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Torixoréu: um passo de cada vez

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"Em 2018, com a casa organizada iremos avançar mais", diz Inês Coelho

Numa autoavaliação de seu primeiro ano de gestão, a prefeita Inês Coelho disse que mesmo considerando a crise econômica pela qual passou seu município, “conseguimos manter a dinâmica de uma administração humanizada em relação à saúde pública e mantivemos intacto nosso quadro de servidores, sem demissões, além de fechar com certa facilidade no final do ano as contas da prefeitura”.

Inês avisa que para este ano as expectativas são melhores que as do ano passado e diz que na gestão de seu antecessor, o veterinário Rafael Sá em 2016, “a saúde sofreu um retrocesso porque era inteiramente gratuita e foi de certo modo substituída por um sistema quase privado, coisa que os torixorinos não suportam ter que comprar remédios e outros gastos que são de responsabilidade do município. Por este motivo voltamos ao antigo padrão, enquanto o Fundo Municipal (Fapet) será regularizado até o início de março junto ao governo federal”, frisou. Em tempo, a prefeita disse à reportagem que em data recente o município recebeu máquinas do governo do estado.

O tempo gasto para regularizar o retorno da gratuidade do atendimento de saúde, sua equipe percorreu o interior do município em atenção a cerca de 1.500 km de estradas vicinais (patrolamento e cascalhamento) com parte do aporte mensal da ordem de R$ 60 mil reais do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), a construção e sete pontes, “sem contar a reforma de 80% dos prédios públicos e 20 mil metros de asfalto, enquanto o atendimento no 'Hospital Municipal' é cem por cento pelo SUS, o transporte escolar universitário retornou a ser gratuito 100%”, complementa.

POÇOS

Contudo, a principal demanda existente em Torixoréu, segundo Inês Coelho, é o abastecimento d’água na cidade. O governador Pedro Taques prometeu solucionar o problema numa reunião entre a prefeita e o secretário-chefe da Casa Civil, o deputado licenciado Max Russi (PSB). Serão perfurados dois poços artesianos. O projeto, ao custo de R$ 1 milhão, foi entregue pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) ao governo estadual.

“É preciso ser otimista”, diz a prefeita que numa entrevista à equipe de Gente disse de seus contatos em Cuiabá e Brasília. Na capital da República ela conta com apoio do senador Wellington Fagundes (PR) e dos deputados Fábio Garcia (PSB) e Ezequiel Fonseca (PP) e ressalta que já tem garantido para este ano recursos federais da ordem de R$ 1,5 milhão e estadual R$ 1 milhão, assim que passar a limpo a certidão negativa do Fapet, a Previdência do Município.

Assistência Social promove ações de cidadania

A Secretaria de Assistência Social, através do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), manteve em 2017 várias oficinas de atividades voltadas à comunidade. De acordo com a secretária Paula Fernanda as atividades oferecidas por sua pasta contribuem para o desenvolvimento social de crianças e adolescentes, assim como incentiva o processo de envelhecimento mais saudável para o grupo de idosos no município. Segundo disse, “a nossa equipe está empenhada e desenvolve um trabalho com profissionalismo na aplicação de atividades para que os vínculos familiares não sejam rompidos, mas fortalecidos e promova cada vez mais a prevenção às situações de risco”.

Entre as atividades desenvolvidas pela Secretaria de Assistência Social estão o programa de Hidroginástica e alongamento para idosos e pessoas portadoras de deficiência, forró, natação, equitação para crianças e adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV)e oficina de pintura.

Na página ao lado, a prefeita Inês recebe dos deputados Fábio Gárcia e Max Russi maquinário destinado ao pequeno produtor torixorino. Nesta foto, programa de asfalto em expansão em ruas da cidade

embate politico superado

O início da gestão Inês Coelho foi marcada por elevados confrontos entre Câmara Municipal e prefeitura do município. A situação evoluiu ao ponto de afastamento de vereadores, da própria prefeita que foi impedida de assumir o cargo, entre outros conflitos de ordem política que dividiu a opinião pública local nos primeiros meses de 2017.

O tumulto inicial cedeu à força do diálogo, a busca por interesses comuns em defesa do município. Atualmente, segundo Inês Coelho, sua administração trabalha em sintonia com a Câmara de Vereadores, presidida por Valdemar de Oliveira Alves (Juca do PV) (foto), “algo que busquei desde meu primeiro dia de governo. De todo modo encontramos o caminho certo que é a união entre os dois poderes porque sabemos que quem ganha com isso é a população, além de respaldar nosso trabalho e aumentar a responsabilidade de servir a todos sem distinção de qual seja o credo político”, resume.

mt 100 sem conclusao

Entregue à responsabilidade de empreiteira Sanches Tripoloni, o trecho de 55 km da rodovia MT-100 já era para estar pronto, uma vez que muitos se lembram do pomposo lançamento feito pelo então governador Silval Barbosa, em abril de 2014. Na realidade, apenas 37 km estão asfaltados, enquanto outros 18 km esperam o desenrolar da burocracia, o aporte de recursos para sua conclusão definitiva.

Os pontos críticos ficam para a altura do km 40 onde contornava um assentamento provisório de trabalhadores rurais sem-terra (que foi removido para a Fazenda Eldorado, próximo ao distrito de Vale dos Sonhos, a 62 km de Barra do Garças).

O pé da ponte do Rio Diamantino (a 35 km de Pontal) está em estado precário, sem contar que a ponte sobre o córrego Caixão é antiga, de madeira e oferece riscos, entre outros percursos lastimáveis ao ponto de quem reside ou passa por Torixoréu no sentido Barra do Garças preferir a rota GO-194, de demanda de Baliza a Bom Jardim de Goiás ligada a Barra pela BR158. Um contorno forçado de 81 km.

A Sinfra já se manifestou e prometeu enviar ao local máquinas e homens para amenizar a situação caótica do trecho nesta temporada de chuvas.

Enquanto a situação não se resolve, a prefeitura dá manutenção no trecho para permitir a trafegabilidade. (foto)

RADICAL - A cidade de Araguaiana foi destaque no Programa do Esporte Espetacular no último domingo do ano de 2017. Foram 11 minutos de reportagem da 7ª edição do Quanta Lameira, onde Fernando Fernandes competiu no evento com um jeep adaptado. Ao organizador do evento Getúlio Costa os nossos parabéns, pois em 7 edições, o Quanta Lameira já emplacou 5 vezes como matéria principal do programa esportivo AMANDA - O clã Lopes e Wasconcelos comemoraram em fevereiro o quinto mês de Amanda, filha do casal Pedro Afonso e Alana Lopes, que residem em Salvador, Bahia. Amandinha tem os avós paternos Silva Lopes e Sirlene e, maternos, Rosimeire e Wanderley Wasconcelos. Logo se sabe que a pequena vive cercada também pelo amor dos primos Iara, Arthur, Julia e Kauã, além dos tios Roger e Willy (irmãos de Alana) e Raísa e Weslaine (irmãs de Pedro Afonso). Daí, aniversário todos os meses da pequena que, a rigor, enverga para esta coluna o traje de Mulher Maravilha, por ocasião do carnaval soteropolitano. Bravo, Amandinha!

LÍDER CARAJÁ - O cacique Daniel Koxini Carajá recebeu o prêmio destaque do ano Dom Pedro Casaldáliga, em dezembro no Centro Comunitário Tia Irene, promovido pelo jornal Repórter do Araguaia, com direito a apresentação da cantora e compositora Fátima Leão e que segundo sua organizadora, a jornalista Vanessa Lima, que edita aquele informativo, “reconhece de público a luta do cacique em defesa de seu povo”, um grupo que se divide nos subgrupos carajá, javaé e xambioá que em data pretérita eram chamados de canoeiros na extensão e cercanias do paraíso ecológico Ilha do Bananal. O prêmio resgata ainda, e em justa homenagem, o nome do bispo emérito de São Félix do Araguaia, Pedro Casaldáliga, uma grande voz que se levantou, nos estertores da Ditadura Militar, desde o final dos anos 1960, em defesa de peões, índios, trabalhadores e denunciou com veemência o criminoso trabalho escravo que grassava nos latifúndios espalhados pelos rincões de sua prelazia.

ESCRITOR - Lázaro Gomes com seu livro Longe de Casa, Sonhos e Saudades, relançado em fevereiro, em Barra do Garças. Formado em jornalismo, Lázaro atualmente coordena a Central de Processo Seletivo e o Departamento de Comunicação e Marketing da Faculdade Cathedral (onde trabalha há cinco anos).

ARTICULAÇÃO Deputado estadual licenciado e atual secretário da Casa Civil do governador Pedro Taques, Max Russi tem se mostrado ágil e sobretudo polivalente diante de assuntos de natureza vária que circundam o Paiaguás ou em regiões do estado. Os dias são de contenção e despesa, de ajustes que justificam o zelo com a coisa pública. O democrata Russi está sempre atento e não tem medido esforços para atender a demanda de prefeitos que batem à porta do Governo e faz tudo isso sem avaliar a com partidária de quem quer que seja. Ele ainda não veio a público dizer, mas comentários dão conta de será candidato à reeleição.

NO TRECHO Pai e filho, Ronan de Sá e Henrique Miguel em selfie na ponte sobre o Rio Araguainha na cidade de mesmo nome, (a 170 km de Barra do Garças) na região de Alto Araguaia. Em pauta, esta edição de Gente Centro-Oeste.

Como destruir o ensino superior. Dividi-lo em dois é a receita de Michel Temer

Ogoverno Temer conseguiu em dois anos fazer com que os recursos da educação superior retrocedessem a patamares do que se praticava na década de 90. A precarização toma conta e a denúncia do Sergipe ao Rio Grande do Sul ao longo de 2017 é de sucateamento. Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, afirma: “o processo de desgaste das universidades é um passo importante para o projeto de Temer, já que elas seriam grandes instrumentos de resistência à política subalterna que o golpista quer imprimir ao Brasil”. Estrategicamente, sucatear a universidade é parte do plano de poder e projeto econômico do governo Temer.

Nada acontece por acaso e o governo federal sinaliza cotidianamente que deseja colocar em debate a questão da cobrança das mensalidades. Com anuência do Banco Mundial, em relatório divulgado em novembro sobre administração dos gastos públicos se afirma que “um estudante de universidade pública custa de duas a três vezes mais do que um universitário de instituição privada”. Assim, se pavimenta o caminho de que acabar com a gratuidade da universidade pública representa diminuir gastos. A educação de volta à berlinda, pois está colocada no rol das despesas e não dos investimentos.

Entre muitos exemplos escandalosos, podemos citar a Universidade Federal de Sergipe, que teve de emitir uma nota negando que a instituição fosse suspender as atividades por falta de dinheiro; a UnB, Universidade de Brasília, anunciou déficit de mais de R$ 100 milhões de reais; a Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, demitiu trabalhadores e suspendeu obras em andamento por falta de dinheiro.

Em São Paulo, Geraldo Alckmin reza na mesma cartilha do sucateamento e da privatização. Para o tucanato e os praticantes ardorosos do neoliberalismo selvagem, que vestido de gala, apregoa, insistentemente, a cantilena a favor do estado mínimo, pois que o outro projeto de universidade com mais verbas; uma universidade que esteja a serviço dos trabalhadores e da população está demonizada pelo mercado.

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) até o final de 2017 precisaria de R$ 14 milhões para honrar os compromissos com os pagamentos de custeio (manutenção). De 2014 para cá, em termos orçamentários, a UFMT perdeu 50% dos recursos de capital (para obras e aquisição de equipamentos) e 20% dos recursos de custeio (manutenção, despesas básicas) sem contar a inflação. Segundo a Reitora professora Myrian Serra, “o orçamento aprovado, mesmo sendo defasado, não está sendo li

Nada acontece por berado integralmente”. Os cortes de verba acaso e o governo em algumas Universidades chegam aos federal sinaliza seguintes patamares, segundo a Os dados obcotidianamente que tidos pela GloboNews: Universidade Federal deseja colocar em do Pará - 34%; Fundação Universidade Fedebate a questão deral de Pelotas - 33%; Fundação Universidade da cobrança das Federal do ABC - 31%; Universidade Federal mensalidades. de Lavras - 27%; Universidade Federal de São Paulo - 25%; Universidade Federal de Pernambuco - 23%; Universidade Federal do Rio de Janeiro - 22%; Fundação Universidade de Brasília - 22%; Universidade Federal do Rio Grande do Sul - 20%. Segundo, ainda, os dados obtidos pela GloboNews houve redução nos repasses feitos no primeiro semestre de 2017 em comparação com os períodos anteriores. O presidente da Andifes, Emmanuel Tourinho, que também é reitor da UFPA, afirma que as federais sofrem com redução de orçamento há dois anos, por exemplo, o orçamento de 2017 foi 15% menor para os recursos de manutenção e de 50% em verba de investimento.

Os números não conseguem mentir em vista de que o “orçamento para manutenção e investimento das universidades federais brasileiras caiu R$ 3,38 bilhões em três anos, saindo de R$ 10,72 bilhões em 2014 para R$ 7,34 bilhões neste ano. Houve ainda diminuição de mais da metade dos recursos em investimentos (de R$ 3,7 bilhões para R$ 1,4 bilhão) e de 16% no custeio (de R$ 7,02 bilhões para R$ 5,89 bilhões)”. Com certeza “a ponte para o futuro está quebrada” e a “pinguela para inferno” virou nossa guardiã, basta verificar que a LDO 2018 reserva à educação superior 4,3 bilhões menos que em 2017.

Assim, de forma tão clarividente, se intui que no governo Temer a Educação é prioridade zero negativo elevado a 10ª potência.

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