Bio agosto 2017

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Agosto de 2017 | Ano XXVIII

www.diocesedeosasco.com.br

No 244

Semana Catequética Diocesana completa 25 anos PÁG. 06

PALAVRA DO BISPO

VOCAÇÃO

Vocação paterna: confiança em tempos de tribulações

PÁG. 09

FORMAÇÃO PERMANENTE

Coroinhas e Acólitos: vocação e serviço ao altar

Ide, dois a dois, e pregai! PÁG. 03

PÁG. 08

A Assunção da Virgem Maria PÁG. 10


EDITORIAL

BIO

Caro leitor...

O

mês vocacional é um momento forte de refletir sobre o dom da nossa vocação. É um convite para ouvir, discernir e encaminhar os direcionamentos que Deus apresenta à nossa vida. Ouvir: como é difícil ouvir quando estamos emaranhados aos burburinhos e vozes aceleradas do dia a dia que impedem de sabermos ao certo qual o objetivo principal do nosso projeto de vida. Ficamos confusos como Elias que procurava a voz de Deus no vento, no terremoto, no fogo, porém, Deus se manifestava na brisa suave (conf.: 1Rs 19, 9ss). Essa postura de recolhimento e busca na serenidade a escuta atenta da Palavra de Deus favorece a descoberta do sentido da nossa existência. Discernir: quanto é difícil meditar! Pois bem, discernir é uma atitude reflexiva, que ao contrário de ficar estático é um ato que nos lança na direção daquele sentido que Deus revelou na sua Palavra. Trata-se de uma abertura da vida à manifestação do Espírito Santo que orienta e recomenda as estratégias e os meios para atingir o propósito assumido. Encaminhar: muitas são as dúvidas no que fazer, como agir e concluir nossas metas. Encaminhar é a expressão dos fatos concretos adotados pela escuta e discernimento que vamos construindo no decorrer da nossa história de vida. Permite visualizarmos a nossa própria vida naquilo que edificamos, nas pessoas que ajudamos e na experiência com Deus. Dar sentido à vida é celebrar o dom da nossa vocação. Vocação é essa oblação generosa que nos responsabiliza de transformarmos a realidade no servir ao próximo como realização da missão que nos foi confiada. Pe. Henrique Souza da Silva Assessor Eclesiástico do BIO

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Instalação da Paróquia São Judas Tadeu A diocese está em festa pela instalação da Paróquia São Judas Tadeu da Região Santo Antônio, no dia 8 de julho. PASCOM Diocesana

P

ara celebrar a instalação, o bispo diocesano de Osasco, Dom João Bosco Barbosa de Sousa, presidiu a missa solene e conduziu a posse canônica do primeiro pároco, Padre Paulo Rogério Silva Couto. Também prestigiou a celebração Dom Ercílio Turco – bispo emérito, Pe. Rodrigo Pereira representante dos presbíteros na Região Santo An-

tônio, os reitores do Seminário São José, Pe. Vagner Moraes, Pe. Henrique Silva e Pe. Marcelo Fernandes, e Diácono Ricardo Rodrigues. A celebração aconteceu na Igreja Nossa Senhora do Carmo no Jardim Educandário/SP, onde o povo de Deus se reuniu para agradecer por este acontecimento na história da comunidade paroquial.

No início da missa Pe. Rodrigo fez a leitura do decreto de instalação que eleva a Área Pastoral à Paróquia São Judas Tadeu. Posteriormente, deu leitura à portaria de nomeação do primeiro pároco. Na sua homilia D. João exortou a assembleia dizendo que “devemos ser uma igreja em saída, cumprindo o mandato de Jesus: ide e anunciai o Evangelho a toda criatura”. Dando sequência ao rito celebrativo, Padre Paulo fez a renovação das promessas sacerdotais, recebendo em seguida os sinais que lhe serão úteis na administração dos sacramentos. Ao final da missa o padre dirigiu algumas palavras de agradecimento aos presentes, em especial aos fiéis que junto com ele prepararam este momento. “Grandes coisas fez o Senhor em nosso favor, Ele quis reunir seu povo para seu louvor, e para ser essa bonita porção do povo de Deus”. Setor de Comunicação da Cúria

PASCOM Diocesana

Boletim Informativo de Osasco Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFM Assessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJS Secretária Executiva: Meire Elaine de Souza Revisão: Walkyria Aparecida do Rosário Supervisão: Diácono Ricardo Rodrigues Colaboração: Pe. Luiz Rogério Gemi, Comissão Diocesana Bíblico-Cateqética, Sem. Rodrigo Sousa Carvalho, Sem. Leonardo Silva, Sem. Matheus Godoy, Sem. Henrique Galdino, Sem. Victor Borejo, Bruna Aparecida Rocha, Antônio Moraes, Wilson Chagas, Daniela Nanni

E-mail: bio@diocesedeosasco.com.br Diagramação: Bruna Aparecida Rocha Tiragem: 13.000 exemplares Impressão: Jornal Última Hora do ABC: (11) 4226-7272 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Cúria Diocesana de Osasco Rua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SP Tel: (11) 3683-4522 | (11) 3683-5005 Site: www.diocesedeosasco.com.br Agosto de 2017


PALAVRA DO BISPO

BIO Imagem da Internet

Ide, dois a dois, e pregai!

O

mês de julho, na Diocese de Osasco, foi marcado por duas belas experiências missionárias. Uma, na Paróquia de São Francisco de Paula, em Alumínio, e outra nas cinco paróquias de Itapevi. Estive presente nas duas e pude constatar a alegria geral estampada nos rostos cansados, pés doloridos, histórias e testemunhos fantásticos. “Deus mostrou sua misericórdia, nós experimentamos o seu amor” – disse-me um senhor bem idoso, que me lembrou o velho Simeão. Ele parecia ter esperado por tanto tempo, que seus olhos pareciam dizer “posso agora ir em paz, meus olhos viram vossa salvação”. Na contramão de tanta alegria missionária, tivemos que desfazer os planos de ir à Missão na África neste semestre: apesar do esforço e da motivação da equipe missionária, parte da diocese não abraçou a Missão, a Campanha Missionária em favor de Pemba, de longe, não foi suficiente. Não vamos. Não temos ainda esse coração generoso capaz de repartir com uma diocese Irmã os nossos recursos. Por que razão não houve esse esforço em corresponder ao chamado missionário? Por que não conseguimos formar uma equipe disposta a partir?

Aparecida, dez anos depois Devemos nos perguntar por que mais da metade das nossas paróquias nem respondeu à Campanha, ou respondeu de forma irrisória. Diante do chamado missionário da Igreja, tão claro, desde a Conferência de Aparecida, levado ao mundo pelo Papa Francisco através da Evangelii Gaudium, por que ainda estamos inseguros para dar um passo missionário mais ousado? De onde brota o apelo de sermos Igreja em saída missionária, que ainda não somos? Vamos recordar o caminho feito: a Conferência de Aparecida aconteceu há 10 anos. Foi uma revisão completa da vida cristã na América Latina, desde as afirmações ousadas de Medellín, e a opção pelos excluídos, passando por Puebla, com uma definição mais clara do papel da Igreja perante uma sociedade injusta e desigual, chegando a

Santo Domingo, a conferência que reforçou as pastorais e atuação do Laicato, até chegar em Aparecida, com a consciência de que a Igreja deveria abandonar as estruturas que não evangelizam e se tornar completamente missionária. A Missão Continental foi o grande apelo da Conferência de Aparecida. O que aconteceu nestes dez anos, de 2007 a 2017? A Nossa Igreja latino-americana continuou o caminho aberto pelas conferências anteriores? Ou rompeu com esse passado, iniciando uma nova caminhada, mais interna, mais comedida, menos corajosa? Seria a mesma Igreja daqueles anos da fé e política, dos direitos humanos, do compromisso com os pobres? Ou uma nova Igreja menos ligada nas questões sociais e mais preocupada com sua imagem, com a autodefesa e preservação da doutrina? CDM/Santuário Nacional

Na foto Papa Francisco, em sua viagem à África em 2015, visita a República Centroafricana, levando sua mensagem de paz de esperança em meio ao conflito entre muçulmanos e cristãos.

De Bento a Francisco No interior desses 10 anos está o pontificado do Papa Bento XVI e o do Papa Francisco. O Papa, mesmo com toda a sua reconhecida autoridade, não determina os caminhos da Igreja, antes ele recolhe o sentir de toda a Igreja, dá respostas aos anseios, impulsiona, a seu modo os caminhos que respondem às necessidades do tempo presente. Com Bento XVI a Igreja, conduzida pelo Espírito Santo, sem dúvida, teve de defender-se e purificar-se passando por situações muito difíceis, que exigiam que ela voltasse para dentro de si mesma. Com Francisco, a Igreja da

América Latina, aquela que abraçou a Missão Continental, foi levada ao mundo inteiro. Sem negar a importância do pontificado de Bento XVI, Francisco abriu as portas para a Igreja missionária, em saída, Igreja pobre para os pobres, corajosa, pouco preocupada com sua própria defesa, mas muito misericordiosa, ocupada em anunciar Jesus Cristo ao mundo, que carece de luz e alegria. Missão, ė a palavra de ordem de Francisco. Com Francisco, podemos ver melhor que o caminho missionário aberto por Aparecida continua aberto e cresce como obrigação de todos nós.

Voltando à nossa missão na África Por que ainda não temos, como diocese, um coração missionário? Devemos fazer ainda essa avaliação. Talvez devamos reconhecer que ainda somos mais de Bento do que de Francisco. Comuniquei a Dom Luiz Fernando que os valores arrecadados na Campanha Missionária serão todos colocados à disposição da Diocese de Pemba. Ele se mostrou compreensivo e disposto a nos encontrar em sua viagem ao Brasil no próximo mês. Esperanças não faltam. Depois da experiência alegre de Alumínio e Itapevi, dois seminaristas se apresentaram para fazer o curso do Centro Cultural Missionário, com intenção de abraçar a vida Missionária assim que houver oportunidade. É uma fresta de luz e de alegria, que ilumina a próxima geração dos presbíteros. Rezemos para que sua fé não desfaleça e que confirmem outros irmãos. A esperança não morre. Continuemos em nossa Campanha que não será de ajudar a diocese de Pemba, mas de receber de lá as lições necessárias que nos ajudem a sermos mais Igreja de hoje. O Congresso de Aparecida (2007) reuniu bispos da América Latina e Caribe para discutir a situação atual da Igreja Católica Agosto de 2017

Dom João Bosco, ofm Bispo Diocesano de Osasco 3


TESTEMUNHO DE FÉ

BIO

Sob a luz do Evangelho

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Pastoral da Sobriedade propõe mudança de vida aos dependentes do álcool, fumo e drogas

einserir na sociedade os cidadãos excluídos é o que propõe a Pastoral da Sobriedade, que está instalada em 08 paróquias da Diocese de Osasco. Em conjunto com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), uma série de atividades é proposta para combater o alcoolismo, o tabagismo e o uso de drogas. Responsável pela Pastoral da Sobriedade a nível diocesano, Padre Luiz Antônio Sochiarelli – da Paróquia São Francisco de Assis, de Jandira – apoia o propósito, que segue 12 passos concretos: admitir, confiar, entregar, arrepender-se, confessar, renascer, reparar, professar a fé, orar/vigiar, servir, celebrar e festejar. Esses preceitos são vivenciados periódica e ciclicamente, em cumprimento à primeira missão da Igreja: a evangelização. Seguindo a pedagogia de Jesus Cristo A Pastoral da Sobriedade atua na recuperação de pessoas que desejam deixar o vício – dependentes ou co-dependentes - comprometendo-se com Jesus Cristo a ser sóbrio, por meio do “voto”. É uma ação concreta da Igreja Católica, que não apenas resgata os usuários, mas também acolhe, acompanha, conscientiza e tenta reinserir o dependente químico na vida familiar e na sociedade, propondo uma mudança profunda no modo de vida, sob a luz do Evangelho. Para tanto, a Pastoral da Sobriedade da Paróquia Santa Cruz de Barueri busca constante apoio e integração entre as demais pastorais e movimentos da Igreja, mas também com associações antialcoólicas sem vínculo religioso. Seus agentes, ainda, buscam aperfeiçoamento de conhecimento por meio de palestras e apostilas disponíveis no site do Congresso de Dependência Arquivo pessoal

O tema Alcoolismo é abordado pela Pastoral da Sobriedade “Ao Encontro da Felicidade” em escolas de Barueri.

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Química (http://www.condeq.com.br), o primeiro evento totalmente online sobre o assunto no Brasil. Além de seguirem o calendário anual de atividades da CNBB, também realizam reuniões semanais. “Eu bebo socialmente, mas não sou alcoólatra”. Será? Todo o trabalho realizado pela Pastoral da Sobriedade da Paróquia Santa Cruz é embasado em uma pesquisa de campo que foi realizada - em fevereiro de 2017 - na Escola Estadual Deputado Caio Prado, de Barueri. O evento de conscientização sobre drogas, tabagismo e alcoolismo foi ministrado para um público de 233 alunos e contou com 03 dias de palestras, 04 dias de panfletagem sobre o tema com a distribuição de, aproximadamente, 5000 flyers. Os agentes, que atuaram no evento, concluíram que muitas pessoas não consideram que o álcool seja prejudicial à saúde e cause dependência. A problemática do “beber socialmente” veio à tona com a percepção de famílias inteiras afetadas, por pais que ingerem bebidas alcoólicas, resultando em filhos co-dependentes, adolescentes carentes que se fecham em seu mundo por vergonha e para não se exporem. Estatisticamente, poucos se declaram vivenciando o problema e muitos demonstram a insatisfação de um ambiente familiar desestruturado. E é justamente nessa conscientização que a Pastoral atua fortemente, uma vez que o primeiro passo para a recuperação é admitir e aceitar a debilidade e fragilidade individual, entregando toda a sua vontade e a sua vida aos cuidados de Deus. Testemunho: da exclusão ao resgate da fé A luta contra os vícios é diária e contínua, mas vários casos de sucesso já passaram pelas Pastoral da Sobriedade. E é por meio dos testemunhos - que relatam a recuperação de ex-dependentes, como estão sua sobriedade e a perseverança no propósito que inspiram novos ingressantes a experimentarem o amor e a piedade de Deus em suas vidas. Naildo é um desses casos de sucesso. Mais conhecido como Nascimento, tem 46 anos é casado há 28. Durante 14 anos, acreditou que viver a vida de casado era permanecer com os mesmos hábitos negativos que alguns solteiros experimentam, com direito a festas, bebidas e falta de comprometimento com a família. A bebida, na verdade, só fez seus problemas aumentarem e quando se deu conta, já estava dependente do álcool. “Cheguei ao ponto de beber 2 litros de pinga por dia, sendo que 1 litro era apenas para deixar de tremer e o outro era para satisfazer o vício. Perdi bons empregos, amigos e os familiares se afastaram, pois sabiam que eu era uma bomba em potencial. Mas minha esposa, católica fervorosa, sempre acreditou que eu poderia retomar a minha vida e valorizar as coisas de Deus”, relatou Nascimento. Certa vez, já alcoolizado, sua esposa o convidou para uma reunião na Paróquia São Francisco de Assis, em Jandira. Mesmo não sabendo do que se

tratava, resolveu lhe acompanhar deparando-se com o trabalho da Pastoral da Sobriedade. “No início, não queria prestar atenção e tentei de todas as maneiras desviar meus pensamentos, pois achava que eu não precisava daquilo e que ali não era o meu lugar. O álcool me fazia sentir superior, mesmo estando deteriorado física e moralmente”, comentou. “Senhor, ninguém acredita em mim, hoje sou uma pessoa totalmente invisível, sou doente, preciso de ajuda. Não quero viver desse jeito, não quero ser apenas mais um bêbado, não sirvo para nada e todos me evitam. Mas se para o Senhor, eu ainda puder ser útil, eisme aqui, faça a Tua vontade”, pensou Nascimento durante a reunião, entregando-se a Deus após ter dado o primeiro passo. Foi nesse momento que Nascimento entendeu que ele também fazia parte do povo de Deus e, por meio Dele, seria salvo e daria seu testemunho de fé. E foi assim, que desde 2003 não fez mais uso da bebida, reconquistou sua família, recebeu o sacramento do matrimônio, tornou-se Ministro da Palavra e assumiu alguns trabalhos na sua comunidade, fazendo parte do ECC (Encontro de Casais com Cristo) e EJC (Encontro de Jovens com Cristo). “Eu acredito que todos que queiram se livrar do vício ou que conheça alguém que tenha problemas com o alcoolismo ou com qualquer outro tipo de droga, podem receber ajuda da Pastoral da Sobriedade para livrar-se desse mal. Muitos não acreditam nisso, mas por experiência própria, o beber socialmente sempre termina com sofrimento e dor”, finalizou Nascimento. Para mais informações, entre em contato com a Pastoral da Sobriedade mais próxima de você: - Barueri: Paróquias Santa Cruz e Paróquia Mãe da Igreja; - Jandira: Paróquia Nossa Senhora de Fátima; - Itapevi: Paróquia São Judas Tadeu e Paróquia Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças; - Cotia: Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate e Paróquia Santo Antônio. Antônio Moraes Agente da Pastoral da Sobriedade da Paróquia Santa Cruz/Barueri-SP Agosto de 2017


IGREJA EM MISSÃO

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BIO

Igreja de Osasco realiza Semana Missionária em Alumínio

No primeiro dia, os missionários tiveram a alegria de ntre os dias 11 e 16 de julho, o seminário diocesano de Osas- participar da celebração Eucarística presidida pelo páco teve a alegria de realizar roco da Paróquia São Francisco de Paula - padre Eduuma semana missionária na cidade ardo Aparecido - em que os seminaristas foram aprede Alumínio- SP. Também, leigos de sentados e acolhidos pelos fiéis, em seguida, após a diversas paróquias nos dias 15 e 16 celebração, foram enviados e acolhidos pelas famílias ajudaram a concluir a missão. Foi um das respectivas comunidades que compõe a paróquia. tempo de profunda alegria marcado As visitas foram marcadas pela acolhida e simplicipela fraternidade e acolhida das fa- dade de cada família, a oração e a leitura do evangelho, mílias, que com simplicidade e gene- momentos muito significativos, pois demonstraram o rosidade ajudaram a fortalecer A Igreja nasce da missão e existe para a a vocação dos seminaristas de missão. Existe para os outros e precisa ir a nossa diocese. todos - (Evangelii Nuntiandi,14) Os dias de missão foram verdadeiramente uma escola de grande amor e a sede que o povo tem de Deus. Celebraamor e doação, pela qual o seminá- ção penitencial, um belo teatro retratando a experiência rio São José e as famílias da cidade da cidade de Alumínio durante a missão, momento de de Alumínio fizeram uma nova ex- oração e louvor os jovens das diversas comunidades, periência do amor de Deus e uma benção do Santíssimo Sacramento - conduzida pelo redescoberta da ação do Espírito diácono Ricardo Rodrigues - e a procissão luminosa Santo na Igreja, pois é Ele que nos com a imagem de seus padroeiros, um momento imimpulsiona a anunciar o Evangelho pactante tanto para os missionários como para os paa todo criatura, cumprindo-se as- roquianos; estas foram algumas das atividades da prosim o mandato de Jesus que diz: “Ide gramação da Semana Missionária Diocesana. O último dia da missão começou com a realização de por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). diversas oficinas; seguida pela celebração Eucarística, que

Jornada Missionária Catequética Irmã Maria Antônia, MJS

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pós uma profunda reflexão sobre Jesus Cristo, Maria Santíssima e Paulo, como exemplos de missionários, na Semana Catequética, que aconteceu entre os dias 17 a 21 de julho, foi proposta uma grande ação missionária: a Jornada Catequética. Deste modo, todos os Agosto de 2017

Pe. Miguel Angel durante homilia na Comunidade Jesus Bom Pastor

catequistas foram convidados a participar da Jornada Catequética, nos dias 22 e 23 de julho, na cidade de Itapevi. No sábado, dia 22 de julho, aconteceu a acolhida nas cinco paróquias da cidade de Itapevi, com um grande momento de confraternização e catequese de preparação para o envio às comunidades. Os catequistas visitaram as casas dos bairros próximos fazendo orações, pequenas catequeses, informando as atividades comunitárias e paroquiais.

Arquivo pessoal

Seminaristas visitando comércio na cidade de Alumínio - SP.

fora presidida pelo bispo diocesano Dom Frei João Bosco Barbosa de Sousa. Por fim, cabe nosso agradecimento a todos os seminaristas, agentes de pastorais e famílias acolhedoras de nossa diocese, que contribuíram para o bom desempenho dessa bela iniciativa missionária em Alumínio. Seminarista Rodrigo Sousa Carvalho 3º ano de Teologia

Tudo isso, teve como intuito reavivar a fé àqueles que não possuem vivência comunitária e fortalecer aos que já são membros ativos de comunidades. Ainda no mesmo dia houve a ‘Hora Santa’, simultaneamente em todas as capelas da cidade, recordando que além de Igreja missionária, também somos uma Igreja em comunhão. As atividades do primeiro dia de Jornada Catequética foram encerradas com um momento de convívio e partilha com as famílias acolhedoras. Muitos foram os catequistas que se sentiram tocados pelo espirito missionário, com a vivência dos desafios da missão e com a realidade das comunidades. “Em alguns momentos nos preocupamos com quais palavras iremos usar, mas, na hora certa somos guiados pelo Espírito Santo para dizer as palavras certas para as pessoas certas. ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’ (Mt 28,19), este pedido feito por Jesus aos apóstolos não poderia ser mais atual. Nossa sociedade vive uma crise de fé, levar a palavra de Deus vem se tornando difícil como foi possível perceber em nossa caminhada.” – relata Mariana Correa da Silva da Paróquia São Judas Tadeu em Itapevi. O domingo, dia 23 de julho, teve inicio com a concentração na Praça 18 de Fevereiro, às 8h00, e em seguida todos foram em procissão até o Ginásio Municipal de Itapevi onde foi celebrada, por nosso bispo Dom João Bosco Barbosa de Sousa, a Santa Missa de encerramento da ação missionária. Comissão Diocesana Bíblico-Catequética 5


IGREJA EM AÇÃO

BIO

Semana Catequética Dioc

A

s semanas catequéticas sempre foram momentos de união da Catequese em nossa Diocese de Osasco. Neste ano de 2017 chegamos à 25ª Semana Bíblico-Catequética. Em várias edições ela foi espaço para estudo de documentos da Igreja, momentos celebrativos e de profunda espiritualidade, pautadas pela diversidade de temas, mas sempre em conformidade com a necessidade primeira da evangelização e no olhar do que nos pede a Santa Igreja. Neste sentido, esperamos que 25ª Semana Bíblico-Catequética, não tenha sido incentivo, apenas, para a missão ocorrida na cidade de Itapevi nos dias 22 e 23 de julho, mas sim, motivação para a prática missionária que sempre marcou a Igreja de Osasco. Quando falamos de estudo de documentos não podemos esquecer-nos das várias reflexões proporcionadas pela Semana Catequética como: o sacramento do Crisma (2006), o Ano Catequético, que sob à luz da Conferência de Aparecida, estudou o Diretório Nacional de Catequese com o tema “Discípulos Missionários de Jesus Cristo” (2008), o estudo de cartas Paulinas com o lema “A

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2015 6

Caridade sustenta a comunidade” (2008), a Profissão de Fé tendo o Catecismo da Igreja Católica como principal material de apoio para os estudos (2012), a espiritualidade mariana (2016). Ainda no ano de 2014 quando a diocese comemorou 25 anos de instalação, os catequistas foram convidados ao crescimento na evangelização, a partir da reflexão bíblica “Irás onde eu enviar” Jr 1,7. Ainda, no contexto de evangelizar e viver as propostas da Santa Igreja, no ano passado, Ano Jubilar da Misericórdia, a Catequese concluiu a Semana Catequética com a peregrinação até a Catedral Santo Antônio. Um grande número de catequistas participou da caminhada penitencial até a Porta Santa da Catedral e da missa de encerramento, presidida pelo bispo diocesano Dom João Bosco Barbosa de Sousa. A catequese da Diocese de Osasco recorda com carinho e gratidão à Ir. Mary Donzellin e sua equipe pela contribuição nos primórdios deste trabalho de evangelização. Comissão Diocesana Bíblico-Catequétia

2015

Região Cotia

2016

Região São Roque

2012

Região São Roque

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BIO

cesana completa 25 anos "Não apenas ouvimos, mas saimos em missão." Fábio Teixeira Costa

"Ser catequista é estar pronto sempre" Adriana Aparecida de Moraes

“A 25ª Semana Bíblico-Catequética retratou o rosto da nossa diocese, pois não apenas ouvimos, mas saímos em missão. Com a graça de Deus tive a oportunidade de participar de muitas Semanas Catequéticas e cada uma delas me motivou ao aprofundamento no caminho da evangelização. Que Deus abençoe os nossos catequistas que assumem o chamado: ‘Ide e fazei discípulos de todas as nações’”.

“Ide para águas mais profundas! Atender a esse chamado me deu o privilégio de poder comemorar junto com a Diocese de Osasco os 25 anos de Semana Bíblico-Catequética. O coração bate forte, pois ser catequista é estar pronto sempre para seguir os passos do Mestre. Parabéns a todos os catequistas por doarem suas vidas em favor do Reino e que esta Semana Catequética possa nos haver alimentado com os exemplos de Jesus, Maria e Paulo, e revigore o ardor missionário no coração de cada um.”

Coordenador diocesano da catequese

Coordenadora diocesano da catequese

"Celebrar 25 anos da Semana Catequética é celebrar o chamado de Deus" Padre Daniel Vitor

"É bonito ver as pessoas dispostas a aprenderem" Luciane Terra de Oliveira

Assessor diocesano da Comissão Bíblico-Catequética

Coord. diocesano, 2007 a 2014

“A semana catequética já teve a contribuição de muitos sacerdotes, seminaristas, religiosos e religiosas, e leigos formados na faculdade de Teologia e, também de pessoas que se formaram na teologia pastoral de nossa diocese. Vale recordar o apoio e o carinho de Dom Francisco Manuel Vieira, primeiro bispo da Diocese de Osasco, e Dom Ercílio Turco que sempre motivaram a missão de nossos catequistas. Hoje somos gratos em contar com o entusiasmo do nosso atual bispo Dom Frei João Bosco, que convida a catequese para ser mais ousada na missão de levar com alegria o Evangelho, principalmente levar essa luz aos pequenos e indefesos. Desta forma, celebrar 25 anos da realização da Semana Catequética é celebrar o chamado de Deus que constantemente nos capacita a sermos seus discípulos e missionários”

“Semana Bíblico-Catequética 25 anos – vêm ao coração um sentimento de gratidão a Deus por tantas graças derramadas neste período em que a Pastoral Bíblico-Catequética proporciona a todos nós catequistas formação, encontro, evangelização e, principalmente, contato com o Cristo Palavra; nestes tempos em que precisamos sempre ser luz e sal! É bonito ver as pessoas dispostas a aprenderem seu verdadeiro papel na evangelização, ser catequista, buscando através dos temas atualizados, acompanhar a igreja; saindo em missão na realidade de tantos que desejam e anseiam pela Boa Nova. Parabéns a todos(as) catequistas que fazem a Semana Bíblico-Catequética acontecer. Que Maria Santíssima, Mãe da Evangelização, nos ensine sempre e cubra-nos com seu manto sagrado! Amém.”

"Uma pastoral em sintonia com as necessidades de seu povo" Ricardo Romanetti Coord. diocesano, 2007 a 2014

"Devo o meu discernimento a essas semanas catequéticas" Padre Rogério Lemos

“A Semana Catequética, anualmente, e os Congressos Catequéticos, a cada triênio, além de momentos formativos diocesanos para os catequistas, tornaram-se momentos celebrativos, inseridos na história da diocese, consciente da valorização e da necessidade de formação permanente de seus discípulos e missionários. As primeiras semanas realizadas em um único polo, a Catedral Santo Antônio, e posteriormente com a expansão da diocese, passaram a acontecer por região pastoral com temática unificada, para garantir maior abrangência. Uma pastoral Bíblico-Catequética engajada com os Planos Diocesano de Pastoral e em sintonia com as necessidades de seu povo."

“No ano de 1993 participei pela primeira vez da Semana Catequética em Vargem Grande Paulista, desde então comecei a participar ativamente das Semanas seguintes. No princípio como catequista, depois como seminarista e membro da equipe de coordenação diocesana e por fim, como assessor diocesano de Catequese. Devo o meu discernimento e o espírito de atuar a fé batismal a essas semanas organizadas pela pastoral catequética diocesana. Hoje ajudo como assessor, este ano não foi possível, mas estive em oração, e também celebrando os 25 anos de caminhada desta bonita ação pastoral de nossa diocese.”

Agosto de 2017

Paróquia Nossa Senhora Aparecida / Piratininga

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VOCAÇÃO

BIO

Coroinhas e Acólitos: vocação e serviço ao altar

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s Coroinhas e Acólitos prestam um serviço valioso à Igreja, ao Sacerdote e principalmente a Deus. São eles que possuem o privilégio de servir o próprio Jesus no altar, auxiliando o padre durante a Santa Missa ou em outras celebrações litúrgicas.

Origem Os Acólitos surgiram nos primórdios da Igreja, eram jovens vocacionados ao sacerdócio e instituídos pelo bispo para exercerem diversos ofícios na sagrada liturgia como parte de sua formação para a ordenação presbiteral. Mas devido à ausência desses jovens em muitas paróquias, a Igreja permitiu que crianças e jovens das comunidades também pudessem exercer esse ofício. SAV

A Pastoral dos Coroinhas e Acólitos é considerada pela Igreja como um celeiro de vocações, pois acaba se tornando a base para os futuros pais e o início de uma vida de oração e serviço para muitos religiosos e sacerdotes que já fizeram parte desse chamado. E pensando nisso que o SAV (Serviço de Animação Vocacional) da Diocese de Osasco, tem promovido encontros diocesanos para estimular as crianças e jovens a discernirem a sua vocação. No mês de junho deste ano ocorreu o Encontro Diocesano de Acólitos, no qual puderam refletir sobre a importância da alegria em servir Nosso Senhor Jesus Cristo e ter o céu como meta a ser alcançada, e contou com a presença de cerca de 500 jovens de todas as regiões pastorais da diocese. Em setembro ocorrerá o Encontro Diocesano de Coroinhas, onde será tratada a conscientização do valor do serviço que eles prestam a Igreja, e as demais informações serão divulgadas em breve pela equipe diocesana do SAV através dos meios de comunicação diocesana. Se você ainda não é um coroinha ou acólito, não perca mais tempo! Procure os coordenadores de sua paróquia e saiba quais são os critérios para participar. Os Coroinhas e Acólitos desempenham um serviço importante nas comunidades, mas não são insubstituíveis, pois o seu ofício consiste primeiramente em fazer com que Cristo apareça, Ele é e sempre será o sentido, o centro e a essência de toda a Fé Católica. Bruna Aparecida Rocha Aspirante MJS

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Padroeiros Imagem da Internet São Tarcísio foi mártir da Igreja, era coroinha do Papa Sisto II (257-258 d.C), em Roma, durante o período da perseguição aos cristãos. Na época muitos cristãos eram condenados a morrer por causa de sua fé em Jesus Cristo e nas prisões eles desejavam receber o conforto final da Santíssima Eucaristia. Em um dia o Papa queria levar a Eucaristia a um grupo que já estava condenado à morte, mas não sabia de que maneira. Então, Tarcísio pediu ao Pontífice que o deixasse tentar, pois não entregaria as hóstias consagradas a nenhum pagão. Entretanto, no caminho o identificaram e como se recusou a dizer o que levava, para proteger Jesus Eucarístico, foi apedrejado até à morte.

Santa Maria Goretti era de origem humilde e por ser a mais velha de sete filhos, cresceu cuidando de seus irmãos. Devido à precária condição financeira de sua família, eles tiveram que se mudar e passaram a residir na mesma propriedade de João Sereneli, ancião de sessenta anos de idade que tinha dois fiImagem da Internet lhos, Gaspar e Alexandre, este com dezoito anos de idade. Alexandre passou a assediar Maria, pois ela, mesmo sendo nova, era muito bonita, mas ela nunca correspondia aos seus gracejos. Até que no dia 05 de julho de 1902 ele perdeu a razão e tentou convencer Maria a entregar-se a ele e, diante da resistência da menina, o rapaz a golpeou violentamente com uma barra. Maria faleceu no dia seguinte. São Domingos Sávio morreu aos 15 anos, devido a sua saúde fragilizada, mas é um grande exemplo, pois ofertou cada dia de sua vida ao chamado à santidade. Ele dizia: “Antes morrer do que pecar”.

Imagem da Internet

Agosto de 2017


VOCAÇÃO

BIO

Vocação paterna: confiança em tempos de tribulações

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uando fui convidado a escrever este texto, eu estava participando de uma entrevista de emprego. No momento em que esperava uma resposta, após os testes realizados e a entrevista feita, estava numa sala fechada, sem ninguém por perto e na ansiedade de saber se havia passado ou não. Aproveitei e olhei meu celular que havia acabado de vibrar, sinalizando entrada de nova mensagem. Fiquei imaginando o que eu poderia escrever sobre o dia dos pais. Talvez frases prontas do tipo: “Todo pai é um herói” ou “Papai hoje é seu dia” ou “A exemplo de São José...”. Mas não adiantou. É impossível nos dias atuais imaginar uma figura paterna que, mesmo em meio às tribulações, não esteja consciente da sua missão e vocação. O Papa Francisco no parágrafo 55 da Exortação Apostólica Amoris Laetitia nos exorta: “Ao homem cabe um papel igualmente decisivo na vida da família, com particular referência à proteção e ao sustento da esposa e dos filhos”. Além disso, o Santo Padre alerta sobre a gravidade da falta da figura paterna: “A sua ausência pode ser física, afetiva, cognitiva e espiritual. Esta carência priva os filhos de um modelo adequado do comportamento paterno”. Quero aqui falar a você, pai, que ainda não entendeu sua missão. Não adianta achar que somente o seu trabalho será suficiente para prover o sustento de sua casa. Neste momento em minha vida, que me encontro desempregado, pude perceber de modo especial na vida

das minhas filhas que estar presente é o maior presente que podemos dar e receber. Pude perceber a alegria delas em passar mais tempo em casa e compartilhar alguns momentos, desde acordarem logo cedo e eu levá-las e buscá-las da escola até separar as brigas para que uma possa assistir aquele filme, que já vimos 8 vezes na semana, e convencer de que é a vez da irmã ver seu programa predileto. Conversar e ensinar que quando se está com fome não é hora de comer bolacha e sim coisas saudáveis, e ao sentarmos juntos na mesa, rezarmos e agradecer pelo alimento recebido. Enfim, é um tempo novo e, sobretudo, mesmo com a dificuldade atual, por em prática aquilo que pregamos e testemunharmos que “a nossa confiança está no nome do Senhor!” Pais, assumam com alegria sua missão. Não tenham medo, pois é o próprio Senhor quem nos sustentará, conforme canta o salmista (Salmo 53,6). E desta forma, poderemos ensinar aos nossos filhos que, mesmo na tempestade e mesmo que se agite o mar, devemos manter a fé e a esperança. A vocação paterna é uma missão dada a Deus a cada um de nós e Ele nos capacitará a todo tempo com sua Sabedoria, no educar e no sustentar de nossos filhos. Não desista desta missão tão linda, pois os que confiam no Senhor não se abalam! Rezemos: “Senhor, eu Te louvo e Te agradeço, porque sei que o Senhor cuida de nós.” Feliz Dia dos Pais com total confiança no Senhor!

Arquivo pessoal

Wilson Chagas Coordenador Diocesano da Pastoral Familiar. Casado com Ângela Cristina (Tina) e pai de Júlia e Mariana, 2 presentes de Deus em minha vida

Jornada Vocacional “O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus” - (São João Maria Vianney)

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Seminário Diocesano São José promoveu entre os dias 28/06 e 13/08 a Jornada Vocacional 2017, realizada em algumas paróquias da Diocese de Osasco, que contemplam seis regiões pastorais. A jornada é acompanhada pela Imagem e Relíquia de São João Maria Antônio Cruz

Agosto de 2017

Vianney - patrono dos padres, e contou com a participação dos seminaristas das três casas de formação: Propedêutico, Filosofia e Teologia. A missa de abertura da Jornada Vocacional aconteceu no dia 28 de junho na Paróquia São Francisco de Assis, na cidade de Carapicuíba, presidida pelo Pe. Marcelo Fernandes, e concelebrada pelos reitores, vice-reitores e o pároco Pe. Raimundo Nonato. “Lembre-se daquele dia em que Deus te fez dar aquele salto, para poder assim estar aqui hoje celebrando essa Eucaristia. Não é por ventura, nossa vocação não nasce por acaso, nasce por uma necessidade que Deus acredita que nós somos capazes de poder auxiliá-Lo, para que todos se sintam também parte nessa família”, exortou Pe. Henrique durante a homilia. Com grande entusiasmo, a Igreja de Osasco celebrou também durante a Jornada Vocacional, a Instituição dos Ministérios de sete seminaristas. Foram instituídos Leitores, os seminaristas do 3º Ano de Teologia: Jhonathan Barbosa Lyrio, Leonardo Loriato de Souza e Rodrigo Sousa Carvalho. No Ministério de Acólitos foram instituídos os seminaristas do 4º Ano de Teologia: Carlos Augusto de Andrade, Diego Medeiros,

Antônio Cruz

José Cosme de Lima e Thiago Jordão da Silva. Há vários anos o Seminário Diocesano São José tem organizado essa Jornada Vocacional, evidentemente com o objetivo de promover as vocações sacerdotais, visando despertar no coração dos jovens esta vocação. É um momento de alegria e convivência no qual os seminaristas, explicam ao povo de Deus o processo que fazem para ingressar no seminário, pedindo também a oração de todos e se comprometendo a rezar em suas casas de formação pelas intenções colocadas na urna anexa à Imagem e à Relíquia. Além de promover as vocações sacerdotais, a Jornada Vocacional visa divulgar o Evento Comvocação que esse ano irá acontecer nos dias 19 e 20 de agosto, na Arena Concha Acústica da Fito em Osasco. Seminarista Rodrigo Sousa Carvalho 3º Teologia 9


ANO MARIANO

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A Assunção da Virgem Maria Maria foi elevada em corpo e alma aos Céus

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início da vida de Maria é santificado por um ato divino e seu fim temporal-terreno também. A doutrina da Assunção de Maria está intimamente relacionada com a da Imaculada Conceição, embora tenha sido entendida mais rapidamente que a primeira. As duas têm sua origem e o término da graça redentora de Cristo. Logo se viu a figura da Igreja em Maria Elevada. Desde o século VI, no Oriente, e do século VII, no Ocidente, a festa da Assunção de Maria fora celebrada no dia 15 de agosto. A Assunção era aceita, mas não era uma doutrina de fé obrigatória, não fazia parte do depósito da revelação. No dia 1º de novembro de 1950, o Papa Pio XII define o Dogma da Assunção de Maria, impulsionado pelo Espírito Santo e pela Tradição da Igreja. Foi proclamado através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus. A Sagrada Escritura não afirma explicitamente sobre a Assunção da Virgem Maria, mas este privilégio está de acordo com as verdades nela ensinadas. Pio XII afirma que a Escritura aparece como “fundamento último” do dogma que fora revelado que “a Imaculada Mãe de Deus, Maria sempre virgem, após haver terminado o curso de sua vida terrestre, foi elevada (assunta) em corpo e alma à glória celeste.” Para a proclamação desse dogma, levou-se em conta Gn 3,15 – o texto escriturístico descreve a inimizade da mulher – defensora da vida – e a serpente – defensora

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Maria é Rainha, Mãe do Cristo, Rei do Universo

aria Santíssima também é vista como a Arca da Aliança e o Tabernáculo do Altíssimo. A ela também são aplicados os escritos da santidade e da inviolabilidade da Arca, tais como: Sl 131,8; Is 60,13. Maria também é vista como Rainha, Mãe do Cristo, Rei do Universo, os textos que tratam da Rainha posicionada ao lado do Rei também são dirigidos a ela, tal como: Sl 44,10-16. Em Lc 1,28, a Assunção de Maria é vista como o término e a coroação da graça plena de Maria, que o anjo a chamara de “cheia de graça”. A mulher vestida de Sol, de Ap 12,1 é a figura da Igreja triunfante, porém São João descreve-a como Maria glorificada. Em Ex 20,12 e Lv 19,3, o mandamento “Honra teu pai e tua mãe”, o Filho Jesus é exemplo de como honrar a mãe, por isso Jesus o faz através da Assunção. A Virgem Maria é a primeira discípula a ser assunta aos Céus, uma vez que é cheia da graça redentora de seu Filho Jesus Cristo e também é fi-

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da morte. A Nova Eva – Maria – unida ao Novo Adão – Jesus Cristo combate o inimigo e Cristo o vence. A Ressurreição de Jesus é prova da vitória. Do mesmo modo, o corpo da Virgem Maria unido ao seu Filho conclui-se pela glorificação de seu corpo virginal. A Assunção de Maria é a conclusão de sua vida integralmente consagrada a Deus e aos irmãos, em oposição ao pecado. Participou com o seu Filho no sofrimento e também na glória. Outros textos são utilizados para o entendimento do dogma, tais como: “Levanta-te, Senhor, vem à tua mansão, vem com a arca de teu poder” (Sl 131,8). A Arca da Aliança, local da presença de Deus, é vista pelos padres e teólogos da Igreja como imagem da Virgem Maria. No Antigo Testamento, a Arca da Aliança trazia as duas tábuas da Lei dadas por Deus a Moisés. A Arca da Aliança é vista como presença de Deus entre o seu povo. A presença de Deus é incorruptível, porque a Aliança de Deus para com Israel é eterna, imperecível. A Arca da Nova e Eterna Aliança de Deus com os homens, a Virgem Maria, onde abrigou o próprio Deus encarnado, também não conhece a corrupção, é glorificada. A Assunção da Virgem Maria é um dom da benevolência do Pai, é uma graça recebida e não um direito adquirido. A definição consta de que Maria, cumprindo o curso de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma ao Céu. No final do século XIX, surgiu na Igreja um movimento conhecido como “imortalista”, que reivindicava a definição do privilégio da imortalidade para Maria Santíssima, pois não deveria morrer por ter sido concebida Imaculada, uma vez que a morte é consequência do pecado. Todavia, a Tradição ensinava a morte

gura da Igreja. Ela indica o caminho para todos os cristãos serem integralmente libertos, nos precede no caminhar. Maria está profundamente relacionada à vitória de seu Filho sobre o pecado e a morte. Portanto, a vitória de Maria sobre a morte consiste na participação da glória dos ressuscitados. A Virgindade de Maria relaciona-se a sua profunda consagração a Deus, visando o estabelecimento do Reino. Jesus não teve um pai biológico terreno, portanto a carne de Jesus é toda de Maria. Com a Ressurreição, não seria conveniente que Jesus deixasse o corpo de Maria, do qual Ele tinha tomado sua carne, deteriorar-se com a morte, tendo ressuscitado sua carne. A Assunção de Maria mostra que a graça de Cristo não transforma apenas o espírito, mas que seus frutos são reconhecíveis naquilo que forma o ser humano. Ela é envolvida pela graça, é Templo da Santíssima Trindade. A obra salvífica de Jesus Cristo e a participação de Maria têm como objetivo a Igreja. A Virgem Maria, ressuscitada com Jesus, indica o caminho aos homens, que esperam o resgate de seus corpos, por graça e não por direito. A Constituição Apostólica não tem Maria como uma alma pertencente a um corpo de morte, mas como uma pessoa cuja corporeidade é integralmente assumida por Deus e assunta à glória celestial. Os que crêem na Assunção de Maria também professam a fé no fim escatológico a que são chamados, os batizados não estão presos num corpo

e ressurreição de Maria. O dogma não foi definido em nenhuma das duas direções, nem da imortalidade, nem da Ressurreição, mas do fato da Assunção aos Céus em corpo e alma, ao final de sua vida terrena.

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que é obstáculo para a íntima união com Deus. Na Ressurreição, a corporeidade é resgatada e transfigurada para o Absoluto de Deus. Isso já é plena realidade em Maria. Maria elevada aos Céus é imagem da Igreja, que é levada a nela inspirar-se. A consumação escatológica da Virgem Maria na dimensão da sua corporalidade humano-global está totalmente submetida à misericórdia divina, através da sua iniciativa de salvação. A confissão de fé em Deus que vive em comunhão com seus filhos consuma-se no discurso da Assunção de Maria, que é uma concretização do fortalecimento da confiança no amor de Deus que torna os seres humanos capazes de abrirem-se aos desígnios salvíficos escatológicos do Senhor. Maria apresenta-se como um sinal de esperança: da mesma forma que Deus agiu em Maria, Ele age nas pessoas que se abrem a sua misericórdia infinita. Pe. Luiz Rogério Gemi Vigário Paroquial da Catedral Santo Antônio Agosto de 2017


FORMAÇÃO PERMANENTE

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As Virtudes Evangélicas

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uando o assunto é castidade, muitas são as incertezas e dúvidas. São poucos que entendem seu verdadeiro significado e sua real dimensão. Em uma primeira análise, sabe-se que a vivência da castidade está em conformidade com o sexto Mandamento da Lei de Deus: “Não pecar contra a castidade”. Sendo assim, já fica claro que aquele que não vive a castidade descumpre diretamente um mandato divino. O termo castidade vem do vocábulo latino castus que significa puro. A propriedade da pureza é algo que o homem busca constantemente em seus feitos: desde a pureza de elementos químicos, como metais e pedras preciosas, até a pureza de raça, no campo da pecuária. Quanto mais puro maior o seu valor. Assim, a castidade indica a pureza do homem, que se conforma de maneira simples à vontade d´Aquele que o criou. Além disso, é a virtude que busca, valoriza e purifica o amor humano, de todo o egoísmo (amar-se acima de tudo). Santo Afonso Maria de Ligório nos ensina que “a castidade faz do homem um anjo”. Essa comparação é muito acertada, pois os anjos vivem isentos de todos os prazeres carnais, por não possuírem matéria. Logo, os seres angélicos são puros por natureza.

Os homens, que perderam a pureza original após a queda dos primeiros pais, a adquirem por virtude. Deste modo, a castidade não vai contra a natureza do homem. Ela não é um atentado às potências humanas, ou uma espécie de atitude “antinatural”, como muitos querem fazer acreditar. A castidade purifica de selvagem a humano e de humano a divino, elevando a natureza humana a um nível espiritual superior. Com isso, o homem se torna capaz de amar e de ser amado, seguindo o desejo de Nosso Senhor Jesus Cristo. O ser humano foi criado para o amor e somente um amor verdadeiro poderá satisfazer essa necessidade que há no seu interior.

Bem aventurado os puros - (Mt 5,8) Por conseguinte, não se pode individualizar a castidade apenas a grupos específicos, como se ela fosse uma virtude esperada apenas de padres, freiras e religiosos no geral. Todos aqueles que são casados, ou seja, os que receberam o Sacramento do Matrimônio validamente são chamados a uma vida casta. A castidade matrimonial consiste na vivência ordenada da sexualidade por parte do casal, o que inclui a abertura aos filhos, a não prática de atos solitários ou egoístas e a infidelidade. A castidade é o instrumento da expressão do amor conjugal e da procriação. Toda vez que o sexo é usado fora do contexto do matrimônio cristão, de qualquer forma que seja, peca-se contra a castidade. Assim sendo, o Catecismo da Igreja Católica adverte que a castidade há de se distinguir às pessoas de acordo com seus diferentes estados de vida: a virgindade ou o celibato consagrado, maneira eminente de se dedicar

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mais facilmente a Deus com um coração indiviso ou outras, dependendo do que determinar a lei moral, caso forem casados ou celibatários. As pessoas casadas são convidadas viver castidade conjugal; os outros praticam castidade na continência. Agora a nossa atenção estará voltada para aqueles que vivem a chamada castidade perfeita, ou continência, de acordo com as palavras do próprio Cristo: "Há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus" (cf. Mt 19,12). A Igreja sempre viu a vida celibatária como uma prefiguração do que será vivido por todos no Céu, após o Juízo Final. Deste modo, os celibatários devem ser sempre vistos como um sinal escatológico para todos os crentes, inclusive os que abraçaram o matrimônio. Na realidade do ministério ordenado, o vocacionado é chamado a abraçar em caráter definitivo o celibato a partir da Ordenação Diaconal. Nesse ínterim, vê-se claramente como o celibato é uma realidade intrinsecamente ligada ao sacerdócio católico. Seguindo o exemplo de Cristo, e considerando o bem da Igreja e do povo de Deus, o candidato ao ministério ordenado é chamado, desde as primícias de seu discernimento vocacional, a ordenar sua vida a uma castidade viril, sem afetações, já em vista do chamado que a Igreja poderá fazê-lo se considerar sua aptidão e retidão para o ministério ordenado. Aqui, constata-se como algumas linhas de pensamento, que se colocam contra o celibato sacerdotal, não estão em conformidade nem com a norma eclesiástica, e nem com o sentido teológico e espiritual que essa realidade configura na vida e ministério do Sacerdote. O vício contrário à virtude da castidade é a luxúria. Juntamente com a temperança, a castidade constitui uma das virtudes basilares da vida moral de um cristão. O Catecismo da Igreja Católica alerta, no parágrafo 2345, que a castidade além de ser uma virtude moral, é também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo, àquele que foi regenerado pela água do Batismo. Por isso é de suma importância para o cristão buscar sempre a castidade em sua vida e em suas relações interpessoais. Por fim, tendo consciência que muitas vezes os fiéis são tentados a ir contra a castidade e acabam por cair nos pecados ligados à luxúria: infidelidade, fornicação, masturbação, entre outros; a Igreja, como fiel dispensadora das graças de Deus, fornece sempre o remédio para esses males. Trata-se do Sacramento da Reconciliação, vivido de maneira honesta por parte do fiel, ou seja, tendo ele se arrependido dos atos cometidos e também da realidade da Direção Espiritual, que não possui o caráter de Sacramento, mas vai configurando a vida do cristão à vontade de seu mestre, Nosso Senhor Jesus Cristo. Seminaristas: Leonardo Silva (1º Teologia) Matheus Godoy (1º Teologia) Henrique Galdino (2ª Filosofia) Victor Borejo (2º Filosofia) 11 11


PROGRAME-SE

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Agenda Diocesana 26/08 • Capacitação de Agentes da Pastoral da Saúde - Região Barueri 14h - Paróquia N. Sra. de Fátima - Jandira 01/09 • Formação Diocesana da Pastoral da Acolhida 08h - Catedral Santo Antônio - Osasco • Encontro com profissionais da ajuda - Setor Pastorais Sociais 08h30 às 13h - CCI Anoscar / Vila Yara 03/09 • Missa Diocesana da Legião de Maria 15h – Catedral Santo Antônio - Osasco • Encontro Diocesano de Namorados 08h - Colégio Madre Iva - Cotia 07/09 • Dia de Oração pelo Brasil 08/09 • Festa da Natividade de Nossa Senhora 14/09 • Festa da Exaltação da Santa Cruz 16/09 • Formação do COMIDI 09h00 às 12h00 - Paróquia Nossa Senhora da Conceição / Km 18 - Osasco 17/09 • Escola Catequética nas Regiões Pastorais

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