Bio fevereiro 2017

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Fevereiro de 2017 | Ano XXVIII

No 238

Cultivar e guardar a Criação

PÁG. 04 IGREJA EM AÇÃO

VOCAÇÃO

FORMAÇÃO PERMANENTE

Semana Santa: expressão de fé na paixão de Cristo

PÁG. 06

ANO MARIANO

Nova Ratio: o que contribui para os presbíteros de hoje?

PÁG. 03

Como escolher o Diretor Espiritual?

PÁG. 08

Maternidade Divina de Maria revelada PÁG. 10


EDITORIAL

BIO

Caro leitor, ...

E

stamos iniciando mais um ano e toda equipe do BIO muito se alegra em proporcionar a utilização dessa ferramenta para a evangelização e divulgação de todas as nossas pastorais, movimentos e associações presentes nas paróquias da diocese. Sabemos o quanto tem sido útil a utilização do BIO nas diversas atividades e conselhos paroquiais de pastorais em cada uma das nossas comunidades. Queremos reiterar nosso carinho e atenção em poder atender aquilo que mais precisam nossos leitores. Diante disso, sempre será muito oportuno e positivo o envio para nosso setor de comunicação as opiniões, sugestões e contribuições para que possamos cada vez mais, aprimorar o conteúdo de nossas matérias e informações disponíveis no BIO. Desejo a todos muitas bênçãos e que esse ano mariano, em virtude dos trezentos anos da aparição da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida no rio Paraíba, venha cobrir-nos de graças e realizações. Salve Maria! Pe. Henrique Souza da Silva Assessor Eclesiástico do BIO

Peregrinação Diocesana da imagem de Nossa Senhora Aparecida

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Pascom Santa Teresinha

peregrinação da Região Bonfim acontece no período de 15/01 a 28/02/2017.

A acolhida aconteceu na Paróquia Nossa Senhora do Bonfim com a presença dos padres da região, permanecendo até o dia 17. Até o momento, a Imagem já passou pelas paróquias São José Operário, Nossa Senhora Aparecida/Vila Piauí, Nossa Senhora dos Remédios, Santo Antônio de Pádua, Santa Teresinha do Menino Jesus, Nossa Senhora Aparecida/Helena Maria e São João Batista. Próximas paróquias a receberem a peregrinação: • Paróquia Rosário de Fátima: 09 a 11/02; • Paróquia Cristo Rei: 12 a 15/02; • Paróquia São José: 16 a 19/02;

• Paróquia Santa Gema Galgani: 20 a 22/02; • Paróquia N. Sra. Aparecida (Piratininga): 23 a 28/02. Após a despedida, a Imagem segue para a Região Santo Antônio, onde ficará até o dia 06 de maio de 2017.

Em Pauta Nomeação dos Novos Párocos

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o dia 25 de dezembro de 2016, em comunicado oficial, Dom João Bosco Barbosa de Sousa e o Colégio de Consultores divulgaram as nomeações dos novos párocos para o início de 2017 (janeiro / fevereiro). Segundo o comunicado as transferências são benéficas para a vida das comunidades e dos próprios presbitérios. Confira abaixo as paróquias que receberam novos párocos:

Paróquia São Luís Gonzaga, de São Roque, criada em 2005 • Padre Emilson Aparecido Ferreira.Posse no dia 24 de janeiro às 19h30, na Igreja Matriz de São Luís

Gonzaga em São Roque/ SP.

Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Osasco, criada em 1953 • Padre Odair José Rodrigues. Posse no dia 27 de janeiro às 20h, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição no Km 18 – Osasco / SP. Na mesma data, apresentação do novo vigário paroquial: Padre Marcelo Fernandes de Lima.

Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Itapevi, criada em 2003

• Padre Fábio Rosário dos Santos. Posse no dia 08 de fevereiro às 20h, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Escada.

Paróquia São Judas Tadeu, de Itapevi, criada em 1952 • Padre Ely Rosa.Posse no dia 10 de fevereiro às 20h, na Igreja Matriz São Judas Tadeu.

• Padre Anderson Moacir Ramos. Posse no dia 28 de janeiro de 2017, às 19h, na Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida.

Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate, de Cotia, criada em 1713 • Padre Mauro Ferreira. Posse no dia 04 de fevereiro às 19h30, na Igreja Matriz Nossa Senhora do Monte Serrate.

Boletim Informativo de Osasco Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFM Assessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJS Secretária Executiva: Meire Elaine de Souza Revisão: Natália Paula Pereira e Walkyria Aparecida do Rosário Supervisão: Sem. Ricardo Rodrigues

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Paróquia Nossa Senhora da Escada, de Barueri, criada em 1984

Colaboração: Pe. Fernando Ribeiro, Pe. Carlos Eduardo S. Roque, Pe. Marcelo Fernandes de Lima, Pe. Ms. Rogério Lemos, Pe. Luiz Rogério Gemi, Frei Patrício Sciadini, ocd. E-mail: bio@diocesedeosasco.com.br Diagramação: Iago Andrade Vieira Tiragem: 13.000 exemplares Impressão: Jornal Última Hora do ABC: (11) 4226-7272

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Cúria Diocesana de Osasco Rua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SP Tel: (11) 3683-4522 Tel: (11) 3683-5005 Site: www.diocesedeosasco.com.br

Fevereiro de 2017


IGREJA EM AÇÃO

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O dom da vocação presbiteral

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Comunidade Shalom

A nova Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis

o dia 08 de dezembro de 2016 – Solenidade da Imaculada Conceição – a Congregação para o Clero promulga a nova “Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis” para auxiliar e orientar a formação dos presbíteros diante desse novo cenário histórico que estamos vivendo. Mas, afinal, o que é uma “Ratio Fundamentalis”? Trata-se de um documento elaborado pela Congregação para Clero – responsável pelos seminários e casas de formações – que apresenta instrumentos, métodos e orientações nos espaços formativos dos futuros presbíteros. Esse documento deve ser aprofundado e adaptado para cada uma das realidades das diversas conferências episcopais, que formularão diretórios e subsídios norteadores que cooperarão no campo da formação de padres.

1. Por que uma nova “Ratio Fundamentalis”? Vivemos uma etapa histórica de grandes marcas, a saber: crises de objetivos, valores fundamentais, critérios tidos sempre por solidez, sistemas e instituições de pessoas e de comportamentos. Isso se deve em boa parte à profundidade, universalidade e quase vertiginosa rapidez das mudanças em todos os âmbitos. Diante disso, a última Ratio Fundamentalis data de 1985, embora tivemos um Sínodo dos bispos que trabalhou especificamente a respeito da formação dos sacerdotes no ano de 1992 que teve como fruto a exortação apostólica pós-sinodal “Pastoris Dabo Vobis” (sobre a formação dos sacerdotes), somos ainda, acossados por um mundo de flashes, de novidades e de interesses contrapostos. Por isso, percebeu-se a necessidade de dar atenção aos desafios da nova evangelização e atualizar as orientações para a formação dos sacerdotes, tendo também em vista as contribuições do magistério do Papa Francisco. Fevereiro de 2017

2. Quais os pontos importantes desse novo texto? Conforme a entrevista dada pelo prefeito da congregação do Clero, o cardeal Beniamino Stella, sobre esse novo documento, podemos salientar que a nova Ratio Fundamentalis trouxe as contribuições e conteúdos de várias indicações produzidas na área da formação até o momento presente. Podemos destacar: • Reafirma a necessidade de uma formação integral relacionando os âmbitos da formação sacerdotal a saber: humano afetiva- comunitária, espiritual, intelectual e pastoral-missionária, através de um caminho pedagógico gradual e personalizado; • O acompanhamento inicial do discernimento vocacional: através de uma Pastoral Vocacional que favoreça um direcionamento de crianças, adolescentes e jovens; • Uma atenção especial na etapa de encontros vocacionais para cooperar em discernimento maduro e íntegro diante dos desafios do mundo de hoje no ingresso ao seminário; • Um caminho de formação integral bem orientado pelos bispos e formadores que possibilite cada vocacionado adquirir uma comprovada maturidade humana, espiritual e pastoral na globalidade do percurso formativo. Além disso, o texto traz três pontos de destaques: o acompanhamento personalizado, a importância da espiritualidade e um sério discernimento vocacional, tendo sempre em vista a construção de autêntico projeto de vida daquilo que se espera de um presbítero servo-pastor. Esse projeto de vida do vocacionado o ajuda no crescimento integral, colabora na formação de sua identidade e na maturidade de suas decisões. A fundamental importância do projeto de vida está próxima de Cristo Bom Pastor, que por sua vez

favorece a articulação nas diversas dimensões da formação e dá suporte humano e espiritual ao vocacionado.

3. O que contribui para os presbíteros de hoje? Se estamos em tempos de mudança ou mesmo mudança de época, a forma como devemos tratar a formação presbiteral deve ter um novo método. Para isso a nova “Ratio Fundamentalis”, surge como um meio de traçar os objetivos conforme estudos recentes e as orientações atuais da Igreja no Brasil presentes nas Diretrizes para formação dos presbíteros da Igreja no Brasil, conhecido como documento 93 da CNBB. A nova Ratio Fundamentalis tem como função auxiliar as dioceses em planejar os métodos formativos aperfeiçoando-os para que os seminários e as casas de formações sejam de fato uma escola de discípulos que estão atentos a ouvir e propagar a missão de Jesus Cristo nosso mestre e Senhor. Dessa maneira, entenderemos a importância de trabalharmos por

uma formação integral de nossos vocacionados. A nova Ratio Fundamentalis apresenta a vocação presbiteral como um ato de alguém afirmar a existência pessoal através da resposta prática de que nela há possibilidade para a missão que Deus confia. Neste caso é entendida como projeto existencial de vida que se nutre da fidelidade à missão assumida. Por isso mesmo que a vocação como projeto existencial é a formação numa fidelidade fundamental em nome do amor de Deus e do amor a Deus pelo próprio vocacionado, assim como pelo povo a ele que lhe será confiado. Com efeito, não é possível o empenho do indivíduo a si e à missão, sem o coração atuar. Portanto, a sensibilidade por uma causa que coincide com a existência da pessoa, só perdura como projeto existencial onde houver paixão; para o discernimento vocacional é preciso o desejo e a vontade de reconfigurar o mundo segundo Cristo. Pe. Henrique Souza da Silva Reitor do Seminário Casa de Filosofia 3


PALAVRA DO BISPO

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Cultivar e guardar a C

om cinzas sobre nossas cabeças, começa em breve o tempo da Quaresma. O povo católico veste roxo, os cantos da liturgia lembram a conversão e a penitência. O tempo da Quaresma não é de luto, nem de contemplação dolorosa. É um olhar de esperança. Olhamos para o sofrimento de Cristo no passado e reconhecemos: Deus nos mostrou seu grande amor. Então olhamos para o futuro, para a Ressurreição que virá: como podemos tornar nossa vida um caminho reto para o Deus da Vida e da Graça? A Quaresma é a nossa preparação para a Semana Santa da Paixão e da Ressurreição. É um tempo precioso e essencial. Vamos recordar as lições do Ano Santo da Misericórdia, correr para a Reconciliação enquanto é tempo de perdão.

Fraternidade, é o convite da Quaresma. O mundo fraterno é aquele que corresponde com o desejo de Deus Criador. E como anda a fraternidade entre as pessoas? Como anda o respeito pelas criaturas, pela vida, pela saúde do planeta? A fraternidade está em crise. O sonho de um progresso sem Deus, de egoísmo e indiferença, de luxo e miséria, levou a humanidade a um beco sem saída: medo, solidão, violência, exclusão, desperdício e exaustão dos recursos da terra. Quaresma é tempo de fazer um balanço da nossa vida pessoal, e do nosso mundo, para voltar ao caminho proposto por Deus: a solidariedade, a fraternidade, a vida plena. A Igreja toda do Brasil propõe aos fiéis de todas as religiões, e mesmo àqueles que não seguem nenhuma religião, uma campanha, a Campanha da Fraternidade. Já tem mais de 50 anos essa campanha anual, e gerou muitos frutos. Não será diferente este ano a Campanha da Fraternidade que terá como lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15). Ecologia sob nova luz – Não é de hoje a preocupação da Igreja com o cuidado da natureza. Os estragos produzidos no mundo pela exploração desregrada, pela avidez do lucro, pela ciência desvinculada da ética sempre estiveram entre as preocupações da Igreja. A própria Campanha da Fraternidade, em edições 4

passadas, refletiu sobre o tema da ecologia. Quem não se lembra do tema “Preserve o que é de todos”, de 1979, “Terra de Deus, Terra de Irmãos”, de 1986, “A Fraternidade e a água”, de 2004, “A Fraternidade e a Amazônia”, de 2007, “A Fraternidade e a vida no planeta”, de 2011 e, por último, “Casa comum, nossa responsabilidade”, de 2016. Esses temas foram conscientizando as diversas gerações, geraram mudanças, mas ainda falta muito para a consciência se tornar cuidado verdadeiro e responsável. O retorno ao tema da Ecologia vem agora reforçado pela palavra autorizada do Papa Francisco que surpreendeu o mundo com uma Carta Encíclica chamada “Laudato Sì” que nos ajuda a vivenciar o tema deste ano com mais esperança e alegria. Ecologia Integral – O Papa Francisco, desde o início do seu pontificado vem ensinando ao mundo inteiro, com sua linguagem facilmente compreensível, tanto pelos mais simples e iletrados como pelos intelectuais e doutores. Foi assim que o Papa Francisco tratou da Ecologia na sua Carta Encíclica Laudato Sì, que trouxe como novidade alguns aspectos notáveis: Ele não se dirige só aos católicos, mas a toda a humanidade. Ele não fica preso na linguagem do protesto, das condenações, mas fala da Criação de Deus como um dom,

um presente que tem as marcas das mãos divinas. Ele assombra a comunidade científica com uma leitura atual, realista e bem fundamentada da situação mundial, que ninguém pode questionar. Ele propõe medidas muito práticas e eficazes, que os movimentos ecológicos ainda não tinham pensado. Ele integra numa única direção a ecologia ambiental e a humana: quando o ambiente humano se degrada, também a natureza se corrompe. Da mesma forma, não se pode salvar o ambiente, os animais em extinção, sem cuidar das pessoas que são excluídas de uma vida digna, da saúde, da educação, da vida plena. Entre na Campanha – A nossa conversão quaresmal será mais concreta se abraçarmos a Campanha da Fraternidade deste ano que fala sobre os Biomas. É bom acostumar-se com essa palavra. Os diversos biomas apresentados pela CF mostram a grande variedade e riqueza da nossa realidade natural: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Pampas, são exemplos dessa maravilhosa natureza do Brasil. Cada um desses biomas é apresentado juntamente com as pessoas que moram, de longa data, nessa parte do Brasil, os indígenas, os quilombolas, os seringueiros, os ribeirinhos, e assim por diante. A apresentação dos biomas também

facilita a que cada região busque conhecer os desafios próprios de sua gente, encontrando soluções apropriadas para os seus problemas específicos. O nosso bioma é a Mata Atlântica. Nela estão as aglomerações urbanas, as grandes indústrias, que poluem e destroem a natureza. A Campanha da Fraternidade vai nos questionar e buscar caminhos para que a vida seja preservada neste nosso chão. É nosso dever de cristãos e também de cidadãos, rezar e trabalhar juntos por um mundo limpo e cheio de vida. Fevereiro de 2017


BIO

a Criação (Gn 2,15) Peço que se atentem a estas datas e programas... 1) Formação Dia 18 de fevereiro, sábado, haverá um dia de formação, para todos, especialmente o clero, religiosos, seminaristas, ministros, catequistas, palestristas, pregadores, coordenadores de grupos e atividades pastorais, além de pessoas que trabalham nos serviços públicos de meio ambiente, para que falemos a mesma linguagem sobre esse tema.

2) Abertura da Campanha da Fraternidade Em nossa diocese será feita na Catedral Santo Antônio, dia 3 de março, 1ª sexta-feira da Quaresma, com missa às 20 horas. Peço a cada pároco que tenha na sua paróquia uma equipe de animação da Campanha da Fraternidade. Estes é que são especialmente convidados, junto com o clero, para esta abertura.

3) TextoS Os temas da Campanha devem ser estudados pelos Conselhos de Pastoral e equipes de animação da Campanha. O Texto Base, os subsídios litúrgicos, a Encíclica Laudato Sì, a Mensagem do Papa para o dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, são subsídios que podem ser motivadores para as homilias, a catequese, os encontros de grupos e ações específicas nas paróquias, em favor do meio ambiente.

4) Os grupos de Famílias Acompanhados pelo CD com a leitura orante da Bíblia, os livrinhos de reflexão para grupos são excelenFevereiro de 2017

tes para movimentar toda a paróquia em torno do tema da Campanha. Ali se encontra a Via-Sacra, meditada a partir do olhar de Maria, um roteiro para ser meditado nas nossas igrejas, como também na oração pessoal.

5) CF e SociedadE A Campanha não pode permanecer somente na Igreja. Precisa chegar aos ambientes da sociedade que possam contribuir para um mundo melhor. Escolas, associações de moradores, clubes de serviço devem ser convidados a participar das iniciativas das paróquias, bem como as instâncias da prefeitura, câmaras municipais, organismos ligados ao meio de ambiente. Os meios de comunicação sejam acionados para dar plena visibilidade e maior acolhida aos projetos da CF.

6) CF na paróquiA Cada comunidade paroquial, dentro do espírito da Campanha da Fraternidade, promova uma atividade, seja permanente ou pontual, que mostre o cultivo e a guarda da criação. Como as realidades paroquiais são por vezes semelhantes, será bonito se houver iniciativas unindo diversas paróquias ou mesmo uma Região Pastoral.

Solidariedade, utilizados no decorrer do ano em projetos sociais. Quis o Papa Francisco que o dia 1º de setembro, de cada ano, fosse dedicado pelos cristãos católicos como Dia Mundial de Oração pelo cuidado da Criação. Esse dia já vinha sendo celebrado pelos cristãos ortodoxos. Isso quer dizer que a preocupação ecológica deve ser permanente, deve envolver todas as religiões e todas as pessoas de boa vontade. O Papa insiste que o cuidado com as coisas criadas por Deus não é, para nós cristãos, opcional. Nem se trata de um aspecto secundário da nossa espiritualidade. Se cremos num Deus que “se encarnou”, todas as realidades materiais se tornaram aí importantes e dignas da nossa atenção e cuidado. Cristo, o “primogênito de toda a criatura” é que nos convoca a entrar de corpo e alma nesta Campanha. Dom João Bosco, ofm Bispo Diocesano de Osasco, SP http://dbosco.org/

7 No dia 9 de abriL No final de semana do Domingo de Ramos, acontece em todo o Brasil a Coleta da Campanha da Fraternidade. É necessário motivar essa coleta da qual, uma parte é destinada à CNBB, para os projetos sociais mantidos pela Cáritas, e outra parte permanece no Fundo Diocesano de 5


FORMAÇÃO PERMANENTE

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Semana Santa: expressão de fé na paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo Imagem da Internet

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Semana Santa é o ponto alto da religiosidade do povo brasileiro. Os féis católicos a têm como a grande festa do ano, e de fato, a Semana Santa congrega a todos; é o tempo de maior expressão de fé do povo brasileiro ao longo do ano litúrgico, e isto, porque é o centro da vida litúrgico-sacramental da Igreja. Neste sentido, somos convidados a participar com fé das celebrações que nos conduzem a festejar a vida nova em Cristo, onde se concretiza o projeto salvador de Deus. Enquanto peregrinos neste mundo, a liturgia colabora para não somente recordar os fatos passados, mas também a viver no presente o momento salvador, e a despertar pela graça divina em cada fiel o desejo de buscar a santidade, meta última de cada cristão que renascido em Cristo é uma nova criatura. Renascido na graça, além de ser uma nova criatura, o cristão é chamado a colaborar concretamente na transformação do mundo, recordando que o projeto de salvação é para todos. Então, somos fortalecidos neste tempo litúrgico para testemunharmos e colaborarmos mais fortemente com a ação transformadora de Deus na vida e no mundo.

ções. Toda a obra da salvação é expressa por celebrações que ajudam a vivenciar melhor a sua paixão, morte e ressurreição e, consequentemente, tornar mais fecunda a vida cristã. “A finalidade da quaresma é nos preparar para este grande momento”. Por isso, a Semana Santa “merece ser vivida em clima de oração pessoal, esforço de conversão e maior dedicação fraterna. Do Domingo de Ramos até a Quinta-feira Santa, completamos o grande retiro quaresmal. Com a Missa da Ceia do Senhor na Quinta-feira à tarde, iniciamos o Tríduo Pascal da morte e ressurreição do Senhor. O cume de todas as celebrações é a Vigília Pascal na noite do sábado, madrugada do domingo. Esta vigília se desdobra na alegria do Domingo da Ressurreição e nos cinquenta dias do Tempo Pascal, o Pentecostes sagrado, que é considerado como que

único e grande domingo” (Semana Santa, anos A,B,C., p.5-6).

O mistério pascal é o centro do ano litúrgico O homem é um ser festivo por natureza; pelas festas, se recorda dos fatos importantes que marcaram a sua vida pessoal e comunitária. Os cristãos não fogem a esta realidade. O ano civil não era igual em todos os países cristãos. O calendário civil como temos hoje, foi constituído por um astrônomo de Alexandria por ordem de Caio Júlio César, que definiu o calendário anual com 365 dias, e com um bissexto de quatro em quatro anos; passando para o dia primeiro de janeiro o início do ano civil romano.

O ano litúrgico da Igreja adota a vida de Jesus Cristo como caminho cronológico para as celebrações ao longo do ano, do seu nascimento até a sua ascensão. Então surge desde o século X-XI, o conceito de que o ciclo litúrgico anual das festas da Igreja começa com o início do Advento. É importante ter em nota que o ano litúrgico não surge como uma representação cênica (teatro) da vida de Jesus, mas do Mistério Pascal, expressão da grande festa cristã para celebrar o Mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor, surgindo o ano litúrgico do grande encontro da comunidade com Senhor Ressuscitado (Mt 28,110; Mc 16,1-7; Lc 24,1-12). Assim, o centro de toda a liturgia, e consequentemente, do ano litúrgico é o Mistério Pascal. Do Mistério Pascal é que parte toda ação histórica-litúrgica-sacramental da Igreja, onde se recorda como ação pascal e a redenção o próprio Cristo. É partir deste ponto central dentro do calendário litúrgico que a Igreja recorda as origens, o sentido e a espiritualidade das celebrações na Semana Santa. Padre Ms. Rogério Lemos Mestre em Teologia Sistemática Especialista em Liturgia, Ciência e Cultura, Pároco da Paróquia N. Senhora Aparecida – Piratininga Imagem da Internet

A Semana Santa é Sacramento de Deus A liturgia por si é sacramento de Deus, mas este sinal salvífico fica evidente na Semana Santa quando recordarmos os fatos e feitos de Jesus entre nós por meio das celebra6

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BIO

Sacramento da Penitência: do poder de Deus à autoridade sacerdotal

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eus é “todo-poderoso”. Assim nós o confessamos na profissão de fé. A onipotência divina, além de ter criado todas as coisas e governá-las pela ordem estabelecida, manifesta-se, sobretudo, no seu amor de Pai que cuida de nossas necessidades pela sua providência. Esse poder-amor de Deus se chama Misericórdia: “Tu te compadeces de todos, porque tudo podes” (Sb 11, 23). Santo Tomás de Aquino afirma: “É próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua onipotência” (Summa theologiae, II-II, q. 30,a. 4). É o próprio Jesus Cristo que mui-

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to claramente nos revela este poder divino da misericórdia quando perdoa os pecadores. Certa vez, depois de ter perdoado um paralítico de seus pecados, os seus opositores começaram a gritar: “Quem pode perdoar os pecados senão unicamente Deus?” Jesus, então, lhes respondeu: “Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem poder na terra de perdoar os pecados... disse então ao paralítico: ‘Levanta-te, toma a tua cama e vai para casa’” (Mt 9, 4-7). O Espírito Santo, soprado sobre os Apóstolos pelo Senhor Jesus no dia da Páscoa, é quem transmite esse poder divino de perdoar os pecados a aqueles que foram constitu-

ídos ministros do perdão. Quando o Ressuscitado lhes apareceu no Cenáculo, lhes disse: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, também eu vos envio. Então soprou sobre eles: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais retiverdes ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 21-23). Assim, embora sejam apenas homens, os sacerdotes (ministros do perdão) recebem a autoridade divina de perdoar os pecados pela palavra do próprio Senhor Jesus Cristo e pelo envio do Espírito Santo. Cremos na autoridade sacerdotal de nos reconciliar com Deus porque cre-

mos na palavra do Santo Evangelho. No sacramento da Penitência “recebemos o perdão de Deus e não o perdão dos homens, embora seja diante de um homem – o ministro de Deus e da Igreja – que nos confessamos” (R. Stanziona, Por que confessar-se, p. 27). A Reconciliação, instituída por Jesus Cristo no domingo da ressurreição é, portanto, um sacramento pascal: livra o pecador da morte e o faz experimentar a alegria da vida cristã. Pe. Fernando Ribeiro Pároco da Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora da Dores – Cotia

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VOCAÇÃO

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Deus cria por amor

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a edição anterior do BIO falamos sobre a criação do homem para o bem e o amor. Mas por que Deus criou todas as coisas? Criou porque ama! Ele não precisa da criação para ser Deus. É absolutamente perfeito e não necessita da criação para que “aumente” a sua perfeição. Tão pouco precisa criar para ter um “tu”, pois é desde sempre comunidade de pessoas. Toda a criação é um ato livre de Deus, uma obra comum das três pessoas divinas, e é Deus mesmo o fim dela. O mundo existe porque Deus o desejou e é um dom e uma manifestação livre de sua bondade e do seu amor. Portanto, ele poderia não existir, é contingente, ao passo que não emana necessariamente da essência divina. O Catecismo da Igreja Católica ensina que o mundo foi criado para a glória de Deus (n. 293). A intenção de Deus não é aumentar sua glória, mas manifestá-la e comunicá-la aos homens. Nesse sentido, podemos dizer que a ação criadora de Deus é um ato de sair de si, um agir para fora, por virtude do seu amor e para comunicar aos homens esse mes-

mo amor e sua glória. A própria natureza de Deus, sua bondade e seu amor, o faz criar para que outros também sejam bons, se amem e alcancem a felicidade. É no homem, o qual fora criado segundo à sua imagem e semelhança, que se espera resposta ao amor divino. Dessa forma, a criação não é algo neutro; Deus não cria sem propósito. A criação possui íntima relação com a história da salvação que culmina em Cristo, e é ela mesma mistério de salvação. O Pai cria o mundo pelo amor que tem ao Filho, e é certo dizer que cria tudo por meio dele: “Tudo foi feito por meio Dele e sem Ele nada foi feito” (Jo 1, 3). Cria os homens tendo em vista a comunhão com o seu Filho e tudo o que foi criado está em função do Reino do seu Filho. Deus cria em virtude de sua palavra – “Faça-se!” (Gn 1,3). O Filho que é o Logos, a Palavra, desde toda a eternidade – como atesta São João: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus” (Jo1, 1-2). Cria todas as coisas do nada (ex niliho) pela força do seu Espírito: “No princípio, Deus criou o céu e a terra. Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo, e um sopro de Deus agitava a superfície das águas” (Gn 1,1-2). Assim, elimina a “oposição” ou contraposição entre o Criador e a criatura, o Artífice e a obra. A criação no Espírito vive em uma relação mais estreita com o Criador do que a existente entre agente-ato ou artífice-obra. O mundo, porém, não é “gerado” por Deus, como é o Filho, que possui a mesma substância do Pai. Esse Espírito é o sopro divino da vida, que com

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a sua vida preenche tudo. À criação a partir de Deus e em Deus aplica-se a seguinte ordem trinitária: O Pai cria o mundo por seu amor eterno, através do Filho, visando a correspondência no tempo ao seu amor, na força do Espírito Santo. Portanto, a criação é uma obra de amor de toda a Trindade como declarou o IV Concílio Ecumênico de Latrão (1215): “a Igreja admite um único Deus verdadeiro. São três pessoas consubstanciais, co-iguais, co-todo-poderosas, co-eternas e que são um princípio único de todas as coisas”. É ato de amor e não mera ação. No seu amor, Deus origina todas as coisas e convida aquele que foi criado segundo sua imagem e semelhança a viver a sua vida. Também o projeto de vida que Deus tem para cada um dos seus filhos, isto é, a vocação, está ligada a esse amor de Deus que criou todas as coisas em sua bondade. Pe. Marcelo Fernandes de Lima Assessor Diocesano do SAV

Como escolher o Diretor Espiritual? Canção Nova

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a nossa vida de cada dia temos momentos em que sozinhos não podemos superar as dificuldades, necessitamos de alguém que nos ajude, oriente e ilumine. Se eu quero aprender tocar piano não vou procurar um professor de ginástica porque desta maneira nunca aprenderei a tocar piano. É muito importante neste caminho espiritual ao serviço de Deus, da Igreja e da Evangelização ter claro na nossa mente três coisas: 1. De onde se parte: ter consciência da nossa realidade humana, familiar, eclesial de cristão. Isto nos ajuda a perceber que es8

tamos “insatisfeitos” e buscamos algo a mais. A formação seja qual for nunca é completa. São sempre mais as coisas que não sabemos daquelas que nós sabemos. 2. Onde nós queremos chegar: sempre caminhamos para um ideal, uma meta. Ninguém sai de casa sem saber para onde vai. Ninguém aprende um estudo sem ter na sua frente um ideal que quer alcançar. Isto é verdade também nas coisas de Deus e da Igreja. 3. Os meios que nós queremos usar para alcançar o nosso ideal: no nosso caso é sempre o conhecimento do Evangelho e a vivência do Evangelho. Queremos prestar um serviço “competente” na nossa comunidade eclesial. Diante disto vamos sentir a necessidade de buscar pessoas que

podem nos ajudar a alcançar nosso ideal e a vivê-lo bem. O Diretor Espiritual de uma comunidade é sem dúvida o sacerdote responsável da mesma comunidade. Ele, através das celebrações, homilias, encontros, cursos de formação vai preparando os fiéis para os vários ministérios. Mas ao mesmo tempo percebemos que esta formação “comunitária” nem sempre responde aos nossos desejos de conhecimento e de vivência dos valores cristãos. Temos necessidade de encontrar alguém com o qual possamos dialogar pessoalmente, periodicamente, com plena confiança sobre os vários problemas e dificuldades que encontramos na nossa vida espiritual de oração, de trabalho, de evangelização para que iluminados pela Palavra de Deus e a experiência do Diretor Espiritual possamos servir melhor e ser mais realizados na nossa vida. Quando ficamos doentes e va-

mos ao médico, não perguntamos ao médico se ele é católico, protestante, muçulmano ou ateu…o procuramos porque estamos mal e pela sua competência profissional. No entanto, quando procuramos um Diretor Espiritual não é bem assim que acontece. Buscamos não tanto pelo seu conhecimento teológico, mas pelo seu testemunho de fé e pelo seu amor para com Jesus Cristo e a Sua Igreja. O Diretor Espiritual não necessita de ter muitas lauras em teologia, Bíblia, Pastoral, mas para dizer com uma palavra dificil é um “mistagogo”, que traduzido numa palavra fácil, é alguém que nos introduz no conhecimento do mistério de Deus, que nos ensina os caminhos da oração, da fé e que nos ajuda a saber aceitar a vontade de Deus com tranquilidade e amor. Frei Patrício Sciadini, ocd Fevereiro de 2017


IGREJA EM MISSÃO

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Os setores da Pastoral Familiar Imagem da Internet

Setores da Pastoral Familiar na Amoris Laetitia e no 8o Plano da Ação Evangelizadora

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Exortação apostólica Amoris laetitia no capítulo VII tratará de algumas perspectivas pastorais, enfatizando uma pastoral familiar missionária, que saiba levar em conta a doutrina da Igreja e as realidades das pessoas em concreto. De fato, “as famílias cristãs são pela graça do sacramento nupcial, os sujeitos principais da Pastoral Familiar, sobretudo oferecendo o testemunho jubiloso dos cônjuges e das famílias, igrejas domésticas” (AL, n. 200). O 8o Plano da Ação Evangelizadora de nossa Diocese de Osasco, diante deste tempo oportuno de evangelização das famílias, destacou a importância da Pastoral Familiar nas paróquias. Um dos objetivos do 8o Plano destaca: “O conhecimento, por parte de todos, do trabalho da Pastoral Familiar, tem vista à sua integração com todos os outros trabalhos existentes nas comunidades paroquiais, uma vez que a abrangência desta pastoral abarca muito da ação pastoral”. Entre as estratégias encontram-se: “a estruturação da Pastoral Familiar onde não existem, ou também sua reestruturação”. Nestas estratégias, o 8o Plano contempla a atenção ao bom funcionamento dos três setores: pré-matrimonial, pós-matrimonial e casos especiais, com formações específicas para cada seguimento. Nossas paróquias sendo família de famílias, harmonizam as contribuições de pequenas comunidades, movimentos e associações na evangelização das famílias (cf. AL, n. 202). Isto significa uma preocupação de toda a Igreja com a evangelização das famílias. Analisando o capítulo VII da Amoris laetitia, veremos um pouco desta estrutura setorial da Pastoral Familiar, resumida em propostas concretas de trabalho:

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. Guiar os noivos no caminho de preparação para o matrimônio – Setor pré-matrimonial . Acompanhamento nos primeiros anos da vida matrimonial – Setor pós-matrimonial . Iluminar crises, angústias e dificuldades – Setor casos especiais.

Estudaremos um pouco nesta edição do BIO o setor pré-matrimonial.

Setor pré-matrimonial Muitos padres ou agentes de pastoral questionam-se o que faz a Pastoral Familiar? Quais seus objetivos? O Diretório da Pastoral Familiar, documento produzido pelos Bispos do Brasil e aprovado pela Santa Sé, traça os objetivos desta pastoral (cf. Diretório da Pastoral Familiar, n. 461). Fevereiro de 2017

Entre eles encontram-se: unir esforços para que a família seja, de fato, um santuário da vida; acolher toda e qualquer realidade familiar para que o evangelho possa entrar na igreja doméstica; promover o fortalecimento dos laços familiares, ajudando os casais em crise e dificuldades; incentivar o crescimento da espiritualidade familiar; formar agentes qualificados, oferecer uma formação de noivos com qualidade; oferecer apoio aos casais e famílias das comunidades e paróquias, buscando as famílias afastadas; despertar o sentido missionário das famílias. Em nossa última assembleia diocesana refletíamos que precisamos da consciência de uma nova pastoral familiar: missão de toda a Igreja. Na organização da Pastoral Familiar o Setor pré-matrimonial visa uma preparação remota e próxima para o matrimônio. Um dos desafios apontados pelos padres sinodais é aquele de “ajudar os jovens a descobrir o valor e a riqueza do matrimônio. Devem captar o fascínio de uma união plena que eleva e aperfeiçoa a dimensão social da vida, confere a sexualidade o seu sentido maior, ao mesmo tempo que promove o bem dos filhos e lhes proporciona o melhor contexto para o seu amadurecimento e educação” (AL, n. 205). No Setor pré-matrimonial a preparação remota visa evangelizar as crianças e jovens. Formando nesta fase da vida para os valores familiares. Temos de formar as futuras gerações para que constituam famílias sólidas. Articular-se com a Pastoral da Criança, com a Catequese de Eucaristia e Crisma, grupos de jovens paroquiais. Momento da vida essencial para educar para o verdadeiro amor e a uma educação sexual cristã segundo o projeto de Deus. As paróquias podem ter várias iniciativas neste sentido para formar as crianças e os jovens. As preparações próxima e imediata dizem respeito a encontro para namorados, e a preparação para os noivos. No encontro de namorados, os temas deveriam tratar sobre a espiritualidade no namoro, o sacramento do matrimônio, a importância da amizade, dos sacramentos e da virtude da castidade. Em relação à preparação de noivos, a Amoris laetitia destaca que, devido a realidade social complexa e seus desafios, exige-se um empenho maior de toda comunidade cristã na preparação dos noivos. Muitas paróquias não sabem, mas existe um subsídio “Guia de preparação para a vida matrimonial” do Setor Família e Vida. Esta preparação de noivos deveria ser feita com mais

qualidade em nossas paróquias. Infelizmente, muitos ambientes eclesiais ainda não se organizaram neste sentido, ou pela falta de agentes, ou falta de formação. Existem lugares onde o chamado “curso de noivos” não se atualizou, continua com os mesmos temas há uns 40 anos. Papa Francisco chama a Igreja a um empenho mais zeloso nesta preparação. A preparação de noivos será, portanto, “uma espécie de iniciação ao sacramento do matrimônio, que lhes forneça os elementos necessários para poderem recebê-lo com as melhores disposições e iniciar com uma certa solidez na vida familiar” (AL, n. 208). A exortação trata de iniciativas para esta preparação ser mais eficaz:

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. Testemunho de famílias constituídas e casais que demonstrem maturidade no amor e o diálogo matrimonial; . Acompanhar os jovens que já deram o passo do noivado; buscar estruturar uma pastoral do vínculo, onde os noivos entendam o matrimônio não como um fim no caminho, mas um começo; . Ajudar os jovens a amadurecer o amor e superar os momentos duros e difíceis; . Oferecer acompanhamento espiritual, por meio do sacramento da Reconciliação; . Saber indicar famílias ou casais para orientação psicológica na busca de superação de dificuldades; . Uma catequese da celebração do matrimônio que ajude os noivos a viver com sobriedade este dia; além de entenderem que o sacramento não é apenas um momento, mas influenciará toda sua vida futura.

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Pedimos pela intercessão de Santo Antônio, padroeiro de nossa diocese, a graça e força para evangelizar as famílias e preparar as futuras gerações, para acolherem o matrimônio, como uma vocação para o bem da Igreja e da sociedade. Na próxima edição do BIO estudaremos o Setor pós-matrimonial. Pe. Carlos Eduardo de S. Roque Dr. em Teologia Espiritual e Assessor diocesano da Pastoral Familiar 9


ANO MARIANO

BIO

A maternidade divina de Maria Santíssima: rogai por nós, Santa Mãe de Deus! Imagem da Internet

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dogma mariano mais antigo proclamado oficialmente pela Igreja é o da Maternidade Divina de Maria. A expressão grega que resume o misté-

rio de fé embutido no dogma é Theotókos, cujo significado é “Mãe de Deus”. O dogma foi promulgado no Concílio de Éfeso, em 431. A definição conciliar de Éfeso afirma que: “Quem não confessa que o Emanuel é verdadeiro Deus e que, consequentemente, a Santa Virgem é Progenitora de Deus [pois deu à luz o Verbo, que procede de Deus e se fez carne], esse seja anátema” [excomungado]. A Virgem Maria é Progenitora de Deus, pois o Logos (Verbo) encarnado é Deus, uma vez que a natureza divina continua existindo mesmo com a união com a natureza humana e nem possui qualquer limitação. As verdades referentes à Maternidade Divina de Maria possuem verdades sólidas reveladas na Sagrada Escritura. Na maioria das vezes,

Maria é chamada com o título de “mãe” – vinte e cinco vezes no Novo Testamento. Nos Evangelhos, Maria é primeiramente a Mãe de Jesus. O Filho do Pai – Jesus Cristo, preexistente desde toda a eternidade é também o Filho de Maria (cf. Mc 6,3; Mt 13,55; Jo 6,42), o nascido de mulher (cf. Gl 4,4). O próprio Deus se encarna, assume a fragilidade humana e se insere entre os “nascidos de mulher”, Deus se esvazia para assumir a carne humana. O Verbo – o Filho – é preexistente, da mesma substância de Deus Pai, gerado desde a eternidade. Ele torna-se humano por decisão da Santíssima Trindade, em benefício dos homens. Escolhida por Deus, Maria participa da obra salvífica de Jesus, sua maternidade está a serviço da fé na carne de Jesus.

Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? (Lc 1,43)

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Evangelista Lucas para descrever a Maternidade Divina de Maria utiliza-se de imagens do Antigo Testamento, tais como: a nuvem que acompanhava o povo e envolvia a Tenda da Aliança (cf. Ex 40,34) – o seu interior está pleno da glória do Senhor, da mesma forma que o Espírito do Altíssimo cobriu Maria e seu ventre ficou repleto da presença de Deus, isto é, do Filho de Deus. Segundo o mesmo evangelista, a Maternidade Divina de Maria é a Nova Arca da Aliança. O relato posterior à anunciação, o da visita de Maria à Isabel, confirma essa analogia. Jesus é a nova Aliança entre Deus e o gênero humano, e, Maria é sua arca e morada. No Antigo Testamento, a Arca é transportada de Baala de Judá à Jerusalém (cf. 2Sm 6,2-16) e é recebida alegremente pelo povo, com músicas e aclamações, pois reconhecem a presença de Deus ali. Maria viaja de sua casa até a casa de Isabel e quando ali chega é saudada com alegria por sua parenta e chamada de “a Mãe do meu Senhor” (Lc 1,43). Afirmar Maria como Mãe de Deus implica dizer que o Filho de Maria é o Filho de Deus. Vale esclarecer que o termo “Deus”, neste caso, aplica-se exclusivamente ao Filho e não ao Pai nem ao Espírito Santo. Qualquer mulher é mãe da pessoa integral do seu filho e não apenas do corpo. Em Jesus Cristo, não se separa a humanidade da divindade, Ele é 100% Deus e 100% homem. 10

Declarar Maria como Mãe de Deus resulta em afirmar e anunciar a chegada do Reino no meio do povo (cf. Lc 17,21; Mt 4,17). A Virgem Maria é a figura do povo que acredita e experimenta a vinda de Deus encarnado. Reconhecer Maria como Mãe de Deus significa desvelar a grandeza envolvida no mistério da mulher. A mulher está sempre relacionada à geração da vida, desde a criação. Desde os seus primórdios, a Igreja viu em Maria a nova Eva. A mãe de Jesus, o novo Israel, é também mãe de todos os viventes. Proclamar Maria como Mãe de Deus resulta atentar para aquela que é a “Serva do Senhor” (Lc 1,38). A Tradição da Igreja e a Sagrada Escritura compreendem a Maternidade Divina de Maria como um dom e também como um serviço estendido a humanidade, que necessariamente exige a entrega total da vida e abertura aos desígnios do Senhor, bem como as necessidades dos outros. “Tudo quanto pudermos dizer em louvor de Maria Santíssima é pouco em relação ao que merece por sua dignidade de Mãe de Deus” – Santo Agostinho. A Maternidade de Maria é protótipo da Maternidade da Igreja. Do mesmo modo que uma

O núcleo do mistério da Encarnação – que é salvação para a humanidade – coloca o homem e a mulher, Jesus e Maria, evidenciados por Deus que assume a carne de homem em e por meio da carne da mulher. Deus e a humanidade foram profundamente interligados na Encarnação, no momento em que Maria se torna a Mãe de Jesus. No mistério da Encarnação, Maria tornou-se a Mãe de Deus. No Evangelho segundo Mateus, é possível vislumbrar a Maternidade Divina de Maria. No trecho bíblico em que o anjo anuncia a José – Mt 1,18-25 – que o menino que nascerá do seio de Maria “salvará o seu povo de todos os seus pecados” (Mt 1,21). O povo que será salvo é o povo eleito por Deus já no Antigo Testamento, que espera a chegada do Messias. mãe doa a vida a seu filho preparada pelo Senhor, a Igreja oferece aos fiéis, que no Batismo morrem com Cristo e nele ressuscitam para uma vida nova, o espaço para que vivam como redimidos. A Virgem Maria é um sinal de esperança aos homens que se dispõem a abrir-se à Palavra de Deus, ao seu Espírito e sua Sabedoria. Santa Maria, Mãe de Deus e dos homens, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte! Pe. Luiz Rogério Gemi Vigário Paroquial da Catedral Santo Antônio Imagem da Internet

Fevereiro de 2017


PAPA

BIO

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5,4)

O pobre em espírito é aquele que assumiu os sentimentos e a atitude daqueles pobres que em sua condição não se rebelam, mas sabem ser humildes, dóceis, disponíveis à graça de Deus.” A felicidade dos pobres – dos pobres em espírito – tem uma dúplice dimensão: em relação aos bens e em relação a Deus, explicou o Santo Padre, acrescentando: “Em relação aos bens, aos bens materiais, esta pobreza em espírito é sobriedade: não necessariamente renúncia, mas capacidade de experimentar o essencial, de partilha; capacidade de renovar todos os dias a admiração pela bondade das coisas, sem sucumbir na opacidade do consumo voraz." “Quanto mais tenho, mais quero; mais tenho, mais quero: esse é o consumo voraz. E isso mata a alma. E o homem ou a mulher que faz isso, que tem essa atitude ‘mais

tenho, mais quero’, não é feliz e não alcançará a felicidade.” Em relação a Deus, afirmou, “é louvor e reconhecimento que o mundo é bênção e que na sua origem está o amor criador do Pai. Mas é também abertura a Ele, docilidade a sua senhoria: “é Ele, o Senhor, é Ele o Grande, não eu sou grande porque tenho tantas coisas! É Ele: Ele que quis o mundo para todos os homens e o quis para que os homens fossem felizes”, acrescentou. O pobre em espírito é o cristão que não deposita sua confiança em si mesmo, nas riquezas materiais, não é obstinado nas próprias opiniões”, disse ainda o Papa fazendo em seguida uma observação pertinente à convivência nas comunidades cristãs: “Se em nossas comunidades existissem mais pobres em espírito, haveria menos divisões, contrastes e polêmicas. A humildade, como a caridade, é uma virtude essencial

Imagem da Internet

para a convivência nas comunidades cristãs. Os pobres, nesse sentido evangélico, se mostram como aqueles que mantêm firme a meta do Reino dos céus, fazendo entrever que este é antecipado de forma germinal na comunidade fraterna, que privilegia a partilha à posse.” Após a oração mariana, o Pontífice lembrou a celebração, neste domingo, do Dia Mundial de Luta

Comissão e peritos preparam subsídio doutrinal sobre laicidade do Estado

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Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se reuniu de 23 a 26 de janeiro em Brasília (DF). O encontro teve a participação dos peritos – especialistas nos assuntos correspondentes ao trabalho do grupo de bispos – e deu início à elaboração de subsídios doutrinais. Um deles aborda a questão da laicidade do Estado. O bispo de Santo André (SP) e presidente da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB, dom Pedro Carlos Cipollini, considera a laicidade algo bom, positivo, mas chama atenção para o chamado “laicismo”. “A diferença é que a laicidade é quando o Estado assume as suas competências para garantir a liberdade religiosa de todos. O laicismo é quando o Estado tira da vida pública Deus, quer dizer, não se fala em Deus, não se fala de religião”, explica o bispo. Fevereiro de 2017

Dom Cipollini recorda que nas escolas, no mês de junho, os professores falam das festas juninas e de seus elementos, mas não podem comentar sobre a figura dos santos celebrados pela Igreja naquele mês e que dão origem às tradicionais festas tão comuns no Brasil. “O laicismo não leva em conta que o Estado é laico, mas o povo religioso”, adverte o bispo. Para dom Pedro, a preparação de um subsídio doutrinal sobre a temática deve reforçar a defesa da presença de Deus na vida do homem.

Projetos O trabalho da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB também envolve outros projetos e, por conseguinte, a oferta de outros subsídios. Em colaboração com o grupo de peritos especialistas em Bíblia, como o teólogo e biblista

padre Johan Konings, a Comissão trabalha com a atualização da Bíblia com a tradução da CNBB. Outro grupo de peritos atua com a elaboração de um texto chamado “Querigma e reino de Deus”. A partir de temáticas indicadas pelo episcopado, a Comissão tem pautado suas reflexões e o trabalho dos peritos. Dom Cipollini conta que o grupo dos bispos está tratando do ensino da Filosofia e também de outra questão, a qual envolve exorcismos e as missas de cura e libertação, “o que tudo isso implica, numa reflexão teológica, que possamos oferecer aos bispos”.

Vivência da Fé Os subsídios da Comissão deverão de acordo com a orientação de dom Cipollini, ser acessíveis tanto para os especialistas, quanto para padres, agentes

contra a Hanseníase, ressaltando que esta doença, mesmo em diminuição, encontra-se ainda entre as mais temidas e atinge os mais pobres e marginalizados. “É importante lutar contra esta enfermidade, mas também contra as discriminações que ela gera”, exortou. Trecho da homilia do Papa Francisco Angelus - 29 de janeiro de 2017 CNBB

de Pastoral e fiéis em geral. “Hoje nós temos uma pluralidade muito grande de religiões, de crenças e muitas vezes o fiel católico está cheio de interrogações e dúvidas sobre certos temas da vida do dia-a-dia”, aponta o bispo. Muitos fiéis, por exemplo, não compreendem a questão dos exorcismos, do demônio e fatos que envolvem o problema do mal. “Como diz São Paulo, o mysterium iniquitatis – o mistério da iniquidade -, acontecem coisas horríveis no dia-a-dia e as pessoas perguntam se só as ciências explicam isso que aconteceu ou se essa maldade vai além de tudo isso”, comenta dom Cipollini. “A Comissão, a partir de tudo isso, tenta lançar uma luz sobre toda essa dificuldade que os nossos fiéis na nossa Igreja encontram para viver a sua fé, não são respostas prontas, mas uma reflexão para ajudar a caminhada da fé da nossa Igreja”, resume. Fonte: Site CNBB 11


PROGRAME-SE

BIO

Ordenação Diaconal

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ela imposição das mãos de Dom João Bosco Barbosa de Sousa, ofm, no dia 11 de fevereiro de 2017, os seminaristas Luiz Roberto Andrade Souza e Ricardo Rodrigues dos Santos serão admitidos ao diaconato, o primeiro grau do Sacramento da Ordem. Convidamos você e sua família a participar da missa solene que será na Catedral Santo Antônio às 09h00. Luiz Roberto Filho de Jecelino de Jesus Souza e Odete Andrade Ballista, nasceu em 30 de janeiro de 1985 e ingressou no Seminário São José em fevereiro de 2009. Sua paróquia de origem é a São José Operário no Munhoz Junior em Osasco. Atualmente o seminarista Luiz Roberto realiza o seu estágio pastoral na Paróquia Nossa Senhora Aparecida/ Jardim Piratininga – Região Bonfim. Já passou pelas paróquias: Paróquia Santa Cruz em Ibiúna, Paróquia Santa Isabel em Osasco, Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Cotia. Seu lema diaconal é: “Passemos para a outra margem” (Mc 4, 35). Ricardo Rodrigues Filho de José Carlos dos Santos e Valdete dos Santos, nasceu em 03 de agosto de 1987 e ingressou no Seminário São José em fevereiro de 2009. Sua paróquia de origem é a São José Operário no Munhoz Junior em Osasco. Atualmente o Seminarista Ricardo realiza o seu estágio pastoral na Paróquia Nossa Senhora da Escada – Região Barueri. Já passou pelas paróquias: Paróquia Imaculada Conceição no Jd. Dracena, Paróquia Imaculada Con-

Agenda Diocesana 11/02 9h - Ordenação Diaconal Catedral Santo Antônio 12/02 Abertura dos Trabalhos da Catequese nas regiões pastorais 18/02 8h às 12h - Encontro da Campanha da Fraternidade 2017 Centro Pastoral

ceição em Caucaia, Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Carapicuíba. Seu lema diaconal é: “Ai de mim, se não anunciar o Evangelho” (I Cor 9,16).

28/02 Encontro de Carnaval da RCC Espaço Elena Guerra

O que é o Curso Teológico Pastoral Dom Francisco Manuel Vieira?

03/03 20h – Missa de Abertura CF 2017 Catedral Santo Antônio

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um serviço da Diocese de Osasco que visa a formação teológica dos leigos e leigas que estão comprometidos com a evangelização em suas paróquias e na sociedade, possibilitando-os dar razões à sua fé. Objetivos • Introduzir o aluno em quatro áreas básicas da Teologia: Bíblia, Doutrina, Moral e Pastoral; • Proporcionar ao aluno uma aprofundada aproximação da pessoa de Cristo; • Oferecer ao aluno condições de exercer o seu papel como leigo no mundo dando testemunho da sua fé, em diálogo com a sociedade; • Possibilitar ao aluno formação teológica para o exercício dos diversos serviços pastorais. O conteúdo das disciplinas serão: Bíblia (Introdução à Sagrada Escritura, Pentateuco, Livros históricos, Literatura Sapiencial, Profetas, Evangelhos Sinóticos, Atos dos Apóstolos, Epístolas Paulinas, Epístolas Católicas, Literatura joanina. Teologia (Antropologia teológica, Trindade, Revelação, Cristologia, Pneumatologia, Eclesiologia, Mariologia, Liturgia, Sacramentos, Doutrina Social da Igreja, Espiritualidade, Ética e Moral, Escatologia e Novíssimos). História (História de Israel, Palestina no tempo de Jesus, História da Igreja). Pastoral (Teologia Pastoral, Sociologia, Homilética, Metodo12

19/02 7h30 às 17h - Dia de Espiritualidade da Pastoral Familiar Irmãs Jesus Bom Pastor

04/03 – Início das aulas do Curso Teológico Pastoral 07/03 a 09/03 Formação Permanente do Clero 11/03 9h – Assembleia de entidades e Cáritas paroquiais Centro de Pastoral 12/03 14h30 - Início da Escola de Emaús (Módulo kerigmatico) nas regiões pastorais 13/03 Aniversário natalício de Dom Ercílio Turco

logia e Pastoral Catequética, Psicologia Pastoral, Missiologia, Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso).

15/03 28º aniversário da criação da Diocese de Osasco

Fevereiro de 2017


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