O “ANO NOVO” COMO DISPOSITIVO DE COERÇÃO E PRODUÇÃO SIMBÓLICA DA REALIDADE. Por Santiago Cao Para controlar a vida das pessoas não ha nada mais eficaz do que controlar o uso do seu tempo. E para isto foi necessário organizá-lo, fragmentá-lo de maneira ordenada em segundos, minutos, horas, dias, meses e anos. Converter o trânsito da vida e seus múltiplos modos de experimentá-la num “modo único e correto de viver”, num Tempo único, com finais e começos comuns para todos os sujeitos. Negar as diferenças é negar as próprias possibilidades de desenvolvimento e expansão, e deste modo negar a própria capacidade de produzir realidades que possuem as distintas comunidades e os seres que as conformamos. Se ha uma única Realidade, quem a controla, a produz e a divulga? Quais são os dispositivos de Produção Simbólica da Realidade utilizados para isto? É imprescindível que aprendamos a descobrir dentro de nós quais são estes dispositivos que nos apreendem em modos únicos (Universais) de Ver ao mundo. (Des)Velar estes dispositivos vai nos permitir produzir realidade, já não desde um saber uni-versal (desde um verso único), senão desde o multi-verso, utilizando a poesia como ferramenta criadora do dia a dia e respeitando as poéticas dos demais seres que coabitam este mundo. Então, quando brindamos desejando-nos um “FELIZ ANO NOVO”, Que estamos desejando-nos? É este controle da vida o que queremos para (nós)outros e (os)outros?
Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano
1436 segundo o calendário Islâmico 2014 segundo o calendário Gregoriano 2557 segundo o calendário Budista 4712 segundo o calendário Chinês 5128 segundo o calendário Maia 5522 segundo o calendário Aymara 5775 segundo o calendário Judaico 12481 segundo o calendário Mapuche
… Faz falta dizer mais alguma coisa?