ao relvado do estádio para tirar fotografias nos bancos de suplentes e conhecer ainda o balneário da equipa principal. Uma oportunidade que a família Jacinto não quis perder, contou o pai Alberto, em pleno balneário,

acompanhado pela esposa Lucília, pelo filho Dinis e pela afilhada Constança.

“Está a ser um dia muito bom. Isto era uma das coisas que há muito tempo gostávamos de visitar. Viemos de Santa Cruz, Torres Vedras, somos Sócios e adeptos frequentes desta casa”, começou por dizer, acrescentando: “A ideia foi da minha esposa, que não é doente, sofre mesmo com isto (risos)”.

E convencer o resto da família foi “facílimo”, confidenciou Lucília Lopes: “Tudo o que diga respeito ao Sporting CP torna tudo mais fácil”. E embora o dia seja dedicado às crianças, a diversão, garantiu Alberto Jacinto, tem sido “para todos”. “Já fizemos a visita ao Museu, estivemos no relvado,

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Texto: Xavier Costa Fotografia: João Pedro Morais Modalidades de combate tiveram o relvado de Alvalade como palco

fizeram lá actividades e ver os sorrisos estampados no rosto é uma alegria imensa”. Até porque celebrar um Dia da Criança em Alvalade “é excelente”, frisou a mãe de Dinis e madrinha de Constança. “Eles estão sem palavras. Acho que esta noite nem vão dormir de tanta emoção que têm tido até ao momento”, gracejou.

Ora, a variedade e atractividade nas opções foi muita, considerou ainda Inês Sêco, coordenadora-executiva da Fundação Sporting. “A parte do relvado é muito atractiva e sentimos esse pico de presenças durante a parte da manhã. Havia muita curiosidade para estar no relvado a fazer as actividades, tirar uma fotografia nos bancos de suplentes, visitar o Museu e poder ir ao balneário também chamou muita gente”, realçou.

MODALIDADES DE PORTAS ABERTAS

E tudo isto para lá dos numerosos desportos que puderam experimentar, um verdadeiro “parque de diversões das modalidades”, nas palavras da responsável, o que até pode criar o

‘bichinho’ relativamente a algum dos desportos: “Acho que este é um conceito vencedor. Assim, a pensar na próxima época, já conseguem ter também um cheirinho de que modalidade gostariam de praticar”. Esta foi uma visão partilhada por alguns dos dirigentes e técnicos Leoninos abordados ao longo do dia nas imediações do estádio.

Por exemplo, Quim Pauls, coordenador do hóquei em patins, considerou que esta foi “uma grande iniciativa que demonstra a dimensão do Clube”, antes de explicar a estação de patinagem montada perto das bilheteiras. “Temos uma parte de iniciação à patinagem em cima deste tapete e, depois, pusemos sinalizadores para patinarem, fazer slalom e

aproveitaram bem este tempo”, contou, sem deixar de ‘piscar o olho’ e fazer a ligação ao hóquei em patins: “Se com quatro, cinco ou seis anos já souberem patinar, depois já vão ter outras capacidades”.

E o feedback recebido por parte dos mais novos não podia ser melhor. “Gostam! Têm de ser um pouco atrevidos, mas temos

aqui treinadores e monitores para os ajudar, como pode ver agora”, apontou, enquanto uma pequena Sportinguista ia dando uns primeiros passos sobre rodas.

Por sua vez, Paulo Santos, treinador do kickboxing, viveu uma manhã particularmente especial, uma vez que teve como ringue nada mais e nada menos do que o relvado do Estádio José Alvalade. “Foi uma experiência incrível. Foi a primeira vez que pisei o nosso relvado a praticar a modalidade”, enalteceu, acrescentando: “Assim até dá gosto ir ao chão (risos)”.

Já sobre o balanço a fazer, o técnico salientou que “correu maravilhosamente bem”. “Optámos por fazer um trabalho quase individual, com seis instrutores e acho que assim eles tiraram mais proveito. Também fizemos pequenas demonstrações e foi muito positivo, não só o feedback dos mais novos, mas também dos pais, que ao verem disseram que queriam experimentar”, realçou Paulo Santos, destacando ainda aquilo que considerou “uma grande iniciativa”.

“De uma forma muito profissional, nós e todas as outras modalidades, conseguimos expor o nosso trabalho, explicar o conceito do kickboxing e, quem sabe, atrair mais gente”, concluiu. Além do eclectismo que simboliza o Sporting CP, o foco “nas crianças e jovens, tendo o desporto como base” são traços basilares da missão da Fundação Sporting, que se tem procurado posicionar “na área da saúde e bem-estar”, atentou Inês Sêco. “No geral, as pessoas estão contentes. Há sempre coisas, claro, que nos têm sugerido para melhorar”, disse ainda a responsável, lembrando que é para isso mesmo que serve também esta primeira edição. A primeira de mais, porque “é algo a repetir”, sentenciou.

Organizado pela Fundação Sporting, o Sporting Play Day teve também o apoio da Olá, Vitalis, O Melro, McDonald’s Padre Cruz e organização técnica da HMS Sports. Depois, às 18h00, seguiu-se, no Estádio José Alvalade, o jogo de futebol solidário “Joga Pelas Crianças” para encerrar o dia da melhor maneira [ver pág. seguinte].

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Adesão das famílias foi grande a um dia dedicado às crianças Actividades dividiram-se pela Cidade Sporting, relvado do Estádio, Multidesportivo e Praça Centenário

CLUBE INICIATIVAS

EM DIA DE SOLIDARIEDADE GANHARAM AS CRIANÇAS

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA CELEBRADO NO ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, COM REALIZAÇÃO DE JOGO SOLIDÁRIO E RECEITAS A REVERTEREM PARA A CRUZ VERMELHA.

INICIATIVA FOI UM SUCESSO.

Pereira e Beto (estes últimos, guarda-redes), sem esquecer claro, o futebol feminino, representado pela capitã da equipa Sportinguista, Ana Borges, entre outros grandes nomes, como Madjer [futebol praia] e Francis Obikwelu [atletismo).

O jogo realizado no último sábado, no âmbito do Dia Mundial da Criança tinha no resultado, o que menos interessava. Mesmo antes da partida começar, os grandes vencedores já eram as crianças, numa partida que reunia duas equipas repletas de nomes conhecidos do grande público em diversas áreas, mas sobretudo do desporto e em que as receitas reverteram para a Cruz Vermelha.

O Estádio José Alvalade recebeu mais de 3500 espectadores (3507 espectadores, mais precisamente), a maior parte, crianças, numa iniciativa solidária com o carimbo da Fundação Sporting. No relvado, caras bem conhecidas do grande público, maioritariamente antigos jogadores de Futebol, mas também atletas no activo, como Ricardo Quaresma, um produto da formação do Sporting CP, campeão nacional pela equipa sénior Leonina e campeão Europeu de Selecções, em 2016 e que espalhou

a qualidade do futebol, com as habituais trivelas – foi assim que inaugurou o marcador, num jogo dirigido por Pedro Henriques, substituído na segunda parte por Marco Pina – deu para muitas substituições e para reentradas em campo, pois as baterias dificilmente chegaram para durar os 70 minutos de tempo

total de jogo – 35 minutos em cada parte.

Desfilaram no relvado outros grandes nomes, estes de um passado não muito distante do futebol, como Oceano, João Pereira, Carlos Xavier, Costinha, Danny, Marco Caneira, Daniel Carriço, Tiago Mendes, Valdo, Fernando Meira, Pedro Mendes e Nélson

Houve seis golos no total, mas houve sobretudo solidariedade na máxima escala e, claro, muita animação, numa tarde em que todos foram vencedores, pois quando toca a solidariedade, nunca há adversários, mas sim amigos, juntos por uma causa maior: as crianças. No relvado a animação foi directamente proporcional à festa que se viveu nas bancadas, num jogo competitivo, levado bem a sério dentro dos limites da vontade de ganhar e com jogadas a fazerem lembrar os bons velhos tempos dos protagonistas – uns com um pouco mais de frescura física do que outros – mas todos a darem o melhor de si. O ambiente foi de entusiasmo e até deu espaço para o público contestar algumas decisões de arbitragem, num clima de sorrisos e de boa disposição. No final da partida, o balanço era extremamente positivo,

afinal de contas, que vitória pode ser maior do que arrancar sorrisos a crianças e contribuir para fazê-las felizes. Alguns dos intervenientes disso eram conta. “É muito bonito ver as crianças, é muito bom jogar perante elas, a força que elas têm, a alegria que as crianças nos dão é uma mais-valia e isto foi por elas, amanhã pode ser pelos mais idosos, quem sabe. O importante, mesmo, foi a causa, foi a Cruz Vermelha juntar-se pelas crianças e nunca há como dizer que não”, referiu Ana Borges, jogadora da equipa de futebol feminino do Sporting CP.

A moldura humana é que merece os parabéns, porque eles é que contribuíram para a causa”, referiu o antigo jogador de futebol de praia do Sporting e da Selecção Nacional, Madjer, feliz pelo sucesso da iniciativa. Para Beto, antigo guarda-redes do Sporting CP e da Selecção Nacional de futebol de 11, realçou. “Superámos o valor da edição passada [receita financeira] e só por isso já é uma vitória para as crianças e para a Cruz Vermelha e é um objectivo mais do que conseguido. A causa é muito nobre, é o bem maior”, referiu. “Isto é para as crianças. É sempre um prazer fazer parte destes eventos”, referiu Pedro Mendes, antigo médio do Sporting CP e da Selecção Nacional, enquanto o apresentador Jorge Gabriel, destacou. “É este o espírito que precisamos de encontrar mais vezes na sociedade portuguesa, para que possamos olhar para os outros, não apenas como sendo mais um, mas como sendo alguém que precisa da nossa ajuda e temos de estar sempre disponíveis. Foi fantástico entrar pelo túnel com uma criança pela mão, é sempre diferente para quem sente o Sporting CP e o vive da forma como eu faço: tranquilo e vibrante”, sintetizou.

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Texto: Nuno Miguel Simas Fotofrafia: João Pedro Morais A velocidade de Francis Obikwelu fez-se notar no jogo pelas crianças Iniciativa reuniu mais de 3500 espectadores

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MODALIDADES BOXE

100.º ANIVERSÁRIO DO BOXE LEONINO

CUMPREM-SE 100 ANOS EM 2023 SOBRE O APARECIMENTO DO BOXE NO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL. MAIS UM MOMENTO PIONEIRO DO CLUBE DE ALVALADE, QUE DAVA OS PRIMEIROS PASSOS NO PUGILISMO, REFORÇANDO A IDEIA DE ECLECTISMO, QUE ERA UM DOS ALICERCES E FUNDAMENTOS DA FUNDAÇÃO DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL – A 1 DE JULHO DE 1906.

Recuamos à edição de 30 de Abril de 1923 do Boletim Sporting. Na qualidade de filiado na Federação Portuguesa de Box – sim, box sem “e” no final, como se escrevia este desporto de influência inglesa – e que significava bater com os punhos – “os consócios do Sporting Clube de Portugal, Rafael Barradas e Albano Martins mostraram desejo de participar nos Campeonatos Regionais do Sul, representando-nos”, pode ler-se no boletim do Clube.

E assim foi e com sucesso imediato, no caso de Albano Martins. “Barradas, por motivos desconhecidos, desistiu do seu intento e faltou aos combates, mas Albano, batendo-se como um autêntico Leão, acumulou três vitórias em três combates e trouxe para o Sporting mais um Campeonato, o sexto desde que é nosso associado”, pode ler-se, sobre a estreia deste Sócio nas lides de combate.

O vanguardismo que sempre fez parte da essência do Sporting CP tinha na entrada do boxe mais um acontecimento simbólico bastante importante. Dava-se a conhecer a força associativa do Clube, com os Associados a quererem tomar parte dela e a quererem participar na história, como preconizava já o fundador, José Alvalade: “Queremos um grande clube, tão grande quanto os maiores da Europa” e que crescia em Lisboa, dando os primeiros passos para se expandir por Portugal e para se afirmar depois na Europa e no Mundo.

Albano Martins era um Leão destemido, que via nos rinques de boxe uma forma de mostrar a dimensão multifacetada do

Sporting CP, no tão conhecido e apregoado eclectismo que caracteriza o emblema de Alvalade. O Boletim Sporting acompanhou a estreia de Albano Martins e descreveu, com detalhe, o estilo do primeiro pugilista na história do Sporting CP, há 100 anos. “Albano Martins demonstrou nos seus combates esplêndidas qualidades naturais de impetuosidade e punch, muito valorizados pelo fôlego interminável de corredor de fundo que lhe permite dominar todos os adversários, extenuados pela rapidez e constante movimentação com que Albano dirige a luta”, pode ler-se, num retrato referente ao perfil atlético e técnico do recente campeão amador do Sul de meios-médios.

Na final, Albano Martins venceu um pugilista do Sport Lisboa e Faro, numa decisão descrita pelo repórter presente no evento como “bastante discutida e protestada: era natural que assim fosse, mas a verdade é que foi incontestável”, descreve o Boletim Sporting. Importa explicar quem era Albano Martins e como se deu a entrada no boxe, recorrendo a um artigo da WikiSporting, que recorda um homem que se iniciou no atletismo em 1922 e que foi uma das grandes figuras do atletismo Leonino na fase do arranque das competições oficiais desta modalidade em Portugal. O boxe na vida de Albano Martins terá surgido por lhe terem aparecido alguns problemas na vida profissional e pessoal por se ter tornado atleta e Sócio do Sporting CP. Factos que o terão levado a mudar de rumo, modalidade à qual chegou, viu e venceu com

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Texto: Luís Santos Castelo, Nuno Miguel Simas Fotografia: Arquivo Sporting CP, João Pedro Morais, Museu Sporting - Centro de Documentação Página 223 do Boletim Sporting Club de Portugal de 30 de Abril de 1923

o referido título regional na categoria de pesos médios em 1923, como evocamos nesta resenha histórica do início do boxe no Sporting CP.

De volta ao Boletim Sporting de 30 de Abril de 1923, recuperamos mais informações sobre Albano Martins e sobre o início do boxe no Sporting CP. Com o título regional do Sul, Albano Martins ficou indicado para representar Lisboa no Campeonato Nacional da sua categoria, juntando o Boletim que “Tem ainda, apesar das suas magníficas qualidades, muito que aprender, sendo provável que a Direcção do Clube, procura quem lhe possa ministrar este ensino”, pode ler-se, não sem que o artigo finalize com as devidas felicitações ao novo campeão.

Assim teve início a modalidade, depois reactivada com enorme força já na década de 1960, mas que tem nos primeiros registos um nome incontornável:

Albano Martins, a fazer justiça à dimensão ecléctica do Sporting CP, imagem de marca e de tantos e tantos atletas na história do Clube, como um dos fundadores, José Alfredo Holtreman Roquette [José Alvalade], praticante de ténis, críquete e futebol. O boxe, com Albano Martins, foi, anos mais tarde, por isso, uma das modalidades mais antigas do espectro de desportos praticados no Sporting CP [o Clube na altura tinha ténis, futebol, atletismo, ciclismo, natação, pólo aquático, rugby e, depois, sim, o boxe, que torna este desporto de combate como uma das bandeiras de um clube aberto à sociedade e de desporto(s) para todos. Hoje em dia e 100 anos, depois, o boxe continua cheio de vida e a atrair muitos atletas, mas nesta edição do Jornal Sporting não esquecemos como tudo começou e o nome do precursor de tamanho êxito e agora implantação forte deste desporto: Albano Martins.

O BOXE DE RICARDO FERRAZ, ‘PAQUITO’ E VITOR CARVALHO

Depois de quase 40 anos de interrupção, o boxe do Sporting CP regressou no final de 1961 e as décadas que se seguiram foram de grande sucesso. Ricardo Ferraz, que se viria a tornar uma verdadeira lenda do eclectismo verde e branco, foi o principal impulsionador do boxe Leonino em conjunto com o antigo dirigente António Soares Casquilho. Aproveitando a extinção da modalidade por parte do Vitória Clube de Lisboa, o Sporting CP criou uma sala de pugilismo de excelência em Portugal e passou a ter uma equipa competitiva que foi apresentada em Maio de 1962, num festival de boxe. Os primeiros títulos regionais começaram a aparecer, assim como torneios e exibições, e o Campeonato Nacional voltou a ser organizado em 1967 − ao

fim de 17 anos. Os Leões Aníbal Silva, António Augusto e Manuel Antunes venceram, sendo os primeiros Campeões Nacionais do boxe verde e branco. No ano seguinte, o Sporting CP sagrou-se Campeão Regional na vertente colectiva, tendo ficado perto de repetir o feito a nível nacional.

Os primeiros grandes passos estavam dados, com o Sporting CP a ter uma estrutura sólida, tanto a nível de condições de treino como de treinadores e atletas. Assim, foi com naturalidade que se assistiu ao emblema de Alvalade subir ao posto de referência do boxe nacional a partir dos anos 1970. Foram vários os atletas a aparecerem, como João Gato, João Magalhães ou Vítor Pereira, mas houve um que se destacou: João Miguel ‘Paquito’ − alcunha necessária nos primeiros tempos para que o pai, que não aprovava a prática da modalidade, não soubesse que era ele. Conquistou

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um grande número de títulos, inclusive na Boxam, um torneio internacional em Espanha, mas o maior feito da carreira terá sido, provavelmente, a presença nos Jogos Olímpicos de Moscovo em 1980, sendo até hoje o único pugilista português a estar no maior evento desportivo do planeta. Defrontou Shamil Sabirov, da URSS, Campeão do Mundo que viria a amealhar a medalha de ouro, e perdeu apenas nos pontos. É, hoje, um dos treinadores do boxe do Sporting CP e a sua paixão é inquestionável. “Jogamos boxe por amor à camisola. Suamos a camisola pelo nosso Clube. Por isso é que é apaixonante”, disse ao Jornal Sporting em Outubro de 2020. Com ‘Paquito’ e os colegas, o Sporting CP ganhou inúmeros títulos regionais e nacionais, tendo sido Tricampeão Nacional entre 1976 e 1978. Depois de um período curto de alguma indefinição em relação ao futuro, a secção voltou em

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O boxe em destaque no Museu Sporting

OPINIÃO

MARCAS PARA A VIDA

Se existe factor pelo qual o Sporting Clube de Portugal se tem distinguido ao longo dos tempos, é por deixar marcas que ficam para a vida nos profissionais que passam pelo nosso Clube. E falo desde portugueses a estrangeiros, e seja em que modalidade for.

Entre os jogadores portugueses, e pela experiência própria de ter vivenciado como dirigente esse conhecimento, são vários os que, não sendo sportinguistas de berço, e chegando adeptos de outros clubes a Alvalade, saem com o Sporting CP no coração e com um orgulho infinito de ter servido o Clube e o símbolo do Leão rampante, que um dia foi também usado por Francisco Stromp, entre tantas outras figuras gradas do desporto português e internacional.

E é esta fidelidade para uma vida, unida pelo símbolo do Leão, que nos torna um clube marcante pela diferença. De tantos episódios que poderia lembrar, de jogadores que por mais afastado que vá sendo o seu tempo a representar o nosso símbolo, cada vez que a ele se referem é sempre marcado pela saudade e pelo trato que receberam. E poderia, como disse, falar de tantos.

Mas hoje, até por ser tema actual, lembro a forma apaixonada como Carlos Ruesga, uma enorme referência do andebol mundial − que privilégio tivemos que tenha

representado o nosso símbolo durante sete anos − ao despedir-se do Clube se referiu a ele como sendo o seu, de que garbosamente ostentou nas redes sociais o seu número de associado, a quem declarou mesmo amor eterno. Para nós, Sportinguistas, a reciprocidade é latente e foi provada na bonita homenagem a ele prestada antes de se iniciar o jogo com o nosso eterno rival no ‘João Rocha’, com as claques a entoarem cânticos dedicados a ele, que além de títulos ganhos − ainda pode conquistar mais um no próximo fim-de-semana, nos honrou com a sua presença tantos anos em Alvalade. Marcou golos como só ele. Fez assistências para golo com uma chancela tão sua. Espalhou classe por onde passou. Um jogador muito respeitado por todos. Já sinto saudades dele e ainda não abandonou. Um privilégio não só ser nosso jogador, como a forma sentida como a nós se referiu na despedida. Será para sempre um dos nossos.

E por falar em nossos. E estes são do berço. Que bonita a forma como o Sporting CP dedicou o Dia dos Irmãos nas redes sociais, ilustrando-o com uma foto dos irmãos Bernardo e Tomás Paçó, ainda bem meninos, equipados com as nossas cores em festejo Leonino.

Tanto ‘à Sporting’ foi também a homenagem que o Clube, porque tem memória, fez a Pedro Cary, no final do jogo da meia-final do play-off ante o Leões de Porto Salvo. Saber reconhecer é nobre. E esse é o nosso apanágio. Obrigado por tudo, Pedro Cary, foram épicos, feitos de conquistas e valores humanos, os nove anos e 386 jogos de Leão ao peito.

É tanto por isto que primamos pela diferença. Somos um Clube que deixa marcas para a vida!

grande e voltou a triunfar várias vezes seguidas no início dos anos 1980, já com Carlos Pereira, Alfredo Miranda e Vitor Carvalho − outra lenda do boxe do Sporting CP que é hoje treinador Leonino − na equipa. Em 1988, por razões de saúde, o mestre Ricardo Ferraz - até então o principal responsável pelo crescimento do boxe do Sporting CP − abandonou o cargo de treinador, o que teve grande impacto na modalidade

no Clube e no país. O nível baixou bastante e, alguns anos mais tarde, entraram os já conhecidos ‘Paquito’ e Vitor Carvalho para os lugares de treinadores, o que voltou a trazer sucesso à secção, que passou também a apostar no boxe recreativo e de manutenção, o que continua até aos dias de hoje.

Os títulos nacionais voltaram a aparecer em 1995 e, até aos dias de hoje, o Sporting CP continua a ser uma das principais

referências do boxe em Portugal. No total, são 16 Campeonatos Nacionais por equipas e um sem-número de atletas e treinadores que ajudaram a engrandecer uma modalidade que nunca deu grande sucesso internacional a Portugal. Sob as batutas de Albano Martins, Ricardo Ferraz, ‘Paquito’, Vitor Carvalho ou tantos outros, o boxe do Sporting CP tem uma história que começou há 100 anos e que ainda tem muito para dar.

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Juvenal Carvalho
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João Miguel ‘Paquito’ em pose para o Jornal Sporting em Outubro de 2020

O melhor dos Santos Populares acontece em Alvalade. Junta-te a nós!

17h00 – 01h00

Praça Centenário – Estádio José Alvalade

Entrada 3 € (consumíveis)

Bilhetes à venda na Bilheteira Sporting ou em sporting.pt/pt/bilhetes-e-gamebox/bilhetes

No dia do evento bilheteira no local.

AF Equipamentos 23.24 JORNAL SCP MEIA.pdf 1 05/06/23 14:43
16 de Junho NOVA DATA AF Arraial JORNAL SCP Meia Pag.pdf 1 05/06/23 16:10

ENTREVISTA VITOR CARVALHO

“O TEMPO VAI PASSANDO, MAS HÁ SEMPRE AQUELA VONTADE DE IR MAIS ALÉM”

Este ano cumprem-se 100 anos desde os primeiros passos do boxe no Sporting CP e os últimos 42 anos foram vividos bem de perto por Vitor Carvalho, uma das grandes figuras da vida centenária da modalidade. Ainda assim, “devo muito mais ao Sporting CP do que o Clube a mim”, confessa. Nos anos 80 assumiu-se como um pugilista de referência em Portugal e, depois, seguiu as pisadas do seu mestre Ferraz como treinador até aos dias de hoje, com 69 anos. Por isso, recordar, em entrevista, a carreira de Vitor Carvalho é, também, percorrer uma parte significativa da História da modalidade em Alvalade. Dentro e fora dos ringues, o Esforço e a Dedicação – palavras recorrentes no seu discurso – são obrigatórias, e a Glória, essa, também nunca lhe faltou.

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Texto: Xavier Costa Fotografia: João Pedro Morais, Museu Sporting – Centro de Documentação

São já mais de quatro décadas ao serviço do Sporting CP, tendo vivido, primeiro, como pugilista e, agora, como treinador, praticamente metade da vida centenária do boxe no Clube. O que significa para si esse trajecto?

Primeiro que tudo, tenho a agradecer ao Sporting CP por me ter aturado estes anos todos e eu devo muito mais ao Sporting CP do que o Clube a mim. Tenho tido uma dedicação muito grande, amor à modalidade e ao Clube e tudo isso fez com que esteja aqui este tempo todo. De certeza que já não vou ficar tanto tempo como o que já cá estive.

Chegou ao boxe do Sporting CP em 1981, tornou-se uma das suas grandes figuras e, aos 69 anos, por cá continua. É uma vida de dedicação ao Sporting CP, pode dizer-se.

De minha casa para aqui posso vir de olhos fechados, já sei o caminho (risos). São de facto muitas as horas que tenho passado aqui no Sporting CP e é um prazer, um gosto e uma verdadeira satisfação todo este tempo passado aqui. Para mim, isto não envolve esforço nenhum, faço-o com todo o carinho e amor, tanto à modalidade como ao Clube.

E de um caminho tão longo como o que tem percorrido, acima de tudo, o que fica? Momentos, alguns títulos, as pessoas?

Posso considerar-me uma pessoa sortuda, porque tenho feito muitos amigos ao longo deste percurso. Isso, para mim, já é uma alegria muito grande e não tem preço. Mesmo na competição, há sempre uma amizade e uma consideração muito grandes.

Cruzou-se, por exemplo, com algumas das figuras mais importantes do boxe Leonino, como o mestre Ricardo Ferraz, seu treinador, ou até ‘Paquito’, que ainda hoje o acompanha, como técnico, nestas andanças.

O Ferraz foi o expoente máximo [da modalidade]. Pela adrenalina das situações, quando era seu atleta, às vezes, até ficava ali, digamos, ‘em brasa’, mas a verdade é que ainda hoje sigo muito certos ensinamentos que o Ferraz me transmitiu. Há muitos exercícios, a mensagem a passar e a forma de falar com os atletas, tudo isso, que retirei do Ferraz. Em relação ao ‘Paquito’ também temos as nossas quezílias, cada um tem as suas ideias (risos). Como costumo dizer, eu gosto de fazer críticas positivas e não negativas. Depois, o boxe só tem uma linguagem (risos).

Voltando um pouco mais atrás no tempo, quando é que tudo começou para si no boxe e o que o atraiu na modalidade?

Eu comecei com 16 ou 17 anos, mas era a brincar. Andei uns meses a saltar de um sítio para o outro até que peguei de estaca e já devia ter 21 ou 22 anos. Era mais pela curiosidade e, ao mesmo tempo, estar ocupado, porque trabalhava até às 17h30 ou 18h00. Era uma forma de ocupar o tempo ali até à hora de jantar. Também gostava muito da parte física e o boxe é uma modalidade muito dinâmica. O boxe atraía e havia outra razão forte para isso. Quando vim para o Sporting CP, por exemplo, só me recordo que havia taekwondo, luta

greco-romana, boxe e o halterofilismo. Hoje, como costumo dizer, dá-se um pontapé numa pedra e aparecem dez ou 15 ginásios. Agora, há muitas mais opções.

E, nessa altura, tinha alguns ídolos, em particular, no boxe?

Não, não. Se na televisão passasse um minuto de boxe por ano, era muito. Não tínhamos acesso a cassetes... Só o mestre Ferraz é que tinha um amigo na [Estados Unidos da] América que lhe mandava cassetes e já íamos vendo mais algumas coisas. Mesmo material para treinar... Agora cada atleta tem o seu par de luvas, nós no ginásio tínhamos três ou quatro pares. Um batia, tirava e dava ao outro para calçar e bater. E, por exemplo, as botas, recordo-me, eram de sola e escorregavam imenso... Era muito complicado. Por exemplo, a camisola do Sporting CP era de algodão ou algo assim, e com a nossa transpiração e a água que o treinador punha por cima de nós, se fosse a pesar a camisola, aquilo teria uns bons quilos (risos).

características. Treinávamos num ginásio por baixo da bancada central, parecia umas catacumbas, mas gostava muito daquilo.

De Leão ao peito, torna-se num dos melhores pugilistas de sempre do Clube, vencendo títulos nacionais individuais – em médios ligeiros (71kg) e meios médios (67kg) – e contribuindo decisivamente para quatro campeonatos nacionais de equipas. Como se descreveria enquanto pugilista?

Tinha mobilidade, fazia muito treino físico, corria muito, tinha resistência e um encaixe muito forte. Aguentava muita porrada e, depois, tinha muita força a bater. Treinávamos à segunda, quarta e sexta e nós, os ‘maluquinhos’, eu, o ‘Paquito’ e mais alguns, íamos correr à terça, à quinta, ao fim-de-semana, de manhã e à noite (risos). Isso depois reflectia-se no rendimento. O tempo de treino era muito curto e limitado e meti uma coisa na cabeça: enquanto puder sacrificar-me e esforçar-me pelo bem do boxe... Sempre me esforcei ao máximo para estar sempre em forma. E a família, às vezes, também ficava um bocadinho para trás. Cheguei a trabalhar de noite e de dia, mas arranjava sempre um bocadinho de tempo para treinar.

Em 1981, então, como se dá a sua vinda para o Sporting CP?

Havia muitos treinadores, naquela altura, que não tinham conhecimento, eram limitados. Começámos na [Alunos de] Apolo, fui para o Musgueira e aí deu-se uma situação em que, com um dos treinadores, fomos ter com o mestre Ricardo Ferraz: ‘Tenho ali quatro ou cinco atletas que são muito bons, mas é muita areia para a minha camioneta’. Acabámos por vir todos e fizemos carreira no Sporting CP.

O Vitor chega a Alvalade numa altura em que o boxe do Sporting CP, depois de ter voltado em força nos anos 60, tornar-se-ia uma referência nacional nas décadas seguintes. Quando entrou, por exemplo, já tinham sido conquistados vários títulos nacionais. Que Sporting CP encontrou?

Já era muito mais a sério. Com o Ferraz era a preparação física e a disciplina, eram duas das suas grandes

Por exemplo, chegou a somar quatro títulos nacionais individuais consecutivos entre 1983 e 1986. Qual diria que foi a conquista mais especial que viveu como atleta?

Não consigo escolher (risos), mas todos os títulos nacionais e regionais foram importantes e ficaram gravados na minha memória. No entanto, talvez os Campeonatos Nacionais. Pelo peso que tinha, se ganhasse nós éramos campeões também por equipas e se não, não o éramos. Era a dobrar, tinha essa responsabilidade. Depois, recordo-me de ganhar um torneio com a selecção frente a Brasil, Angola e Cabo Verde.

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Mais tarde, em 1988, Ricardo Ferraz deixou o >>
“FAÇO-O COM TODO O CARINHO E AMOR, TANTO À MODALIDADE COMO AO CLUBE”
“O ATLETA TEM DE TER TALENTO, ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO, MUITA DEDICAÇÃO E DISPONIBILIDADE”
“DEVO MUITO MAIS AO SPORTING CP DO QUE O CLUBE A MIM”
Como pugilista, Vitor Carvalho dominou em Portugal sua categoria nos anos 80

lugar de treinador devido a problemas de saúde e, já em 1991, o Vitor acaba por assumir o cargo –‘Paquito’ junta-se-lhe em 1994. Foi um passo natural para si, de dentro para o canto do ringue?

Comigo sempre foi assim: ou se está ou não se está. Nessa altura estava como profissional, havia os seccionistas, neste caso, o Evaristo, com quem me dava muito bem. Ele dizia-me que não tinha ninguém para treinador e eu já tinha 37 ou 38 anos, mas disse-lhe: ‘eu ainda combato!’ Mas depois, vi a aflição do homem e, pronto, vou ajudar e oriento aí o treino. Foi aquele momento em que me começou logo a passar pela cabeça... ‘Com esta idade, acho que já está na altura de arrumar as botas’ e foi o que aconteceu. Depois, outra vez, a dedicação, o esforço...

Cargo diferente, mas sempre de Leão ao peito e outra vez com a mesma receita: o Esforço, a Dedicação, a Devoção e, de novo, a Glória. Enquanto treinador também venceu uma mão cheia de Campeonatos Nacionais e quatro Taça de Portugal. É diferente conquistar títulos como treinador?

Já cheguei a estar no canto do ringue, sem fazer esforço nenhum e o suor a pingar (risos). É uma adrenalina terrível e mesmo depois destes anos todos... Já cheguei a ver um treinador adversário a fazer sombra (risos), a repetir os movimentos do seu atleta, ali no canto.

E que vantagens considera que o facto de ser pugilista lhe trouxe para, agora, estar do outro lado a orientá-los?

Muitas. E acho que essa experiência de ter andado lá em cima do ringue é um dos pontos mais importantes. Podem tirar-se cursos, estágios, mas a experiência de pisar o ringue, por exemplo, faz-nos perceber o cansaço do atleta. Conseguimos perceber essas coisas através dessa experiência.

Tem uma vida dedicada ao boxe e ao Sporting CP e, por exemplo, a Taça Vitor Carvalho criada em 1998 pela Associação de Boxe de Lisboa e, em 2015, a sua distinção com o Prémio Stromp na categoria Dedicação são sinais claros disso mesmo.

Entrei no boxe e nunca larguei, ainda assim ficámos sempre com a sensação de que podemos fazer mais e melhor, enquanto atleta a mesma coisa, queria sempre ir mais além. O Prémio Stromp, dentro do Sporting CP, é a distinção máxima que qualquer atleta e Sportinguista ambiciona. Foi uma alegria muito grande. A modalidade e o Clube deram-me sempre mais. Mais do que um clube, isto é uma instituição.

Olhando agora para o boxe do Sporting CP hoje em dia, que ponto da situação faz?

Neste momento, o número de atletas de manutenção é muito superior. Alguns até gostariam de fazer competição, mas não têm disponibilidade. Mesmo assim, todos têm o nosso apoio e atenção. Neste momento, temos entre 10 a 15 atletas de competição e na manutenção entre 60 a 70, no total. Penso que a pessoa mais velha que temos aqui tem 62 anos e a mais nova é uma menina com nove anos.

Precisamente, numa modalidade amadora, os desafios são também muitos e, por isso, há ingredientes, como a motivação e uma dedicação acima da média, que não podem faltar, certo?

Sei a modalidade em que estou, este é um desporto cem

por cento amador. Às vezes até têm passado por mim atletas com um talento enorme, mas por uma razão ou por outra, porque têm de trabalhar e ganhar a sua vida.... Por vezes, não podemos ir mais além, mas vai-se fazendo. Dentro destas limitações, vamos fazendo o melhor que podemos e sabemos. Temos de ter muita dedicação, também eu e o ‘Paquito’. As pessoas que frequentam os treinos, tanto os que fazem manutenção ou competição, têm de conjugar a escola e o trabalho, o que é difícil.

Recordando umas declarações suas, em 2015, ao Jornal Sporting, comparou um treinador de boxe a um escultor: “Se o material não prestar, não sai um bom resultado, mas se o material for bom e o escultor não, a peça também não vai prestar. É um conjunto de vários factores”. Ora, como é que se cria essa simbiose entre técnico e atleta numa modalidade como esta? Mantenho essa máxima, o boxe tem uma expressão corporal. Eu digo-lhes mesmo: ‘Têm aqui um chato ao pé de vocês. Se eu não vos criticar ou não disser alguma coisa, saiam do pé de mim que eu já não presto’. Ou é o pé que não está bem, a cintura não rodou bem, o queixo que está um bocadinho mais subido, a mão está descaída... São pequenos pormenores, mas que fazem a diferença. Hoje também temos de falar com os atletas de uma maneira diferente.

E quais são esses factores decisivos para construir um bom atleta, na sua opinião?

Para a competição, o atleta tem de ter talento, uma certa habilidade natural, depois espírito de sacrifício, muita dedicação e, claro, disponibilidade. Sem esses ingredientes fica muito complicado. Vai-se trabalhando o melhor possível e, por vezes, há atletas que não têm tanta capacidade, mas são mais dedicados e conseguem chegar àquele nível. Há uma máxima para todos: se derem tudo num combate e perderem, dou os parabéns ao adversário e nós só temos uma solução. Treinar mais e melhor. É a exigência e o boxe é sacrifício, sacrifício, sacrifício. Agora, só fico aborrecido se não derem tudo dentro do ringue.

Actualmente, que desafios encontra a nível competitivo no boxe nacional comparativamente com a sua época de pugilista?

Por minha vontade, ia com uma equipa por essa Europa

fora, mas compreendo que não é possível. Para isso é preciso ter aqui melhores combates e também experiência para esse nível elevado. Por exemplo, no futebol, com 16 ou 17 anos já dizemos que certo atleta é extraordinário e, se olharmos para trás, muitos deles já têm dez anos de competição, por exemplo, porque começou com seis ou sete anos e com todos os apoios possíveis e imaginários.

Por fim, aos 69 anos, rodeado pelo ringue, os atletas, as luvas e os sacos, é isto que lhe continua a dar prazer?

Sim, sim. Como eu costumo dizer, isto é uma brincadeira, mas a sério. A energia já não é tanta, mas ainda cá continuo. Ainda tenho energia (risos). Quando comecei na modalidade foi mais por brincadeira e curiosidade. Como é que se costuma dizer? ‘Primeiro estranha-se, depois entranha-se’. Cabe muito bem aqui esta frase. Nunca pensei ficar tanto tempo, mas agarrei-me, dediquei-me, gostei e quando vim para o Sporting CP - porque melhor do que o Sporting CP não há - fiquei por aqui. E o tempo vai passando, mas há sempre aquela vontade de evoluir, ir mais além e ajudar mais atletas.

E que mensagem quer deixar aos Sportinguistas neste ano de centenário da modalidade?

Obrigado por tudo aquilo que nos têm dado, de uma maneira ou de outra. Agradeço também à parte administrativa, aos coordenadores, porque tem-se feito um esforço grande.

VITOR CARVALHO: UMA LENDA DO BOXE

Títulos nacionais como atleta

Colectivos:

Campeonato 1981, 1983, 1984 e 1986

Individuais:

Médios ligeiros (71kg) 1981, 1983

Meios médios (67kg) 1984, 1985, 1986

Títulos nacionais como treinador

Campeonato: 1995, 1997, 1998 (2x), 2004 e 2008

Taça de Portugal: 1998, 2000, 2003 e 2009

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Vitor Carvalho e ‘Paquito’, dois rostos intemporais da modalidade e dois dos seus grandes obreiros

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MODALIDADES BASQUETEBOL

DERROTA NO ÚLTIMO SEGUNDO EM JOGO DRAMÁTICO

SPORTING CP ESTEVE NA FRENTE A TRÊS SEGUNDOS PARA O FINAL COM CESTO DE EDDY POLANCO. LANCE QUE DEU A VITÓRIA DO SL BENFICA ANTECEDIDO DE PASSOS.

A equipa de basquetebol do Sporting CP perdeu este domingo em casa do SL Benfica, por 85-84, no primeiro jogo da final da Liga. Os Leões de Pedro Nuno Monteiro conseguiram uma fantástica recuperação de uma desvantagem de oito pontos no último quarto, até Eddy Polanco marcar para o 83-84, já depois de uma magnífica reacção Leonina, mas no final dos 40 minutos a vitória sorriu às ‘águias’, com Aaron Broussard a converter um cesto, a menos de um segundo para o final, antecedido e infracção à regra dos apoios, (os chamados passos) e que gerou indignação Leonina. “Como clube, ficámos indignados pela forma como tudo se passou. Independentemente de ser um só jogo, a verdade é que o último lance, que ditou o resultado, é obtido de forma ilegal”, referiu Nuno Baião, coordenador de basquetebol do Sporting CP, em declarações à Sporting TV, detalhando: “Há algo que me faz muita confusão, que é perceber como é que três árbitros internacionais, um deles da EuroLeague e outro da Basketball Champions League (BCL) não conseguem avaliar uma jogada relacionada com a regra mais básica da modalidade, que são os passos, sendo que um deles estava a quatro, cinco metros. Só podemos dar dois apoios e o [Aaron] Broussar deu três. É mais do mesmo”, lamentou.

No primeiro quarto, o Sporting CP apresentou dificuldades no ressalto, que permitiram aos ‘encarnados’ segundos e mesmo terceiros lançamentos e finalizações debaixo da tabela. As ‘águias’ andaram sempre na frente nos primeiros dez minutos. Já só com pouco mais de um minuto para jogar nos primeiros dez, o Sporting CP

começou a equilibrar a luta dos ressaltos e com isso a encostar um pouco mais no marcador, ainda que a vantagem da equipa encarnada fosse de 28-19. No segundo quarto, uma inovação táctica do treinador Pedro Nuno Monteiro teve como resultado uma cada vez maior aproximação do Sporting CP no marcador. Substituições ‘à andebol’, com trocas de defesa-ataque entre João Fernandes e António Monteiro que só defendiam, para as entradas de Joshua Patton e de Eddy Polanco, foram relançando aos poucos a equipa de Alvalade, cada vez mais aguerrida a proteger a tabela defensiva e a provocar turn-overs, ou seja, perdas de bola sem lançamento ao SL Benfica. Joshua Patton foi colecionado pontos – 16 ao final dos primeiros 20 minutos – com o poste norte-americano muito dominador nas áreas interiores, enquanto Eddy Polanco evidenciava um acerto crescente nos lançamentos.

Com uma jogada de três pontos – lançamento e falta concretizados – Joshua Patton possibilitou ao Sporting CP ficar a um ponto do SL Benfica com 26 segundos para jogar e o Sporting CP chegou mesmo à vantagem ao intervalo, com um contra-ataque finalizado por André Cruz, após condução soberba da jogada por Diogo Ventura. Um cesto conseguido mesmo sobre a buzina para o 47-48 a favor do Sporting CP. No terceiro quarto, foi o SL Benfica a entrar melhor com dois triplos praticamente consecutivos de Ivan Almeida, que colocaram os donos da casa na frente por 53-48.

Voltavam as dificuldades ofensivas Leoninas, com o Sporting CP com problemas para ter lançamentos abertos. Com isso, o resultado chegou a estar em 6049, até Joshua Patton conseguir um grande afundanço, após assistência de Diogo Ventura, que colocou o Sporting CP a sete pontos de distância (62-55).

Um triplo invalidado a António Monteiro (decisão muito discutível), quebrou o ímpeto Leonino, pois o SL Benfica foi de seguida para a linha de lance livre para o 66-58.

Um triplo de Marcus Lovett deixou o Sporting CP a três pontos de diferença (desvantagem, ainda Leonina), com o Sporting CP a voltar a conseguir subir, e muito, o nível colectivo.

Com cerca de um minuto e meio para o final do terceiro quarto, o Sporting CP tinha

SL BENFICA

uma desvantagem de quatro pontos (68-64) e com Lovett a entrar cada vez mais no jogo, renascia a esperança de recuperação no marcador a equipa Leonina, que saía para o último quarto com uma desvantagem de 71-66.

Nos últimos e decisivos 10 minutos foi o SL Benfica e entrar logo com um triplo que distanciou as águias no marcador, até à dezena de pontos.

Travante Williams conseguiu uma jogada de três pontos –cesto e falta – e o Sporting CP, com grande alma, coragem e determinação, conseguiu encetar nova grande recuperação para ficar a apenas um ponto, com um lançamento de dois de Marcus Lovett (81-80), quando faltava um minuto e 30 segundos para o final. Nessa fase, a dupla Marcus Lovett Jr. e Travante Williams assumiu muitas das despesas do conjunto verde e branco encostar na pontuação. O final foi impróprio para cardíacos e Eddy Polanco, numa entrada para o cesto, colocou o Sporting CP na frente com um lançamento de dois pontos − a três segundos para o final (8384). A posse de bola era, depois, do SL Benfica, que concretizou por Aaron Broussard, no referido lance irregular, por passos. Já só restavam 70 centésimos de segundo, que não deram tempo ao Sporting CP para um último lançamento.

SPORTING CP 85 ‑ 84

(28-19, 19-29; 24-18 e 14-18)

22 - SPORTING 3927
Texto: Nuno Miguel Simas Fotorafia: Isabel Silva Dérbi de basquetebol no Pavilhão da Luz ficou decidido no último segundo 4 de Junho de 2023 | Campeonato Nacional – Final – Jogo 1 | Pavilhão da Luz Sporting CP: Travante Williams (12), Eddy Polanco (20), Ricardo Monteiro, Marko Lonkovic (2), Diogo Ventura [C] (1), António Monteiro (3), André Cruz (2), Joshua Patton (20), Isaiah Armwood (3) e Marcus Lovett Jr. (20). Treinador: Pedro Nuno Monteiro.

MODALIDADES FUTSAL

LEÕES DO FUTSAL DE NOVO NA FINAL DOS PLAY-OFFS DA LIGA

FOI NO PROLONGAMENTO QUE SE SELOU UM TRIUNFO SUADO E A RESPECTIVA PASSAGEM LEONINA PARA A 13.ª FINAL CONSECUTIVA (!) DO CAMPEONATO. CURIOSAMENTE, ESTE FOI O ÚLTIMO JOGO DA CARREIRA DE PEDRO CARY, UM EX-LEÃO QUE FOI DEVIDAMENTE HOMENAGEADO NO PAVILHÃO JOÃO ROCHA. O TRICAMPEONATO JÁ ESTÁ NA MIRA E SL BENFICA É O ÚLTIMO OBSTÁCULO.

Texto: Xavier Costa

Fotorafia: João Pedro Morais

As equipas de basquetebol, hóquei em patins e, agora, também a de futsal do Sporting Clube de Portugal vão todas estar nas decisões dos respectivos campeonatos em 2022/2023 – curiosamente todas frente ao rival SL Benfica.

Depois do triunfo fora de casa no primeiro jogo (1-3), os Leões do futsal receberam e bateram, na passada sexta-feira, o CR Leões de Porto Salvo por 3-2, após prolongamento, no segundo jogo da meia-final dos play-offs da Liga, garantindo assim um lugar na final, onde lutarão pelo tricampeonato.

Para lá chegar, o Sporting CP de Nuno Dias - desta vez sem Bernardo Paçó, Cavinato, Esteban e Hugo Neves nas opções - rubricou mais uma eliminatória sem sofrer qualquer derrota, embora desta vez tenha sido preciso ir a prolongamento para voltar a bater o CR Leões de Porto Salvo, que foi quarto classificado e a equipa que menos golos sofreu na fase regular da Liga. Além disso, contou com caras bem conhecidas dos Leões, como os jovens Wesley França e Mamadú Ture, ambos emprestados pelo Sporting CP, e ainda o ex-Leão Pedro Cary, que alinhou e venceu tudo de verde e branco durante nove épocas consecutivas entre 2010 e 2019, e que,

curiosamente, fez aqui, aos 39 anos, o seu último jogo de uma bonita carreira [ver caixa].

Ainda antes de a bola começar a rolar, viveu-se um momento especial para assinalar o passado Dia da Criança (1 de Junho): desta vez, a apresentação individual da equipa verde e branca foi feita, precisamente, por um pequeno Sportinguista que foi speaker por um dia ao mesmo tempo que nos ecrãs do Pavilhão João Rocha se foram sucedendo fotografias de cada um dos Leões quando eram também crianças. Já com as bancadas bem compostas e um apoio sonoro desde o início, os instantes iniciais foram muito acesos e com (várias) oportunidades repartidas. Faltavam apenas os golos e rapidamente Anton Sokolov

2 de Junho de 2023 | Liga – Play-offs – Meia-final – Jogo 2 | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

3 - 2 (a.p.) (1-1 ao intervalo)

se encarregou de agitar o marcador: em posição de pivô, recebeu de costas para a baliza, rodou sobre o defesa e atirou forte e a contar para o 1-0 aos 11 minutos.

Depois, Zicky teve tudo para aumentar a vantagem Leonina, mas o remate não saiu nas melhores condições e André Correia resolveu a situação com uma ‘mancha’. Contudo, a cinco minutos do descanso, num remate

de fora da área, Nélson Santos, capitão dos visitantes, fez o 1-1, fixando a igualdade ao intervalo. Nos segundos 20 minutos, o Sporting CP entrou com tudo e só o poste evitou que Paçó voltasse a colocá-lo na frente do resultado. No entanto, o 2-1 chegou mesmo, cinco minutos da segunda parte decorridos, quando um pontapé repentino de Miguel Ângelo, já dentro da área, acabou no fundo das redes. No entanto, logo no minuto a seguir, Guitta cometeu penálti, viu cartão amarelo e Bruno Pinto bateu Gonçalo Portugal para voltar tudo à ‘estaca zero’ (2-2). Continuaria a mandar o Sporting CP, acumulando várias situações de golo, inclusive também de penálti, mas André Correia defendeu com o pé a conversão de Alex Merlim a oito minutos do fim.

Já na recta final, depois de Guitta – e o poste – terem mantido o empate, Diogo Santos e Zicky, de forma consecutiva, ficaram muito perto de marcar, mas este segundo jogo da meia-final decidir-se-ia no prolongamento.

E foi só bem no final de uma primeira parte de clara superioridade Leonina que se voltou a desfazer o ‘nó’ no marcador – agora definitivamente. Com apenas um segundo por jogar no relógio, Pany Varela foi inteligente e cobrou uma reposição lateral de forma tensa para dentro da área e a bola acabou por bater num defesa e entrar na baliza, furando finalmente a resistência visitante, que ainda apostou no guarda-redes avançado, mas sem sucesso.

Garantida a presença em mais uma final, após a buzina, a festa num Pavilhão João Rocha ao rubro foi condizente com mais um feito do futsal verde e branco: ‘Eu quero o Sporting CP campeão’ foi ecoando nas bancadas para lá do fim do jogo. Para já, garantido está desde logo o acesso à UEFA Futsal Champions League do próximo ano, seguindo-se agora a decisão do título outra vez diante do SL Benfica, que acabou por levar a melhor sobre o SC Braga na ‘negra’ da meia-final, na passada segunda-feira.

DESPEDIDA BONITA E MERECIDA PARA PEDRO CARY

Caprichosamente, quis o destino que o último jogo da carreira de Pedro Cary fosse no Pavilhão João Rocha, e a despedida esteve à altura

CR LEÕES DE PORTO SALVO

Sporting CP: Gonçalo Portugal [GR], Guitta [GR], Diogo Santos, Tomás Paçó, Zicky Té, Erick Mendonça, João Matos [C], Pauleta, Anton Sokolov, Pany Varela, Miguel Ângelo e Alex Merlim. Treinador: Nuno Dias.

Disciplina: cartão amarelo a Guitta (25’).

do momento. Terminado o jogo, as bancadas foram unânimes para o aplaudir de pé e entoar o seu nome, sendo ainda homenageado merecidamente pelo Sporting CP, pelas mãos de Rodrigo Pais de Almeida.

Depois de uma noite de muitas emoções, Pedro Cary falou à  Sporting TV, deixando o seu agradecimento. “Não estava na minha cabeça que a minha despedida fosse aqui. Estou muito grato ao Sporting CP por aqueles nove anos e por ter elevado tão alto o futsal português. Um muito obrigado aos adeptos do Sporting CP e à estrutura. O Pedro Cary e a sua família ficam eternamente grato e acho que não posso dizer muito mais”, disse, emocionado. De Leão ao peito, o experiente futsalista de 39 anos venceu uma

UEFA Futsal Champions League, nove Campeonatos Nacionais, cinco Taças de Portugal, cinco Supertaças e uma Taça da Liga. Chegada a hora de despedida, é “com simplicidade” que quis e que considerou fazê-lo.

“Há valores muito importantes no desporto e acho que isso consegui-o transmitir ao longo da minha carreira. Cheguei ao Sporting CP Campeão Nacional e saí Campeão Europeu. Foi uma batalha muito grande para atingir esse título tão desejado. O Sporting CP tem todo o mérito por estar onde está e, por isso, é dar os parabéns pela continuidade no projecto”, elogiou, acrescentando que agora estará a “torcer por fora”. “Somos uma família de Sportinguistas e vamos continuar a apoiar sempre que pudermos”, atirou, por fim.

SPORTING 3927 - 23
Ré (14’) Bruno Pinto (pp 25’) Sokolov (11’) Miguel Ângelo (25’) Wesley França (44’ AG) Grande ambiente e missão cumprida no Pavilhão João Rocha

MODALIDADES ANDEBOL

CAMPEONATO FECHA COM TRIUNFO

EMBLEMA DE ALVALADE TERMINA NO SEGUNDO LUGAR DO PÓDIO.

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal venceu, no último sábado, em casa da ADA Maia por 23-32 na 26.ª e última jornada do Campeonato Nacional, terminando assim a prova no segundo lugar.

Os Leões chegaram ao intervalo a vencer por 12-14, aumentando bastante a diferença no segundo tempo. Em destaque estiveram os jovens Nuno Catarino e Rafael Bravo, ambos com 18 anos e em estreia pelos seniores. Com cinco golos cada um, Francisco Tavares, Ronaldo Almeida e Martim Costa foram os principais artilheiros do Sporting CP. O emblema de Alvalade vai, este fim-de-semana, disputar a final

four da Taça de Portugal, enfrentando o FC Porto nas meias-finais da prova que vai ter lugar na Madeira.

“NADA A APONTAR AOS MEUS ATLETAS”

No final, Ricardo Costa reagiu. Em declarações ao Jornal Sporting, o treinador verde e branco fez um balanço da prestação na competição.

“No início da época tínhamos o objectivo de estarmos ainda mais perto [do título] do que estivemos no ano passado. Estivemos mais perto, queríamos ser campeões e tudo fizemos. Não tenho nada a apontar aos meus atletas.

É óbvio que é duro perder um

MODALIDADES GINÁSTICA

Campeonato Nacional com apenas uma derrota por um golo, mas o desporto é assim. Só pode ganhar um e dou os parabéns ao FC Porto, que foi campeão de forma merecida porque empatou um jogo e ganhou outro contra nós. É a realidade e há que aprender”, disse.

Ricardo Costa comentou ainda as estreias dos jovens Nuno Catarino e Rafael Bravo, ambos com 18 anos, e falou sobre o encontro na Maia.

“Somos uma equipa que gosta de dar esse privilégio aos atletas da casa. São atletas nos quais nós acreditamos e que podem ser uma mais-valia no futuro. Este prémio é merecido, ainda para mais quando acabam por jogar bem. Faz parte da filosofia

SARAU JUBAS ANIMOU E ENCHEU O PAVILHÃO JOÃO ROCHA

do Sporting CP abrir as portas. A vitória foi inquestionável, com a segunda parte a ser melhor do que a primeira”, frisou.

Por fim, Ricardo Costa lançou a final four da Taça de Portugal, marcada para o próximo fim-de-semana: “Sabemos a responsabilidade

de vestir esta camisola. Temos um título que é nosso para defender. Vamos à Madeira com a máxima ambição. Sabemos que vai ser difícil e que as meias-finais vão ser diante do campeão nacional, mas queremos dar uma alegria aos nossos adeptos”.

3 de Junho de 2023 | Campeonato Nacional − 26.ª jornada | Pavilhão Municipal da Maia

ADA MAIA

SPORTING CP 23 - 32

(12-14 ao intervalo)

Sporting CP: Edy Silva, Edmilson Araújo (2), Francisco Costa (4), Natán Suárez (2), Carlos Ruesga (2), Salvador Salvador [C], Espen Våg (2), Mamadou Gassama (1), Andrè Kristensen [GR], Francisco Tavares (5), Étienne Mocquais (2), Nuno Catarino (1), Rafael Bravo (1), Leo Maciel [GR], Ronaldo Almeida (5) e Martim Costa (5). Treinador: Ricardo Costa. Disciplina: exclusão de 2 minutos para Edy Silva, Edmilson Araújo e Leo Maciel.

CLASSES MAIS NOVAS DO SPORTING CP E DE CINCO CLUBES CONVIDADOS MOSTRARAM OS DOTES NA CASA DAS MODALIDADES LEONINAS.

O Pavilhão João Rocha encheu, no passado sábado, para ver o Sarau Jubas, que contou com cerca de 600 jovens ginásticas do Sporting Clube de Portugal e de cinco clubes convidados a actuar.

Uma manhã diferente e especial na casa das modalidades Leoninas que contou também com a mascote Leonina, que dá precisamente o nome a este evento dedicado aos mais novos e que reuniu crianças entre os três e os 15 anos. Durante cerca de duas horas, o Pavilhão João Rocha vibrou com as coreografias cheias de magia e música dos diversos grupos do Multidesportivo do Estádio José Alvalade, assim como dos sete pólos da ginástica verde e branca – Portela, Alfragide, Lumiar, Chelas, Sacavém, Colégio Oriente e Colégio Alemão – e dos clubes convidados nesta segunda

edição do evento – Colégio Salesianos, Colégio Manuel Bernardes, Clube Atlético de Queluz, Externato da Luz e Real Sport Clube.

“Foi muito bom. Este evento destina-se aos mais novos e foi muito bonito ver o Pavilhão João Rocha cheio, as crianças tão felizes e a terem a oportunidade de confraternizarem com o Jubas, que é sempre uma coisa fantástica e que elas adoram”, começou por dizer Luís Duarte, coordenador da ginástica do Sporting CP, aos meios de comunicação Leoninos, atirando: “O eclectismo do nosso clube é uma imagem de marca e, neste dia, além das outras modalidades envolvidas no Play Day, tivemos aqui a ginástica em acção. Foi um dia bonito e assinalável”.

Para além dos mais novos, que puderam mostrar-se aos familiares, amigos e amantes da ginástica neste dia, as classes mais velhas

terão também a oportunidade de o fazer no habitual Sarau Anual. Este ano o evento está marcado para os dias 2 e 3 de Julho, com quatro sessões e, para Luís

Duarte, será imperdível: “Vai ser um magnífico espectáculo. Vamos fazer com que não seja só um sarau, mas sim um excelente espectáculo de ginástica no qual

poderão assistir a todas as classes da ginástica do Sporting CP, que este ano voltou a conquistar muitos títulos em todas as áreas de competição”.

24 - SPORTING 3927
Texto: Luís Santos Castelo Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: João Pedro Morais Segunda edição do Sarau Jubas contou com cerca de 600 jovens ginastas

MODALIDADES - JUNHO DAS DECISÕES… E POTE!!!

equipa, com enormes jogadores, comandados pelo nosso “eterno”

Nuno Dias! Temos a esperança de sempre e uma fé imensa nesta grande Team! Rumo à vitória!

O título deve ficar, tem de ficar onde está… pois, em Alvalade, em lugar de destaque no nosso Museu!

MODALIDADES VOLEIBOL

MAIS NOVOS APRENDEM COM JOÃO COELHO

TREINADOR DOS SENIORES ORIENTOU SESSÕES DE TREINO COM EQUIPAS DA FORMAÇÃO DE VOLEIBOL.

Estamos já em Junho, o mês dos play-off e/ ou das final four de várias das modalidades ditas “amadoras” ou melhor de pavilhão. Vamos ter um mês cheio, com presença nas decisões de campeão de modalidades como o basquetebol, o hóquei em patins e o futsal. Em todas estas modalidades vamos ter como adversário os nossos vizinhos do outro lado da Segunda Circular. E nós estamos em todas essas finais para ganhar!

Basquetebol − já se iniciou neste domingo a “final à melhor de cinco”; perdemos por um ponto no primeiro jogo na Luz, mesmo ao cair do pano e num lance em que os árbitros parece que se esqueceram da fundamental regra dos “passos”; hoje (3.ª feira, dia em que escrevo) temos o segundo jogo em casa do nosso adversário… é para ganhar! A equipa já demonstrou que tem tudo para levar o título nacional para Alvalade! É aí, no nosso Museu, que o queremos!

Hóquei em Patins – já estamos há mais de uma semana qualificados para a final, tendo estado a aguardar o outro opositor; vai ser outra “final à melhor de cinco”, na qual temos tudo para levar de vencida o nosso adversário, sempre o mesmo eterno rival! Esta nossa equipa já nos demonstrou toda a sua raça e valor, ultrapassando momentos e situações de dificuldade imensa! Sabemos que podemos contar com esse esforço, essa dedicação e essa devoção… sim, queremos a Glória de mais este título em Alvalade! Futsal − ficámos ontem a saber qual o nosso opositor na “final à melhor de cinco”. Houve “mosquitos por cordas” nesse último jogo da meia final em Braga para definir o nosso opositor; esperemos que esses comportamentos sejam banidos dos jogos da final!

Sabemos que temos uma grande

Andebol − bem sei, o campeonato já foi, por um “minúsculo” ponto, resultado de um mísero golo, no final de um jogo…, mas agora temos a final four da Taça de Portugal! Este fim-de-semana, no Funchal! Esta equipa merece!

E nós, SCP, também! Estamos juntos, queremos essa Taça em Alvalade!

Nestas quatro “fases finais” destas modalidades há um único clube que está sempre presente: o SPORTING! É o corolário do indiscutível poder do Leão! É a força do Eclectismo Sportinguista! É a demonstração da razão do SPORTING ser a Maior Potência Desportiva portuguesa!

Vejo, contudo, de vez em quando e de modo tímido, mas mentiroso, alguma gente por em causa o número de títulos do SCP em todas as modalidades… são mais de 22 mil… o número assusta-os e, portanto, resolvem fugir dele, negando a sua realidade e até reconhecendo que nem se querem dar ao trabalho de os comentar!

Elucidativo! E demonstrador de como hoje se pratica a “fuga à realidade”!

Ilustrativo desta realidade avassaladora é o facto − e é facto, mesmo! − de o SCP ter bem mais títulos colectivos europeus e/ou mundiais em todas as modalidades do que o somatório dos seus dois principais rivais! O SCP tem 42 títulos europeus e/ou mundiais e o somatório desses seus competidores nem chega aos 30! Elucidativo!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

P.s. O golaço do Pote no Emirates contra o Arsenal foi considerado pela UEFA o golo do ano na Liga Europa! A caminho, pois, do Prémio Puskas! Entretanto, por cá, há quem nisso nem tenha reparado e há quem continue a persistir na injustiça de “proibir” um jogador desse nível e craveira de ser chamado à Selecção! Parabéns, Pote! Quem gosta de futebol sabe bem o inquestionável valor que tu tens!

As equipas de formação de voleibol do Sporting Clube de Portugal contaram, na semana passada, com a presença de João Coelho, treinador do conjunto sénior masculino, em alguns treinos.

Num momento de partilha e aprendizagem no Pavilhão João Rocha, os jovens Leões tiveram a experiência de ser orientados por alguém com muitos anos de voleibol de alto nível, tanto na Liga como nas competições europeias.

“São escalões que já tiveram as suas fases finais − cadetes, juniores e sub-21 − e agora é o momento de perceber o nível

técnico e procurar conhecê-los de forma mais profunda. São jovens com sonhos que jogam pelo Sporting CP e que podem vir, um dia, a treinar com a equipa sénior. Queremos que tenham os melhores contextos técnicos e um acompanhamento mais vertical”, disse João Coelho aos meios de comunicação do Sporting CP.

Questionado sobre aquilo que encontrou nos atletas, o técnico do emblema de Alvalade garantiu “muita força de vontade, muito empenho e um caminho ainda longo para percorrer”.

“Têm bons ideais, princípios e comportamentos e estão no sítio certo. Devemos motivá-los a olharem para os jogadores profissionais como bons exemplos”, acrescentou.

Pedro Vilhena, um dos jovens da formação verde e branca que participou nos treinos, mostrou-se muito satisfeito pela “experiência única de poder aprender com alguém com tanto renome, prémios e títulos”. “Tem estado atento e dá-nos vários conselhos e aprendizagens”, frisou o atleta, que tem o “sonho de poder jogar profissionalmente” ao serviço o Sporting CP.

Salvador Oliveira foi outro dos jogadores jovens que marcou presença: “É um prazer treinar com o João Coelho, nunca treinei com alguém com tanta experiência. Ele liga muito aos detalhes, como a manchete ou o passe. (...) Quero jogar profissionalmente no Sporting CP, ganhar muitos títulos e ser um exemplo”.

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Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: João Pedro Morais Tito Arantes Fontes
OPINIÃO
João Coelho encontrou jovens com “muita força de vontade, muito empenho e um caminho ainda longo para percorrer”

NÚCLEOS

Festa Verde celebrou quarto aniversário do Núcleo de Minde

EVENTO JUNTOU CERCA DE 400 SPORTINGUISTAS DE TODO O PAÍS E CONTOU COM VÁRIAS ACTIVIDADES CULTURAIS E DESPORTIVAS PARA TODOS OS GOSTOS.

Fundado em 2019, o Núcleo SCP de Minde celebrou no passado sábado o seu quarto aniversário com a realização de mais uma Festa Verde, evento que juntou cerca de 400 Sportinguistas vindos de todo o país. Num verdadeiro dia de Sporting CP, em que o denominador comum foi o amor ao Clube, foram organizadas várias actividades que incluíram as vertentes cultural e também desportiva, sempre num ambiente de festa e exaltação dos valores e princípios verdes e brancos.

As celebrações arrancaram logo de manhã, com uma caminhada na Polje de Mira-Minde que deu a conhecer a beleza natural da região, seguida de uma sessão de boas-vindas na Junta de Freguesia local. Depois, foi inaugurada no Museu de Aguarela Roque Gameiro a exposição “Sob a Minha Óptica – Momentos do Leão”, da autoria do fotojornalista do Sporting CP José Lorvão, que foi também alvo de uma homenagem, antes da visita ao espaço do Núcleo de Minde. O dia terminou com um jantar no Salão Paroquial Ana Sonça, onde foi apresentada a equipa de atletismo do Núcleo e atribuído ainda o galardão ‘António Capela’ a Manuel Fernandes, o eterno capitão Leonino, que esteve representado por Litos, também ele ex-futebolista do Sporting CP.

SÓCIOS

representação do emblema de Alvalade, tendo salientado o trabalho realizado em Minde. “É muito gratificante ver a força de um Núcleo tão recente como este, esperemos que outros sigam estes passos noutras regiões do país. Em quatro anos, conseguiram fazer algo que não é normal pois têm já uma grande energia e ligação a esta terra e à comunidade. Estiveram aqui reunidas 400 pessoas longe de Alvalade, o que é significativo e deixa-nos felizes”, sublinhou o dirigente. A fechar, como não podia deixar de ser, houve ainda tempo para cantar os parabéns ao Núcleo de Minde, que continua a apoiar o Sporting Clube de Portugal da melhor forma possível e a honrar o lema Esforço, Dedicação e Devoção, sempre de olhos postos na Glória verde e branca.

No final do dia, as sensações não podiam ser melhores, como deu conta o presidente do Núcleo, João Roque Gameiro. “Quatro anos passam muito depressa. Não foi fácil, mas neste momento estamos muito bem integrados em termos sociais na vila de Minde e no concelho de Alcanena. Fazemos muitas acções de carácter social e gostamos de realizar eventos não só com a vertente desportiva, mas também cultural. Em 2020 tivemos uma exposição do António Capela, e este ano temos a do José Lorvão”, começou por dizer à Sporting TV o responsável, de olhos postos no

futuro. “Vamos dando pequenos passos pois sabemos onde queremos ir. O Núcleo tem dois projectos neste momento, o primeiro é o do Espaço Memória que dignifica o grande fotógrafo nacional e do Sporting CP António Capela, que é um filho adoptivo de Minde, e o segundo é o projecto do atletismo, que lançámos este ano com alguma mobilização. Já temos algumas jovens a treinar e com resultados significativos, com uma ida à selecção distrital de uma atleta nossa”.

Também Vasco Matos, vogal do Conselho Directivo do Sporting CP, marcou presença em

“Os Cinquentenários” marcam visita à Academia Cristiano Ronaldo

O Grupo “Os Cinquentenários”

vai voltar a reunir-se no dia 1 de Julho, dia de aniversário do Sporting Clube de Portugal. O 298.º encontro vai acontecer na Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete, como já aconteceu no passado,

permitindo assim aos Associados visitarem o ‘quartel-general’ do futebol verde e branco.

Na ocasião serão comemorados os 117 anos do Clube e os 54 do Grupo “Os Cinquentenários” na presença de Francisco Salgado Zenha,

vice-presidente do Sporting CP, que falará aos Sócios cinquentenários, e de Paulo Gomes, director-geral da Academia.

A concentração está marcada para as 10h00, como habitualmente, na entrada do Multidesportivo do

Estádio José Alvalade. As inscrições para o almoço e transporte têm o custo único de 30 euros e deverão ser feitas para Marina Reis através do contacto telefónico 962 876 358 (a partir das 11h00) ou por e-mail

para o endereço mgreis1967@ gmail.com, até ao próximo dia 26 de Junho. O pagamento deve ser efectuado com antecedência por transferência bancária para o NIB: PT 50 0269 0152 0020 3015 5545 4.

SPORTING 3927 - 27
Texto: Pedro Ferreira Fotografia: José Lorvão Convívio juntou Sportinguistas vindos de todo o país A exposição do fotojornalista José Lorvão foi um dos momentos altos do dia

BREVES

FUTEBOL: GOLO DE PEDRO GONÇALVES ELEITO O MELHOR DA LIGA EUROPA 2022/2023

O golo de Pedro Gonçalves na segunda mão dos oitavos-de-final da Liga Europa frente ao Arsenal FC, no Emirates Stadium, em Londres, foi considerado o melhor golo da Liga Europa 2022/2023 pelo painel de observadores técnicos da UEFA.

Paulinho recuperou a meio-campo e Pedro Gonçalves, sem avançar muito, atirou à baliza com Aaron Ramsdale a ver a bola passar-lhe por cima e a entrar. Um remate a mais de 50 metros da baliza que resultou no 1-1 levando o jogo até ao prolongamento e depois aos pontapés de penálti onde a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu por 3-5, qualificando-se assim para os quartos-de-final da prova.

TÉNIS DE MESA: LEOAS NAS MEIAS FINAIS DO CAMPEONATO NACIONAL

A equipa principal feminina de ténis de mesa do Sporting Clube de Portugal garantiu a passagem à final do Campeonato Nacionais depois de eliminar o União Sebastianense FC nos jogos das meias-finais. No primeiro jogo as Leoas venceram por 1-3 e no segundo venceram por 3-0, não deixando assim a eliminatória ir ao terceiro encontro. Agora na final, a equipa verde e branca vai medir forças diante do CTM Mirandela, que eliminou o GDCS Juncal.

TRIATLO: INÊS OLIVEIRA VENCE NAS CALDAS DA RAINHA, FILIPE MARQUES É VICE‑CAMPEÃO DA EUROPA DE PARATRIATLO

ATLETISMO: JOÃO COELHO VENCE MEETING DE KALAMATA

Inês Oliveira venceu, no passado domingo, o triatlo das Caldas da Rainha. A triatleta do Sporting Clube de Portugal terminou a prova em 1:03,07 (natação em 9,14 min; ciclismo em 36,03 min; corrida em 16,39 min).

Por sua vez, Filipe Marques tornou-se vice-campeão da Europa de paratriatlo. O atleta

Leonino ficou em segundo lugar em Madrid, depois de cumprir a prova em 55,18 minutos (natação em 8,14 min; ciclismo em 28,14 min; corrida em 16,41 min). A prova foi conquistada pelo alemão Martin Schulz com o britânico Michael Salisbury a fechar o pódio.

João Coelho venceu, na última quarta-feira, a prova de 400 metros do meeting de atletismo de Kalamata, na Grécia, ao cumprir o percurso em 45,22 segundos.

O atleta do Sporting Clube de Portugal, que levou a melhor sobre o alemão Marvin Schlegel (46,77 segundos) e o romeno Roberto Parge (47,01), bateu o seu recorde pessoal por 19 centésimos e ficou a apenas oito centésimos do recorde nacional, sendo assim o segundo português com a melhor marca de sempre.

Destaque ainda para os Leões que participaram no meeting de Montreuil (França): Emmanuel Eseme ficou em 3.º lugar na final dos 100 metros, com 10,08 segundos; Evelise Veiga foi quarta no salto em comprimento, com 6,66 m; e Liliana Cá terminou em 7.º no lançamento do disco, com 58,61 m.

Dias depois, Liliana Cá também competiu no meeting de Florença (Itália) da Liga Diamante e ficou em quarto lugar, após lançar o disco a 63,69 metros.

KARATE: VÁRIOS PÓDIOS NO KARATE OPEN LISBOA

O Sporting Clube de Portugal conquistou cinco pódios em seniores no Karate Open Lisboa, que se realizou no passado sábado no Pavilhão Municipal do Casal Vistoso. Renata Baptista ficou em primeiro, Rafael Duarte e Catarina Rodrigues ficaram em segundo e Tiago Duarte e Daniela Lourenço em terceiro.

Destaque ainda para Isabel Franco que, em sub-18, ficou em terceiro e Manuel Cardoso que, em sub-16, subiu ao segundo lugar do pódio.

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