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NOTÍCIAS Sessão de Formação «Ensino Avaliação e Aprendizagem
PONT O DE CHEGAD A
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No dia 5 de março de 2020, realizámos no Colégio uma sessão de formação com o professor Domingos Fernandes, sobre o tema Ensino, Avaliação e Aprendizagem.
Domingos Fernandes é Professor Catedrático no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa onde é coordenador de unidades curriculares e cursos de graduação e pós-graduação no domínio da avaliação em educação. É Investigador na Unidade de Investigação & Desenvolvimento em Educação e Formação da Universidade de Lisboa e leciona regularmente em universidades nacionais e internacionais ao nível pós-graduado. Foi para nós um enorme privilégio receber o autor de mais de uma centena de publicações em domínios como a avaliação em educação.
Refletimos sobre o papel da avaliação pedagógica no desenvolvimento das aprendizagens dos nossos alunos. Segundo Domingos Fernandes, o principal propósito da avaliação pedagógica é contribuir para que os alunos aprendam melhor, com mais profundidade e compreensão e isso não é uma questão de “instrumentos”, pois avaliar não é classificar nem é redutível a um qualquer algoritmo. Avaliar é um processo pedagógico e tem de estar ao serviço das aprendizagens e do ensino e não das classificações. Refletimos ainda sobre o feedback como o elemento central da avaliação pedagógica, pois através dele os alunos podem saber onde estão e o que têm de fazer para poderem chegar onde se pretende que cheguem. Só com feedback poderá haver avaliação para aprender. Avaliar, Aprender e Ensinar são processos inseparáveis. Susana Cheis – Coordenadora do
CONSIGO (Centro de Desenvolvimento CCF)
UMA DAS MELHORES EXPERIÊNCIAS DA NOSSA VIDA
Foi em fevereiro que fizemos a nossa viagem à Finlândia, uma das melhores experiências das nossas vidas e que iremos sempre recordar. Ao chegar a Helsínquia, fomos muito bem recebidos pelas nossas famílias de acolhimento e também conseguimos perceber que era um país muito diferente do nosso, estava muito frio e o chão tinha muita neve, mas infelizmente nos dias a seguir a neve derreteu e não conseguimos fazer muitos dos jogos previstos, mas isso não nos impediu de nos divertirmos muito.
Na Finlândia, conseguimos presenciar várias atividades que em Portugal são mais difíceis ou menos habituais de se fazer, fizemos ski e trenó e fomos a uma sauna e, para além disso, assámos salsichas e marshmallowsna fogueira. Foi muito divertido!
Fizemos também uma viagem de barco a Tallin, a capital da Estónia, onde fizemos uma visita guiada à parte histórica da cidade. Fomos também a Helsínquia onde visitámos o museu Heureka, um museu muito divertido e com várias atividades, mas também visitámos um pouco da cidade o que nos fez conhecer um pouco mais da cultura do país.
Na última noite, fizemos um jantar de confraternização com os nossos colegas finlandeses e as suas famílias em que cada um dos alunos portugueses fez uma sobremesa típica de Portugal.
Acho que esta experiência não só nos permitiu treinar o nosso inglês, pois tínhamos todos os dias de conviver com a nossa família finlandesa e comunicar com ela, mas também conhecermos um pouco da cultura finlandesa e ao mesmo tempo dar a conhecer um pouco da nossa.
Carolina Matta – 8.ºB





ENSINO @ DISTÂNCIA

O dia em que foi comunicado o encerramento obrigatório das escolas a par da continuidade obrigatória do ensino marcou o início de um novo e importante capítulo da nossa história tecnológica e digital.
Vivíamos, já, uma certa estabilidade, no que diz respeito à utilização de dispositivos informáticos, à exploração e criação de recursos interativos e à consulta da internet, porque há muito, que traçámos o nosso trajeto de “imigrantes digitais”. A “fluência digital”, que ficou mais vincada nos nossos processos de ensino e aprendizagem com a introdução do Programa “i”, há seis anos, foi facilitadora do plano de trabalho que, sem orientação externa e hipótese de resistência, tivemos de implementar, num género de missão. No entanto, como responsável pelo referido Programa e habituada a um certo intervalo de imprevisibilidade no qual, às vezes, “navega” este tipo de tecnologias, considero que esta foi a verdadeira prova de que todo o percurso já realizado constituiu uma vantagem, nesta fase que nos mostrou a (irreversível) dependência desse “mundo de dígitos (e dedos)”.
Ao longo destes anos de implementação da utilização de equipamentos e recursos digitais no nosso Colégio deparei-me, por vezes, com alguma ansiedade e insegurança de quem integra o nosso projeto educativo. O “mundo digital”, para alguns, é impessoal, não tem cheiro e textura (como o papel, por exemplo), é efémero e não gera os mesmos sentimentos do que o analógico (“o mundo físico”). Perante esta perspetiva, tenho transmitido que o digital e o analógico são simplesmente diferentes. Atualmente, cada um possui o seu valor e juntos são uma promissora “equipa”! Hoje, tenho ainda mais certezas, de que é a ação de cada um de nós sobre o digital que pode transformar as suas limitações em oportunidades. Somos nós, humanos, que programamos e manuseamos o digital, por isso, podemos imprimir nele as nossas emoções e torná-lo mais pessoal e perpétuo. Foi o que, na minha visão, aconteceu na (dura) fase de confinamento, na qual a nossa missão/função de educadores/professores teve de continuar a ser muito ativa. Mas, desta vez, sem o nosso “mundo físico” por perto, sem os nossos alunos, sem o cheiro e a textura dos objetos das salas de aula e sobretudo, sem a espontaneidade das relações (humanas) que tanto contribuem para as aprendizagens de todos os dias.

“Crescer exige afeto”. Este é um dos pilares do nosso projeto educativo. “Crescemos e aprendemos com quem estabelecemos laços. É o afeto que nos dá a confiança e a coragem para lidar com a difícil tarefa que é crescer, todos os dias um pouco mais. Somos uma escola por muitos chamada de “Escola Família”, porque sabemos que a qualidade das relações humanas é o pó mágico que liga cada de um de nós e que alimenta o desenvolvimento do potencial humano. O afeto que desenvolvemos centra-se na empatia – capacidade de se colocar no lugar do outro - e no altruísmo – capacidade de nos superarmos em prol do bem-estar de outrem. Este deslocalizar do Eu permite-nos abrir horizontes na gestão das relações pessoais e sociais, dando sentido à responsabilidade de todos contribuirmos para o bem-comum.” O nosso plano de ensino à distância, que teve de ser pensado em função do nosso grande universo de famílias quer de alunos, quer de professores, centrou-se no exigente objetivo de ensinar sem nunca comprometer este pilar.
Estivemos distanciados fisicamente, mas nunca socialmente. Conhecemos, utilizámos e/ou apropriámonos de inúmeras ferramentas digitais, e com terabytes de empenho, tentámos despertar, nos nossos alunos, pelo menos, a mesma motivação pela aprendizagem que, geralmente, manifestam na sala de aula. Foi igual? Não. Foi diferente! Mas na mesma perspetiva que já assumi em relação ao digital e ao analógico, afirmo que todos nós, no formato físico, dentro das nossas casas, e no formato digital, dentro da casa uns dos outros, formámos uma promissora equipa, que, mais uma vez, e no âmbito em questão, constatou que ser “fluente digital” é como ser fluente numa língua, ou seja, é o resultado do esforço de nos expressarmos numa série de situações diferentes.
Esta reflexão fez-me reler algumas páginas de um livro que foi publicado há quase vinte e cinco anos, na fase de expansão do uso da internet, e que eu li há quinze. É sobre uma temática que sempre me atraiu, ou seja, aborda o uso das tecnologias de informação e comunicação na educação. Destaco-o, porque descentraliza-as da escola e transfere-as para o ambiente familiar, para além de enfatizar as relações interpessoais entre os que usam a tecnologia. O autor é Semour Papert e o título é AFamília em Rede. As ideias gerais deste livro continuam atualizadíssimas e o título retrata como toda a comunidade do Colégio Campo de Flores viveu o ensino e a aprendizagem, neste atípico momento da História. Margarida Cruchinho – Coordenadora do “Programa i”