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O impacto da pandemia no QI das crianças

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Philip Reis

Philip Reis

O impacto da pandemia

no QI das crianças

Estudo revela que os níveis de inteligência dos alunos foram afetados na crise de 2008 e investigadores admitem que isso se pode repetir com a pandemia. Impacto no bem-estar emocional e psicológico dos mais novos reflete-se na forma como aprendem e no rendimento escolar.

A crise de 2008 e a pandemia 2020 chocalharam a economia, mexeram com o desemprego e as rotinas das famílias. Até que ponto as crises e os seus efeitos no ambiente familiar afetam o desenvolvimento das crianças? E a covid-19 que impacto terá? Psicólogos, professores e investigadores estão preocupados. Os efeitos nas aprendizagens ainda estão a ser apurados e preparam-se programas de recuperação para as escolas. Mas, sabe-se agora, que os estilhaços desta “bomba” que abalou o Mundo podem ser bem mais profundos, atingindo até os níveis de inteligência dos mais pequenos. Um estudo, publicado recentemente na revista “Intelligence”, mostra que a tendência de crescimento do Quociente de Inteligência (QI) das crianças portuguesas em idade escolar foi afetada negativamente pela crise económica que o país viveu entre 2008 e 2016. Embora tenha sempre aumentado, houve um travão no crescimento do QI depois de 2008. Com base nestes resultados, Irene Carvalho, investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do Cintesis – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e uma das autoras do estudo, arrisca fazer a ponte para 2020/2021. “Com a atual situação de pandemia, é possível que se venha a assistir a nova redução no crescimento do QI, em média, nas crianças.” Podemos mesmo “vir a ter uma geração que, em média, tem um QI mais baixo do que a anterior” e isso será um marco na História. Irene Carvalho faz questão de frisar que o estudo assenta em médias, o que significa que continuará a haver sempre crianças muito inteligentes e outras com dificuldades intelectuais. A média é que pode baixar. A investigação é anterior à pandemia e mostra a presença do efeito Flynn, um fenómeno observado em vários países ao longo de décadas e que se traduz por um aumento constante do QI, medido por testes padronizados, por razões associadas a fatores biológicos, históricos e sociais, como a educação, os cuidados médicos e a alimentação. Foi descoberto por James Flynn, investigador neozelandês que morreu em dezembro passado, mas não sem antes se debruçar sobre o estudo da FMUP/Cintesis realizado em coautoria com investigadores do Requimte/LAQV, da Universidade Nova de Lisboa, do CESPU e do Centro Hospitalar Universitário de S. João. “Quando enviámos o trabalho para publicação, um dos revisores foi o próprio Flynn”, orgulha-se Irene Carvalho.

Prosperidade e crescimento, crise e regressão

Também em Portugal está provado o efeito Flynn, ou seja, a tendência crescente das capacidades cognitivas das crianças. A aferição dos níveis de QI foi feita em 1991, em 2008 e em 2016, o que “por sorte” coincidiu com “momentos-chave no país”: o período de crescimento económico no pós-adesão à CEE – Comunidade Económica Europeia (antecessora da União Europeia) e a crise financeira que levou o país à bancarrota e obrigou à intervenção externa. Os resultados dos testes de QI (matrizes progressivas coloridas de Raven) então feitos a crianças, com idades entre os seis e os dez anos, revelaram “um crescimento grande que acompanhou o período de prosperidade e depois uma regressão do crescimento”, sublinha a investigadora. Entre 1991 e 2008, assistiu-se a um aumento do QI de 2,6 pontos por década, sendo que as crianças de níveis socioculturais mais baixos foram as que mais contribuíram para este salto. No entanto, entre 2008 e 2016, a tendência de crescimento abrandou para 1,7 pontos por década. Para perceber a razão do abrandamento, os autores estudaram as principais mudanças registadas em Portugal naquela época, mas não encontraram diferenças significativas nas áreas da Saúde e da Educação. Sabe-se que os níveis de escolaridade dos pais influenciam o desenvolvimento das capacidades cognitivas das crianças, mas, nesse ponto, nada de significativo se alterou. Então, o que poderia ter influenciado negativamente? “Foi descrito após os anos 30, nos Estados Unidos, que situações de stress prolongado, de sofrimento e preocupação afetam o desenvolvimento do QI das crianças”, destaca a investigadora, considerando que este é o fator mais plausível para o que aconteceu em Portugal no período de crise. A elevada taxa de desemprego, o aumento dos custos de vida e o empobrecimento das famílias então registados alteraram o “ambiente e as dinâmicas familiares”,

o que terá tido reflexos na estimulação da inteligência dos mais pequenos. “Os resultados vão ao encontro da hipótese de que a depressão económica afetou negativamente o desenvolvimento cognitivo das crianças através da desmoralização dos pais, com consequente diminuição da qualidade do ambiente familiar proporcionado para esse desenvolvimento”, referem os autores do estudo. Os investigadores realçam a importância da formação escolar dos pais no desenvolvimento cognitivo das crianças – níveis de escolaridade mais elevados podem ter um efeito positivo no QI dos filhos -, mas “em períodos de recessão, mais formação não é suficiente para contrabalançar esse efeito negativo”. Transpondo para 2020/2021, anos profundamente abalados pela pandemia, com alterações significativas nos comportamentos e estilos de vida, é expectável um novo efeito negativo no crescimento do QI das crianças. “Com os pais em casa assoberbados de trabalho, os filhos em ensino à distância, isolados dos amigos, não é surpreendente que este crescimento do QI venha a cair ainda mais”, constata Irene Carvalho, admitindo que pode ficar em zero ou descer mesmo para valores negativos.

Impacto é como uma “ressaca”, vem à posteriori

Helena Correia, psicóloga de um agrupamento de escolas de Lisboa, não simpatiza com a medida QI, considera-a “redutora” porque “somos sempre mais inteligentes do que conseguimos expressar”, mas reconhece que “há uma correlação entre os períodos de crise, que têm repercussões nas dinâmicas familiares, e o padrão de eficiência global das crianças que pode ser medido, por exemplo, através do rendimento académico”. Os testes de QI usados no estudo da FMUP/Cintesis – as matrizes progressivas coloridas de Raven – avaliam o raciocínio lógico das crianças, apresentam um conjunto de figuras e perguntam qual é a que está em falta. As respostas são quase intuitivas e não têm qualquer relação com a aprendizagem de conteúdos escolares. “Só em casos extremos, com privações muito graves, é que esta inteligência é afetada. Durante a pandemia, os miúdos não estiveram totalmente desprovidos de estímulos, houve respostas para tentar suprir as lacunas, podem não ter sido as melhores, mas houve”, defende a psicóloga. Ainda assim, Helena Correia está plenamente convencida de que estes períodos em casa tiveram efeitos nas crianças e jovens, mas a nível emocional e psicológico, que interferem no rendimento dos alunos e na eficiência intelectual. Com 20 anos de experiência em escolas, e também pelo que ouve de colegas, a psicóloga tem a clara perceção de que “aumentaram significativamente” os pedidos de ajuda e de que as novas “solicitações são essencialmente para mitigar os impactos da pandemia, da privação social”. São, sobretudo, mais casos de ansiedade, muitas vezes provocada pela pressão acrescida de recuperação de aprendizagens. “Há muitas crianças que sentem que o regime não presencial favoreceu o seu desempenho e que agora têm receio de não conseguir corresponder”, relata. Há também “mais alunos mais tristes e desmotivados” e com algum “embotamento” afetivo, uma certa incapacidade de sentir satisfação nas coisas que antes lhes davam prazer, sintetiza a psicóloga. Por outro lado, há famílias que não estão a ajustar as suas expectativas ao contexto atual e “esperam que os filhos continuem a ter o mesmo desempenho ou até melhor e que, do ponto de vista emocional e afetivo, consigam rapidamente reorganizar-se”. E isto não funciona assim. O impacto é a posteriori, uma espécie de “ressaca”, tal como acontece nos dias seguintes a um acidente. Sem dúvidas sobre os efeitos nas aprendizagens e no bem-estar emocional e psicológico, que ainda não se sabe como vão evoluir, Helena Correia tem, no entanto, reservas sobre os impactos da pandemia no QI dos mais pequenos. “O desenvolvimento cognitivo das crianças é universal e acontece até nas condições mais adversas. Duvido que daqui a alguns anos se observem grandes impactos”, sustenta.

Milhares de testes para ver lacunas na Matemática

É precisamente para medir o pulso às aprendizagens que a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) está a fazer testes a cerca de 20 mil alunos dos 4.º, 6.º, 9.º, 10.º, 11.º e 12.º anos de mais de cem escolas públicas e privadas de norte a sul do país, num projeto com o apoio da Fundação Gulbenkian. “É crucial fazer estes exames e este ano mais do que nunca. É preciso ver o que está a acontecer, ver onde está cada aluno e levá-lo para onde devia estar. É esta a obrigação do sistema de educação”, explica João Araújo, presidente da SPM.

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Tendo em conta que foram suspensos os exames do 9.º ano e anuladas as provas dos 4.º e 6.º anos, os testes da SPM “serão o único instrumento para verificar objetivamente os efeitos da pandemia em cada aluno em concreto” e para servir de termo de comparação para o futuro, realça o responsável, para quem os exames, em vez de anulados, deviam ter sido promovidos em todos os anos para ajudar as escolas a identificarem onde têm de atuar. Por ora ainda não há resultados, mas a convicção generalizada é de que as perdas provocadas pela pandemia na aprendizagem da Matemática sejam grandes, prevê João Araújo. E os primeiros resultados apurados pelo Ministério da Educação já mostram grandes fragilidades a todos os níveis. O diagnóstico feito em janeiro pelo Instituto de Avaliação Educativa para aferir o impacto do primeiro confinamento revelou que mais de 50% dos alunos dos 6.º e 9.º anos não conseguiram atingir os níveis esperados em três áreas fundamentais: literacia matemática, literacia científica e literacia de leitura e informação. O estudo, que envolveu 23 340 mil alunos dos 3.º, 6.º e 9.º anos, num total de 1 338 turmas e 313 escolas, serviu de base ao grupo de trabalho criado pelo Governo para encontrar soluções para a recuperação das aprendizagens. As medidas foram apresentadas esta semana pelo ministro da Educação, envoltas num pacote de 900 milhões de euros destinado ao reforço de recursos humanos nas escolas, à formação dos professores, ao aumento dos recursos digitais e à modernização dos equipamentos e das escolas. Recorde-se que os resultados da análise, divulgados no final de março, e que deixa de fora o que aconteceu entre janeiro e abril de 2021, o segundo período de confinamento, mostraram que os estudantes do 6.º ano são os mais afetados pelo ensino à distância, enquanto os do 3.º ano tiveram mais facilidades em continuar a aprender em casa. Por outro lado, acentuam que a Matemática continua a ser a grande dor de cabeça. Para o presidente da SPM, um dos grandes problemas do confinamento foi o sistema ter adotado um “ensino remoto de emergência” para tapar buracos e não um verdadeiro “Ensino À Distância” (E@D), que assenta num modelo pedagógico diferente, com características muito peculiares, resultados comprovados e “nada de aulas por Zoom”. “Com o mesmo nível de esforço, podia-se ter feito mais e melhor”, assegura João Araújo, sem deixar, contudo, de elogiar o enorme trabalho dos professores. Na Matemática, e sobretudo em anos mais avançados, o formato de aulas Zoom (um dos serviços de videoconferência usados pelas escolas para dar aulas à distância) é “especialmente pernicioso”. Não funciona para explicar conceitos intricados e muito longos, o que se traduz em perdas para os alunos, refere João Araújo. A situação é especialmente crítica porque o sistema de educação está assente em camadas de conhecimentos, que são construídas do fim para o princípio, ou seja, são os conhecimentos que os alunos devem ter no final do Secundário que determinam os conteúdos dos anos anteriores. “Se um engenheiro chega à faculdade sem saber a tabuada, não é possível ensinar-lhe a tabuada e tudo o resto que precisa para fazer as contas”, enfatiza o professor catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, traduzindo em miúdos as consequências que a maioria da sociedade ainda não interiorizou. E avisa: ou se recupera o que se perdeu ou não vai ser possível cumprir os objetivos no final dos estudos, e isso poderá significar que vamos ter “engenheiros que não sabem fazer cálculos para termos uma ponte segura ou ter médicos que aprenderam menos do que o necessário”. O matemático considera que “seria terrível” que se lançasse sobre esta geração o anátema que recaiu sobre a geração do pós-25 de Abril, com as passagens administrativas. “Tem de haver uma mobilização total do sistema de ensino para impedir que estes alunos fiquem mais tarde conhecidos como alunos que sabiam menos. Isso seria terrível”, frisa, concluindo que “Portugal não tem o direito de fazer isso a estes miúdos”.

Também as aprendizagens da leitura e da escrita foram impactadas pela pandemia, mais concretamente pelo confinamento e aulas à distância. Um estudo feito no âmbito do Programa Integrado de Promoção da Literacia, em três escolas da Área Metropolitana do Porto, que comparou dados de fevereiro de 2019 e de junho de 2020, conclui que as crianças de cinco e seis anos tiveram uma regressão entre os 25% e os 30% na aquisição da leitura e da escrita. Miguel Borges, coordenador do estudo e investigador do Centro de Investigação e Estudos da Criança da Universidade do Minho, não tem dúvidas de que os resultados podem ser atribuídos à pandemia e ao isolamento. “Transpor aulas que são dadas em sala de aula para plataformas digitais não funciona, especialmente com crianças destas idades”, vinca, adiantando que até na linguagem oral as crianças regrediram. No segundo confinamento, diz o investigador, as escolas estavam prontas a responder rapidamente, os professores e as crianças estavam mais habituados às plataformas e a duração foi mais curta, mas “não houve mudança de estratégia, continuou a fazer-se o mesmo do que em sala de aula”. E os mais prejudicados são sempre os mesmos, os alunos de contextos sociais mais desfavorecidos, com menos suporte familiar. “A pandemia veio acentuar ainda mais as diferenças que já existiam”, observa. E o impacto nas aprendizagens é recuperável? Embora discorde do tema recuperação porque “não se recupera algo que não foi dado”, Miguel Borges acredita que sim, mas, para isso, as escolas terão de inovar, de fazer diferente. O primeiro passo “é definir as competências-chave a recuperar”, ir aos currículos ver o que realmente importa. No início deste ano letivo, muitas escolas optaram por andar para trás para ir buscar os conteúdos do meio do ano anterior, mas o investigador entende que não há tempo para isso. “Se vamos tentar fazer o mesmo, mas com menos tempo, então vamos piorar ainda mais o insucesso escolar”, avisa.

Inês Schrek

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Uma das grandes tendências deste verão, que veio para ficar para o inverno, é o estilo boémio-chique; também conhecido por “hippie chique”. Este estilo não é apenas uma tendência; é uma atitude de estar na vida. A marca nacional Lanidor, por exemplo, anda desde 1966 a vestir as portuguesas mais boémias do país. O estilo boémio tem mudado através das décadas, sem contudo mudar a essência que o caracteriza – o espírito livre das mulheres que o vestem! Em tempos, este estilo também foi conhecido por “gipsy”, já que as mulheres que se identificam com ele, seguem a ventania, e não receiam a vida nómada. São mulheres que geralmente viajam por prazer, são criativas, adoram colecionar acessórios, são adeptas da vida ao ar livre, sem exigirem grande conforto, são destemidas e sedentas de aventura.

Lanidor S/S 2016

Dolce & Gabbana S/S 2012

Para descobrir o formato do rosto, deve-se prender o cabelo e tirar uma foto somente do rosto, sem sorrir. Depois, olhando para a foto, deve-se imaginar ou traçar uma linha vertical que divide o rosto, que será a linha do comprimento do rosto, e outra na horizontal, na altura da maçã do rosto, que será a linha da largura do rosto. Estes traços ajudam a determinar a angulação e saber o comprimento e a largura que delimitam o formato do seu rosto. Os vestidos outrora mais volumosos, deram lugar a linhas mais direitas, mas largas. No caso das blusas descaídas nos ombros, também perderam os franzidos. Celebridades tais como; Jane Birken, Janis Joplin, Stevie Nicks, Kate Moss, Sienna Miller e Kate Hudson, são apenas uma pequena amostra de adeptas a este estilo.

Até mesmo a canadiana Joni Mitchel, nas suas primeiras experiências no ambiente boémio de Yorkville, em 60s.

Elas foram e são exímias em combinar roupas e acessórios românticos, numa liberdade inspirada nos anos 60 e 70s; durante o auge desta forma de expressão que foi seguida por artistas, criativos, músicos e escritores. Na realidade, a palavra Boémia foi atribuida aos ciganos franceses, que se pensava erroneamente, que fossem originais da Boémia. O movimento Boémio teve o seu início no final do século XIX, em França, no meio de jovens intelectuais, que pretendiam-se afirmar nas artes, vivendo uma vida desregrada, à margem do conforto da burguesia. Nesta altura, Henri Murger, escreve “Cenas da Vida de Boémia”, e Puccini escreve a ópera “La Bohème”. As mulheres boémias de hoje continuam a apostar nos vestidos longos e fluidos, sem ostentar os folhos de outrora. Esteticamente, mantêm os cabelos soltos, naturais, e geralmente longos.

A coleção da Etro para este verão, é uma contante de cor e movimento contido. Já a de Emilio Pucci, de 2015, apostava nos padrões geométricos - um clássico deste estilo, com a vertente étnica que o caracteriza. Estes dois criadores são reconhecidos por estar na vanguarda do estilo Boémio Chique, na alta costura. No retalho, podemos encontrar facilmente este estilo, em nomes como Anthropology, Free People, Urban Outfitters, Lucky Brand.

Emilio Pucci S/S 2015

Etro S/S 2021

O estilo Boémio Chique tem a facilidade de se adaptar às necessidades de qualquer pessoa, independentemente da sua forma corporal. A liberdade do maxi-vestido aliada ao “oversized”, garante-lhe a liberdade de movimentos. Se se identifica com este estilo, saiba o que não pode faltar no seu guarda-roupa e como tirar o melhor partido dele.

Características

Cor

Escolha cores que se encontrem ao redor, na natureza. Os tons terra, ferrugem, os verdes, o mostarda e a cor de vinho.

Se o seu espírito estiver mais ligado à água, inspire-se nos azuis e turquesas dos oceanos e nos tons da areia. Já o branco, é uma cor de verdadeiro clássico, para as seguidoras deste estilo. Os bordados do sul da Europa, a rebuscar a moda dos verões nas praias, nos anos 70s.

O que é natural, sempre. O algodão, o linho, a lã, a pele e fibras naturais como o cânhamo. Tudo o que facilite a ventilação através da roupa e a mantenha confortável. Em relação aos padrões os desenhos com peso significativo como os tribais, as geometrias dos tapetes “Kilim”, motivos de penas “tie-dyed” e padrões com trelicías. O “patchwork”, a arte aplicada também são possibilidades. As aplicações de franjas e missangas são sempre muito bem sucedidas.

Os padrões florais são um “must” do Boho-Chic.

Calças

Querem-se fluidas e, tal como os vestidos, com os mesmos padrões. Há agora a tendência das calças de ganga de cintura alta, direitas e largas. Calças à boca de sino continuam a ser apreciadas.

A ganga é uma escolha segura de durabilidade, também em calções e blusões, sempre adornados.

Em 1910, chega o Orientalismo à Europa; que teve grande impacto na moda e na obra artística. Camille Monet chega mesmo a pousar para o marido, vestida num Kimono para a obra “A Japonesa”. A tendência continua na atualiadade, mais do que nunca.

Dolce & Gabbana S/S 2020

Aplicações em crochê

A criatividade é recorrente no estilo boémio. Os trabalhos de mãos de cariz personalizado atribui detalhe às peças e originalidade.

Acessórios

O sucesso de todo o “look”, está nos detalhes dos acessórios. Pedras naturais, moedas, berloques, colares e fios sobrepostos, pulseiras de muitas cores e diferentes em aglomerado, pulseiras em pele com medalhas que tenham mensagens positivas, missangas, búzios e conchas. Cintos em macramé e fibras naturais ou em couro, são as únicas possibilidades para uma Boho Chic. Os lenços amarrados às malas, sobre os ombros ou nos cabelos como badanas são uma das imagens de marca deste estilo.

Brincos étnicos. O segredo está na mensagem tribal, que está em conexão com a natureza e os seus elementos. Tudo na Boémia é místico!

Malas, chapéus e calçado

Exclusivamente de fibras naturais e pele, coerente com a filosofia de vida que este estilo de vida professa. As aplicações que se utilizam ao pescoço ou nos braços, juntamente com cores chamativas, revolucionam o estilo de uma mala ou sapatos normais.

Os chapéus de palha tipo “Fedora” e os óculos clássicos à aviador, são geralmente os mais usados.

A Boémia não é definitivamente adepta de saltos altos, embora se comece a ver algumas mais audazes no ambiente citadino. Geralmente, opta por sandálias e botas baixas, ou mesmo botas de “Cowboy” rasteiras.

É oficial, o estilo Boémio Chique atingiu o auge este verão! Termino como comecei... isto não é um estilo, é um espírito continuamente em missão: encontrar a paz e o equilibrio com o Cosmos e alinhar os Chakras. Peace and Love, for you all!

Maria João Rafael

Consultora de Imagem

Créditos: Vogue, Ray-Ban, Glowsly, Luxotica, Persol, Wikipedia

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Julho

Horóscopo

Ohoróscopo para julho 2021 trará energia positiva para as pessoas. Os dias neste mês são os mais longos do ano, aos quais podemos fazer um bom uso. Alguns podem gostar de poder passar mais tempo a trabalhar, outros pelo contrário, pensam em longas noites românticas. Este mês, Vénus trará charme ilimitado para virginianos e leoninos. Todo nativo de Leão será o centro das atenções nas festas e Virgem atrairá fortemente o sexo oposto. A capacidade de sentir empatia e comunicar-se com os outros trará sucesso em todos os aspetos das suas vidas. O verão também é uma época em que há risco de mais lesões físicas, por isso procure não fazer nada arriscado, especialmente por volta da metade do mês de julho, quando a Lua está cheia. Tente adotar alguns hábitos saudáveis e equilibrar o consumo de alimentos não saudáveis, como os churrascos e festas de verão trazem como tentação. De qualquer forma, de acordo com as estrelas, é evidente que em julho de pessoas geralmente não fazem cara feia. Você também pode desfrutar de uma excelente condição física, normalmente está na melhor forma este mês. Definitivamente não vai perder a motivação.

Planetas em julho de 2021 O Sol em Caranguejo

Pode acontecer que esteja mais emotivo do que o habitual. Vai parecer muito gentil, altruísta e empático aos olhos dos outros. No entanto, o seu comportamento pode parecer hipersensível ou exagerado. Se se sentir inseguro vai ficar muito nervoso. Vai sentir-se seguro cercado por amor, pessoas das suas relações ou família. Vai também sentir-se mais autorrealizado. A fantasia é também significativa neste período.

Vénus em Leão

Durante este período, as pessoas tendem a agir mais teatralmente do que o habitual, especialmente quando se trata de amor e relacionamentos. Irá apreciar a atenção do sexo oposto porque estimula o seu ego. O seu amor pode ser muito honesto e romântico, durante este período, especialmente se se apaixonar por alguém que admira. Por outro lado, nesta altura uma ruptura pode ser uma experiência difícil.

Mercúrio em Gémeos

Neste período, você será verbalmente competente e consequentemente um grande orador. Não lhe vai faltar vocabulário nem autoconfiança. Além disso, graças à sua atitude de não exortação será capaz de atrair a atenção de muitas pessoas e terá capacidade de influenciá-las. Os seus interesses serão diversos. Vai estar interessado em tudo o que vai alargar os seus horizontes e satisfazer o seu desejo de educação.

Marte em Leão

Este período fornece uma abundante energia física, e também uma forte saúde mental. Irá conseguir lidar com os problemas do dia a dia com facilidade. No entanto, juntamente com as suas capacidades existe a necessidade de ser admirado - neste caso, tem que estar atento porque pode ocorrer um conflito. A sua confiança é conveniente, mas infelizmente, pode revelar-se egoísmo. As tecnologias ainda estão a avançar e entre todas as aplicações e outras conveniências esqueceu-se do romance. Fique confortável à luz das velas, por exemplo na banheira. Só você ou a dois, é indiferente, apenas relaxe. As relações interpessoais podem abrandar um pouco. Não seja teimoso, e quando não vir outra forma de escapar a um argumento, é melhor voltar atrás do que fazer com que as coisas sejam ainda piores.

CAPRICÓRNIO

Será bem-sucedido quando se tratar de trabalho ou da vida pessoal. Pode ansiar por uma agradável noite de amor. Não tenha medo de ter a iniciativa e dizer o que quer. Não tem mais catorze anos. Não espere que a sua paixão lhe ligue, trate da situação com as suas próprias mãos. Finalmente conhecerá alguém que o inspirou muito. Aproveite a sua oportunidade e seja criativo!

SAGITÁRIO

Finalmente irá compreender a verdadeira natureza da coexistência humana. Anteriormente foi capaz de fazer tudo por si, não precisava que ninguém o apoiasse. Mas com o tempo envelhece e os seus valores estão a mudar. Não há nada de errado com isso. A sua cara metade talvez não seja tão sonhadora. Mas isto definitivamente não tem de ser um problema se estiver disposta a fazer compromissos.

ESCORPIÃO

Porque a sorte favorece os preparados, dedique algum do seu tempo livre a preparar-se para o trabalho da escola. Todos irão certamente apreciar a sua iniciativa e conhecimento. Os elogios irão certamente melhorar a sua disposição e sentir-se-á melhor. Eduque-se, vá a uma apresentação ou veja um filme educativo. Obtenha conselhos de um esteticista experiente, se tem medo de experiências.

BALANÇA

Por vezes uma mentira branca é realmente uma medida inevitável. Se o fizer pelo motivo correto pode apropriadamente justificar as suas ações, então está tudo bem. Mas tenha cuidado, está sobre gelo fino. As estrelas estão inclinadas para os solteiros, é por isso que deve sair para a sociedade ou conhecer alguém online. Tem tantas obrigações que pode facilmente esquecer-se de algo importante. Escreva tudo num papel. Está cheio de piadas e espalha uma energia positive à sua volta.

VIRGEM

Será bem sucedido em convencer as pessoas para praticamente tudo. Os seus argumentos serão fortes e irrefutáveis, o que pode ser útil, quer no trabalho para ganhar um interessante contrato para uma empresa ou até na vida pessoal. Não consegue falar com os seus amigos sobre nada mais para além do amor. Pense por um instante... isso não um pouco irritante?

LEÃO

Pode pensar que manter um diário é divertido ou infantil. Mas, não é. Se recordar eventos diários e também ideias, a sua personalidade pode desenvolver-se muito mais do que aquilo que pensa. Por acréscimo terá uma visão geral sobre o que aconteceu. As estrelas estão estáveis, por isso agora compensa investir em projetos a longo prazo.

CARANGUEJO

Não irá ficar em casa durante muito tempo e a visão de estar sozinho entre quatro paredes não lhe atrai nem um pouco. Chame o seu parceiro ou amigos e dirija-se para a natureza ou encontro na cidade para uma bebida. Na sociedade irá ter outros pensamentos. Nos seus pensamentos não existe mais ninguém para além da sua cara metade. Mas não fique cego ou atue de forma demasiado intrometediça.

GÉMEOS

Provavelmente não estará na disposição de lidar com pessoas desagradáveis. Recorde-se que não é uma boa ideia ser provocado. Fique antes com os seus pensamentos e supere a situação em silêncio. Esta é a única forma de evitar inconveniências. Entre si e os seus colegas de trabalho pode haver atrito. Tente descobrir onde está o problema e fale sobre ele.

TOURO

Não estrague relações interpessoais, somente porque está demasiado sensível ultimamente. Amanhã verá tudo a partir de uma nova perspetiva. Não faça nenhuma cena, irá arrepender-se mais tarde. Por agora tem de morder a bala e superar a situação em silêncio. Trate melhor o seu amor. Trate das suas tarefas domésticas por si.

CARNEIRO

O mês de julho é uma época perfeita para aproximar-se de seus conhecidos, principalmente graças a Vênus que está em Leão, o que lhes dará uma enorme confiança. Não tenha medo de entrar em contato com alguém que tenha acabado de conhecer. Afinal, poderá ser o seu futuro parceiro. Mesmo que ele ou ela não se transforme no amor da sua vida, terá pelo menos uma experiência emocional.

PEIXES

As estrelas estão na constelação errada. Evite situações complexas quer no trabalho ou em casa, assim como na sua vida amorosa. Confrontações desnecessárias irão colocá-lo em sarilhos. Na sua família podem aparecer problemas. Não seja indiferente e ajude aqueles que necessitam. Quando se sentir em baixo, eles irão definitivamente pagar-lhe.

PaellaMista Culinária

Apaella mista é uma receita tipicamente espanhola feita com arroz, marisco, carne e legumes que cozinham num caldo rico de vegetais e açafrão. O resultado é um prato colorido e uma mistura perfeita de sabores.

SERVE 6 PESSOAS TEMPO DE PREPARAÇÃO: 70 MINUTOS DIFICULDADE: MÉDIA INGREDIENTES

CALDO • 1 cebola • 1 talo de aipo (50 g) • 1 cenoura (100 g) • 1 folha de louro • pimenta em grão qb • 1 dl de vinho branco • 1,5 dl de água • 1 c. de sopa de sal • 500 g de mexilhão em dupla concha

ARROZ • 1 pimento encarnado (200 g)azeite • 3 c. de sopa de azeite • 300 g de peito de frango • 300 g de lombo de porco • 300 g de lulas • 300 g de miolo de mexilhão • 500 g de camarão cozido 30/50 • 4 dentes de de alho • 800 g de tomate com rama • 300 g de ervilhas congeladas • 300 g de arroz agulha • 1 c. de sobremesa de açafrão-das-índias • salsa qb

PREPARAÇÃO

1. Coloque uma panela ao lume com a cebola em gomos, o aipo em pedaços, a cenoura em rodelas, o louro, a pimenta, o vinho e a água. Quando levantar fervura junte o sal, mergulhe a embalagem dos mexilhões, tape e baixe o lume. 2. Corte metade do pimento em argolas e a outra metade em cubos pequenos, limpando-as de películas brancas e sementes. 3. Leve ao lume um tacho para paella (ou uma frigideira larga que possa ir ao forno), coloque o azeite e as argolas de pimento. Salteie 3 a 4 minutos, retire e reserve. 4. Corte a carne de frango e a carne de porco em cubos e coloque-as na frigideira. Vá mexendo até que fiquem douradas. 5. Junte as lulas limpas cortadas em argolas. Descasque os camarões (reserve alguns inteiros) e junte-os ao cozinhado. 6. Adicione os dentes de alho, o tomate em cubos e sem sementes, os cubos de pimento reservados e as ervilhas descongeladas. 7. Retire a embalagem dos mexilhões do caldo, abra-a, coe o líquido e junte-o ao caldo, polvilhando com o açafrão. Pré-aqueça o forno a 180º C. 8. Adicione o arroz, o açafrão e alguns mexilhões sem casca ao cozinhado, mexa e deixe fritar um pouco. 9. Regue com 6 dl do caldo e cozinhe em 10 minutos, sem mexer. Adicione mais um pouco de caldo e leve a frigideira ao forno, deixando cozinhar mais 10 minutos. 10. Decore com as argolas de pimentos, os mexilhões com concha e os camarões reservados. Polvilhe com salsa picada e sirva de imediato.

Happy Canada Day!

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