its Teens Forquilhinha - 01

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Renata Bomfim Gerente de projetos especiais

Chegou a primeira edição da revista its Teens na sua rede municipal, um espaço feito para quem acredita que aprender pode (e deve!) ser leve, curioso e inspirador. Nesta estreia, convidamos alunos, professores e famílias a refletirem sobre temas que fazem parte do nosso dia a dia: do uso consciente das redes sociais à importância da diversidade cultural.

Vamos conhecer projetos incríveis que estão transformando as escolas, como o Composta & Cresce, pioneiro em Santa Catarina, que une sustentabilidade e alimentação saudável. Também mergulhamos em assuntos que despertam a imaginação: como funcionam os filtros de realidade aumentada, por que algumas pessoas são canhotas e outras não, e até o que os fósseis contam sobre o nosso passado.

Entre ciência, cultura e muita criatividade, esta edição celebra o conhecimento em todas as suas formas. Compartilhe a leitura com a sua turma!

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI

INMEMORIAM

FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI

PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR.

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA

GILBERTO KLEINÜBING

DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA

DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

FABIANA POSSATO

DIRETORA REGIONAL OESTE fabiana.possato@ndtv.com.br

MICHEL MARIANO PIZZETT

DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA michel.pizzetti@ndtv.com.br

JEAN FELIPE DE OLIVEIRA

DIRETOR DIGITAL E INOVAÇÃO jean.oliveira@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM

GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

DAIARA CAMILO ESTAGIÁRIA contato@portalits.com.br

JHULI FERREIRA DESIGNER GRÁFICO

MARIA FERNANDA AMARAL

SUPERVISORA DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES maria.amaral@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

CRISTIAN TADEU GERENTE COMERCIAL OESTE cristian.santos@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

ISMAEL CARDOSO GERENTE COMERCIAL CRICIÚMA ismael.cardoso@ndtv.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

CAROLINE FERNANDES GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS
DAIARA CAMILO
LETÍCIA MARTENDAL
Repórter
Estagiária
Assistente de Mídia

/conteúdo

Labirinto Pensando e construindo robôs

O menino que perdia as palavras

Conectados sim, mas com consciência: o uso responsável das redes sociais

conhecimentos gerais

Dia da Consciência Negra

Cultivar é cuidar

Pequenos produtores

Traços que atravessam o tempo

Mandioca, aipim, mexerica e bergamota: o vocabulário em cada canto do país

Do filtro ao mundo real: como a realidade aumentada funciona

Entre risos e descobertas

Rumo ao passado: descobrindo fósseis no Brasil

Pirata por um dia: construa sua bússula

Por que algumas pessoas são canhotas, e outras, destras?

Acompanhe a revista its teens nas redes sociais

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteiraresponsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

TIRAGEM: 2.000 EXEMPLARES NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026

Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Forquilhinha

O Menino que as Palavras Perdia

POR KELLY KARITIANA MORO SCUSSEL

Professora na Escola de Educação Básica (EEB) Gabriel Sera m

Quero apresentar a você um livro muito especial que compartilhei com minha turma. O nome dele é... ops, será que me perdi? Claro que não! Essa história cou marcada de forma única para cada criança. Apresento a vocês “O menino que perdia as palavras”, de Laércio Furquim Jr. e Flávio Capi. A obra retrata a vida de muitos meninos e meninas que pensam tantas coisas ao mesmo tempo e, às vezes, acabam perdendo as palavras em meio a tantos pensamentos.

Depois de muitas re exões, o livro revela uma dica preciosa — aquela que fez o personagem Cazé deixar de perder... a palavra PERDER! E, olha, eu não queria contar, mas a chave de tudo está em anotar para não esquecer.

Agora é sua vez: leia o livro, encante-se e descubra como também pode se reconhecer como parte dessa história! E como dica deixo mais três títulos que valem a pena você conhecer! �

Que tal continuar a leitura do mês e procurar por estes títulos?
O menino que devorava livros
James Misse Ana Maria Machado Ana Maria Machado
Quem me dera O distraído sabido

Vamos ser sinceros: hoje em dia é difícil alguém viver sem redes sociais. Seja pra ver memes, acompanhar os rolês dos amigos, conversar ou conhecer pessoas de qualquer lugar do planeta, a maioria das pessoas está online o tempo todo. Mas você já parou para pensar no jeito como usa essas plataformas? A verdade é que, da forma certa, as redes sociais podem ser incríveis. Mas, se vacilar, o estrago também pode ser grande — tanto para sua cabeça quanto para a vida real.

Antes de falar dos perigos, vale lembrar que graças às redes sociais podemos nos conectar com pessoas do mundo todo, descobrir conteúdos sobre assuntos que amamos, aprender coisas novas e até levantar causas importantes, como campanhas de solidariedade ou debates sobre temas que precisam ser discutidos.

Quem nunca descobriu uma música nova, um lme incrível ou um meme sensacional rolando o feed?

O problema começa quando há exagero ou o uso das redes sem pensar muito. Ficar horas e horas grudado na tela pode afetar o sono, a concentração e até o humor. Já ouviu falar em FOMO? É aquela sigla para “fear of missing out”, ou seja, o medo de estar perdendo alguma coisa legal que está acontecendo na internet ou na vida dos outros. É quando você compara a vida real com a versão editada e cheia de ltros dos outros — e spoiler: isso nunca dá certo.

Pra continuar curtindo as redes sociais sem cair em cilada, o segredo é usar com responsabilidade. Que tal algumas dicas?

CUIDADO COM O QUE COMPARTILHA:

pense antes de postar. Vale mesmo expor aquele momento ou aquela opinião?

CUIDE DE VOCÊ:

siga per s que lhe fazem bem e evite conteúdos tóxicos.

CHEQUE AS INFORMAÇÕES:

DESCONECTE UM POUCO:

antes de passar uma notícia adiante, veja se é verdadeira. lembre que atrás de cada per l tem uma pessoa de verdade, com sentimentos.

reserve momentos para car of ine, conversar ao vivo, ler um livro ou só curtir o mundo fora da tela.

RESPEITE OS OUTROS:

Redes sociais são incríveis, mas, como tudo na vida, precisam de equilíbrio. Usar de forma consciente é o melhor jeito de aproveitar tudo de bom que elas oferecem sem cair em roubada. E aí, bora ser mais responsável no próximo post? �

Seja nas linhas da arquitetura de uma casa, no cheiro dos temperos em barraquinhas de comida no Centro da cidade ou no som de diferentes sotaques dentro de uma mesma região, é ao repararmos nos detalhes ao nosso redor que nos damos conta em como a diversidade no Brasil está presente no nosso dia a dia, refletindo a mistura de povos e tradições que tornam o país um lugar único no mundo.

Cada comunidade que chegou por aqui deixou suas marcas em diversos aspectos, no entanto, um dos pilares da herança brasileira se destaca por sua contribuição na arte, na música, na culinária e nas celebrações: a cultura negra. Desde o ritmo das festas, na escolha dos ingredientes dos pratos até as expressões que fazem parte do nosso idioma, explorar a influência da população preta é fundamental para entender a identidade do país.

Em novembro, no dia 20, uma data foi escolhida para reconhecer a luta contra o racismo, valorizar as raízes culturais vindas dos povos africanos, refletir sobre as injustiças históricas que deixaram marcas no nosso país e valorizar um dos maiores heróis da história brasileira: Zumbi dos Palmares.

Ainda que o enfrentamento do preconceito tenha avançado em pequenos passos — como a abordagem da história afro-brasileira na escola, o aumento da representatividade em posições de liderança e as leis que punam o racismo —, ainda há muito a ser feito. Datas como essa relembram a luta já enfrentada e reforçam a necessidade de pensar em novas estratégias para tornar a sociedade mais justa.

QUEM FOI ZUMBI DOS PALMARES? GARANTIDO POR LEI DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA RAÍZES QUE TRANSFORMAM O BRASIL

A data passou a ser considerada o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra em 2011 quando a Lei nº 12.519 foi aprovada. Anos mais tarde, em dezembro de 2023, tornou-se feriado nacional com a sanção da Lei nº 14.759.

A falta de documentos impede que mais detalhes sobre a trajetória do ícone sejam explorados. A versão mais conhecida conta que, após ser sequestrado enquanto era criança, Zumbi foi criado por um padre e, na adolescência, fugiu novamente para o quilombo, onde se tornou um general em defesa ao local. Outras dizem que ele foi um defensor total da liberdade, não somente de negros mas também de outras minorias, como os camponeses e os indígenas.

No entanto, o que se sabe é que Zumbi nasceu em Alagoas, em 1655, onde está localizado o maior quilombo da história do Brasil: o Quilombo dos

Palmares. Como líder do local, defendeu o direito à terra e a cultura africana, preparando estratégias de defesa e resistência contra o ataque dos portugueses.

Após ser capturado, morreu em 20 de novembro de 1695, e sua história o tornou um mártir e um símbolo de liberdade e no combate contra o racismo no nosso país. Zumbi também é um ícone citado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e no Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, como um dos personagens negros de luta social a serem estudados em sala de aula.

Além de Zumbi dos Palmares, outras personalidades negras se destacaram e deixaram sua marca na história e na cultura brasileira. Con ra:

MACHADO DE ASSISMARIA FIRMINO DOS REIS

Considerado um dos maiores autores da literatura do nosso país, teve seu primeiro conto publicado aos 16 anos e escreveu diversos romances, peças de teatro e poesias, além de centenas de crônicas.

LUÍS GAMA

Após ser escravizado quando era criança, o baiano aprendeu a ler e a escrever e batalhou para pagar sua própria alforria. Se tornou advogado e escritor e dedicou-se pela abolição da escravidão no Brasil.

Nascida no Maranhão, se tornou a primeira mulher romancista brasileira ao publicar a obra “Úrsula”, em 1859.

CRUZ E SOUSA

Uma das guras mais marcantes de Santa Catarina, nasceu em Florianópolis e foi um importante poeta do simbolismo brasileiro. Também atuou em jornais e na campanha abolicionista.

LÉLIA GONZÁLEZ

Originária de uma família pobre, a mineira trabalhou por muitos anos como babá e empregada doméstica até se formar em História e Filoso a. Dedicou sua vida aos estudos de gênero e raça no Brasil e foi uma das grandes vozes pelos direitos das mulheres e dos negros.

Algumas palavras que usamos hoje no nosso cotidiano vêm de termos de origem africana:

Imaginação e trabalho em equipe ganham destaque quando alunos aprendem como programar e montar máquinas em sala de aula

POR GEÓRGIA GAVA

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

alunos exercitam conhecimento em robótica por meio de kits LEGO.

Tempo de leitura: 6 minutos

Entre peças coloridas, apostilas e cabos espalhados pelas mesas, a imaginação ganha forma. Já pensou colocar as mãos na massa, ou melhor, em LEGOS, e dar vida a robôs cheios de criatividade?

Nas escolas da rede municipal de Forquilhinha, o aprendizado se torna um momento leve e descontraído por meio da imaginação e do trabalho em equipe.

Durante as atividades, os conteúdos aprendidos viram brincadeiras, experimentos e, claro, muitas tentativas e descobertas. Atualmente, esse recurso educacional tem sido um grande aliado nas instituições de ensino, contribuindo para um ambiente mais criativo e de união entre as crianças.

Essa iniciativa faz parte da rotina de seis escolas que atendem os estudantes do Ensino Fundamental.

No contraturno de cinco instituições, os jovens têm a oportunidade de vivenciar a tecnologia propriamente dita e, com ela, desenvolverem-se. Em uma das unidades, que funciona em tempo integral, a disciplina faz parte da grade curricular. “Interagimos com o aluno de forma prática e mais dinâmica, não somente na habilidade da montagem dos robôs, mas também de fazer a programação, de fazer a tecnologia funcionar”, explica o professor de Robótica Evandro Flores da Rosa.

A iniciativa contemplou
Brincar de LEGO ganhou outro signi cado
O kit distribuído foi de acordo com a faixa etária

Os estudantes podem aprimorar seus conhecimentos durante as aulas de robótica.

A mudança na rotina dos alunos, conforme o educador, é perceptível. “Vemos essa maturidade. Sempre tem um ou outro que se destaca mais, mas mesmo os mais tímidos se desenvolvem. Conseguimos perceber esse crescimento, esse amadurecimento no desenvolver das aulas”, acrescenta.

A metodologia implementada estuda a construção e a programação de robôs e envolve diversas áreas de conhecimento. “Trabalhamos em cima de uma leitura baseada no STEM, que une ciência, tecnologia, engenharia e matemática”, complementa o professor.

Além dos livros que ajudam na montagem dos robôs e na organização das aulas, os professores utilizam três tipos de kits LEGO: coding (para os primeiros anos), WeDo 2.0 (segundos e terceiros anos) e Mindstorm (quartos e quintos anos).

Con ra as unidades que oferecem as atividades no município:

EEB Francisco Hoepers;

EEB Waldemar Casagrande;

EEB José Aléssio;

EEB Professor Jakob Arns;

EEB Gabriel Sera m;

EEB Egídio de Bona.

Para Arthur Riepe de Souza, estudante da Escola de Educação Básica (EEB) Waldemar Casagrande, a robótica expande a criatividade. “Ela ensina como programar, lidar com as pessoas e trabalhar em equipe. Quando eu era pequeno, fui participar porque era legal, e hoje já faz quatro anos”, conta.

Ao unir aprendizado e diversão, as aulas de robótica educacional têm transformado a forma de aprender e formado alunos com pensamento mais crítico e rápidos na resolução de problemas. Cerca de 700 alunos do primeiro ao quinto ano fazem parte do projeto.

Uma metodologia moderna e criativa de ensinar e de aprender que une:

Ciência (Science); Tecnologia (Technology); Engenharia (Engineering); Matemáticas (Mathematics). �

emplou alunos de diversas idades.
A turma aprendeu robótica na prática

Livros reforçam o ensino das culturas africana e indígena nas escolas

A rede municipal de ensino recebeu novos livros paradidáticos voltados às culturas africana e indígena. O material será utilizado na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, com o objetivo de promover a diversidade e o respeito às diferenças.

As obras serão exploradas de forma lúdica e interativa, por meio de histórias, músicas, personagens e brincadeiras, em conformidade com as leis federais 10.639/2003 e 11.645/2008.

Alunos participam de ação sobre combate ao abuso e à exploração sexual

Estudantes de toda a rede municipal participaram de uma ação educativa sobre o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, realizada na Escola de Educação Básica (EEB) Waldemar Casagrande. O grupo, com 400 alunos, acompanhou a apresentação teatral “Infância Roubada”, que tratou o tema de forma lúdica e acessível. Após o espetáculo, uma roda de conversa conduzida por uma especialista orientou os alunos sobre como identi car e reagir em situações de violência.

Forquilhinha recebe Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização

Forquilhinha foi reconhecida com o Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização – categoria ouro, concedido pelo governo federal. A premiação destaca os avanços do município na alfabetização e no ensino, avaliando critérios como apoio pedagógico, estrutura sica, projetos de contraturno, valorização dos professores e formações continuadas. �

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

projeto une conscientização, sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente.

Tempo de leitura: 06 minutos

Estudantes vivenciamocultivo dealimentosque vãoparardireto nospratosna merendaescolar
POR

A turma aprendeu a importância da conscientização

No dia a dia, você já parou para pensar de onde vem a comida do seu prato? Sabe aquele tomate delicioso ou aquele arroz soltinho? Os dois, assim como outros alimentos, têm um cultivo que começa muito antes da hora do almoço, do jantar ou do lanchinho da tarde. Saber a importância desse processo faz toda a diferença na hora da busca por uma alimentação saudável.

Por isso, aprender de que forma comer melhor, com uma dieta rica em nutrientes, é cuidar de si, mas também do meio ambiente e da saúde pública. Com esse objetivo, alunos do quarto ano da rede municipal conhecem, na prática, como os alimentos são cultivados e chegam às mesas, a partir do projeto “Alimentação Saudável: comida de verdade do campo ao prato, um cuidado com o corpo, a mente e o planeta”.

De acordo com a coordenadora pedagógica de Forquilhinha, Jucélia Willemann Albino, o objetivo da iniciativa é promover a conscientização e a vivência prática dos estudantes sobre a relação entre alimentação saudável, sustentabilidade e meio ambiente, por meio da articulação entre teoria e prática, além de valorizar a produção local, a agricultura familiar e o consumo responsável.

Aprendendodesdecedo

De acordo com a pro ssional, a proposta atende alunos na faixa etária dos nove anos. As aulas com esse intuito começaram em abril, com uma visita aos produtores da Cooperativa de Agricultura Familiar de Forquilhinha (Coonafor), e teve continuidade nas escolas. Segundo a professora Kelly Karitiana Moro Scussel, da Escola de Educação Básica (EEB) Gabriel Sera m, essa saída de campo deu aos estudantes a oportunidade de conhecer as propriedades rurais da cidade.

“Passeio muito produtivo, além de ser conteúdo trabalhado em sala de aula, apresentou aos estudantes o processo de produção dos alimentos da merenda escolar e de consumo geral. Muitas crianças não conheciam e caram curiosas e encantadas”, acrescenta a professora.

A iniciativa trabalha alguns eixos com os estudantes, como a origem dos alimentos, a dieta nutritiva, a sustentabilidade e o meio ambiente, a valorização da agricultura familiar, a redução do desperdício de alimentos, o consumo responsável e as vivências práticas.

Fotos: Escola de Educação Básica (EEB) Gabriel Serafim/Divulgação

Daplantaçãoàmesa

“Desde cedo é necessário criar hábitos saudáveis. Quando as crianças compreendem o processo do alimento, a origem e a importância de escolhas equilibradas e saudáveis, desenvolvem consciência ambiental, cuidado com desperdício, poluição e saúde, fortalecendo práticas sustentáveis, como a produção de pequenas hortas em casa para consumo próprio”, pontua a professora.

Para a educadora, a iniciativa busca que os alunos reconheçam a origem dos alimentos, valorizem as práticas agrícolas do município e adotem comportamentos mais conscientes em relação ao meio ambiente. “Comida de verdade é aquela que nutre. Que, de forma simples, respeita as tradições e a cultura das famílias, aliadas a ingredientes frescos ou menos processados. Trata-se de uma alimentação que alimenta o corpo e promove qualidade de vida”, naliza a professora.

Mais do que descobrir sobre o cultivo de frutas, verduras e outros alimentos, alunos que participam do projeto aprendem que esse processo envolve o respeito com a natureza, a valorização dos produtores rurais locais e, sobretudo, a importância de hábitos saudáveis. �

Do campo à mesa, os estudantes aprendem os processos dos alimentos que consomem.
POR GEÓR
Fotos: Thiago Hockmüller

O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:

de Forquilhinha

aprendizado de estudantes

projeto Composta & Cresce movimenta escolas da cidade, promovendo a sustentabilidade.

Tempo de leitura: 10 minutos

divertida e consciente

ÓRGIA GAVA

Cá entre nós, qual é a criança que não gosta de colocar as mãos na terra e sentir a natureza de pertinho? Essa sensação é única, e unir essa atividade a um propósito ainda mais importante — o cultivo de alimentos saudáveis — torna a diversão um verdadeiro aprendizado. Por isso, mais do que proporcionar um momento diferente, o projeto Composta & Cresce, da rede municipal, desperta a consciência sobre o meio ambiente, incentiva o plantio de frutas, verduras e legumes e, consequentemente, a alimentação mais saudável desde a infância.

Mas como tudo isso é colocado em prática?

A iniciativa ensina que até as sobras de lanches ou as cascas de frutas podem ganhar um novo destino: adubo que ajuda as hortas a crescerem. O projeto consiste em implementar a compostagem, processo de decomposição de resíduos orgânicos, como cascas de frutas e restos de comida, em todas as unidades, criando adubo para as próprias hortas. As verduras e legumes cultivados vão direto para o cardápio das escolas.

O programa foi desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Forquilhinha e é viabilizado por meio de recursos do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do governo federal. Atualmente, todas as 17 instituições da cidade, da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, fazem parte da iniciativa. “Eu tenho 40 e tantos anos e lembro que, na minha época, tinha horta na escola e gerava muita alegria. A gente percebeu que isso se perdeu um pouco, então tentamos fazer esse resgate. Estamos num município de base agrícola e, para não perder tanto essa identidade, optamos por trabalhar com isso”, explica o coordenador do Composta & Cresce, Juliano Gonçalves da Trindade.

A alegria de estar em contato com a terra é facilmente perceptível assim que os alunos acessam a área da horta e já dão de cara com o plantio. “As crianças adoram. Dá para perceber que, pelo fato de saírem da sala de aula, fazerem algo diferente, os semblantes mudam”, acrescenta o responsável.

O projeto envolve toda a comunidade escolar

Diversão e conscientização

Para a estudante Lorena Romagna Feltrin, 6, do Centro de Educação Infantil (CEI) Augusta Vitali Savi, o momento mais animado na horta é regar as verduras e os legumes e, é claro, colocar as mãos na terra. “Me divirto muito aqui”, diz. A turma da estudante foi responsável pelo plantio das imponentes alfaces, que conquistam pela cor verde e pelo tamanho grande.

Já Benjamim Costa, 5, admite que adora comer alface e beterraba — ambos são plantados na horta da escola. A pequena Emilly Rampinelli Pola, da mesma idade, prefere plantar melancia. Todos esses alimentos saem direto da horta para a cozinha da unidade e, depois, são servidos aos alunos.

Fotos: Thiago Hockmüller
Estar em contato com a terra é o momento mais esperado pelas crianças durante as aulas.

Expansão para a comunidade

A compostagem ensina a produzirem de forma orgânica e, além disso, auxilia na diminuição do lixo que vai para os aterros sanitários. Por isso, o intuito é expandir o projeto para a comunidade e, a partir disso, fazer com que a própria população participe das interações, como a separação do lixo reciclável.

Na unidade, as 138 crianças do maternal, do berçário e do pré-escolar participam ativamente da ação. São quatro canteiros de horta, divididos entre plantios de alface, repolho, feijão, salsinha, cebolinha, beterraba e couve-folha. A ideia é ampliar a produção ao longo dos

próximos meses. “O projeto da horta nasceu da necessidade das crianças terem essa interação, as mãos na terra, vendo a plantinha crescer, até a verdura chegar no prato delas”, comenta a diretora da instituição, Sandra Helena. “O interessante é eles [alunos] irem lá, mexerem e verem o desenvolvimento”, acrescenta.

A diretora garante que a participação das crianças faz toda a diferença. “Eles querem ir todo dia ver como estão as verduras”, a rma. É assim que os pequenos aprendem a cuidar da natureza e de si mesmos, por meio do contato com o meio ambiente e de uma alimentação equilibrada.

Além do plantio, os pequenos aprendem sobre alimentação saudável
Gael Valnier de Araújo, Benjamim Costa, Henzo Gabriel de Jesus Moraes e João Miguel Félix aprendem por meio do plantio

Separação de itens recicláveis

Outro braço do Composta & Cresce consiste na separação de itens recicláveis, que seriam descartados nas escolas, para serem enviados à Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Forquilhinha (Acafor). “É um material que vai seco, limpo e organizado”, explica o coordenador do projeto. Entre os itens recicláveis que são recolhidos pela associação estão papel, plástico, metal, vidro e isopor. A partir da separação correta, os materiais são triados, prensados, enfardados e comercializados às empresas recicladoras. Mensalmente, cerca de 50 toneladas são coletadas.

O Composta & Cresce é uma das iniciativas que fazem parte de um programa inédito de sustentabilidade, o Forquilhinha Sustentável. O projeto reúne diversas ações com foco no cuidado ambiental, na qualidade de vida e no desenvolvimento equilibrado do município. Em paralelo, a cidade também executa a nova campanha de coleta seletiva de lixo reciclável, o plano de despoluição do Rio Mãe Luzia, o trabalho de desassoreamento do Rio Sangão, o transporte social gratuito, a energia solar, a captação de água da chuva e a logística reversa.

Como funciona o processo de compostagem?

O processo da compostagem funciona da seguinte forma: os resíduos orgânicos das escolas são encaminhados às composteiras, que geram adubos que vão direto para a horta. À medida que cada cultivo se desenvolve, os alimentos são colhidos e levados para a mesa. Esse é um programa pioneiro em Santa Catarina e a cidade foi uma das nove no Brasil selecionadas para receber o investimento.

O chorume é a parte líquida de todo o material orgânico colocado na composteira. O resíduo se desidrata, soltando uma espécie de água, que é usada como fertilizante natural, assim como o material seco restante. Então, acontece o processo de decomposição.

O que mais pode ser resíduo orgânico?

Além de sobras de lanches ou cascas de frutas, também são resíduos orgânicos: restos de verduras, folhas, restos de pão e cascas de ovos. Até o café usado ou saquinhos de chá podem virar adubo na compostagem. �

Da DC Comics a Mauricio de Sousa, viaje pelo tempo e conheça os principais personagens que nasceram nos quadrinhos

“Mutação é a chave da nossa evolução.” É o que diz o Professor Xavier, no início do primeiro lme dos X-Men. Ele detalha como esse processo é lento, mas, segundo ele, dá um grande salto a cada centena de milênios. Por mais que a fala deste sábio personagem da Marvel esteja servindo como uma introdução à mutação genética e às super-habilidades dos heróis no cinema, ela é aplicável em muitos outros cenários.

Quando falamos em quadrinhos, alguns personagens têm lugar garantido: Batman e Superman representam bem a DC Comics, enquanto Homem-Aranha e Capitão América são algumas das caras da Marvel Comics. Asterix e Mafalda têm presença garantida em jornais com suas tiradas sábias, ao mesmo tempo em que Mônica já se mostrou a grande dona do pedaço para os brasileiros.

Essas guras icônicas já adotaram as mais variadas formas e estilos ao longo de quase um século — seja em tirinhas ou HQs, as histórias em quadrinhos. Escritores e ilustradores sempre encontraram maneiras de se reinventar, trazer abordagens inéditas e encantar com seus traços peculiares. Ainda assim, os mais memoráveis compartilham algumas características. Vamos viajar no tempo e conhecer os principais personagens desse segmento e algumas de suas importantes conquistas!

TINTIMTINTIM

Criado na Bélgica, esse repórter curioso combina humor e aventuras desde que apareceu pela primeira vez, no jornal Le Vingtième Siècle. Foi ideia de Hergé, pseudônimo do quadrinista Georges Remi.

1939

POPEYEPOPEYE

A obsessão por espinafre, que dá a esse marujo uma superforça, se tornou uma de suas características mais marcantes. O marinheiro Popeye, namorado de Olívia Palito, nasceu nos Estados Unidos e ganhou popularidade nas tirinhas de jornal. Com linhas grossas, o personagem tem traços exagerados e virou símbolo de determinação e enfrentamento dos medos.

SUPERMANSUPERMAN

Referência atemporal quando se trata de super-heróis, é um dos membros da Liga da Justiça e estreou na primeira edição da revista Action Comics. O Superman, alter-ego do repórter Clark Kent, tem uma força imensurável, visão de raio-x e a habilidade de voar. Porém, seu bom caráter e senso de justiça são o que se destacam.

1939

BATMANBATMAN

Durante o dia, esse morador de Gotham City é apenas um bilionário, mas, à noite, dá vida ao misterioso Homem-Morcego. O estilo sombrio dos quadrinhos de Batman o diferenciou de tantos outros, com um tom mais dramático e realista. Esse vigilante não tem superpoderes, mas surpreende com sua inteligência, estratégia e acessórios criativos.

CAPIT O AM…RICACAPITAM…RICA

O patriotismo estadunidense estava em alta e foi incorporado à criação de um dos rostos mais famosos da Marvel Comics. O Capitão América estreou na sua revista própria, mas foi entre os Vingadores que ganhou mais destaque. Entre os méritos de Steve Rogers, o nome por trás do escudo, estão a forte liderança e a moral inabalável.

ARCHIEARCHIE

As cores vivas e o estilo cartunesco chamam a atenção nas histórias de Archie. O garoto e seu grupo de amigos vivem aventuras leves e engraçadas na escola e no dia a dia, lidando com os dramas da adolescência, o gosto por música e questões envolvendo amizades.

1940 1963 1962 1941

O Amigo da Vizinhança, como é apelidado, não poderia ser mais diferente dos heróis tradicionais. Peter Parker, que está por baixo da máscara, é um adolescente tímido, com poucos amigos e cheio de responsabilidades comuns. Após estrear na revista Amazing Fantasy, o Homem-Aranha se estabeleceu como um personagem simples, mas complexo emocionalmente. Em vez de lidar com grandes ameaças mundiais, se preocupa mais em proteger os cidadãos de Nova York dos perigos do cotidiano.

Foi na revista argentina Primera Plana que o mundo conheceu essa sagaz garotinha, criação do cartunista Quino. Curiosa, Mafalda vive questionando e comentando política e economia de maneira racional e empática. Suas tirinhas em jornal permitiram que os temas ganhassem abordagens diferenciadas e acessíveis, estimulando a re exão a partir de um olhar infantil, porém muito coerente.

A origem da super-heroína mais popular da DC foi na revista All Star Comics, mas no ano seguinte a Princesa Diana já passou a estrelar histórias próprias. Essa amazona se tornou um símbolo do poder feminino, com uma mulher abraçando seu lado guerreira e enfrentando o caos em um cenário e numa época de domínio de heróis do gênero masculino.

A personagem de quadrinhos brasileira mais famosa mundialmente foi resultado da imaginação de Mauricio de Sousa. Mônica é líder de uma turma que hoje soma centenas de nomes, incluindo Cebolinha, Magali, Cascão e Chico Bento. Com o coelho Sansão e suas temidas coelhadas, mostra que não leva desaforo para casa e que é importante combater o bullying. Ainda assim, conquista leitores com sua doçura e sensibilidade, parte fundamental das revistinhas há gerações.

1947 1952 1959

MINDUIMMINDUIM

Inicialmente intituladas Li’l Folks e atualmente conhecidas como Peanuts por todo mundo, as histórias de Charlie Brown e sua turma foram o maior sucesso das tiras diárias de jornais. O humor desses quadrinhos, onde eventualmente nasceu o amado cãozinho Snoopy, sga leitores pelas re exões profundas em poucas palavras. Essa simplicidade, junto com os traços marcantes, une tanto crianças quanto adultos, sobrevivendo bem às mudanças do tempo.

GARFIELDGARFIELD

Fã de lasanha e de um bom cochilo, o gato mais preguiçoso dos quadrinhos se estabeleceu nas tiras de jornal e já se aventurou nas animações e lmes com atores de carne e osso. Gar eld, conhecido por suas falas sarcásticas, lida com situações do cotidiano, esnobando o seu dono e o colega canino.

ASTROBOYASTROBOY

Muito antes de virar desenho animado e lme live-action, Astro Boy nasceu como um mangá, no Japão. Criação de Osamu Tezuka, este androide com coração humano ganhou fama pelo mundo com sua empatia e design marcante, incluindo os olhos grandes e traços arredondados.

AS TARTARUGAS

NINJA

Esse grupo de guerreiros vive no esgoto, mas não está por baixo. A primeira edição da revista Teenage Mutant Ninja Turtles trouxe Leonardo, Donatello, Michelangelo e Rafael, inicialmente em preto e branco, e seu marcante estilo underground

As Tartarugas Ninja, imersas em ação e paródias, se tornaram um verdadeiro fenômeno cultural.

ASTERIXASTERIX

Ambientadas em uma vila ctícia na antiga Gália, hoje parte da França, as aventuras deste pequeno guerreiro são tomadas por críticas culturais sobre temas universais. Asterix estreou na revista francesa Pilote e migrou para tirinhas de jornal, seriados e lmes.

SCOTT

PILGRIM

O criativo Bryan Lee

O’Malley escreveu e desenhou as divertidas histórias desse garoto nerd que misturam mangá e traços com estilo indie ocidental. As graphic novels, repletas de referências a jogo e cultura pop, trazem as lutas do protagonista contra os ex-namorados malignos da garota por quem está apaixonado.

MILESMORALESMILESMORALES

Ele estreou na revista Ultimate Fallout, da Marvel, e deu vida a uma versão inédita do Homem-Aranha, com uma personalidade totalmente diferente e um estilo sem igual. Miles Morales, um adolescente negro e latino, é mais expressivo que Peter Parker e ajudou a ampliar a diversidade no mundo dos heróis, trazendo uma pegada ainda mais moderna.�

Se você está por dentro das redes sociais, já deve ter se deparado com vídeos viralizados de personagens famosos, ou animais gigantescos no meio da sala de alguém, ou até mesmo deve ter experimentado um ltro que adiciona orelhas de cachorro a sua imagem. Desde transformar o fundo da gravação até a troca da cor do cabelo, existe uma tecnologia que faz tudo isso ser possível: a realidade aumentada (RA).

Um dos exemplos dessa técnica que mais fez sucesso nos últimos tempos foi o aplicativo “Pokémon Go”. Inspirado no icônico desenho japonês, o jogo transforma os usuários em caçadores, misturando o mundo real com o virtual. As criaturas apareciam na rua, no pátio da escola e até mesmo no meio da cozinha, e era preciso capturá-las e adicioná-las à sua coleção. O sucesso foi imediato e rendeu cerca de 130 milhões de downloads no primeiro mês.

Além de utilizar uma gura adorada por muitos, a ferramenta também chamou a atenção por mostrar que a tecnologia pode transformar o cotidiano em uma aventura.

Mas como isso é possível?

Unindo elementos virtuais com o ambiente físico, o ltro cria experiências divertidas, mudando a forma como podemos interagir com o “mundo real”. A tecnologia é relativamente simples e utiliza diferentes algoritmos para processar as informações. O primeiro passo é analisar a cena, enxergando o que está ao seu redor e reconhecendo os objetos e rostos. Em seguida, o software calcula os pontos onde o elemento digital será aplicado, assim, o aparelho combina a imagem que a câmera está capturando com o efeito, resultando nos objetos se sobrepondo em tempo real — o ltro acompanha os movimentos registrados, é possível mexer o celular ou a cabeça e o efeito irá acompanhá-lo.

Como é necessário um dispositivo com um bom hardware para que o ltro funcione, é comum que em alguns casos não que perfeito, deixando aquela impressão “bugada”, ou seja, um objeto fora do lugar ou a imagem piscando estranhamente. O aprimoramento da inteligência arti cial está se tornando um aliado nesse processo, já que consegue identi car mais rápido os detalhes da cena e torna o ltro mais preciso.

A realidade aumentada é utilizada para treinar cirurgias, estudar órgãos e guiar procedimentos mais delicados.

Assim como no caso anterior, diversos clientes e decoradores utilizam a ferramenta para visualizar móveis e objetos em espaços na casa, testando diferentes tamanhos, estilos e cores.

Apesar de ser sucesso nos vídeos das redes sociais e no mundo dos jogos, essa tecnologia é aplicada também em diferentes segmentos:

Apesar das compras virtuais facilitarem a vida de muitas pessoas, ainda há aqueles que se sentem inseguros em adquirir um produto sem saber como ele iria car no corpo ou no rosto. Por isso, a RA permite que você “experimente” roupas, maquiagens e óculos apenas com o uso da câmera.

Com essa tecnologia, professores e estudantes podem interagir com o conteúdo, que transforma as guras vistas em livros e aplicativos em modelos 3D, como imagens do corpo humano ou de animais, por exemplo. Também é possível fazer visitas virtuais a museus.

Algumas práticas se tornaram mais seguras após a criação de testes em simulações digitais. Alguns carros também já são equipados com a tecnologia, que auxilia na hora de estacionar o automóvel, por exemplo.

Por terem nomes parecidos, é comum que as pessoas confundam essas duas tecnologias. Apesar de terem algumas funções semelhantes, elas funcionam de maneira diferente. Saiba como: Enquanto a RA mistura os ícones digitais com o ambiente real, a RV cria um mundo totalmente virtual e não depende do que está ao seu redor. Com aparelhos digitais, como celulares e tablets, já é possível utilizar o ltro da realidade aumentada. Já para ingressar na realidade virtual, é preciso de óculos ou capacetes especializados. �

DESCOBRINDO FÓSSEIS NO BRASIL DESCOBRINDO FÓSSEIS NO BRASIL

Há milhões de anos, gigantescas criaturas percorriam a Terra e dominavam o mundo. Donos de uma imponência incontestável, os dinossauros deixaram um legado que desperta curiosidade até hoje. Com suas histórias gravadas no solo, cada descoberta de fósseis é uma oportunidade de viajar no tempo, desvendar mais sobre os seres e compreender melhor o planeta onde habitamos.

Devido ao grave período de chuvas que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024, pesquisadores do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), encontraram um fóssil de dinossauro do grupo Herrerasauridae, no município de São João do Polêsine.

Estima-se que o dinossauro tenha vivido no Período Triássico, há cerca de 233 milhões de anos, sendo um dos mais antigos do mundo. Com a preservação quase completa do fóssil, algumas características do animal puderam ser observadas: locomoção com as patas traseiras; patas dianteiras livres para manusear presas; comprimento aproximado de 2,5 metros; e dieta carnívora.

Os responsáveis por encontrar e estudar os fósseis são os paleontólogos. Os pro ssionais fazem expedições em busca de vestígios de dinossauros em rochas sedimentares — os locais mais propícios para a preservação dos restos fossilizados.

Durante as escavações, utilizam ferramentas especiais para evitar danos aos materiais. Após a coleta, os fósseis são levados a laboratórios, onde são limpos e preparados para a análise. Nesta etapa, são estudadas suas formas e características para identi cação e comparação com outros vestígios já encontrados, além de se aprofundar mais na estrutura interna do fóssil, como os tecidos e as células.

A duração de todo esse trabalho pode variar de meses a anos, já que alguns fatores precisam ser considerados, como o material rochoso que envolve o fóssil, a qualidade da preservação e os recursos disponíveis.

DINOSSAUROS NO SOLO BRASILEIRO DINOSSAUROS NO SOLO BRASILEIRO

A descoberta do dinossauro é mais um marco na lista na coleção da universidade, já que a região gaúcha é uma das sedes mais importantes para o estudo da origem desses animais. Uma década antes, o primeiro dinossauro completo do Brasil foi coletado lá: o herbívoro Macrocollum itaquii, uma espécie que viveu há aproximadamente 225 milhões de anos.

Foi no Estado que o primeiro dinossauro do Brasil foi encontrado, o Staurikosaurus pricei, na década de 1930. Desde então, novas descobertas foram feitas no país — o território nacional abriga bacias sedimentares de diferentes períodos geológicos, por isso não seria incomum encontrar fósseis por aqui. Não é à toa que algumas das espécies mais antigas foram encontradas na América do Sul.

De acordo com o “Novo guia completo dos dinossauros do Brasil”, do paleontólogo Luiz Eduardo Anelli, 54 espécies foram catalogadas até o lançamento do livro, em 2022. No entanto, estima-se que o número seja ainda maior, já que a realização dos estudos leva tempo.

Se você já assistiu a algum lme da saga “Jurassic Park”, pode ter visto um dos gêneros de dinossauros encontrados por aqui: o Dilophosaurus. A cção não o retratou com uma aparência el à verdadeira — enquanto na obra a criatura era pequena e cuspia veneno, na realidade, o animal poderia chegar a mais de seis metros de altura e pesar até 750 quilos.

Após as primeiras etapas concluídas, inicia-se um processo complexo envolvendo conhecimentos de diferentes áreas da ciência. Um dos primeiros indícios levados em conta faz parte da lei da sobreposição, que explica que fósseis encontrados em camadas sedimentares inferiores são mais antigos do que os encontrados em camadas superiores.

Para determinar a idade com maior precisão, utiliza-se uma técnica conhecida como datação radioativa. Com um aparelho chamado espectrômetro de massa, os cientistas medem a quantidade de certos elementos restantes no fóssil: o carbono-14 é utilizado para datar fósseis de 50 mil a 70 mil anos; para criaturas mais antigas, como as de até 1,25 bilhão de anos, pode-se usar o potássio 40; e os com até 4,47 bilhões de anos, recorre-se ao urânio 238. �

Por que algumas pessoas são canhotas, e outras, destras? Por que algumas pessoas são canhotas, e outras, destras?

Ao fazer um trabalho com um colega de classe, você já reparou que nem todos escrevem da mesma maneira? Para além do estilo da escrita ou da escolha dos materiais, há uma característica que chama a atenção: a mão predominante para realizar as tarefas.

Na maioria dos casos, a mão direita é a usada para escovar os dentes, manusear os talheres, tocar instrumentos e varrer a casa. No entanto, há também aqueles que têm mais facilidade com a mão esquerda — essa inclinação por um dos lados é conhecida como destreza natural, ou lateralidade.

Isso nada mais é que a preferência por um lado dominante do corpo, o que define se alguém é destro (direito) ou canhoto (esquerdo). A parte do organismo que controla os movimentos está nos hemisférios do cérebro: enquanto o direito controla a face esquerda, o esquerdo controla o direito.

Parece confuso, não é? Apesar da estranheza, cada um deles é responsável por cumprir determinadas funções. O direito fica com a parte de sentimentos, criatividade e intuição; já o esquerdo desempenha as tarefas relacionadas à memória, raciocínio, lógica e estratégia.

O motivo pelo qual existe essa diferença no lado dominante ainda é um mistério. O que se acredita é que essa característica é formada ainda na gestação. Mas há também aqueles que nascem com habilidades naturais de ambos os lados, conhecidos como ambidestros — aliás, é possível adquirir essa destreza com muita prática.

Existem pessoas que não sentem dores?

Existem pessoas que não sentem dores?

Parece coisa de super-herói, mas existem pessoas que, de fato, não sentem dor. Antes de imaginar alguém enfrentando perigos sem sequer franzir a testa, vale dizer que essa condição é real, mas está longe de ser uma vantagem. Ela é chamada de insensibilidade congênita à dor (ou analgesia congênita) e é uma condição rara que afeta algumas pessoas ao redor do mundo.

Agora você pode estar pensando: “Nossa, deve ser incrível viver sem sentir dor!” Bom, não é bem assim. A dor, por mais incômoda que seja, tem um papel essencial no nosso corpo. Ela é como um alarme que avisa quando algo está errado ou quando estamos em perigo. Sem ela, o mundo pode ser bem mais perigoso do que parece.

A insensibilidade congênita à dor acontece por causa de mutações genéticas que interferem na comunicação entre os nervos e o cérebro. Normalmente, quando você se machuca, seus nervos mandam um sinal para o cérebro dizendo que aconteceu algo de errado. O cérebro, por sua vez, responde com a dor, que é uma forma de alerta para proteger a área afetada. Nas pessoas com essa condição, essa mensagem não chega ao destino. É como se os nervos fossem um telefone que está fora de área.

Outro grande problema é que essa falta de dor dificulta o diagnóstico de doenças. Imagine que você está com uma apendicite. O primeiro sinal de alerta é a dor abdominal, certo? Pois é, para alguém que não sente dor, essa inflamação pode passar despercebida até que o caso fique muito grave. O mesmo vale para infecções, lesões internas ou até problemas dentários. A dor é como um sinal de que precisamos procurar ajuda médica. Sem ela, as pessoas com essa condição podem demorar para perceber que algo está errado.

Essa condição não afeta apenas a dor física. Algumas pessoas com insensibilidade congênita à dor também têm dificuldade de perceber mudanças extremas de temperatura, o que significa que podem se queimar com água quente ou sofrer hipotermia sem notar.

Atualmente, não existe cura para a insensibilidade congênita à dor. As pessoas que vivem com essa condição precisam de cuidados extras e acompanhamento médico constante para garantir que pequenos problemas de saúde não se tornem grandes complicações. Além disso, os familiares e cuidadores precisam ficar atentos a sinais visuais ou comportamentais que indiquem que algo pode estar errado, já que não podem contar com o alerta da dor. �

Biscoito x bolacha

Para quem está acostumado a chamar de “biscoito”, a justi cativa clássica é que esse é o nome descrito nas embalagens do produto. O termo entrou primeiro na língua portuguesa com a palavra francesa bescuit, que vem do latim bis (duas vezes) com coctus (cozido). Já “bolacha” vem de bulla, bolo em latim, com o su xo “acha” para indicar o diminutivo.

Apesar da briga, os dois termos estão corretos e representam o mesmo alimento. Os Estados que mais costumam falar “biscoito” são Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Já a maioria da população de Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Tocantins prefere usar “bolacha”.

Semáforo

x farol x sinaleira

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o nome o cial do dispositivo é “semáforo”, amplamente utilizado nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. “Farol” deriva do instrumento que emite luz em locais como portas ou a peça dos automóveis e é predominante no Nordeste e no Rio de Janeiro. No Sul, a forma mais popular é “sinaleira”, em referência à palavra “sinal".

Mandioca x aipim x macaxeira

Mandioca, aipim, me e berga Mandioca, aipim, me e berg berga

Se você é ativo nas redes sociais, provavelmente tempos, surgem algumas polêmicas sobre alimentos. Os comentários das publicações defender o termo usado em sua região, o A nal, é biscoito

Assim como a humanidade evoluiu ao está em constante transformação. Seja tecnológicas ou pela necessidade de se vocabulários e expressões são incorporados,

O Brasil é um país gigante, e, com tanta maneiras diferentes de nomear o mesmo

A raiz popular na alimentação brasileira, já cultivada pelos povos originários, recebeu diferentes nomenclaturas ao longo dos anos. De origem indígena, “mandioca” é a maneira mais usada no Brasil, especialmente no Sudeste. Os termos “aipim” e “macaxeira” possuem também in uências africanas — enquanto o primeiro é utilizado predominante no Rio de Janeiro e algumas regiões do Sul, no Nordeste o uso de “macaxeira” predomina.

Tangerina x bergamota x mexerica

A forma mais formal, e até mesmo técnica, é “tangerina”, e é mais usada no Sudeste e no Centro-Oeste. No Nordeste, o nome mais popular é “mexerica”. Já no Sul é “bergamota”, que tem origem no termo francês bergamot, usado para descrever um tipo de cítrico na Europa.

ndioca,mexerica gamota: ndioca,mexerica gamota: mexerica

cada canto do país

provavelmente já percebeu que, de tempos em sobre o modo “correto” de chamar certos publicações se enchem de pessoas tentando o que acaba gerando discussões sem m. biscoito ou bolacha?

longo do tempo, a linguagem também Seja por mudanças culturais, inovações se adaptar a um contexto social, novos incorporados, enriquecendo a variação linguística. tanta diversidade, é normal encontrar mesmo conteúdo. Conheça seis exemplos:

Sacolé x geladinho

O suco ou creme congelado dentro de um plástico é muito desejado nos dias quentes. O nome “sacolé” vem da junção das palavras “saco” e “picolé” e é predominante no Rio de Janeiro e em partes do Nordeste.

Já “geladinho” faz referência ao fato do doce ser congelado, e é usado em São Paulo e em algumas partes do Nordeste e do Sul. Ainda há outras maneiras de nomear o alimento pelo Brasil, como “dindim”, “chup-chup” e “juju”.

A lista é longa

Pão francês x pão de sal x cacetinho

Apesar de não ser verdadeiramente francês, o nome faz referência a um clássico da França: o baguete. É o termo mais comum no Brasil, especialmente em São Paulo, no Paraná e em Mato Grosso. Em Minas Gerais, no Espírito Santo e na Bahia é normal chamar de “pão de sal”. Já o “cacetinho” é exclusividade do Rio Grande do Sul.

Esses foram apenas alguns exemplos da variação linguística no Brasil, mas ainda existe muito mais. Sabe aquele produto que você usa quando quer cobrir uma palavra errada escrita com caneta? O nome é corretivo, mas também é conhecido como “branquinho”, “errorex” ou “liquid paper”. Já a bolinha de gude pode ser ser chamada de “baleba”, “bolita”, “bola de búrica” ou “chimbre”. �

os estudantes participaram de vivências que incluíram a confecção de abayomis (bonecas símbolo da cultura afro-brasileira), o estudo da cultura africana, experiências de Ciências e muita diversão durante o recreio.

EEB EGÍDIO DE BONA SANTA CRUZ

as turmas aproveitaram para participar de diversas atividades, como a colheita no projeto da horta escolar, a Festa da Família, momentos de leitura na biblioteca e em piqueniques, apresentações da fanfarra, estudos sobre a cultura indígena e uma visita ao Museu de Zoologia da cidade.

EEB FRANCISCO HOEPERS SANTA ISABEL

As turmas da Escola participaram de iniciativas voltadas à conscientização e ao combate ao bullying, aos preparativos para o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a experiências na sala de ciências.

EEB PROFESSOR JAKOB ARNS SATURNO

Entre risos e descobertas

Coordenadora

Na Educação Infantil, o tempo tem outro ritmo. Não é o relógio quem manda, mas o brilho nos olhos de uma criança que descobre o mundo pela primeira vez. O correr apressado pelo corredor, a mão pequena que segura um lápis como se fosse varinha de condão, o olhar curioso que pergunta sem palavras: “o que vem depois?” É nesse espaço que me encontro todos os dias. Entre o planejamento e a prática, entre o cuidado e o saber, entre a escuta e o silêncio. Minha função não se mede em papéis assinados ou reuniões realizadas, mas em os invisíveis que costuram professoras, crianças e famílias numa mesma rede de afeto e aprendizagem.

Ser coordenadora pedagógica na Educação Infantil é habitar a delicadeza. É acreditar que o brincar é coisa séria, que o aprender se esconde em gestos simples e que cada criança carrega um universo inteiro dentro de si. Às vezes, caminho pela escola como quem passeia por um jardim. Vejo ores diferentes, cores inesperadas, sementes que ainda não brotaram. Meu trabalho é cuidar do solo, regar, garantir o sol e o vento. O orescer… ah, esse pertence a elas. E assim sigo, entre encantos e descobertas, certa de que a infância é o território mais fértil da educação — e que é um privilégio imenso poder caminhar ao lado de quem aprende a caminhar. �

a b c

Perdido em uma ilha deserta, Jack corria pelas dunas de areia, procurando desesperadamente água potável e comida. Após horas de busca sem sucesso, ele se lembra de que, em um de seus bolsos, tinha algo que poderia ajudar: uma bússola! Orientado pela direção que o objeto apontava, Jack chegou a um oásis, onde pôde finalmente descansar e saciar sua fome e sede.

Mas como ele tinha tanta certeza de que caminhar para onde a bússola apontava seria sua salvação? Isso é simples: o objeto mágico só aponta para o desejo do coração de quem o segura — pelo menos é assim nos filmes da saga “Piratas do Caribe”.

Na vida real, sabemos que não é exatamente assim que funciona, mas historicamente a bússola era o GPS dos navegadores e ajudava a encontrar o caminho de volta para casa. Atualmente não é tão comum vermos esse utilitário no cotidiano, então que tal produzir um guia magnético com materiais que você tem em casa?

Materiais Montagem

Agulha;Copo; 01. 02. 03. 04. Imã;Água; Pedaço de papel higiênico.

Encha o copo de água até transbordar, para que fique bem cheio, e deixe parado por alguns segundos.

Enquanto isso, magnetize a agulha: passe o imã no comprimento do objeto com movimentos em uma única direção.

Cuidadosamente, coloque o pedaço de papel higiênico sobre a água e rapidamente coloque a agulha deitada por cima.

Conforme o papel afunda, a agulha se moverá alinhando com os polos da Terra: Norte e Sul.

No interior do nosso planeta existe uma grande quantidade de ferro que, em conjunto com a rotação da Terra e correntes elétricas, gera um campo magnético nos polos. Sendo assim, quando magnetizamos a agulha e a colocamos sobre uma superfície lisa (a água), ela interage com o magnetismo natural da Terra, funcionando como uma bússola caseira. �

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