Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais Ano III - Edição 41 Tiragem: 4.500
23 de Janeiro de 2012
Injustiça
Quem são os “marajás”, afinal?
ASCOM/GM/MPOG
A grande imprensa se deleita em bater no reajuste pedido pelos servidores do Judiciário Federal, mas parece esquecer-se dos ministros e de outras categorias similares, que ganham até três vezes mais
Ministra Miriam Belchior: reajuste de servidor não pode, mas ganhar acima do teto constitucional pode
Durante toda a luta pela aprovação do PCS dos servidores do Judiciário Federal, desde que o PL 6613/09 foi enviado ao Congresso, não houve um só dia em que os servidores não fossem tachados, pela grande mídia, de “marajás” e acusados de se apropriarem de algo que não lhes pertencia – no caso, o dinheiro que viria da União para pagar o reajuste. Aproveitando-se disso, o governo já anunciou: reajuste, só em 2013 – talvez. Acontece que, em meio às acusações de “supersalários” e “mordomias”, os detratores das reivindicações destes trabalhadores esquecem-se que há categorias ganhando muito mais para fazer trabalhos similares, fora os ministros e secretários de governo - os mesmos que recriminam a mobilização dos servidores –, que embolsam o equivalente a um técnico judiciário em início de carreira para participar de conselhos de empresas, conforme notícia publi-
cada pelo jornal Correio Braziliense, em 8 de janeiro deste ano. Tome-se como exemplo o recém-lançado edital para o concurso público para preenchimento de 246 vagas no Senado Federal. São 104 vagas para técnico legislativo (nível médio, com remuneração de R$ 13,8 mil); 133 para analista legislativo (nível superior, com remuneração de R$ 18,4 mil) e nove para consultor legislativo (nível superior, com remuneração de R$ 23,8 mil). Enquanto isso, um analista judiciário, cargo que também exige nível superior, conta com uma remuneração inicial de R$ 6.855,73, já segundo a tabela do PL 6613/09 – ou seja, quase três vezes menos do que um analista legislativo. Se pensarmos no que ganha um auxiliar judiciário, o fosso é ainda maior: os R$ 2.410,29 recebidos por eles são quase seis vezes menos do que um técnico legislativo, cargo de nível médio do Senado.
Ministros: R$ 2 mil por um “palpite” Até aqui, no entanto, nenhuma palavra da mídia. Esta só começou a apontar, timidamente, o outro lado da questão quando denunciou as gordas somas recebidas por ministros como Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento e Gestão) para participar de conselhos administrativos e fiscais de empresas estatais e até mesmo privadas. Essas participações, chamadas “jetons”, são
pagas por um comparecimento a cada dois meses, em geral, às reuniões dessas empresas. Os valores apurados pela reportagem do Correio Braziliense, à época, variavam entre R$ 2.100 e R$ 23 mil para cada reunião. Guido Mantega e Miriam Belchior participam dos conselhos da Petrobrás e da BR Distribuidora, o que rende, em média, R$ 7 mil
para cada um por mês. Justamente os dois ministros que têm na ponta da língua o discurso da crise econômica como empecilho para reajustes, se somados todos os seus rendimentos, estão bem acima do teto constitucional de R$ 26.700, chegando a R$ 40.900 brutos, todo mês – ou seja, mais do que merecedores do título de portadores de “supersalários”.
ATENÇÃO, FILIADO! Recadastre-se para ter direito AO seu cartão de filiado O SITRAEMG fornecerá, gratuitamente, cartões que possibilitarão a identificação do filiado ao Sindicato. O documento possuirá a foto do servidor, assim como seu nome completo e seu local de trabalho. Segundo a diretoria, o objetivo da medida é permitir ao servidor acesso mais fácil a festas, eventos e serviços oferecidos exclusivamente a filiados. Ainda, o cartão visa possibilitar melhor uso dos convênios oferecidos pela entidade em todo o estado. No entanto, para usufruir desta novidade, o servidor deverá se recadastrar no Sindicato com seus dados atualizados. O recadastramento também está sendo feito para que os filiados continuem recebendo via correios os informativos e brindes do Sindicato, como as bolsas e agendas enviadas no final de 2011 – infelizmente, a maioria desses materiais retornou, devido a endereços incorretos e desatualizados, o que gera um prejuízo para o Sindicato e para quem deixou de receber seu brinde. Para agilizar o processo, nesta edição do Jornal do SITRAEMG está encartada uma ficha de recadastramento. Junto com ela, o servidor deve enviar uma foto tamanho 3 X 4 para a confecção da carteirinha. A foto pode ser enviada (preferencialmente) digitalizada para o e-mail flavio@ sitraemg.org.br ou entregue na sede aos cuidados de Flávio, na Assessoria de Comunicação. O material – ficha e foto – também pode ser enviado pelo correio e via malote (servidores do interior) ou por meio dos funcionários do Sindicato que atendem aos tribunais.
Reunião de aposentados e lançamento do novo site serão dia 3
SITRAEMG vai ao TRE e JF negociar dias parados na greve
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