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Depressão pós-parto, uma doença silenciosa Pesquisas apontam que até 80% das mulheres sofrem de depressão pós-parto. A doença é grave e a mãe precisa de acompanhamento médico, além do apoio da família Por Márcia Casali – Fotos: Antônio Júnior

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ara muitas mulheres, estar grávida é uma experiência única e singular. Um filho não é gerado somente no corpo, pois a maternidade tem início, a princípio, no coração. É comum, principalmente para as mães de primeira viagem, passar horas a fio imaginando como será o rostinho do bebê, a cor dos olhos ou o formato da boca. São momentos intensos para o início da grande caminhada conhecida como maternidade. Mas alguns cuidados essenciais devem ser tomados, não só com a criança, mas em especial com a saúde da mãe. O pós-parto é um período de risco emocional. Geralmente, nos primeiros dias após o nascimento da criança, muitas mulheres sofrem de depressão. Segundo a neuropsicóloga Mariana Wandalsen, a depressão pós-parto é a existência de uma mudança hormonal, o que acaba interferindo em todo processo cognitivo e emocional da mulher. Ela explica que os sintomas mais comuns, como tristeza, irritabilidade, cansaço, insônia e perda de apetite, são problemas que podem durar alguns dias ou meses. “Ao diagnosticar o problema, o tratamento indicado é a psicoterapia e em alguns casos o uso de medicação”, explica Mariana. Ela reforça a importância da família ter o máximo de informações possíveis sobre os sintomas da doença. “Muitas vezes a família, por não entender o que está acontecendo, não dá o apoio que a mulher necessita naquele momento”.

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