Créditos © Chris Pawluk
Nós que adotamos este país como sendo nosso, não adotamos apenas o seu presente e o seu futuro, porque com ele vem a sua bagagem indissociável. Devemos por isso evitar o facilitismo de nos isentarmos da responsabilidade civil de tocar no assunto em nossas casas, socialmente e junto dos nossos políticos. O primeiro passo para a mudança é reconhecer e assumir o problema. As Primeiras Naçōes do Canadá têm um passado traumático marcado por abuso, genocídio, assimilação forçada de uma identidade que nunca foi a deles e muitos outros atentados à sua integridade física, mental, cultural e, diga-se mesmo, dos direitos humanos. Esta é uma ferida que carece de cuidados urgentes. O governo anunciou recentemente que os cidadãos destas comunidades poderão agora resgatar os seus nomes verdadeiros em documentos de identificação oficiais e ainda que vão passar a estar incluídos no juramento da cerimónia de obtenção de cidadania assim como nos manuais informativos para os recém-chegados ao país. No entanto, o caminho é longo e existem ainda inúmeras questōes a ser abordadas junto destas comunidades que continuam a ficar de fora ou a ver as suas preocupaçōes despre-
zadas pelos planos de desenvolvimento do país. Neste Dia do Canadá celebremos as Primeiras Naçōes, dos anciãos aos seus descendentes. Reflitamos sobre o seu presente, passado e futuro. Sobretudo, reflitamos sobre como podemos contribuir para a preservação das suas culturas, protocolos, espiritualidade, tradições e línguas. Que o caminho se faça rumo a uma realidade em que estes povos são respeitados e as suas preocupaçōes sejam nossas também. Com um sentimento de esperança desejo-vos um feliz Dia do Canadá!
Telma Pinguelo MDC Media Group
Amar I 7