A saúde masculina também merece atenção e cuidado

A capacidade de manter uma vida sexual saudável tem influência direta na qualidade de vida e na autoestima. Porém, muitos pacientes sentem dificuldade ou até mesmo vergonha em procurar assistência médica. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca da metade dos homens com mais de 40 anos, apresentam queixas relacionadas à ereção.

Ciente das estatísticas, o Grupo São Pietro conta com uma equipe multidisciplinar na abordagem das disfunções sexuais, com profissionais qualificados e que estão em permanente processo de atualização. A infraestrutura das unidades com atendimento em urologia, conta com recursos tecnológicos, acolhimento e atendimento médico humanizados.

Dentro da especialidade, a andrologia avalia e trata as doenças do sistema reprodutivo masculino como infertilidade, disfunções sexuais (impotência e distúrbios ejaculatórios e alterações hormonais).

Quais são as dúvidas mais recorrentes dos pacientes?

“Quando a queixa é disfunção sexual, a principal dúvida que surge durante a consulta com o urologista é saber se o seu problema vai ter solução. Em geral, para conseguir responder essa questão é necessário iniciar a consulta com uma boa conversa, em que o paciente deve expor livremente seus problemas e suas angústias. O médico deve escutar atentamente as declarações, sem nenhum tipo de preconceito ou julgamento, no sentido de identificar os eventuais fatores de risco que deram origem ao problema, estabelecendo uma relação de confiança com o paciente.”

O que é impotência sexual e em que consiste e a disfunção erétil?

“Impotência sexual, na verdade, se refere a qualquer sintoma que prejudique a vida sexual do indivíduo. Dentro desse grupo, especificamente a dificuldade de obter e manter uma ereção é chamada de disfunção erétil. Até recentemente, pouco se conhecia a respeito da fisiologia sexual masculina e da fisiologia da ereção. Nos últimos anos, porém, a partir dos inúmeros estudos produzidos pela comunidade científica, um melhor entendimento da fisiologia peniana e, consequentemente, a descoberta de novos métodos cirúrgicos e farmacológicos para o tratamento da impotência, têm ajudado os homens a tratarem esses problemas.”

Qual são as principais causas de disfunção sexual?

“Há quatro causas principias de disfunção sexual. A mais comum é a causa de origem emocional que atinge 70% dos homens. Os 30% restantes apresentam uma disfunção orgânica que pode ser dividida em disfunção de origem vascular, hormonal e, em menor número, como resultado de alterações na anatomia do pênis, como ocorre na doença de Peyronie.

Mas eu ainda chamo atenção quanto ao papel que o cigarro exerce como adjuvante na gênese da disfunção erétil de origem orgânica, pois o tabaco acelera o processo de aterosclerose secundária ao depósito de substâncias nocivas como a gordura no interior dos vasos sanguíneos. Com esse acúmulo, há uma redução no fluxo sanguíneo impedido que o sangue chegue com a força necessária que uma ereção precisa para ocorrer.”

Quais são os problemas hormonais comuns entre os homens?

“Hoje, muito da atenção se volta para o distúrbio hormonal, porque se leva em conta o envelhecimento da população. A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), como é chamada clinicamente a queda da testosterona (também conhecida popularmente como andropausa), atinge de 15 a 20% dos homens acima dos 50 anos. Eventualmente baixas taxas de testosterona podem colaborar para o surgimento o quadro de disfunção sexual do homem.”

Como é feito o tratamento para esses casos?

“Não há como prevenir o DAEM, mas ter hábitos de vida saudáveis contribuem para diminuir o risco para a doença. A manutenção de uma boa saúde, dieta saudável e a prática de exercícios podem contribuir para a manutenção da produção de testosterona.

Em casos selecionados, após avaliação clínica e laboratorial individualizada, podemos lançar mão da reposição hormonal para tratamento dessa afecção.”

O que leva a infertilidade masculina? Existe tratamento?

“A infertilidade masculina é tecnicamente caracterizada pela impossibilidade do homem de engravidar a parceira após 12 meses de suspensão do método contraceptivo usado pelo casal.

Ela pode ser ocasionada por inúmeras razões que vão desde causas infecciosas como a caxumba, passando por alterações genéticas como a síndrome de Klinelfelter até a causa mais comum pela chamada varicocele. Eu ainda destaco as causas idiopáticas, que é como chamamos aquelas situações que a ciência atual não consegue explicar.

O tratamento difere muito de paciente para paciente e pode ser, desde um procedimento cirúrgico para correção da varicocele até reposição hormonal, quando o problema tem essa origem. Mas quando a causa não tem tratamento específico o paciente é direcionado para reprodução assistida.”