Jornal Sporting n.º 3976

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FUNDADO EM 31 MARÇO 1922 N.º 3976 QUINTA-FEIRA, 16 MAIO 2024 SPORTING.PT SEMANAL ANO 102 1€ (IVA INCLUÍDO) DIRECTORA:
MAFALDA BARBOSA O MAIS ANTIGO JORNAL DE CLUBE DO MUNDO

NO TOPO DA EUROPA

A HISTÓRIA CONTINUOU A ESCREVER-SE. OUTROS TRIUNFOS SE SEGUIRAM E, ESTA SEMANA, O HÓQUEI EM PATINS VOLTOU

A DEIXAR A SUA MARCA NA EUROPA, AO SAGRAR-SE CAMPEÃO EUROPEU.

16.05.1981.

Há exactamente 43 anos a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal disputava a primeira-mão da meia-final da Taça das Taças – prova entretanto extinta –, frente aos alemães do Herten.

Os Leões seguiram em frente para a final e a vitória acabaria por sorrir à equipa verde e branca.

Aquele que foi um grande triunfo europeu do Sporting Clube de Portugal, foi também o primeiro título ganho por Livramento, enquanto treinador, consagrando ainda Chana como um dos maiores jogadores de sempre.

A História continuou a escrever-se. Outros triunfos se seguiram e, esta semana, o hóquei em patins voltou a deixar a sua marca na Europa, ao sagrar-se Campeão Europeu pela terceira vez nas últimas cinco edições da prova.

“Aos jogadores, que estão na pista e se comportam como comportam, vou estar eternamente agradecido. São uma equipa extraordinária. (…) Quero agradecer-lhes por terem acreditado em mim e continuarem a fazê-lo”, salientou o treinador Alejandro Domínguez após a conquista.

E porque falamos em vitórias Europeias, é tempo de recordar e assinalar os 60 anos daquele que seria o principal feito europeu no futebol. No dia 15 de Maio de 1964, o Sporting Clube de Portugal conquistava a Taça das Taças.

“Um golo só bastou”, para o “cantinho” mais célebre de sempre ficar eternizado na História do Clube. Morais continua a ser relembrado e o seu legado ficará perpetuado no tempo.

De geração em geração, Sporting Clube de Portugal continua a escrever-se a ouro na Europa.

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LENDAS SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

DAVID JÚLIO

FUTEBOL

1932

David Abraam Juluis foi um importante jogador de futebol do Sporting CP.

Contribuiu para o Clube conquistar dois Campeonatos Nacionais (1957/1958 e 1961/1962), uma Taça de Portugal (1963/1964) e a Taça das Taças, em 1963/1964.

Cumpriu 145 jogos e marcou nove golos de Leão ao peito.

Um médio com uma versatilidade que lhe possibilitava jogar também em vários lugares na defesa.

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Texto: Nuno Miguel Simas

Fotografia: Arquivo Pessoal – Hilário da Conceição

De nacionalidade sul-africana, David Júlio foi um polivalente futebolista, que tanto jogava a defesa como a médio e que cobria várias posições no campo. Nascido na África do Sul, foi para o Sporting CP na temporada de 1957/1958, depois de ter representado o Sporting Lourenço Marques, de Moçambique, país que era por essa altura colónia portuguesa.

Fascinado pelos feitos do Sporting CP e após uma digressão do Clube a Moçambique, fixou como objectivo integrar o a equipa de Alvalade, o que conseguiu e em boa-hora para

DAVID JÚLIO

DAVID ABRAAM JULIUS, MAIS TARDE COM O NOME ADAPTADO À NACIONALIDADE PORTUGUESA DE DAVID JÚLIO, FOI UM JOGADOR DE FUTEBOL EMBLEMÁTICO DO SPORTING CP ENTRE O FINAL DA DÉCADA DE 50 ATÉ MEIO DA DÉCADA DE 60 DO SÉCULO PASSADO.

ambas as partes: jogador e Sporting CP, pois ajudou à conquista de dois campeonatos, a primeiro logo na temporada de estreia, numa equipa em que ainda pontificavam dois dos Cinco Violinos: Vasques e Travassos. Seria o primeiro campeonato festejado no então novo Estádio José Alvalade, aquele que posteriormente daria lugar ao actual. David Júlio era um médio hábil, sempre adaptável às ideias dos treinadores, que foi defesa e até interior, no apoio aos avançados. Começou por ganhar um lugar por força de uma lesão de Juca, mas agarrou com muito mérito a oportunidade e foi o que se pode chamar um exemplo de chegar, ver e vencer.

David Júlio jogou no Sporting CP até 1963/1964, curiosa-

mente a temporada em que o Sporting CP conquistou a Taça das Taças e na qual foi titular na eliminatória frente aos italianos da Atalanta BC, resolvida em três jogos. David Júlio, que foi motorista de profissão antes de se tornar futebolista e que chegou ao Sporting CP com 35 anos, ou seja, na chamada fase áurea da carreira, ajudou o Clube a alcançar quatro conquistas colectivas de grande relevo e faz por isso parte do quadro de honra das chamadas Lendas do Sporting CP. David Júlio alcançou ainda mais um facto histórico: foi o primeiro jogador que passaria a representar a Selecção de Portugal depois de se naturalizar, no início da década de 60, tendo ainda jogado quatro vezes pela equipa das Quinas.

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David Júlio somou um total de sete temporadas de Leão ao peito

CONQUISTA DA TAÇA DAS TAÇAS FOI HÁ 60 ANOS

TRIUNFO FRENTE AO MTK DE BUDAPESTE NA FINALÍSSIMA DE ANTUÉRPIA FOI A 15 DE MAIO DE 1964.

Texto: Nuno Miguel Simas Fotografia: Museu Sporting − Centro de Documentação

Uma memória cujo tempo jamais apagará! Foi a 15 de Maio de 1964 que a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal conquistou com enorme brilhantismo a Taça das Taças. Um feito tão inédito e estrondoso quanto talvez surpreendente. A equipa Leonina chegou à final depois de eliminar equipas tão poderosas como Atalanta BC, Manchester United FC e Olympique Lyonnais, sempre em eliminatórias nas quais o Sporting CP não era apontado como favorito, até bater na finalíssima o também muito conceituado MTK de Budapeste, com o inesquecível ‘Cantinho do Morais’, de nome completo, João Pedro Morais, cuja descrição do golo recuperamos, quando estavam decorridos 19 minutos da partida.

“Virei-me para o banco e confirmei se era eu. O técnico acenou-me que sim. Lá fui. Peguei na bola com jeitinho, disse-lhe umas palavrinhas amigas, dei-lhe um beijinho… Depois, mal senti o pé a bater nela [a bola], fiquei logo com a sensação de que seria golo. Parece que o tempo parou ali. Observei a trajectória do esférico, vi o Figueiredo a correr para o primeiro poste e o guarda-redes atrás dele para interceptar a eventual cabeçada do desvio, mas o destino estava traçado. A bola passou por cima dos dois e acabou por entrar junto ao segundo poste. Foi a euforia total, ainda para mais porque foi o golo que ditou a vitória a permitiu-nos trazer a taça. Não foi um golo de sorte. Ao longo da minha carreira, marquei mais uns quantos da mesma maneira”.

Cumprem-se, por isso, 60 anos sobre essa histórica vitória europeia. Uma geração de ouro do Sporting CP, recheada de futebolistas feitos da fibra, alma e querer que emergiram mais uma vez naquela tarde em Antuérpia, depois de num primeiro jogo da

final, o emblema verde e branco ter empatado a três golos frente à equipa magiar.

Foi há 60 anos, mas parece que foi ontem, nas palavras de Manuel Pedro Gomes, em declarações onde reproduz as dificuldades

que, como não podia deixar de ser, sempre encerram uma grande conquista internacional.

“É, realmente, uma data muito especial, foi uma conquista épica, para muitos improvável, porque não davam nada por nós e

tivemos um caminho muito difícil, no qual eliminámos aquela que era a melhor equipa da Europa da altura, o Manchester United FC, com os célebres 5-0 em Alvalade". Naquele 15 de Maio, a final com o MTK Budapeste era

mesmo o jogo de todas as decisões, a chamada finalíssima, porque na final registou-se empate a três golos. "No jogo decisivo, as equipas não correrem grandes riscos, foi um jogo mais táctico e estratégico e no qual aquele pontapé de canto muito inspirado do Morais fez o jogo cair para o nosso lado com a conquista da Taça, que ainda permanece como a maior conquista internacional do Sporting CP, mas que espero possa ter em breve um outro capítulo, com Rúben Amorim a guiar-nos a um novo sucesso europeu”, referiu Manuel Pedro Gomes, relembrando que João Morais tentava várias vezes marcar golos de canto directo. “Ensaiava muito, aconteceu na chamada altura certa. E é curioso, porque o Morais nem era para ser titular, porque o habitual lateral esquerdo era o Hilário, que tinha partido a perna. Aliás, depois dedicámos a vitória também ao Hilário e esse golo foi marcado pelo substituto do nosso habitual lateral, que estava incapacitado para jogar”.

O Jornal Sporting definiu a conquista como “um formidável feito dos Leões, que prestigia no mais alto grau o futebol português”, acrescentando que “se tratou de uma campanha que exigiu esforços colossais”.

Na grande final, sobre a qual se cumprem agora 60 anos, o técnico Leonino Anselmo Fernández escolheu o seguinte onze: Joaquim Carvalho, Manuel Pedro Gomes, José Carlos, Alexandre Baptista, João Morais, Fernando Mendes, Géo Carvalho, Osvaldo Silva, Ernesto Figueiredo, Mascarenhas e José Pérides.

Naquele tempo, não havia substituições e a capacidade de superação da equipa Leonina evocada no Jornal Sporting como um exemplo de “vontade férrea” acabou por ter como corolário a conquista da Taça das Taças, que ainda hoje, 60 anos depois e certamente por muito e muito tempo, permanecerá como uma extraordinária conquista alcançada pelos Heróis de 1964.

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Vencedores homenageados no Jamor Chegada da equipa vencedora a Portugal

FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

TRÊS PONTOS E MAIS DOIS RECORDES PARA JUNTAR À FESTA

NA RESSACA DA FESTA DO 24.º TÍTULO DE CAMPEÃO NACIONAL, O SPORTING CP VENCEU NO ESTORIL COM GOLO DE PAULINHO. DIOGO PINTO E MIGUEL MENINO ESTREARAM-SE NA EQUIPA PRINCIPAL E OS LEÕES BATERAM MAIS DOIS RECORDES NA LIGA − DE PONTOS (87) E DE VITÓRIAS (28).

Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: José Lorvão

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu, no passado sábado, o GD Estoril Praia por 0-1 em jogo da 33.ª jornada da Liga Portugal disputado no Estádio António Coimbra da Mota.

Os Campeões Nacionais foram recebidos em festa pelos Sportinguistas que, mais uma vez, fizeram o Sporting CP jogar “em casa” – com as varandas mais próximas a encherem também –e ainda entraram em campo com guarda de honra do GD Estoril Praia, que entrou nesta partida já a saber que se mantinha na prova na próxima época depois do empate do Portimonense SC.

Para este penúltimo encontro do campeonato, Rúben Amorim fez algumas alterações no onze, tendo em conta o último jogo, com destaque para a baliza: sem Antonio Adán e Franco Israel, ambos lesionados, Diogo Pinto – 19 anos − assumiu o posto, estreando-se assim na equipa principal verde e branca.

Na ressaca da conquista do 24.º

11.05.2024

Campeonato Nacional

33.ª jornada| Estádio António Coimbra da Mota, Estoril

GD ESTORIL PRAIA SPORTING CP

0 1

0-0 ao intervalo Paulinho (81’)

Sporting CP: Diogo Pinto [GR], Ousmane Diomande, Sebastián Coates [C], Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio (Iván Fresneda, 89’), Hidemasa Morita (Koba Koindredi, 90+1’), Daniel Bragança (Paulinho, 57’), Matheus Reis (Nuno Santos, 57’), Francisco Trincão, Viktor Gyökeres e Pedro Gonçalves (Miguel Menino, 89’). Treinador: Rúben Amorim.

título, o jogo começou amarrado, fruto do 3x4x3 de ambas as equipas, mas a formação verde e branca foi sempre se destacando, controlando as incidências e procurando chegar com critério à área e à vantagem.

Ainda assim, na primeira parte, em que Diogo Pinto também não teve grande trabalho, as oportunidades de golo foram poucas. Pedro Gonçalves e Daniel Bragança remataram por cima, Francisco Trincão fez a bola sair ao lado.

O lance de maior perigo Leonino acabou por surgir perto do intervalo, com Francisco Trincão a desmarcar Pedro Gonçalves à entrada da área, mas o remate saiu fraco e Marcelo Carné segurou sem grandes problemas.

Apesar de tudo, mais perto do golo acabou por estar o GD Estoril Praia, mas o “disparo” de Rodrigo

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Paulinho, assistido por Nuno Santos, marcou o único golo no Estoril GD Estoril Praia fez guarda de honra ao campeão Sporting CP

Gomes foi ao poste, mantendo-se assim o 0-0 ao intervalo. No início da segunda metade, o ritmo manteve-se, com os primeiros dez minutos sem qualquer ocasião para nenhuma das equipas, e Rúben Amorim começou a mexer ainda antes da hora de jogo: saíram Daniel Bragança e Matheus Reis, entrando Paulinho e Nuno Santos. Com a entrada do avançado, Pedro Gonçalves baixou no terreno, juntando-se a Hidemasa Morita.

As mexidas fizeram bem ao Sporting CP, que com Nuno Santos ganhou outro entusiasmo, e a última meia-hora do

jogo acabou por ser diferente, com os Leões a mostrarem maior intensidade, a chegarem mais vezes à área e a fazê-lo com maior perigo.

Ainda assim, Marcelo Carné foi sabendo adiar o golo ao Sporting CP, com destaque para duas boas intervenções quase seguidas a remates de Ricardo Esgaio e Viktor Gyökeres, ambos de pé esquerdo.

Minutos depois, mais uma defesa do guarda-redes canarinho, desta vez a remate de Francisco Trincão, que foi, ao longo de todo o jogo, o Leão mais esclarecido.

Cheirava cada vez mais a golo

verde e branco e aos 81 minutos, por fim, houve mesmo: Pedro Gonçalves deu para Viktor Gyökeres na esquerda, o sueco correu até à área e entregou a Nuno Santos que, perto da linha final, atrasou para o poste contrário, onde surgiu Paulinho a finalizar.

14.º golo do avançado português neste campeonato, o 20.º na temporada, a dar maior justiça ao marcador, com Nuno Santos a fazer a nona assistência na prova, levando 15 na época – o seu melhor registo de sempre.

Finalmente aberto o marcador, o Sporting CP foi à procura do 0-2

com Paulinho, perto do minuto 90, a tentar bisar, mas Parra deu o corpo às ‘balas’ e impediu que a bola chegasse à baliza. Rúben Amorim fez então mais duas substituições e promoveu mais uma estreia na equipa principal Leonina, a de Miguel Menino – médio de 21 anos –, que entrou ao mesmo tempo que Iván Fresneda, saindo Ricardo Esgaio e Pedro Gonçalves. A seguir também ainda entrou Koba Koindredi – de regresso ao Estoril – para o lugar de Hidemasa Morita, com o árbitro a dar mais cinco minutos de jogo e os Leões a não desistirem

de marcar mais, mas na melhor oportunidade o cabeceamento de Sebastián Coates saiu ao lado. Assim, o resultado não se alterou mais, com o Sporting CP a somar mais um triunfo e a bater o recorde de 28 vitórias no campeonato, assim como o de pontos – 87, e ainda podem ser 90.

Este sábado fecham-se as contas na Liga Portugal com os Leões a receberem o GD Chaves. A partida está marcada para às 18h00, no Estádio José Alvalade, e, já se sabe, vai ser de festa com o Sporting CP a receber o troféu do campeonato e a festejar o título em casa com os Sportinguistas.

RÚBEN AMORIM: “SABE SEMPRE BEM BATER RECORDES E ESTA EQUIPA MERECE”

Rúben Amorim mostrou-se satisfeito com o triunfo e com a equipa Leonina que, apesar da festa dos últimos dias, foi “séria e competente”.

“Depois de uma semana de festa, pode sempre haver algum relaxamento, mas tivemos sempre o jogo controlado. Ficaria mais preocupado se tivesse havido muitas ocasiões do GD Estoril Praia ou se o jogo tivesse sido muito dividido, mas não senti isso. Senti sempre o jogo controlado e com o GD Estoril Praia à espera de que nós perdêssemos a bola. O jogo começou, sim, um bocadinho amarrado, sistema contra sistema, uma equipa com bola e outra sem bola, sem grandes ocasiões e não é agradável de ver, mas fomos muito competentes e sérios e voltámos a ganhar com toda a justiça”, começou por dizer o técnico Leonino, acrescentando: “Era importante bater o recorde de pontos e de vitórias e agora ainda temos mais um jogo para aumentar esses números”.

“Sabe sempre bem bater estes recordes e acho que esta equipa pelo campeonato tão bom que fez, pelos golos que marcou, pelo espectáculo que deu e pelo ambiente que houve sempre no estádio, merece. É uma marca que fica, mas também é importante vencer a Taça de Portugal para a época ser mais completa. Vai saber a pouco se só ganharmos o campeonato”, referiu. O treinador verde e branco deixou ainda elogios a Diogo Pinto, que se estreou na baliza com “uma exibição muito tranquila”, com a ajuda do resto da equipa que não deixou o GD Estoril Praia criar perigo, e falou igualmente da estreia de Miguel Menino na equipa principal verde e branca, dizendo que o Sporting CP gosta de recompensar “o trabalho árduo” dos jovens da ‘cantera’ Leonina.

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Diogo Pinto assumiu a baliza Leonina na equipa principal pela primeira vez Miguel Menino também se estreou na equipa principal verde e branca

“MUITO CONTENTE POR TER PARTICIPADO

HISTÓRIA TÃO BONITA COMO ESTA”

APÓS QUATRO TEMPORADAS A LIDERAR A EQUIPA B, FILIPE ÇELIKKAYA ESTÁ DE SAÍDA DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL E, EM ENTREVISTA AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO LEONINOS, ANALISOU O CICLO QUE AGORA SE FECHA E MOSTROU-SE ESPERANÇOSO NO FUTURO DO FUTEBOL VERDE E BRANCO. “O SPORTING CP TEM ADN FORMADOR E PARECE-ME QUE ESTE PROJECTO VAI CONTINUAR A ANDAR”, FRISOU O TREINADOR DE 39 ANOS, QUE TERMINOU A SUA SEGUNDA PASSAGEM PELO EMBLEMA DE ALVALADE – ENTRE 2015 E 2017 HAVIA SIDO ADJUNTO DOS SUB-19.

Texto: Inês Coelho, Luís Santos Castelo Fotografia: Frederico Ferreira, José Lorvão

Como se sente no final deste ciclo?

Muito satisfeito. Muito feliz por ter iniciado um ciclo bonito e muito desafiante. Encerra-se um ciclo em comum acordo com a Direcção. Por outro lado, a equipa técnica sente que precisa de outros desafios e estou muito contente por ter participado numa história de quatro anos tão bonita como esta.

Olhando para o primeiro dia do projecto e para as am bições que lhe foram impostas, que balanço faz?

Acabamos por ser a equipa técnica com mais jogos na equipa B, nenhuma equipa técnica tinha ficado tanto tempo. Esta estabilidade promovida pela Direcção e pela equipa técnica deu muitos frutos ao projecto inicial da estrutura do Sporting CP, que era promover estes jovens jogadores a patamares superiores. No nosso caso, era a transição para o futebol profissional de equipa principal. Muitos deles tiveram essa oportunidade e foi fantástico. Alguns ficaram por lá, outros estão espalhados por 15 países ou a actuar na Liga Portugal. É um projecto de

aceleração e muito desafiante porque o Sporting CP necessita disso. Queremos que estes jovens tenham dificuldades ao longo do seu trajecto para que melhorem rapidamente e isso aconteceu, foi muito bom. A quantidade de jogadores que colocamos nas selecções e na equipa principal aumentou e isso é uma validação muito boa do que fizemos durante este tempo.

“HOJE SOMOS UM PROJECTO MUITO ESTÁVEL E CAPAZ COM BASES LANÇADAS PARA O FUTURO”

Esse é o maior propósito deste projecto. Como foi ver tantos jogadores a chegar à equipa principal? Foi uma felicidade enorme. Sabemos que foi um trabalho muito árduo no dia-a-dia, até porque somos muito rigorosos enquanto equipa técnica. Conseguimos que todos os departamentos comunicassem de forma mais eficaz connosco e a qualidade, como consequência, aumentou significativamente. Hoje somos um projecto

muito estável e capaz com bases lançadas para o futuro. Esta Direcção pediu-nos essencialmente, que promovêssemos o jogador com talento. Não nos foi pedida a subida de divisão, não era esse o âmbito do projecto, mas sim o foco para que estes jogadores conseguissem iniciar uma carreira brilhante. Muitas vezes pensamos que já são profissionais de excelência com maturação suficiente para renderem, mas nem sempre o são. Estão a iniciar agora e a dar os primeiros passos no que poderá ser uma carreira brilhante em função do rendimento que tiverem. A dedicação que tivemos foi tão grande que os frutos que colhemos nestes quatro anos são muito importantes para o futuro do Sporting CP.

Recentemente, o Sporting CP festejou o 24.º título na cional de futebol. Na festa, estiveram jogadores que passaram pelas suas mãos na equipa B. Como se sentiu com essa conquista e com esses atletas?

É curioso. A primeira vez que saí do Sporting CP saí Campeão Nacional [de sub-19 enquanto treinador-adjunto]. Há quatro anos, quando entrei, entrei como Campeão Nacional ucraniano [enquanto adjunto do FC Shakhtar Donetsk] e, nesse ano, a equipa principal [do Sporting CP] foi Campeã

8 // SPORTING 3976 ENTREVISTA
FILIPE ÇELIKKAYA
NUMA

Nacional. Agora, fechamos o ciclo com novo título nacional da equipa principal. São factos muito interessantes e fico muito contente por ver jovens jogadores que têm sonhos quando entram no Clube. Não passam só pela equipa B, passam por muita gente e nunca poderei puxar os louros para a nossa equipa técnica, mas sabemos que temos uma participação muito grande na subida dos jogadores à equipa principal. Deve-se, também e sobretudo, ao míster Rúben Amorim, que tem uma ligação muito estreita connosco. Só assim faria sentido, até porque o Sporting CP tem ADN formador e parece-me que este projecto vai continuar a andar com uma base muito grande para o futuro.

“EM

TERMOS TÉCNICOS, TEMOS MAIS CONDIÇÕES PARA DESENVOLVERMOS O NOSSO TRABALHO. HÁ UMA ESTABILIDADE MUITO GRANDE”

O que mudou da sua primeira passagem no Sporting CP para a segunda?

Mudou o número de pessoas presentes na Academia Cristiano Ronaldo. A qualidade sempre existiu e isso é sinal de que o recrutamento faz o seu trabalho. Em termos técnicos, temos mais condições para desenvolvermos o nosso trabalho. Há uma estabilidade muito grande, quatro anos é muito tempo no futebol. Reconhecer a competência da equipa técnica, dando estabilidade e tranquilidade durante quatro anos, foi fantástico para nós, técnicos, para todos os departamentos e para a evolução dos jovens jogadores. Sem essa estabilidade, muito dificilmente conseguimos trazer frutos para o futuro. Continuando assim, vamos ter dias muito felizes aqui dentro.

Qual a importância da ligação à equipa sub 23 e à equi pa principal?

Todos os escalões estão ligados, não é só até aos sub-23. Tem de ser um trabalho em escada, com os conteúdos bem definidos em cada escalão etário. Um miúdo de 15 anos é diferente de um miúdo de 17, 19 ou 21. Na equipa B, há regras muito restritas numa realidade diferente da realidade de sub-15, sub-17 ou sub-19. Esse rigor é a primeira porta de entrada para o futebol profissional de

equipa principal neste clube. Gostamos muito que eles, para além da qualidade técnica, táctica ou física, tenham uma qualidade mental boa que possa definir o que eles façam na equipa principal.

Nesta época em específico, o que considera que faltou à equipa para conseguir a subida de divisão da Liga 3 para a Liga Portugal 2?

Não nos faltou nada, até porque esse nunca foi o nosso principal objectivo. Temos projectos de carreiras para cada jogador. Uns saíram em Janeiro, outros foram para a equipa principal, outros ficaram connosco. Alguns vão sair no futuro. O objectivo foi sempre evoluir os jogadores e os seres humanos, deixá-los preparados para o passo seguinte. Eles fizeram um trabalho extraordinário, nunca viraram a cara à luta e conseguiram ultrapassar limites. Lembro-me dos primeiros jogos na Liga 3, sendo eles juniores na grande maioria, e senti as dificuldades que eles tinham. Falávamos com eles sobre como é que as podiam ultrapassar. Agradeço à equipa técnica pelo trabalho desenvolvido e pela experiência que têm em passar a informação para superar essas barreiras. Muitas foram ultrapassadas do ponto de vista individual e colectivo. Olhamos para a maioria deles e estão completamente diferentes. É sinal de evolução e de que o futuro do Sporting CP está bem entregue de certeza absoluta.

Falamos muitas vezes da evolução dos jogadores, mas é também importante analisar a sua evolução e da res tante equipa técnica… Trabalhei com muitos jogadores e muitas equipas técnicas e estamos sempre a aprender. Trabalhei com jogadores com 35 anos habituados a jogar UEFA Champions League, internacionais portugueses e brasileiros, e estão constantemente a aprender. O treinador aprende todos os dias com toda a gente, com outros departamentos e outros treinadores, mas o nosso papel aqui dentro do Sporting CP foi ensinar. Ensinar estes jovens sobre o futebol real é muito difícil, porque o futebol real não é só no Sporting CP ou nos clubes grandes. Há também a realidade da vida, os problemas que vão encontrar no futuro noutros clubes, na definição de contratos e objectivos, no acompanhamento das pessoas que estão à volta deles. Foi o trabalho de muita gente para que esta evolução acontecesse e para que eles apareçam com rendimento na equipa principal.

Foi o caso de Miguel Menino ou de Diogo Pinto, que se estrearam na equipa principal. Que mensagem tem para eles?

Não é só para eles, mas é uma mensagem de esperança e de sonhos. Quando entram aqui, têm sonhos de atingir a equipa principal, mas esses sonhos, à medida que o tempo vai passando, vão-se moldando àquilo que eles vão vivendo. E podem-se transformar, sem qualquer tipo de problema, noutros sonhos. Com trabalho, com o talento que eles têm, vão fazer carreiras bonitas. Eles sabem, porque lhes é dito muitas vezes, que ficamos muito felizes por eles. O mais engraçado é que, ao dia de hoje, ainda mantenho contacto com praticamente todos eles. Eles agradecem, mas quando forem mais velhos, talvez já pais de família, ainda vão agradecer mais o que o Sporting CP fez por eles.

“PEÇO

[AOS SPORTINGUISTAS] QUE APOIEM SEMPRE OS JOVENS JOGADORES DO SPORTING CP, QUE SÃO UM NÚCLEO MUITO IMPORTANTE NO CRESCIMENTO DO CLUBE”

E o que tem a dizer à equipa técnica e ao staff? Fidelidade, competência e dedicação máximas, do melhor que já apanhei no futebol. Muito grato a todos, sem excepção, e a todos os departamentos. Já tive a oportunidade de falar com todos eles. A vida do futebol é esta: iniciam-se e fecham-se ciclos. Continuaremos, no futuro, a trocar informações e manter amizades, que foi o que nos trouxe aqui.

Por fim, o que tem a dizer aos Sportinguistas?

Peço que apoiem sempre os jovens jogadores do Sporting CP, que são um núcleo muito importante no crescimento do Clube. Que continuem a apoiar a equipa principal da forma apaixonada como fazem sempre, até porque têm um treinador e uma pessoa importante e fantástica à frente do Clube. Que fiquem tranquilos porque o futuro do Sporting CP está garantido com estes jovens jogadores.

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Fotografia de família da versão 2023/2024 equipa B, equipa técnica e staff

ADEUS POUCO CONDIZENTE COM O QUE FOI A ÉPOCA

SPORTING CP PERDEU FRENTE AO SC BRAGA E DESPEDIU-SE DA TEMPORADA. 2023/2024 FOI POSITIVO PARA OS LEÕES, COM RESULTADOS BEM CONSEGUIDOS E 40 JOGADORES A TEREM A OPORTUNIDADE DE JOGAR NESTE ESCALÃO.

Texto: Maria Gomes de Andrade

A equipa sub-23 de futebol do Sporting Clube de Portugal perdeu, na última sexta-feira, frente ao SC Braga por 0-1 no jogo dos quartos-de-final da Taça Revelação disputado no Estádio Aurélio Pereira, em Alcochete. Com vontade de continuar em

OPINIÃO

prova e dar continuidade aos bons resultados, que permitiram lutar pela Liga Revelação até ao último jogo, a formação Leonina entrou bem no encontro e teve sempre sinal mais sobre o adversário.

Os Leões tiveram mais bola, foram mais ofensivos e dispuseram de mais ocasiões para marcar,

CAMPEÕES… E CHAMPIONS!

CAMPEÕES − Tem sido fantástico o processo dos festejos do título. Festeja-se, como na mítica noite da ida ao Marquês de Pombal, mas sempre em clima de enorme festa e júbilo, com total civismo (não conheço mesmo relato de um desacato, uma situação mal resolvida). Somos diferentes! É claro que somos diferentes! E a Câmara Municipal de Lisboa já veio reconhecer isso mesmo, quando − no seu comunicado de saudação ao Sporting CP pelo título, que divulgou no passado dia 9 de Maio − fala ela própria em “comportamento cívico digno de nota positiva”. Acrescem as entrevistas de vários protagonistas, jogadores e equipa técnica. Luís Neto um exemplo. Paulinho outro. Pote e Nuno Santos também. Rúben sempre um líder! Vamos ter − já neste sábado − mais uma Grande Festa no jogo com o Chaves no nosso, sempre nosso, José Alvalade! E na segunda-feira de tarde a recepção oficial ao Sporting CP nos Paços do Concelho! E tudo, tudo isto sem nos tirar o foco dos jogos que faltam, das vitórias que queremos!

ESTORIL 1 – No passado sábado foi uma enorme romaria com destino ao Estoril. Havia gente por todo o lado… até nas varandas, janelas, terraços e coberturas dos prédios vizinhos do Estádio António Coimbra da Mota. Jogo competente e sério da nossa equipa, que quis sempre ganhar,

mas, em cima do intervalo, quem marcou foi o SC Braga, por Diego Rodrigues, adiantando-se assim no marcador.

Por isso, na segunda metade, a equipa Leonina teve de correr atrás do prejuízo, mas o SC Braga também regressou à partida focado no golo e ameaçou logo dobrar a vantagem.

Ainda assim, essas ameaças tiveram pronta reacção dos Leões e Geovany Quenda esteve perto do empate, aos 50 minutos, num remate cruzado, mas João Carvalho negou-lhe a iniciativa com um pé.

A seguir foi José Silva a tentar o golo de cabeça, mas o guardião braguista voltou a mostrar-se seguro. Do outro lado, também Diogo Clara ia fazendo o que lhe competia, com o resultado a manter-se.

À entrada para os últimos dez minutos, e depois de continuar a mostrar-se melhor, mas sem conseguir chegar ao golo, deram-se as primeiras mexidas na equipa verde e branca, com Francisco

Canário e Ewandro Santos a entrarem para os lugares de Manuel Mendonça e Rodrigo Marquês e o 1-1 de novo à vista logo a seguir.

Bola perdida para a esquerda, Ewandro Santos recuperou, entrou na área e rematou cruzado com selo de golo, mas o esférico foi interceptado por um defesa braguista. Um lance que ainda suscitou algumas dúvidas, mas terá sido interceptado com o peito.

Pouco depois também entraram Isnaba Mané e David Moreira, saindo Tiago Parente e José Silva, com o Sporting CP a ficar novamente perto do golo logo depois, após falta sobre Isnaba Mané na direita da área.

Geovany Quenda assumiu o lance e atirou directo à baliza, mas o guardião do SC Braga voltou a levar a melhor com uma grande defesa.

Assim, o resultado não se voltou a alterar e o Sporting CP, que não perdia desde Janeiro, acabou por despedir-se da prova e também

com maior ênfase na segunda parte. Um único calafrio que sofremos, num lance fortuito ainda na primeira parte, com um remate ao poste da baliza à guarda do nosso novel Diogo Pinto (Parabéns, miúdo! Agora é “só” continuar! Tens milhões contigo!). Depois do intervalo, Rúben Amorim foi mexendo na equipa, tendo as entradas de Nuno Santos e de Paulinho sido decisivas (não, Martínez, não olhes… é que é mesmo futebol de “primeira água”… em qualquer parte do mundo!) para o nosso golo. Mais uma vitória e merecida! E já são 87 pontos, um recorde Sportinguista!

ESTORIL 2 − Bonito no fim do jogo o modo como Paulinho deu o palco, a palavra e o prémio de jogo ao nosso jovem guarda-redes Diogo Pinto que tão bem se estreou em jogos do Campeonato a defender as nossas cores. E o Diogo mereceu esse gesto do Paulinho, pois demonstrou com palavras certeiras o que lhe vai na alma e o modo como faz parte do Sporting CP, corolário também do trabalho e educação que tem recebido na última meia-dúzia de anos na Academia Cristiano Ronaldo!

ESTORIL 3 − Coitado do Gyökeres! Foi um massacre o que sofreu na Amoreira. Andou o jogo todo a levar pancada, sempre com o árbitro João Gonçalves a errar e a dizer que não era nada, a não ver o que era para todos visível e evidente! São tantas e tantas as jogadas… tanto puxão, tanto agarrão, tanto pisão, tanta provocação… a ideia só podia mesmo ser neutralizar o nosso Viktor, para o jogo da Amoreira e quem sabe para próximos jogos, máxime para a final da taça! João Gonçalves esteve mal ao analisar a generalidade desses lances, que se sucederam sistematicamente em todo o jogo, mesmo nos minutos finais de “descontos”, pois que na maior parte dos mesmos descul-

da temporada. Os Leões fizeram 29 jogos em 2023/2024, somando 13 vitórias, 11 empates e apenas cinco derrotas e, mais importante do que isso, foram 40 os jogadores que tiveram a oportunidade de jogar na Liga Revelação.

10.05.2024

Taça Revelação – Quartos-de-final Estádio Aurélio Pereira

ao intervalo Diego Rodrigues (45’)

Sporting CP: Diogo Clara [GR], Gonçalo Braga, Emanuel Fernandes [C], Lucas Taibo, Tiago Parente (Isnaba Mané, 85’), Henrique Arreiol, José Silva (David Moreira, 85’), Manuel Mendonça (Francisco Canário, 79’), Rodrigo Marquês (Ewandro Santos, 79’), Geovany Quenda e Manuel Kissanga. Treinador: Tiago Teixeira. Disciplina: cartão amarelo para Manuel Mendonça (40’) e Emanuel Fernandes (54’).

pou e nada assinalou e nas provocações contemporizou. Viva o nosso Viktor Gyökeres!

TAÇA DE PORTUGAL − Está a aproximar-se o dia 26 de Maio, o Jamor já tão perto! E estamos focados! Queremos a “dobradinha”! Temos sede de vitórias! Fome de títulos! Este ano… e no próximo! É esse o nosso foco! Como disse o presidente Frederico Varandas o ciclo de vitórias é mesmo para “virar”! O Sporting CP está aí! E o Leão quer mais, sempre mais!

HÓQUEI EM PATINS − Somos Campeões da Europa! Uma final four da Champions que fica para a história, desta feita no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, sempre cheio, sempre a abarrotar, também de fervor verde! É o nosso quarto título europeu! Somos a equipa portuguesa mais titulada nesta prova! É uma tradição que já vem de 1977 com a mítica equipa de Livramento, Júlio Rendeiro, Chana, Sobrinho e Ramalhete! Parabéns, Equipa! Parabéns, Alejandro Domínguez! Parabéns, Gilberto Borges! E que bonita a chegada a Lisboa e a festa de recepção no nosso João Rocha!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!

P.S − Caro presidente, somos milhões! E todos sabemos que existem vozes que nunca chegam ao céu… porque não sabem, não entendem, não percebem, não contextualizam… e, coitados, nem memória têm do seu presente, nem do que no passado de “42 anos” disseram e fizeram! O Sporting CP quer mesmo ganhar e ganhar bem, como o presidente bem disse, expressando o sentir de toda a massa associativa e adepta do Clube! Força, presidente!

10 // SPORTING 3976
FUTEBOL FORMAÇÃO SUB-23
SPORTING CP SC BRAGA 0 1
0-1
TITO ARANTES FONTES

FUTEBOL FORMAÇÃO SUB-19

EXIBIÇÃO CONVINCENTE NO REGRESSO AOS TRIUNFOS

SUB-19 FORAM MUITO SUPERIORES NA RECEPÇÃO AO VITÓRIA SC, EM DIA DE ESTREIA PARA O MÉDIO DE 17 ANOS RAFAEL CAMACHO.

Texto: Pedro Ferreira

Depois de ter cedido um empate e uma derrota, frente a Académico de Viseu FC e FC Porto, a equipa sub-19 de futebol do Sporting Clube de Portugal regressou aos triunfos com uma exibição convincente diante do Vitória SC (4-1), no último sábado, em jogo referente à 12.ª jornada da fase de apuramento de campeão da categoria. Os Leões apresentaram-se a um excelente nível no Estádio Aurélio Pereira, especialmente na primeira parte, dominando a partida e não dando hipótese ao adversário. Depois de ir para o intervalo a vencer por 2-0, a turma de Alvalade marcou mais dois golos no segundo tempo, apesar da reacção dos vimaranenses.

Com Konstantin Nikitenko e Rayhan Momade de regresso ao onze, o Sporting CP entrou a mandar no desafio e mostrou-se sempre mais confortável. A paciência a construir desde atrás para atrair o rival começou a funcionar, com os primeiros avisos a surgirem aos poucos. Gabriel Silva ameaçou num remate à meia-volta que passou a centímetros da barra, e Nilton Cardoso obrigou o guarda-redes a esticar-se para impedir o 1-0, deixando antever o que aconteceu a seguir. Aos 22 minutos, Rayhan Momade bateu o canto na esquerda, Ivanildo Mendes amorteceu para Micael Sanhá e este, de primeira, fez o 10.º golo na época com um remate cruzado. Em desvantagem, o Vitória SC ainda tentou responder e obrigou o

guardião Miguel Gouveia a aplicar-se em duas ocasiões, mas foi sol de pouca dura. Isto porque, aos 35 minutos, o Sporting CP revelou-se mais eficaz e fez o 2-0 por Nilton Cardoso. O avançado emprestado pelo SC Lusitânia, dos Açores, recebeu a bola no lado esquerdo, tirou um defesa da frente e atirou a contar, com o esférico ainda a embater no poste antes de entrar. Foi a estreia a marcar do jovem de 18 anos pelos sub-19 verde e brancos. No regresso para a segunda parte, os papéis inverteram-se. O Vitória SC subiu no terreno e passou a assumir a iniciativa perante um Sporting CP mais resguardado, retirando dividendos dessa aposta. Aos 48 minutos, Hugo Ferreira finalizou ao segundo poste um cruzamento vindo da direita, re-

duzindo para os visitantes. A partir daí, o ritmo baixou e houve muitas paragens que diminuíram a qualidade de jogo. Ainda assim, o Sporting CP aproveitou para equilibrar a partida e podia ter voltado a marcar. Micael Sanhá, um dos mais perigosos dos Leões a par de Pedro Sanca, atirou para defesa apertada. Do outro lado, a turma de Guimarães também quase festejou, num lance em que valeu o corte em cima da linha de Rayhan Momade, que depois viria mesmo a fazer o 3-1 para o Sporting CP. Aos 81 minutos, o lateral-esquerdo aproveitou uma bola de ressaca à entrada da área e assinou um belo golo de primeira, facturando pela terceira vez na presente temporada.

Quando o resultado parecia fechado, já no terceiro minuto de compensação, o guarda-redes visitante tentou segurar um livre batido por Rodrigo Dias, mas largou a bola e esta entrou para o 4-1 final – foi também o terceiro golo da conta pessoal do defesa em 2023/2024. Nesta altura, já estava em campo Rafael Camacho, médio de 17 anos dos sub-17 que cumpriu o primeiro jogo ao serviço

dos sub-19.

Os Leões, que são agora detentores do melhor ataque desta fase com 27 golos marcados, voltam a jogar este sábado, dia 18, novamente em casa, diante do FC Famalicão, naquela que será a penúltima jornada do apuramento de campeão.

11.05.2024

Campeonato Nacional Ap. de Campeão – 12.ª jornada Estádio Aurélio Pereira

4 1

2-0 ao intervalo

Micael Sanhá (23’), Nilton Cardoso (35’), Rayhan Momade (81’), Rodrigo Dias (90+3’)

Hugo Ferreira (47’)

Sporting CP: Miguel Gouveia [GR], Micael Sanhá, Konstantin Nikitenko, Marlon Júnior [C], Rodrigo Dias, Rayhan Momade, Nilton Cardoso (Amadu Baldé, 85’), Ivanildo Mendes, Gabriel Silva (João Infante, 58), João Simões (Rafael Camacho, 85’) e Pedro Sanca (Rafael Mota, 75’). Treinador: Pedro Coelho. Disciplina: cartão amarelo para Pedro Sanca (13’), Rodrigo Dias (45+1’), Gabriel Silva (45+1’), Nilton Cardoso (57’) e João Simões (80’).

11 // SPORTING 3976
SPORTING CP VITÓRIA SC

FUTEBOL FORMAÇÃO SUB-17

EQUILÍBRIO TERMINA COM NULO EM GUIMARÃES

SUB-17 EMPATARAM EM CASA DO VITÓRIA SC (0-0) ANTES DA PARAGEM PARA O EUROPEU DE SELECÇÕES.

Texto: Pedro Ferreira

A equipa sub-17 de futebol do Sporting Clube de Portugal foi a Guimarães empatar sem golos com o Vitória SC, no último sábado, em partida a contar para a 11.ª jornada da fase de apuramento de campeão do Campeonato Nacional. Em dia de estreia a titular para o médio-centro de 16 anos Simão Soares, a partida entre Leões e vimaranenses, que entraram em campo no segundo e terceiro lugares, respectivamente, com os mesmos 17 pontos, foi muito disputada. O conjunto verde e branco, orientado por José João, teve mais bola na primeira parte (53%), mas a turma da casa rematou mais vezes à baliza (cinco disparos contra três). Apesar disso, o guarda-redes Leonino Tiago Leitão manteve a baliza a zeros. Já na segunda parte, o equilíbrio voltou a ser palavra de ordem e assistiu-se a um duelo bastante dividido, ainda que desta vez ambas as formações tenham andado mais próximas da área contrária e tenham tentado

SUB-15

a sorte em diversas ocasiões. No entanto, tal como já tinha acontecido no jogo da primeira volta, em Alcochete, ninguém conseguiu desfazer o 0-0 até ao apito final e cada equipa levou um ponto. Com este resultado, os Leões descem para o terceiro lugar com 18 pontos, menos três que o FC Porto e a onze de distância do líder SL Benfica. Devido à realização do Campeonato da Europa de sub-17, que vai decorrer no Chipre entre 20 de Maio e 5 de Junho, os juvenis voltam a entrar em acção apenas no dia 12 do próximo mês, para receber o Rio Ave FC na antepenúltima jornada da fase de apuramento de campeão. Recorde-se que o Sporting CP é o clube com mais representantes na pré-convocatória do seleccionador nacional João Santos (seis): Eduardo Felicíssimo, Gabriel Silva, Geovany Quenda, João Simões, Miguel Gouveia e Rafael Mota. Dos actuais 21 escolhidos, apenas 20 figurarão na lista final, que será conhecida esta quinta-feira. De referir que, apesar de ainda terem idade juvenil, todos

os atletas verde e brancos que foram chamados actuam habitualmente pela equipa sub-19, à excepção de Geovany Quenda. O extremo de 17 anos tem vindo a jogar pelos sub-23, apesar de também já ter sido várias vezes chamado para representar a equipa B.

11.05.2024

Campeonato Nacional

Ap. de Campeão – 11.ª jornada Campo n.º 5 do Complexo Desportivo Dr. António Pimenta Machado, Guimarães

0-0 ao intervalo

Sporting CP: Tiago Leitão [GR], Rodrigo Cabrito [C], Atanásio Cunha, Afonso Lee (Diego Coxi, 89’), Salvador Blopa (Diogo Martins, 57’), Sandro Nascimento, Winilson Lopes (Estefânio Rúben, 75’), Simão Soares (Rafael Melo, 75’), Miguel Almeida (Denilson Santos, 57’), Frederico Gomes e Flávio Gonçalves. Treinador: José João. Disciplina: cartão amarelo para Sandro Nascimento (23’), Salvador Blopa (40’) e Atanásio Cunha (77’).

BREVES

COORDENADORES TÉCNICOS DAS AS EM ACÇÃO DE FORMAÇÃO EM ALCOCHETE

Decorreu no passado domingo, na Academia Cristiano Ronaldo, uma acção de formação destinada aos coordenadores técnicos das Academias Sporting localizadas em Portugal com o objectivo de uniformizar e reforçar a metodologia de treino Sporting CP. Muito focada na vertente prática, a acção de formação foi mais uma etapa do plano de formação periódica para os recursos humanos das Academias Sporting − que têm ao seu dispor mais de 6000 atletas −, tendo sido abordados temas como a análise de planeamento e análise de intervenção em treino. Rui Reis, responsável pelo desenvolvimento dos conteúdos formativos do Sporting CP, ressalvou a importância de investir no desenvolvimento constante dos responsáveis pela formação das crianças e jovens: “Aquilo que pretendemos é garantir que os nossos coordenadores técnicos estejam alinhados com as directrizes do Clube proporcionando aos seus treinadores ferramentas para garantir a qualidade do treino dos nossos atletas e, por consequência, o desenvolvimento dos mesmos ao longo das várias etapas de formação”. João Oliveira, coordenador técnico da Academia Sporting Ribeira de Frades, destacou “a introdução da análise de treino ao vivo e posterior análise crítica do mesmo”, que serviu para “debater e melhorar a intervenção enquanto coordenadores técnicos de Academias Sporting”. Já Filipe Cara Nova, coordenador técnico da Academia Sporting Jamor, considerou que esta formação “foi, sem dúvida, um marco importante para todos os coordenadores técnicos envolvidos”.

SUB-15 SOMAM E SEGUEM

TRIUNFO SOBRE O CS MARÍTIMO NA ACADEMIA CRISTIANO RONALDO DEVOLVEU JOVENS LEÕES AO CAMINHO DAS VITÓRIAS.

Texto: Xavier Costa

A equipa sub-15 de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no último sábado de manhã, o CS Marítimo por 2-1 no jogo da 14.ª jornada da fase final do Campeonato Nacional do escalão.

Depois de dois jogos seguidos a empatar, os jovens Leões de Bernardo Bruschy regressa-

ram às vitórias e encadearam a nona jornada consecutiva sem derrotas (5V 4E).

Frente ao sétimo classificado, que já não perdia há duas jornadas, o Sporting CP assumiu o ascendente logo no arranque do encontro e chegou ao golo inaugural aos 17 minutos.

Lançado em profundidade por um grande passe de Rodrigo Nogueira, José Garrafa recebeu a bola na área, driblou o guar-

dião do CS Marítimo e assinou o 1-0 com classe. Contudo, embora a formação verde e branca tenha dominado a primeira parte (66%-34% de posse de bola ao intervalo), a equipa madeirense soube aproveitar uma jogada rápida à passagem da meia hora e fixou a igualdade ao intervalo.

Apesar do golpe, tudo se resolveria no início do segundo tempo e com desfecho favo-

rável para os jovens Leões. Na sequência de um canto batido à maneira curta, o cruzamento rasteiro de Vítor Conceição − já dentro da área − acabou desviado ao primeiro poste e para o fundo da baliza por um defensor insular, fazendo o 2-1 que prevaleceu até ao fim do jogo.

Ainda com um jogo em atraso, os iniciados do Sporting CP somam 22 pontos no quinto lugar e têm CF “Os Belenenses” (22) e SC Braga (24) ao alcance. Para os comandados de Bernardo Bruschy segue-se, precisamente, a partida em falta no terreno do CD Tondela − referente à nona jornada − para acertar o calendário Leonino.

11.05.2024

Campeonato Nacional Ap. de Campeão – 14.ª jornada Estádio Aurélio Pereira

SPORTING

1-1 ao intervalo

José Garrafa (17’)

Tomás Lopes (AG 50’)

Guilherme Dinis (32’)

Sporting CP: Valdir Nascimento [GR], Salvador Fortuna (João Rijo, 71’), Gustavo Laginhas, Illia Iablonskyi, Francisco Cabeçana (David Conceição, 71’), Rodrigo Nogueira (Leonardo Varela, 60’), Francisco Simões [C], Martim Diogo (Luís Balza, 71’), José Garrafa, Vítor Conceição, Rodrigo Correia (Rafael Fial, 53’). Treinador: Bernardo Bruschy. Disciplina: cartão amarelo para Francisco Simões (77’).

12 // SPORTING 3976
CP CS MARÍTIMO
2 1
VITÓRIA SC SPORTING CP 0 0

FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL FEMININA

LEOAS DERAM TUDO ATÉ AO FIM DA LIGA E QUASE FORAM FELIZES

SPORTING CP VENCEU COM SEGURANÇA NA DAMAIA, MUITO PERTO DO FIM AINDA SONHOU COM O TÍTULO, MAS ACABOU O CAMPEONATO NO SEGUNDO LUGAR.

Texto: Xavier Costa Fotografia: Isabel Silva

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal encerrou a Liga no segundo lugar após ter visitado e vencido o SF Damaiense por 0-2, no passado sábado à tarde, na partida da 22.ª e última jornada. Numa luta pelo título verdadeiramente até ao fim, as Leoas de Mariana Cabral fizeram a sua parte ao vencer com segurança o seu derradeiro encontro, porém o necessário deslize do rival SL Benfica em casa não aconteceu (2-1), mas quase – no Seixal, o Racing Power FC fez o 1-1 aos 85’.

Nesse momento, a vantagem Leonina no confronto directo com as águias – fruto dos dois triunfos nos dérbis da Liga – ainda valeu ao Sporting CP uma subida virtual ao primeiro lugar, mas os derradeiros instantes de muita incerteza e emoções fortes não sorriram às Leoas, uma vez que o SL Benfica voltou a marcar de penálti para assegurar a liderança e o título.

Assim, o Sporting CP, que já tinha assegurado um lugar na próxima UEFA Women’s Champions League, terminou esta edição da Liga com 54 pontos (a dois do topo), embora tenha acabado com os melhores registos ofensi-

Domingo, 12 de Maio de 2024. Esta data será mais uma das muitas, e tantas elas são, desde 1906, que ficará registada a letras de ouro na majestática história do Sporting Clube de Portugal. Foi a data em que consumámos a conquista da nossa 43.ª competição europeia de clubes, com a particularidade − feito inigualável − de o termos conseguido em sete modalidades diferentes. Se dúvidas houvessem, acerca do grandioso palmarés do Sporting CP, os números falam por si. São grandiosos e à escala daquilo que os nossos fundadores nos quiseram desde logo. Grandes, tão grandes como os maiores da Europa.

Quando os ponteiros do relógio se aproximavam das

Sporting CP cumpriu a sua parte com distinção fora de casa

vos (68 golos marcados) e defensivos (10 sofridos) da prova, além de ter imposto ao SL Benfica as suas únicas duas derrotas.

Na Damaia, no relvado sintético do Parque Desportivo Eugénia e Joaquim Cannas da Silva, foi com os olhos postos na baliza adversária que o Sporting CP − com oito baixas por lesão − entrou. E durante a primeira parte, a guarda-redes Melissa Dagenais conseguiu negar o golo a Olivia Smith, Diana Silva e Joana Martins, até que o domínio verde e branco se reflectiu justificadamente no marcador já em período de descontos.

De forma primorosa, Brenda Pé-

rez encontrou a rapidíssima entrada de Fátima Dutra na área e a canhota atirou cruzado para fixar o 0-1 que avançou para o segundo tempo – no Seixal, o SL Benfica também já ganhava por 1-0. Depois, embora o SF Damaiense tenha esboçado uma reacção, nunca assustou verdadeiramente e as Leoas não só souberam controlar o jogo como deram a derradeira ‘estocada’ – um lance novamente saído dos pés da criativa Brenda Pérez. Olivia Smith foi rasteirada na área e Joana Martins, chamada a converter, bateu o penálti de forma exemplar e sentenciou a vitória verde e branca. Foi então que tudo mudou no

18h00, o Pavilhão Rosa Mota, na cidade do Porto, que estava pintado de verde-e-branco, bem como os milhares de Leões que assistiam via televisão, exultaram de alegria quando os nossos rapazes, orientados por Alejandro Domínguez, ergueram aquela que é a nossa quarta conquista da Liga dos Campeões Europeus em hóquei em patins, e a décima primeira nesta modalidade, contando com as três Taças dos Vencedores das Taças, duas Taças CERS e duas Taças Continental.

Naquele momento dos festejos e no meio de toda a euforia, recuei no tempo e recordei a primeira conquista em 1977, então a primeira que uma equipa portuguesa conseguia nesta competição.

Eram os tempos do “Dream Team”, orientado pelo “mestre” Torcato Ferreira, composto por António Ramalhete, João Sobrinho, Chana e António Livramento, e ainda Carmelino, Jorge Alves, Garrido e Carlos Alberto. Velhos tempos em que a magia imperava. Em que ainda se jogavam em rinques a céu aberto. Lembro, como se fosse hoje, nesse trajecto, o jogo à chuva em Voltregá nas meias-finas. Verdadeiramente épico. Que momento único.

topo da tabela, mas apenas por uma questão de instantes, precipitando a Liga para um final cruel que desfez o sonho verde e branco quando chegou a parecer real. Frente ao SF Damaiense, que acabou a jogar com dez devido a expulsão, o Sporting CP fez a sua parte e por muito pouco que não valeu para uma ultrapassagem à última hora. Ainda assim, no campo sempre complicado de uma equipa que não perdia desde o início de Março (há seis jornadas), as Leoas encerraram uma recta final de campeonato irrepreensível, só com triunfos nas últimas oito jornadas.

11.05.2024

Liga – 22.ª jornada

Parque Desportivo Eugénia e Joaquim Cannas da Silva, Damais SF DAMAIENSE SPORTING CP 0 2

0-1 ao intervalo

Fátima Dutra (45+3’), Joana Martins (pp 86’)

Sporting CP: Hannah Seabert [GR], Ana Borges [C], Rita Fontemanha, Andrea Norheim, Fátima Dutra, Brenda Pérez, Joana Martins (Carolina Santiago, 90+3’), Cláudia Neto (Rita Almeida, 74’), Maísa Correia, Olivia Smith, Diana Silva. Treinadora: Mariana Cabral. Disciplina: cartão amarelo para Brenda Pérez (45’) e Ana Borges (61’).

Passaram 47 anos e vieram mais três conquistas da Liga dos Campeões, entre as outras atrás mencionadas. No último domingo, a marca indelével do sucesso teve como protagonistas Ângelo Girão, Zé Diogo Macedo, Matias Platero, Henrique Magalhães, Ferran Font, Nolito Romero, Toni Pérez, Rafael Bessa, Facundo Bridge, João Souto e Alessandro Verona. Foram estes que juntaram história à tão já imensa história do nosso Sporting CP.  Somos um Clube ecléctico desde sempre e ganhador como poucos. No caso desta modalidade, ainda estamos na luta pelo Campeonato Nacional. E que ninguém acredite que estes Leões irão desistir de o conquistar, pese todos sabermos das dificuldades que encontraremos pela frente. E depois de ver a recepção aos campeões no Pavilhão João Rocha por parte dos Sportinguistas, será mesmo com todos juntos que almejamos mais. Um orgulho ser do Sporting Clube de Portugal. Na tal sensação que não se consegue explicar, apenas se sente. Nesta e em outras modalidades, queremos mais. Mesmo sabendo-se que ninguém ganha em tudo, queremos sempre mais.

13 // SPORTING 3976
JUVENAL CARVALHO
OPINIÃO É NOSSA!

ACADEMIAS SPORTING

TELHEIRAS

PEDRO MAÇÃS

Coordenador técnico da Academia

Sporting Telheiras

Como tem sido o percurso da Academia desde a criação até os dias de hoje?

A Academia Sporting Telheiras iniciou a sua actividade no dia 1 de Setembro de 2012, fruto de um acordo com a direcção do Colégio Planalto com o intuito de qualificar as instalações com um espaço desportivo de qualidade e excelência. A Academia foi tendo um crescimento gradual e sustentado, sobretudo ao longo dos últimos anos com destaque para o trabalho meritório do anterior coordenador técnico, Filipe Costa, que consolidou o número de praticantes acima dos 200 atletas. O projecto destaca-se, entre outros aspectos, pela forte fidelização dos nossos atletas, pela capacidade de captar novos praticantes e orgulha-se de ser, também, uma das Academias Sporting que já conta com alguns ex-atletas que integram as equipas de competição do Clube.

Açores

Madeira

Como descreve a actual actividade da Academia? Esta é uma Academia sem competição federada e que opta por calendarizar as suas actividades e/ou torneios, tanto em casa como fora, sempre com o objectivo de adequar esses contextos competitivos às etapas de desenvolvimento dos nossos atletas, procurando que a aprendizagem e o desafio estejam sempre presentes. Procuramos desenvolver uma série de competências (técnicas, tácticas, físicas e psicológicas), enquadradas na metodologia de treino Sporting CP, num ambiente saudável e familiar, sem nunca perder de vista a formação social e humana de cada atleta, através da transmissão de valores e da missão Sporting CP. Para isso, contamos com um responsável administrativo (Bruno Pinheiro), cinco treinadores principais (Bruno Morgado, Miguel Menezes, Luís Lobo, Daniel Correia e Heron Silva), três treinadores-adjuntos (Rodrigo Faustino, Bruno Laurêncio e Luís Pereira) e três estagiários (Sofia Fonseca, Afonso Fonseca e Gonçalo Branquinho).

DATA DE CRIAÇÃO SETEMBRO 2012

ESCALÕES EXISTENTES SUB-5 A SUB-15

IDADE DO ATLETA MAIS NOVO 4 ANOS

IDADE DO ATLETA MAIS VELHO 15 ANOS

NÚMERO DE JOGADORES 210

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS/ TREINADORES/STAFF 13

Quais são os planos da Academia para o futuro a breve, médio e longo prazo?

A curto prazo, em termos desportivos, temos como objectivo aprimorar, ainda mais, a qualidade do nosso treino e, numa vertente de crescimento da própria Academia, aumentar o número de praticantes (completar as vagas que ainda estão em aberto e, de forma sustentada, criar mais turmas). A médio prazo, pretendemos reforçar o estatuto como uma das academias mais sólidas neste projecto das Academias Sporting, em termos de organização, funcionamento, infra-estruturas, níveis de formação dos nossos treinadores, qualidade de treino, etc. A nível desportivo, a meta passa por conseguir colocar atletas nas equipas de competição do Sporting CP, de modo que a Academia Sporting Telheiras, a longo prazo, seja reconhecida como uma das principais referências na formação de jovens atletas.

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TELHEIRAS
C M Y CM MY CY CMY K AF_Playday_2024_AnuncioJornal.pdf 1 09/04/24 21:39

CAMPEÕES EUROPEUS

16 // SPORTING 3976

EUROPEUS

17 // SPORTING 3976
2023/2024

SPORTING CP APOSTA PELA SOLIDARIEDADE E PELO QUE O FUTEBOL DE RUA DÁ

CLUBE TEM CIMENTADO A PARCERIA COM A BLESS ACADEMY E LEVOU GONÇALO INÁCIO E ANDREIA BRAVO AO ESPAÇO PARA CONVIVEREM COM OS JOVENS ATLETAS. FREDERICO VARANDAS LIDEROU A COMITIVA, COMPOSTA AINDA PELA ‘CÚPULA’ DO FUTEBOL DE FORMAÇÃO LEONINO.

Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: João Pedro Morais

O presidente Frederico Varandas e os futebolistas Gonçalo Inácio e Andreia Bravo estiveram, na terça-feira ao final do dia, na Bless Academy, em Belas, Sintra, a visitar o espaço e a conviver com os jovens atletas que ali começam a dar os primeiros passos no futebol. Este projecto, além de ser desportivo, tem um cariz social e solidário e o Sporting Clube de Portugal uniu-se ao mesmo há muito tempo, tendo recentemente ajudado a reformular o Campo Desportivo do Carenque e a fazer dele a casa da Bless Academy. Paulo Gomes (director da Academia Cristiano Ronaldo), Tomaz Morais (director do futebol de formação), Frederico Gonçalves (coordenador do futebol de formação feminino), Paulo Noga (director do departamento de estratégia, avaliação & talento) e João Couto (director técnico do futebol de formação) também estiveram presentes e viram de perto o trabalho que ali se tem desenvolvido com a ajuda do Sporting CP e a

colaboração de alguns recursos humanos do Clube.

Nesta ocasião, a Bless Academy recebeu ainda as equipas sub-11 e sub-13 femininas do Sporting CP, que tiveram a oportunidade de fazer um jogo contra as equipas da casa.

“Aquilo que nos levou a apostar neste projecto é a nossa ligação aos bairros sociais e o podermos ajudar os miúdos e as miúdas que não têm muitas condições para jogar, dando-lhes essas condi-

ções para o fazerem sem perderem a vida que o futebol de rua lhes dá, assim como a dimensão humana dos seus responsáveis, que tem muito a ver com os valores que nós defendemos e com os princípios que queremos no futebol de formação, e por tratar-se também de uma zona muito importante e estratégica no recrutamento de jogadores”, começou por dizer Tomaz Morais, aos meios de comunicação Leoninos, acrescentando: “Por isso, neste

momento, temos aqui um projecto a que chamamos ‘associação’, no qual queremos reter a forma de ser da Bless Academy, como entrou e se instituiu nesta zona, trazendo, ao mesmo tempo, os nossos valores, a nossa identidade, a nossa cultura, a nossa forma de estar e os nossos princípios de jogo. Nesse sentido, damos formação de treinador Sporting CP aos treinadores da Bless Academy e temos treinadores nossos aqui envolvidos também”.

Bles Gomes, responsável da Bless Academy, considerou, por isso, que a ligação ao Sporting CP “é fantástica” para o projecto que criou e que sem o clube verde e branco seria impossível ter actualmente tantas crianças no projecto.

“Se não fosse o Sporting CP não seria possível ajudarmos as crianças que actualmente ajudamos. Por isso, para nós é fantástico termos esta ligação ao Clube e só podemos agradecer isso, assim como a visita que nos fizeram e que serviu também para os nossos meninos verem o carinho e o apoio que o Sporting CP nos dá”,

disse Bles Gomes, admitindo que para os jovens jogadores foi extraordinário terem a oportunidade de conhecer Gonçalo Inácio e Andreia Bravo: “Nós trabalhamos todos os dias para os ajudar a chegar mais longe e o sonho deles é, naturalmente, chegaram ao futebol profissional e serem jogadores de futebol. Por isso, terem tido a oportunidade de conhecer dois jogadores do Sporting CP foi fantástico, até tiveram a necessidade de lhes tocar para perceberem que isto era real. Foi um dia para mais tarde recordar e quem sabe se um dia não estará um jogador da Bless Academy no Sporting CP”.

Tomaz Morais também gostava que isso se concretizasse, justificando: “Gostamos de ter os nossos craques e as nossas craques presentes nestas acções porque eles também deram os primeiros passos no futebol assim e porque é uma forma de fazer os miúdos acreditarem que, se continuarem a treinar e a viver o futebol com paixão, é possível lá chegarem e é possível realizarem o sonho de um dia jogarem no Sporting CP”.

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FUTEBOL FORMAÇÃO
Fotografia de família: todos juntos em prol dos sonhos dos mais novos Frederico Varandas, Andreia Bravo e Gonçalo Inácio recebidos com guarda de honra
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MODALIDADES HÓQUEI EM PATINS

MAIS UMA BRILHANTE PÁGINA DE HISTÓRIA

LEÕES ELIMINARAM O FC PORTO NAS MEIAS-FINAIS E BATERAM A UD OLIVEIRENSE NA DECISÃO DA WSE CHAMPIONS LEAGUE, SAGRANDO-SE CAMPEÕES EUROPEUS PELA TERCEIRA VEZ NAS ÚLTIMAS CINCO EDIÇÕES DA PROVA.

Texto: Pedro Ferreira Fotografia: João Pedro Morais

Reis da Europa! Depois de 2020/2021, 2018/2019 e 1976/ 1977, a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal sagrou-se Campeã Europeia pela quarta vez, no último domingo, ao bater a UD Oliveirense por 2-1 na grande final da WSE Champions League. Após eliminarem o FC Porto (6-5), na segunda final four 100% portuguesa da história em 58 edições, os Leões levaram a melhor sobre a turma de Oliveira de Azeméis, que afastara o OC Barcelos, e levantaram o troféu numa Super Bock Arena − Pavilhão Rosa Mota lotada e com os Sportinguistas em clara maioria nas bancadas. O clube verde e branco passa assim a deter o recorde de títulos a nível nacional, à frente do FC Porto (3), SL Benfica (2) e OC Barcelos (1).

EMOÇÃO ATÉ AO ÚLTIMO SEGUNDO

A tarefa não se adivinhava fácil logo à partida, visto que o conjunto liderado por Alejandro Domínguez teve pela frente na meia-final o FC Porto, curiosamente o último vencedor da prova, bafejado pela sorte de jogar ‘em casa’, na sua cidade. Tal como esperado, até por se tratar de um Clássico, a passagem à decisão foi disputada até ao último segundo, mas o Sporting CP revelou-se mais forte. Apesar de ter permitido que os azuis e brancos reduzissem de 6-3 para 6-5 já na recta final, a formação de Alvalade não deixou fugir uma vitória tão suada quanto justa.

Sem Matías Platero, que ficou de fora por opção técnica, os Leões entraram por cima e criaram várias boas ocasiões, até que aos sete minutos Gonzalo Romero inaugurou o marcador com um

remate de meia-distância. Aos poucos, o FC Porto foi entrando no jogo e respondeu na mesma moeda, obrigando o guarda-redes Ângelo Girão a aplicar-se para impedir o empate, incluindo num livre directo de Hélder Nunes. Apesar da reacção, foi o Sporting CP que aumentou a vantagem aos 16 minutos, com Toni Pérez atirar certeiro na recarga a um primeiro disparo. Paradoxalmente, foi na fase de maior confiança dos Leões, e de menor fulgor portista, que Hélder Nunes reduziu para 2-1, aos 21 minutos, e escassos instantes depois Carlo Di Benedetto aproveitou o azul a Ferran Font para repor a igualdade.

Já na segunda parte, o Sporting CP voltou a entrar a todo o gás. Logo aos três minutos, Alessandro Verona fez o 3-2 com um desvio à boca da baliza, e aos 8’ foi a vez de Henrique Magalhães assinar o 4-2. O conjunto de Alvalade estava melhor, mesmo com Ângelo Girão a continuar a brilhar entre os

postes – ao defender um penálti de Gonçalo Alves −, mas aos 41 minutos Telmo Pinto conseguiu o 4-3 para os dragões. Apesar disso, aos 46’ Henrique Magalhães bisou para o 5-3 com uma ‘picadinha’, sendo que um minuto depois foi Rafael Bessa a apontar o 6-3. Tudo parecia encaminhado para a passagem à final, mas os derradeiros minutos foram frenéticos. Carlo Di Benedetto reduziu para 6-4 de livre directo e, logo a seguir, 6-5, dando esperança aos azuis e brancos ainda com minuto e meio para jogar. O FC Porto apostou tudo no guarda-redes avançado, num final de jogo absolutamente de ‘loucos’, e ainda acertou no poste, só que a vitória já não escapou aos Leões.

SUPERIORIDADE RECOMPENSADA

No dia seguinte, já com Matías Platero de regresso às escolhas por troca com Ferran Font, era

o tudo ou nada diante da UD Oliveirense. Apesar da boa réplica adversária, o Sporting CP foi claramente superior na maior parte do encontro, em especial na primeira metade, e soube sofrer já nos minutos finais, com o guarda-redes Ângelo Girão a ser decisivo. A haver um vencedor, só poderiam ser os Leões.

12.05.2024

WSE Champions League – Final Super Bock Arena

Pavilhão Rosa Mota, Porto

SPORTING CP UD OLIVEIRENSE

2 1

1-0 ao intervalo

Gonzalo Romero (4’), João Souto (38’, livre directo)

Lucas Martínez (35’, livre directo)

Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], Gonzalo Romero, Rafa Bessa, Alessandro Verona e Toni Pérez; Zé Diogo [GR], Matías Platero, João Souto, Facundo Bridge e Henrique Magalhães. Treinador: Alejandro Domínguez. Disciplina: cartão azul para Matías Platero (35’).

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O momento da consagração na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota

Mais uma vez, a turma de Alejandro Domínguez entrou a mandar na partida e tirou diversas vezes as medidas à baliza contrária nos momentos iniciais, chegando mesmo a acertar na barra por intermédio de Rafael Bessa. Após os avisos, o 1-0 surgiu sem surpresa aos quatro minutos, por Gonzalo Romero, que abriu a contagem com um potente remate do meio da rua. Só dava Sporting CP nesta fase, com o guarda-redes Xano Edo a impedir várias vezes o dilatar da vantagem com defesas providenciais. À medida que os minutos foram passando, a inicialmente nervosa UD Oliveirense começou a libertar-se e, a espaços, foi testando Ângelo Girão. Ainda assim, eram os Leões que estavam melhor e as tentativas sucediam-se, a mais perigosa por Toni Pérez, que acertou no ferro. Nos momentos que antecederam o intervalo, o ritmo baixou e o adversário conseguiu então equilibrar o tabuleiro, só que o Sporting CP revelou muita solidez a defender.

No regresso para a segunda parte, assistiu-se a um duelo de alta intensidade, com parada e resposta constante. A UD Oliveirense deu mostras de querer ripostar e acertou no ferro, por Xavier Cardoso, esbarrando depois várias vezes em Ângelo Girão, guardião Leonino que voltou a evidenciar-se entre os postes com várias paradas de elevada dificuldade. Já com 35 minutos jogados, a formação rival chegou mesmo ao empate por Lucas Martínez, que aproveitou um livre directo originado pelo azul mostrado a Matías Platero, igualando a final. No entanto, a reacção verde e branca foi imperial e, aos 38’, João Souto não tremeu após a décima falta da UD Oliveirense, devolvendo a dianteira ao Sporting CP também de livre directo. Os Leões ficaram depois perto do 3-1 num par de ocasiões, travadas por Xano Edo, sendo que aos 42 minutos podiam ter sofrido o golo do empate, de livre directo, mas o inevitável Ângelo Girão não permitiu. Os últimos minutos, como é natural, revelaram uma UD Oliveirense mais ofensiva em busca de impedir a derrota, apostando no guarda-redes avançado para o tudo ou nada. No entanto, os jogadores – e a muralha Girão − afastaram sempre o perigo e resistiram até à buzina, selando a conquista da mais importante prova de clubes. Fechada esta página, que ficará para sempre na história do hóquei Leonino e também nacional, o Sporting CP vai agora focar-se nos quartos-de-final dos play-offs do Campeonato Nacional com o SC Tomar. O primeiro jogo – de três possíveis – está agendado já para este domingo, dia 19 de Maio, no Pavilhão João Rocha.

11 TÍTULOS

INTERNACIONAIS DO HÓQUEI EM PATINS

WSE CHAMPIONS LEAGUE (4)

2023/2024

2020/2021

2018/2019 1976/1977

WSE CUP (2)

2014/2015 1983/1984

WSE CONTINENTAL CUP (2)

2021/2022 2019/2020

TAÇA DAS TAÇAS (3)

1990/1991 1984/1985 1980/1981

ALEJANDRO DOMÍNGUEZ:

Consumada a conquista da WSE Champions League, o treinador Alejandro Domínguez dirigiu-se à sala de imprensa improvisada da Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota para dar conta das primeiras emoções, deixando vários agradecimentos. “O Miguel Afonso [do Conselho Directivo] e o nosso director Quim Pauls confiaram em mim sabendo que eu tinha uma situação pessoal muito complexa. Passámos um ano e meio duro, faltei a muitos jogos por um problema pessoal e não foi fácil conciliar a vida pessoal com a profissional. Este é o melhor tributo que podia prestar-lhes porque, em qualquer outro clube, teria acabado o meu percurso muito antes. Quero agradecer também ao staff, que suportou tudo isso e trabalha muito, apesar de ser invisível”, começou por dizer aos jornalistas. “Aos jogadores que estão na pista e se comportam como comportam, vou estar eternamente agradecido. São uma equipa extraordinária. O Ferran Font não participou na final e foi duro para ele, estava desfeito antes do jogo, mas o capitão [Girão] ofereceu-lhe a possibilidade de levantar o troféu. Esta equipa tem um espírito especial e quero agradecer-lhes por terem acreditado em mim e continuarem a fazê-lo”, frisou, lembrando ainda o adversário. “Estive muitas vezes na pele da UD Oliveirense e sei o quão duro é. Quero felicitá-los porque são uma grande equipa e fizeram um grande trabalho, merecem o nosso reconhecimento”.

Alejandro Domínguez recordou também o brilhante trajecto percorrido pela equipa até este título. “O facto de termos superado SL Benfica, FC Barcelona, FC Porto e UD Oliveirense só dá mais valor a tudo isto. Qualquer Liga Europeia tem o valor que tem pois é o principal título a nível Mundial, mas o caminho que fizemos é digno de assinalar. A eliminatória com o FC Barcelona é um momento que vou colocar na minha vitrine de memórias desportivas. Essa eliminatória foi um momento muito especial e serviu de catalisador para a equipa. Encheu-nos de energia e fez-nos acreditar que podíamos fazê-lo. Foi uma Liga Europeia especial”.

Já depois de ter visto os jogadores ‘invadirem’ a conferência de imprensa para festejar a conquista, brindando o técnico com um banho, Alejandro Domínguez fez ainda questão de agradecer aos adeptos ao realçar o seu papel nesta caminhada. “Estou muito feliz pelo facto de o Sporting CP, os adeptos e todos no Clube poderem desfrutar deste título. Quando acabou o jogo, vi um pai e uma rapariga que nos seguem para todos os jogos, vão a todo o lado, e ofereci-lhes a minha medalha porque merecem. Não só eles, mas todos os Sportinguistas”, sublinhou o técnico, que cumpre a sua segunda e última época no Clube, pois está de saída. “Este título é muito importante, mas é secundário tendo em conta o que vivi aqui. O mais importante é o Clube e o que vivi aqui dentro. Não quero falar muito disto porque vou emocionar-me, mas o que vivi aqui é irrepetível a nível humano. Colocar a cereja no topo do bolo é fantástico, mas o principal é a passagem por aqui. Sinto um grande alívio pois não queria ir embora sem ter uma alegria assim”.

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ESPÍRITO ESPECIAL”
“ESTA EQUIPA TEM UM
João Souto marcou o golo que deu a vitória aos Leões na final

MODALIDADES HÓQUEI EM PATINS

AS EMOÇÕES DOS HERÓIS DO TÍTULO EUROPEU

CONFIRMADA A VITÓRIA SOBRE A UD OLIVEIRENSE (2-1), A FESTA FEZ-SE EM TONS DE VERDE E BRANCO NA SUPER BOCK ARENA – PAVILHÃO ROSA MOTA. APÓS TEREM LEVANTADO O TROFÉU, OS JOGADORES FALARAM PELA PRIMEIRA VEZ À SPORTING TV AINDA NA PISTA DO RECINTO, DANDO CONTA DA SUA FELICIDADE PELO FEITO ALCANÇADO, ANTES DE REGRESSAREM A LISBOA E AO PAVILHÃO JOÃO ROCHA PARA CELEBRAREM JUNTAMENTE COM OS ADEPTOS.

Texto: Pedro Ferreira

Fotografia: João Pedro Morais

ÂNGELO GIRÃO

“Este título é muito importante porque há um ciclo que está quase a fechar-se e esta geração ganhou tudo várias vezes pelo Sporting CP. Conseguimos enriquecer o palmarés do Clube, é impossível ganhar sempre mas deixamos tudo em campo. Este percurso orgulha-nos muito, voltámos a ser um grupo unido e fechado, que é o mais importante. Não podemos prometer títulos, mas vamos continuar a lutar”.

ALESSANDRO VERONA

“É uma grande emoção, estamos muito felizes porque vínhamos de um período complicado. Foi muito difícil chegar aqui, defrontámos as equipas mais fortes e é um título merecido. Quero dar os parabéns aos meus colegas, que foram fantásticos, à equipa técnica e ao Sporting CP, que nos dá tudo o que precisamos e nos permite jogar a este nível. Agradeço ainda aos adeptos, ajudaram-nos muito”.

FACUNDO BRIDGE

“Esta Champions tem um sabor muito especial porque é a minha primeira. É o meu primeiro ano no Sporting CP e conseguir ganhar este troféu tão importante é incrível. O espírito de grupo fez a diferença, somos muito unidos e este fim-de-semana viu-se isso. Essa foi a chave para atingirmos o objectivo. Agradeço a todos os adeptos que vieram ajudar-nos, é muito importante sentir todo o apoio deles”.

JOÃO SOUTO

“A única palavra que me vem à cabeça é conseguimos. A época passada foi difícil, praticámos um excelente hóquei mas perdemos duas finais ingloriamente. Este ano conseguimos traduzir isso em títulos, o que é muito bom. Já merecíamos voltar a conquistar o título europeu e este foi pelo Alejandro. Vai deixar-nos por motivos pessoais, mas merecia ser recompensado com um título pelo seu trabalho”.

FERRAN FONT

“Foi muito difícil ficar fora da final, mas acreditei nos meus colegas e eles fizeram um grande jogo. Merecemos o título pela equipa que temos, estamos de parabéns pois temos um grupo muito unido. Já merecíamos uma alegria assim e quero agradecer a todos os que vieram apoiar-nos ao Porto, quando os adeptos estão presentes nota-se. Ganhar a champions é especial, conseguimos um grande feito”.

RAFAEL BESSA

“Vim para o Sporting CP para estar mais perto dos títulos e conseguimos este troféu logo no meu primeiro ano. É uma felicidade que não cabe em mim, já chorei, ri e gritei, estou muito contente. A partir do momento em que chegámos à final four, colocámos todas as fichas aqui. O trajecto até este momento foi complicado, o momento-chave foi talvez os quartos-de-final em que superámos o FC Barcelona”.

TONI PÉREZ

“É muito emocionante, estou muito feliz porque lutámos muito. Tivemos uma fase de grupos complicada, os quartos-de-final com o FC Barcelona e as meias-finais com o FC Porto no Porto. Ganhámos graças ao carácter vencedor da equipa. Podemos ter dias melhores ou piores, mas damos sempre tudo e esta equipa luta até ao fim. Os adeptos são sempre incansáveis, um enorme obrigado a todos eles”.

GONZALO ROMERO

“Nos últimos dois anos e meio chegámos à final do campeonato e da Taça de Portugal, procurávamos voltar a competir desta forma e ganhar títulos há muito tempo. A equipa acreditou e trabalhou muito e, quando assim é, os frutos aparecem. Estamos muito felizes e agora é continuar pois vem aí o campeonato. Agradecer aos Sportinguistas, felizes por esta conquista porque merecemos isto”.

HENRIQUE MAGALHÃES

“É incrível, há três anos que estávamos perto dos títulos e, quando chegavam os momentos decisivos, não conseguíamos. Desta vez caiu para nós e estamos muito contentes, temos de desfrutar porque é tão raro estas coisas acontecerem. É fantástico os Sportinguistas terem vindo ao Porto festejar connosco, foram muito importantes neste jogo pois passámos algumas dificuldades. Obrigado pelo apoio”.

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RUI PEDRO COSTA

“O SENTIMENTO É, CLARAMENTE, DE DEVER CUMPRIDO”

DE SAÍDA APÓS SETE ANOS NO COMANDO DA EQUIPA FEMININA DE VOLEIBOL DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, RUI PEDRO COSTA CONCEDEU UMA ENTREVISTA AO JORNAL SPORTING EM QUE FEZ UM BALANÇO DO TRABALHO REALIZADO DESDE 2017/2018. “O SPORTING CP TEVE UM PAPEL MUITO IMPORTANTE NO CRESCIMENTO DEFINITIVO DA MODALIDADE”, DISSE.

Texto: Luís Santos Castelo

Fotografia: João Pedro Morais

Qual o sentimento na hora da despedida?

O sentimento é de dever cumprido de duas formas: naquilo que eu acho que o Sporting CP precisou que fizéssemos em termos de projecto e naquilo a que nos propusemos quando entrámos. O compromisso era claro quando começámos há sete anos e era um compromisso com o voleibol e com o Sporting CP. Não sabia quanto tempo ia cá estar, mas o foco era desenvolver a modalidade dentro do Sporting CP e dar um contributo positivo ao voleibol nacional. Nesse aspecto, acho que o sentimento é, claramente, de dever cumprido. Muita coisa podia ter sido melhor porque podemos sempre fazer melhor, mas acho que o saldo é positivo.

Antes de falarmos do passado, vamos fazer um balan‑ ço desta temporada. Não teve o final desejado, mas também teve os seus momentos altos. Como olha para 2023/2024?

Quando se termina um processo, seja ele qual for, há sempre amargos de boca. São muitos anos, sete, e tentámos melhorar sempre. Esta época o nosso registo não foi melhor do que o do ano passado. Nessa perspectiva, a época foi menos conseguida do que aquilo que queríamos. Por outro lado, cimentámos, se calhar de forma definitiva, a posição do Sporting CP no voleibol nacional. Fomos a única equipa que, nos últimos quatro anos, esteve sempre nas meias-finais da Liga e da Taça. Regressámos às competições europeias e isso foi mais um factor positivo, mas não chegar às finais do campeonato e da Taça torna este um ano menos conseguido e há que assumir isso.

Muitos podem não ter noção, mas o campeonato fe‑ minino de voleibol é dos mais competitivos do despor‑ to nacional, talvez apenas a par com o masculino de hóquei em patins. Ter contribuído para isso também o deixa orgulhoso?

O crescimento deixa-me orgulhoso. O Sporting CP foi o primeiro dos clubes mais conhecidos a chegar e criou-se uma aceitação geral de que o voleibol, especialmente no feminino, chega a muita gente. Ainda é a modalidade mais praticada pelas mulheres. Não havia essa passagem do desporto escolar e da formação para o alto rendimento tendo em conta o número de pessoas que acompanha. Nessa perspectiva, demos todos um contributo muito grande. O Sporting CP teve um papel muito importante no crescimento definitivo da modalidade.

24 // SPORTING 3976 ENTREVISTA

Vamos regressar a 2017, quando o Sporting CP reacti vou o voleibol. O que o fez juntar se ao projecto nessa altura?

Como em quase tudo na vida, foi um conjunto de coincidências. Já treinava há muitos anos e estava a pensar em parar. Fomos contactados pelo dirigente da modalidade na altura para, para além do masculino, reactivar o feminino. Não havia as condições que passámos a ter depois em termos de orçamento e investimento, tinha de ser algo muito leve em termos orçamentais. Rapidamente percebemos que o mais inteligente era começar na terceira divisão. Nunca treinámos ou jogámos no Pavilhão João Rocha no primeiro ano, tínhamos um jogo de equipamentos, um fato de treino e uma t-shirt. Ainda bem que foi assim, porque fomos percebendo que se déssemos mais e mostrássemos que tínhamos capacidade o Sporting CP acompanharia. Nesse ano só perdemos um jogo na Taça e já começámos a ter Sportinguistas na bancada com regularidade. Voltar a esse ano é perceber porque é depois fizemos um percurso de conquista. Começámos com muito pouco e provámos que valia a pena ter esta equipa integrada como profissional.

Chegar ao ponto em que está hoje era uma ambição nessa altura?

Cresci Sportinguista, andei por aqui em miúdo, e se não reconhecesse o potencial do Sporting CP para crescer e ganhar títulos não tinha crescido como cresci. Esse era o objectivo: consolidar a equipa aqui dentro e ocupar um espaço de destaque no voleibol nacional. Queríamos também deixar para o futuro do Sporting CP um espaço maior para as mulheres.

A conquista da Taça de Portugal, em 2022/2023, foi o melhor momento desta longa caminhada?

Se calhar foi o melhor momento porque foi mais fácil para quem avalia perceber o que fazíamos, mas houve muitos momentos muito importantes. Lembro-me que, quando estávamos na segunda divisão, já tínhamos a subida garantida e a equipa disse que ia ganhar os dez jogos que faltavam. Treinámos na última semana como tínhamos

treinado na primeira e isso mostrou que íamos para algum lado. Ter atletas como a Juliana Carrijo [em 2021/2022], que era uma referência no Brasil, a aceitarem vir para o Sporting CP e, ao fim de um ano, a regressarem ao Brasil com um vencimento melhor significou que este já não era um campeonato de segunda linha onde as estrangeiras vinham terminar a carreira. Fez isso no Sporting CP e isso também foi uma vitória. Também destaco a primeira Taça Federação [2020/2021], que foi o primeiro título. Conseguimos trazer duas campeãs nacionais quando chegámos ao mais alto escalão, a Bruna Gianlorenço e a Ana Couto. Tudo isto são vitórias do projecto. A Taça de Portugal vai para o Museu Sporting e as pessoas vão-se lembrar de nós por isso, mas todas as pequenas coisas mostraram que o projecto valia a pena.

“O

IMPACTO DOS ADEPTOS É REAL PARA TODAS AS EQUIPAS DO SPORTING CP”

Orientou muitas atletas nestes sete anos. Sei que os treinadores não gostam de individualizar, mas quais foram as que mais lhe vão ficar na memória?

A Daniela [Loureiro], nossa capitã, era da Selecção Nacional, uma jogadora de referência, e convencemo-la a vir para o Sporting CP para a segunda divisão. Ela podia ter esperado um ano e o Sporting CP voltava a convidá-la. Faz parte desta cultura, dá imenso de si, joga, às vezes, em grandes dificuldades e é hoje uma referência para os Sportinguistas. Temos outras jogadoras muito importantes para a nossa cultura, como a Vanessa Paquete, a Carolina Garcez, a Aline Timm, a Thaís Bruzza… Sempre me facilitaram muito a vida na altura de passar a exigência às outras atletas. Depois, volto a falar da Juliana Carrijo. Era uma referência no Brasil e chegou aqui e era como as outras. Ficou-me na memória porque ajudou a melhorar as outras. Houve outras assim, mas esta, em particular, marcou-nos muito. A Ana Couto e a Bruna Gianlorenço

também nos fizeram subir o nível. A lista é muito grande e, obviamente, a Daniela acaba por personificar isto tudo. É alguém que quer mais todos os dias.

“SÓ

PEÇO AOS ADEPTOS

QUE CONTINUEM A (...) APOSTAR NELAS, A DAR-LHES CONFIANÇA E A EXIGIR MUITO DELAS”

Neste seu percurso em Alvalade, houve vários jogos com as bancadas muito bem preenchidas no Pavilhão João Rocha, algo pouco provável até há bem pouco tempo. Que impacto teve esse apoio dos Sportinguistas?

O impacto dos adeptos é real para todas as equipas do Sporting CP. Lembro-me de um jogo à noite com o SL Benfica em que batemos o recorde nacional de pessoas a ver um desporto feminino dentro de um pavilhão. Ganhámos 3-2, o jogo acabou tardíssimo e a bancada ajudou-nos imenso. No ano passado, na meia-final com o Leixões SC e na final com o FC Porto, batemos esse recorde mais duas vezes. Sentíamos que o trabalho que estávamos a fazer chegava aos Sportinguistas.

Que mensagem deixa aos Sportinguistas e à equipa?

A equipa será, necessariamente, muito diferente e não me atrevo a deixar nenhuma mensagem nem a ter a ousadia de achar que tenho opinião sobre o que vier. Acho que devemos, quando entramos, esperar que o outro saia e, quando saímos, o silêncio é o nosso melhor instrumento. Aos adeptos, digo que o voleibol e o desporto femininos valem a pena. O voleibol feminino é um desporto mundialmente reconhecido, tem atletas internacionais com ordenados ao nível do futebol e aqui também é possível. Só peço aos adeptos que continuem a apoiar o voleibol feminino e voleibol em geral – a equipa masculina fez uma época fantástica. Continuem a apostar nelas, a dar-lhes confiança e a exigir muito delas.

25 // SPORTING 3976
Entrevista de despedida aconteceu no Pavilhão João Rocha

MODALIDADES BASQUETEBOL

SPORTING CP TERMINA A ÉPOCA EM OVAR

DESAIRE DA EQUIPA LEONINA FRENTE À AD OVARENSE NO SEGUNDO JOGO DOS QUARTOS-DE-FINAL DO PLAY-OFF , POR 93-91, APÓS PROLONGAMENTO.

Texto: Nuno Miguel Simas

Fotografia: João Pedro Morais

Na Arena de Ovar e no 2.º jogo dos quartos-de-final do play-off da Liga, a equipa de basquetebol do Sporting CP perdeu, na passada segunda-feira, frente à AD Ovarense por 93-91 após prolongamento, num jogo que colocou ponto final na temporada da formação verde e branca.

Foi a equipa da casa a abrir o marcador, debaixo do cesto. Marvin Clark respondeu numa jogada de cesto e falta, com a formação vareira a anotar e André Cruz a explorar bem o jogo interior para o 4-5. O Sporting CP teve em Marvin Clark o jogador mais produtivo do primeiro quarto, com dez pontos e apesar de vários bons momentos ofensivos, a equipa Leonina teve também dificuldade para travar transições da equipa da casa, com alguns triplos pelo meio, um deles de Rodrigo Soeiro. No final dos primeiros dez minutos, a equipa da casa liderava o marcador por 24-23.

O segundo quarto começou em grande estilo para os Leões, com um parcial de 0-5, através de um lançamento de dois pontos de Diogo Ventura e de um triplo de Marvin Clark. Foi muito positiva a entrada da equipa Leonina no segundo quarto, com o resultado nos 24-30, antes de um desconto de tempo pedido pelo treinador da equipa vareira, com Gustavo

13.05.2024

Liga – Play-off – jogo 2

resolver o jogo no tempo regulamentar a não entrarem e o jogo a ir para prolongamento. Michael Moore ainda colocou o marcador a três pontos (86-83), mas a equipa adversária carregou muito no jogo interior e ganhou uma vantagem, que o Sporting CP reduziu para uma posse de bola de diferença.

(após prolongamento)

24 23, 22 19, 19 27, 13 9 e 15 13

Teixeira e Nuno Morais a voltarem de ‘mão quente’ e com dois triplos a encostarem no marcador para o 33-34, desta feita com o desconto de tempo a vir de Pedro Nuno Monteiro, treinador do Sporting CP. De resto, Nuno Morais foi o grande factor de desequilíbrio da equipa vareira, com três triplos convertidos em três tentados no segundo quarto, para um resultado ao intervalo de 46-42, com o Sporting CP a ter percentagem inferior nos triplos, como uma das causas para a desvantagem. Os Leões reagiram e conseguiram o empate a 53 pontos, com ‘corte’ nas costas, perto do cesto de André Cruz para afundanço e um lançamento no ‘limite’ do triplo do mesmo jogador deu empate a 59 pontos, com mais de metade do quarto jogado. Aliás, André Cruz emergiu nos terceiros dez minutos, ao marcar dois pontos para o 59-61, na primeira vantagem Leonina no terceiro quarto.

Com um excelente triplo de Litos Cardoso, o Sporting CP ganhou vantagem de 61-66 e fechou o terceiro quarto com vantagem de 65-69, após um magnífico triplo de Diogo Ventura.

O Sporting CP também começou bem o quarto quarto e ganhou uma vantagem de 65-74 logo nos minutos iniciais, com muito acerto ofensivo de Diogo Ventura, que num lançamento de longa distância aumentou a vantagem verde e branca para os 67-76. Regressado de um desconto de tempo, a AD Ovarense acertou dois triplos consecutivos e encostou a três pontos de desvantagem, seguido de dois lances livres que deixaram o jogo a um ponto de distância a favor dos Leões (75-76).

Um triplo de Harris colocou a AD Ovarense na frente aos 78-76, já com menos de dois minutos e meio para jogar, numa fase em que o Sporting CP apresentou muitas dificuldades de concretização. Com um lançamento de

dois pontos, Marvin Clark igualou a 78 pontos, com os ataques que as duas equipas tiveram para

Determinante foi um lance quase no final em que o Sporting CP ganhou um ressalto, a bola sobrou para a AD Ovarense para um lançamento da linha de lance livre e diferença de três pontos. Marvin Clark sofreu sobre o final uma falta que o levou para a linha de lance livre e teve três lançamentos, mas ao falhar a primeira tentativa, teve de falhar o terceiro lançamento para um eventual ressalto e dois pontos no sentido de tentar empatar. Os Leões ganharam o ressalto, mas o segundo lançamento não entrou e o Sporting CP perdeu por 93-91, terminando assim a temporada, apesar de uma exibição de muita entrega e vontade da formação orientada por Pedro Nuno Monteiro.

PEDRO NUNO MONTEIRO:

“DEMOS TUDO O QUE TÍNHAMOS”

No final do jogo Pedro Nuno Monteiro fez a análise à partida. “Foi um jogo equilibrado, ficámos condicionados muito cedo pelas faltas ao Yussuf e ao Marvin. Sabíamos que ia ser um jogo duro e foi de incerteza mesmo até ao final, com grande equilíbrio, só resolvido no prolongamento e que podia ter ido a um segundo prolongamento, mas desperdiçámos um lance livre e depois falhámos outro intencionalmente, em que conseguimos o ressalto, mas o lançamento não entrou. Eles [AD Ovarense] tiveram praticamente o dobro dos lances livres, fizeram mais doze pontos do que nós de lances livres, mas a verdade é que nada disso conta para história”, disse o técnico Leonino aos meios de comunicação do Clube.

Pedro Nuno Monteiro assinalou e entrega e grande atitude da equipa que orienta. “Fomos intensos, demos tudo o que tínhamos, mas no quarto quarto falhámos muitos lançamentos, tiros abertos, com a nossa percentagem a cair e eles acabaram por ser mais competentes no final, mas acho que fizemos um bom jogo. As lesões condicionaram-nos muito a época”.

26 // SPORTING 3976
O esforço da equipa Leonina não teve a recompensa no resultado frente à AD Ovarense
AD OVARENSE SPORTING CP 93
Arena de Ovar
91
Sporting CP: Temidayo Yussuf (20), Mike Moore (7), Litos Cardoso (7), Diogo Ventura (15), Diogo Araújo (2), Marko Loncovic, Marvin Clark (28), Dinis Cherepenko, Salvador Gomes, Fabrizio Caetano, André Cruz (12), Denilson Tavares. Treinador: Pedro Nuno Monteiro.

MODALIDADES BASQUETEBOL

KIT JONES REGRESSOU A ALVALADE (E ATÉ DEU UM CONCERTO MUITO ESPECIAL)

MAIS DE 50 ANOS DEPOIS, O ANTIGO BASQUETEBOLISTA – HOJE MÚSICO – VOLTOU A ENCONTRAR-SE COM OS COLEGAS DE BALNEÁRIO NO SPORTING CP A FALAR UM PORTUGUÊS PERFEITO.

Texto: Luís Santos Castelo

Fotografia: Isabel Silva

Kit Jones, jogador norte-americano de basquetebol do Sporting Clube de Portugal no início da década de 70, regressou ao emblema Leonino no último domingo para um emocionante reencontro com antigos colegas e amigos do tempo em que vestiu de verde e branco.

O poste chegou ao Sporting CP em 1971, proveniente do GC Figueirense. Foi um dos primeiros basquetebolistas dos EUA a jogar em Portugal e assumiu-se como a principal figura da modalidade verde e branca nas duas temporadas em que esteve em Alvalade. Foi jogador e treinador, teve um papel importante nas camadas jovens e, apesar de ter conquistado ‘apenas’ um Campeonato de Lisboa, marcou uma geração com inúmeros pontos e jogos de alto nível.

Depois da passagem por Portugal, viveu em Paris e Londres antes de regressar aos EUA, estudou línguas como o francês, o espanhol ou o mandarim e tornou-se músico, tendo lançado vários álbuns. Um cidadão do mundo, um ser humano curioso e um homem preocupado com o que o rodeia, Christopher Mark Jones – como hoje é conhecido – surpreendeu os que o esperavam em solo lusitano ao falar um português... perfeito, mais de 50 anos depois da sua saída do Sporting CP. Juntamente com os seus companheiros, Kit Jones visitou o Estádio José Alvalade, o Museu Sporting e o Pavilhão João Rocha. Foi no auditório deste último edifício que todos lembraram algumas curiosidades daquele tempo em conjunto entre 1971 e 1973 e que Kit Jones recebeu lembranças do grupo de antigos colegas e amigos, da actual equipa de basquetebol do Sporting CP pelas mãos de Diogo Ventura,

e ainda da Federação Portuguesa de Basquetebol, representada por Nuno Manaia.

No final do convívio, Kit Jones cantou e tocou na guitarra duas das suas canções, uma delas em português e sobre a forma como a sua casa era aberta a toda a gente, e ainda ‘Vejam Bem’, de José Afonso.

Aos meios de comunicação Leoninos, Kit Jones começou por explicar que o Sporting CP de 2024 é muito diferente daquele que deixou em 1973, mas igualmente − ou até mais − admirável. “Tenho aqui os meus camaradas, os meus colegas de equipa, e estamos como se nos tivéssemos visto ontem. Estamos muito bem. Agora, as instalações desportivas do Sporting CP mudaram em tudo. Novo estádio, novo pavilhão e tudo mais, todas as modalidades. Houve uma grande evolução nas actividades do Clube e tem sido uma experiência espantosa”, disse. Para o antigo atleta, a passagem por Portugal e pelo Sporting CP ficou marcada de várias formas, tendo sido essencial para as vidas seguintes da sua família: “Eu e a minha mulher, Linda, éramos muito jovens e estávamos a começar a nossa vida a adulta. Foram anos muito importantes que nos marcaram para sempre. O facto de estar num país estrangeiro com uma língua estrangeira é uma experiência que não se pode comprar. Tivemos a sorte de a viver e isso marcou-nos muito.

A Linda começou a ser fotógrafa aqui e fez 50 anos de carreira na

fotografia. Eu comecei uma carreira nas línguas e fi-lo durante várias décadas. O basquetebol acabou por ser a chave que abriu todas essas portas”.

Por fim, Kit Jones deixou uma mensagem aos jovens atletas que pretendem singrar no mundo do desporto.

“Há todo um trabalho de preparação que é necessário para se ter impacto num jogo, mas é preciso ter sempre na cabeça que o desporto faz parte da vida e que a vida tem outros aspectos igualmente importantes. Aspectos sociais e pessoais, a educação e a formação... Não se pode esquecer isso nunca, mesmo tendo como objectivo principal o sucesso desportivo”. reforçou.

Ernesto Ferreira da Silva, antigo atleta, treinador e dirigente do Sporting CP que partilhou o balneário com Kit Jones, também deixou o seu testemunho.

“É preciso conhecer o passado para termos referências para o presente e para o futuro. O Kit é uma referência. Esteve pouco tempo connosco, mas marcou um período muito bom para o Sporting CP. Vê-se o respeito que tem por Portugal e pelo Clube. Ainda hoje fala português correctamente, o que prova que não estava de passagem. Até canta em português. Era um grande basquetebolista e um homem inquieto com preocupações sociais. Tinha uma grande curiosidade, viveu em Paris e em Londres. Não o via há 50 anos, fui buscá-lo ao hotel e parecia que me tinha despedido dele na semana passada. Ficou sempre ligado a Portugal e o Sporting CP ficou sempre marcado no Kit Jones. Foram dois anos muito bem preenchidos aqui com uma vivência que não é esquecida de parte a parte”, disse Ernesto Ferreira da Silva, um dos principais promotores deste regresso de Kit Jones a Alvalade.

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Kit Jones (o quarto a partir da esquerda na primeira fila) e os restantes companheiros O antigo atleta, que hoje é músico, cantou e tocou três canções para os presentes

BREVES MODALIDADES FUTSAL

LEÕES MAIS PERTO DAS ‘MEIAS’ DO CAMPEONATO

SPORTING CP VENCEU O SCU TORREENSE E SÓ

PRECISA DE VENCER MAIS UM JOGO PARA SEGUIR EM FRENTE NA PROVA. SEGUNDO ENCONTRO ESTÁ

MARCADO PARA ESTA SEXTA-FEIRA NO PAVILHÃO

JOÃO ROCHA.

Texto: Maria Gomes de Andrade

A equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal entrou da melhor maneira nos quartos-de-final do Campeonato Nacional, ao vencer o SCU Torreense por 1-4 no primeiro jogo, disputado no reduto adversário. À procura de dar continuidade aos bons resultados no campeonato e de fechar os ‘quartos’ mais cedo, o Sporting CP entrou bem na partida – com Gonçalo Portugal na baliza – e Tomás Paçó teve logo a oportunidade de marcar, mas o esférico bateu em cheio no poste. O SCU Torreense, sempre mais forte em casa, numa quadra com dimensões distintas das habituais, respondeu e tentou surpreender o guardião Leonino, mas Gonçalo Portugal foi exibindo-se à altura.

Do outro lado também Gutta ia fazendo o seu trabalho e adiando o golo verde e branco e, aos nove minutos, ainda contou mais uma vez com a ajuda dos ferros, desta vez num remate de Tatinho.

A partida jogava-se mais assim, com o Sporting CP a atacar e o SCU Torreense a defender, com Gutta a brilhar na baliza. Ainda assim, aos 17 minutos, a for-

12.05.2024

Campeonato Nacional Quartos-de-final – Jogo 1 | Pav. Ext. Penafirme, A-dos-Cunhados

SCU TORREENSE SPORTING CP

1 4

1-1 ao intervalo

Rúben Santos (18’) Alex Merlim (17’), Taynan (25’), Wesley (31’), Pany Varela (39’)

Sporting CP: Gonçalo Portugal [GR], João Matos [C], Alex Merlim, Taynan e Zicky Té; Henrique, Tomás Paçó, Diogo Santos, Wesley, Pany Varela e Hugo Neves. Treinador: Nuno Dias.

mação Leonina conseguiu, finalmente, abrir o marcador: livre estudado com Taynan a combinar com Alex Merlin e a finalizar depois.

No entanto, o 0-1 durou muito pouco, com a equipa da casa a fazer logo depois o 1-1 e foi com esse resultado –graças às contínuas defesas de Gutta –que o intervalo chegou.

Na segunda metade, o Sporting CP, que já contou com Henrique na baliza, conseguiu ser logo mais eficaz e chegou ao 1-2 aos 25 minutos, de novo por Taynan: confusão na área, após remate de Wesley, com Zicky Té a servir de calcanhar o goleador, que só teve de encostar ao segundo poste.

A resposta do SCU Torreense não tardou e Juninho teve nos pés novo empate, mas Henrique fez uma grande defesa e impediu que assim fosse. Nessa altura assistia-se a muito equilíbrio e o marcador estava em aberto, mas foi o Sporting CP que voltou a marcar, desta vez com uma ‘bomba’ de Wesley.

A seguir foi João Matos a tentar o golo, mas sem sucesso, com a formação da casa a apostar depois no 5x4, quando faltavam cinco minutos para o fim, para ver se conseguia reduzir, mas foi novamente o Sporting CP a marcar através de Pany Varela, no penúltimo minuto. Assim, a tarefa de conseguir outro resultado revelou-se impossível para o SCU Torreense, que, ainda assim, ameaçou o segundo golo num remate em que a bola foi ao ferro.

Sem muito mais tempo para jogar, não houve mais golos e o Sporting CP acabou por vencer de forma totalmente justa, ficando assim mais perto das meias-finais do campeonato.

A eliminatória decide-se à melhor de três jogos, o segundo jogo vai jogar-se já nesta sexta-feira (21h00) no Pavilhão João Rocha e se houver necessidade de haver jogo três o mesmo também será disputado no reduto verde e branco.

JORGE FONSECA DE BRONZE NO CAZAQUISTÃO

Fotografia: Tamara Kulumbegashvili/IJF

Jorge Fonseca, atleta do Sporting Clube de Portugal, conquistou, no último domingo, a medalha de bronze no Grand Slam de Astana, no Cazaquistão. Em -100kg, o Leão começou por superar o britânico Oliver Barratt, perdendo depois para o polaco Piotr Kuczera. Na repescagem, Jorge Fonseca voltou a ser feliz ao vencer o ucraniano Anton Savytskiy por ippon e, no decisivo combate pela medalha de bronze, o português bateu o croata Zlatko Kumrić em cerca de 20 segundos e segurou um lugar no pódio. Também em acção no Cazaquistão, Maria Siderot foi quinta classificada em -52kg e João Fernando (-81kg) foi eliminado no primeiro combate que realizou contra o russo Khasan Khalmurzaev.

TIAGO RAMOS É CAMPEÃO NACIONAL DE MARCHA

Nos Campeonatos Nacionais de Marcha, realizados no último sábado em Rio Maior, Tiago Ramos venceu o título. O atleta do Sporting Clube de Portugal cumpriu os 20 quilómetros do percurso em 1h25’52’’, batendo o recorde pessoal. João Vieira, nome maior da marcha nacional e um dos maiores atletas da história do atletismo português, não participou por se encontrar lesionado. Em femininos, a Leoa Carolina Costa foi terceira classificada com o tempo de 1h35’37’’, arrecadando a medalha de bronze.

REVALIDAÇÃO DO TÍTULO PARA JOÃO MANSOS

João Mansos sagrou-se, no último sábado, Bicampeão Nacional de Aquatlo. Em Santa Cruz, na Madeira, o Sportinguista terminou os 750 metros de natação e 5000 metros de corrida em 26’36’’, revalidando assim o título conquistado em 2023.

TIAGO DUARTE TERCEIRO NOS EUROPEUS

Tiago Duarte, atleta do Sporting Clube de Portugal, foi medalha de bronze, no último sábado, nos Campeonatos da Europa de karate, que se realizaram em Zadar, na Croácia.

O Leão ficou na terceira posição em kumite -75kg em conjunto com o turco Enes Bulut e atrás do vencedor Ivan Martinac (Croácia) e do segundo classificado Daniele de Vivo (Itália).

Participaram ainda, a nível individual, Catarina Rodrigues (eliminada ao primeiro combate em kumite -50kg) e Renata Baptista (nona em kumite -61kg).

Colectivamente, Renata Baptista e Daniela Lourenço participaram na prova por equipas, mas Portugal foi eliminado perante a Inglaterra. Tiago Duarte fez o mesmo em equipas masculinas, mas perdeu contra a Bélgica.

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