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semiárido

A região Nordeste corresponde a 18,27% do território brasileiro e possui uma área de 1561177,8 km². Em 2010, a região tinha população de 53 milhões de habitantes, segundo o IBGE(2011). Desses, mais de 40% vivem em municípios na região semiárida, que correspondem a uma área de 969589,4 km², abrangendo oito estados da região. É uma das regiões mais densamente povoadas entre aquelas de características climáticas semelhantes.

A região do semiárido brasileiro (SAB) é uma demarcação do território nacional definida oficialmente em 2005 através da portaria n° 89 do ministério da integração nacional. Segundo esse documento, o semiárido refere-se a um grupo de municípios que atendem a, pelo menos, um dos seguintes critérios:

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1. Precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 mm;

2. Índice de aridez de até 0,5, calculado pelo balanço hídrico, que relaciona as precipitações e a evapotranspiração potencial, no intervalo entre 1961 e 1990;

3. Risco de seca ou prolongamento da estação seca, de um ano para outro, maior que 60%, tomando-se por base o período entre 1970 e 1990.

Baseado nesses fundamentos, o SAB compreende uma área territorial de 980.133,07km², abrangendo 1135 municípios situados em 9 estados em 2 regiões diferentes (AL, BA, CE, PB, PE, PI, RN, SE e MG).

A Região Semiárida do Nordeste do Brasil apresenta como fator de destaque o clima, principal causa da variação dos elementos naturais que compõem a paisagem. A vegetação e o relevo encontram-se adaptados ao clima e a condição de escassez de chuvas, com vegetação xerófila e solos rasos e com poucos nutrientes. O bioma da caatinga, típico da região, apresenta grande riqueza de espécies animais e vegetais, é o maior bioma nordestino e o único exclusivamente brasileiro.

Os rios são intermitentes em sua maioria, condicionados ao período de chuvas, e se extinguem no período de seca, submersos em vales ou bai-

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xadas, compondo o lençol freático. As precipitações são escassas, entre 280 a 800 mm anuais, concentradas em três ou quatro meses do ano. O balanço hídrico apresenta déficit, com o potencial de evapotranspiração maior que o das precipitações.

Atualmente, grandes parcelas da região enfrentam grave processo de desertificação. A extração predatória dos recursos vegetais e minerais da caatinga acelera a marcha da desertificação, além do cultivo inadequado da terra ligado a variações climáticas locais e a características do solo impermeável e pedregoso. Junto às debilidades ambientais enfrentadas, o semiárido nordestino é cenário de vulnerabilidade econômica e grandes injustiças sociais, com as maiores taxas de analfabetismo e mortalidade infantil do Brasil. A conservação e o uso sustentável de seus recursos são fundamentais para a melhoria da qualidade de vida da população.

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1. Mapa do Brasil com destaque para a região do semiárido. Sudene (2017): Planejamento Regional, Delimitação do Semiárido.

zona semiárida

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