Bio julho

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Julho de 2017 | Ano XXVIII

No 243

TESTEMUNHO DA FÉ

Ordenação Diaconal

Cleiton Jorge é ordenado diácono PÁG. 09

Evangelização em condomínio completa 1 ano

PÁG. 05

PALAVRA DO BISPO

Os leigos a serviço do Reino

PÁG. 03

COMVOCAÇÃO 2017

Se aproxima a Festa das Vocações

PÁG. 06


EDITORIAL

BIO

Caro leitor...

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stamos às vésperas de mais um ano celebrarmos o maior evento vocacional de nosso país, e para o Seminário Maior São José e Comissão Organizadora do ComVocação é uma grande alegria apresentar “as vocações como um serviço numa Igreja em saída”. Graças ao sacramento do Batismo e da Confirmação, cada cristão é chamado a testemunhar e a anunciar o Evangelho. Somos chamados e enviados por Deus para missão de sermos profetas e sacerdotes. A coragem e a ousadia de dizer: “Eis me aqui, envia-me” (Is 6,8), multiplicar os pães para o povo faminto em todos os aspectos de sua vida – material e espiritual –, que estão “como ovelhas sem pastor” (Mt 9,36), devem ser o estímulo urgente de jovens capazes de deixar suas redes e seguir o mestre para serem pescadores de homens (cf. Mt 5,10-11) e conduzir o povo de Deus ao aprisco seguro (cf. Sl 22). “O que motivou e impeliu os Apóstolos no início, e no decorrer dos tempos, foi sempre o amor de Cristo” (cf. 2Cor 5,14). Encontrar-se com Ele, faz arder o coração (cf. Lc 24,32), e nos leva a anunciá-lo com a própria vida. Entre as pessoas que se dedicam totalmente a serviço do Evangelho estão, de modo particular, muitos sacerdotes chamados para anunciar a Palavra de Deus, administrar os sacramentos, especialmente a Eucaristia e a Reconciliação, dedicados ao serviço dos menos favorecidos, dos doentes, dos sofredores, dos pobres e dos que passam por momentos difíceis, em regiões da terra onde ainda hoje existem multidões que não tiverem um encontro com Cristo. Queridos leitores: “Vinde e vede onde o vosso mestre mora” (cf. Jo 1,39), venha nesse Ano Mariano rezar, confraternizar e discernir melhor sua vocação. Não hesite em dizer sim, pois “Aquele que te chama é fiel” (1Ts 5, 24). Pe. Henrique Souza da Silva Assessor Eclesiástico do BIO

Boletim Informativo de Osasco

Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFM Assessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJS Secretária Executiva: Meire Elaine de Souza Revisão: Walkyria Aparecida do Rosário Supervisão: Diácono Ricardo Rodrigues Colaboração: Pe. Luiz Rogério Gemi, Pe. Reginaldo Machado, Comissão Diocesana Pastoral Familiar, ComVocação Press, Daniela Nanni, Sem. Juliano Pires, Sem. Marcos Letty, Sem. Robison Fernandes, Sem. Vitor Kano E-mail: bio@diocesedeosasco.com.br Diagramação: Iago Andrade Vieira Tiragem: 13.000 exemplares Impressão: Jornal Última Hora do ABC: (11) 4226-7272 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Cúria Diocesana de Osasco Rua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SP Tel: (11) 3683-4522 | (11) 3683-5005 Site: www.diocesedeosasco.com.br

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Diocese de Osasco celebra a festa de seu padroeiro Conhecido popularmente como o “santo casamenteiro”, Antônio foi muito mais que isso. Santo Antônio foi um grande pregador, teólogo e alimentava um grande amor por Maria, para qual deixou diversos escritos que falam da Mãe de Jesus, a Virgem Santíssima. Márcia Cristiane Alves

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Diocese de Osasco celebrou no dia 13 de junho, a festa do seu padroeiro, Santo Antônio. Muita chuva acompanhou as festividades, mas também uma grande expressão de fé e devoção que superou todas as expectativas e dificuldades. Milhares de fiéis passaram pela Catedral de Osasco ao longo do dia para rezar, prestar homenagem, fazer pedidos e agradecimentos ao santo, entre eles, autoridades civis da cidade de Osasco, da qual Santo Antônio também é padroeiro. A primeira missa aconteceu às 7h com a benção do bolo, celebrada pelo Pe. Luiz Rogério, vigário paroquial. A missa diocesana presidida pelo bispo diocesano Dom João Bosco foi realizada às 10h, concelebrada por Dom Ercílio Turco – bispo emérito, Dom Bruno Giuliani, CRL, Monsenhor Claudemir José dos Santos – vigário geral, e padres da diocese. Em sua homilia, Dom João fez questão de enfatizar a vida evangélica do santo que, muitas vezes em uma visão

superficial, é intitulado somente como casamenteiro. “Isso é muito pouco perto da restauração que ele conseguia fazer na vida das famílias, na vida dos casais”, acentuou. Dom João enfatizou que precisamos olhar para Santo Antônio na sua simplicidade, na sua pobreza para “nos desvestir um pouco do nosso orgulho de acharmos que temos a solução para o mundo. Nós temos que recorrer ao Evangelho, recorrer a Deus”. A terceira missa foi celebrada por Monsenhor Claudemir, às 15h, seguida da procissão e a tradicional queima de fogos em frente à Catedral. “Eu quero agradecer primeiramente a Deus porque tudo isso é resultado do trabalho de pessoas cristãs, discípulas de Nosso Senhor, devotos de Santo Antônio, que muitas vezes não aparecem, mas estão trabalhando na sua pastoral, no seu movimento, fazendo com que esta celebração aconteça”. A festa de Santo Antônio, neste Ano Nacional Mariano, trouxe o tema “Santo Antônio e o amor à Maria”. Redação – BIO

Vargem Grande Paulista - 110 anos da celebração da primeira missa (1907 – 2017)

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as terras dos quilombos, banhadas pelo sangue e o sofrimento dos escravos, no local onde se encontra a Igreja Matriz Nossa Senhora das Graças, há 110 anos, em junho de 1907, foi marcado pela grande manifestação do Amor de Deus, pela celebração da primeira missa em Vargem Grande Paulista. Dom João Bosco, bispo de Osasco, presidiu no dia 25 de junho a Solene Celebração Eucarística em ação de graças. Concelebraram o pároco Pe. Reginaldo Machado e Pe. Alexander da Paróquia Nossa Senhora Aparecida/ Tijuco Preto. Na mesma ocasião foi inaugurado o Memorial “Serva de Deus, Ginetta Calliari”, onde estão expostos alguns pertences de Ginetta. O memorial além de contar toda a história da vida de Ginetta, traz as obras pintadas pelo Pe. Giulio Liverani. Os objetos do memorial foram doados por ambos à paróquia. Estavam presentes religiosos, religiosas e leigos consagrados do Movimento dos Focolares, autoridades civis e familiares de Pe. Reginaldo. O evento foi marcado pela presença da Comunidade Católica Jesus Menino de Petrópolis – RJ. Após a Benção do Santíssimo aconteceu uma grande procissão com a imagem dos padroeiros da cidade e com a imagem do Senhor

Paróquia Nossa Senhora das Graças - Vargem Grande Paulista

Bom Jesus de Pirapora. Em preparação a esta data, foi celebrada uma novena com participação das paróquias e párocos da cidade. Todo dia 27 do mês são celebradas missa com a benção e distribuição da Medalha Milagrosa. Há uma grande participação de pessoas vindas das cidades vizinhas para agradecer e pedir a intercessão da padroeira da paróquia, Nossa Senhora das Graças. Pe. Reginaldo Machado Julho de 2017


PALAVRA DO BISPO

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Leigos, discípulos missionários a serviço do Reino Um ano todo dedicado aos leigos e leigas

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sta é a proposta da CNBB, o Ano do Laicato terá início já no próximo dia 26 de novembro, Festa de Cristo Rei, estendendo-se até a mesma festa em 2018. Quem visitar uma de nossas comunidades vai perceber a vitalidade e o empenho dos nossos leigos, participando da liturgia, das atividades pastorais, dos movimentos e associações. Os mesmos leigos e leigas estão vivendo a sua fé cristã nas famílias, estão no mundo do trabalho, nas organizações da sociedade. Cristãos leigos e leigas testemunham os valores do Evangelho também no mundo econômico e político, trabalham para que Reino de Cristo aconteça no mundo, transformando as relações pessoais, semeando a justiça e, fazendo valer no mundo o mandamento do amor, assim, eles apontam para a esperança do Reino definitivo, o céu.

anos. Os leigos tiveram um papel essencial no crescimento da Igreja no início do cristianismo, saindo da periferia do mundo, a Judéia, e se espalhando por todo o Império Romano. Eram perseguidos, expulsos dos lugares públicos, martirizados, mas não deixavam de dar testemunho de sua fé, atraindo uma multidão de novos cristãos. Terminado esse período de perseguições, o cristianismo se torna religião oficial do Império, e o clero e os monges assumem todos os ministérios, sobrando aos leigos apenas o papel de ouvir e seguir passivamente a hierarquia. Essa situação perdurou, com algumas variações, até os dias do Vaticano II. O Concílio, através da Constituição Dogmática Lumen Gentium e um documento especial sobre o Laicato, chamado Apostolicam Actuositatem, devolveu ao leigo o papel de sujeito na Igreja. Unido ao Clero, o Laicato tem o seu lugar fundamental e decisivo, querido por Cristo desde o início, e desfigurado através da história. Vinte anos após o Concílio, um novo documento, escrito pelo Papa São João Paulo II, a Exortação ChrisArquivo pessoal tifideles Laici, trouxe novamente à luz esse tema, firmando o passo nos avanços alcançados e possibilitando novas aberturas de consciência para que o Laicato se revele como verdadeiro dom de Deus para a Igreja. Justamente agora, na comemoração dos 30 anos da Christifideles laici, o Ano do Laicato nos possibilita viver intensamente essa conquista.

Leigos e leigas assumem esse compromisso no dia do batismo. São eles a maioria do povo de Deus. Sem os leigos, o Evangelho não chega ao coração do mundo, Cristo não reina, a vida perde espaço para o desespero e a morte. No anúncio e no testemunho do Evangelho, os leigos são sujeitos, capazes de levar Jesus Cristo a todos os recantos da terra. A missão dos leigos e leigas foi o tema da 80ª Assembleia dos Bispos de todo o Estado de São Paulo. O tema escolhido reflete o longo trajeto de estudos, realizado pela Igreja do Brasil, que teve como fruto o documento 105, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”, aprovado na 54ª Assembleia Geral da CNBB, no ano passado. Ali se acentua que o leigo é membro do corpo de Cristo Jesus, responsável pela evangelização, sendo fermento, sal da terra e luz do mundo. Esse documento vem fazendo crescer a consciência da missão do Laicato em todo o Brasil e, sem duvida, o Ano do Laicato, proposto pela CNBB virá abrir ainda mais as mentes e os corações, na Igreja, para uma participação mais viva e consciente.

Os leigos na Diocese de Osasco Antes de ser diocese, Osasco pertencia à Arquidiocese de São Paulo, que foi pioneira na aplicação das lições do Concílio. Destacou-se, sobretudo, nas ações do Laicato. E não é sem razão que Osasco, e os municípios que formaram a nova diocese, com a força e a tradição das famílias católicas de migrantes, tivesse também muito vigoroso o braço leigo, expresso na Pastoral Operária, na luta pelos direitos humanos, no espírito das Comunidades de Base, nos ministérios leigos que faziam face à escassez de sacerdotes, na Catequese que teve expressão nacional fortíssima. Tempos de estreita ligação entre fé e compromisso social. Vieram os novos movimentos, o crescimento do espírito missionário, o número de paróquias e comunidades cresceu, dobrou, como também o número de sacerdotes. O passar dos anos mostrou o vigor de algumas expressões laicais, bem como o declínio e o cansaço de outras. Vivemos hoje uma crise aguda e dolorosa das instituições e dos valores, como a família, a escola, o governo, a economia. A própria Igreja sofre com o abandono de muitos que se dizem sem religião, ou se encantam com outras propostas religiosas. Por isso é tempo oportuno de retomar a importância e a identidade dos leigos e leigas como sujeitos da ação evangelizadora e transformadora da sociedade. E isso vai acontecer no Ano do Laicato.

O leigo é um dom para a igreja Foi o Concílio Vaticano II quem trouxe para os dias de hoje esta nova visão do leigo, há pouco mais de cinquenta

O Ano do Laicato em nossa diocese O documento 105, da CNBB, que tem como título “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade

Julho de 2017

– Sal da Terra e Luz do mundo” está aí para nos ajudar a viver bem o tempo presente. É um documento extenso e muito rico de motivações e sugestões. Na última Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 esse documento serviu de guia para o tema central do encontro. Também a próxima Assembleia das Igrejas, no final de outubro servirá para aprofundar o tema e preparar o Ano do Laicato em todas as dioceses. Mas podemos começar desde agora. Aqui em Osasco temos uma situação peculiar, as atividades dos leigos estão organizadas em três setores: a Pastoral Social, os Movimentos e Associações, e a Pastoral Paroquial e Missionária. A proposta é que cada setor escolha cinco leigos participantes para constituir um grupo de estudos e aprofundar o conhecimento do documento 105, esse é o primeiro passo. Cinco leigos dos Movimentos e Associações, outros cinco das Pastorais Paroquiais e Ação Missionária, outros cinco da Pastoral Social, juntamente com os padres desses setores, poderão formular um projeto para o Ano do Laicato que contenha eventos, seminários e conferências, datas especiais diocesanas, celebrações litúrgicas, material para catequese infantil, jovens, movimentos e pastorais. Poderíamos, então, constituir um Conselho Diocesano de Leigos assim abrangente como fruto o Ano do Laicato? O conselho de Leigos, no passado, se tornou muitas vezes restrito aos aspectos sociais e, por vezes, até limitado em suas ações. Já um Conselho Diocesano de Leigos que contemple os três setores da Ação Evangelizadora, isto seria um avanço para ser comemorado. Vamos apostar? Que venha, e seja bem fecundo entre nós, o Ano do Laicato. Aloisio Mauricio

Caminhada contra o aborto - Comissão Diocesana Bioética

Dom João Bosco, ofm Bispo Diocesano de Osasco www.dbosco.org 3


IGREJA EM MISSÃO

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conteceu entre os dias 19 a 23 de julho a Semana Diocesana de Formação da Pastoral Familiar com o tema: “Os três setores da Pastoral Familiar na Amoris Laetitia”. O estudo teve como base a reflexão, ‘Uma Nova Pastoral Familiar à luz da Exortação Pós-sinodal Amoris Laetitia’ apresentada por Dom João Bosco Barbosa de Sousa - bispo de Osasco e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na Assembleia das Igrejas realizada em outubro de 2016 em Itaici/SP. Com o objetivo de uma ação mais efetiva nas paróquias a Pastoral Familiar é organizada em três setores:

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Pastoral Familiar, capacitar para acolher! Pré-Matrimonial, Pós Matrimonial e Casos Especiais. Por este motivo, a Semana de Formação apresentou trechos da Exortação Apostólica que apontam passos na vida familiar, com foco em cada um dos setores. O primeiro dia do evento aconteceu em caráter diocesano, assessorado pelo casal André e Ritinha Kawahala, realizado no Espaço Centro de

Evangelização Beata Elena Guerra, em Barueri. Foram abordados alguns pontos do capítulo III da Amoris Laetitia e os parágrafos 444 a 461 do Documento 79 da CNBB (Diretório da Pastoral Familiar). Dos dias 20 a 22 os agentes se reuniram nas regiões pastorais, tendo como assessores: Pe. Luiz Rogério e Diácono Ricardo (Região Santo AnAntonio Cruz

tônio), seminarista Rafael Santana (Região Cotia e São Roque), seminarista Eduardo Sobrinho (Região Carapicuíba), seminarista Franklin Bruno (Região Bonfim), Wilson Chagas – coordenador diocesano e o casal André e Ritinha (Região Barueri). Com média de 350 participantes, além de agentes da Pastoral Familiar, estiverem representadas outras pastorais e movimentos como ECC (Encontro de Casais com Cristo), Ministério para as Famílias da RCC (Renovação Carismática Católica), Comunidade Católica Famílias Novas, Equipes de Nossa Senhora, ministros extraordinários, catequistas, equipes de Liturgia, Pastoral da Saúde, entre outros. A presença das diversas realidades da igreja durante os encontros demonstra que toda a igreja de Osasco, de fato, está comprometida com a formação de agentes capacitados que possam acolher e evangelizar as famílias em toda e qualquer situação que se encontrem. A Semana de Formação encerrou-se no dia 23 de junho com a missa diocesana no Espaço Centro de Evangelização Beata Elena Guerra presidida por Dom João Bosco e concelebrada por Pe. Luiz Antonio Sochiarelli - assessor da Pastoral Familiar da Região Barueri. Comissão Diocesana da Pastoral Familiar

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TESTEMUNHO DA FÉ

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Grupo São Cristóvão em Oração

Arquivo pessoal

Trabalho de evangelização em condomínio residencial completa um 1 ano e já colhe frutos

A força do Santo Terço O terço é a oração que sempre acompanha a minha vida; é também a oração dos simples e dos Santos, é a oração do meu coração” – Papa Francisco, em 07/10/2016. Movidos pelo amor ao próximo, pela devoção à Maria Santíssima e pela necessidade de evangelização de um grande número de famílias, é que surgiu o Grupo São Cristóvão em Oração. Fundado em abril de 2016, no Condomínio São Cristóvão (localizado no Jardim Bandeiras, em Osasco), o grupo já conta com cerca de 40 integrantes. A equipe reza o Santo Terço, faz a Leitura e partilha do Evangelho uma vez por semana, nos apartamentos dos condôminos. “Nosso condomínio é uma verdadeira cidade com 10 mil habitantes. Pedimos pela intercessão de Nossa Senhora, sobretudo para quem precisa de amparo”, comentou Roberto de Campos Damião, morador do local e fundador do grupo. Grupo nasceu depois de 9 meses de gestação Começamos com apenas quatro vizinhos, todos da Comunidade Santa Luzia de Osasco. Eu, o Bruno Pereira da Silva (da Ordem Terceira do Carmo), a Maria das Graças Martins (da Legião de Maria) e a Isaura Santana da Silva Ribeiro (Catequista) - montamos um grupo de discussão no WhatsApp, em abril de 2016. Exatamente 09 meses depois, em janeiro de 2017, nosso grupo amadureceu e resolvemos partilhar a Palavra de Deus visitando os vizinhos. “Foi um verdadeiro tempo de gestação. Formamos, então, quatro Arquivo pessoal

Coordenadores do Grupo São Cristóvão em Oração (da esquerda para a direita: Roberto, Maria das Graças, Bruno e Isaura) Julho de 2017

grupos e nos revezamos junto às famílias que queiram nos receber. É um pequeno avanço na evangelização desse condomínio”, comentou Roberto. Para o início de suas atividades, eles receberam a bênção do Pe. Fábio de Siqueira Fonseca, pároco da Paróquia São Paulo da Cruz, que frisou que toda evangelização começa sempre no mínimo. “Não começa com um projeto grande. Começa com coisas pequenas e conforme vamos sendo fiéis a Deus, produzindo os frutos necessários de fidelidade, de santidade, ou seja, fazendo as coisas com amor e piedade, Deus vai dando a graça. Rezo para que tudo isso possa acontecer da melhor forma possível, segundo a vontade de Deus”, completou Pe. Fábio que pediu coragem ao grupo. “Vamos ser missionários, vamos ser uma Igreja em saída”, finalizou o pároco. Os primeiros frutos A iniciativa recebe o apoio, também, de pertencentes de outras religiões e daqueles que não conseguem frequentar a comunidade. É o caso da católica Maria Helena Barbosa da Silva, que tem um filho de 14 anos com necessidades especiais. “Eu acho que é uma bênção receber o grupo de oração em casa. Meu filho - o Marco Antônio - não se locomove, se alimenta por sonda e fica mais acamado. Pretendemos receber o grupo novamente porque ele ficou apaixonado pelo Terço e trouxe a todos, a paz de que precisávamos”, finalizou dizendo que são poucas às vezes que consegue frequentar a comunidade Santa Luzia com sua família, devido as dificuldades cotidianas. Os coordenadores do grupo estão satisfeitos com os resultados. “Com esse grupo batemos à porta do nosso vizinho e entramos com Maria, via Santo Terço, para habitar nesse lar. Somos acolhidos com alegria e isso nos enche de Paz. Paz que ali também permanecerá”, afirmou Bruno Pereira. Já Maria das Graças acredita que o grupo nasceu do amor e da misericórdia de Deus. “Agora somos reconhecidos por nossos vizinhos pela partilha da Palavra. O Terço desperta muitas pessoas, elas pensam melhor, com mais carinho e amor ao próximo. E é o Espírito Santo que nos conduz e nos toca. Ainda estamos engatinhando, mas logo vamos andar com mais rapidez”, completou emocionada. A também coordenadora Isaura Ribeiro só tem a agradecer: “Eu tenho visto resultados positivos em todas as pessoas que recebem o Terço e para mim também tem sido maravilhoso”, comentou a Catequista. Além dos limites do condomínio Foi no dia marcado para o Santo Terço que o pedido de oração chegou indiretamente ao grupo. Patrícia Silva, moradora do bairro Nova América em Osasco, pedia orações para a sua avó que acabava de ser internada na UTI com problemas sérios de saúde. O grupo se reuniu como de costume, colocou seu nome em oração e no dia seguinte recebeu a notícia de que Dona Maria Salvelina Barbosa da Silva, de 78 anos, já estava em casa. Sua recuperação foi muito rápida para a surpresa dos médicos e a alegria da família. “Ela ficou pouco tempo na UTI apesar do seu caso

Equipe do grupo de oração reunida com vizinhos do condomínio, após a realização do Santo Terço - maio/2017

ser grave”, comemorou a neta. O poder do Santo Terço também se manifestou em socorro a uma senhora que dista 2.700 Km de Osasco. Acometida pelo câncer pulmonar e em estado avançado de disseminação da doença para o cérebro, Dona Maria Thereza Cupper, de 60 anos, estava internada há muitas semanas em um hospital de Manaus aguardando por sua remoção para São Paulo. “Ela precisava operar o tumor para a que a pressão no cérebro diminuísse, mas a viagem de avião poderia complicar o problema. Após o grupo pedir a intercessão de Nossa Senhora para o caso, Dona Maria não só saiu do hospital - pois teve a pressão no cérebro normalizada - como não precisou de intervenção cirúrgica. Ela teve alta e foi para a sua casa continuar o tratamento”, contou Roberto empolgado. “Foi um verdadeiro milagre! Ela chegou a pedir um sinal a Nossa Senhora, quando estava internada, e recebeu esse grande presente pouco tempo depois”. “Nossa Senhora também veio em auxílio a um morador de rua de nosso bairro, o Sr. José, de 54 anos. Após meses nas ruas, debaixo de chuva e sol, com enfermidades corporais e espirituais, Nossa Senhora fez brotar no coração dos seus parentes a compaixão e reconciliação, por intermédio das orações”, contou Roberto, afirmando que o ex-morador de rua foi acolhido por sua filha retomando a dignidade e alegria de viver. Segundo Roberto, não existem distâncias, barreiras ou empecilhos para Nossa Senhora. “Ela veio em socorro de Marias e Josés e pode ajudar ainda muitas pessoas, basta ter fé e devoção. São sinais de que Maria Mãe de Deus está ao nosso lado nessa empreitada!”, finalizou. Sobre o Condomínio São Cristóvão O condomínio São Cristóvão, localizado no Jardim Bandeiras em Osasco, é um complexo formado por 37 torres com 76 apartamentos cada e tem quase 10 mil habitantes. Foi lançado em 1998, com a inauguração de algumas unidades, e seguiu seu desenvolvimento em paralelo à construção do rodoanel Mário Covas. Serviço Para participar do Grupo São Cristóvão em Oração: • Whatsapp: http://bit.ly/2p1SdSS ou (11) 98398-2431; • Facebook: https://www.facebook.com/residencialsaocristovaoemoracao. Daniela Nanni Paróquia São Paulo da Cruz - Comunidade Santa Luzia 5


COMVOCAÇÃO

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Digamos "sim" como Maria!

stamos celebrando o Ano Mariano em comemoração aos 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba do Sul, Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Também celebramos os 100 anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima aos pastorinhos. Sabemos que a vocação é um chamado de Deus que exige uma resposta. No cerne da vocação da Virgem Maria está o sim fiel e perseverante de uma pessoa que sempre teve o coração e a mente voltados para Deus. Eis aí o que alimenta o sim diário de to-

dos os vocacionados, filhos e filhas de Deus, chamados a vocação comum da santidade e a uma vocação específica. Saber ter o coração uniforme e não dividido nos ajudará a manter perseverante e firme o sim ao chamado que Deus nos faz. E Nossa Senhora é o nosso grande modelo. O ComVocação 2017 será o momento de profunda adoração, oração e entrega ao Senhor, dizendo Sim ao chamado a Vocação. Então nos dias 19 e 20 de agosto, mês dedicado as vocações, temos um compromisso marcado com o

14º ComVocação na Arena Concha Acústica da Fito em Osasco, com shows e partilhas sobre música, oração, Missas, confissões, adoração, atividades sociais e vocacionais, espaço para crianças e esportes radicais, além de contar com uma enorme estrutura de alimentação e organização para melhor lhe acolher.

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do simultaneamente durante o final de semana do evento.

Feira Vocacional

Espaços

A Feira é um espaço para divulgar as vocações através dos trabalhos realizados pelos nossos seminaristas, congregações religiosas, movimentos e grupos, além de editoras que também expõe seus carismas e missões.

O ComVocação é dividido em vários espaços temáticos com diversas atividades específicas acontecen-

Espaço da Misericórdia Nos dois dias das 13h às 18h padres atenderão confissões, já o atendimento, aconselhamento e direção espiritual será realizado pela Comunidade Shalom.

Capela de Nossa Senhora Em virtude do Ano Nacional Mariano, as piedades populares marianas estarão muito presentes no evento. Para isso, contaremos com uma Capela de Nossa Senhora onde, durante os dois dias, das 13h às 18h, a Legião de Maria de nossa Diocese e o Terço dos Homens rezarão o Santo Rosário e o Ofício da Imaculada Conceição. Também estão previstas pequenas Procissões Marianas dentro do evento.

Missas O ComVocação dedica vários horários para que as pessoas possam participar da Eucaristia. Domingo às 10h, Missa no Ginásio presidida por Dom João Bosco e outras três às 14h, 16h e 18h, no mesmo local.

Espaço Vox Com a missão de oferecer um local de partilha e formação para 6

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BIO

2017 músicos católicos, como também um contato mais próximo com o público, o Vox promove workshops e pocket shows com expoentes da música católica que apresentam seus conhecimentos e histórias.

ComVocação Social O espaço Social é composto por atividades de cunho civil e de cidadania com orientações jurídicas nas áreas de previdência, trabalhista, do consumidor e da criança e do adolescente, através de parceria com a Comissão do Jovem Advogado da OAB/SP. Além disso, serão feitos alguns atendimentos de saúde e cortes de cabelo masculino e feminino. Nos dois dias serão realizadas arrecadação de alimentos destinados para obras sociais.

ComVocação Kids Os pais e responsáveis poderão ficar tranquilos para aproveitar o evento, a nossa Festa oferecerá um local para deixar as crianças se divertirem e rezarem, desde shows de mágicas, pinturas, desenhos e gincanas.

Extreme Porque ser radical é ser de Deus, é que o ComVocação vem proporcionando para os apaixonados e praticante de esportes radicais uma área de convívio e entretenimento, com pista para skate e patins, hip-hop e música eletrônica, além de muita oração.

Shows No Palco do ComVocação os grandes nomes da música católica louvam e rezam pelas vocações em nossa Igreja, além de ser o espaço para a adoração à Jesus Eucarístico na noite do domingo. ComVocação Press

Praça de Alimentação Com quase 30 barracas diferentes, várias paróquias de nossa Diocese oferecem nos dois dias do evento uma variedade de cardápio com comidas salgadas e doces, além de bebidas. Julho de 2017

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FORMAÇÃO PERMANENTE

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As Virtudes Evangélicas Nas próximas edições refletiremos sobre a importância das virtudes evangélicas, necessárias a todos nós, mas de modo especial, na vida dos seminaristas e presbíteros, que por amor a Deus consagraram a sua vida ao serviço da Santa Igreja e dos irmãos. A primeira virtude que apresentamos é a ‘Virtude da Pobreza’.

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Reino de Deus pertence aos pobres em espírito. Para o cristão, viver a pobreza é ser disponível para acolher a proposta do Evangelho. Quando, pois, se desapega das coisas do mundo, apega-se às coisas eternas. A pobreza de espírito expressa a liberdade do discípulo de Cristo ao amor, que na humildade reconhece a ação de Deus em sua vida e tem a feliz confiança na Providência Divina. Um dos aspectos a se seguir de Jesus, é a pobreza. Tanto a material quanto a espiritual. “Jesus ordena a seus discípulos que O prefiram a tudo e a todos e lhes propõem que ‘renunciem a todos os bens’ por causa dele e do Evangelho. O preceito do desprendimento das riquezas é obrigatório para se entrar no Reino dos céus.” Isso fica mais claramente revelado quando, pois, Ele narra as Bem-Aventuranças, revelando a pobreza como um dos critérios para alcançar lugar junto do Pai: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.” Mas Cristo não ordenou apenas como agir ou como fazer diante dos problemas, mas Ele próprio deu o exemplo “Jesus começou a fazer e a ensinar.” Seus ensinamentos vêm desde cedo, quando “Jesus nasceu na humildade de um estábulo, em uma família pobre; as primeiras testemunhas do evento são simples pastores. É nesta pobreza que se manifesta a glória do céu”. Por causa disso, o sacerdote tem de passar por esta condição para se aproximar mais ainda da vida do seu Mestre. Abraçar essa pobreza passa a ser um abraçar o próprio Cristo com maior proximidade, entendendo seus sofrimentos e o motivo real de ter vindo ao mundo. Mas, infelizmente no mundo atual, as finanças e o dinheiro transformaramse em algo que as pessoas usam para fa-

zer tudo. Foi esquecida a prioridade de ser alguém nesta vida e garantir a salvação, mas preferiu-se o ter, gastar e possuir o máximo possível. Alguns pontos são importantes para conseguir viver esta pobreza pelo Senhor: não possuir coisas supérfluas, devida uma grande confiança em Deus; não preocupar-se excessivamente com o futuro, mas com o agora, e, com isso, buscar a salvação hoje e não deixar para amanhã; não reclamar da falta de algo necessário, mas em tudo agradecer ao Senhor como diz São Paulo; e, por fim, amar tudo aquilo que surja devido à pobreza. Um dos maiores exemplos dessa vida desprendida é São Francisco de Assis. Conta-se em uma de suas conversas com Deus, ter ouvido do Senhor que “Todas as coisas que os teus sentidos amaram e desejaram é preciso que os desprezes e detestes se quiseres reconhecer a minha vontade.”

Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus - (Mt 5,3)

Imagem da Internet

Não nos queixarmos quando faltar o necessário Muitas vezes as pessoas se queixam da falta de determinados bens necessários, priorizando o supérfluo e muitas vezes não se dão conta, quanto mal isso faz para às suas vidas: a falta de alegria, de liberdade, de paz, de serenidade. As pessoas de hoje esqueceram o sentido dos pequenos sofrimentos, dos pequenos sacrifícios, do espírito de pobreza evangélica, pois tudo isso hoje em um mundo secularizado, tornou-se banal. A nossa sociedade é uma sociedade do imediatismo, que não sabe esperar, é uma sociedade hedonista, que busca o prazer próprio, e que assim procedendo não encontra sentido nos sacrifícios por amor a Deus e não enxerga as necessidades do próximo. Algumas pessoas de hoje são ingratas, pois não sabem agradecer o pouco que tem; vivem a vida inteira se lamentando daquilo que não possuem e que gostariam de possuir. Há uma cegueira na realidade de hoje em não conseguir olhar para o lado e enxergar que há muitas pessoas sofrendo coisas piores que nós. Precisamos ser curados desta cegueira e da ingratidão que nos impede de enxergar os sofrimentos do próximo e da gratidão que devemos ter para com Deus por aquilo que temos: vida, saúde, o alimento, um teto para morar, a nossa fé, etc.

Amar as consequências da pobreza Trazendo um pouco mais para o contexto do seminário, certamente, muitos de nós antes de entrarmos para 8

esta realidade tínhamos um trabalho formal, recebíamos um bom salário, éramos independentes, e hoje já não contamos com as mesmas coisas: a ajuda de custo é menor, somos dependentes dos outros, a família e os amigos estão mais distantes. Diante de tudo o que renunciamos e abraçamos, é preciso que se ponha o tempero do amor, só por amor conseguiremos abraçar a santa pobreza e vivê-la, e saber que ela se faz presente nas inconveniências da vida, e que a partir disto ela nos pede uma resposta. O presbítero que renunciou a tudo e se consagrou a Deus, deve se lembrar que mesmo não fazendo voto de pobreza (presbítero diocesano) ele é chamado a ter um coração desprendido e generoso, um coração preso aos bens não é um coração livre para amar e servir aos irmãos. Muitas vezes as condições da paróquia vão exigir mais modéstia e simplicidade; se o presbítero não trabalhou isso nos seus anos de seminarista, principalmente na pastoral, terá grandes dificuldades no seu ministério em oferecer a testemunho de comunhão e fraternidade.

Conclusão Por fim, quando pensamos no pobre, imaginamos aqueles que passam por necessidades materiais básicas. Mas a pior pobreza é uma vida que definha na oração e na vida sacramental. É importante, claro, dar uma atenção especial aos pobres e ter um coração agradecido, principalmente por tudo aquilo que surge a partir do confronto com a pobreza. A nossa vida não deve ser privada do encontro com os mais pobres, mas precisa ter a sua disponibilidade para cumprir os seus próprios deveres que ajudam na santificação de toda a Igreja. Porém, para que sejamos verdadeiramente um sinal vivo de Cristo santificador, é preciso desapegar-nos das riquezas do mundo e ter uma vida simples e humilde. Humildade essa que vem de um encontro pessoal com Cristo e que nos faz confiar na Divina Providência, sem demasiada preocupação com o futuro, mas reconhecendo que é Deus quem nos sustenta. Seminaristas: Juliano Pires (1º ano da Teologia), Marcos Letty (2º ano da Filosofia), Robison Fernandes (1º ano da Teologia) e Vitor Kano (2º ano da Filosofia) Julho de 2017


BIO

Cleiton Jorge é ordenado diácono para a diocese “Nossa vida é um presente de Deus e o que fazemos dela é o nosso presente para Ele” (Dom Bosco), lema escolhido pelo neo diácono Cleiton Jorge.

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igreja matriz da Paróquia São Lucas acolheu no dia 24 de junho de 2017 a celebração onde Cleiton Jorge Cordeiro Evangelista foi ordenado diácono pela imposição das mãos de Dom João Bosco Barbosa de Sousa – Bispo Diocesano. Testemunhou este momento tão significativo para a Igreja de Osasco, Dom Ercílio Turco – bispo emérito, os reitores do seminário e vários padres da diocese como outros convidados. O Sacramento da Ordem confere ao diácono eleito um sinal que não pode ser apagado, pois o configura ao Cristo servidor. Por conseguinte, o diácono se torna um “imitador” da vida de Jesus, prolongando no mundo o serviço iniciado por Ele. Nesse sentido, Dom João ressaltou na sua homilia que “o Diaconato é o ministério do serviço e por isso é preciso tomar consciência da necessidade e importância do próximo”. Um momento significativo e repleto de emoção na ordenação foi a imposição das mãos e a oração consecratória realizada pelo bispo. Nesta oração pede-se a Deus Pai que consagre o ordenando como diácono

e que envie sobre ele os dons do Espírito Santo para que ele possa exercer com fidelidade o ministério do serviço. Nela se apresenta o que se espera de um diácono: amor sincero, solicitude para com os pobres e os enfermos, autoridade discreta, simplicidade de coração e uma vida segundo o Espírito Santo. “Estou muito feliz e quero nesse ministério a mim confiado fazer jus ao lema que escolhi para essa ocasião, ‘Nossa vida é um presente de Deus e o que fazemos dela é o nosso presente para Ele’. Escolhi esse lema, na certeza de estar entregando a minha vida a Deus como forma de agradecimento. E quero dizer que vale a pena essa entrega, pois sendo a vida o bem mais precioso que temos, creio que seja o melhor presente que podemos dar a Ele. A todos que se fizeram presente seja fisicamente ou espiritualmente através da oração nesse dia tão especial em minha vida, meu muito obrigado. Que Maria mãe das vocações os cubra com o Manto Sagrado”, disse o novo diácono à equipe do BIO. Redação BIO

Encontro Diocesano de Acólitos

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o dia 25 de junho os Acólitos da Diocese de Osasco estiveram reunidos no Centro de Evangelização Beata Elena Guerra (Barueri). O encontro esteve voltado

para a importância da alegria em servir Nosso Senhor Jesus Cristo e ter o céu como meta a ser alcançada. Os jovens iniciaram o dia com um momento muito intenso de con-

Cicero Walter - Pascom São Lucas

sagração da vida e serviço deles à Virgem Maria. Em seguida, o diácono Luiz Roberto conversou sobre a importância de servirem a Deus com uma alegria interior, capaz de SAV

ser transmitida a todos que convivermos. Em continuidade a este tema, eles participaram de uma dinâmica, na qual receberam um pequeno papel com um número e deveriam encontrar outro jovem com o mesmo número. No final, perceberam que não haviam números repetidos, e foi concluída com a meditação da passagem bíblica sobre a preocupação do Bom Pastor com a ovelha perdida; relatando a importância de cada um ao serviço do altar e o modo como Deus ama todos individualmente (com seus vícios e virtudes), mas convida-os à santidade. Por fim, houve um momento de Adoração ao Santíssimo Sacramento e a Santa Missa presidida pelo Pe. Marcelo Fernandes (Assessor Diocesano dos Coroinhas e Acólitos) e a participação do diácono Luiz Roberto e alguns seminaristas. O padre enfatizou em sua homilia a necessidade de não fazer “média” com os demais, mas de assumir uma postura firme e verdadeira de cristãos, em qualquer ambiente que esteja. Ainda salientou a alegria de poder vivenciar um momento forte de oração como este, no qual reuniram-se mais de 500 jovens. Seminarista Vitor Mateus Kano

Julho de 2017

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ANO MARIANO

BIO

A Virgem Maria na infância de Jesus O nascimento de Jesus

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m Lc 2,1-20 é retratado o nascimento de Jesus em Belém. Maria “...envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na sala” (Lc 2,6-7). O prólogo de São João afirma que: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1,11). Deste modo, é possível estabelecer um paralelo entre os dois versículos e concluir que Jesus não faz parte dos ambientes considerados importantes pelo mundo. Maria Santíssima colocou o recém-nascido numa manjedoura (cf. Lc 2,7), deixando claro que Jesus nasceu num estábulo, ambiente inadequado para o nascimento de uma criança. São Pedro Julião Eymard relaciona o fato de Jesus ser colocado na manjedoura - local onde é colocado o alimento para os animais com a Eucaristia presença real de Jesus nas espécies sacramentais do Pão e do Vinho: “Vem de longe a revelação da Eucaristia feita por Jesus. É em Belém – ‘a morada do pão’ – Domus Panis – que nasce. É sobre a palha que repousa e esta parece sustentar na verdade a espiga do trigo verdadeiro.” Maria “deu à luz o seu filho primogênito” (Lc 2,7), Jesus

A Sagrada Família no templo

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evangelista afirma que Jesus é apresentado no templo em Jerusalém de acordo com a lei mosaica, isto é, a lei referida aos primogênitos (cf. Ex 13,1.11-16). Maria e José apresentam Jesus no templo ao Senhor com o intuito de cumprir plenamente a lei, oferecendo assim o filho para o serviço divino. Há o propósito de cumprir a obra salvífica prometida pelo Pai. Nessa cerimônia, há um sinal da redenção, em que Maria e José oferecem em redenção do primogênito, dois pombinhos - a oferta dos pobres. Imagem da Internet

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é aquele que antecede toda criatura, é o princípio e o fim de toda a nova criação. As primeiras testemunhas do nascimento de Jesus, exceto Maria e José, são os pastores (cf. Lc 2,8-9). Os pastores representam os pobres de Israel, isto é, os destinatários primeiros do amor de Deus. “Maria, contudo, conservava cuidadosamente todos esses acontecimentos e os meditava em seu coração” (Lc 2,19). Ela guarda essas coisas e as medita no seu coração como ponto que a iniciará na comunidade de fé pós-pascal, algo mais notável do que simplesmente comprovar que Maria documenta suas memórias, não é apenas uma fonte de recordações. Ela guardava a Palavra e empregava suas forças para compreendê-la profundamente. Maria é o modelo do discípulo que ouve com profundidade a Palavra e não superficialmente. Esse tema é retomado em Lc 2,51: “Sua mãe conservava a lembrança de todos esses fatos em seu coração.” Essa repetição conclui as narrações da infância como forma de evidenciar a continuidade do gesto de Maria na perseverança do trabalho da fé. Após o nascimento de Jesus, o evangelista salienta dois fatos, com a finalidade de destacar a obediência de seus pais. O primeiro corresponde à circuncisão e à atribuição do nome à criança oito dias após o nascimento, sendo que a identificação através do nome é a realização do pedido

Maria prenuncia a obra salvadora que Jesus realizará e inicia o oferecimento que se cumprirá totalmente na cruz. Ao cumprir o ritual da apresentação e purificação, José e Maria demonstram ser obedientes à lei. Maria representa os piedosos de Israel. Simeão pronuncia duas bênçãos diante da cena da apresentação do menino Jesus no templo. A primeira, o Nunc dimittis, é um louvor a Deus (cf. Lc 2,28ss). A segunda é uma benção dos pais do menino, lançada a Maria (cf. Lc 2,34). Esses dois cantos falam da salvação de Deus como algo já realizado. A revelação de uma espada que transpassa a alma de Maria relaciona-se ao difícil processo de aprendizado da obediência à Palavra de Deus, que ultrapassa inclusive os laços familiares. Maria sempre foi a serva obediente. O aprendizado estabelece um processo que não cessa. Todavia, esse processo não está livre de perigos e sofrimentos. Maria está unida a Jesus na missão a ele confiada pelo Pai. Há aspectos dolorosos nessa missão. O sofrimento é uma parte integrante e um sinal da missão, conforme nos anuncia os livros desde a Antiga Aliança. Jesus foi condenado como profeta, uma vez que sua Palavra foi rejeitada. É condição essencial do discípulo tomar a sua cruz diariamente, não apenas no momento da morte, mas durante toda a

vida terá que enfrentar a contradição do mundo devido à fidelidade à Palavra de Deus. Maria está associada a Jesus nesse sofrimento. Ela partilha a missão do seu Filho nas alegrias e nos sofrimentos, sendo fiel ao Pai. A fidelidade é a causa do sofrimento, quando o evangelista fala da espada. Maria é a única pessoa adulta que pertence aos Evangelhos da infância e reaparecerá no ministério público de Jesus. O evangelista Lucas não a vê como testemunha ocular dos fatos, mas como modelo do discipulado cristão. O relato da infância (Lc 1,38.45;2,19.51) descreve Maria repleta de humildade, aceitação e obediência. O discipulado completo não é possível, enquanto a Palavra de Deus não for proclamada na sua plenitude. Para o completo discipulado, além do ministério de Jesus, também se contempla a cruz e Ressurreição. Em Lc 2,25 é dito a Maria que a sua alma será transpassada por uma espada; ela não será poupada da prova do discipulado. Maria e José são obedientes à prática cultual da festa da Páscoa, subindo a Jerusalém. Na volta para casa, Jesus fica para trás. Maria e José procuram por Jesus ansiosamente. Neste trecho podemos perceber as primeiras palavras de Jesus no Evangelho de Lucas. Repleto de sabedoria, Jesus fala da sua relação com o Pai. Entre-

Imagem da Internet

do anjo feito a Maria (Lc 2,21). O segundo é a apresentação do menino Jesus no templo, ocasião em que seus pais se purificam, evidenciando o fato de José e Maria estarem cumprindo a lei de Moisés (Lc 2,22). tanto Maria e José não entendem sua fala, mesmo com as revelações da identidade de Jesus apresentadas à Maria doze anos antes. Em Lc 2,48, Maria reclama: “Filho, por que nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos.” Jesus responde: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?” (Lc 2,49). Jesus se compadece dos pais por o terem conhecido tão pouco. Há uma distância entre Jesus e seus pais terrestres, em favor da relação que ele tem com o Pai dos céus. Maria compreende o significado da profecia de Simeão proferida doze anos antes: “Uma espada te atravessará a alma” (Lc 2,35). Ela entende que a relação de Jesus com o Pai está acima dos vínculos familiares. “Sua mãe conservou todas essas coisas no seu coração” (Lc 2,51). A completa aceitação da Palavra, a completa compreensão do ser de Jesus e o completo discipulado ainda não são plenamente possíveis, apenas serão após o ministério de Jesus, passando pela cruz e Ressurreição. Maria conservou o que ainda não tinha entendido em seu coração. Sejamos verdadeiros discípulos de Jesus, como nos ensina Nossa Senhora. Pe. Luiz Rogério Gemi Vigário Paroquial da Cat. Sto Antônio Julho de 2017


PAPA

BIO

Uma obra de misericórdia não é fazer algo para descarregar a consciência “O Senhor sofreu a inconveniência por nós: foi para a cruz” (Papa Francisco)

A

s “obras de misericórdia não sejam um dar esmolas para descarregar a consciência, mas um participar do sofrimento dos outros, mesmo a seu próprio risco e deixando-se incomodar.” Foi o que disse o Papa na missa desta manhã de segunda-feira na Casa Santa Marta. O ponto de partida da homilia do Papa Francisco foi a primeira leitura do Livro de Tobias. Os hebreus foram deportados para a Assíria: um homem justo, chamado Tobit, ajuda compatriotas pobres e - com o risco da própria vida - secretamente enterra os hebreus que são mortos impunemente. Tobit fica triste diante do sofrimento dos outros. Daqui a reflexão sobre 14 obras de misericórdia corporais e espirituais. “Realizá-las” - explica Francisco – “não significa somente compartilhar o que se tem, mas compadecer”:

Isto é, sofrer com quem sofre. Uma obra de misericórdia não é fazer algo para descarregar a consciência: uma boa ação, assim estou mais tranquilo, tiro um peso das costas... Não! É também sofrer a dor dos outros. Compartilhar e compadecer: caminham juntos. É misericordioso aquele que sabe compartilhar e também se compa-

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decer os problemas de outras pessoas. E aqui a pergunta: ‘Eu sei compartilhar? Eu sou generoso? Eu sou generosa? Mas também, quando vejo uma pessoa que está sofrendo, que está em dificuldade, também eu sofro? Sei colocar-me nos sapatos dos outros? Na situação de sofrimento?’". Aos judeus era proibido enterrar seus compatriotas: eles mesmos poderiam ser mortos. Então Tobit corria perigo. “Realizar obras de misericórdia” - disse o Papa – “não significa apenas partilhar e ter compaixão, mas também arriscar”:

Mas, muitas vezes se corre o risco. Pensemos aqui, em Roma. Em plena guerra: quantos se arriscaram, começando por Pio XII, para esconder os hebreus, para que não fossem mortos, para que não fossem deportados. Eles arriscaram a sua pele! Mas era uma obra de misericórdia, salvar a vida daquelas pessoas! Arriscar".

zado por outros - como aconteceu com Tobias - porque é considerada uma pessoa que faz coisas loucas, em vez de estar tranquilo. E é alguém que se incomoda:

Fazer obras de misericórdia é desconfortável. ‘Mas, eu tenho um amigo, um amigo doente, gostaria de visitá-lo, mas não tenho vontade prefiro descansar ou assistir TV tranquilo’. Fazer obras de misericórdia é sempre desconfortável. É inconveniente. Mas o Senhor sofreu a inconveniência por nós: foi para a cruz. Para nos dar misericórdia”.

Quem “é capaz de fazer uma obra de misericórdia” - disse o Papa - é “porque sabe que ele recebeu misericórdia antes; que foi o Senhor a conceder misericórdia a ele. E se nós fazemos essas coisas, é porque o Senhor teve misericórdia de nós. E pensemos aos nossos pecados, aos nossos erros e a como o Senhor nos perdoou; perdoou-nos tudo, teve esta misericórdia” e “nós façamos o mesmo com os nossos irmãos”. “As obras de misericórdia - concluiu Francisco - são as que tiram você do egoísmo e nos fazem imitar Jesus mais de perto”. Papa Francisco Casa Santa Marta - 05/06/2017 Fonte: http://br.radiovaticana.va Imagem da Internet

O Papa Francisco enfatiza dois outros aspectos. Quem faz obras de misericórdia pode ser ridiculari-

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PROGRAME-SE

BIO

Agenda Diocesana 22/07 • 7h às 16h - Encontro Diocesano da Pastoral da Saúde Mariápolis 22/07 e 23/07 • Jornada Missionária Catequética nas paróquias de Itapevi 23/07 • Encerramento da Jornada Missionária Catequética 08h – Concentração Praça XVIII de fevereiro, Centro, Itapevi - SP 10h – Missa Diocesana de encerramento Ginásio de Esportes do “Complexo Desportivo Educacional João Salvarani”, Itapevi - SP 25/07 • Festa de São Tiago Apóstolo 29/07 • 08h às 17h – Pastoral da Pessoa com Deficiência – Curso de Acessibilidade – Escola Nidelse Martins de Almeida - Carapicuíba 04/08 • Memória de São João Maria Vianney – Patrono dos Sacerdotes 06/08 • Festa da Transfiguração do Senhor • Escola Catequética nas Regiões Pastorais 05/08 • Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior 14h – Missão da Pastoral Afro Brasileira na Região Cotia 14h – Hora Santa pelas vocações sacerdotais e santificação do clero – Apostolado da Oração – Região São Roque Igreja Matriz São Roque São Roque - SP

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Espaço Catedral está situado na região de Osasco ao lado da belíssima Catedral Santo Antônio. De fácil acesso, o espaço é ideal para realização de festas sociais, como casamentos e festas de debutantes, além de eventos corporativos e confraternizações. Com instalações remodeladas e modernizadas, o espaço oferece um ambiente acolhedor, elegante e seguro para realização do seu evento. • O espaço é composto por dois salões com capacidade para até 350 pessoas; • Mobiliário disponível: 30 mesas redondas de madeira com capacidade para até 10 pessoas, 24 mesas redondas de madeira com capacidade para até 6 pessoas, 180 cadeiras de ferro branca, 200 cadeiras de plástico branca; • Som, iluminação, telão e DJ; 12

• Sala VIP; • Ar condicionado; • Cozinhas equipadas com freezers, geladeiras, fogão industrial, forno a gás, exaustores, pias com cubas e bancadas de apoio; • Toaletes femininos e masculinos, toaletes para portador de necessidades especiais e trocador de bebês; • 01 segurança e 01 auxiliar de limpeza; • Estacionamento privativo. Maiores informações com Sr. Luís Maria, pelos telefones (11) 3607-1224 e (11) 99796-8102 (WhatsApp). contato@espacocatedral.com.br www.espacocatedral.com.br

10/08 • Festa de São Lourenço – Diácono 13/08 • Dia dos Pais 13 a 19/08 • Semana Nacional da Família 19/08 e 20/08 • 14º ComVocação – Festa em prol das Vocações Arena Concha Acústica da Fito – Osasco - SP 20/08 • Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

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