






















VolunKids realizou ação no dia 15/10 em abrigo de idosos
Nina, 11 anos, mostrando que não há idade pra fazer o bem
O voluntariado traz diversos benefícios não somente as pessoas que são ajudadas, mas também para quem o pratica. Sabendo que não existe idade mínima para fazer o bem ao próximo, a Somando Mais Ações conta com um projeto inteiramente voltado as crianças, o VolunKids. Nele, os pequenos colocam a mão na massa e atuam diretamente nas ações.
Por: Kelvyn Henrique
O projeto começou em 2019, com o nome de BdM Kids até mudar para VolunKids, esteve parado por conta da pandemia, mas está de volta a todo vapor e recentemente teve três ações realizadas. No dia 15/10, as crianças do VolunKids estiveram em uma ação no Abrigo dos Velhinhos Frederico Ozanam, em Tremembé, São Paulo.
No abrigo vivem 28 senhoras, mas com total liberdade para sair e passar o dia fora com a família, amigos ou em outras atividades. “No começo achamos que ficaria algo meio engessado, mas foi muito legal. Elas são carismáticas e teve muito assunto e até dança com um dos músicos que participou”, relata Dryelle Nicoletti, Coordenadora do VolunKids.
Realizar esta ação com pessoas de gerações diferentes é muito importante, pois coloca em contato os mais novos com a experiência e vivência dos mais velhos, que tem muito a compartilhar. “Haviam muitas senhoras com mais de 90 anos, elas contaram sobre suas vidas, teve muita interação. Ficamos umas três horas lá”, conta.
Além das crianças a ação contou com a presença dos pais e outros adultos que estavam participando. “No mesmo dia estava tendo uma ação no aeroporto de Guarulhos, com os refugiados afegãos. Então, depois, chegaram pessoas de outros projetos como uma psicóloga dos Psicólogos nas Ruas, um pai que estava como fotógrafo, a Pri (CEO da Somando Mais Ações, e isso as deixou ainda mais animadas”, relembra Dryelle.
As ações do BdM já costumavam envolver crianças, que acompanhavam os pais, mas as ações acontecem à noite e isso as deixava muito cansadas. Sendo assim, viu-se a necessidade de criar um projeto em que as crianças tivessem um papel mais ativo e os adultos fossem o apoio. Já existia o Dia do Bem, que é um projeto antagônico ao Bem da Madrugada, já que acontece durante o dia e aos finais de semana. Nele, já foram atendidos vários públicos, entre eles: crianças, mulheres trans, abrigos entre outros. Mesmo sendo antagônicos ambos os projetos (BdM e Dia do Bem) possuem o mesmo corpo voluntário, sendo estes, voluntários que sentem a vontade de contribuir mais ou se sentem mais a vontade nas ações diurnas, com crianças, etc. Em todo o caso, ainda era uma ação protagonizada pelos adultos.
O VolunKids nasceu para ser um projeto de voluntariado infantil, ou seja, nele as crianças que protagonizam e fazem as ações. Os adultos agem de suporte, ajudando na que for necessário, mas são os pequenos que fazem a ação acontecer.
“Na live da ação no Abrigo dos Velhinhos eu brinquei falando que os VolunKids de hoje são o Dia do Bem de amanhã!”, comenta Dryelle. Eles serão os voluntários dos projetos no futuro. “São as sementinhas do futuro: os médicos, cabeleireiros, veterinários, dentistas, voluntários de apoio do BdM”.
Outro ponto importante são as diferenças de como lidar com um voluntário jovem ou adulto e uma criança. O principal ponto é fazer a criança entender o sentido do voluntariado, algo que o adulto, muita das vezes, só entende após a ação. “É achar que está indo doar e perceber que, na verdade, estamos recebendo muito mais. Como explicar isso pra uma criança? Mostrando pra ela que existem diferenças, mas elas não nos distanciam. Pelo contrário, nos aproximam!”, responde Dryellle.
Ela relembra sobre a primeira ação que participou do VolunKids, ano passado, no Mc Dia Feliz. Vários lanches foram distribuídos na Paulista, pelos pequenos, para outras crianças e adultos em situação de rua. “O intuito era elas entenderem a mensagem. Se eu posso comer um lanche, também posso doar”.
Se você tem interesse em que suas crianças participem, o recomendado é que elas tenham pelo menos 4 anos, assim, elas podem falar e se expressar livremente. “É importante que a criança possa se expressar, porque nem todas vão querer ir pra rua. Até entre os voluntários, temos muitos que não participam ativamente na rua, mas contribuem com doações”, explica Dryelle.
Um exemplo de doações realizadas nas ações é a que aconteceu no Abrigo dos Velhinhos Frederico Ozanam. “Perguntamos no abrigo o que eles precisavam e nos disseram que careciam de produtos de higiene, de limpeza, cobertores e conseguimos doações para todos esses itens”, conta.
Então, se você já é voluntário e tem filhos, sobrinhos, irmãos, etc, não deixe eles de fora. O VolunKids está de braços abertos para recebê-los. “As crianças são as sementinhas que plantamos e serão a continuação dos projetos da Somando Mais Ações. Esse trabalho é importante porque elas aprendem a importância do cuidado com o meio ambiente, com as pessoas em vulnerabilidade social, sobre empatia, respeito, igualdade e que quando doamos, recebemos muito mais de volta”, reitera Dryelle.
Outra ação de destaque foi a Plantando o Bem, que aconteceu no Parque Ecológico do Rio Tietê, em 22/10. Nela, as crianças do VolunKids plantaram 250 mudas e mostraram que nunca é cedo demais para começar a ter pensamento ecológico.
Crianças do VolunKids semeando o bem no Dia da Árvore
Com tantas informações interessantes sobre as ações voltadas para as crianças e realizadas por elas, nada mais justo do que termos as próprias falando sobre suas experiências no voluntariado.
Nina Souza Jacques, 11 anos, é uma das pequenas voluntárias que estão ativamente no VolunKids. Ela entende como sua participação ajuda e torna melhor a vida das pessoas impactadas com as ações. “O que eu mais gosto de ser voluntária é chegar em casa com o sentimento de ter ajudado o próximo e feito o bem”, conta Nina.
A sensação de ajudar e fazer o bem é algo muito importante para a pequena voluntária, mas não são os únicos sentimentos que ela experimenta. “Durante as ações me sinto muito animada com a interação, com as risadas, em conhecer as pessoas, conversar.
Depois eu sempre fico com o coração bem quentinho de ter conhecido elas”, revela.
Outra voluntária de carteirinha é a Beatriz Alvares Machado, 8 anos, que também falou sobre como é o voluntariado para uma criança. “O que eu mais gosto em ser voluntária é deixar as pessoas felizes e de interagir com outras pessoas. Quando participo das ações me sinto bem, me sinto uma pessoa mais bondosa”, comenta Beatriz.
Se você tem crianças em casa e elas ainda estão em dúvida se participam do voluntariado, as meninas tem um recado pra elas. “Não pense duas vezes, participe! É muito legal e deixa outras pessoas felizes”, aconselha Beatriz.
“Se vocês ainda têm dúvidas se querem ser voluntários, não tenham! É uma pequena doação do seu tempo, pra fazer uma coisa boa, que vai deixar alguém feliz e te deixar feliz. É uma experiência incrível e recomendo muito!”, ressalta Nina.
No dia 22 de outubro, foi realizada a Ação do Bem em comemoração ao Dia das Crianças, foi uma parceria dos projetos Bem da Madrugada e Dia do Bem
Aação aconteceu no Quilombo Abayomi, em São José dos Campos, para celebrar o Dia das Crianças, e levar amor e alegria para os jovens moradores da periferia da cidade.
Por: Debora SousaOs projetos integrados levaram muitas brincadeiras, brinquedos infláveis, pintura de rosto, distribuição de brinquedos, guloseimas como algodão doce e pipoca e um grande almoço comunitário. Atendendo mais de 400 pessoas, a ação também contou com oficinas de educação e cultura, apresentações do Dj Dube e Mc’s para alegrar a festa.
@ingrid.desa
Crianças do quilombo Abayomi e voluntários na Ação do Dia das Crianças
O Quilombo Abayomi, ou A Casa de Resistência e Cultura do Povo Preto, tem o objetivo de transformar a comunidade da periferia de São José dos Campos, visando a mudança do cenário atual de descaso, desemprego, fome, marginalização e criminalização.
O projeto é sem fim lucrativos e conta com fontes de renda através de reciclagem, rifas e doações para a sobrevivência do projeto. É um coletivo que busca respeito e a integração cultural, social, econômica e política de crianças e jovens da comunidade periférica paulista.
Para conhecer mais do projeto siga no Instagram @quilombo. abayomi, lá você encontra informações sobre o projeto e o link para doações.
Refugiados afegãos que estão alojados em Guarulhos receberam um dia de lazer e dignidade, com alimentação e banho Por: Guilherme Soares
Durante o mês de outubro, o Bem da Madrugada (BdM) realizou uma ação emergencial humanitária, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A ação foi em prol dos refugiados afegãos que estão alojados no aeroporto aguardando definição para poderem ingressar, de fato, em solo brasileiro.
Desde que o grupo terrorista Talibã voltou ao poder no Afeganistão, há cerca de um ano, milhares de famílias largaram tudo fugindo da instabilidade em seu país natal sob o domínio do regime terrorista. No final de 2021, o governo brasileiro autorizou visto humanitário aos refugiados afegãos, e desde então, o Brasil se tornou um dos países mais procurados para um recomeço.
Entretanto, na prática, esse acolhimento não ocorre de maneira eficaz. Enquanto aguardam vagas em alojamentos do governo, os refugiados acampam de maneira totalmente improvisada nos terminais de embarque, sem qualquer tipo de auxílio, seja da administradora do aeroporto ou do governo. Eles vivem de maneira precária, sem o suporte de coisas básicas como: higiene, alimentação ou conforto. O que os deixa em condições semelhantes aos moradores em situação de rua.
Condições estas que a ONG conhece das ações diárias e administra sempre da melhor maneira possível, e para essa situação, logicamente, não foi diferente. Foram realizadas algumas ações dentro do aeroporto, para entrega de mantimentos, atendimentos médicos e psicológicos. Entretanto, a mais marcante ocorreu no dia 15 de outubro. Após ouvir relatos e pedidos dos próprios imigrantes, a ONG conseguiu firmar uma parceria com a associação Coliseu, localizada no bairro dos Pimentas, em Guarulhos. Lá os afegãos ganharam um dia de lazer e dignidade. Tiveram a oportunidade de fazer suas refeições, como café da manhã e almoço e receberam dos voluntários kits de higiene bucal e íntima, inclusive com a oportunidade de tomarem banho, algo que os próprios afegãos cobravam das autoridades responsáveis.
Enquanto houver refugiados instalados esperando por resolução, e a tendência é aumentar, já que o governo não tem um plano definido de como agir com essa situação, a ideia é que o Bem da Madrugada realize mais ações ao longo dos próximos meses.
Equipe de voluntários do Bem da Madrugada durante ação emergencial humanitária
A campanha do Outubro Rosa existe desde a década de 1990 e representa um alerta sobre a conscientização e o combate ao câncer de mama, através de ações e informações acerca da doença. Apesar da relevância da campanha, é fundamental que a visibilidade do assunto não fique restrita aos exames, mas também ao cuidado da mulher em geral.
Na promoção do acolhimento, e demais cuidados, O Instituto Somando Mais Ações contribui com projetos que cuidam da saúde da mulher em situação de rua, como o Médicos nas Ruas que presta atendimento a mulheres de todas as idades, ajudando-as a manter a saúde física, e os Psicólogos nas Ruas, que contribuem, em cada ação, com a saúde mental dessas mulheres. A equipe do projeto promove o cuidado e a atenção, junto com o espaço para diálogo com as atendidas, além da distribuição de mantimentos para a higiene feminina, como absorventes.
Segundo último levantamento promovido pela prefeitura de São Paulo, dados do fim de 2021, há 31.884 pessoas vivendo nas ruas da cidade, onde 16,6% são mulheres, e esse índice só vem aumentando. As mulheres carregam o peso da violência doméstica, abandono e assédio e por este motivo é muito importante a atenção e o cuidado, não só em outubro, mas no ano todo de modo a contribuir para a garantia de direitos e a priorização da qualidade de vida destas mulheres em vulnerabilidade social.