SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA
Novo modelo de administrar A primeira mulher a governar o município mostra que é possível fazer uma gestão diferente, voltada para o povo, como obras e serviços básicos, limpeza urbana e pavimentação de ruas
E
m todos os palanques de sua campanha, ou no corpo a corpo pela cidade, por comunidades do interior, a então candidata Janailza Taveira Leite (SD), que fazia sua estreia na política partidária dizia que o melhor para o município é a condição de vida digna para todos. Eleita e sem lançar mão ao proselitismo comum no campo político, tem encarado no decorrer deste primeiro ano de gestão seu jeito de governar, compartilhando os acertos e até eventuais dúvidas com todos os servidores, com a Câmara de Vereadores, e a comunidade. “Não vamos abrir mão da transparência”, diz. Em administração pública é comum em tempos de crise econômica o gestor ou gestora, no início de governo, recorrer ao pretexto de que os primeiros meses são para arrumar a casa. Janailza retruca que “arrumar a casa pode ser muito bom para se trabalhar dobrado, recuperar o tempo que possa ter sido perdido de acordo com a avaliação de cada um”, disse ela à equipe de reportagem no balanço que fez de um ano de governo à frente da prefeitura de São Félix do Araguaia. Vida digna, segundo análise da gestora, passa pela dotação de infraestrutura básica à cidade, de planejamento, de princípios fundamentais de urbanismo e citou como exemplo os 600 metros lineares de asfalto no Jardim Pindorama, depois de muita articulação política em Brasília, passagens por Cuiabá, gabinete do senador José Aparecido dos Santos (Cidinho) (PR) e um empurrãozinho do senador licenciado, hoje ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o empresário do agronegócio Blairo Maggi (PR), para que fosse liberada de início uma parcela de R$ 100 mil para somar à igual quantia de contrapartida da prefeitura local.
66 Edição nº 10 de GENTE Centro-Oeste
Na avaliação da prefeita, o asfalto do Pindorama vai valorizar os imóveis e resgatar condições de saúde aos moradores daquele setor. Estender a malha asfáltica da cidade é um projeto para quatro anos com aplicação mensal de R$ 50 mil dos R$ 180 mil do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) que aportam no município. “Já criamos, inclusive, uma conta Fethab-Asfalto para o depósito mensal e dar sequência de pavimentação a outros bairros, concluir meios-fios, sarjetas em locais onde no período de cheia as águas invadem ruas e casas. Além disso vamos concluir um trecho de 500 metros na via que demanda ao aeroporto. Qualidade de vida pra mim é com asfalto”, diz ela que para esta finalidade teve que comprar uma tonelada e meia de cimento porque tem ainda pela frente os mutirões para a construção de calçadas e garantiu que até o final de 2017 entregaria essas obras, incluindo a principal, a do Pindorama. Conforme os cálculos da
Asfalto que demanda ao aeroporto de São Félix do Araguaia e pavimentação no setor Pindorama. Acima, a prefeita Janailza Tavaira, em seu gabinete
prefeita, São Félix tem 60% de suas ruas asfaltadas e seu propósito, para o final da gestão, em 2020 é de elevar essa meta para 90%, já que a cidade vive sua expansão e, em consequência, surgem novos conjuntos. Janailza não se cansa de dizer que seu foco é asfalto e isto incluiu em sua meta, segundo disse, cerca de 7 km na saída da cidade pela BR-242 que demanda o trecho de 90 km a Alto da Boa Vista, no Contorno Leste e deste, ao eixo da 158. Otimista, diante dos desafios que tem pela frente, ela conta que no final de setembro, numa reunião em Cuiabá, adiantou ao governador Pedro Taques que o trecho de 7 km na 242 “tem tudo pra dar certo, incluindo a disposição dos gestores da empreiteira Destesa” que segundo disse vai executar a obra que já foi licitada em dois trechos: São Félix – Alto Boa - e localidade Luizinho (na 158) pelo Contorno Leste. A licitação foi proclamada em 2014, mas faltaram arestas a serem aparadas como ajuste de valores e licença ambiental.