Jornal do Bancário nº 394

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MARÇO 2019 nº 393

JORNAL DOS BANCÁRIOS REFORMA DA PREVIDÊNCIA:

TRABALHAR MAIS PARA GANHAR MENOS! Carimbado CONTRA SINDICATOS MP É ATAQUE CRUEL À DEMOCRACIA! Medida Provisória editada na surdina pelo governo Bolsonaro (véspera de carnaval) é uma tentativa clara de enfraquecer sindicatos e direitos dos trabalhadores. A MP 873/2019 unifica as formas de receita sindical em única cobrança; proíbe o desconto em folha de mensalidades e contribuições; e determina autorização de forma prévia, voluntária e individual, tornando nulas as autorizações de assembleias e acordos coletivos. Minar possibilidades de financiameno do sindicato é diminuir as chances de manutenção de direitos e novas conquistas. Além disso, a democracia requer sindicatos fortes e não apenas os patrões fortalecidos. A lei do governo fere a Constituição, acordos internacionais e normas da OIT e vão ser frutos de ações na justiça. Baltazar Luzia Presidente

Imperdíveis os novos convênios do Sindicato Pag. 3

O governo divulga que sua proposta de reforma da Previdência vai tornar o sistema mais justo, equiparando pobres e ricos. Na verdade, a proposta dificulta a aposentadoria e rebaixa o valor dos benefícios para todos os segmentos, em especial para os mais pobres e a classe média, nivelando todos por baixo. A proposta extingue a aposentadoria por tempo de contribuição; homens só poderão se aposentar com 65 anos de idade e com 20 anos de contribuição ao INSS; e as mulheres apenas com 62 anos de idade e os mesmos 20 anos de contribuição. Mas a idade mínima pode subir a partir de 2024, e depois a cada quatro anos, conforme o aumento da expectativa de sobrevida da população.

VALOR SERÁ MENOR Outro detalhe importante é que, com 65 anos ou 62 anos e 20 anos de contribuição, homens e mulheres só receberão 60% do benefício. E serão 60% da média de TODOS os salários da vida. Ou seja, além de aumentar o tempo para a aposentadoria, a PEC também reduz os valores dos benefícios, visto que hoje são retirados do cálculo os 20% salários mais baixos do trabalhador. Para ter direito à média integral, além da idade mínima, será necessário 40 anos de contribuição (para maioria 57 anos de trabalho, veja ao lado). Pior se chegar a idade, mas não tiver 20 anos de contribuição, não tem aposentadoria.

Pior que idade mínima e 40 anos de contribuiçao é a capitalização Veja porque na Pag. 3


Jornal dos Bancários

Março de 2018

Caixa manobra para esconder lucro de 2018

Estratégia reduz PLR dos bancários e busca justificativa para privatização

De lh ! CASSI: NEGOCIAÇÃO RETOMADA - ​Após rejeição das propostas

apresentadas pelo Banco do Brasil pelas entidades que representam o funcionalismo, foi estabelecido um calendário de negociações para melhorar os itens propostos para a Caixa de Assistência. Entre os debates está a entrada de novos funcionários do plano, projeções de receitas, déficit, custeio e governança da Cassi.

CAIXA: GDP ADOECE – No GT de saúde, a representante da Contraf-CUT, Fabiana Uehara, manifestou preocupação com o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP): “A Caixa iludiu os empregados com o GDP, vendendo a ideia de que o programa seria um instrumento de aprimoramento dos empregados. Na verdade, o método utilizado agrava a comparação entre pessoas da mesma equipe, individualizando um trabalho que é coletivo; estabelece ranking interno, classificando os empregados de acordo com o desempenho individual; e gera alto estresse por conta do assédio, da pressão e da falta de empregados nas unidades”.

ASSÉDIO MORAL AGORA É CRIME – A Câmara aprovou no último dia 12, um projeto que transforma em crime o assédio moral no ambiente de trabalho. Na versão da lei, o crime se dá quando alguém ofende de forma reiterada a dignidade de outro, causando sofrimento físico e mental no emprego. A pena estipulada é de 1 a 2 anos de prisão mais multa, aumentada em 1/3 se a vítima for menor de 18 anos. A causa só tem início se a vítima representar contra o ofensor. O texto segue para o Senado.

Pedro descumpre acordo na Caixa Mudanças que estão sendo implantadas na Caixa Econômica Federal, desde que Pedro Guimarães assumiu a presidência do banco, ferem o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) firmado com os empregados. “A cláusula 48 do acordo garante que os impactos na vida funcional dos empregados ocasionados pela implantação de novos processos de trabalho devem ser debatidos na mesa de negociação entre o banco e as entidades de representação dos trabalhadores. Mas as mudanças estão

sendo implantadas sem que sejamos comunicados previamente”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) do banco, Dionísio Reis. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) já pediu em ofício a paralisação da reestruturação do banco e a realização de uma reunião pata tratar do assunto. Mas o presidente do banco se recusou a receber os representantes, dizendo que só vai discutir as propostas em abril na mesa de negociações.

Gerente denunciado por assédio moral é demitido no Bradesco O Sindicato dos Bancários enviou os relatos ao banco de maneira sigilosa e entrou em contato com o RH para repudiar a atitude de gestor e cobrar ações contra a prática. Também foram realizadas reuniões com a superintendência regional a fim de solucionar o caso através do diálogo. O caso aconteceu em Catanduva (SP). Após o prazo estabelecido na Convenção Coletiva

de Trabalho da categoria (CCT), a direção do Bradesco acatou a solicitação do Sindicato e, após averiguação das denúncias, o banco determinou a demissão do assediador. Uma importante vitória para os bancários vítimas de assédio moral. A ferramenta de prevenção e combate à prática abusiva é uma conquista dos bancários da Campanha Nacional Unificada 2010.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, segundo informações da agência de notícias Reuters, pediu para que seja feita provisão extraordinária de R$ 7 bilhões para perdas esperadas com calotes no financiamento imobiliário e na desvalorização de imóveis retomados. Uma análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra, porém, que a inadimplência média na carteira imobiliária é muito menor do que a dos demais bancos. “Os do balanço do terceiro trimestre de 2018 apresentam uma inadimplência muito pequena. Não existe motivo para uma provisão tão grande”, disse a economista Vivian Rodrigues, da subseção do Dieese. Se a medida for efetivada, o lucro líquido da Caixa será de menos de R$ 10 bilhões. Isso quer dizer que esta manobra forçará um prejuízo estrondoso no último trimestre de 2018, pois no terceiro trimestre o banco já havia apresentado um lucro líquido de R$ 11,5 bilhões. Além de reduzir o pagamento da PLR dos bancários, esconder o lucro faz parte da justificativa para tentar privatizar o banco. Veja mais sobre a Caixa no site do sindicato


Jornal dos Bancários

Março 2018

Desconto de 30% na faculdade; 20% em barbearia Sindicato fecha novos convênios e organiza benefícios da categoria

Que estender sua licença paternidade de 5 para 20 dias? Lei federal aprovada em 2008 permite a extensão da licença paternidade na rede privada em troca de dedução de impostos. No caso do pai, o benefício pode ir de 5 para

JORNAL DOS BANCÁRIOS EXPEDIENTE

Publicação do Sindicato dos Bancários de Uberaba e região. Presidente: Baltazar Luzia Pinto. Secretário de Imprensa: Élcio Lopes Lucas. Edição: Anízio Bragança Júnior - MG 4731JP. Rua Governador Valadares, 450. Cep: 38.010-380. Telefax: (34) 3312-1993. 1000 exemplares. Notícias do “www. contrafcut.org.br” e “www.spbancarios.com.br” e www.. Fotos: Marco Túlio Bernardes E-mail: imprensadosbancarios@mednet.com.br e secretariadosbancarios@uol.com.br. Sítio: www.bancariosdeuberaba.com.br.

20 dias. Para tanto, é necessário fazer o curso gratuito ‘on line’ paternidade responsável: http://

primeirainfancia.org.br/ministerio-da-saude-e-avasus-lancam-curso-voltado-a-paternidade/

Discriminação das bancárias após completar 40 anos Levantamento do Dieese ​ mostra que a participação de mulheres no quadro funcional cai 7,8 % após elas completarem 40 anos. O levantamento foi feito com as informações da Relação Anual de Informações Sociais 2017 (Rais).

O Sindicato fechou novos convênios com vários serviços e está reorganizando os benefícios para a categoria bancária. Entre os convênios, destaque para a faculdade e pós graduação com 30% de desconto, barbearia com 20% em dias especiais para bancários e inglês com 10% para associados do sindicato e seus dependentes. (confira ao lado). Mais convênios estão descritos no site do sindicato (item institucional/benefícios). Quer indicar algum convênio ou tirar dúvidas? Envie um e-mail para convênios@banca-

riosdeuberaba.com.br.

Mulheres ganham 17,8% a menos no setor bancário Enquanto os homens foram contratados com salário médio de R$ 5.346,85, elas foram admitidas recebendo apenas R$ 4.428,48. No momento da demissão, a diferença salarial é ainda maior, chegando a 21%. O levantamento é do Dieese em janeiro/2019. No geral, a diferença salarial entre homens e mulheres foi de 20,5% no ano passado, mostra o Pnad do IBGE.

CONVÊNIOS FACULDADE- UNIFRAN (3073-5209), com 30% de desconto para cursos de graduação, pós e extensão. EAD ou semipresencial. Isenção da taxa de inscrição. BARBEARIA - BUCANEROS (3073-5209), com 20% de desconto para filiados e dependentes no dia especial para bancários (SEGUNDA e QUINTA). INGLÊS NUMBER ONE (3312-8700) e CCAA (3332-6766) com 10% de desconto para associados e dependentes nas mensalidades e Isenção de matrícula. GERIATRIA - CENTRAL FISIOTERAPIA (3311-3760) - Ortopedia, reumatologia, pós-operatório e labirintite. Atendimento residencial ou clínico R$ 60 a sessão. MASSAGENS - Terapias alternativas, massagens e massoterapia. Alívio das dores (99855-0260). Mais convênios no site do sindicato

Capitalizaçao é o fim da previdência pública A reforma proposta prevê constitucionalmente a criação do sistema de capitalização em contas individuais - ou seja, cada trabalhador financiaria sua própria aposentadoria -, administradas por entidades públicas ou privadas a ser regulamentado por lei complementar. A capitalização resulta em rendimentos menores do que no atual modelo de repartição, uma vez que não prevê o financiamento tri-

partite (Estado, trabalhador e empregador); as altas taxas de administração consomem parte da aplicação individual do trabalhador; há risco de prejuízo nos investimentos que remuneram as contas; e adota-se a lógica da privatização de serviços e direitos; além de ampliar a financeirização da economia. NOS OUTROS PAÍSES Países como Chile, México e Peru, onde o sistema de capitalização da previdência

foi implantado, hoje revisam o modelo devido ao rebaixamento dos benefícios. Também houve um consequente empobrecimento da população idosa, e criou a baixa cobertura do sistema no todo de suas populações.


Jornal dos Bancários

Março de 2019

8 de março: Dia de homenagens e mobilização

Sindicato faz homenagens na agências, apoia atos e faz denuncia nas redes No Dia Internacional das Mulheres, a diretoria do Sindicato prestou homenagem às bancárias em todas as agências bancárias de Uberaba. A diretoria também apoiou apoio diretamente atividades

de rua na cidade e denunciou nas redes sociais o tratamento desigual destinado às mulheres, a violência e a maldade que está sendo tramado contra elas na reforma da previdência. Mais fotos no site.


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