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JORNAL NACIONAL DE SEGUROS

Ano 33 • nº 361 • SETEMBRO • Circul a OUTUBRO 2025

CNseg: Casa do Seguro vai prover soluções para a crise climática na COP 30, em novembro

A iniciativa é uma estratégia para dar visibilidade ao papel do setor nas discussões climáticas. Na 10.

Sincor-MG inova e lança

Corretor na Real, um projeto que mereceu aplausos do mercado

O objetivo é reposicionar o corretor como agente transformador nas cidades de Minas Gerais. Pág 12.

Atualizacão da Tabela do Simples Nacional favorece o Corretor de Seguros

O tema está em discussão no Congresso. Os limites atuais estão congelados desde 2018. Pág. 14.

Lucro dos planos de saúde

dispara 131,9%

e esquenta debate sobre consumidores

O setor de saúde suplementar está nas alturas. Dados divulgados pela ANS revelam que os planos de saúde registraram um lucro líquido de R$ 12,9 bilhões no primeiro semestre de 2025. Tal desempenho chama atenção porque ocorre em meio a um cenário de reajustes elevados para os beneficiários. Segundo a ANS, o resultado equivale a 6,8% de toda a receita do setor, que alcançou R$ 190 bilhões. Neste fogo cruzado, estão mais de 50 milhões de brasileiros atendidos, e com crescimentos anuais expressivos, conforme indica a ANS. Com isso, os planos de saúde se consolidam como um dos setores mais lucrativos do país. O desafio, no entanto, é equilibrar a sustentabilidade financeira das operadoras com a garantia de acesso e qualidade para os consumidores. Página 16.

ÉSEGLEGAL URO PIRATA

PARECE QUE AGORA TODO MUNDO CONCORDA! Pág.06

Armando Vergílio, presidente da Fenacor

JORNAL NACIONAL DE SEGUROS

Rua Jamboaçu, 216

Alto do Ipiranga • 04281 060 • SP/SP

TelFax (11) 5539 5317 https://jns.com.br

Alessandro Octaviani, Superintende da Susep
Raul Canal, presidente da AAAPV
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg

A falsa imagem de que o risco de roubo no Brasil está sendo controlado pelas autoridades

Li recente um artigo do amigo Antônio Penteado Mendonça no Estadão em que ele comentava que existe uma diferença entre a divulgação oficial e a realidade quanto aos índices de criminalidade. A propaganda oficial é de que a segurança está melhorando, mas, na verdade, a criminalidade está aumentando junto com a sinistralidade das carteiras envolvidas com o risco de roubo e furto. Seguros como automóvel, condomínios, joias, cartões de crédito, residenciais são alguns exemplos de modalidades que estão sofrendo com o aumento da criminalidade.

Lembrei de um debate que tive com um segurador italiano que veio ao Brasil, na década de 70, quando a carteira de responsabilidade civil operações industriais e comerciais, bem como a modalidade responsabilidade civil produtos, estavam iniciando suas operações aqui no nosso país. Eu, na época, era técnico em uma corretora de seguros com foco em clientes industriais e sofria para convencer nossos clientes a contratar seguro de responsabilidade civil operações e produtos. Eles simplesmente não tinham interesse. Queriam contratar seguro incêndio mais nada.

O segurador italiano era especializado em seguro de responsabilidade civil operações e produtos e contou, em sua palestra, que, na opinião dele, a Justiça italiana estava “tentando” quebrar as seguradoras italianas que ofereciam, na época, seguro de responsabilidade civil com importância segurada “ilimitada”. Isso mesmo. A apólice garantia o reembolso de toda e qualquer condenação que a Justiça fizesse aos segurados italianos em decorrência de danos a terceiros decorrentes de operações industriais, comerciais e seus produtos, sem limite. A Justiça italiana estava condenando algumas empresas italianas em valores jamais esperados pelos seguradores italianos, que ficaram surpresos com os valores das condenações e eram obrigados a reembolsar as empresas seguradas de valores muito elevados. O segurador italiano dizia que isto era péssimo para o mercado segurador italiano. Eu, no entanto, disse para ele que a Justiça italiana estava,

JNS

EQUIPE

O SEGURADOR

Em terra de robôs, quem tem coração é rei

na verdade, fazendo um favor para o mercado segurador italiano, o que ele achou ridículo.

Na minha opinião, a situação no Brasil, em que a Justiça brasileira, não punia as empresas que causavam danos por operações e produtos no Brasil, antes do código de defesa do consumidor, era muito pior. Pior porque os brasileiros simplesmente não acreditavam que seriam responsabilizados por nada que fizessem e, com isto, não havia um temor que justificasse gastar dinheiro com seguros para se protegerem. A insegurança generalizada e bem divulgada é favorável ao Mercado Segurador porque faz com que todos contratem seus seguros mesmo que só uns poucos venham a ter perdas. Este é o princípio do mutualismo. É preciso haver um temor generalizado para que um grande número de pessoas se sintam inseguras e busquem proteção, e somente algumas tenham perdas, que serão compensadas com os prêmios pagos por todos. Um bom exemplo disto é a diferença de contratação de seguro automóvel nas cidades grandes e nas pequenas cidades do interior, onde o risco de roubo é praticamente zero, ainda os proprietários viajem e sempre corram algum risco como colisão ou um acidente nas estradas.

Portanto, a tentativa dos governos, tanto federal como dos Estados, de tentar criar uma falsa imagem de que a criminalidade está sob controle e que está diminuindo, o que fazem com objetivo político, é perigosa e contraproducente para o Mercado Segurador, porque induz a população a deixar de contratar seguro e o Mercado precisa de contratação generalizada para arrecadar de muitos o que paga para poucos. A sorte do Mercado é que a população já aprendeu a não acreditar em propaganda política.

Jornal Nacional de Seguros

JNS MEGGA Com e Editora Ltda

Nelito Carvalho (in memoriam), Editor responsável: Manoel Carvalho Neto (Mtb 66.995/SP), Editor executivo: Sérgio Carvalho, Equipe: Flávio Carvalho (diretor de arte), Julia Moscareli de Carvalho (redes sociais) e Cassio Manga (Caricaturas)

COLABORADORES

Aparecido Rocha, Carlos Barros de Moura, César Barreto Padilla, David Nigri, Décio Milnitzky, Dorival Alves de Souza (Sincor-DF), Fernando Coelho dos Santos, Nelson Fontana, Aparecido Rocha (Insurance Reviewer), Ricardo Padilla, Roberto Silva Barbosa, Thiago Fecher e Walter Polido.

ENDEREÇO

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Não é de hoje que a tecnologia vem revolucionando o mercado de seguros. Ferramentas como inteligência artificial, automação e análise de dados permitem processos mais ágeis, avaliação de sinistros em tempo recorde e ofertas personalizadas. O que também vem transformando a experiência dos consumidores e facilitando a entrega de soluções mais rápidas e eficientes. E os impactos são claros, é possível ver maior agilidade nas contratações e nos pagamentos de indenizações. No entanto, por traz de toda essa revolução tecnológica, uma verdade prevalece: negócios são feitos de pessoas para pessoas.

Apesar da eficiência tecnológica, a personalização e o atendimento humanizado continuam sendo pilares essenciais no relacionamento com os clientes. Um estudo recente da McKinsey revelou que 71% dos consumidores esperam interações personalizadas e que 76% se decepcionam quando isso não acontece. No setor de seguros, no qual a confiança é crucial, essa expectativa é ainda maior.

A tecnologia é uma grande aliada ao oferecer recursos para compreender melhor o cliente. Sistemas avançados analisam perfis de consumo, histórico financeiro e comportamento digital, permitindo que as seguradoras identifiquem necessidades específicas e sugiram produtos adequados. Essa abordagem assertiva facilita a jornada de compra e ajuda a construir uma relação mais próxima e relevante. Entretanto, a personalização não se limita à oferta de produtos.

O atendimento ganha uma nova dimensão quando um profissional demonstra empatia, escuta ativa e preocupação genuína com o cliente. Embora os algoritmos sejam capazes de mapear padrões e tendências, apenas um ser humano pode captar nuances emocionais e criar uma conexão verdadeira. Um gesto simples, como perguntar "Como você está?" em um momento difícil, ou felicitar “Parabéns pelo seu filho”, em um momento de alegria, tem um impacto que nenhuma automação pode replicar.

A integração entre tecnologia e humanização também fortalece o processo de fidelização. A experiência do cliente não é apenas transacional, mas relacional. Ao combinar sistemas que antecipam necessidades com um atendimento caloroso e proativo, cria-se uma sensação de pertencimento e confiança que vai além do produto adquirido.

No mercado de seguros, essa fusão é particularmente importante, pois estamos lidando com um bem intangível, cuja relevância muitas vezes só se manifesta em momentos desafiadores da vida do cliente. Nesse contexto, a eficiência tecnológica deve caminhar ao lado de um atendimento sensível e personalizado.

O futuro do setor está no equilíbrio entre o digital e o humano. A tecnologia continuará sendo uma aliada indispensável para otimizar processos, analisar dados e ampliar o alcance das seguradoras. No entanto, o diferencial estará na capacidade de combinar esses avanços com um olhar humano, atento e empático.

O mercado já está avançando para um modelo cada vez mais integrado entre físico e digital, o que chamamos de “phigital”. Agora, o compromisso de oferecer soluções ágeis sem perder o contato humano será o verdadeiro diferencial nesse novo mundo. Porque, no fim das contas, negócios são feitos com tecnologia, mas conduzidos por pessoas, e a combinação perfeita entre o digital e o humano é o que define uma experiência memorável no setor de seguros. Afinal, em terra de robôs, quem tem coração é rei. CO M A P A L A VRA

Jornal Nacional de Seguros Ed. 361 SET 2025
Leonardo Freitas
Nelson Fontana

Dorival Alves de Souza Corretor de Seguros e diretor

Extinção da Franquia no Seguro Auto

Comentários ao Projeto de Lei (PL) do deputado Fábio Henrique (UNIÃO/SE), que acrescenta ao Código Civil (Lei 10.406/02), artigo EXTINGUINDO a cobrança de FRANQUIA nos contratos de SEGURO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES.

Para avaliar como a proposta do deputado poderia impactar segurados e seguradoras, é importante considerar o conteúdo específico da proposta. No entanto, comentarei alguns possíveis impactos gerais que uma mudança legislativa pode ter em ambos os grupos: Impactos para os Segurados:

1. Alteração de Prêmios: Se a proposta resultar em novas regulamentações sobre coberturas ou franquias, isso pode levar a mudanças nos valores dos prêmios, afetando o custo do seguro para os segurados;

2. Aumento de Coberturas: Caso a proposta amplie as coberturas obrigatórias, os segurados podem ter mais proteção, mas isso pode também resultar em custos mais altos;

3. Facilidade de Acesso: Se a proposta incluir medidas para tornar o processo de contratação e reclamação mais simples, isso pode beneficiar os segurados, proporcionando uma experiência mais acessível e menos burocrática;

4. Direitos dos Consumidores: A proposta pode fortalecer os direitos dos segurados, garantindo maior transparência e proteção contra práticas abusivas das seguradoras.

Impactos para as Seguradoras:

1. Mudanças nos Custos Operacionais: Novas regulamentações podem exigir que as seguradoras ajustem seus processos internos, o que pode gerar custos adicionais;

2. Risco e Prêmios: Dependendo da natureza da proposta, as seguradoras podem precisar reavaliar seu modelo de risco e ajustar os prêmios para se manterem financeiramente viáveis.

3. Concorrência: Se a proposta facilitar a entrada de novas seguradoras no mercado ou modificar as regras de concorrência, isso pode afetar a dinâmica do setor, levando a uma maior competitividade.

4. Responsabilidades Legais: A proposta pode ampliar as responsabilidades das seguradoras em relação ao atendimento ao cliente e à liquidação de sinistros, o que pode impactar sua lucratividade.

Esses impactos dependerão da natureza específica da proposta e da maneira como ela é implementada, mas é fundamental que tanto segurados quanto seguradoras analisem as mudanças e se adaptem às novas realidades do mercado.

A ausência da franquia poderá levar a um aumento no valor do preço de seguro do veículo.

O aumento do preço do seguro dependerá de vários fatores, incluindo:

1. Aumento do Risco para as Seguradoras: Sem a franquia, as seguradoras assumiriam a responsabilidade total por todos os danos em caso de sinistro. Isso aumentaria o risco financeiro para as seguradoras, que precisariam ajustar os custos dos seguros para cobrir essa responsabilidade;

2. Histórico de Sinistros: Um dos impactos no valor do seguro também dependeria do histórico de sinistros de cada segurado. Se uma seguradora observar que a ausência da franquia leva a um aumento nos sinistros, ela pode aumentar os prêmios de forma mais drástica;

3. Concorrência no Mercado: O cenário competitivo no mercado de seguros automotivos também influenciaria o quanto os prêmios poderiam aumentar. Se a eliminação da franquia se tornasse uma norma, as seguradoras poderiam ajustar seus preços de maneira diferente, dependendo de como se posicionam em relação à concorrência;

4. Mudanças na Regulamentação: A regulamentação do setor de seguros poderia impactar os prêmios. Se houver novas regras que limitem o quanto as seguradoras podem aumentar os preços, isso poderia moderar o aumento;

5. Estratégias de Mitigação de Risco: Se as seguradoras implementarem estratégias eficazes de mitigação de risco, como programas de prevenção e uso de tecnologias para monitoramento de comportamento de direção, isso poderia ajudar a controlar o aumento dos prêmios.

Da Estimativa de Aumento:

Embora seja difícil quantificar exatamente em que medida os prêmios aumentariam, estudos de mercado sugerem que a possível eliminação da franquia poderia resultar em um aumento de 10% a 30% nos prêmios, dependendo das circunstâncias específicas de cada seguradora e do perfil de risco dos segurados.

Em resumo, entendo que a possível eliminação da franquia provavelmente resultaria em um aumento nos prêmios de seguro, mas a magnitude desse aumento dependeria de diversos fatores, incluindo o comportamento do mercado e as estratégias adotadas pelas seguradoras.

Jornal Nacional de Seguros Ed. 361 SET 2025

O ADVOGADO

Nova

Lei

de Seguro

Avanços em Transparência,

Segurança e Direitos dos Segurados

Arecente atualização na legislação de Seguros traz mudanças significativas para o setor, promovendo uma relação mais equilibrada e justa entre seguradoras e segurados. As novas disposições visam aumentar a transparência, oferecer mais segurança jurídica e proteger os consumidores, introduzindo regras claras sobre cancelamento, prazos para sinistros e obrigações de ambas as partes.

Maior Transparência e Segurança na Relação

Um dos pilares dessa nova lei é a ampliação da transparência. As seguradoras passam a ter o dever de informar detalhadamente as condições contratuais, bem como os procedimentos adotados na regulação dos sinistros. Essa obrigação não só permite que o segurado compreenda plenamente seus direitos e deveres, mas também reforça a segurança e a confiança na relação contratual.

Vedação ao Cancelamento Unilateral do Contrato

Para evitar arbitrariedades e rescisões injustas, a lei proíbe o cancelamento unilateral do contrato por parte da seguradora. Essa medida protege o segurado, garantindo que a continuidade da prestação do serviço seja mantida e que qualquer encerramento contratual ocorra apenas conforme as condições previamente estipuladas e acordadas entre as partes.

Prazos Rígidos para Deliberação e Pagamento de Indenizações

A legislação estabelece prazos mais rígidos para a deliberação dos sinistros e para o pagamento das indenizações. Com essas medidas, busca-se reduzir a morosidade que, por vezes, prejudicava o acesso rápido à compensação financeira. A definição de prazos claros garante que os segurados recebam respostas e pagamentos de forma célere, fortalecendo a prestação de serviço de seguro.

Dever de Colaboração do Segurado

A nova lei também impõe ao segurado o dever de colaborar com a seguradora. Assim, este deverá informar sobre quaisquer processos judiciais em seu desfavor que possam ter impacto na apólice. Ainda que essa comunicação possa levar o segurado a integrar o polo passivo da demanda, a regra deixa claro que isso não implica em solidariedade entre os litisconsortes, preservando a individualidade de cada responsabilidade.

Marco Inicial e Suspensão do Prazo Prescricional

Um aspecto inovador da nova legislação é a definição do marco inicial para a contagem do prazo prescricional. Esse prazo começa a contar a partir da data em que o segurado toma ciência da recusa, ex-pressa e motivada, da seguradora em realizar o pagamento da indenização. Ademais, a lei prevê a possibilidade de suspensão desse prazo em determinadas situações, proporcionando uma proteção extra ao segurado e assegurando que seus direitos não sejam prejudicados por eventuais atrasos processuais.

Prazo Prescricional para Beneficiários e Terceiros Prejudicados

Para as pretensões de beneficiários ou terceiros prejudicados, o prazo prescricional foi fixado em três anos a partir do fato gerador. Essa determinação confere maior segurança jurídica a todas as partes envolvidas, estabelecendo um limite temporal que garante a possibilidade de reivindicar direitos sem que a demora comprometa o acesso à justiça.

Obrigatoriedade de Compartilhamento de Documentos

Por fim, a nova lei impõe que as seguradoras compartilhem todos os documentos produzidos durante o procedimento de regulação dos sinistros. Essa obrigatoriedade tem como objetivo assegurar o acesso completo às informações, permitindo que o segurado acompanhe e fiscalize o andamento do processo, o que reforça a transparência e a responsabilidade na condução dos procedimentos.

Considerações Finais

A nova lei de seguro representa um avanço significativo para o mercado, promovendo maior equilíbrio e justiça na relação entre seguradoras e segurados.Ao estabelecer medidas que vão desde a vedação ao cancelamento unilateral até prazos prescricionais mais claros e o compartilhamento de documentos, a legislação fortalece os direitos dos consumidores e contribui para um ambiente de negócios mais seguro e confiável.Com essa reforma, o setor de seguros caminha para uma prática mais transparente e colaborativa, beneficiando tanto os segurados quanto às próprias seguradoras.

David Nigri
Dorival Souza

PIRATA É LEGAL

LC 213/2025 impõe ao setor de seguros encarar sua maior revolução já vivida nos últimos 60 anos

O Projeto de Lei Complementar PLP nº 213/2025 regulamenta o funcionamento de cooperativas de seguros e de grupos de proteção patrimonial mutualista, promove uma ampla reforma no Sistema Nacional de Seguros Privados e amplia os instrumentos de supervisão à disposição da Susep. Agora, as sociedades cooperativas de seguros, antes autorizadas a operar unicamente com seguros agrícolas, de saúde e de acidentes do trabalho, passam a poder operar em qualquer ramo de seguros privados, exceto naqueles que venham a ser expressamente vedados em regulamentação específica. A Lei cria ainda a figura das administradoras de operações de proteção patrimonial mutualistas, que serão sociedades empresárias constituídas com o objetivo de gerir os interesses patrimoniais de um grupo de pessoas, reunidos em associações, contra riscos predeterminados que sejam repartidos por meio de rateio mutualista de despesas. Com isso, a Lei soluciona a ausência de regulamentação que havia com relação à atuação das associações de proteção, que já operavam no mercado, sem que houvesse previsão legal a respeito dessa possibilidade. Com a nova lei, as associações deverão contratar administradoras, que serão supervisionadas pela Susep, para gerenciar o patrimônio dos grupos de proteção patrimonial. Entenda tudo a seguir

1. Antecedentes e contexto histórico

1.1 O modelo de seguro tradicional e sua regulação

No Brasil, o mercado segurador é historicamente regulado por normas específicas. A base regulatória principal para o seguro privado é o Decreto Lei 73/1966 (Lei do Seguro Privado). Esse arcabouço legal, ao longo dos anos, foi ajustado por leis complementares, resoluções do CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados) e normativos da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).

Nesse regime tradicional, as seguradoras operam no modelo empresarial, assumindo riscos mediante prêmio pago por segurados, constituindo provisões técnicas, exigindo capital mínimo, submetendo-se à fiscalização da SUSEP e obedecendo às normas de solvência, auditoria, entre outras exigências.

Dentro desse modelo, houve restrições à atuação de entidades cooperativas ou mutualistas no setor de seguros, especialmente no que diz respeito a alguns ramos. Ou seja: não era inteiramente incompatível haver uma cooperativa de seguros com autorização, mas suas operações estavam bastante restritas.

1.2 Cooperativismo e mutualismo no Brasil

Enquanto isso, o cooperativismo e o

mutualismo são tradições mais antigas, voltadas à autogestão, associações de pessoas que se unem para fins comuns, compartilhamento de riscos, sem fins de lucro ou com finalidade social. No setor financeiro, por exemplo, existem cooperativas de crédito. No setor de saúde, cooperativas médicas, etc.

Já no domínio de seguros ou proteção patrimonial, há casos — sobretudo de associações de proteção veicular — que funcionavam como clubes de auxílio mútuo, com seus associados contribuindo para um fundo comum para cobrir sinistros. Mas muitas dessas entidades operavam em condições de insegurança jurídica, sem regulação clara nem fiscalização específica.

As associações de proteção veicular, por exemplo, cresceram bastante nas últimas décadas como alternativa para motoristas que tinham dificuldades em obter seguro tradicional (por perfil de risco, restrições, custo elevado, veículos mais antigos etc.). Contudo, o modelo dessas associações era heterogêneo e nem sempre acompanhava critérios técnicos ou de solvência, o que gerava riscos e críticas ao sistema.

Também houve iniciativas de autorregulação. Por exemplo, em 2016, foi criada a Agência de Auto Regulamentação de Proteção Veicular e Patrimonial (AAAPV),

com o objetivo de promover registro, controle e regulamentação ética do setor associativista de proteção patrimonial. Essa iniciativa, no entanto, tinha caráter privado e não supria a ausência de uma lei específica federal.

Em resumo: o setor de seguro formal era robusto e regulado; o setor mutualista/associativo de proteção patrimonial atuava num limbo legal, com muitos casos operando à margem da regulação ou sob risco regulatório.

2. Pressões e motivações para a mudança legal

Com o tempo, várias tensões foram crescendo:

Insegurança jurídica para associações de proteção veicular e outras entidades que operavam no modelo mutualista, por não haver norma clara que as autorizasse nem regulasse seu funcionamento. Isso causava litígios, questionamentos regulatórios e dúvidas quanto à legitimidade de suas operações.

Riscos de fraude, insolvência ou má gestão: sem obrigatoriedade de reservas técnicas, regulação de solvência ou regras claras de governança, alguns casos poderiam resultar em inadimplência de pagamento de sinistros ou colapso de associações, prejudicando associados.

Potencial de expansão de mercado: ha-

via a percepção de que permitir o modelo cooperativo/mutualista bem regulado poderia incrementar a competição no setor de seguros, tornar produtos mais acessíveis e ampliar a cobertura de riscos no país. Alguns estudos e manifestos do cooperativismo afirmavam que o impacto poderia ser significativo.

Coerência com práticas internacionais: em diversos países, cooperativas de seguros ou entidades mutualistas têm presença importante no mercado segurador, e o Brasil estava relativamente atrasado nesse campo.

Reconhecimento político: parlamentares, associações setoriais (do cooperativismo, do setor mutualista, das associações veiculares etc.) passaram a fazer lobby e articular projetos de lei para criar um marco regulatório. Por exemplo, o PLP 519/2018 foi a iniciativa que acabou evoluindo para a lei aprovada.

Demanda social: muitos proprietários de veículos, especialmente de classes médias ou com restrições, tinham dificuldade de acesso a seguro tradicional; a proteção veicular aparecia como alternativa viável, ainda que informal. Regulamentá-la poderia aumentar a segurança desse mercado.

Esses fatores convergiram para uma necessidade política e técnica de criar uma lei que desse respaldo legal às cooperati-

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PIRATA É LEGAL JNS 06

vas de seguros e às operações mutualistas de proteção patrimonial.

3. Tramitação legislativa da LC 213/2025

3.1 Origem do projeto

O ponto de partida formal foi o PLP 519/2018 (Projeto de Lei Complementar), posteriormente convertido para PLP 143/ 2024, que buscava regulamentar cooperativas de seguros e atividades de proteção patrimonial mutualista.

O projeto passou por debates e ajustes ao longo do tempo. Devido à relevância e complexidade, foi colocado em regime de urgência em partes do processo legislativo.

3.2 Aprovação no Congresso

Em 2024, o projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados (já sob o número PLP 143/2024).

Em 17 de dezembro de 2024, o Senado aprovou o texto com 71 votos favoráveis.

Após aprovação no Congresso, o texto seguiu para sanção presidencial.

Em 15 de janeiro de 2025, o então Presidente da República sancionou a lei (com veto parcial).

Foi publicada no Diário Oficial da União em 16 de janeiro de 2025.

Quanto aos vetos: um dos principais vetos foi o que criava 26 novos cargos comissionados para a SUSEP, sob argumento de inconstitucionalidade formal (pois a criação de cargos públicos compete à Presidência da República).

3.3 Conteúdo legal e disposições importantes

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Elas passam a poder operar em qualquer ramo de seguros privados (desde que não expressamente vedado) mediante autorização da SUSEP.

Antes da LC 213, as cooperativas de seguro estavam limitadas a alguns ramos (como seguros agrícolas, saúde e acidentes do trabalho) em muitos casos — restrição que agora é flexibilizada.

As operações de seguro geralmente devem ser feitas com seus associados, salvo autorização em casos especiais definidos pelo CNSP.

As cooperativas devem observar regras de governança, capital mínimo e normas de regulação e supervisão previstas para seguradoras (naquilo que for aplicável).

Há previsão de possibilidade de ceder riscos por meio de resseguro ou cosseguro, conforme regulamentação do CNSP.

Operações de proteção patrimonial mutualista

A lei cria a figura das administradoras das operações de proteção patrimonial mutualistas: sociedades empresárias encarregadas de gerir interesses patrimoniais de grupos de pessoas reunidas em associações, para compartilhar riscos mediante rateio mutualista.

As associações que já praticavam proteção veicular ou atividades similares passam a ter que se cadastrar junto à SUSEP no prazo estipulado (fase de adaptação), sob pena de cessar as atividades se não regularizarem.

A lei incorpora requisitos de transpa-

so, medidas cautelares e o processo administrativo sancionador no âmbito da SUSEP para todas as instituições supervisionadas (inclusive as novas cooperativas e administradoras mutualistas).

Prevê penalidades que podem variar de inabilitação de dirigentes (de 2 a 20 anos) a multas de até R$ 35 milhões.

Reforça a aplicação de regulação proporcional, ou seja, ajustar exigências conforme porte, perfil de risco e relevância sistêmica das entidades.

Disposições transitórias de regularização

A lei estabelece regras para que associações já ativas (proteção veicular etc.) possam se regularizar.

Impõe prazos de cadastramento (a “Fase I”) para que as associações informem seus dados, estatutos e assinem termo de adequação — o prazo limite para cadastramento foi de 16 de janeiro a 15 de julho de 2025.

Após a fase de regulamentação (Fase II), haverá a fase de regularidade perante a SUSEP (Fase III), com exigência de contratação de administradora autorizada e cumprimento de demais requisitos legais.

Esses são os pontos centrais da LC 213/ 2025.

4. Situação atual e desafios de implementação

4.1 Regulamentação em curso

A mera sanção da lei não esgota sua aplicação: é necessário regulamentar vários dispositivos técnicos — e esse proces-

A fase de cadastramento de associações (Fase I) está encerrada, com prazo até esgotado em15 de julho de 2025, para que as associações informassem seus dados à SUSEP.

As associações que não se cadastraram nesse prazo devem cessar atividades, e a SUSEP poderá retomar processos sancionadores ou ações civis públicas suspensas.

A regulamentação completa depende de deliberações do CNSP (normas de capital, provisões técnicas, exigências de capital, critérios de solvência etc.) e resoluções da SUSEP para implementar o regime sancionador.

Ou seja: estamos em uma fase de transição, de “arrancada” regulatória. A lei já está em vigor (para os dispositivos que não dependem de regulamentação), mas muitos detalhes práticos ainda precisam ser definidos.

4.2 Impactos práticos observados até agora

Alguns efeitos já começaram a se manifestar:

Legalização do setor de proteção veicular: após décadas de insegurança jurídica, agora associações de proteção veicular têm base legal para operar (se regularizadas).

Expansão cooperativista: o movimento cooperativista já aprovou a criação do ramo “Seguros” dentro do Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil). Em 18 de março de 2025, foi aprovada a criação desse novo ramo, embasada pela LC 213/2025.

PIRATA É LEGAL JNS

a nova lei pode aumentar a frota segurada em até 30%, com inclusão de 5 a 8 milhões de veículos que até então não tinham seguro tradicional, migrando para proteção veicular regularizada.

Há intensa mobilização legislativa e política local: por exemplo, deputados estaduais e federais celebram o avanço da regulamentação e ao defenderem o setor de proteção veicular como importante para milhões de brasileiros.

4.3 Desafios e riscos ainda pendentes

Apesar dos avanços, alguns desafios são grandes e merecem atenção:

Complexidade regulatória e técnica

A implementação requer definição de regras técnicas (capital, provisões, metodologia atuarial, normativos de governança, solvência, auditoria etc.). Se as normas forem muito rígidas, podem impor barreiras à entrada para associações menores; se muito brandas, poderão não prevenir riscos adequadamente.

Supervisão efetiva e capacidade institucional

A SUSEP precisará estruturar-se para supervisionar um universo de novas entidades cooperativas e mutualistas, com pessoal técnico, normativos e fiscalização eficaz.

A lei já ampliou instrumentos sancionatórios (termos de compromisso, medidas cautelares, multa pesada etc.), mas sua efetividade dependerá de aplicação rigorosa.

Risco de entidades que não se regularizarem

Há associações que operam sem transparência, sem reservas ou sem preparar-se para se adequar. A lei prevê que tais entidades cessarão sua operação, mas isso pode gerar conflitos judiciais ou descontinuidade para associados.

Adaptação dos associados e confiança do público

Muitos associados de proteção veicular terão que migrar para associações regularizadas ou justificar sua continuidade. A confiança do público dependerá da solidez das normas e da capacidade de

cum-primento.

Também será necessário explicar a diferença entre “proteção veicular” (modelo mutualista) e seguro tradicional — embora a lei agora reconheça legalmente as operações mutualistas, elas seguirão regras próprias.

Equilíbrio entre flexibilidade e rigidez regulatória

A regulação proporcional (ajustada ao porte e risco) será essencial — para não asfixiar entidades pequenas, mas ao mesmo tempo garantir segurança ao consumidor.

Litígios e contestações judiciais

Em alguns casos, entidades poderão questionar exigências da SUSEP ou do CNSP que considerem excessivas ou inaplicáveis.

Sinergia com o mercado tradicional de seguros

Será necessário articular a coexistência das cooperativas/mutualistas com seguradoras convencionais, resseguradoras, distribuição (corretagem) etc., evitando conflitos regulatórios ou distorções de competição.

Em suma: a fase institucional está em curso, os efeitos começam a aparecer, mas o sucesso dependerá de construção normativa bem calibrada e fiscalização comprometida.

5. Avaliação global e perspectivas futuras

5.1 Conquistas significativas

A LC 213/2025 representa um marco regulatório importante. Alguns ganhos que podem ser destacados:

Reconhecimento legal: entidades de proteção veicular e outras operações mutualistas deixam de estar em um “limbo” jurídico; agora têm base normativa.

Expansão do cooperativismo no setor de seguros: com a abertura para cooperativas atuarem em vários ramos de seguro, há potencial de diversificação e competição no mercado segurador brasileiro.

Inclusão de novos públicos: muitos proprietários de veículos ou outros bens

que não conseguiam seguro tradicional poderão ter opção de cobertura legal e regulada.

Fortalecimento regulatório e de supervisão: a SUSEP e o CNSP ganham instrumentos mais robustos para fiscalização, punição e controle de entidades mutualistas ou cooperativas no segmento segurador.

Modernização do sistema de seguros: a lei faz parte de uma reforma maior do mercado de seguros, alinhando princípios de proteção ao consumidor, sustentabilidade, regulação proporcional e melhores práticas.

5.2 Riscos e condicionantes

No entanto, não há garantia de sucesso automático. Alguns pontos decisivos:

A efetividade da fiscalização será determinante para evitar que entidades de fachada operem sem solvência ou que façam mau uso dos fundos.

Se a regulação for excessivamente onerosa, muitas associações menores podem não conseguir se adaptar. Isso poderia reduzir a oferta ou concentrar o mercado.

É necessário equilíbrio entre permitir flexibilidade para entidades pequenas e assegurar padrões mínimos de segurança para os associados.

A adoção real pelos associados dependerá do custo-benefício, da confiança no modelo, da clareza de responsabilidades e da transparência das entidades.

O tempo de implementação será crucial — se a regulação demorar muito ou for incerta, pode gerar paralisações ou insegurança no setor durante a fase de transição.

5.3 Cenários prospectivos

Algumas tendências ou cenários que podem se desenhar:

Crescimento expressivo das cooperativas de seguros

Se bem reguladas e fiscalizadas, cooperativas podem ganhar fatia relevante no mercado, sobretudo em nichos em que o seguro tradicional é caro ou inacessível (veículos mais velhos, pequenas propriedades

agrícolas, microempresários, etc.). Algumas projeções citam crescimento de até 15% ao ano para o mercado com a entrada de novas entidades cooperativas.

Migração de associados das associações informais para configuradas

Muitos associados de proteção veicular informal buscarão migrar para entidades regularizadas, o que exigirá ajustes contratuais, adaptações de regras internas e conformidade com exigências regulatórias.

Integração entre cooperativismo e seguradoras tradicionais

Parcerias ou fusões podem surgir: seguradoras tradicionais podem colaborar com cooperativas, oferecer suporte administrativo ou capital, ou cooperativas podem adquirir estrutura compartilhada.

Aprimoramento regulatório evolutivo

Ao longo dos próximos anos, é provável que o CNSP e a SUSEP editem resoluções de aperfeiçoamento, ajustes técnicos e normas complementares para responder aos primeiros casos práticos que surgirem.

Maior proteção ao consumidor e competição

Com maior concorrência e novas entidades bem reguladas, espera-se redução de preços e oferecimento de produtos mais adaptados, beneficiando usuários. Mas isso dependerá de competição saudável e regulação adequada.

Aumento da concorrência e crescimento do setor

Ao buscar ampliar o mercado segurador, permitindo a comercialização de produtos de seguros por novos entrantes econômicos, gerando grande potencial para aumento da concorrência e crescimento do setor, a LC nº 213/2025, juntamente com a Lei nº 15.040/2024 - Lei do Contrato de Seguro, consolida uma profunda reforma no mercado de seguros brasileiro, com o objetivo maior de expandir o acesso e o consumo de seguro no nosso país, em bases cada vez mais sólidas e estáveis.

Casa do Seguro é uma iniciativa da CNseg, na COP30, que provê soluções para a crise climática

A “Casa do Seguro” da CNseg é uma iniciativa estratégica e recente, articulada para dar visibilidade ao papel do setor segurador nas discussões climáticas, especialmente durante a COP30, que será realizada em Belém (Pará), de 10 a 21 de novembro de 2025. Leia a seguir um panorama completo: o que é a Casa do Seguro, como ela foi planejada, seus objetivos, estrutura, quem participa, os eixos temáticos, e os desafios / impactos esperados.

O que é a Casa do Seguro

A Casa do Seguro é um espaço físico de debate, articulação, exposição cultural e promoção de soluções do setor de seguros em matéria de mudança climática. É uma iniciativa da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

Localiza se em Belém (PA), próximo ao espaço oficial da COP30, na Travessa Alferes Costa, 2828, bairro Pedreira.

Terá cerca de 1.600 m² de área útil.

Estrutura, funcionamento e normas de operação

O espaço contará com plenária (capacidade para ~100 pessoas), seis salas de reunião, business lounges, estúdio para gravação de podcasts, sala de imprensa, espaço de convivência e de exposições artísticas/culturais.

Haverá programação diversificada — debates, painéis temáticos, fóruns multissetoriais, reuniões bilaterais entre empresas, governo e organizações internacionais, exposições, atividades culturais.

Sustentabilidade é parte central: o evento está sendo planejado para seguir conceitos de Evento Neutro e Resíduo Zero, uso eficiente de energia, água, cenografia sustentável, e valorização da economia local e da mão de obra local.

Empoderadores / participantes

As empresas seguradoras que participam como empoderadores da Casa do Seguro são: Allianz, AXA, MAPFRE, Porto, Prudential e Tokio Marine.

A CNseg articula parcerias com o governo, instituições acadêmicas e de pesquisa, entidades internacionais, sociedade civil e demais partes interessadas.

Temas / Eixos de atuação

A agenda da Casa do Seguro vai explorar diversos eixos ligados às mudanças climáticas, à transição para economia verde e aos desafios específicos do Brasil. Entre os eixos mais destacados:

Proteção social e de investimentos — como o seguro pode proteger populações vulneráveis, ativos e investimentos contra riscos climáticos.

Finanças sustentáveis — mobilização de capital, instrumentos financeiros verdes, regulação, incentivos para sustentabilidade.

Infraestrutura resiliente — adaptação de estruturas físicas, mitigação de riscos, planejamento urbano resiliente.

Inteligência climática — modelagem de risco climático, uso de dados, inovação tecnológica para previsão, mitigação, adaptação.

Seguros & agronegócio — dado o

peso do setor no Brasil e sua vulnerabilidade climática.

Descarbonização da frota brasileira, como transportes mais limpos, transição para veículos menos poluentes, seguros que incentivem tais práticas.

Seguros para o desenvolvimento industrial sustentável — apoio ao setor industrial para que suas operações sejam mais verdes, mitigando impactos e gerenciando riscos climáticos.

Objetivos estratégicos

Os principais objetivos que a CNseg busca alcançar com a Casa do Seguro podem ser sintetizados assim:

Elevar o setor segurador ao centro das discussões climáticas, de modo que deixem de ser vistos como meros prestadores de serviço ou de mitigadores de risco, para agentes ativos de formulação de políticas, de regulação e de inovação climática.

Fomentar o diálogo entre setor priva-

do, poder público, organismos internacionais e sociedade civil, buscando sinergias e cooperação para enfrentar riscos climáticos.

Estimular a inovação em produtos de seguro, modelos de negócios, uso de dados climáticos, precificação de risco climático, regulação e incentivos.

Visibilidade internacional e reputacional do setor segurador brasileiro como parceira global nos esforços de mitigação e adaptação às mudanças do clima.

Promover impactos concretos na resiliência climática, como apoio a infraestruturas vulneráveis, proteção das populações mais afetadas, melhoria em práticas no agronegócio etc.

Desafios e pontos de atenção

Embora seja uma iniciativa promissora, há diversos desafios que a Casa do Seguro e a CNseg terão de enfrentar para que o projeto realmente cumpra seus objetivos:

Efetividade das propostas: ter espaços de debate é útil, mas é necessário que resultem em políticas concretas, regulamentações, produtos de seguro acessíveis e inovadores, efetivo financiamento e mecanismos de implementação.

Inclusão social / regional: garantir que os benefícios e debates não fiquem restritos a grandes empresas ou capitais, mas que atinjam populações vulneráveis, comunidades afetadas por eventos climáticos extremos, regiões menos desenvolvidas do país (como partes da Amazônia, da zona rural etc.).

Capacidade técnica: modelos de precificação de risco climático, estimativas de perdas, adaptação das seguradoras, análise de novos riscos exigem dados de qualidade, competências técnicas, inovação e investimento.

Regulação e incentivos públicos: políticas públicas serão determinantes — incentivos fiscais, normativos, regulação que reconheça riscos climáticos, exigências de que seguradoras incorporem critérios ESG etc. O setor privado sozinho não resolve. Risco de “greenwashing”: assegurar transparência nos compromissos que forem feitos, nas métricas usadas, nos relatórios de progresso, evitando que promessas climáticas sirvam apenas para propaganda.

Integração com as metas internacionais / nacionais: alinhar as ações da Casa do Seguro com as metas do Brasil no Acordo de Paris, compromissos de redução de emissões, adaptação climática, políticas federais, estaduais e municipais.

Importância no contexto da COP e do Brasil

A COP30 será uma oportunidade focal para o Brasil: reunir lideranças internacionais, discutir compromissos climáticos, mostrar iniciativas nacionais. A Casa do Seguro se posiciona para colocar o setor de seguros como parte integrante dessa narrativa.

O setor de seguros no Brasil tem papel estratégico: cobre perdas econômicas, pode estimular práticas resilientes, oferecer instrumentos financeiros de mitigação, seguros paramétricos, seguros de catástrofes ligadas ao clima, etc. O avanço dessas soluções pode reduzir os impactos sociais e econômicos negativos de desastres naturais.

Com eventos climáticos extremos se tornando mais frequentes (enchentes, secas, tempestades, calor extremo), existe uma necessidade urgente de que o setor seja capaz de atuar não apenas depois dos prejuízos, mas de contribuir para prevenção, planejamento, adaptação e mitigação.

Dyogo Oliveira, presidente da CNseg

CQCSINSURTECH

CQCS Insurtech & Inovação 2025 espera superar 3 mil inscrições em novembro. Corra!

O CQCS Insurtech & Inovação já é reconhecido como o maior evento de inovação no setor de seguros da América Latina. Ele funciona como um hub de encontro entre seguradoras, corretores, insurtechs, investidores, tecnologia, regulação e público interessado, para debater transformações, apresentar soluções, gerar parcerias e negócios. Esta 7ª edição é será realizada nos dias 11 e 12 de novembro, no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo.

Diferenciais e proposições de valor

Este evento não é apenas mais um congresso: seus diferenciais justificam o interesse grande que ele vem despertando. Aqui estão os pontos que mais se destacam:

Amplitude de público e representatividade

Já ultrapassou 1.500 inscritos e há expectativa de chegar a cerca de 3.000 participantes.

Inclui não só executivos de alto nível de seguradoras, mas também corretores, startups, insurtechs, investidores, reguladores. Todos os elos do ecossistema.

Conteúdo robusto e diverso Programação com mais de 170 palestrantes confirmados para 2025.

Keynote Speakers internacionais e nacionais de peso.

Trilhas temáticas que aprofundam em inovação digital, transformação tecnológica, inteligência artificial, inclusão, sustentabilidade, mudanças climáticas, novos modelos de negócio.

Foco em inclusão, diversidade e representatividade

Programas como Protagonismo Feminino 2.0 (para reforçar a participação feminina nos painéis).

Projeto Presença Negra, para inclusão racial no setor de seguros.

Ações para tornar o evento mais acessível, por exemplo, com desconto de 50% para corretores de seguros.

Estrutura de negócio + inovação

ExpoInsurtech: estandes de empresas que oferecem tecnologia, soluções, serviços.

Arena Demostage (ou DemoStage): espaço de pitch para startups ou projetos de inovação em fase inicial, para apresentar ideias, captar parceiros ou investidores.

Networking estruturado: aplicativo para conectar participantes, identificação de interesses e potenciais conexões.

Sustentabilidade e responsabilidade social

Edição anterior já destacou compromisso com evento lixo zero, carbono neutro, tradução simultânea para palestras internacionais, inclusão etc.

Maior acessibilidade de participação (ex: corretores, pequenas empresas) por meio de descontos ou cotas especiais.

Temas de vanguarda e urgência

Mudanças climáticas, riscos catastróficos, tecnologia como IA e Big Data, transformação digital, novos modelos de seguro, democratização da penetração do seguro no Brasil.

O momento atual pede respostas rápidas — como precificação de risco, inovação em produtos, regulação, distribuição digital etc. O evento se coloca no pulso dessas discussões.

Palestrantes e vozes confirmadas

Alguns dos nomes de destaque já confirmados para palestras, painéis ou keynotes, que ajudam a compor o valor do evento:

Alfredo Tulian – CIO da Sancor Seguros Brasil. Gabriel Pimentel – Head of Sales Brasil na Toku.

Evanildo Souza – diretor de Atendimento do Grupo Porto, que participa do projeto Presença Negra.

Adilson Lavrador – Diretor Executivo de Operações, Tecnologia e Sinistros da Tokio Marine.

Carlos Marinelli – Diretor presidente da Bradesco Saúde.

Thiago Leão de Moura – CEO do Grupo Kovr.

Renato Migliacci – VP de Sales da Adyen Latam.

Tereza Veloso – diretora executiva técnica de Operações e Relacionamento com Rede da Sulamérica, confirmada no programa Protagonismo Feminino 2.0.

Nelson Veiga – Diretor Comercial da Allianz Seguros.

Além desses, há dezenas de CEOs, presidentes e executivos sênior de seguradoras, insurtechs, plataformas tecnológicas, responsabilidade regulatória etc.

Patrocinadores de destaque

A presença de patrocinadores fortes dá uma ideia de como o mercado está comprometido com inovação no seguro. Alguns destaques:

Núclea – patrocinadora Silver em 2025. Atua em dados e tecnologia. Tenho referência de que renova patrocínio.

Pottencial Seguradora, patrocinadora Bronze. Especializada em Seguro Garantia e Fiança Locatícia; com este patrocínio, também apresenta soluções inovadoras no evento.

Tokio Marine — presença forte entre os palestrantes, e também entre as seguradoras que aportam no evento.

Outras seguradoras de renome como Allianz, Bradesco, Caixa Seguridade e Generali participaram em edições passadas como patrocinadores Platinum, Gold ou Silver.

Além disso, no programa de patrocinadores há diversas cotas (Platinum, Gold, Silver, Bronze, Insurtech Premium, etc.) que englobam desde grandes seguradoras, empresas de tecnologia, instituições financeiras até insurtechs emergentes. Essa diversidade permite que diferentes players – desde startups até gigantes do setor – tenham espaço relevante.

Expectativas e impacto

Espera‐se que o evento funcione como catalisador para negócios: parcerias entre startups e seguradoras, soluções tecnológicas serem adotadas, contratos, projetos pilotos etc.

A temática “novo mercado de seguros” aponta para transformações profundas: não só tecnologia, mas modelos de atuação, distribuição, produtos adaptados às novas necessidades (mudanças climáticas, restrições regulatórias, perfil de cliente digital etc.).

Também deve contribuir para ampliar a penetração de seguros no Brasil — o gap ainda é grande. Inovações em produtos (“seguros 2.0”), canais digitais, micro seguros, seguros paramétricos, novos públicos, etc.

O efeito de redes: quem participa poderá entrar em contato com muitos stakeholders importantes, não só para aprender, mas para concretizar acordos, ver tecnologias que já operam em outros mercados, adaptar soluções internacionais.

Desafios e áreas a observar

Nenhum evento desse porte está isento de desafios; para que o CQCS Insurtech & Inovação 2025 alcance todo seu potencial, algumas questões merecem atenção:

Qualidade real de entrega vs promessas: a expectativa criada por muitos palestrantes e patrocinadores precisa se traduzir em sessões práticas, aplicáveis, com cases reais, métricas, follow up.

Inclusão de participantes menores: corretores pequenos, insurtechs iniciais, localidades fora de grandes centros, que às vezes têm menos recursos para viajar ou participar. O desconto para corretores ajuda, mas não resolve tudo.

Regulação e infraestrutura: tecnologias novas (IA, dados, seguros paramétricos, etc.) dependem de regulação clara, de dados confiáveis e interoperáveis, de capacidade técnica nos players menores, para que a inovação não fique restrita aos grandes.

Sustentabilidade de práticas: se o evento se compromete com lixo zero, carbono neutro, diversidade etc., precisa demonstrar concretamente essas práticas no dia a dia (logística, fornecedores, acessibilidade) para não ser visto como marketing.

O CQCS Insurtech & Inovação 2025 vem como um momento importante de inflexão para o mercado. Ele combina aspectos essenciais: tecnologia, inovação, inclusão, diversidade, sustentabilidade, e negócios. Para quem está no setor (seja seguradora, corretor, insurtech, investidor, ou regulador), será uma oportunidade única para se atualizar, fazer network, e até influenciar rumos.

Jornal Nacional de Seguros Ed. 361 SET 2025

CORRETOR NA REAL JNS

SIncor-MG inova e lança o Corretor na Real, um projeto diferente que mereceu aplausos do setor

Visão, propósito e motivações

O “Corretor na Real” é uma iniciativa lançada pelo Sindicato dos Corretores de Seguros de Minas Gerais (Sincor MG) com o objetivo de reposicionar o corretor de seguros como agente transformador nas cidades de Minas Gerais.

O mote adotado pelo projeto — “Caia na Real! Corretor de Seguros: Agente de Transformação para uma Sociedade Mais Protegida” — reforça duas ideias centrais:

Proximidade com a realidade social e territorial: que o seguro deixe de ser visto apenas como produto técnico ou abstrato e passe a dialogar com as dores, riscos e desafios concretos enfrentados pelas pessoas, empresas e administrações municipais.

Integração entre mercado, sociedade e poder público: o corretor não ficaria restrito ao ambiente da “bolha” do mercado de seguros, mas se envolveria com as comunidades locais, gestores públicos e lideranças, promovendo conscientização e estímulo à cultura de proteção.

De forma mais prática, o Corretor na Real se apresenta como uma jornada formativa e imersiva que se estende por meses, com encontros regionais e preparatórios, culminando em um evento principal de três dias, com programação em espaços abertos, ruas, pontos históricos, praças de cidades-sede e ativações culturais.

Estrutura, público-alvo, etapas e formato.

Público-alvo

O público contemplado abrange:

Corretores de seguros (associados ao Sincor MG ou mesmo de outros estados) e suas equipes. Seguradoras, prestadoras de serviços e parceiros do mercado securitário.

Representantes do poder público municipal e estadual, lideranças locais e comunidade, de modo a incluir “uma população fora do circuito habitual do mercado de seguros” nas reflexões.

Etapas e preparação

Antes do evento central, o Sincor MG organiza encontros preliminares (virtuais e regionais) com corretores e apoiadores, visando preparar os participantes — mentalmente, conceitualmente e em networking — para a experiência imersiva.

Evento principal (Diamantina/MG)

Na cidade sede (no caso, Diamantina em 2025), a programação destina-se a ocupar a cidade — suas ruas, praças, prédios históricos — como palco para conhecimento, cultura, interação e ação.

Alguns dos formatos utilizados: Ativações em pontos históricos pela cidade, onde seguradoras e patrocinadores instalam estandes, experiências e roteiros de imersão (por exemplo: Igreja de São Francisco, Catedral de Santo Antônio, Escola de Música, Concha Acústica, etc.).

Jornada guiada gamificada: caminhada com paradas de conteúdos e interações nos locais de apoio e patrocinadores.

Programação cultural paralela: vesperata, a7presentações musicais, contação de histórias em prédios históricos, quermesse, gastronomia local, espetáculos públicos.

Momentos livres para visitação turística,

descoberta da cidade, interação com a comunidade local.

Fóruns, debates, painéis e encontros temáticos com conteúdos técnicos, regulatórios, de inovação, educação, prevenção de riscos e cultura de seguro.

Legado, impactos esperados e sustentabilidade

O projeto propõe que não se esgote ao final dos três dias. Espera-se que os corretores atuem como multiplicadores locais, que novas parcerias sejam efetivadas, e que surjam, nas cidades, ações concretas de proteção (patrimônios, riscos municipais, educação) sustentadas pelo programa “Cidades Protegidas”.

Além disso, o impacto econômico local da cidade sede é estimado como positivo — movimentando hotelaria, restaurantes, comércio e turismo —, o que também reforça a ideia de geração de valor para as comunidades.

A edição de Diamantina, o grande evento

Contexto e escolha da cidade

Diamantina, no Vale do Jequitinhonha (MG), com seu rico patrimônio histórico, arquitetura colonial preservada e relevância cultural, foi escolhida como palco inaugural do Corretor na Real entre 6 e 8 de agosto de 2025.

O Sincor MG quis aliar simbolismo: uma cidade histórica, culturalmente marcada, para ilustrar como o seguro protege memórias, patrimônios e comunidades.

A expectativa de público era entre 700 e 1.200 participantes — abrangendo corretores, seguradoras, autoridades, prestadores de serviços e moradores — com a ocupação de até doze pontos turísticos da cidade.

Realização e dinâmica

No primeiro dia, houve abertura com elementos culturais, apresentações musicais (vesperata) e ambientação. O Gorvernador Zema não pode comparecer, mas entrou ao vivo num telão instalado na rua onde acontecia a vesperata, e passou o seu recado para o mercado de seguros.

No segundo dia, acontecu a jornada guiada e gamificada, percorrendo ruas históricas com paradas de conhecimento nos locais das patrocinadoras, que “ocupavam” igrejas, praças e prédios para suas ativações.

Por exemplo:

A CAPEMISA Seguradora ocupou a Catedral de Santo Antônio com contação de histórias e ativação cultural.

Tokio Marine e Excelsior atuaram na Igreja de São Francisco.

A Allianz esteve na Escola de Música; BP Seguradora na Casa de Chica da Silva; Maxpar e PASI na Concha Acústica; ENS na Igreja do Carmo; C6 Seg na praça pública.

As dinâmicas tinham caráter interativo, com participação dos corretores, troca de experiências, reflexões em cada ponto de parada e reconhecimento do patrimônio local.

Também houve momentos livres e culturais: visitas ao Biribiri, Passadiço, Casa de JK, espetáculos noturnos, quermesse, gastronomia local.

A programação buscou ser simultaneamente técnica, conceitual e simbólica — desafiando os participantes a “sentir” o seguro no espaço urbano e cultural da cidade.

Impactos, resultados percebidos e destaques

Integração entre seguros e patrimônio local: algumas igrejas e patrimônios históricos de Diamantina que não tinham seguro passaram a receber cobertura, por meio da articulação do projeto. O presidente do Sincor MG cita que “sete igrejas da cidade que jamais haviam tido seguro passaram a contar com cobertura” após a iniciativa.

Visibilidade para o evento e iniciativa: o Corretor na Real chamou a atenção da imprensa especializada e do poder público do estado, sendo incluído nos calendários oficiais de Minas Gerais e Diamantina.

Reconhecimento institucional e político: o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, manifestou apoio integral às iniciativas Corretor na Real e Cidades Protegidas.

Engajamento do mercado e patrocinadores: diversas seguradoras abraçaram o projeto e participaram das ativações no evento.

Experiência imersiva e inovadora: foi destacado nas matérias especializadas como “disruptiva” e “imersiva”, rompendo com o formato tradicional de encontros setoriais.

Legado urbano/cultural: o evento aproveitou e valorizou o patrimônio histórico da cidade como cenário educativo, gerando uma conexão simbólica entre “proteger o passado” e “proteger o futuro”.

Em síntese, a edição de Diamantina da iniciativa buscou ultrapassar os muros do setor de seguros e dialogar diretamente com a sociedade local, com repertório técnico e cultural, mobilização política e legado tangível para a cidade.

O que é o “Cidades Protegidas”?

O projeto Cidades Protegidas é uma iniciativa estratégica do Sincor MG que visa ampliar a presença do mercado de seguros e da cultura de proteção nos municípios mineiros, especialmente a-

queles menos assistidos ou com menor percepção de seguro.

Nessa lógica, o Corretor na Real é um dos instrumentos de execução ou “visibilidade” desse projeto mais amplo. Alguns aspectos centrais do Cidades Protegidas:

Levar políticas de prevenção, educação, soluções de risco e cultura de seguro para o município, envolvendo prefeitura, comércio, entidades sociais, associações, escolas etc.

Articulação entre seguradoras, corretores e poder público para promover pactos locais de proteção e governança de riscos.

Transformar o seguro em algo mais do que produto — como mecanismo de cidadania, mitigação de riscos urbanos, valorização de patrimônios, proteção social — e viabilizar sua presença em cidades menores.

Realização de fóruns, encontros técnicos e debates com gestores municipais para identificar demandas municipais (riscos locais, patrimônio, vulnerabilidades) que possam ser atendidas ou assistidas pelo mercado segurador.

Relação e integração entre “Corretor na Real” e “Cidades Protegidas”

A relação é íntima e de complementaridade: Corretor na Real como “vitrine” de Cidades Protegidas: o evento de Diamantina foi projetado como a edição inaugural que exemplifica como o seguro pode ocupar o espaço urbano e dialogar com o patrimônio, a comunidade e o poder público — tudo em sintonia com os princípios de Cidades Protegidas.

Sinergia institucional e política: o Sincor MG formalizou a integração entre os projetos, reforçando que o Corretor na Real passa a ser um braço operacional e de mobilização para Cidades Protegidas.

Fortalecimento para ação local: enquanto Cidades Protegidas delineia as diretrizes e metas para proteção municipal, o Corretor na Real atua como catalisador de protagonismo local e mobilização em campo.

Ampliação de alcance: Cidades Protegidas poderá alcançar vários municípios, utilizando o modelo de atuação criado em Diamantina (via Corretor na Real) como referência ou piloto para outras edições.

Reconhecimento institucional conjunto: o Estado de Minas Gerais e a prefeitura de Diamantina reconheceram oficialmente a integração entre os dois projetos.

Em resumo, pode-se dizer que Corretor na Real é um dos instrumentos de execução, visibilidade e mobilização prática do conceito Cidades Protegidas.

Significado para os corretores de seguros Para o corretor, o “Corretor na Real” representa:

Uma oportunidade de aprofundar seu papel como agente social e transformador, não apenas como vendedor de apólices;

Uma chance de ampliar networking com seguradoras, entidades, poder público e colegas em formato inovador;

Aprendizado em cenários reais, aplicados à realidade territorial e cultural local; Chance de ser protagonista em ações locais, com legado para o município onde atua ou pretende atuar.

Atualização da tabela do Simples favorece Corretor

Os Corretores de Seguros serão diretamente favorecidos pela proposta de atualização da tabela do Simples Nacional, em discussão no Congresso Nacional. O assunto foi debatido na terça-feira 16/9 em audiência pública realizada pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados.

O debate foi proposto pelos deputados Julio Lopes (PP-RJ) e deputada Any Ortiz (Cidadania-RS), que salientaram o fato de os limites atuais estarem congelados desde 2018.

Na visão desses parlamentares, a revisão dos limites de receita bruta anual para enquadramento no regime “é urgente”, uma vez que, com a inflação acumulada, as empresas, inclusive Corretoras de Seguros, estão sendo obrigadas a migrarem para regimes fiscais mais complexos e onerosos.

Julio Lopes lembrou, inclusive, que a situação é tão grave que gerou o movimento “Atualiza Simples”, que reúne empreendedores, entidades setoriais e especialistas tributários.

Segundo a Agência Câmara, esse movimento defende a correção periódica dos tetos de faturamento com base em indicadores oficiais de inflação, para preservar a competitividade, a formalização e a sustentabilidade das microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).

Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) indicam que essas organizações representam cerca de 99% do universo empresarial brasileiro e são responsáveis por 54% dos empregos formais e por aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Para os deputados, que integram a “Frente Parlamentar Mista o Livre Mercado”, o debate permitirá a construção de propostas legislativas eficazes, baseadas na realidade dos empreendedores brasileiros e nos princípios da isonomia, da eficiência tributária e da justiça fiscal.

Susep abre consulta sobre Corretores e autorreguladoras

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) publicou, no Diário Oficial da União, o edital de Consulta Pública 05/25, referente à minuta de Resolução CNSP que dispõe sobre os corretores de seguros, de proteção patrimonial mutualista, de capitalização e de previdência complementar aberta, as entidades autorreguladoras do mercado de corretagem e as instituições de ensino credenciadas a realizar curso ou exame de corretores de seguros.

O objetivo da revisão normativa é consolidar, em diploma único, regras que hoje estão previstas em treze Resoluções do CNSP, além de adequar os atuais

regramentos a alterações legislativas recentes.

Nesse sentido, no que se refere ao corretor de seguros, a revisão ora proposta pela Susep incorpora no regramento infralegal as alterações e inovações decorrentes da publicação da Lei 14.430/22 e da Lei Complementar 213/25.

Com relação às entidades autorreguladoras, buscou-se realizar uma revisão dos atuais normativos, com o intuito de adaptá-los, não apenas às alterações promovidas pelas leis, mas também para refletir as medidas de modernização dos processos de autorizações, à luz do cenário regulatório atual, orientado para simplificação, desburocratização, e pelo fomento à concorrência.

Por fim, a minuta colocada em consulta pública ainda trata da revisão dos regramentos referentes às instituições de ensino autorizadas a promover o exame nacional de habilitação técnico-profissional e/ou o curso de habilitação técnicoprofissional para corretores de seguros. Na revisão proposta, a Susep considerou novamente a importância do fomento à concorrência, buscando tornar mais claras e simples as regras para entrada de novas interessadas.

Assim, com o objetivo de conferir transparência à ação regulatória da Susep e assegurar que as partes interessadas possam contribuir para a construção do normativo, a consulta pública estará aberta por 45 dias corridos a contar da publicação do Edital nº?5/2025.

A Consulta Pública está disponível no site da Susep, no Sistema de Consultas Públicas.

Arrecadação do setor de seguros cresce 4,2%

no primeiro semestre de 2025

No primeiro semestre de 2025, o setor segurador registrou um avanço de 8,7% no volume pago em indenizações, benefícios, resgates, sorteios e despesas assistenciais de saúde, totalizando R$ 268 bilhões devolvidos a consumidores e empresas. No mesmo período, a arrecadação somou R$ 376,7 bilhões em prêmios de seguros, contribuições para planos de previdência, faturamento com títulos de capitalização e contraprestações líquidas de saúde, crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período de 2024. Os dados são da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

Entretanto, ao desconsiderar o desempenho da Saúde Suplementar, o setor apresentou, pela primeira vez em cinco anos, desde 2020, início da pandemia, resultado negativo na arrecadação acumulada. Foram movimentados R$ 206,1 bilhões, uma retração de 1,7% frente ao mesmo semestre de 2024, interrompendo o ciclo contínuo de expansão observado desde a recuperação pós-COVID19.

O contraste entre a desaceleração da arrecadação e a aceleração dos pagamen-

MERCADO

tos foi influenciado principalmente pelos planos de Previdência Aberta. As contribuições para esses produtos recuaram 14,1% no acumulado do ano, enquanto os resgates e benefícios pagos avançaram 17,3% no mesmo período. Essa combinação pressionou a captação líquida, que somou R$ 6,0 bilhões até junho, queda de 80,2% em relação a 2024.

Apesar desse cenário, outros segmentos mantiveram trajetória positiva. Os seguros de Danos e Responsabilidades cresceram 7,9%, alcançando R$ 69,1 bilhões em arrecadação; os Seguros de Pessoas, que incluem produtos como Vida, Viagem e Prestamista, avançaram 8,4%, ultrapassando R$ 37 bilhões em arrecadação; e os títulos de Capitalização somaram R$ 16,9 bilhões, resultado 12% superior ao do mesmo período de 2024.

O segmento de Saúde Suplementar, por sua vez, movimentou R$ 170,6 bilhões em contraprestações líquidas no primeiro semestre, o que representa crescimento de 12,3% frente ao mesmo período do ano anterior.

Aportes

em previdência

privada aberta recuam 11,7% no acumulado até julho

Resultado dos sete primeiros meses do ano caíram em relação ao mesmo intervalo de 2024

O último relatório da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida — Fenaprevi sobre o mercado de previdência privada aberta no país destaca que os aportes entre janeiro e julho de 2025 somaram R$ 100,5 bilhões, uma retração de 11,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Já os resgates totalizaram R$ 88,9 bilhões, crescimento de 15,3% no intervalo analisado, resultando na captação líquida de R$ 11,6 bilhões. Com isso, o setor administra R$ 1,7 trilhão em ativos, o equivalente a 13,7% do PIB brasileiro.

VGBL continua como o favorito

Esse patrimônio é distribuído entre os mais de 13,6 milhões de planos de previdência privada no país. Desses, 8,5 milhões são do tipo VGBL — Vida Gerador de Benefício Livre — (63% do total de planos), enquanto 3,1 milhões (23% do total) são PGBL — Plano Gerador de Benefício Livre.

Os demais, cerca de dois milhões de planos se referem aos Tradicionais. Em termos de participantes, os produtos pertencem a 11,2 milhões de pessoas, das quais 8,9 milhões possuem planos individuais e 2,3 milhões têm planos coletivos.

Arrecadação: 92% em VGBL

Ao detalhar o resultado financeiro de acordo com os planos, o relatório da Fenaprevi destaca que quase a totalidade92% da arrecadação dos sete primeiros meses do ano –, foi em planos VGBL (R$ 92,1 bilhões), outros 7% em planos PGBL (R$ 6,7 bilhões) e 2% em planos Tradicionais (R$ 1,6 bilhão).

ENS anuncia imersão inédita nos EUA

Com novo parceiro, treinamento premium será focado em inovação aberta

A Escola de Negócios e Seguros (ENS) divulgou detalhes de mais um programa inédito agendado para 2026: a Insurance Immersion New York será realizada de 27 de abril a 1º de maio, em parceria com a SOSA, um dos maiores hubs globais de inovação aberta.

O novo curso nasce com o propósito de proporcionar aos participantes exposição internacional, relacionamento corporativo e troca de experiências em altíssimo nível.

Responsável pela concepção de programas educacionais da ENS, o gerente de Produtos, Ronny Martins, explicou a principal diferença entre a nova imersão e a que a Instituição promoveu em 2024 e no primeiro semestre desse ano, também nos EUA.

“No curso anterior, o foco estava na capacitação acadêmica, técnica e aplicada. Esse que acabamos de lançar tem enfoque eminentemente prático. Queremos oferecer a executivos brasileiros uma experiência ainda mais sofisticada e premium, baseada em networking com executivos globais, investidores, startups e líderes de inovação, de diferentes setores”. Inovação em estado puro

Para a diretora de Ensino da ENS, Maria Helena Monteiro, a parceria com a SOSA reforça o caráter estratégico da imersão, que será totalmente focada em inovação aberta.

“Vamos privilegiar conexões, promover benchmarking internacional e oferecer acesso a insights globais que impactam diretamente os rumos do setor de seguros. A SOSA é referência mundial em inovação, atua com transformação digital, desenvolve estratégias baseadas em pesquisas de mercado e tecnologias emergentes, e conecta empresas a startups em parcerias que transformam ideias em resultados escaláveis. Posso assegurar que será uma experiência muito rica e agregadora aos participantes, o desenho final desse programa ficou fantástico!”, afirmou.

Inscrições abertas

Voltada a C-levels, diretores e superintendentes de seguradoras, resseguradoras, corretoras, entidades e demais players do setor, a Imersão Internacional em Nova Iorque já está com inscrições abertas. Os pré-requisitos são curso superior completo e pelo menos dois anos de experiência em gestão, seguros ou atividades correlatas.

As vagas são limitadas e os interessados devem entrar em contato pelo e-mail programasespeciais@ens.edu.br ou telefone (21) 3380-1060. Há condições especiais para matrículas antecipadas. Embarque com a ENS e a SOSA para Nova Iorque, a cidade que nunca dorme, e viva uma experiência transformadora

MERCADO JNS

para o mercado brasileiro de seguros!

Seguros

na COP30: Lincoln Alves fala sobre a estratégia para cidades resilientes

A websérie contará com 10 episódios, conduzidos pelo jornalista Vagner Ricardo, para tratar sobre resiliência e mudanças climáticas

O terceiro episódio da série especial “Seguros na COP30” vai ao ar nesta quinta-feira (18), às 13h, dentro do canal SeguroPod. No programa, Lincoln Muniz, coordenador geral do Ministério do Meio Ambiente, detalha a estratégia do governo para fortalecer a resiliência dos municípios brasileiros frente aos desafios climáticos.

No centro da conversa está o Adapta Cidades, uma iniciativa governamental que visa capacitar centenas de municípios a desenvolver e implementar seus próprios planos de adaptação, com foco em ações concretas, financiamento e na parceria entre os setores público e privado, incluindo o mercado de seguros. Com a COP30 em Belém (PA) se aproximando, o diálogo é fundamental para entender como o Brasil está se posicionando para liderar pelo exemplo na agenda global de adaptação, transformando desafios em oportunidades.

Neste episódio, o coordenador do MMA aborda, ainda, temas cruciais como:

Financiamento Climático: De onde virão os recursos para implementar os planos de adaptação e qual o papel do Fundo Verde para o Clima?

O Papel do Setor de Seguros: Como as seguradoras, que já “pagam a conta” dos desastres, podem colaborar com dados e expertise para a prevenção.

Brasil na COP30: A estratégia para transformar a conferência na "COP da Ação" e posicionar o país como um hub global de soluções em adaptação.

Parceria Público-Privada: Porque a colaboração entre governo, sociedade civil e setor privado é indispensável para o sucesso da agenda climática.

Do Papel à Prática: Os desafios para garantir que os planos de adaptação municipais sejam, de fato, implementados e não fiquem na gaveta.

Apresentado pelo jornalista Vagner Ricardo, editor da Revista de Seguros, o programa será transmitido no Spotify e no YouTube da CNseg, todas as quintasfeiras, às 13h, até o dia 6 de novembro, e reforçam o protagonismo da CNseg na construção de soluções que unem inovação, proteção financeira e sustentabilidade.

Ao longo das semanas, outros especialistas, executivos e autoridades públicas compõem a programação: Augusto Braun (Confederação Nacional dos Municípios) fala sobre a gestão municipal diante dos desafios da emergência climática;

Roberto Santos, presidente do Conselho Diretor da CNseg destaca como seguradoras estão se preparando para o novo cenário climático;

Vinícius Brandi (Ministério da Fazenda) e Helena Venceslau (Ministério do Planejamento e Orçamento) abordam os desafios legislativos e regulatórios;

Gilberto Martins (Anfavea) fala sobre os impactos da transição climática na indústria;

Manoel Renato (Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos) destaca os desafios da infraestrutura e da resiliência urbana;

Deputado Fernando Monteiro (Republicanos-PE) comenta o papel do Legislativo na agenda climática;

Claudia Prates, diretora de Sustentabilidade da CNseg, e Gustavo Brum, superintendente-executivo da CNseg encerram a temporada com reflexões sobre adaptação e governança climática.

AECOR-RJ é contra a transferência da Susep para Brasília

Entidade apoia o Projeto de Decreto Legislativo que susta a mudança da sede da autarquia

A Associação Estadual dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (AECOR-RJ) apoia o Projeto de Decreto Legislativo do deputado federal Hugo Leal (PDS/RJ) que susta a aplicação e os efeitos do Decreto 12.616/25, o qual transfere a sede e foro da SUSEP do Rio de Janeiro para Brasília, o que, segundo o parlamentar, é um erro do Governo Federal. Ele elenca várias razões, incluindo os aspectos institucionais, históricos e a tradição regulatória do Rio de Janeiro.

Capital do seguro -Para Jayme Torres, diretor da AECOR-RJ, o Rio de Janeiro sempre foi a capital do seguro no Brasil. “As maiores instituições do mercado de seguros estão aqui. Ficam no Rio a Fenacor, a CNseg e suas filiadas FenaPrevi, FenaSaúde, FenSeg e FenaCap, a Escola de Negócios e Seguros também nasceu aqui, enfim, as entidades que regulam e normatizam o mercado segurador estão sediadas na cidade. Sem falar que algumas das principais seguradoras ainda mantém as suas matrizes no Rio. Também resseguradoras e entidades de previdência complementar. Transferir a Susep para Brasília vai transformar ainda mais a autarquia numa instituição política, pois os técnicos, os profissionais experientes, a mão de obra qualificada e consolidada atuarial, de direito securitário e regulação estão no Rio”, esclarece o diretor da AECOR-RJ.

Perda de postos de trabalho - Jayme acredita que isso também causará um maior esvaziamento da cidade com a perda de postos de trabalho diretos e indiretos, enfraquecendo o setor de serviços que é tão importante de maneira geral e, particularmente, o mercado de seguros, que

teria sua fiscalização fragilizada até que os quadros operacionais voltassem a ser montados. “Por essas e outras razões, a AECOR-RJ está apoiando o projeto do deputado Hugo Leal e vamos fazer chegar até ele esse apoio”, afirma Jayme Torres.

Lucro dos planos de saúde dispara 131,9% e levanta debate sobre consumidores

O setor de saúde suplementar está nas alturas. Dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam que os planos de saúde registraram um lucro líquido de R$ 12,9 bilhões no primeiro semestre de 2025. O montante representa um salto de 131,9% em relação ao mesmo período do ano passado e já supera todo o resultado de 2024, que havia somado R$ 10,2 bilhões.

Tal desempenho chama atenção porque ocorre em meio a um cenário de reajustes elevados para os beneficiários. Segundo a ANS, o resultado equivale a 6,8% de toda a receita do setor, que alcançou R$ 190 bilhões. “Este é o maior lucro nominal desde 2018, superior até ao período da pandemia, quando houve queda expressiva na utilização dos serviços”, informou o órgão regulador.

Esse levantamento mostra que as operadoras de grande porte foram responsáveis pela maior fatia do lucro, totalizando R$ 9,7 bilhões, quase o triplo do obtido no ano passado. Já as de médio porte tiveram o maior crescimento percentual, de 622%, alcançando R$ 2 bilhões. Vale ressaltar que o número de novos beneficiários também aumentou 12%, no ano passado, e as projeções é que neste ano tenha o mesmo crescimento, de acordo com a ANS. O crescimento médio de número de beneficiários é de 12%, entre 2010 a 2022, com base no Censo de 2022.

O resultado foi impulsionado principalmente por três fatores: o aumento do resultado operacional, que chegou a R$ 6,3 bilhões; a manutenção de receitas financeiras robustas em um cenário de juros altos, que renderam R$ 6,8 bilhões; e a queda da sinistralidade — indicador que mede o quanto da receita é gasto com atendimento — para 81,1%, o menor índice para um primeiro semestre desde 2018. Tal queda de sinistralidade pode estar maquiada pelo número de negativas de tratamentos abusivos, no qual, os consumidores não procuram seus direitos.

Para o advogado Thayan Fernando Ferreira, especialista em direito de saúde e direito público, os números refletem tanto a força das operadoras quanto o peso que recai sobre os clientes. “O lucro recorde não se deve apenas à eficiência das empresas, mas também às regras que permitem reajustes anuais das mensalidades em patamar superior ao avanço das despesas assistenciais. Isso assegura a sustentabilidade das operadoras, mas pressiona os

consumidores, que sentem cada vez mais dificuldade em manter seus planos”, explica. Em contrapartida, os números de processo aumentaram significativamente, em mesmo período. O CNJ determinou que os números de processos aumentaram em 6,8%, comparado ao ano passado. As reclamações campeãs são reajustes abusivos, problemas com reembolso, descredenciamento, cancelamento unilateral, exclusão de dependentes e negativa de cobertura. Ressalta-se que o reajuste máximo é determinado pela Agência nacional de saúde, no qual, delimita anualmente o percentual que pode ser alterado e alterado por idade.

Thayan, que ainda é membro da comissão de direito médico da OAB-MG e diretor do escritório Ferreira Cruz Advogados, alerta que o crescimento expressivo do setor não pode servir de justificativa para práticas abusivas. “Quando houver negativa de cobertura ou reajustes que pareçam desproporcionais, o beneficiário deve registrar queixa junto à ANS e, se necessário, acionar a Justiça. O lucro das operadoras não pode ser obtido às custas da restrição de direitos”, acrescenta. Neste cenário, em que, com aumento de lucros, caem por terra os argumentos sempre levantados pelas operadoras de planos de saúde. “A necessidade de haver equilíbrio financeiro-econômico dos contratos coletivos e individuais, visto que há um grande aumento da sinistralidade dos contratos. Diante desses dados, podemos ver que os planos de saúde têm lucros bilionários, aumentando os valores das mensalidades – em muitos casos indevidamente- e entregando serviços de péssima qualidade e com pouca rede credenciada. O panorama é claro, aumentar o lucro e reduzir os custos, de qualquer maneira. E com isso os processos judiciais vão se avolumando”, observa o advogado Este fenômeno foi denominado como litigância predatória reversa, no qual, empresas gigantescas descumprem todos os regulamentos e regras legais para que se tenha um custo ainda menor ao consumidor, entregando, assim, um serviço de péssima qualidade e de pouca extensão. Inclusive, o ministro do supremo tribunal de justiça Herman Benjamin, no julgamento REsp 2.021.665/MS, frisou que tais empresas, em ramos como da saúde, descumprem decisões judiciais, súmulas, regulamentos, leis e dentre outros meios legais, forçando aos consumidores procurarem a justiça.

Quem paga a conta Neste fogo cruzado, estão mais de 50 milhões de brasileiros atendidos, e com crescimentos anuais expressivos ano após ano, conforme indica a ANS. Com isso, os planos de saúde se consolidam como um dos setores mais lucrativos do país. O desafio, no entanto, é equilibrar a sustentabilidade financeira das operadoras com a garantia de acesso e qualidade para os consumidores.

Ganha Mais: programa da Sancor reconhece corretores e impulsiona crescimento no Brasil

Reconhecimento, emoção e feitos históricos caracterizam a edição mais recente do Ganha Mais, programa de relacionamento da Sancor Seguros. O Ganha Mais reconhece corretoras e empresas parceiras em diferentes categorias, conforme seu desempenho e relacionamento com a companhia. As categorias são progressivas em Topázio, Bronze, Prata, Ouro e Diamante, além de grupos especiais, como o Clube Elite e o Clube Agro.

A iniciativa consolidou-se como uma das principais estratégias de crescimento sustentável da companhia no Brasil.

Claudio Toldo, Diretor de Negócios Internacionais do Grupo Sancor Seguros, celebrou os feitos históricos recentes: “Estamos muito felizes com o desempenho da operação no Brasil. Já crescemos 22%, um resultado acima da média do mercado. Isso só é possível porque contamos com corretores comprometidos e uma estrutura sólida, que nos permite crescer de forma sustentável”, ressaltou.

Legado e reconhecimento

Em julho, a Sancor Seguros promoveu em Maringá, cidade onde está localizada a matriz da companhia, o evento que marcou o encerramento de um ciclo e a abertura de outro. Um dos momentos mais emblemáticos da celebração foi a entrega do Troféu Legado Clube Elite à Unicoob Corretora de Seguros, fundada em 2004 no sistema Sicoob Unicoob. A homenagem destacou a longevidade e a solidez de uma parceria estratégica que transcende os resultados numéricos.

“Não tem como não trabalharmos com uma seguradora que não seja muito boa. Renovamos essa parceria e queremos seguir crescendo juntos”, afirmou Marcio Gonçalves, Diretor Presidente do Sicoob Central Unicoob e Conselheiro da Sancor Seguros do Brasil.

Resultados que confirmam maturidade

O clima de celebração também foi reforçado por indicadores financeiros inéditos. Segundo Rafael Gozer, Diretor Financeiro da Sancor Seguros, a companhia alcançou o maior lucro de sua história no país, superando os resultados somados dos últimos três anos.

“Pela primeira vez, estamos com resultado operacional positivo antes mesmo da receita financeira — isso mostra uma operação madura, que gira lucro e tem musculatura para crescer ainda mais”, destacou Gozer.

Além do resultado financeiro, a seguradora também celebrou melhoras significativas na sinistralidade de todos os ramos e conquistas expressivas no setor do agronegócio, consolidando seu protagonismo em diferentes áreas do mercado.

Novo ciclo e oportunidades

O terceiro ciclo do Ganha Mais já começou trazendo novidades para corretores e parceiros. O programa oferece benefícios como comissão adicional em vários produtos, fundo de marketing para

ações de divulgação e experiências exclusivas. As premiações em viagens, nacionais ou internacionais, são definidas conforme a categoria de cada participante e acontecem no encerramento do ciclo.

O Diretor Comercial Paulo Dawibida reforçou a essência do programa como instrumento de valorização dos corretores: “Esse programa só existe porque vocês acreditaram nele. Nosso objetivo é simples: queremos pagar mais comissão adicional. Isso significa mais prêmio emitido, mais corretores valorizados, mais crescimento conjunto.”

Como parte da celebração, foi anunciado que o próximo destino da Experiência Internacional será o Caribe. A viagem é exclusiva para parceiros das categorias Ouro, Diamante e Clube Elite, representa a expressão da cultura de proximidade e parceria que orienta a atuação da Sancor Seguros no Brasil.

Campanha do Agasalho

A Sancor Seguros promoveu, entre maio e julho, a Campanha do Agasalho 2025. A ação é realizada em parceria com o Sicoob, a Descarbonize e conta com apoio logístico e de triagem do SESC.

Sancor reforça proximidade com corretores e apresenta

soluções no CONEC 2025

Com estande exclusivo e patrocínio do evento, a Sancor Seguros marca presença no CONEC 2025 para destacar iniciativas voltadas à inovação comercial e à aproximação com os corretores. A companhia levará ao público ferramentas como o Venda Fácil – que traz praticidade e agilidade na comercialização de seguros – e o programa Ganha Mais, que valoriza o desempenho dos parceiros.

A estratégia reforça o posicionamento da Sancor no mercado de São Paulo, região considerada estratégica para a expansão da companhia em todo o país. O objetivo é estreitar laços com os profissionais que estarão reunidos no encontro e evidenciar a proposta da seguradora de simplificar processos, ampliar oportunidades e apoiar o desenvolvimento dos corretores.

Durante os três dias de evento, a Sancor contará com a participação de sua equipe comercial de São Paulo, além dos gerentes comerciais e executivos da companhia, que estarão à disposição dos visitantes para apresentar soluções, tirar dúvidas e fortalecer o relacionamento.

O CONEC 2025 acontece entre os dias 25 e 27 de setembro, no Centro de Convenções do Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

Jornal Nacional de Seguros Ed. 361

Campanha “Quero Mais Saúde”, da Bradesco Saúde, entra na reta final

Válida durante o mês de setembro, com foco nos seguros Saúde e Dental SPG, ação reúne condições comerciais atrativas para corretores e clientes aproveitarem o momento favorável do mercado de trabalho

A campanha “Quero Mais Saúde”, promovida pela Bradesco Saúde e válida durante o mês de setembro, com o objetivo de incentivar os corretores a aproveitarem o potencial de vendas de planos dos ramos Saúde e Dental no segmento SPG (Seguro Para Pequenos Grupos), entra na reta final.

Condições da campanha

A iniciativa reúne condições exclusivas tanto para os profissionais de venda quanto para as empresas contratantes, de 3 a 199 pessoas.

Até o fim do mês, novos clientes terão 50% de desconto na segunda fatura da mensalidade, nas contratações dos seguros Saúde, Dental ou na opção de Saúde conjugado ao Dental.

Além da condição especial oferecida aos clientes, os corretores, produtores ou angariadores contarão, na venda especificamente do produto Saúde, com um incentivo extra para potencializar as vendas: a chance de concorrer a dois sorteios no valor de R$ 200 mil em título de capitalização, alusivos a um veículo Jeep Compass. A cada venda do seguro-saúde concretizada e com vigência ao longo do mês de setembro, o parceiro ganha um número da sorte da Bradesco Capitalização para concorrer ao prêmio.

A ação chega em um momento favorável para novos negócios: de acordo com dados da PNAD Contínua do IBGE, a taxa de desocupação no trimestre encerrado em julho de 2025, de 5,6%, foi a menor da série histórica iniciada em 2012. E em uma atividade historicamente sensível a indicadores de emprego e renda, como a saúde suplementar, o indicador positivo sobre o mercado de trabalho faz toda a diferença.

“Sabemos que ter um plano de saúde é um dos principais desejos dos brasileiros, e que o seguro odontológico ganha cada vez mais relevância para as pessoas. Esse interesse também está presente no planejamento das pequenas e médias empresas, que buscam oferecer planos de saúde e dental de qualidade reconhecida para cuidar da saúde e do sorriso de seus colaboradores. Com a campanha, geramos novas oportunidades de negócios com os produtos Bradesco Saúde, ao reunirmos condição especiais que beneficiam corretores e clientes”, destaca Carlos Marinelli, diretorpresidente do Grupo Bradesco Saúde.

Pesquisas apontam Bradesco Saúde como marca preferida

A Bradesco Saúde é considerada a marca preferida pela população em pesquisas em diferentes mercados. Entre os reconhecimentos estão os de melhor plano de saúde de São Paulo por quatro anos consecutivos, na premiação promovida pela Folha de S. Paulo, e o de plano mais amado dos cariocas por cinco anos seguidos, na pesquisa realizada pela revista Veja Rio.

Além desses importantes reconhecimentos, outra pesquisa recente, conduzida pelo Instituto Da-tafolha no primeiro trimestre de 2025, para o Programa de Qualificação de Operadoras (PQO) da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

Jornal

indica que 92,6% dos beneficiários da Bradesco Saúde entrevistados recomendariam os planos da operadora.

Portfólio diversificado para o SPG

Com um portfólio diversificado, para empresas de todos os tamanhos e perfis, a Bradesco Saúde tem no SPG um dos seus principais focos de atuação, segmento no qual conta com mais de 1 milhão de beneficiários. Este ano, a operadora tem registrado crescimentos expressivos na base de segurados de contratos de pequenas e médias empresas, em diversos mercados, em diferentes regiões.

Tokio Marine lança E&O para área da saúde

O produto atende a pessoas físicas e jurídicas de diversas especialidades, como médicos, dentistas, veterinários, psicólogos, psiquiatras e outros

Especialista em produtos, serviços e atendimento, a Tokio Marine anuncia lançamento de um E&O para área da saúde. A solução, que está contemplada na carteira de Responsabilidade Civil Profissional, atende tanto a pessoas físicas quanto jurídicas, que atuem em diversas especialidades como médicos, psicólogos e psiquiatras a veterinários, dentistas, nutricionistas, nutrólogos, entre outros.

De acordo com Carol Ayub, Diretora da Riscos Financeiros da Tokio Marine, essa novidade faz parte de um movimento da Seguradora para atender cada vez mais as necessidades específicas de Corretores e Clientes. “Nós fizemos um robusto estudo de mercado e enxergamos uma oportunidade, uma vez que há uma demanda considerável por esse tipo de proteção, mas poucos players que atuam neste segmento”, explicou.

Neste produto, a cobertura básica já contempla ampla gama de proteções como indenização a terceiros, custos de defesa, acordos judiciais e extrajudiciais, devolução de honorários, extravio, furto ou roubo de documentos, despesas de salvamento e contenção, entre outros.

A executiva enfatiza que essa solução foi desenhada para auxiliar profissionais autônomos a continuarem seus negócios mesmo diante de imprevistos. “Nós criamos um produto que, para pessoa jurídica, é uma alternativa acessível e robusta para proteger sua operação; e, para pessoa física, permite uma cobertura ainda mais personalizada, com a flexibilidade e a abrangência necessárias”, disse a executiva.

MAPFRE aplica IA em jornada de sinistro 100% digital via WhatsApp

Processo simplificado de abertura de sinistro de automóveis pioneiro no Brasil integra tecnologia de áudio e imagem sem intervenção humana

A MAPFRE, companhia global de seguros e serviços financeiros, lança uma funcionalidade pioneira no Brasil que aplica Inteligência Artificial na abertura de sinistros de automóveis por áudio ou texto via WhatsApp, proporcionando uma jornada 100% digital em todo o processo.

A novidade já está disponível para parceiros e distribuidores, e a partir de 15/10 será estendida também para os clientes. Essa iniciativa pioneira é mais um passo no compromisso da MAPFRE com a inovação e a simplificação da experiência do

usuário, representando um avanço na digitalização dos serviços da companhia e acompanhando as mudanças no comportamento dos consumidores em busca de soluções mais ágeis e acessíveis.

Segundo Nelson Alves, CEO adjunto de finanças e operações da MAPFRE, a primeira jornada de sinistro no Brasil resolvida integralmente por IA via WhatsApp, com suporte a texto, voz e imagem, vem como uma solução em um país em que o aplicativo está presente em praticamente todos os smartphones. “Oferecer essa funcionalidade significa estar no mesmo ambiente em que os brasileiros já se comunicam com familiares, empresas e instituições financeiras. Queremos tornar o processo de aviso de sinistro mais intuitivo, direto e acessível, encurtando o tempo de resposta em relação ao modelo tradicional”, afirma o executivo.

O projeto utiliza a estrutura já existente na companhia para sinistros, permitindo que todas as etapas do processo sejam realizadas de forma integrada e automática. Ele incorpora IA para transcrição de áudio, interpretação de imagens, triagem automatizada e integração com sistemas internos, permitindo ações como abertura de sinistro, liberação de carro reserva, consulta de apólices, envio, verificação de status e documentos, além do encaminhamento para vistoria e direcionamento das próximas etapas. Um verdadeiro agente de IA, totalmente integrado ao ecossistema da companhia, capaz de resolver sinistros de ponta a ponta dentro do WhatsApp, sem qualquer necessidade de intervenção humana.

A nova funcionalidade está disponível 24 horas, todos os dias, com atendimento em linguagem natural, sem menus complexos. Além de registrar o sinistro, o corretor poderá acompanhar o andamento pelo Portal MAPFRE Negócios, que acelera a análise e a definição de oficinas para reparo.

De acordo com Patrícia Rossi, diretora do Centro de serviços compartilhados, processos e automação da MAPFRE, a proposta é tornar a experiência mais fluida. “Oferecer uma solução via WhatsApp que permite resolver sinistros sem intervenção humana, com automação de ponta a ponta vem ao encontro da premissa da nossa companhia em aplicar soluções cada vez mais tecnológicas e simplificar processos. Com essa novidade, a MAPFRE reforça seu compromisso com a inovação, utilizando as melhores soluções para otimizar nossas jornadas com parceiros e distribuidores, tornando os processos mais acessíveis, ágeis e conectados à realidade digital".

Zurich apresenta nova fase da campanha de marca no CONEC 2025

Com estande no evento, seguradora destaca inovação nas linhas pessoais, ampliação da presença regional e apoio ao esporte como pilares de conexão com corretores e clientes

A Zurich Seguros marcará presença no CONEC 2025 com uma série de iniciativas voltadas ao fortalecimento da relação com os corretores e à expansão da sua estratégia de presença regional. Um dos destaques será o lançamento da nova fase de sua campanha institucional de marca, que posiciona a companhia como referência em soluções que acompanham a evolução do mercado e os novos perfis de consumo: “Zurich. A nova geração de seguros.” O evento acontece entre os

dias 25 a 27 de setembro, no Centro de Convenções Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

A campanha é voltada principalmente às linhas pessoais, como automóvel, residencial, celular, vida e previdência, com foco em diferenciais como sustentabilidade, inovação, simplicidade e clareza nas coberturas. A proposta é mostrar cmo os produtos da Zurich estão alinhados às necessidades atuais dos clientes, combinando tecnologia, impacto positivo e a tradição de mais de 150 anos da companhia no setor.

Relação com os corretores no centro da estratégia

Para o diretor executivo de Distribuição, Márcio Benevides, o CONEC é uma oportunidade valiosa para reforçar o compromisso da empresa com seus principais parceiros de negócios: os corretores.

“Desde 2022, a Zurich segue firme em sua estratégia de expansão regional, buscando estreitar o relacionamento e ampliar a sua base de corretores ativos com qualidade, visando ser a melhor seguradora para o corretor operar. Parte deste esforço está direcionado a ampliar o conhecimento da marca Zurich para o cliente final, o que contribui muito para a oferta na ponta e permite que o corretor encontre um público mais conhecedor da marca e sensibilizado sobre a importância do seguro”, afirma.

Além das ações nacionais de mídia, a campanha contará com veiculações específicas em praças onde a Zurich tem intensificado sua atuação comercial, alinhando marketing e estratégia de distribuição.

Com um estande especialmente preparado para o evento, a Zurich promete uma presença marcante no CONEC 2025. O espaço será voltado à troca de ideias com os corretores, apresentação de produtos e compartilhamento de conteúdo relevante para o dia a dia da corretagem. Haverá ativações interativas e foco na escuta ativa dos profissionais que atuam na linha de frente do mercado segurador.

Esporte como pilar de marca e transformação social

Reforçando seu posicionamento de marca próxima, confiável e comprometida com o futuro, a Zurich continuará investindo no esporte como ferramenta de conexão com a sociedade. Em 2025, a companhia seguirá apoiando modalidades que dialogam com os valores da empresa, como o tênis, o flag football e o skate, e que vêm sendo utilizadas também em projetos de impacto social, como o incentivo à prática esportiva por crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

“A Zurich seguirá firme em seu propósito de criar, juntos, um futuro melhor, com produtos que acompanham as mudanças no mundo e projetos que fazem a diferença na vida de milhares de pessoas, apostando no protagonismo do corretor de seguros e na conexão com os clientes para ampliar a proteção securitária no país”, conclui Márcio Benevides.

Seguros Unimed amplia Vida Individual com novo produto Doenças Graves

Com abrangência de 24 patologias na cobertura de Doenças Graves, o novo produto será lançado na 20ª Edição do Conec, principal evento do setor de seguros

A Seguros Unimed, braço segurador e financeiro do Sistema Unimed, anuncia o lançamento do Unimed Doenças Graves Cuidado Exclusivo, novo produto que chega ao mercado com uma proposta mais flexível e alinhada às necessidades atuais dos clientes: a possibilidade de contratar proteção para doenças graves sem a obrigatoriedade de incluir a cobertura por morte.

Com essa novidade, a companhia amplia seu portfólio de soluções em seguros de pessoas, reforça o cuidado com o segurado em vida e oferece mais autonomia para que cada pessoa monte sua proteção conforme suas prioridades. “O mercado tem sinalizado cada vez mais por produtos que ofereçam liberdade de escolha. Nosso objetivo é acompanhar essa movimentação e disponibilizar alternativas que estejam em sintonia com o que as pessoas realmente precisam”, afirma Rodrigo Aguiar, superintendente Comercial e de Produtos da Seguros Unimed.

Voltado exclusivamente para o público pessoa física, o novo produto tem abrangência nacional e cobre 24 patologias, incluindo enfermidades de alta incidência, como câncer e Alzheimer. Traz ainda o benefício da telemedicina, garantindo mais conveniência no acompanhamento da saúde, além da possibilidade de contratar assistências adicionais, como serviços residenciais e assistência automotiva 24h.

A cobertura de Doenças Graves pode ser contratada de forma independente ou combinada com outras proteções, como indenização por morte, invalidez permanente por acidente, diárias por incapacidade temporária ou por internação hospitalar, entre outras. A principal inovação está justamente nessa liberdade de escolha, que torna o produto mais acessível financeiramente e reforça o compromisso da Seguros Unimed com o cuidado preventivo e a proteção à vida.

Grupo HDI promove ações para celebrar o Dia da Experiência do Cliente

Em 15/09, o Grupo HDI, um dos principais conglomerados seguradores do Brasil, promoveu uma série de atividades durante o Dia da Experiência do Cliente. A iniciativa teve como tema central "Todo mundo faz parte", que buscou provocar reflexões sobre o papel de cada colaborador na experiência de segurados, corretores e parceiros, reforçando o propósito e os valores da companhia.

Segundo o vice-presidente de Transformação da empresa, André Truzzi, “o Dia da Experiência do Cliente é uma oportunidade para reforçar nosso compromisso de colocar o cliente no centro de todas as decisões. No Grupo HDI, entendemos que cada interação precisa ser relevante, simples e transparente. Estamos investindo continuamente em tecnologia, processos e pessoas para construir jornadas mais personalizadas e superar as expectativas dos nossos segurados, corretores e parceiros. Mais do que entregar produtos ou serviços, queremos criar conexões que gerem confiança e fidelidade ao longo do tempo”.

O evento, destinado a colaboradores e corretores, foi repleto de palestras, painéis e sessões interativas, que incluíram trocas valiosas sobre o mercado ao longo do dia. Entre os temas tratados, estavam: Cultura Centrada no Cliente, Experiência do Cliente (CX), Inteligência Artificial (IA) e a habilidade humana de conexão. Além das palestras

com foco em reforçar o propósito da companhia, o Dia da Experiência do Cliente contou com atividades que propuseram interação e contato entre colaboradores e segurados.

“Colocar as experiências dos clientes, parceiros e corretores no centro das atividades é parte da nossa identidade e guia as decisões que tomamos em todas as marcas seguradoras do Grupo – HDI, Yelum e Aliro – e na Fácil Assist, nossa empresa de assistência 24h. Por isso, o foco no cliente já é um valor incorporado à nossa cultura, que nos permite transformar nossa estratégia em realidade. O Dia da Experiência do Cliente é um exemplo disso.”, completa o executivo.

Touareg lança programa de parcerias para corretores durante a Conec 2025

Touareg Corretora amplia oportunidades de crescimento para corretores de seguros com soluções exclusivas, suporte operacional e acesso ao segmento corporate

A Touareg Corretora de Seguros, empresa com sede em Salvador (BA), que desde 2011 vem consolidando sua presença no mercado nacional, lança Touareg Partners, programa de parcerias voltado a Corretores de Seguros que desejam expandir seus negócios, diversificar produtos e acessar soluções estratégicas com suporte especializado. O anúncio acontece durante a sua primeira participação como expositora no Congresso de Corretores de Seguros (Conec 2025), o maior evento do setor de seguros da América Latina, em São Paulo, com um estande de 46 m2, localizado no Distrito Anhembi, entre 25 a 27 de setembro.

O Touareg Partners nasce como o programa mais completo do mercado, oferecendo não apenas um amplo portfólio de mais de 300 produtos de seguros em parceria com 130 companhias seguradoras, operadoras de planos de saúde e empresas de benefícios, mas também ferramentas de gestão (como o sistema Quiver Pro e multicálculo), apoio operacional, assessoria de marketing, capacitação contínua via plataforma EAD, além de reconhecimento e incentivos por performance.

“A iniciativa reflete uma tendência crescente do setor. Os corretores precisam de apoio, sinergia e proximidade para crescer. Nosso diferencial está justamente na conexão humana, em sermos uma corretora falando para corretores, presente no dia a dia e atenta às necessidades do mercado. Criamos um ecossistema de excelência, que preserva a autonomia da corretora parceira e, ao mesmo tempo, oferece acesso a recursos que normalmente só grandes brokers teriam”, afirma André Costa, CEO e cofundador da Touareg.

Um ecossistema de crescimento

Com o novo programa, os parceiros mantêm a identidade de suas corretoras e passam a ter acesso a negociações estratégicas, mesa exclusiva para frota, hubs especializados em saúde e soluções complexas do mercado corporativo –como seguros de transporte, responsabilidade civil, garantia contratual e judicial, entre outros.

O Touareg Partners também fortalece a ponte com a Touareg Corporate, nova área criada pela Holding Grupo Touareg para atender grandes clientes e que hoje já representa cerca de 50% do faturamento do grupo.

“Essa frente é um divisor de águas. A Touareg Corporate nasceu para atender demandas sofisticadas de grandes empresas e hoje é responsável por metade do nosso faturamento. Trazer essa expertise para os parceiros é oferecer a eles a possibilidade de disputar clientes corporativos com suporte técnico de alto nível e soluções sob medida. É a oportunidade de crescer em segmentos onde sozinhos dificilmente teriam acesso”, afirma Costa.

Crescimento acelerado

O Grupo Touareg vem registrando expansão expressiva nos últimos anos: faturamento de R$ 35 milhões em 2023, R$ 70 milhões em 2024 e expectativa de superar a marca de R$ 150 milhões em prêmios até o final de 2025. Hoje, a companhia já conta com mais de 300 franqueados em todo o Brasil e aposta no programa de parcerias como vetor para acelerar ainda mais esse ritmo.

“O Touareg Partners é resultado de um investimento robusto e da nossa visão de futuro para o setor. Estamos comemorando 14 anos de trajetória com a convicção de que unir forças é o caminho para crescermos de forma sustentável e consistente”, reforça o CEO da empresa.

Azul Seguros estreia no mercado de motos com seguro acessível

O Azul Moto aposta em contratação simplificada, coberturas enxutas e foco no dia a dia do motociclista para democratizar o acesso ao seguro

A Azul Seguros, marca do ecossistema Porto Seguro, acaba de lançar o Azul Moto — seu primeiro seguro voltado exclusivamente ao universo das duas rodas. Desenvolvido com foco em acessibilidade e praticidade, o novo produto chega como uma opção viável para motociclistas que buscam proteção com preço acessível, contratação descomplicada e cobertura adequada às reais necessidades dos motociclistas.

O Azul Moto foi desenhado para atender motos de baixa, média e alta cilindrada, com coberturas que incluem colisão (total e parcial), incêndio, roubo e furto, além do exclusivo RCF (Responsabilidade Civil Facultativa). A indenização pode variar entre 70% e 80% da Tabela Fipe, o que permite maior controle sobre o risco e amplia o acesso ao seguro para um público que, até o momento, contava com poucas opções no mercado.

O produto também se destaca pelo modelo operacional: o atendimento é feito exclusivamente em oficinas da Rede Referenciada da Azul e utiliza apenas Peças Novas de Reposição — componentes homologados, com garantia e padrão de qualidade, que contribuem para maior eficiência e custo-benefício nos reparos.

Com esse lançamento, a Azul expande seu portfólio e passa a atuar também em um segmento em crescimento acelerado no Brasil. Entre os anos de 2015 e 2024, a frota nacional cresceu 42%, contabilizando um total de 35 milhões de motocicletas em circulação, segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).

"O Azul Moto nasce com o objetivo de tornar o seguro de moto uma realidade viável para muito mais pessoas. Sabemos que os motociclistas enfrentam desafios para proteger seu bem, seja pelo custo ou pela complexidade das ofertas exis-

tentes. Criamos um produto acessível, objetivo e que atende à essência da Azul: promover inclusão securitária com soluções que funcionam na prática, sempre ao lado dos corretores, que são fundamentais para levar essa proteção a quem mais precisa.”, afirma Jaime Soares, diretor de seguro Auto da Porto Seguro.

Allianz traz especialistas internacionais para a Casa do Seguro, na COP 30

Gabrielle Durisch e Lena Fuldauer, executivas de Sustentabilidade da Allianz Commercial, serão keynote speakers em painéis do evento paralelo à COP 30

Uma das empoderadoras da Casa do Seguro, iniciativa da CNseg durante a COP 30, a Allianz Seguros promoverá dois painéis no espaço, com a participação de executivas globais da companhia, especialistas em Sustentabilidade, como keynote speakers. Os painéis serão realizados no dia 12 de novembro, no período da manhã.

Cidades resilientes em foco

Para abordar o tema “Cidades resilientes: planejamento urbano para um clima imprevisível”, o painel terá Lena Fuldauer, líder global de Soluções de Sustentabilidade e Resiliência da Allianz Commercial. A executiva trará sua visão sobre o impacto das mudanças climáticas em áreas urbanas, além das estratégias aplicadas globalmente em cidades expostas a eventos extremos e as iniciativas de incentivo à adaptação urbana sob a ótica do seguro. Eduard Folch, presidente da Allianz Seguros, será o responsável pela moderação do painel, que também contará com a participação de Fábio Morita, diretor executivo de Automóvel, Massificados e Vida da companhia, como palestrante.

Na Allianz Commercial, Lena atua no desenvolvimento de produtos e serviços resilientes frente a riscos climáticos, biodiversidade e mitigação de riscos ESG. Anteriormente, atuou como consultora e pesquisadora de organizações como a Global Center on Adaptation, Climate Compatible Growth e a UNOPS, agência da ONU especializada em infraestrutura e gestão de projetos. Doutora e mestre pela Universidade de Oxford, dedicou suas pesquisas ao desenvolvimento sustentável e às mudanças climáticas.

Em 2020, foi vencedora do Allianz Climate Risk Award, premiação anual da companhia para iniciativas voltadas a riscos e resiliência climática. No doutorado, desenvolveu métodos inovadores para avaliar como os riscos climáticos afetam o ambiente – natural e construído – e seus impactos no desenvolvimento sustentável, aplicando-os na ilha caribenha de Santa Lúcia. “Essa experiência consolidou o meu propósito de transformar ciência em soluções práticas, cocriadas com parceiros locais, e que possam gerar impactos reais para comunidades e negócios”, afirma a executiva. Resiliência no seguro

O segundo painel, intitulado “Mudanças climáticas e o novo paradigma do seguro”, contará com Gabrielle Durisch, CSO da Allianz Commercial. A executiva trará uma perspectiva internacional sobre os riscos climáticos e seus impactos no setor, abordando ainda as estratégias globais da companhia para adaptação de produtos, gestão de riscos e fortalecimento da resiliência. Assim como no primeiro painel, a moderação ficará a

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EMPRESAS JNS 23

cargo de Eduard Folch. Mauricio Masferrer, diretor executivo de Negócios Corporativos da Allianz Seguros e Managing Director da Allianz Commercial Brasil, também estará presente como painelista.

Com mais de dois anos na Allianz Commercial, Gabrielle já atuou anteriormente como head global de Sustentabilidade na companhia e foi promovida a CSO, em dezembro de 2024, para impulsionar a estratégia e a implementação da sustentabilidade nas principais áreas de negócios: soluções, operações e governança. Acumula mais de 20 anos de experiência nos setores de seguros e automotivo, com sólida formação em finanças e consultoria, tendo atuado na KPMG e na Deloitte, em funções que incluíram projetos de fusões e aquisições.

Segundo Gabrielle, a sua função atual integra as áreas de finanças, sinistros e mitigação de riscos e representa um avanço natural em sua carreira. “Entender como a sustentabilidade impacta áreas-chave do setor de seguros nos permite desenvolver uma abordagem orientada ao mercado para a sustentabilidade, com foco em como as mudanças climáticas e outros temas impactam os nossos clientes e como podemos alavancar a nossa experiência para apoiá-los de forma abrangente”, afirma.

Casa do Seguro

Espaço idealizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a Casa do Seguro tem o objetivo de posicionar o setor como agente fundamental na busca por soluções relacionadas à sustentabilidade e riscos climáticos. Inédita no segmento, a ação acontecerá em Belém entre os dias 10 e 21 de novembro e será realizada durante a COP30 – Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que reunirá líderes mundiais, cientistas e ativistas ambientais.

“A crise climática exige respostas colaborativas, estruturadas e de longo prazo. Trazer especialistas para a Casa do Seguro durante a COP 30 é uma forma de contribuir com o debate, compartilhando conhecimento e impulsionando soluções práticas”, pontua Eduard Folch. Ele reforça que o setor tem uma posição privilegiada para transformar dados e previsões em mecanismos concretos de proteção e resiliência. “Queremos apoiar os nossos clientes, empresas e governos na transição para um futuro mais sustentável e seguro, fortalecendo a capacidade de adaptação das cidades e da sociedade como um todo”, conclui.

ENS e PROAUTO firmam parceria inédita

A Escola de Negócios e Seguros (ENS) firmou, no início deste mês, parceria educacional com a PROAUTO, uma das maiores referências nacionais no segmento de associações de proteção patrimonial mutualista.

O acordo foi oficializado em reunião na matriz da Escola, no Centro do Rio de Janeiro (RJ), que contou com a presença dos líderes da PROAUTO, Leandro Ramos (presidente) e Letícia Ramos (diretora Financeira). Os representantes da ENS foram o presidente Lucas Vergilio, as diretoras Paola Casado (geral) e Maria Helena Monteiro (Ensino), e o superintendente da Marketing e Vendas, Luiz Mattua.

A parceria dá origem ao projeto “Conhecimento Seguro”, que prevê a capacitação dos colaboradores da PROAUTO em diferentes áreas, preparando-os para atuar no mercado regulado.

Dirigentes comemoram a parceria

“Estamos muito orgulhosos em firmar esta parceria com a PROAUTO. Ficamos especialmente entusiasmados ao perceber o quanto a qualificação profissional é valorizada pela empresa.”, afirmou o presidente da ENS, Lucas Vergilio.

Para a PROAUTO, a união com a ENS marca um novo momento. “Ao lado da ENS, que há mais de cinco décadas transforma carreiras e impulsiona o setor de seguros no Brasil, vamos construir um marco na nossa história de 18 anos de atuação. Essa parceria representa também o maior investimento já feito pela PROAUTO em capacitação e desenvolvimento de pessoas”, destacou o presidente da empresa, Leandro Ramos.

CURTAS, para relaxar...

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UMA S& OUTRAS

A Saga do Seguro Total João era um homem extremamente cauteloso. Ele tinha seguro de vida, seguro de carro, seguro da casa, seguro contra incêndio, contra furacão (mesmo morando em São Paulo), seguro contra queda de satélite e até um seguro contra ataque de ornitorrinco selvagem — que ele jurava ter visto uma vez no Discovery Channel.

Mas João queria a proteção definitiva. Um dia, ele foi até uma corretora e disse:

— Eu quero um seguro que cubra absolutamente tudo. Tudo mesmo. Qualquer coisa que possa acontecer comigo. Até se eu tropeçar no tapete do meu vizinho e cair num portal interdimensional.

O corretor, um sujeito experiente chamado Arnaldo, respondeu com um sorriso:

— Sr. João, o senhor está com sorte. Acabamos de lançar o "Seguro Total Cósmico Premium Black Infinity Plus".

João arregalou os olhos.

— Isso existe?

— Só para clientes especiais como o senhor — disse Arnaldo, pegando um contrato com tantas páginas que parecia um livro da Receita Federal.

O seguro cobria:

Queda de meteoros.

Invasão alienígena.

Perda de identidade por amnésia mágica.

Transformação espontânea em ornitorrinco (ironicamente).

Reencarnação indesejada. Ser confundido com um dublê em filme de ação.

Ataque coordenado de pombos-ninjas.

João assinou sem pensar duas vezes.

Passaram-se anos. Nada aconteceu. Nenhum meteoro, nenhum alienígena, e ele continuava sendo 100% humano.

Até que um dia, João escorregou no banheiro, bateu a cabeça, desmaiou e acordou... em uma realidade paralela onde as pessoas usavam crocs na testa e se comunicavam por miados.

Ele passou 3 anos lá, tentando voltar. Finalmente, uma versão felina do Einstein o ajudou a atravessar de volta à sua dimensão. Quando chegou, foi direto ao escritório de Arnaldo, esbaforido:

— O seguro cobre!

— Cobre o quê?

— Eu caí, fui parar em outra dimensão, fiquei 3 anos lá, voltei agora, e... Arnaldo olhou o contrato.

— Hum... infelizmente, senhor João, o seu plano cobre realidades paralelas de até 2 anos. O senhor ficou 3 anos. Isso entra como descumprimento de prazo dimensional. Sinto muito. João ficou em silêncio. Respirou fundo. E disse: — Tá bom. Então me mostra o plano com cobertura de 5 anos dimensionais.

Arnaldo sorriu: — Claro, é o novo pacote: "Seguro Multiverso Plus Ultra Diamante Edição Ouro Rosé 5D". Parcelamos em até 72 vezes.

João assinou. E dessa vez... comprou também um tapete antiderrapante.

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