Relatório - Análise de Terreno - Associação Paineira - Botucatu-SP

Relatório de Análise de Terreno Botucatu - SP

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Metodologia..................................................................... 04 Conceitos e Siglas............................................................. 06 Ficha Técnica.................................................................... 07 PERÍMETRO E DELIMITAÇÃO.....................................................08

Contexto Biorregional...................................................... 09 Contexto Biorregional - Bacia Hidrográfica........................... 10

Hidrografia........................................................................ 12

ÍNDICE

Microbacias hidrográficas...................................................... 13 ÁGUA e ESCOAMENTO............................................................... 14

Topografia......................................................................... 15 MDT (Mapa Digital do Terreno)................................................ 16 DECLIVIDADE............................................................................ 18 ASPECTO SOLAR....................................................................... 19 CURVAS DE NÍVEL.....................................................................20

Análises de Ocupação....................................................... 21 INCIDÊNCIA SOLAR + ROSA DOS VENTOS + FOGO..................... 22 BENFEITORIAS.......................................................................... 23 INFRAESTRUTURA DE ACESSO..................................................24 USO DO SOLO - ATUAL............................................................... 25 HISTÓRICO ............................................................................... 26 CADASTRO AMBIENTAL RURAL - ATUAL.................................... 27

ÍNDICE

AVALIAÇÃO DAS NASCENTES.................................................... 28 AVALIAÇÃO DAS NASCENTES - METODOLOGIA.........................30 AVALIAÇÃO DAS NASCENTES - RESULTADOS............................34 PONTOS DE ATENÇÃO............................................................... 36 DISTRIBUIÇÃO DE REDE ELÉTRICA............................................ 38

Zoneamento..................................................................... 39 PRÉ-ZONEAMENTO...................................................................40

METODOLOGIA A metodologia de análise utilizada para realização deste relatório foi baseada nos conceitos de desenho regenerativo: Design Permacultural, Escala de Permanência da Linha Chave, de acordo com o Código Florestal Brasileiro e as resoluções do estado de Minas Gerais.

Imagens Os produtos gerados a partir da CARDEAL MAPAS foram analisados, descritos e representados graficamente neste relatório para melhor direcionar a ocupação do terreno em questão.

CRITÉRIOS DE ANÁLISE

Escoamento Escoamento - o mapa de escoamento é fruto do cálculo das diferenças topográficas, sendo possível identificar onde ocorre o acúmulo de água e deposito de sedimentos no terreno. Com este mapa é possível identificar onde possa ter existido afloramentos de água e indicativos de como planejar a regeneração do local.

Nome do arquivo: 04. ESCOAMENTO SUPERFICIAL.kmz. Software indicado para vizualização: Google Earth.

Aspecto Solar Utilizando um algoritmo a partir do plano altimétrico é possível criar uma respresentação colorimétrica do aspecto da incidência solar no terreno, identificando onde estão as áreas com maior e menor potencial de incidência solar.

Nome do arquivo: 09. MAPA DO ASPECTO SOLAR.kmz. Software indicado para vizualização: Google Earth.

MDT - Modelo Digital de Terreno É uma representação gráfica da altimetria do terreno, onde a variação de cores mais quentes representam maiores altitudes e variações de cores mais frias altitudes mais baixas.

Nome do arquivo: 07. MAPA ALTIMETRIA.kmz. Software indicado para vizualização: Google Earth.

Curvas de Nível Cálculo de plano altimétrico do terreno com variação de 1m entre cada linha.

Nome do arquivo: 03. CURVA 1M.kml. Software indicado para vizualização: Google Earth.

CRITÉRIOS DE ANÁLISE

PDF Georreferenciado Os arquivos em PDF georreferenciados podem ser abertos em programas ou aplicativos de vizualização de mapas (como o Avenza Maps). Permitindo georreferenciamento e navegação no local.

Nome do arquivo: AVENZA ORTHO.pdf. Aplicativo indicado para vizualização: Avenza Maps.

Conceitos e Siglas

APC - Aréa de Potencial Construtivo.

APP - Área de Preservação Permanente: segundo o novo código florestal brasileiro, refere-se a uma área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Ha - Hectare: unidade de medida para superfícies agrárias correspondente a cem ares ou um hectômetro quadrado (10.000m2).

Mata Ciliar: florestas, ou outros tipos de cobertura vegetal nativa, que ficam às margens de rios, igarapés, lagos, olhos d´água e represas.

CONCEITOS E SIGLAS

RL - Reserva Legal: segundo o novo código florestal brasileiro, refere-se a uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa.

Talvegue: Linha sinuosa em fundo de vale, resultante da interseção dos planos de duas vertentes e na qual se concentram as águas que delas descem.

Cumeeira: Linhas divisórias de água no terreno.

CETESB: Instituto Estadual do Ambiente - orgão de fiscalização ambiental estadual.

CRH: Conselho Estadual de Recursos Hídricos.

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FICHA TÉCNICA

Ficha técnica

Área: 24 hectares Benfeitorias: 1 galpão, 1 estufa Valor: R$2.449.000,00 Custo/ha: R$102.041,00 07

PERÍMETRO E DELIMITAÇÃO O mapa ilustra a delimitação do Cadastro Ambiental Rural em comparação com a agrimensura realizada pelo topógrafo.

Em destaque estão os 6ha que serão desmembrados do sítio do professor Lin. Mapas utilizados: 01. CALCULO AREA PERIMETRO.kmz Paineira_Delimitação Topógrafo.kmz LIN.kmz

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CONTEXTO BIORREGIONAL

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CONTEXTO BIORREGIONAL - Bacia Hidrográfica BACIA MÉDIO PARANAPANEMA Área de drenagem: 16.749 km² População: 660.475 habitantes Principais rios: Capivara, Novo, Pari, Pardo, Turvo; Principais atividades econômicas: Nas áreas rurais, a agricultura e a pecuária são as atividades mais expressivas, destacando-se a forte expansão das lavouras de cana-de-açúcar e da indústria sucroalcooleira.

Vegetação remanescente: Apresenta 1.354 km² de vegetação natural remanescente que ocupa, aproximadamente, 8% da área da UGRHI. As categorias de maior ocorrência são Floresta Estacional Semidecidual e Savana.

Unidades de Conservação: APA Corumbataí-Botucatu-Tejupá, EE dos Caetetus, EE de Assis, EE de Santa Bárbara, FE de Avaré, FE de Águas de Santa Bárbara e FE de Assis.

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CONTEXTO BIORREGIONAL- Bacia Hidrográfica Ao analisar a bacia hidrográfica do Rio Pardo é possível perceber a relativa vantagem hídrica que o imóvel apresenta. O Rio Pardo nasce no município de Pardinho a somente 24.6km da divisa do terreno.

A região segundo o Plano de Bacia Hidrográfica do Médio Paranapanema (UGRHI-17) de 2016 apresenta baixos índices de contaminação de água, seja de efluentes sanitários ou industriais a montante do Rio Pardo em sua cabeceira (Pardinho-SP).

O Plano também indica alta disponibilidade hídrica de água superficial e subterrânea além de baixa extração de águas subterrâneas, ultrapassando os Rios Turvo, Pari e Capivara em disponibilidade (m3/s).

Para mais informações ver página 86 do Plano anexado: Mapas utilizados: Escoamento.kml, Dados Siscar.kmz Plano de Bacia Hidrográfica

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HIDROGRAFIA

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MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS Traçadas as variações de altitude do topo do morro aos seus vales é possível gerar uma representação de como a água se comporta em cada “face”, demonstrando através de cores o comportamento da água no recorte da bacia hidrográfica.

Cada cor representa uma microbacia, é possível observar a antropização que já ocorreu no terreno através da formação de formas poligonais em linhas retas, isso se dá pela utilização de tratores e máquinas, deformando a topografia de sua forma original.

As linhas divisoras de água são representadas pela linha formada no encontro de cada cor (cumeeiras), enquanto a linha meridional que corta cada fragmento tendem a representar acúmulo de água de sedimentos (talvegues).

Mapas utilizados: 12. ESCOAMENTO SUPERFICIAL E MICROBACIAS.kml

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ÁGUA e ESCOAMENTO No mapa de análise é possível compreender o escoamento de água superficial pelas linhas pontilhadas azuis, as áreas mais secas do terreno tem menor incidência de linhas pontilhadas significando que existe uma menor permeabilidade de água.

A hidrografia é representada pelas linhas sólidas azuis, enquanto as linhas vermelhas indicam a altura das nascentes nas curvas de nível. Através do mapa é possível concluir que será necessário bombeamento de água para as áreas altas do terreno.

O ímovel apresenta 4 afloramentos de água distribuídos pelo córrego que margeia sua face Oeste e o Rio Pardo que margeia sua face Norte, já o círculo azul representa o açude de 180m³ existente na área próxima ao galpão.

Para realização de captação de água é recomendado se atentar aos limites estabelecidos pelo DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica. Para captação de águas superficiais e subterrâneas o limite de captação é de 15m³/dia (15.000l/dia), vale ressaltar a necessidade de realização do pedido de Dispensa de Outorga para uso insignificantes (inferior a 15m³/dia) e a Licença de Execução de Perfuração do Poço Tubular para autorização do projeto de perfuração.

Mapas utilizados: 03. CURVA 1M.kml 04. ESCOAMENTO SUPERFICIAL.kmz 10. NASCENTE OLHO DAGUA.kmz CAR_HIDROGRAFIA.kmz Portaria DAAE 1.631 MANUAL OUTORGA ELETRÔNICA - SP

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TOPOGRAFIA

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MDT (Modelo Digital do Terreno)

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GRÁFICOS MDT - Cortes O Modelo Digital de Terreno (MDT) gera uma gradação colorimétrica de altitude, onde o vermelho é o mais alto e o azul o mais baixo. Os gráficos ao lado ilustram o corte de elevação das áreas analisadas, na imagem do modelo na página anterior as linhas pontilhadas brancas representam os cortes:

CORTE AA - Gráfico Google Earth

Corte A-A: está representado da esquerda para a direita, é um corte latitudinal (Sul-Norte) do terreno, pode-se compreender o ponto mais alto em relação ao ponto mais baixo do imóvel.

Corte B-B: o corte representado de cima para baixo é um corte longitudinal (Oeste-Leste) do terreno, onde é possível perceber o leito do córrego na área verde de 841m e a pequena depressão topográfica na cerca/limite do imóvel na marca dos 600m da legenda.

Corte C-C: este corte acompanha paralelamente a cerca do limite Leste do imóvel e vai do ponto mais alto (873m) até o Rio Pardo (814m).

Mapas utilizados:

07. MAPA ALTIMETRIA.kmz 03. CURVA 1M.kml CORTE BB - Gráfico Google Earth

CORTE CC - Gráfico Google Earth

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DECLIVIDADE O mapa de análise ao lado mostra a declividade em graus. De acordo com o Novo Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, Capítulo II, Seção I, Artigo V), são Áreas de Preservação Permanente (APP), as encostas ou partes destas com declividade superior a 45º, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive (Brasil,2012).

As áreas em vermelho escuro indicam inclinações de 17,8 graus que resultam em 28%, não se caracterizando como APP e apresentam topografia ainda ideal para construção (<30%).

Mapas utilizados: 08. MAPA DA DECLIVIDADE EM GRAUS.kmz

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ASPECTO SOLAR O mapa de análise ao lado mostra o aspecto solar das faces do terreno. Este mapa projeta uma rosa dos ventos no terreno, pintando as áreas de acordo com a direção de incidência solar: Norte, Leste, Sul, e Oeste.

As faces com tonalidades roxo, laranja, amarelo e vermelho são as que tem mais incidencia solar ao longo do dia por serem direcionadas entre Norte (N = vermelho), Nordeste (NE = laranja) e Noroeste (NO = roxo).

Para as faces N, NE e NO recomenda-se o uso para plantio e construção, a depender também da analíse do mapa de declividade.

As áreas com alta taxa de arborização podem apresentar grande variação de cores, formando “bolhas”, estas áreas enganam a projeção do aspecto solar no terreno, as áreas de terreno plano são as que apresentam os melhores resultados.

Mapas utilizados: 09. MAPA DO ASPECTO SOLAR.kmz

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CURVAS DE NÍVEL As curvas de nível foram geradas com 1 metro de distância, o que significa que entre cada linha existe uma diferença de 1 metro de altura. Quanto mais próximas as linhas se encontram maior a declividade, quanto mais espaçadas as linhas mais plana é a área.

Ao gerar este produto cartográfico, o drone pode confundir o terreno com copas das árvores, nos fragmentos de florestas as curvas se confundem criando ondulações que não são condizentes com a topografia do terreno. As áreas mais confiáveis são de campos limpos, pastos e áreas abertas.

Mapas utilizados: 03. CURVA 1M.kml

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ANÁLISES DE OCUPAÇÃO

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INCIDÊNCIA SOLAR + ROSA DOS VENTOS + FOGO Através de compilação de bancos de dados climatológicos é possível visualizar a incidência solar no terreno de acordo com o período do dia mais longo do ano (Solstício de Verão) e o dia mais curto do ano (Solstício de Inverno).

Ao analisar os dados levantados em campocombinados com pesquisa meteorológica de Botucatu, ficam sinalizados no mapa as tendências para ventos e tempestades fortes com predominância no sentido Sul-Norte e Sudeste-Noroeste.

De acordo com os períodos de estiagem da região o risco de fogo é baixo, porém recomenda-se atenção nos meses de Agosto, onde de acordo com as estatísticas apresenta baixa umidade e início dos períodos de rajadas de vento. A face mais vulnerável e suscetível a queimadas do imóvel é a face Leste, onde já ocorre a implementação de corredor ecológico de 30m com o vizinho.

Barreiras de vento são indicadas para as tempestades Sul e Sudeste, com diversidade de extratos e espécies pioneiras de crescimento rápido; Ex: margaridão (Tithonia diversifolia) e secundárias de preenchimento; Ex: mutambo (Guazuma ulmifolia), guapuruvu (Schizolobium parahyba) e até mesmo a paineira-rosa (Ceiba Speciosa).

Dados utilizados: SunEarthTools MeteoBlue WeatherSpark

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BENFEITORIAS

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INFRAESTRUTURA DE ACESSO

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USO DO SOLO - Atual

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USO DO SOLO - Histórico HISTÓRICO 1 E 2

1 - Últimos 4 anos = Arrendamento para professor Marco Aurélio para replicação de mandioca orgânica. De 4 a 6 anos atrás = Mariana para plantio de milho, cebola e feijão, orgânicos. De 6 a 8 anos = agricultor de Pardinho para plantio de milho convencional.

2 - Área com macadâmias (150 pés) em linhas, plantadas pelo antigo proprietário circundando estrada e área do galpão. Restante da área de plantio encontram-se linhas de pereiras de diferentes variedades (7 ou 8 espécies), são 500 pés com cerca de 30 anos de idade (abandonado) . As pereiras estão muito grandes e pouco produtivas, necessitam de manejo.

Mapas utilizados: Uso do Solo.kmz

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HISTÓRICO 3 E 4

3 - Plantio de feijão, 3 tipos: carioquinha, manteiguinha (amazônico), feijão-azul. Histórico de plantio da área: milho: rajado e pipoca além de abóboras.

4 - Arrendamento para o professor Marco Aurélio para plantio de mandioca e feijão. Histórico da área: foi utilizada para plantio de lavoura apenas durante 1 ano pelo professor Lin.

HISTÓRICO 5

5 - Área de plantio de caquis pelo antigo proprietário, a área também conta com 3 bananas nanicas. Histórico: nas entrelinhas o professor Lin plantou babosas porém nas geadas de 2021 elas foram transplantadas para outras áreas e foram substituídas por uma safra de milho e feijão.

CADASTRO AMBIENTAL RURAL - Atual O Cadastro Ambiental Rural é auto declaratório e pode ser alterado. No mapa ao lado mostramos que no período de pesquisa desse relatório (setembro/2021), constavam as seguintes Reservas Legais, delimitações de APPs e nascentes cadastrados.

RL - Reserva Legal: A reserva legal é a área do imóvel rural que deve ser coberta por vegetação natural e que pode ser explorada com o manejo florestal sustentável. Ela varia de acordo com o bioma em que está a propriedade.

APP - Área de Preservação Permanente: é uma área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

- LEI Nº 12.651, 25 DE MAIO DE 2012

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AVALIAÇÃO DAS NASCENTES

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AVALIAÇÃO DAS NASCENTES O diagnóstico das nascentes busca analisar as condições ambientais e o grau de preservação destas por meio de uma avaliação qualitativa individual.

A partir da visita técnica acompanhada com o atual proprietário, foram identificadas três nascentes na propriedade.

A nascente N1 era utilizada para regar a antiga estufa de cogumelos que hoje está desativada. Atualmente encontra-se em um pequeno represamento de água.

A nascente N3 abastece as casas da propriedade e é fechada por uma estrutura de concreto De acordo com o proprietário, a captação da nascente N2 foi realizada há 18 meses, porém, ela secou no ano de 2021 impossibilitando sua análise.

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AVALIAÇÃO DAS NASCENTES - Metodologia Para avaliar o grau de impacto ambiental em que as nascentes se encontram e caracterizar a degradação e regeneração no seu entorno, utilizamos a metodologia do IIAN (Índice de Impacto Ambiental de Nascentes). Esta é uma classificação prática a partir da avaliação macroscópica visual de suas características físicas e da sua qualidade e pode refletir alterações recentes no local.

Para cada parâmetro, é atribuído um valor de acordo com seu estado de conservação (Tabela 1). Os parâmetros são classificados em bom, médio e ruim e os valores atribuídos são, respectivamente, 3, 2 e 1. Portanto, a somatória mínima representará um conjunto de parâmetros considerados ruins e a somatória máxima indicará que todos os parâmetros são bons. É realizada uma somatória de cada variável para ser definido e classificado o grau de preservação (da classe A: ótima, até a classe E: péssima) das nascentes (Tabela 2).

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AVALIAÇÃO DAS NASCENTES - Metodologia Das três nascentes identificadas, duas delas foram analisadas.

Para a análise das nascentes um (N1) e três (N3) foi aplicado in loco o Índice de Impacto Ambiental de Nascentes (IIAN), destacando os parâmetros macroscópicos identificados.

A classe de grau de proteção de cada nascente (Tabela 3) foi determinada a partir da avaliação dos parâmetros macroscópicos definidos (Tabela 1) e a classificação das nascentes quanto a esse impacto (Tabela 2).

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AVALIAÇÃO NASCENTES - Resultados Com base no Método IIAN, a nascente N1 foi enquadrada no grau de preservação ruim (classe D) e a nascente N3 foi considerada razoável (Classe C).

A nascente N1 (foto) apresenta grande quantidade de algas verdes na superfície da água desta nascente mostra o processo de eutrofização.

Esse processo provoca desequilíbrio na concentração de oxigênio dissolvido e afeta a qualidade da água.

Para o parâmetro “materiais flutuantes” foi atribuído o valor 1 (ruim) devido a grande quantidade de matéria orgânica na lâmina d’água.

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AVALIAÇÃO NASCENTES - Resultados A nascente N3 (foto) abastece as casas da propriedade e é fechada por uma estrutura de concreto construída ao seu redor para impedir o acesso de pessoas e animais, sendo uma forma de minimizar impactos nessa nascente. Essa estrutura foi construída há três anos por estar localizada ao lado de um curso d’água que tem seu nível elevado aproximadamente dois metros em épocas de enxurradas frequentes.

A presença de enxurrada indica que a intensidade de chuva que atinge a bacia é maior que a velocidade de infiltração e a permeabilidade do perfil do solo. Isso pode ocorrer devido a presença de uma camada adensada logo abaixo da superfície.

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AVALIAÇÃO DAS NASCENTES - Resultados Em todas as nascentes foi observada a presença de regeneração da vegetação e ausência de óleos, esgotos e espumas.

De acordo com Código Florestal Brasileiro, Lei 12.651/2012, a APP no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, deve possuir raio mínimo de 50 (cinquenta) metros.

Entretanto, para os casos de áreas rurais consolidadas em APP no entorno de nascentes, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória então a recomposição do raio mínimo de 15 (quinze) metros.

A ausência de proteção e delimitação da APP das nascentes é um ponto de atenção, pois além de não estar conforme a exigência legal, suas localizações são de fácil acesso por humanos e animais, possibilitando uma degradação do local mais acentuada.

Apesar de existir vegetação no entorno, a mata ciliar é pouco densa e diversa.

A seca da nascente N2 indica que a quantidade de água armazenada durante as chuvas é baixa e a camada de permeabilidade do solo naquela área está comprometida.

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AVALIAÇÃO NASCENTES - Resultados O conhecimento da vazão das nascentes ao longo do ano é de extrema importância para auxiliar na análise dos comportamentos hidrológicos de pequenas bacias. A vazão mostra as quantidades de água produzidas pela bacia.

Devido à ausência de movimentação do corpo d’água onde a nascente N1 se encontra, não foi possível medir sua vazão.

Para a medição da vazão da nascente N3 (foto 4), foi utilizado o método de medição direta, onde o curso d’água é desviado para um tubo em um local que apresenta diferença de nível para formar uma queda d’água em um recipiente de volume conhecido. É necessário colocar o recipiente para coletar a água e marcar o tempo necessário para seu enchimento.

A medição foi realizada no final da tarde, às 17h05. A operação de encher o recipiente foi repetida 10 vezes e então, calculada a média. A nascente N3 tem vazão de cerca de 20 mil litros/dia.

Referências BRASIL. Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012 GOMES, P.M.; MELO, C.; VALE, V.S. Avaliação dos impactos ambientais em nascentes na cidade de Uberlândia-MG:análise macroscópica. Soc Natureza. 2005; 17 (32):103-120.

LEAL, M.S.; TONELLO, K.C.; DIAS, H.C.T.; MINGOTI, R. Caracterização hidroambiental de nascentes.

Revista Ambiente & Água, Taubaté, SP, v.12, n.1, p.146-155, 2017.

RAMOS, H.F.; SANTOS, D. da C.R.M. dos. O índice de impacto ambiental de nascentes (IIAN) e o grau de preservação das nascentes em propriedades rurais de Barra Mansa. In: III SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO RIO PARAÍBA DO SUL, 2018, Juiz de Fora, MG. Anais do III Simpósio de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraíba do Sul, Juiz de Fora, MG: UFJF, 2018. p. 271-279.

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PONTOS DE ATENÇÃO

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PONTOS DE ATENÇÃO

CORTE AA

CORTE CC

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DISTRIBUIÇÃO DE REDE ELÉTRICA

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ZONEAMENTO

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PRÉ-ZONEAMENTO Segundo o Estatuto da Terra e a Constituição Federal a área rural brasileira tem a finalidade social de preservação e produção. Segundo o art.6º da lei 8.629 de 1993, para cumprir com sua finalidade é necessário comprovação do GEE (Grau de Eficiência da Exploração) através do GUT (Grau de Utililzação da Terra). Para assegurar segurança jurídica recomendamos uma emissão de ART por um agrônomo para comprovação dos indices. A tabela abaixo representa as recomendações de acordo com a lei brasileira: PRÉ-ZONEAMENTO Área Total do Imóvel Preservação

24 ha 6,67 ha

Área não aproveitável Área Aproveitável

0,2 ha 17,13 ha

Meta Produção (80%) Outros Usos Legais (20%) Área total ideal RAMAS

13,704 ha 3,426 ha 1070,625 m2

DESENHO DE OCUPAÇÃO Áreas Destinadas para PROD Faltante para Meta Produção Área de Potencial Construtivo Total Legalmente Construtivo Total Construtivo por RAMA (32 núcleos)

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5,41 ha 8,294 ha 9,66 ha 13660 m2 426,875 m2

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