Desenho de Ocupação Regenerativa - Associação Paineira - Botucatu-SP

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N02

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CORRA PARA O VERDE

N01

GALPÕES

PRODUÇÃO

PRAÇA / CASA DE APOIO

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RAMA 08

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CAIXA D'ÁGUA

EDIFÍCIO

OCA

GIRAMUNDO GALPÃO/ RESTAURANTE

SAF

WELLNESS

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SAF

GRÃOS

SAF

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TEATRO

PRODUÇÃO

CLUBE

GRÃOS

SAF

MIRANTE / CAIXAS D'ÁGUA

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SAF

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RAMA 16

SAF

SAF

GRÃOS

SAF

DIRETRIZES DE OCUPAÇÃO DESENHO DE OCUPAÇÃO REGENERATIVA Paineira - Botucatu - SP

Índice VISITA DE CAMPO - Córrego......................................................................... 06 VISITA DE CAMPO - Nascentes .................................................................... 07 AVALIAÇÃO DA NASCENTE - Resultados................................................ 08 ESTUDO PRELIMINAR - 1ª proposta de ocupaço......................................... 10

ÍNDICE

MASTERPLAN.................................................................................................... 11 MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA..................................................... 12 MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Índice Pluviométrico................ 13 MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Taxa de escoamento............... 14 MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Valas......................................... 15 MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Bacias de Sedimentação.......... 16 MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Bacias de Infiltração................ 17 MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Áreas de Contribuição.............. 19 MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Geral......................................... 21

ACESSOS............................................................................................................. 22 ACESSOS

- Servidão.......................................................................................... 23

ACESSOS - Ciclovias........................................................................................... 24 ACESSOS - Geral................................................................................................. 25 VILA ECOLÓGICA............................................................................................ 26 VILA ECOLÓGICA - Paina................................................................................27

ÍNDICE

VILA ECOLÓGICA - Painas ............................................................................ 28 VILA ECOLÓGICA - Círculo vital.................................................................... 29 VILA ECOLÓGICA - Área de amortecimento.................................................. 30 VILA ECOLÓGICA - Corte................................................................................. 31 SERVIDÃO ECOLÓGICA............................................................................... 32 PAINAS - Quadro de Áreas...................................................................................37 ELÉTRICA........................................................................................................... 38 ELÉTRICA -

Opção 01......................................................................................... 39

ELÉTRICA - Opção 02......................................................................................... 40 HIDRÁULICA...................................................................................................... 41 HIDRÁULICA - Distribuição............................................................................. 42 HIDRÁULICA - Água de uso.............................................................................. 43 HIDRÁULICA - Água de consumo..................................................................... 44 HIDRÁULICA - Armazenamento...................................................................... 45

ÍNDICE

HIDRÁULICA - Geral......................................................................................... 46 ESCOLA ............................................................................................................... 47 ESCOLA................................................................................................................ 48 ÁREAS COLETIVAS........................................................................................ 49 ÁREAS COLETIVAS - APP e RL....................................................................... 50 ÁREAS COLETIVAS - Convívio....................................................................... 51 ÁREAS COLETIVAS - Produção..................................................................... 52 ÁREAS COLETIVAS - Quadro de áreas......................................................... 54

PLANEJAMENTO RURAL REGENERATIVO O Planejamento Rural Regenerativo visa estudar, orientar e dimensionar o crescimento e a expansão de assentamentos humanos sustentáveis e resilientes em contexto territorial rural. Trabalha com diretrizes e zoneamento, estando correlacionado ao Plano Diretor padrão criado pelos Municípios. Tendo em vista que em localidades rurais, na maioria dos casos, não se tem um direcionamento para assentamentos e ocupação humana no campo, nos propomos a auxiliar e ajudar no processo de criação de um Plano Diretor que abrange essas áreas hoje não contempladas, em escala biorregional, fazendo toda a interlocução com o poder público (federal, estadual e municipal).

DESENHO DE OCUPAÇÃO REGENERATIVA

METODOLOGIA

Baseados na Escala de Permanência da Linha Chave, do Design em Permacultura, no Novo Código Florestal e nas legislações estaduais e municipais, este documento tem como papel nortear o processo de ocupação, garantindo a coerência ecológica e paisagística do empreendimento, entregando estudos do terreno e métricas para suas diretrizes.

Uso do Solo Levantamento para utilização do solo é fundamental para setorização das áreas e definição dos tipos de ocupação planejados.

Acessos O sistema de circulação de uma ocupação são como veias de um organismo vivo. O deslocamento de recursos (materiais, água, veículos) e pessoas é fundamental para o planejamento dos espaços.

Áreas coletivas Na proposta de propriedade coletiva, através de uma pessoa jurídica que administra todo o empreendimento, todo o imóvel é coletivo. Porém existirão áreas definidas que necessáriamente serão de responsabilidade coletiva (de todos pertencentes ao projeto) e áreas com a possibilidade de governança específica através da proposição de projetos.

Áreas individuais Subdivisão das áreas destinadas ao uso individual por associado, são espaços que fazem parte da propriedade coletiva que através de acordos definidos por contratos tem um manejo e governança individual/familiar.

METODOLOGIA

Conceitos e Siglas

AnEcoT - Análise Ecossistêmica do Terreno - relatório baseado em produtos cartográficos de geoprocessamento e visita técnica.

APC - Aréa de Potencial Construtivo APP - Área de Preservação Permanente: segundo o novo código florestal brasileiro, refere-se a uma área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Ha - Hectare: unidade de medida para superfícies agrárias correspondente a cem ares ou um hectômetro quadrado (10.000m2).

CONCEITOS E SIGLAS

Mata Ciliar: florestas, ou outros tipos de cobertura vegetal nativa, que ficam às margens de rios, igarapés, lagos, olhos d´água e represas.

RL - Reserva Legal: segundo o novo código florestal brasileiro, refere-se a uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa.

Talvegue: Linha sinuosa em fundo de vale, resultante da interseção dos planos de duas vertentes e na qual se concentram as águas que delas descem.

Cumeeira: Linhas divisórias de água no terreno.

CETESB: Instituto Estadual do Ambiente - orgão de fiscalização ambiental estadual.

CRH: Conselho Estadual de Recursos Hídricos.

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VISITA DE CAMPO - Córrego Durante a visita técnica do dia 26/04/2022 acompanhamos o percurso do córrego na divisa Oeste do terreno. Este córrego por conta de uma antiga barragem está sofrendo de assoreamento (erosão laminar dos monocultivos acima da propriedade) que acabaram desviando o seu curso original, cortando a ponta Noroeste da associação, como está destacado em azul no mapa ao lado. A linha laranja representa o percurso que foi realizado até o córrego desaguar no Rio Pardo. O trecho em questão já consta no CAR e no registro da hidrografia do terreno realizado pelo topógrafo (linha azul).

O desvio causado pelo assoreamento está alagando toda a área do percurso do córrego até o Rio Pardo. Por se tratar de uma Área de Proteção Permanente, é recomendável aplicar intervenções de baixo impacto (manuais, com enxadas e enxadões) combinadas com observações durante os períodos mais chuvosos. O assoreamento está ocorrendo por conta do uso do solo de todas as propriedades ao redor do córrego, é indicado o diálogo e capacitação dos proprietários para adotarem práticas de conservação do solo, caso contrário o assoreamento continuará ocorrendo.

Para intervenções com maquinário segue formulário a ser encaminhado para a CETESB para estudo de dispensa de Licenciamento Ambiental: AUTORIZAÇÃO PARA INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012

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VISITA DE CAMPO - Nascentes

N02

Durante a visita técnica a captação da nascente em destaque no mapa ao lado foi inspecionada. Após abertura da caixa de proteção da captação, foi identificado que a nascente não se encontrava seca, mas sim, um antigo cano estava desconectado dando a impressão de que não havia mais vazão.

Seguem os resultados da avaliação macroscópica utilizando a metodologia IIAN e o cálculo da vazão:

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AVALIAÇÃO DA NASCENTE - Resultados O resultado do Índice de Impacto Ambiental Macroscópico foi de uma nota C. De acordo com Código Florestal Brasileiro, Lei 12.651/2012, a APP no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, deve possuir raio mínimo de 50 (cinquenta) metros.

Entretanto, para os casos de áreas rurais consolidadas em APP no entorno de nascentes, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória então a recomposição do raio mínimo de 15 (quinze) metros.

A ausência de proteção e delimitação da APP das nascentes é um ponto de atenção, pois além de não estar conforme a exigência legal, suas localizações são de fácil acesso por humanos e animais, possibilitando uma degradação do local mais acentuada.

Apesar de existir vegetação no entorno, a mata ciliar é pouco densa e diversa.

Relação das vazões calculadas das nascentes: Nascente 01 - N01 - indeterminado* Nascente 02 - N02 - ±4.000 litros/dia Nascente 03 - N03 - ±20.000 litros/dia Total = ±24.000 litros/dia * nascente com maior vazão, não foi possível realizar cálculo por conta de afloramento difuso

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VISITA DE CAMPO - Nascente 2

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ESTUDO PRELIMINAR - 1ª proposta de ocupação O que é ESTUDO PRELIMINAR? É uma das primeiras fases projetuais do Desenho de Ocupação. O Estudo Preliminar é a etapa onde são pensandas e testadas a maior quantidade possível de configurações. Ou seja, é nessa etapa onde os elementos são organizados, sobrepostos, analisados, incluídos e assim por diante. É a fase de abertura. Onde todas as ideias são bem-vindas e nenhuma opção é descartada.

Para o Estudo Preliminar da Paineira fizemos um total de 14 opções diferentes de ocupação (além dos estudos prévios a contratação da Rizomar) onde foram analisadas as compatibilidades de infraestrutura, as necessidades trazidas pelos membros da Associação, formas, paisagem e tudo que pudesse influenciar no Planejamento Regenerativo do terreno como um todo.

Utilizamos um formato hibrido de croquis, juntando desenhos tecnicos digitais com desenhos livres manuais, possibilitando uma maior liberdade criativa no processo.

Para ver todos os estudos realizados: ENTREGA 01 - Planejamento Regenerativo

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MASTERPLAN

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MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA

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MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Índice Pluviométrico Ao mudar o uso da terra, o escoamento superficial da área também muda.

Essa água que cai na época das chuvas tem um potencial imenso de regeneração ajudando o aumento de vazão e estabilidade de nascentes, aumento da umidade no solo e consequentemente, aumento na produção de sistemas de vida.

Considerando o potencial que cada milímetro de chuva que precipita é um total de 1 litro de água por metro quadrado, isso significa que no dia mais chuvoso de Botucatu, escorrem 19.200.000 (dezenove milhões e duzentos mil) litros de água no terreno da Associação Paineira. O manejo regenerativo da água de chuva é uma ferramenta que auxilia a capitalizar esse potencial. A mesma ferramenta elimina a perda de fertilidade de solo que acontecem com o escoamento.

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MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Taxa de escoamento Agora que entedemos o escoamento superficial da água e a quantidade enorme de água de chuva que cai em cima do terreno. Podemos avançar para o tema da infiltração de água no solo.

Nos desenhos ao lado temos primeiro a imagem de uma floresta, com raízes de diversos tamanhos e um solo poroso, a água da chuva infiltra quase que totalmente no solo (99%) e escoa muito pouco (1%).

Já no telhado de uma casa, por exemplo, não infiltra nada de água e escoa praticamente tudo que cai em cima (99%). A ocupação da área é o que mais determina a taxa de escoamento, em combinação com a intensidade da chuva, mais também é determinada pelo desnível, tipo de solo, saturação do solo, etc.

Por isso é importante pensarmos no cáculo de toda essa água que vai escorrer nas diferentes etapas do projeto: quando temos pouca floresta e nenhuma casa, até o ponto que teremos uma mistura de casas em meio a florestas e áreas de cultivo.

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MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Valas O projeto de manejo regenerativo de água de chuva proposto tem a intenção de direcionar a infiltração de água acima de nascentes e áreas produtivas de biomassa com o fim de aumentar o capital hídrico e estabilidade hídrica, que é de cada vez mais importância ante a instabilidade climática atual e futura.

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A primeira etapa dessa ferramenta é o design e implementação do sistema mecânico, que consiste em transformações físicas no relevo do terreno para conduzir a água, como: Valas de distribuição - são valas de mais ou menos 40-50cm de profundidade, com pequeno desnível (1%) para conduzir a água de maneira sutil até áreas de infiltração. [Foto 2]

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Valas de infiltração - são valas de à nível para que a água lentamente infiltre no terreno. [Foto 1 e 3]

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MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Bacias de Sedimentação 1

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Uma vez que a água da chuva cai nas valas elas são conduzidas para bacias. No projeto temos dois tipos de bacia, a primeira delas são as Bacias de Sedimentação. Um processo de erosão da água é quando ela vai ganhando Volume e Velocidade. Para evitar isso cavamos bacias para essa água “estacionar”, perder velocidade e deixar as partículas de areia e argila alí antes de continuar seu caminho.

Nas bordas dessas bacias plantamos diversas espécies que ajudam a segurar o talude (pequena barragem que fazemos para segurar a água), criando um círculo verde de vida no entorno da bacia. [Foto 2 e 3] As bacias se tornam uma fonte de recurso espalhadas pelo terreno, pois elas acumulam areia (que pode ser usada em construções por exemplo) e argila com nutrientes (ótimo para canteiros de cultivo). [Foto 1]

MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Bacias de Infiltração Toda essa água que estamos conduzindo tem que terminar em algum lugar, né? Este ponto final do manejo regenerativo de água de chuva são as Bacias de Infiltração. Essas bacias são maiores, pois toda a água do sistema vai parar nelas, e lentamente a água vai infiltrando no terreno, deixando todo o solo abaixo dela mais fértil e irrigado. [Foto 1 e 3]

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Do mesmo jeito que nas Bacias de Sedimentação as bordas ficam plantadas formando um círculo verde no seu entorno. [Foto 2] Como boa parte dos sedimentos ficaram nas Bacias de Sedimentação aqui a tendência é vir uma água mais limpa, isso é desejável porque por conta de ser maior é mais difícil de tirar a terra de dentro das Bacias de Infiltração (por isso as Bacias de Sedimentação são tão importantes!).

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MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA O manejo regenerativo da água de chuva na Paineira permitiria infiltrar numa chuva de 80mm intensa aproximadamente 2.500.000 litros de água de chuva. Sendo o evento mais intenso normal a cada 4-5 anos.

Lembrando que durante a época de chuva, serão de 50 a 100 chuvas (algumas inclusive leves porém com o solo saturado) que resultarão em um escoamento que proporciona um potencial regenerativo muito rico.

O projeto tem a intençao de infiltrar a água na área produtiva acima das nascentes 02 e 03, infiltrando no lençol freático acima dessas nascentes.

As áreas mais abaixo (a partir da paineira) são infiltradas sentido as áreas produtivas baixas infiltrando no lençol freático que abastece a nascente 01.

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MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Áreas de Contribuição A precipitação anual em Botucatu é de 1.700mm aprox. o que resulta em média 17 milhões de litros de água de chuva por hectare por ano. Só na área da Associação Paineira são 408 milhões de litros de água. Isso é o equivalente ao consumo anual de 4.000 pessoas na cidade de São Paulo!

Para fazer o desenho de onde vão as bacias e valas para o manejo de água de chuva, dividimos a área do imóvel em áreas de contribuição, assim fica mais fácil calcular quanto de água cai em cada pedaço e pra onde vamos direcionar ou infiltrar ela.

Por exemplo, a área destacada tem 8.000 m² (pouco menos de um hectare) com 13% desnível, vamos supor que esta área tenha a ocupação de: uma casa de 150m², horta de 30m², garagem + casa de ferramentas de 30m², áreas de produção anuais de 5.300 m², servidão ecológica de 1.700m².

Cada um desses elementos tem uma taxa diferente de escoamento, que é influenciado também pelas condições do terreno (desnivel, solo, etc) e pela intensidade da chuva.

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MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Áreas de Contribuição Numa chuva de 80mm intensa, o escoamento misto da área se estima em 30%, o que resulta em um potencial regenerativo de 192.000l de água de chuva infiltrada, só nessa chuva e só nessa área de 8.000m² (D2). Na época de chuva, cada vez que chove o sistema infiltra na mesma área diferentes volumes de água com intensidades diferentes.

Na área destacada, o escoamento será direcionado por uma vala de distribuição sentido a Nascente 02. No caminho vai infiltrando um pouco na vala de distribuição e nas bacias de sedimentação (menores) finalizando esse escoamento pacifico na bacia de infiltração acima da nascente, na área produtiva. Essa bacia de infiltração seria de 15m x 8m x 2m (capacidade de infiltração de 240.000l) já que nessa bacia chega água escoando de outras áreas de contribuição além da em destaque.

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MANEJO REGENERATIVO DE ÁGUA - Geral

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ACESSOS

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ACESSOS

- Servidão No processo de registro da nova matrícula no cartório de imóveis a associação poderá assinar a cessão de servidão de passagem, registrando no documento a passagem para o acesso às propriedades do fim da estrada.

O mesmo poderá ser realizado para a servidão de água dando acesso a captação das nascentes presentes no terreno, garantindo o pleno acesso e uso das vazões pelos vizinhos registrados.

Lei 10406/02 - Código Civil - Servidões

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ACESSOS - Ciclovias

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ACESSOS - Geral

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VILA ECOLÓGICA

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VILA ECOLÓGICA - Paina O direito de uso individual de uma área dentro da associação é denominado de PAINA. Esta área é definida através de um contrato aprovado e emitido através de Assembleia Geral como Título de Paina. Este documento em forma de contrato discriminará o acordo e funcionamento de direito de uso do associado.

O detentor do Título de Paina terá o direito de anexar Títulos Patrimoniais de Benfeitoria, autorizados e emitidos pela Assembleia Geral, para registro de investimentos de infraestruturas realizados na propriedade da associação e devida declaração no Imposto de Renda de Pessoa Física.

Diferentemente dos títulos do associado, que são bens de direito privado com hereditariedade, o direito de uso da área é instranferível e cabe a Assembleia Geral aprovar sua transferência para outro associado que tenha cumprido com seu Termo de Compromisso e admitido após Processo de Integração, garantindo uma coesão coletiva do projeto.

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VILA ECOLÓGICA - Painas

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VILA ECOLÓGICA - Círculo vital O círculo Vital define a área dentro do direito de uso do associado em que poderão ser realizadas benfeitorias cumprindo com o Regimento Interno da associação. É neste espaço que o associado tem maior liberdade para definir seu uso e ocupação.

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VILA ECOLÓGICA - Área de amortecimento O remanescente da área de direitor de uso é definido como amortecimento, nesta área fica limitado o cumprimento da função social do imóvel rural com finalidades de produção agropecuária, extrativismo e conservação.

Dentro deste espaço é possível iniciar projetos produtivos, de beneficiamento e de restauração para o cumprimento das finalidades da associação, além de possibilitar uma coesão paisagística e aumentar a privacidade dos círculos vitais.

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VILA ECOLÓGICA - Corte

O remanescente da área de direitor de uso é definido como amortecimento, nesta área fica limitado o cumprimento da função social do imóvel rural com finalidades de produção agropecuária, extrativismo e conservação.

Dentro deste espaço é possível iniciar projetos produtivos, de beneficiamento e de restauração para o cumprimento das finalidades da associação, além de possibilitar uma coesão paisagística e aumentar a privacidade dos círculos vitais.

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LOCALIZAÇÃO CORTE:

SERVIDÃO ECOLÓGICA

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SERVIDÃO ECOLÓGICA A servidão ecológica é um elemento chave para o desenho de ocupação regenerativa do terreno. Nela serão trabalhados os elementos de borda das áreas da associação, com uma proposta de gestão coletiva do espaço esta área cumprirá diversas funções: paisagísticas, ecológicas, espaciais, produtivas, além de servir como caminhos tanto para seres-vivos como também para infraestruturas coletivas, criando pequenos corredores ecológicos que poderão ter o objetivo também de fornecer uma barreira de vento, contra fogo, visual ou sonora.

Além de poderem ser combinadas espécies que geram sombra no verão e perdem suas folhas resultando em luz e calor no inverno, por exemplo.

1

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Barreira sonora e visual

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Superfície multifuncional

A gestão coletiva desse espaço é essêncial exatamento por conta das múltiplas funções que este espaço vai cumprir. O planejamento e implementação dessas bordas não pode depender apenas da vontade invidual de cada associado e sim de um planejamento maior da associação como um todo.

Nas imagens ao lado é possível visualizar a ocupação de duas Painas [Imagem 1] e a representação da servidão ecológica com as espécies arbóreas [Imagem 2] e os seus caminhos [Imagem 3].

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SERVIDÃO ECOLÓGICA Paisagística É importante lembrarmos que a ocupação de uma área que antes não incluía habitação humana pode ser muito impactante visualmente na paisagem. É de extrema importância que o planejamento das servidões incluam a integração visual à paisagem do terreno.

Provisão à vida humana Por se tratarem da áreas de passagem as espécies implementadas nas servidões ecológicas podem fornecer diversos recursos como: flores, chás, madeira, lenha, frutas e outras medicinas.

Ecológica Pequenos corredores ecológicos podem criar microclimas, atraindo fauna, alimentando o banco de sementes do solo, gerando biomassa acelerando os processos de regeneração.

Espacial As servidões não deixam de ser delimitações do desenho de ocupação do terreno, auxiliando na formação de barreiras visuais e sonoras além de aceiros vivos para proteção contra fogo.

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SERVIDÃO ECOLÓGICA

Exemplificação da multiescalaridade das servidões ecológicas

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SERVIDÃO ECOLÓGICA

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PAINAS - Quadro de Áreas TEXTO

ELÉTRICA

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ELÉTRICA -

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Opção 01

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ELÉTRICA - Opção 02

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HIDRÁULICA

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HIDRÁULICA - Distribuição De acordo com a ONU é recomendável o consumo médio para o uso racional dos recursos hídricos de 3,3m3 por pessoa por mês o que seria equivalente a 110 litros por dia. Podemos definir ue 200 lts/pessoa/dia parece um valor razoavel para contemplar visitas ou folga de habitos.

Para um uso racional e consciente dos recursos hídricos e minerais recomenda-se a separação dos sistemas de abastecimento de água para uso doméstico e agrícola: lavar roupas, irrigação, pias, chuveiros...do sistema para água de consumo humano: utilização na cozinha, torneira do banheiro, bebida em geral.

Ao diferenciar os dois sistemas fica mais eficiente a captação e armazenamento de diferentes fontes de água para suas devidas finalidades.

No desenho proposto indicamos um maior armazenamento para água de consumo que pode ter sua vazão diária limitada, enquanto as águas de consumo poderão ter diversas fontes de captação necessitando de menos volume de armazenamento.

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HIDRÁULICA - Água de uso De acordo com o estudo realizado no terreno a proposta de implementação de infraestrutura para captação de água de uso será mista entre: captação direta do córrego e a possiblidade de captação de água de chuva.

No esquema ilustrado ao lado existe o ramal de entrada para a captação da água do córrego que poderá ser atravésd e roda d’água, bomba ou a tecnologia que melhor se adequar a realidade do projeto. As possibilidades para tal farão parte da 3ª entrega de Tecnologias Sustentáveis.

Pela alta disponibilidade de volume diário de água sugere-se que o armazenamento da mesma seja limitado ao uso máximo de 24 horas. As diferentes fontes e possibilidades de abastecimento que trarão resiliencia para o sistema.

200lts/pessoa/dia 85% = 170lts/dia

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HIDRÁULICA - Água de consumo Para a água de consumo a lógica é invertida. As águas de nascente ou até mesmo de possíveis poços artesianos terão uma captação e vazão limitada, devendo ter uma área de armazenamento maior para segurança hídrica da associção.

Para calcular o volume de água de consumo necessário para armazenamento utilizaremos a base de cálculo utilizada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) onde a água potável de nascente representaria 15% do consumo médio diário de água.

200lts/pessoa/dia 15% = 30lts/dia

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HIDRÁULICA - Armazenamento Para realizar o cálculo de armazenamento necessário para as águas de consumo e de uso é recomendável calcular as seguintes variáveis: Águas de uso - como a possiblidade de captação desta água é constante e de fonte abundante, indica-se o armazenamento para utilização máxima em 24h, levando em consideração o bombeamento máximo (lts/dia) do sistema adotado. Exemplo: 170lts/pessoa//dia x 200 pessoas (24 painas + escola) + 12.000lts para irrigação (1 horta = 500lts) = 46.000lts Águas de consumo - como o volume de água possível de ser captado diariamente é reduzido recomenda-se uma maior capacidade de armazenamento. Ex: 30lts/pessoa/dia x 200 pessoas (24 painas + escola) x 15 dias (dias de reserva) = 90.000lts

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HIDRÁULICA - Geral

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ESCOLA

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ESCOLA Em destaque a área destinada ao direito de uso da pessoa jurídica associada Instituto Giramundo, com Título de Paina da área de 8351m². A escola seguirá os mesmos critérios acordados em Regimento Interno para uso e ocupação da Associaçao Paineira.

Dentro da área total encontra-se uma parte do pomar de peras plantado por LIN e Margarete. Esse pomar encontra-se atualmente produzindo.

Também está previsto para essa área um açude com a dimensão de aprox. 120 m² e um volume de 360 mil litros de água.

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ÁREAS COLETIVAS

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ÁREAS COLETIVAS - APP e RL

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ÁREAS COLETIVAS - Convívio

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ÁREAS COLETIVAS - Produção

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ANEXO - Análise Ecossistêmica do Terrreno - PRÉ-ZONEAMENTO Segundo o Estatuto da Terra e a Constituição Federal a área rural brasileira tem a finalidade social de preservação e produção. Segundo o art.6º da lei 8.629 de 1993, para cumprir com sua finalidade é necessário comprovação do GEE (Grau de Eficiência da Exploração) através do GUT (Grau de Utililzação da Terra). Para assegurar segurança jurídica recomendamos uma emissão de ART por um agrônomo para comprovação dos indices. A tabela abaixo representa as recomendações de acordo com a lei brasileira: PRÉ-ZONEAMENTO Área Total do Imóvel Preservação

24 ha 6,67 ha

Área não aproveitável Área Aproveitável

0,2 ha 17,13 ha

Meta Produção (80%) Outros Usos Legais (20%) Área total ideal RAMAS

13,704 ha 3,426 ha 1070,625 m2

DESENHO DE OCUPAÇÃO Áreas Destinadas para PROD Faltante para Meta Produção Área de Potencial Construtivo Total Legalmente Construtivo Total Construtivo por RAMA (32 núcleos)

CORRA PARA

5,41 ha 8,294 ha 9,66 ha 13660 m2 426,875 m2

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ÁREAS COLETIVAS - Quadro de áreas A tabela ao lado consta o cálculo total do planejamento de ocupação da Associação Paineira. Vale ressaltar que estes números sofrem variações de acordo com o padrão de georreferenciamento utilizado em cada programa de análise e que não são absolutos.

Somente um georreferenciamento de precisão com acurácia em centímetros poderá resultar no cálculo exato das áreas.

Na primeira linha encontra-se a relação entre as áreas totais destinadas a produção e o exigido pelo Estatuto da Terra (80% da área útil), apresentando um déficit de 2.7ha para áreas produtivas que poderiam ser compensados em áreas de APP (com sistemas agroflorestais) e nas áreas de convívio.

Na última linha destacada faz-se a relação entre o total das áreas destinadas a Outros Usos em comparação com o limite também do Estatuto da Terra (20% da área útil).

Como existem imprecisões nos cálculos das áreas muito provavelmente é irrisória a diferença entre o exigido por lei e o desenhado no planejamento do projeto.

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