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De olho: Como cuidar da saúde ocular
Entre os problemas de visão, mais de 60% dos casos poderiam ser evitados com o tratamento adequado. Fique de olho!
Confira a matéria e esclareça suas dúvidas sobre a prevenção e cuidados necessários com os olhos com o Dr. Eduardo Mick Härter (CRM-38056 RQE-37327), Oftalmologista especialista em retina, vítreo e cirurgia de catarata.
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2,2 BI 60/80% 18,6% 3,5% 0,3% população problemas dos casos poderiam ter sido evitados e tratados da população brasileira possui algum grau de deficiência visual do total acima apresenta deficiência visual severa do total acima tem perda total da visão
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 2,2 bilhões de pessoas têm problemas visuais no mundo. Desse número, entre 60% a 80% poderiam ser evitados e tratados. Pelos dados do último Censo Demográfico, realizado pelo IBGE em 2010, 18,6% da população brasileira possui algum grau de deficiência visual. Desse total, 6,5 milhões de pessoas (ou 3,5% da população) apresentam deficiência visual severa. Isso inclui 500 mil pessoas (0,3%) que têm perda total da visão e outras 6 milhões de pessoas (3,2%) que têm grande dificuldade de enxergar. Na população com 60 anos ou mais, esse número é crescente, já que problemas oculares (catarata, degeneração macular e complicações do diabetes, por exemplo) aumentam com a idade.
A saúde dos olhos está intimamente ligada à saúde geral da pessoa, portanto, o primeiro passo para ter olhos saudáveis e prevenir doenças oculares ou a cegueira é ter hábitos de vida saudáveis. Comer bem, fazer exercícios físicos e manter bom controle de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e doenças autoimunes são essenciais para saúde ocular. Lembre-se: os olhos fazem parte do nosso corpo e, assim como outros órgãos, sofrem alterações quando uma doença sistêmica está descompensada.

Mesmo seguindo cuidados e com hábitos de vida saudáveis não estamos imunes ao aparecimento de doenças oculares, que aumentam muito sua prevalência principalmente após os 40 anos.
Não utilize qualquer colírio sem indicação médica. Apenas lubrificantes oculares estão liberados para uso diário. Aplicar colírios sem orientação médica pode até causar cegueira.
Evite esfregar os olhos quando sentir coceira.
Sempre remova maquiagem ao final do dia.
Evite uso prolongado de telas de celular, notebooks e tablets. Nessas atividades piscamos menos e prejudicamos a lubrificação ocular.
Use óculos de sol sempre que tiver exposição solar, ele é o filtro solar do nosso sistema visual. Use sempre lentes de qualidade e com certificação de proteção.
Mantenha consultas regulares ao oftalmologista para exames de rotina, como pressão intraocular, exame de fundo de olho, exame de grau. Isso ajuda a detectar e tratar de forma precoce as doenças oculares.
Em relação às crianças, quando deve ocorrer a primeira consulta?
Logo ao nascer, ainda no hospital, as crianças já são submetidas à primeira avaliação do sistema visual através do teste do reflexo vermelho, ou Teste do Olhinho, pelo pediatra ou oftalmologista. O teste visa detectar doenças ou opacidade no eixo visual do recém-nascido.
A primeira consulta em consultório oftalmológico deve ocorrer em crianças, preferencialmente, até 2 anos de idade, onde é possível avaliar e detectar alterações do sistema visual. Em crianças muito prematuras, gestações com alterações laboratoriais ou com alteração do Teste do Olhinho, o exame deve ser feito o mais precoce possível, afim de diagnosticar e tratar as doenças oculares e preservar a visão.
A partir dos 2 anos, as consultas oftalmológicas de rotina devem ocorrer anualmente, durante a infância até a idade adulta, ou em períodos mais breves, se indicado pelo oftalmologista.
Quais sintomas são importantes prestar atenção?
De forma geral, qualquer sintoma novo do sistema visual merece atenção. Eles podem indicar desde problemas mais básicos do sistema visual, como olho seco, infecções e alergias oculares, como podem indicar o início de doenças com potencial de levar à cegueira. Sintomas como desconfortos oculares, dificuldade para ver os objetos ou letras (que antes eram de fácil visibilidade), aparecimento de manchas na visão, alterações nas formas dos objetos, ardência ou coceira ocular, aumento da dificuldade de tolerar a luz, são todos sinais que merecem atenção e uma avaliação em consulta oftalmológica.