Santiago Cao. Dissertação de Mestrado em Urbanismo, 2016.
"Iremos propor que há uma potência disruptiva nos encontros corpo-a-corpo capaz de tornar possível o (im)possível, mas, para que as pessoas possam se encontrar, precisarão da existência de um espaço em comum onde isto possa acontecer. E será essa conjunção de corpos e territórios aquilo que chamaremos de redes de afetos. Circuitos que são gerados na interação de quem ali convive, numa relação cotidiana com o espaço onde interatuam. Pretender expulsar as pessoas dos seus espaços afetivos é tão destrutivo quanto criminoso, pois a potência da vida é tristemente afetada nesta expulsão, provocando uma diminuição da força de existir. Sendo assim, poderíamos pensar que o maior crime que se pode cometer numa cidade – na prática do Urbanismo – é a destruição de redes de afetos: o Afeticídio."