Revista Escolar do AEGSP - n° 20

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Junho 2015

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Armando Mourisco - Presidente da Câmara - Entrevista Armando Mourisco, natural de Souselo, licenciado em enfermagem, desempenha, desde 2013, as funções de Presidente da Câmara do Concelho de Cinfães. Fala da terra e das suas gentes com um sorriso e um entusiasmo que traduzem uma ligação e um afeto peculiares. Fala de si e da seu percurso com a serenidade e a simplicidade de quem está de bem com o caminho trilhado, com os outros e com a vida. Uma personalidade acessível e simpática que vale a pena conhecer. Beatriz S.- O Sr. Presidente exerce hoje funções de elevado destaque e de grande responsabilidade, mas já foi um jovem estudante como nós. Como foi o seu percurso escolar e de que forma é que este influenciou a sua situação atual? Presidente da Câmara Municipal de Cinfães - Como os jovens de outros tempos (no meu ainda não havia o ensino pré-escolar, que eu acho que é de primordial importância, para se iniciar o percurso escolar!) e tendo nascido no seio de uma família humilde, e não tendo as condições que existem hoje em dia, aos cinco anos de idade iniciei a primeira classe. Não sei por que razão aos cinco anos, mas sei que foi cedo! Portanto, iniciei a primeira classe, daí transitei para a segunda, depois passei para a terceira e, passados quinze dias de frequentar a terceira classe, enviaram-me para a quarta; não sei como era possível, mas entendo que legalmente o seria, pois na altura dispensaram-me da terceira classe e, portanto, eu, em três anos, fiz quatro! Depois, no meu tempo havia a telescola. O vosso diretor é testemunha disso, porque ele era professor na telescola que eu frequentei. E é curioso, porque era um método de ensino que eu achava interessante; seria interessante também que se pudesse recuperar para o dar a conhecer aos alunos de hoje, mostrando-lhes como era o ensino de antigamente, desde há trinta, trinta e cinco anos atrás, porque é curioso! Eu acho que era um método de ensino eficaz, eficaz para quem tivesse vontade de aprender, obviamente! Todos os métodos de ensino, hoje, poderão ser eficazes, se tivermos vontade! Então, não tínhamos as condições, o apoio nem toda a estrutura escolar como hoje temos, com tantos professores, tantas aulas de apoio, os psicólogos, os assistentes sociais. Nada disso existia, na altura. Fiz a telescola na minha terra natal, Souselo, até ao sexto ano. Depois fui para Castelo de Paiva, porque era o concelho mais próximo da minha freguesia e, na altura, também era tudo custeado pelos encarregados de edu-

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cação, portanto, procuravam ter-se as despesas menores e procurávamos ir para os concelhos mais próximos, para que houvesse custos mais diminuídos e segui, por isso, para Castelo de Paiva, onde fiz todo o percurso do ensino secundário até ao décimo primeiro ano; depois, fui fazer o décimo segundo ano a Penafiel, pois, na altura, nem Cinfães, nem Castelo de Paiva tinham o décimo segundo ano. Fui sempre um aluno aplicado, em certas alturas mais aplicado do que noutras, porque depois, é evidente, chegamos à altura da adolescência e claudicamos mais um bocadinho… e é pena, porque é nesta fase, também a partir do nono ano, que é o ano em que vocês estão agora, que é preciso mais empenho para atingirmos as notas necessárias para entrarmos na faculdade! Eu tinha sempre como objetivo a área da saúde, sobretudo a área da enfermagem! Mas, aquando das candidaturas, (que eram completamente diferentes dos dias de hoje; eu, sinceramente, já não tenho bem memória de como as coisas eram feitas, mas sei que tinha algo a ver com médias aritméticas: uma percentagem com as médias do décimo segundo ano e outra com os testes psicotécnicos, se não me falha a memória!) sei que entrei em engenharia civil, na Universidade de Coimbra, e não segui, porque não estava satisfeito (não era quilo que queria)! Concorri, então, à Escola de Enfermagem de Viseu e, infelizmente, por motivos de saúde, porque fiquei internado no Hospital de Santo António, no Porto, não pude entrar nesse ano! Voltei a concorrer no ano seguinte e lembro-me perfeitamente que éramos cento e cinquenta candidatos, para vinte e cinco lugares! Fiquei em quinto e entrei! Entrei e conclui o curso, na altura era de três anos, e conclui-o com uma média de quinze valores. Também me lembro que fui o segundo melhor do curso e sempre com um objetivo: o de regressar às raízes e vir trabalhar para Cinfães. Para vocês terem a noção de como era fácil arranjar emprego, posso dizer-vos que eu conclui o curso numa sextafeira do mês de dezembro, (era uma sexta-feira treze, por isso é que eu gosto das sextas-feiras treze, acho que


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é um dia de sorte!) e se quisesse, na segunda-feira seguinte, começava a trabalhar! Mas preferi descansar até final de dezembro e, então, no dia dois de janeiro de 1992, se não me falha a memória, comecei a trabalhar precisamente em Cinfães! Não foi fácil fazer o curso, porque Viseu ficava a cem quilómetros da minha terra e a única ligação que existia era a de Cinfães - Castro Daire; havia um autocarro que saía daqui por volta das cinco, cinco e um quarto, cinco e meia da manhã, e ia até Castro Daire, com todas as dificuldades que tínhamos, de inverno, a passar a Serra. Depois, tinha que apanhar outro autocarro de Castro Daire para ir até Viseu. A Escola de enfermagem de Viseu ficava do outro lado da cidade em relação à estação de camionagem, e eu tinha que fazer cerca de mais de dois quilómetros a pé, desde a estação de camionagem até à minha escola. Fazia esse percurso a pé para poupar o dinheiro do táxi, carregado com um saco enorme, onde, numa parte do saco, levava a roupa para a semana toda; a meio, levava as fotocópias (porque não tínhamos livros!) e as pastas que trazia durante o fim de semana para estudar; do outro lado, levava as batatas e a carne para cozinhar à noite, porque à hora do almoço teria que me desenrascar a comer alguma coisa por lá, pois não tínhamos cantina escolar. Portanto, com aquele saco enorme, tinha de fazer o percurso desde a estação de camionagem até à escola, e essa era a minha vida de todas as semanas. Como é que eu ia? Acontecia outra coisa, como o autocarro da ligação de Castro Daire a Viseu nunca chegava a tempo de frequentar as primeiras aulas da manhã, eu tinha que me desenrascar a apanhar boleias! Então, a minha preocupação, quando vinha à sexta-feira, era a mesma! Na Avenida da Bélgica, punha-me a pedir boleia até Castro Daire, e depois pedia boleia de Castro Daire até Cinfães! Como é que eu me desenrascava? O fim de semana passava-o à procura de alguém que fosse para Viseu ou para Castro Daire na segunda-feira de madrugada. Na altura, havia muitos camiões que passavam para a zona de Moimenta da Beira, Tarouca e que vinham buscar areia a Escamarão . Eu comecei a ganhar conhecimento com os camionistas e eles marcavam-me a hora, na segunda-feira em que passavam na minha terra, vindos de Escamarão. Às vezes, eram duas ou três da manhã, e eu lembro-me que a minha mãe acordava-me e eu dizia : “Ó mãe, ainda agora me deitei e já tenho de me levantar?”. Eu vinha muitas vezes à boleia nos camiões de areia até Castro Daire e lá, às vezes às quatro da manhã, tinha que esperar até às seis, seis e meia, até que chegasse o primeiro autocarro que me levava para Viseu.

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Na altura de inverno, era preciso estar bem agasalhado. Costumava usar uma mitra para me agasalhar, enfim, o que eu até gostava! Outras vezes apanhava boleia, porque havia o comércio, sobretudo na zona baixa do concelho, donde eu sou oriundo; esses comerciantes vendiam colchas e atoalhados, e eles também me davam boleia. Eles saíam às cinco da manhã e iam, muitas vezes, para a zona de Viseu. Havia também muito pessoal da construção civil; andavam a fazer a barragem da Aguieira, em Santa Comba Dão, e também apanhava boleia neles; outras vezes, apanhava boleia nos carros que iam buscar os frangos e as galinhas aos aviários do Caramulo, de Santa Comba Dão e de Tondela. A minha vida, durante dois anos e meio, foi seguramente esta! Só nos últimos seis meses é que consegui com que o meu pai, de longe a longe, me emprestasse o Fiat 127 que tinha, para eu fazer esta deslocação! Esta foi a primeira parte da minha formação, desde o ensino primário até à minha formação em enfermagem. De seguida, no dia 2 de janeiro de 1992, vim para Cinfães e, ao fim de um ano, tive que interromper o trabalho para fazer também o meu percurso militar (mesmo contra a vontade, pois custou-me ter que largar o meu trabalho!) e, numa segunda fase, fui concluir o meu percurso académico também noutra escola, também para ter acesso a outro nível de formação! Rafael C. - Que motivações é que o levaram a enveredar pela política? Que vontade é que sentiu e que qualidades acha que possui para conseguir levar o Concelho para a frente? Presidente C.M.C.- Eu acho que a grande motivação foi, sobretudo, o contacto com as pessoas que a minha profissão me permitiu ter! Aquilo que eu há bocado referia! Durante cerca de 23 anos, a minha vida foi passada em contacto direto com as pessoas!


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Eu, depois, concluí o meu percurso académico na Escola Superior de Enfermagem de S. João, no Porto, onde estive mais um ano a fazer a minha licenciatura. Tive aqui, entretanto, um interregno no meu percurso profissional aqui, em Cinfães, para ir cumprir o serviço militar. Entretanto também fiz formação no INEM e, portanto, também me tornei Enfermeiro em emergência, por isso, acho que a minha motivação para a política adveio, em primeiro lugar, do contacto com as pessoas, contacto esse que mantive toda a vida! Assim, a necessidade de resolver o problema das pessoas, que senti com a minha atividade profissional; o problema básico de saúde, e fui-me apercebendo, também, das necessidades básicas de vida ! Por outro lado, também o contacto que toda a vida tive com o associativismo, porque estive ligado a várias associações e, portanto, tive sempre o gosto pela participação cívica! Depois, o meu pai também incutiu em mim essa vontade de participação cívica! O meu pai era socialista e, embora não fosse político - nunca o vi participar em listas partidárias, nem ser militante do partido - era um indivíduo com opinião! Eu, desde muito jovem, acompanhei a atividade politica e partidária e tinha também a minha opinião, as minhas convicções, as minhas ideias, mas era sobretudo a participação cívica e a vontade que tinha em tentar melhorar a vida das pessoas e a vida da minha terra, que me levaram a participar nisso! Até que, em 2001, fui desafiado a concorrer à Junta de Freguesia de Souselo, e aceitei esse desafio. Era, na altura, uma luta difícil! Mas correu bem e, a partir daí, fui congregando, as pessoas foram reconhecendo o trabalho que fiz durante dois mandatos na minha freguesia, e foram as pessoas do Concelho, ligadas à atividade associativa e política que macabaram por me “empurrar”, por assim dizer, para uma candidatura a este cargo. Eu acho que, mais do que as qualidades que possa dizer que tenha, foram os outros que viram essas qualidades em mim! Viram a vontade, sobretudo, de ajudar e contribuir para o desenvolvimento da terra; por outro lado, sobretudo esta proximidade com as pessoas e, depois, as ideias, que fui, ao longo dos anos, demonstrando às pessoas, sobretudo àquelas que também participavam nessa atividade cívica e política. Porventura, terão gostado dessas ideias e ajudaram a defendê-las também como ideias boas para o Concelho! Quiseram, então, que fosse eu o líder desse projeto!

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Inês V. - No exercício das suas funções de Presidente do Município, certamente nem tudo são “rosas” ! Quais são as maiores dificuldades que encontra na concretização do seu trabalho. Presidente C.M.C. - Nós estamos num concelho do interior, com muitas dificuldades nos acessos ao exterior, e isso cria dois níveis de dificuldades muito grandes: primeiro, com falta de investimento não há emprego e com falta de emprego é difícil fixar as pessoas! Essas são as duas grandes dificuldades que nós encontramos: falta de emprego, ou seja e, como consequência, há fuga de pessoas para outros territórios, e até para o estrangeiro, à procura de melhores condições de vida, porque, sem emprego, é difícil fixar pessoas! Desde a minha tomada de posse, sempre abri as portas da Câmara, e continuam abertas para receber toda a gente e para conversar com toda a gente! Acho que essa é a maior função de quem exerce funções públicas: é saber ouvir as pessoas, temos obrigação de as ouvir para termos a perceção exata de quais são os problemas e a realidade deste concelho! Era o desespero das pessoas que as levava a conversarem com o Presidente da Câmara, a pedir-lhe emprego, a contar-lhe as dificuldades que têm na vida. Assim, as duas dificuldades que estão associadas uma a outra é o desemprego elevado e a dificuldade em fixar a população e, desde logo, também fixar população jovem, porque o desemprego é mais elevado entre essa população, em virtude da falta de investimento no concelho. Daí, se repararem, desde que eu entrei na Câmara, as primeiras medidas que foram implementadas foram precisamente viradas para a captação de investimento e para tentar combater o desemprego no concelho, sabendo que não é uma tarefa fácil, porque temos outros concelhos aqui à volta com melhores acessibilidades do que nós , que também tentam fazer o mesmo, mas que é uma tarefa que nós arduamente e diariamente vamos fazendo, numa tentativa de trazer investimento para o concelho, para dinamizar a nossa própria economia. Reparem que, nesta altura, a Câmara, se puder comprar no concelho, não compra fora, não manda fazer fora, precisamente pra ajudar a economia do concelho e ajudar a fixar as nossas empresas, para ajudá-las a crescer, ajudá-las a criar postos de trabalho, a criar riqueza. Fui tentar, através da chamada diplomacia económica, rentabilizar programas de apoio à economia e ao emprego, apesar das dificuldades da estrada daqui para fora, fui tentar atrair investimento para o concelho. Para atrair investimento é preciso criar condições para os empresários com regulamentos, criando as linhas de apoio, criando ainda outra coisa que é fundamental, que é um grande desafio para vós jovens, é que hoje, para termos emprego, temos que estar muito qualificados! Com esta diplomacia económica, fui falar com os empresários, fui apresentar as nossas ideias, fui apresentar os nossos projetos, fui apresentar os nossos regulamentos, as nossas


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propostas, porque nada cai do céu! Andei milhares e milhares de quilómetros, mas ao mesmo tempo trouxe os Centros de Formação, criei protocolos com o Instituto de Emprego, com o Centro de Formação de Calçado, para qualificar a nossa mão-de-obra. Sem mão-de-obra qualificada, ninguém vai a lado nenhum e este é o desafio que vos espera a todos ! Hoje, com o mundo competitivo que temos, só quem for bom é que vai ter a sua janela de oportunidade! Esse é o desafio que é, para mim, para a vossa professora, mas para vós jovens, sobretudo, é este o grande desafio! Temos que ser bons na nossa escola, no dia-a-dia! Todos os dias nós temos que ser melhor que o outro, mas sem entrar em guerras desleais! (…) Neuza C. - Tem algum grande sonho para o nosso concelho? Qual ou quais? Presidente C.M.C. - Tenho, eu tenho o sonho de Cinfães, daqui a alguns anos, ser um concelho de excelência! Que se distinga pela qualidade de vida. Sabemos que nunca vamos resolver o problema de tudo nem de todos, mas que seja, de facto, um concelho ambientalmente de excelência e eu não abdicarei de lutar por isso! Um Vale do Bestança com uma área protegida, o Douro com tantas potencialidades, uma Serra de Montemuro conhecida a nível mundial (e estamos a trabalhar a passos largos para isso, já temos o estudo todo feito!). Não abdicarei de lutar contra atentados ambientais! Um sítio comunitário como a Serra de Montemuro e como o Rio Paiva, uma área protegida como o Bestança, todo o concelho que tem este potencial paisagístico tem que ser protegido a todo o custo! Já se sabe que não se consegue fazer tudo de uma vez, mas é uma luta em que toda a gente tem que insistir. Que este concelho tenha níveis de desemprego aceitáveis, entendo que é impossível ser de outra maneira! Que tenha um turismo de altíssima qualidade e que nos dê a todos nós prazer em viver cá com uma qualidade de vida muito boa! Não precisamos de ser muito ricos, ou não precisamos sequer de ser ricos, mas precisamos é de ter esta alegria, este prazer de estarmos aqui! E quem nos visite vá e volte, vá e volte!

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E diga aos outros que esta é das terras mais lindas que existem! Portanto, isto, para mim, é que é um concelho de excelência! E onde houver focos de pobreza, se existirem agora, é porque eu não os conheço. Porque se me identificarem onde há pobreza (essa existe em todo o lado!), mas se existir miséria, tenho que saber, porque no dia a seguir tem que estar a ser combatida! Miséria não pode existir, e se existir um ou outro caso, é porque é completamente impossível, a não ser pela via judicial de resolver. Eu tenho esse sonho! Agora, há uma coisa que eu também sei, sozinho ou só com a Câmara e a minha equipa, não conseguimos! Nós podemos fazer tudo e mais alguma coisa, mas precisamos de todos! Neste momento, somos 20 427 almas, mais aquelas que vivem cá e são de fora, mais aqueles que nos visitam! Nós somos precisos todos para podermos concretizar este sonho! E, sobretudo, são vocês, jovens, que irão concretizá-lo definitivamente. Vocês é que tem que dar o grande exemplo! João R. - Daqui a umas dezenas de anos, como gostaria de ser lembrado pelos seus conterrâneos? Presidente C.M.C. – É algo difícil de dizer… mas acho que gostaria que dissessem “Era um homem bom”! Era isso que eu gostaria que dissessem quando se lembrassem de mim: “Era um homem bom”…! Beatriz S. - É fácil trabalhar com as escolas ou este é um território nem sempre acessível? Presidente C.M.C. - É muito fácil, para mim é muito fácil trabalhar com toda a gente, e eu tenho um prazer muito especial em trabalhar com as escolas. Quero aqui dizer que não tenho sentido dificuldade nenhuma! Problemas temos sempre e dificuldades temo-las no dia-a-dia, naturalmente, teremos sempre ideias diferentes e não conseguiremos resolver os problemas todos, mas não tenho tido dificuldades em trabalhar com as escolas, com os alunos e tenho um prazer especial nisso! Penso que neste ano e meio, apesar de ainda ser só ano e meio, não tenho tido dificuldades e tenho um prazer especial nisso, embora reconheça que não tenho acedido a todas as solicitações, não tenho resolvido todos os problemas que me levantam…


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Tenho de reconhecer, nunca os resolverei todos, mas tenho sentido um grande diálogo, aqui concretamente, pois estamos a falar desta escola, com esta escola, com o seu diretor, com todos os professores! Tenho um prazer especial em vir cá muitas vezes! Há uma cortesia muito grande e uma simpatia aqui nesta escola! Sou sempre muito bem recebido, tenho convites amiúde e tenho sempre muito prazer em vir cá e, portanto, não sinto dificuldade nenhuma em relação a isso! Rafael C. –Durante as respostas às perguntas, o Sr. Presidente esteve a contar-nos como foram as suas experiências, quais as dificuldades que teve que ultrapassar para conseguir chegar até aqui. Pelas dificuldades que o senhor passou, nós jovens, ainda vamos ter que passar. Posto isto, que mensagens é que pode deixar aos jovens de Cinfães para que um dia venham a ser pessoas e cidadãos ativos e válidos? Presidente C.M.C. – Aquilo que eu tenho a dizer aos jovens é que, primeiro, tenham sempre brio! Ponham sempre brio, ponham sempre o orgulho e a honra naquilo que façam! Em qualquer coisa, seja na escola, seja na vida, seja num clube desportivo, seja na vossa casa, ponham sempre essa honra, esse orgulho e esse brio em tudo o que façam, e isto implica dedicação, empenho, respeito, mas também defesa das convicções e das ideias! Sem trabalho, porque não acredito em milagres, nada se faz! Contei-vos um bocadinho daquilo que foi o meu percurso. Tenho três filhos, portanto, é uma vida que não é fácil! Contei-vos o percurso que não tinha nada a ver com aquilo que foi o vosso início! Não tive pré-escola, não havia computadores, não havia internet, não havia aulas de apoio, não havia apoio psicológico. As escolas não tinham estas condições. Fiz este percurso de telescola, tive que me deslocar para fora da minha terra para fazer o ensino secundário, não tinha os pais com o acompanhamento que hoje os nossos pais, nós hoje, todos damos aos nossos filhos.

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Os professores eram muito mais rigorosos em termos de disciplina; não eram tão simpáticos, nem davam o apoio que hoje vos dão os vossos professores! Fiz o meu percurso académico a nível superior… levantava-me de madrugada, fazia percursos à boleia, tinha que transportar a minha própria alimentação para confecionar eu mesmo, fazia o regresso à boleia… portanto, foi muito, muito difícil. Isso dá-nos experiência de vida, dá-nos maturidade, mas, sobretudo, é com trabalho que conseguimos os nossos objetivos. Portanto, trabalho, empenho, dedicação, brio, honra, vaidade naquilo que fazemos e respeito, sem abdicarmos de defender as nossas ideias e as nossas convicções! E uma última palavra para vós: tenham sempre muito orgulho e muita honra em serem de Cinfães! Não deixem de dizer de onde são! Somos de Cinfães e temos muita honra e muito orgulho disso! Entrevista preparada e conduzida pelos alunos: Beatriz Sequeira – 9ºC Inês Vasconcelos – 9ºC Neuza Cardoso – 9ºC Rafael Carvalho – 9ºC João Resende – 9ºC (Supervisão: Profª Helena Santos Duarte)



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Entrevista às Professoras Irene e Dalila

No intuito de ficarmos a conhecer um pouco melhor as pessoas que dedicaram parte das suas vidas à nossa escola, decidimos entrevistar a professora Irene e a professora Dalila.

Alunos - Boa tarde, senhoras professoras! Podem dizer -nos o vosso nome completo? Prof.ª Irene - Boa tarde, filhinhos! Eu chamo-me Maria Irene Pinto Dias Andrade. Prof.ª Dalila - E eu, Dalila Marques Pinto Cardoso Teotónio, queridos. Alunos - Querem dizer-nos o que as levou a escolher a vossa profissão? Prof.ª Irene - Desde muito novinha, senti-me atraída pela docência, e tal deveu-se à grande admiração e amor que nutria pela minha professora (sentimentos que os meus pais me ajudaram a construir), ao carinho que sentia pelas crianças, que são seres puros, ainda sem a malícia dos adultos, mas permeáveis à influência que estes exercem sobre elas. Eu julgava ser capaz de ajudar a formar cidadãos responsáveis, interventivos e respeitadores dos valores morais, pois o professor tem a dupla função de educar e ensinar. Prof.ª Dalila - No meu caso, sempre quis ser professora. Sempre pensei nos outros e em ajudá-los, em particular as crianças. Também os meus pais me influenciaram, e bem, pois tinham todo o orgulho em que eu fosse professora, atendendo a que, nessa época, era uma profissão muito prestigiada e valorizada. Veio a revelar-se uma ótima opção, pois fui muito feliz na minha carreira. Alunos – Que formação era então necessária para se ser professor? Professoras - Era necessário possuir o 5.º ano dos liceus (atual 9.º ano) e de seguida tirar um curso específico para lecionar o 1.º Ciclo, o Curso do Magistério Primário. Recebíamos formação em várias áreas, desde a Pedagogia, Didática, Português, Matemática, Expressões, Psicologia, Sociologia, Formação Cívica… não faltava a prática pedagógica incorporada. Alunos - Podem dizer-nos quando começaram a dar aulas?

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Prof.ª Irene - Somos do mesmo curso, concluído em 1976, tendo iniciado funções no ano letivo de 1976/77, eu com 17 anos e a professora Dalila com 18 anos. Alunos - Trabalharam em muitas escolas ao longo da vossa vida? Prof.ª Dalila - Eu lecionei durante 38 anos, 13 dos quais no 1.º Ciclo, em Tarouca, Campo da Besteiros/Tondela, Resende e Cinfães; 23 anos na Telescola/Ensino Básico Mediatizado, em Alhões e Meridãos, e 2 anos como Coordenadora da Educação Especial (ECAE – Equipa de Coordenação dos Apoios Educativos), no Agrupamento de Escolas de Cinfães. Prof.ª Irene - Também eu lecionei ao longo de 38 anos e, à exceção do ano letivo 1977/78, todos eles ao serviço de escolas deste concelho de Cinfães. 18 anos foram dedicados à escola do EBM/Telescola de Covelas, o que foi uma experiência enriquecedora; os restantes foram todos prestados em escolas do 1.º Ciclo. A primeira escola em que trabalhei foi a de Mourilhe. Os últimos 8 anos e 3 meses de serviço tive o gosto de os dedicar a esta comunidade escolar de Tuberais, e foi com grande prazer que o fiz. Houve 2 anos que, além de lecionar na escola de Ferreiros (escola onde trabalhei 10 anos), acumulei funções, num deles, na escola de Pimeirô e, noutro, na escola de Ruivais. Alunos - O que consideram mais importante na vossa profissão? Prof.ª Irene - Para mim o mais importante de tudo é a relação de afetividade que se estabelece entre o professor, os alunos e as suas famílias. É ser “pai e mãe” dos meninos que nos são confiados por progenitores que acreditam na nossa capacidade como educadores e formadores. Ser professor é um constante desafio, pois não se pode utilizar uma regra igual para todos os alunos, visto que cada criança é um ser único, com diferentes características, interesses, sentimentos, vivências, habilidades e necessidades de aprendizagem! Prof.ª Dalila - O mais importante é poder desenvolver nos alunos competências para que eles possam chegar mais além e contribuir para que possam realizar os seus sonhos. Trabalhar o desenvolvimento harmonioso dos alunos, com vista à superação dos obstáculos que possam encontrar ao longo da vida, edificando gerações felizes. Para mais facilmente atingir estes objetivos, fiz o Complemento de Formação/Licenciatura, no Instituto Jean Piaget de Viseu. Alunos - São capazes de nos contar algum acontecimento que vos tenha marcado? Prof.ª Dalila - No ano de 1980, solicitei aos alunos do 2.º ano de escolaridade que elaborassem uma composição sobre a profissão que gostariam de ter. Qual não é o meu espanto ao ler as mesmas e verificar que um dos alunos queria ser professor para ser meu colega! Achei maravilhoso!


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Alunos - São capazes de nos contar algum acontecimento que vos tenha marcado? Prof.ª Dalila - No ano de 1980, solicitei aos alunos do 2.º ano de escolaridade que elaborassem uma composição sobre a profissão que gostariam de ter. Qual não é o meu espanto ao ler as mesmas e verificar que um dos alunos queria ser professor para ser meu colega! Achei maravilhoso! Prof.ª Irene - Acho que vivi intensamente a minha profissão. Tenho ótimas lembranças e experienciei algumas situações que me comoveram e me ensinaram que as dificuldades nos fazem dar mais valor às coisas. Foi o que aconteceu com uma aluna proveniente de uma família rural, com parcos recursos económicos. Ela era a mais velha de quatro irmãos, pelo que diariamente tinha de tratar dos irmãos, lavar roupa, preparar refeições… Porém esta menina, que realizava os “trabalhos de casa” no monte, enquanto guardava o gado, sempre os realizou com muito empenho e perfeição, ficando, quem não conhecesse a sua vida, convencido de que ela tinha as melhores condições para realizar as suas tarefas escolares! Esta menina é um exemplo de vontade e tenacidade para todos nós! Alunos - E lembram-se de algum episódio divertido que se tenha passado nas vossas aulas? Prof.ª Dalila - Lembro-me perfeitamente. Em Tondela, tinha eu 18 anos e os meus alunos tinham idades compreendidas entre os 13 e 15 anos, na 5.ª e 6.ª classe (agora 5.º e 6.º ano). Um dos rapazes de 15 anos, aparentemente apaixonado por mim, fazia-me declarações de amor em poesia, através de vários versos. Foi muito divertido e apaixonante! Prof.ª Irene - Vêm-me à memória algumas situações, mas destaco uma, em especial. Há já vários anos, depois de ter explicado detalhadamente a evolução dos meios de comunicação, perguntei a um aluno, com boas capacidades intelectuais, mas bastante distraído, como comunicavam entre si os homens primitivos, ao que ele me respondeu que os homens primitivos não comunicavam, guardavam segredo! Foi risada espontânea e geral! Alunos - O que mudou no ensino desde que começaram a trabalhar até ao momento em que passaram à aposentação? Professoras - Ao longo dos 38 anos de docência vivenciámos várias reformas educativas que pretenderam acompanhar as alterações sociais. Fomo-nos adaptando às mesmas através da formação contínua, evoluindo enquanto seres humanos e enquanto profissionais, sempre com o objetivo de darmos o nosso melhor contributo na formação integral dos nossos alunos. No início o ensino estava mais virado para a memorização, em que o

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professor era o único detentor e transmissor do conhecimento. Atualmente privilegia a aprendizagem pela experimentação e compreensão, dá lugar à criatividade e à participação ativa dos alunos na sua própria aprendizagem. A utilização de meios audiovisuais, veio ajudar a provocar alterações na forma de ensinar. A escola já não é um espaço fechado e triste, mas sim um lugar de prazer e de aprendizagem! Alunos - Como sentiram o momento em que oficialmente deixaram o ensino? Prof.ª Dalila - Sinto-me muito bem! Saboreio a sensação do dever cumprido, realizada e apta a disfrutar da despreocupação e do tempo de lazer que me é dado por direito. Prof.ª Irene - Tal como a professora Dalila, também eu tenho a consciência tranquila por ter cumprido sempre o meu dever. Ao receber o despacho da aposentação, senti um grande alívio por me desligar de toda burocracia e pressão que envolvem esta profissão (que arriscava manter por mais 11 anos). Mas as saudades e a tristeza, por deixar a minha turminha, avassalaram-me. Pode-se dizer que experienciei sentimentos contraditórios! Alunos - Como ocupam, agora, o vosso tempo? Prof.ª Irene - Agora já tenho mais tempo para dispensar à família, em especial aos meus netos, a quem muitas vezes preteri em favor dos meus alunos e da minha escola, muito para além daquilo que era minha obrigação. Já consigo deitar-me mais cedo, visto que já não há aulas para preparar, trabalhos para corrigir, fichas para elaborar… Dedico mais tempo aos amigos, à casa e à jardinagem. Como sabem, algum desse tempo também é utilizado para vos visitar e mitigar saudades! Prof.ª Dalila - Eu ocupo o meu tempo em casa, na jardinagem, com a minha família, com os amigos, com a leitura, a viajar, a descansar e no Voluntariado. Na vertente do Voluntariado, faço parte da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Cinfães e dou aulas de iniciação à Língua Inglesa, aos alunos do Jardim de Infância (crianças entre os 3 e os 5 anos) da mesma Santa Casa da Misericórdia. Ao serviço da referida Mesa Administrativa, juntamente com os demais elementos, tenho como competências administrar, deliberar e colaborar em prol do bemestar físico e psicológico de alguns elementos da sociedade, e para que nada falte aos bebés, crianças, jovens, doentes, idosos e todas as pessoas que mais necessitam. Alunos - Senhoras professoras, damos por terminada esta bela entrevista, não sem lhes agradecermos a vossa disponibilidade e boa vontade. Professoras - Foi com muito gosto e sentindo-nos honradas pela vossa curiosidade que respondemos carinhosamente a tudo o que quiseram saber. Queremos desejarvos as maiores felicidades e muito sucesso para o vosso futuro. Esperamos que consigam concretizar os vossos sonhos e objetivos, assentes no trabalho, na dedicação, na humildade, na tolerância, na compreensão, amizade e no altruísmo. Bem hajam! Escola EB1 de Tuberais


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Reviver o Passado - Uma Aula Diferente No passado mês de abril, comemorou-se, mais uma vez, a “Revolução do dia 25 de abril”, dia da liberdade! Enquanto abordávamos este tema numa das aulas de Educação Cívica e Ambiental, eis que surgiu a ideia de convidar alguém especial E assim foi… Um dia antes do 25 de abril, a nossa turma recebeu a visita de um testemunho real, o professor Albérico Camelo, avô de um aluno da turma, que nos proporcionou uma aula diferente! Ele esteve presente na guerra colonial, em 1974, ainda antes da revolução, e contou-nos algumas experiências que passou na Guiné Bissau. A guerra colonial foi a guerra entre Portugal e as suas colónias. As colónias lutavam pela sua independência e Portugal pela defesa do que consideravam território nacional, podendo assim explorá-las. O senhor professor começou por contar-nos que foi para a guerra apenas com vinte e dois anos, para substituir um colega, perante as ordens do Serviço Militar Obrigatório e de Salazar. Quando lá chegou, teve sorte porque, enquanto esperou pela coluna militar, lutou muito para não ir para o mato e, também pelo facto de já ter uma licenciatura, conseguiu ficar em Bissau, na parte administrativa, não sentindo tão de perto a guerra! O professor fez vários exames aos militares, porque era obrigatório que todos saíssem da tropa com a 4ª classe. Nesta altura, aproveitou para nos alertar de que é preciso ter espírito de luta para alcançarmos os nossos objetivos! As tropas portuguesas combatiam contra o P.A.I.G.C (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), que eram as tropas que lutavam pela independência. Uma das histórias que nos contou foi que numa das rondas, a meio da noite, os militares repararam que uma dona de casa estava muito agitada, pois era o dia do marido a vir visitar. Isto porque a cultura dos “Negros” era que quantas mais mulheres os homens tivessem, mais importantes estes eram. Falou-nos também do Movimento Nacional Feminino (M.N.F.), que consistia num grupo de mulheres que arranjavam vários benefícios para os militares. Destacavam-se a existência dos aerogramas, que permitiam a comunicação entre os militares e as suas famílias e vice-versa, sem qualquer custo, e as madrinhas de guerra. Tratando-se de uma guerra, há sempre situações imprevistas! E foi também um pequeno incidente que aconteceu nessa altura com este militar, que podia ter corrido mal! Foi colocada uma bomba na sua secretária (seu local de trabalho) que acabou por explodir, embora, felizmente, não tenha atingido ninguém, uma vez que os militares já tinham saído do Quartel General. Na altura da revolução do 25 de abril, as tropas ainda permaneceram lá vários dias, à espera de ordens, até que voltaram, negociando-se assim a independência das colónias. E o senhor professor terminou com um: VIVA O 25 DE ABRIL! Foi uma visita muito pedagógica, pois aprendemos que um capítulo da vida de alguém pode ser uma verdadeira aula de história, contada por alguém que viveu esses momentos!... A turma do 6ºA, em articulação com Educação Cívica e Ambiental e História e Geografia de Portugal REVISTA

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Para mim, a liberdade é... “…poder exprimir as nossas opiniões, sem que nos digam o que temos que pensar e dizer. Na minha opinião, deve haver liberdade de expressão, pois devemos partilhar com os outros as nossas ideias, porém há limites! Não devemos desrespeitar os outros, tendo sempre obrigações de cidadão.”

“ …poder fazer o que quisermos ou dizer o que achamos, mas sempre com consciência das nossas ações.” Guilherme Madureira, 6ºA

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“ podermos dizer o que pensamos, mas tendo consciência do que estamos a dizer; não ficarmos calados e não termos medo.” Ricardo Severino, 6ºA

“…podermos fazer e dizer o que queremos, mas com limites.” Leonor Madureira, 6ºA

Maria Dias, 6ºA

“A liberdade é muito importante, pois sem ela não podemos agir como queremos, falar como queremos. Porém, também temos de agradecer a quem tornou isto possível. Miguel Cardoso, 6ºA

Dois Pais Natal em um! Este Natal foi muito divertido e um pouco diferente dos anteriores. Pedi ao “Pai Natal” muita saúde para a minha família, que não faltasse nada nessa noite e, principalmente, que o meu avô estivesse presente nessa quadra natalícia. Pronto, confesso que também pedi um mimo para mim, o diário e microfone da Violetta. Nesse dia tão especial, houve uma surpresa! Eu e a minha prima Beatriz arranjámos um fato de Pai Natal e enfiámo-nos lá dentro. Sim, foi uma grande confusão, mas muito divertido! Houve muitos tropeções e algumas quedas, pois íamos as duas “enfiadas” nas mesmas calças, mas foi muito giro. Entregámos os presentes, inclusive os nossos!! Nessa noite, também houve muitos doces e, sobretudo, convívio e boa disposição entre a família. Só peço que para o ano seja igual – que seja passado ao lado daqueles que mais amo! Bárbara Botelho, nº 5, 6ºA


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O País Celebra Abril

“ Era uma vez um País, onde o pão era contado” Celebrar o 25 de Abril é comemorar uma revolução que pôs fim a 48 anos de silêncio e, como diz Manuel Alegre, “ Silêncio é tudo o que tem, quem vive de servidão”. Foi a coragem de alguns homens, imbuídos de um espírito patriótico que derrubaram um estado fascista, “satisfeito de estar orgulhosamente só”, e de ter um país onde a percentagem de analfabetos ultrapassava os 30%, um país que mandava os seus homens para os piores cenários de guerra, um país cuja taxa de mortalidade infantil atingia valores assustadores, 55 óbitos por cada 1000 nados-vivos com menos de um ano de idade, um país onde aos homens e mulheres não lhes era per-

mitido lutar pela sua dignidade humana e, a palavra exploração era naturalmente aceitável. Mas, numa madrugada de abril e, citando Sophia de Mello Breyner, emergimos da noite e do silêncio e livres habitamos a substância do tempo. “Foram vividos momentos e sensações novas, revestidas, de uma sensibilidade coletiva de partilha, de tolerância, e de igualdade de oportunidades, o direito à educação, à saúde, à justiça e à partilha do bem estar social”. Conhecemos a palavra liberdade e democracia. As mulheres foram reconhecidas como cidadãs; passaram a ter acesso a todas as profissões, os maridos deixaram de ter direito à violação da correspondência das esposas, as mulheres começaram a poder viajar para o estrangeiro, sem necessitarem de

autorização dos maridos, bem como o direito a terem passaporte. Passaram a poder votar, independentemente da sua condição social, ou grau de instrução. E hoje, a percentagem de mulheres no ensino superior é mais elevada do que a percentagem dos rapazes, no mesmo grau de ensino. Não podemos deixar de manifestar orgulho pelos resultados alcançados, fruto desta revolução silenciosa, só possível com as mudanças políticas e sociais iniciadas com o 25 de abril e, as portas que Abril abriu não se fecharão. Profª Lúcia Araújo Silva

Uma Carta...

Cinfães, 7 de maio de 2015

Olá, Mark! Como bem sabes, eu sou português, tenho orgulho em sê-lo, e é por isso que te escrevo esta carta, para te dar a conhecer a grandiosidade que este pedaço de terra esquecido possui. Ora bem, podia falar-te de imensas coisas, desde a nossa fundação em 1143, e de todas as guerras que foi necessária travar para que fôssemos um país, até ao grande passo da essência portuguesa, a Revolução dos Cravos, no dia 25 de abril de 1974. Mas não! Hoje vou falar-te de um dos maiores passos que alguma vez foram dados no conhecimento do globo, tal como o conhecemos hoje em dia: a descoberta do Caminho Marítimo para a Índia, que ligava o continente europeu a uma das maiores fontes de matéria-prima do mundo. Sim! Fomos nós que revolucionámos a forma como era visto o mar. Fomos nós, os portugueses, podes estranhar porque digo ‘’nós’’, visto que eu não tive nada a ver com o assunto, mas acho que feito tão grandioso não pode ser confinado a ‘’meia dúzia de pessoas’’ de uma só época, mas sim a todo um povo, ao qual eu me orgulho, e muito, de pertencer. Bem, a expedição começou não com muita esperança… era, na verdade, aos olhos daquele tempo, algo praticamente impossível! Marinheiros e militares partiram de Belém, num dia algo cinzento. Imagino-o assim, cinzento, tal era a mistura do negro sofrimento cravado no peito dos familiares que viam partir seus parentes, com a turva luz, que era prenúncio do começo de um futuro brilhante, de que todos nos orgulhamos. A viagem não foi fácil, é verdade. Na ida, muitos foram os perigos, receios e medos, como Camões explica, por exemplo, no episódio ‘’O Adamastor’’. Porém, graças à coragem e ousadia do nosso povo, foi possível! Aquando da chegada à Índia, Portugal instala lá um ‘’vice-rei’’, para que tudo fosse controlado. Na viagem de regresso, Vasco da Gama traz consigo diversas coisas, desde especiarias, a metais preciosos… mas, na verdade, Vasco da Gama trouxe consigo algo muito maior - trouxe a garantia de que Portugal e as suas gentes nunca seriam esquecidos. Pode dizer-se que, desde então, Vasco da Gama deixou a sua e a nossa assinatura nesse livro eterno e infindável, que é a História de Portugal e, por que não dizê-lo, da Humanidade. Mark, espero que me contes também algo sobre o teu país. Abraços do teu amigo, Rafael Carvalho (9ºC)

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Semana da Leitura As Bibliotecas do Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto, em parceria com a Biblioteca Municipal de Cinfães, desenvolveram atividades no âmbito da Semana da Leitura, que este ano teve como lema " Palavras do Mundo Entre o Rio e a Serra". Entre os dias 16 e 20 de março, os alunos tiveram acesso a atividades variadas: teatro, sessões com

autores e contadores de histórias, feira do livro e passatempos que incentivaram ao gosto pelos livros e pela leitura. As sessões de teatro foram abrilhantadas pelo grupo “ Jangada de Teatro”, com a apresentação dos “ 3 Porquinhos”, para todos os alunos do 1ºciclo e 5º ano de escolaridade.

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Realizaram-se, em todos os centros escolares, sessões com escritores, a saber: José Braga Amaral, com “Os Segredos de Constança”; Palmira Martins, com “O Ecofeitiço e Outras Histórias”; Odete Praça, com “A Avó e a Escola”; e Cristina Carvalho, com a apresentação do livro “O Gato de Uppsala”. A Professora Bibliotecária, Graça Bompastor


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O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor Os professores do Centro Escolar de Santiago de Piães apresentaram-nos o desafio de ler um livro na data de 23 de abril de 2015, (o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor), uma atividade partilhada em todo o nosso Agrupamento Escolar. Todos nós já lemos livros, todos os dias, mas este dia foi especial, porque alunos, professores e até funcionários leram um livro, toda a Escola parou em silêncio lendo um livro. Na minha turma, 4.º ano, todos escolhemos livros de: banda desenhada, aventuras, contos e poesia. Depois, o Jardim de Infância dirigiu-se à nossa sala para ouvir a leitura de uma história (Joaninha Vaidosa) que vimos através de um power point no quadro interativo.

A Biblioteca Escolar no 1º Ciclo e Jardim de Infância Com diversos recursos que facilitam e incentivam a aprendizagem, desde documentais (de ajuda ao currículo), tecnológicos, audiovisuais e humanos, as Bibliotecas Escolares aparecem como mais uma ajuda ao trabalho realizado pelo professor da turma, quer seja desenvolvendo um trabalho colaborativo, ajudando-o a incentivar o prazer de ler nos alunos e apresentando uma aprendizagem centrada na procura autónoma de informação, utilizando todos os recursos que a Biblioteca Escolar (BE) possui. Nesse sentido, e como boa parte da aprendizagem se faz de modo informal, a BE é um espaço privilegiado para uma aprendizagem partilhada, construída pelos próprios alunos, ao tirarem partido quer dos novos ambientes virtuais de aprendizagem, quer dos tradicionais, podendo-se tirar partido deles para incentivar o domínio de novas literacias. É aqui que a Biblioteca

Alunos da Turma C do Centro Escolar de Santiago de Piães

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poderá desempenhar o seu papel de Biblioteca ativa e interativa, dando o seu contributo para ajudar os alunos a aprenderem a aprender com recurso às tecnologias. O professor bibliotecário assume o papel de mediador de informação, promovendo a colaboração e a interação de todos, para a melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos, de modo a que estes adquiram conhecimentos de forma autónoma e ao longo da vida.

mos, com muita certeza, que aquelas que provocaram o riso ou que levaram as crianças a sentir um pouco de medo, olhando os personagens pelo ângulo criativo, conseguiram “agarrá-las”, porque depois procuraram esses livros na Biblioteca e, sempre que os veem, lembram-se e falam das histórias com muito pormenor. E isto tem-se repetido de conto para conto. Assim, e quando contamos a história, é fundamental a utilização de vozes diferentes, bem como de efeitos rítmicos e sonoros, que provoquem o riso e o susto, o que atrai o imaginário infantil e leva, depois, com muita facilidade os alunos a tirarem partido desses textos para a exploração dos conteúdos curriculares, por parte dos professores das turmas.

A este respeito, vou partilhar uma metodologia simples, que aplicamos num dos projetos que desenvolvemos (A Hora do Conto) para os alunos do 1.º Ciclo e no Jardim de Infância, e que, de forma natural, se está a consolidar e a deixarnos contentes, porque o entusiasmo e gosto pelos Prof. Joel Oliveira livros tem sido expressivo nesses alunos. Concreta- (Professor bibliotecário) mente, tem a ver com a escolha das histórias. Senti-


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A Nossa Biografia de “Zé da Boina” Na nossa turma, alguns alunos (3º ano) aprenderam o que é uma biografia. Decidimos, então, que o nosso artigo para esta revista, seria a biografia do escritor que conhecemos na Semana da Leitura. Esteve na nossa escola, no dia 17 de março, o escritor de “Os Segredos de Constança”: José Braga Amaral. Não se apresentou com esse nome. Apareceu no refeitório, à nossa frente, com uma capa preta e uma boina na cabeça. Acabou por tirar a capa e explicou que era conhecido por Zé da Boina, porque andava sempre com a sua boina na cabeça. Mostrou fotografias da casa onde morava, do local – escrivaninha – onde escreve e até dum banco de jardim virado para o rio Douro. Explicou como era a vida dele, o que o inspirava para escrever; para o “Segredos de Constança” foi uma menina com esse nome, de quem ele gosta muito. O que conseguimos saber sobre ele, na nossa pesquisa, foi: José Braga Amaral nasceu em Paranhos, no Porto, em 20 de fevereiro de 1959. Depois de ter frequentado as faculdades de Engenharia e Direito, opta pelo jornalismo, tendo sido colaborador da Rádio Difusão Portuguesa / RAD, do jornal O Comércio do Porto, de vários jornais e rádios locais e regionais do Douro e do Minho. Cronista semanal do Correio do Minho, dos jornais Liberal e Já, de Cabo Verde, coordenador da revista municipal Villa Regula, coordenador literário da revista Fólium, do Arquivo Municipal de Penafiel, e responsável pela redação da newsletter da Estrutura de Missão do Douro da CCDR-N. Também foi diretor-adjunto e redator da revista Tribuna Douro. Em 2002 funda, com mais alguns confrades, a Tertúlia de João de Araújo Correia, na cidade de Peso da Régua, e o grupo de leitores de poesia Confraria da Palavra Dita. Está ligado ao teatro desde 1995, como encenador e fundador da companhia de teatro Roga D’Arte - Teatro do Alto Douro. Grande parte da sua bibliografia refere-se ao Douro, tendo mais de 25 títulos publicados, entre antologias, biografias, contos, crónicas, fotomonografias, ensaios, poesia, romances e teatro. Alunos da Turma B do Centro Escolar de Santiago de Piães


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Dia do Amigo Através da Biblioteca Municipal, como é habitual todos os anos, também este ano, os alunos do Jardim de Infância e os alunos do 1º Ciclo do “Centro Escolar de Santiago de Piães”, participaram na atividade “Dia do Amigo”. Nas salas de aula, com ajuda dos nossos professores, recebemos uma folha para escrever uma carta para os nossos melhores amigos.

BE—Biblioteca Escolar Semana da Leitura A semana da leitura proporcionou, uma vez mais, este ano, o contacto dos alunos com escritores de livros infantis, uma experiência real e fascinante. A deslocação dos alunos do 1.º ciclo a Cinfães, para assistirem ao teatro “3 porquinhos”, da companhia Jangada de Teatro, no Auditório Municipal, superou as expectativas de todos os que assistiram e tiveram a oportunidade de visitar a Biblioteca Municipal, onde decorreu a Feira do Livro, e onde

Os alunos, com entusiasmo e carinho, escolheram um(a) menino(a), o seu melhor amigo, a quem escreveram palavras e frases bonitas, onde o respeito, o carinho e a dedicação estavam presentes. Duas semanas depois, a Biblioteca Itinerante trouxe-nos uma surpresa: um príncipe e uma princesa saíram da carrinha com lindas roupas, e muitos corações e fitassurpresas, fizeram uma representação, do tempos dos castelos, para nos entregarem as misteriosas cartas que toda a gente queria receber. No final, todos adorámos. Alunos da Turma C, do Centro Escolar de Santiago de Piães

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Destacamos a elaboração cenário, a partir das ilustrade um mural em papel de ções do livro “Os segredos de Constança”, bem como a escrita de frases e ilustrações das mesmas pelos alunos. Os alunos mais velhos leram vários livros infantis, previamente trabalhados na BE, aos colegas do Jardim de Infância e do 1.º ano. Os alunos do 1.º e 2.º ano apresentaram, com criatividade, “Lengalengas de aprender a ler”. Prof. Joel Oliveira (Professor bibliotecário)

vários alunos adquiriram livros interessantes. O escritor José Braga Amaral, autor do livro “Os segredos de Constança”, esteve nos Centros Escolares de São Cristóvão, Santiago de Piães, e no Complexo Escolar EB1 Cinfães; e a escritora Odete Praça, autora do livro “A Avó e a Escola”, esteve no Complexo Escolar EB1 de Cinfães. Ambas as Bibliotecas Escolares, de São Cristóvão e Santiago de Piães, de forma colaborativa com os professores das turmas, desenvolveram diversas atividades relacionadas com a leitura.

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O Jogo da Gloria Virtual Todos os meninos do nosso Centro Escolar, do 1ºciclo, se inscreveram para participarem no “Jogo da Gloria Virtual”. Então, na Biblioteca Escolar, através dos computadores, no site do Instituto Camões, por turmas, os meninos foram jogando, por níveis de dificuldade e por eliminatórias, (3ºano ficou no nível 3; 2ºano ficou no nível 2; e o 1ºano ficou no nível 1). O “Jogo Da Glória “ é um jogo virtual, que todos os alunos da escola gostam de jogar e, acima de tudo, é um jogo divertido, que faz aprender as crianças a ler e a perceber a nossa língua (Português). Lançamos o dado e, na casa que ficarmos, temos uma pergunta de Português para respondermos corretamente. Para ganharmos, temos de percorrer 91 casas, mas no meio do jogo há 8 casas para avançar, 4 casas para recuar e várias armadilhas: o vulcão que nos faz regressar à partida e o pântano que nos faz ficar duas vezes sem jogar. Do 1º ano, da turma A, o vencedor foi o Tomás; do 2ºano da turma B os vencedores foram o Márcio e a Ana Rita, e no 4ºano,da turma C, os vencedores foram a Juliana e o João. Gostámos todos desta atividade, pois foi um jogo interessante que todos nós adorámos. Alunos da Turma C do Centro Escolar de Santiago de Piães

Despedida (Aos que partem)

Poesia é …

Vemo-los a ir, estrada fora

É voar nas asas das palavras.

e ficamos quietos, sem reação sentimo-nos impotentes na luta contra a escuridão Passamos a viver na penumbra nesse lado tristonho de viver sabemos que nada será como antes e que tudo só nos faz sofrer Caímos ao fundo de um poço de onde pensamos não voltar Não se reconhece uma esperança no meio de tanta pedra a desabar Restam-nos as memórias e a vontade de as viver Apesar do sentimento presente ser o da vontade de morrer Vai, meu bom amigo que muito feliz possas ser Mas tem sempre presente em ti que este amigo nunca te irá esquecer Rafael Carvalho Pinto, 9ºC

É luz na escuridão da noite. É a viagem de um pequeno barco num mar de emoções. É uma ilha rodeada de palavras por todos os lados. É onde podemos dar luz aos sonhos inacabados. É sentir o calor das palavras. É uma viagem por mundos infinitos. É abraçar a vida e sorrir. É o farol do poeta no meio do mar. É uma janela aberta para o mundo. É amor, cor e dor. Poema coletivo do 7º D



Notícias do PES

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Violência no Namoro A violência no namoro não é um fenómeno vulgar no nosso quotidiano, contudo a investigação relacionada com esta temática tem demonstrado a importância da prevenção junto dos adolescentes. Assim, a equipa do Projeto de Educação para a Saúde procurou desenvolver ações que promovessem a aquisição de conhecimentos acerca deste fenómeno. Na concretização destas ações, a nossa escola contou, uma vez mais, coma colaboração dos profissionais do Centro de Saúde de Cinfães. Ao longo das sessões, foram identificadas as diferentes formas de violência no namoro, dando-se particular relevância para a existência de formas de violência que passam despercebidas e outras que são socialmente aceites. Esta atividade foi dirigida às cinco turmas do oitavo ano, em contexto de sala de aula, no sentido de promover o desenvolvimento de competências relacionadas com o tema. De acordo com a Associação Portuguesa de Apoio à vítima, a violência no namoro pode ser definida com o “um ato de violência pontual ou contínua, cometida por um dos namorados (ou ambos), com o objetivo de controlar, dominar e ter mais poder do que a outra pessoa envolvida na relação”.

Sessões sobre a Toxicodependência No âmbito da Educação para a Saúde, o Centro de Saúde de Cinfães colaborou com a nossa escola, realizando sessões de esclarecimento sobre Toxicodependência, intituladas “Do prazer à dor”. Este trabalho foi concretizado pelo grupo de estágio de enfermagem e supervisionado pela enfermeira-chefe desse serviço. As sessões foram dirigidas às quatro turmas do 9ºAno e às duas turmas de Cursos Vocacionais, que terminam o curso este ano letivo. A atividade teve lugar na sala de aula de cada turma. Os alunos demonstraram bastante interesse, revelaram espírito crítico e curiosidade. Ao longo das sessões, vários alunos colocaram as suas dúvidas e questões relacionadas com o tema, tendo sido devidamente esclarecidos pelos profissionais de saúde. A Educação para a Saúde procura criar condições para os alunos controlarem a sua saúde e os fatores que a influenciam. Desta forma, a articulação entre a Escola e o Centro de Saúde revela-se de grande importância para proporcionar uma educação mais eficaz. “Apesar de tudo o que de bom nos rodeia, o nosso bem mais precioso é a saúde.” Equipa do Projeto de Promoção e de Educação para a Saúde


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Carta da Eva (Para todos nós!)

A SAUDADE Saudade é uma palavra unicamente usada em Portugal de significado singular. Existe o mito de que a palavra 'saudade' só existe na língua portuguesa e como tal não pode ser traduzida corretamente. De facto, o sentimento de saudade não tem significação específica noutras línguas. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e"saudar". Descreve a mistura dos sentimentos de perda, falta, distância e amor. Este termo generalizou-se nos últimos anos com a crescente vaga de emigração. É uma palavra que cada vez faz mais sentido no vocabulário português. Quem não tem familiares, amigos ou conhecidos a trabalhar fora do país?

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José Sousa e as suas aulas tão engraçadas de Geografia; a professora Rita Almeida e o seu sorriso tão animador; o professor José Agnelo e as conversas no final das aulas; a professora Elisabete Barbosa, que me impedia de responder pelos outros, mas que me fazia rir; o professor João Alcoforado, que nunca acabava uma aula sem uma piada; o professor Mário Crescêncio e as suas caretas únicas; o professor Vítor Ribeiro, que vigiou a minha rondada; o professor Pedro Castelo com o seu sotaque inesquecível; e todos os outros que foram fantásticos!

Genebra, 29 de abril de 2015 Caros amigos da EB2,3 General Serpa Pinto, Decidi dar-vos novidades minhas outra vez! Primeiro, espero que tenha sido um ótimo ano de trabalho para todos os membros da direção, para todos os professores e funcionários e para todos os alunos. Espero que tenham tido, também, uma feliz Páscoa, já que não tive oportunidade de desejar antes. Agora, comigo, está tudo bem, na medida do possível! Claro que, depois de passar dois anos numa escola com uma atmosfera tão acolhedora, foi complicado adaptar-me outra vez às regras, às pessoas e à atmosfera da escola da Suíça… mas, ao fim de cinco meses, finalmente consegui “fazer parte” da turma. Claro que nada que se possa comparar à relação que tive com qualquer uma das turmas que tive aí na escola! Felizmente, entrei no agrupamento de científicas, e tenho aulas de Física e de Matemática, ao invés de Alemão (não percebo nada de Alemão!), mas tenho muito pouco Inglês e estou a dar toda a matéria que já aprendi aí; infelizmente, não tenho Química… Resumindo, tenho muitas saudades das aulas daí, mesmo não tendo aqui aulas de 90 minutos, mas de 45… dos professores brincalhões: o professor ESCOLAR

Inesquecível a minha experiência aí! Espero ser acolhida aí com a mesma simpatia com que conheci a direção da escola! Porque, sim, estou a contar passar uns dias aí na escola, outra vez! Então, pelo que fizeram por mim, só desejo que continuem a dirigir a escola da melhor forma e que tenham sempre ótimas condições de trabalho! Um grande abraço para todos os professores, funcionários, membros da direção… Eva Resende

P.S. – A atmosfera dessa escola é única! Há uma felicidade, um bem-estar que não é o mesmo daqui! Mas também podiam pedir uns conselhos aos amigos suíços, em relação à disciplina!


Convívio de Trabalhadores Foi no pretérito dia 30 de abril, véspera do Dia do Trabalhador, que professores, assistentes operacionais e assistentes administrativos do nosso Agrupamento de Escolas se reuniram na Adega Cooperativa do Távora, em Moimenta da Beira, em salutar convívio. Foram cerca de sete dezenas de pessoas que, depois de um dia de trabalho, se reuniram à porta da escola-sede do Agrupamento para juntos rumarem às Terras do Demo, onde, depois de uma visita guiada às instalações da Cooperativa, os esperava um jantar –convívio, repleto de iguarias e muita música selecionada pelo nosso assistente administrativo Sr. Kim Moreira.

O encontro, promovido pela Coordenação de Projetos, teve uma adesão significativa, tendo-se revestido de assinalável importância, uma vez que, para além de permitir a confraternização e o convívio fora do ambiente formal próprio do contexto de trabalho, também serviu para cimentar e fortalecer laços de amizade, respeito, solidariedade e sã camaradagem, que são uma das características do pessoal que labuta no Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto. Profª Helena Santos Duarte

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CURIOSIDADE O Dia do Trabalhador, também denominado de Dia do Trabalho ou Dia Internacional dos Trabalhadores é celebrado anualmente no dia 1 de maio em numerosos países do mundo, incluindo Portugal. A data teve origem na primeira manifestação de 500 mil trabalhadores ocorrida nas ruas de Chicago e numa greve geral realizada, em 1886, nos Estados Unidos da América.


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A Biblioteca da Nossa Escola

Bucólico

A biblioteca da nossa escola É um espaço de descoberta. Sempre novo, sempre cheio, sempre misterioso. Lá está tudo! As pessoas, o mundo, o universo,… E ainda mais, O sonho, a fantasia, a imaginação! Tudo guardado, Tudo adormecido, Tudo à espera. E cada vez que um menino entra, Um estranho “murmúrio” se sente. São os livros que se agitam, Sem tempo, sem espaço, sem limite. E, no dorso da curiosidade, Através das palavras, Somos conduzidos ao maravilhoso Mundo do conhecimento!

Ao entardecer

Prof. Luiz Semblano (24/04/2015)

Um menino brincava Com uma joaninha. Era vermelha Com pintinhas pretas. E, vagueava… Nas suas mãos. Uma brisa leve, Branda, suave e fresca Acariciava-lhe a face. No jardim, Estava assim Uma rosa… Encarnada! Cor de veludo! No monte, Mesmo defronte, A giesta amarela, Qual aguarela No verde surgia! Os passarinhos

O Tempo

Em harmonia,

O tempo não se perde, O meu tempo é para amar, Não tenho tempo a perder. Não quero vê-lo passar,

Quando amamos alguém. Só quem ama sabe o quanto, Vale o tempo que se tem.

Uma melodia, Davam um recital! E eu encantado Com tamanha beleza,

Sem ter nada para fazer. O tempo é dom de Deus. Agradece o que te dá. Pois todos os dias são Seus,

O tempo que se perdeu,

Que a mãe natureza

Nunca mais se recupera.

Me ofereceu

Não olhes pois para trás,

Afinal!

Segue em frente e, persevera!

E nós não somos de cá.

Prof. Luiz Semblano (30/04/2015)

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Cantando em surdina,

ESCOLAR

Prof. Luiz Semblano (28/04/2015)


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Não Sou Poeta

Mudos

Pediram-me um poema, Mas eu poeta não sou! Então, lá peguei na pena E o meu pensamento voou!

Não digas que Sim,

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Se queres dizer Não! Não digas nada, Se não queres falar!

Caiu aqui neste papel Para exprimir um sentimento! Por isso quis ser fiel E escrever por um momento!

Entra pela porta E senta-te à minha beira, Deixa-te estar Simplesmente ao meu lado!

Apenas o Amor me ocorreu Sabendo que não é original! Mas quem ainda não o viveu?!

Conversemos calados, Sejamos mudos tagarelas E riremos com vontade!

Desgostosos ou apaixonados, A todos me dirijo afinal, Para que estes versos sejam lembrados!

As palavras serão mais bonitas E sinceras na mensagem! Abracemo-nos felizes!

Prof.ª Elisabete Barbosa

Prof.ª Elisabete Barbosa

Bullying Pequeno, alto, gordo ou margo tudo serve para praticarem o bullying. Muitos crescem e tornam-se adultos lindos e com um perfil psicológico forte; outros, porém, continuam a ser maltratados pelos outros e a serem rebaixados durante a vida toda. O problema daqueles que praticam o bullying é que são tão pobres de espírito que precisam rebaixar os outros para se sentirem bem. Quem sabe o que vale e quem tem consciência das suas qualidades nada o vai afetar.Ter personalidade forte para enfrentar os agressores não é fácil, mas é algo que todas as vítimas deveriam ter. Podes ser forte e nada te atingir ou, então, podes deixar-te levar pelo que te dizem e ires abaixo; a mim, a primeira opção parece-me muito melhor! A melhor pessoa para te criticar és tu mesmo. Só tu sabes quais são os teus medos, só tu conheces do teu lado negativo e triste. A tua vida depende só de ti, das tuas ações, da tua vontade de enfrentar novos desafios e de superar as tuas maiores tristezas. Eu própria já sofri de bullying, quando era mais nova, e não foi fácil, mas apendi a lidar com essas pessoas e esse tipo de comentários; hoje em dia, deixaram de me afetar. Com os anos, aprendi que não valia a pena pensar que o problema era meu e eu tinha que mudar. Percebi que o problema era deles e eles é que tinham que mudar. A vida é muito curta para estarmos sempre preocupados com o que os outros pensam e dizem de nós. Ana Catarina Pereira, nº1, 8ºC




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Um Carnaval Diferente... A folia do Carnaval surgiu muito cedo na Escola Básica de Oliveira do Douro. Os alunos começaram a falar em disfarces, máscaras, dramatizações e entrudos logo no inicio do segundo período letivo. Assim, depois de efetuada a recolha de algumas tradições locais e vivências, projetaram-se os disfarces e selecionaram-se os materiais e canções. Com grande euforia, pois esta é uma época de desmedido agrado de todas as crian-

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ças, realizaram-se as atividades de Expressão Plástica e Musical, que culminaram com a concretização de decorações, adereços, disfarces e trovas para animar o Corso Carnavalesco, promovido pela Câmara Municipal de Cinfães. No dia 14 de fevereiro, um sábado que inicialmente se mostrou ensolarado e bem-disposto, todos os Alunos, Professores e Assistentes Operacionais

desta escola, ocuparam o transporte que os levaria à vila para “engrossar” as fileiras de cor e ritmo que alegraram as ruas da pacata vila. De volta a casa, com o S. Pedro a ajudar até ao último momento, era visível o natural cansaço, ofuscado pela satisfação/ contentamento dos participantes. Jardim de Infância da Escola Básica de Oliveira do Douro


A Nossa Visita de Estudo No dia 6 de maio de 2015, pelas oito horas, saímos de autocarro até ao Sea Life, na cidade do Porto. No Sea Life, vimos várias espécies de animais marinhos: raias, peixes balão, peixes palhaço, cavalos-marinhos e tubarões. Tivemos a oportunidade de tocar numa estre-

la-do-mar e num ouriço, cheios de vida. A alimentação dos tubarões também foi um momento interessante, pois desfrutámos de uma vista privilegiada do primeiro túnel subaquático do nosso país. Quando terminou a visita ao Sea Life, fizemos uma caminhada à beiramar. O dia estava ótimo e

ainda vimos alguns surfistas a surfarem nas ondas da praia de Matosinhos. O almoço foi no parque da cidade e partilhámos os nossos farnéis. Depois, brincámos nos grandes espaços verdes e fizemos imensas brincadeiras. A meio da tarde, regressámos a São Cristóvão e fizemos uma pequena paragem na cidade do Marco de Canaveses, para comer um gelado. Adorámos a nossa visita de estudo ao Sea Life. Divertimo-nos imenso. Turma A- 1º e 2º Ano Escola EB de São Cristóvão

Os Alunos da EB de S. Cristóvão, o Romeu e a Julieta No dia 4 de março de 2015,os alunos da Eb1 de São Cristóvão aguardavam ansiosamente a chegada das ”cartas da amizade”, que cada um escreveu para o amigo secreto e que iriam ser entregues pelas funcionárias da Biblioteca Municipal. O que não sabiam é que iriam ser surpreendidos pelo Romeu e pela Julieta, que foram eles os protagonistas da entrega e da representação teatral e dramática que envolveu toda a atividade. Entusiasmados, ansiosos e desejosos de verem e lerem a carta, cada um esperou pelo grande momento e todos em conjunto abriram-nas. Foi tão bom vislumbrar a “carinha “ de satisfação, espanto e alegria ao descobrir quem tinha sido o remetente das mesmas.

Parabéns a todos os participantes e mais uma vez um muito obrigada à Biblioteca Municipal. Alunos do 4º Ano Turma C – Escola EB de São Cristóvão

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É importante ler… Os livros servem para ler e aprender novas coisas. Ler ajuda a aprender novas palavras e a treinar a leitura. Ler um livro é entrar numa aventura. Um livro pode ser o nosso refúgio quando estamos tristes. Ler um livro é viajar por outros lugares e culturas. Ler provoca boas sensações. Os livros tornam-nos mais felizes e ricos em conhecimentos. Ler torna-nos melhores pessoas. Ler um livro é viajar em imaginação. Os livros ajudam a sonhar. Ler um livro ajuda a adormecer. Escola EB de S. Cristóvão turma B 2º e 3º ano



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A Europa ao Alcance dos Nossos Dedos KA1 uma experiência para repetir. E se, de repente, um estranho nos oferecesse flores e pudéssemos viajar para fazer formação creditada no estrangeiro com todas as despesas pagas? Isso não só seria impulso, mas também uma realidade possível através da ação KA1 do Erasmus+. Não só é magnífico como também é possível! O nosso estranho chama-se Erasmus + KA1 e está em curso desde o início deste ano letivo.

O projeto pretende dar oportunidade a professores, assistentes operacionais e técnicos de fazerem formação no estrangeiro. Esta formação possibilita a inscrição em cursos de curta duração que pretendam dar respostas às necessidades do nosso pessoal. Os projetos de formação vêm contribuir não só para o desenvolvimento individual mas também para o crescimento de uma União Europeia, enquanto sociedade baseada no conhecimento, caracterizada por um crescimento económico sustentável, com mais e melhores em-

pregos e com uma maior coesão social, atuando em paralelo para uma adequada proteção das sociedades e gerações futuras. O KA1 é uma cooperação transnacional e tratase de mobilidades individuais para fins de aprendizagem, oferecendo oportunidades ao pessoal selecionado do Agrupamento para que, enquadrados pelas instituições subvencionadas, possam melhorar as suas competências, melhorar a sua empregabilidade e ganhar uma maior consciência cultural.

Na nossa escola é possível fazer, ao longo deste ano letivo, um total de 27 mobilidades. Retro e perspetivas… Em dezembro foram feitas as primeiras seis mobilidades e o grupo de professores foi fazer uma formação em Educação Inclusiva, em Praga, através do Instituto de Formação ITC, juntamente com outros colegas de nacionalidade grega. Durante os cinco dias de formação, houve a oportunidade de discorrer e refletir acerca de temáticas variadas e também de visitar uma escola básica integrada do

1º ao 3º Ciclos. Estão já agendadas todas as saídas futuras. De 11 a 15 de maio, quatro professores partirão para Ljubljana, a capital da Eslovénia. O curso é subordinado ao tema «Teaching with creativity» e aguardamos relatos de uma experiência bastante positiva. De 23 a 30 de maio, partirá mais um grupo de seis participantes com professores, assistentes operacionais e técnicos, para fazerem uma formação intensiva na capacidade de tomada de decisão e resolução de problemas: «Problem solving and decision making» em Limassol, no Chipre. Todos os participantes que se preparam para as formações futuras irão trazer relatos (esperamos) de boas experiências e materiais que poderão ser úteis a todos nós. No início do próximo ano letivo, prevê-se a partida dos últimos candidatos para a Dinamarca e França, encerrando o nosso projeto pioneiro em formação individual no estrangeiro.

De todas as formações feitas será emitido um certificado e um Europass pelas entidades formadoras que os participantes só terão que enviar para o Conselho Científico de Braga, juntamente com o plano detalhado do curso e o total de horas frequentadas, para que lhes seja emitida a creditação nacional. O nosso Agrupamento candidatou-se a uma segunda edição deste projeto: Erasmus + KA1, através do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida da nossa Agência Nacional. Esperamos que a fortuna seja nossa aliada e que possamos, durante o próximo ano letivo, enviar mais professores para fora em contexto de formação e, assim, ajudar a nossa escola a crescer mais e melhor. Acreditamos que possamos ir rumo ao futuro numa Europa mais próxima, ao alcance de qualquer um de nós, trazendo depois o melhor de cada um para o Agrupamento e para o nosso país. Profª Tânia Filipe


PROGRAMA ECO-ESCOLAS



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Projeto de Natação

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Objetivos do Projeto O Projeto de Natação tem a finalidade de trabalhar competências relacionadas com as Atividades de Vida Diária, nomeadamente as rotinas como banho, higiene pessoal, vestir e despir. Estas atividades revelam-se cruciais no fomento da autonomia e independência do aluno, promovendo o seu desenvolvimento pessoal e social.

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Iniciou-se, no Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto, o Projeto de Natação destinado a alunos com Necessidades Educativas Especiais que beneficiam da medida Educativa: Currículo Específico Individual. Assim, uma vez por semana, estes dirigem-se à Piscina Municipal de Cinfães para terem aulas de natação. A dinamização deste projeto assenta em quatro grandes objetivos: - neuromuscular – relacionado com o aumento da capacidade percetivomotora de movimentos ainda não explorados, tais como: rotação, flexão, extensão…;

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- interpretativo – ligado à tomada de consciência do próprio corpo e das suas potencialidades. A prática de natação conduz a situações em que o indivíduo pode explorar, descobrir e realizar diversas habilidades motoras ainda desconhecidas por si; - social - presente nas diversas formas de recreação e na interação do aluno com outros indivíduos, ampliando a sua rede de contactos e capacitando-o para lidar com outros ; - emocional – associado à independência que o elemento água pode proporcionar. O aluno é capaz de deixar o seu meio de locomoção (meio ter-

restre, seja de forma natural, cadeira de rodas, muletas, aparelhos ortopédicos…) e vivenciar uma sensação de liberdade, facto este que eleva a sua autoestima (Adams et al, 1985)

As aulas de natação têm merecido o entusiasmo por parte dos alunos, sendo um momento em que cada um, na sua individualidade, tem a possibilidade de experimentar as suas potencialidades e vivenciar as suas limitações, traduzindo -se na construção de autoconhecimento. Grupo de Educação Especial – professores: Artur Pereira, Catarina Camelo e Diana Moreira Costa


Hortinha Pedagógica

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Com a chegada da Primavera e com o tempo mais quente a convidar à realização de atividades no exterior da escola, foi criada na E.B.1 de São Cristóvão um espaço que se pretende interativo, “a hortinha pedagógica”. O objetivo desta atividade pretende promover iniciativas de integração e inclusão na comunidade escolar, permitir às crianças um contacto mais direto com aspetos da natureza, desenvolver competências de autossubsistência e interesse pela agricultura, assim como desenvolver valores de preservação e respeito pelo meio ambiente. Assim, no sentido de estimular uma aprendizagem ativa, a professora de Educação Especial e os alunos que frequentam a Unidade de Apoio à Multideficiência e Surdocegueira Congénita arregaçaram as mangas, puseram os seus aventais e meteram as mãos à obra, para que o espaço da escola se transformasse num campo de ação, onde as aprendizagens se pudessem efetivar de forma natural e funcional, sem ter que se limitar às “quatro paredes”. Esta “hortinha” permite assim a dinamização de atividades mais práticas tendo em conta o perfil de funcionalidade dos alunos, porque as aprendizagens destes só se constroem significativamente se estiverem adaptadas ao processo de desenvolvimento e tiverem em conta os verdadeiros interesses e limitações de cada aluno. Nesse sentido, a manutenção da horta é feita pelos alunos e professores da Educação Especial e auxiliares. Ao todo, estão envolvidos neste projeto três professores, três alunos e os pais e familiares dos alunos de Educação Especial. O envolvimento das famílias é feito através do fornecimento de plantas, sementes e utensílios. Os alunos envolvidos têm colaborado de forma muito empenhada e interessada, revelando sempre muita participação no trabalho desenvolvido e a comunidade escolar valorizou a ocupação de um espaço anteriormente desocupado. A organização, a manutenção da horta e a distribuição de tarefas é efetuada diariamente sempre que as necessidades das culturas o justificavam. As tarefas são orientadas pela professora responsável pela UAMS e executadas pelos outros professores e pelos alunos mediante as suas capacidades. A preparação do solo foi feita manualmente e com a ajuda de enxadas. Foi também feita a compostagem num recanto da horta só com detritos da limpeza da horta, ramos de árvores e folhas secas. As culturas existentes neste momento na horta são: alfaces, couves, hortelã, feijão, cebolas, tomate, morangos, salsa e flores. A rega da horta é feita manualmente tendo os alunos de transportar a água para fazer a rega, com recurso a regadores e garrafões de águas. A monitorização e controlo de pragas e doenças está, ainda, em fase de iniciação tendo sido apenas feita a aplicação de cinza. Esta atividade tem promovido de forma muito significativa a valorização e funcionalidade do espaço escolar e o bemestar dos alunos na escola, além disso promoveu a aquisição de hábitos de trabalho, transformou a escola num centro de vivências saudáveis e de aprendizagens úteis para a promoção de condições propícias de sucesso. A professora de Educação Especial, Célia Serra aproveita a oportunidade para agradecer às assistentes operacionais toda a ajuda e colaboração que disponibilizaram para que estas atividades se tornassem possíveis. Célia Serra—Educação Especial Unidade de Apoio à Multideficiência e Surdo-Cegueira Congénita


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Dia do Pai e Dia da Mãe Mais uma vez, o Jardim de infância do Centro Escolar de Santiago de Piães, preparou, com todo o entusiasmo, o Dia da Mãe. Para além das histórias, poesias, canções, registo de frases ditas pelas crianças, foi elaborada também pelas crianças uma prendinha para oferecerem às mães. Para tal, começámos por reciclar os pacotes do leite, contribuindo desta forma para ajudar e sensibilizar as nossas crianças para a proteção e defesa do meio ambiente. Cada criança juntou quatro pacotes que foram cortados segundo um molde, e lavados. Seguiu-se a tarefa seguinte, que foi unir os quatro moldes, dando origem a uma jarra. Depois, as crianças colaram bocados de papel higiénico, dando um certo relevo à jarra. Posteriormente, foi aplicada a técnica do pouchoir . Por fim, foram feitas umas flores em papel crepão e papel crepe e, assim, embelezámos as nossas jarras que, com carinho e dedicação, foram oferecidas às mães. Também o Dia do Pai foi preparado com o mesmo entusiasmo e alegria, ficando o registo da poesia e as fotografias da prendinha elaborada pelas crianças.

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POESIA "Tenho aqui um presentinho" Tenho aqui um presentinho para te dar, pois então E com ele o meu carinho e um grande xi-coração. Hoje é um dia diferente como vês não me esqueci Aqui no meu presentinho vão beijinhos par ti. Jardim de Infância de Santiago de Piães


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Poemas para a Mãe da EB1 de Louredo Mãe tu és carinhosa

Mãe quando fores velhinha Eu nunca te deixarei

Ó minha querida Mãe

Sempre com muito amor

Terás todo o meu apoio

Gosto tanto, tanto de ti

Que cobre a minha vida

Eu sempre te amarei

Se não fosses tu Eu não estaria aqui

Quando eu estou doente

Ser Mãe não é fácil Basta viver Tantas vezes a chorar E toda a vida a sofrer Mãe que verdade linda Ao nascer encerra Eu nasci de ti Como a flor da terra Beatriz – 4º ano

Como a maior flor

Mãe palavra pequena Mas grande no seu valor És linda como uma açucena

Tu levas-me ao hospital Preocupas-te comigo Para que eu não esteja mal

Dás-me sempre o teu amor Mãe és muito linda Dás-me sempre muito amor Às vezes também me ralhas Mas és linda como uma flor Rui – 4º ano

Mãe tu és uma flor

Mãe, que palavra mais linda

Que lindo é o teu olhar

Penso em ti com muito carinho

És minha paixão, meu amor Pareces o sol a raiar

Quer de noite, quer de dia Mãe gosto muito de ti

Tu dás-me sempre miminho

Do fundo do coração Amas-me quando me dizes sim

Minha querida Mãe Quero dizer-te do fundo do coração

Gostas de mim quando me dizes não

Que te amo mesmo muito

Gonçalo – 4º ano

E te mando um grande beijão Sempre deste um jeitinho

Mãe para mim és a melhor

Para me poderes acompanhar

Eu gosto muito de ti

Segurando as minhas mãos

E eu dou-te muito valor

Mostrando-me o caminho a alcançar Renato – 4º ano

Tu dás-me o teu amor

Mãe tu és a melhor do mundo Eu sempre te amarei Em toda a minha vida Eu nunca te esquecerei

Francisco – 1º ano Beatriz – 1º ano


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SuperTmatik

Mais um ano intenso de SuperTmatik chegou ao fim. Desde o início do 2.º período que se treina o Cálculo Mental. Numa primeira fase, efetuaram-se os campeonatos intraturmas, de onde saíram os dois vencedores representantes de cada turma, desde o 5.º ao 9.º ano. Na fase seguinte, realizaram-se os campeonatos interturmas, por ano de escolaridade. Assim, e uma vez que os mais velhos têm mais treino no jogo, foi o 9.º ano a iniciar, no dia 13 de fevereiro, o apuramento para a Grande Final On-line. Os vencedores foram Ana Cardoso e Diogo Teles Rocha, ambos do 9.ºA. Seguiu-se o campeonato do 8.ºano, no dia 20 de fevereiro. Venceram os alunos Eduarda Filipa Pereira, do 8.ºE, e Rafael Tiago Fernandes, do 8.ºC. A competição entre os alunos do 7.ºano realizou-se no dia 10 de março, na qual ficaram apurados os discentes Eurico Filipe Rocha e Inês Filipa Costa, ambos da turma B. Quanto ao 2.º ciclo, para terem mais tempo de treino e preparação, foram os derradeiros a competir, o que aconteceu no último dia de aulas do 2.ºperíodo, dia 20 de março. Assim, no 5.º ano, os vencedores foram Lourenço Filipe Costa, da turma C, e Carolina Madureira, da turma A. Do 6.º, foram vencedores os alunos Pedro Pereira, da turma A, e Ricardo Miguel Cardoso, da turma B. Aproveito para deixar um agradecimento a todos os participantes na atividade e felicitar, publicamente, os grandes vencedores que representaram a nossa Escola na Grande Final Internacional on-line. Agradeço também aos árbitros voluntários que ajudaram nas várias competições. Todos os alunos referidos anteriormente finalizaram a respetiva participação no IX Campeonato superTmatik Cálculo Mental 2014-2015, entre os dias 20 de abril e 8 de maio. Foram dias de nervos, uma vez que cada um dos alunos tinha três tentativas e sempre que uma corria mal, iam adiando as restantes. Agora, só temos de aguardar os resultados que, com certeza, nos deixarão orgulhosos. Profª Lurdes Martins

EQUAMAT Nos dias 10, 16 e 23 de Abril de 2015, realizaram-se, na Escola EB 2,3 General Serpa Pinto, as provas de seleção do concurso Equamat. Foram apurados os seguintes alunos. - Rodrigo Miguel Vaz Pedro Adrião, n.º18 - 7.ºE - Carlos Gonçalo Freitas da Costa, n.º5 - 7.ºE - Catarina Cardoso de Oliveira, n.º3 - 8.ºA - Sandra Cristina Teixeira Mouta, n.º17 - 8.ºB - Rafael de Carvalho Pinto, n.º23 - 9.ºC - Rodrigo Pinto de Sousa, n.º26 - 9.ºC. Assim, estes alunos irão representar a Escola, no âmbito do referido concurso, no próximo dia 13 de maio de 2015, que se realizará na Universidade de Aveiro. Rafael Carvalho, 9ºC REVISTA

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A História da Carochinha em Meridãos No âmbito do Projeto Comenius “ WHEN THE CHILDREN AND MUSIC MEET TOGETHER”, foi-me lançado um repto, na qualidade de professora E. B. 1 de Meridãos, e aos meus alunos, neste caso, crianças do 1º e 2º anos. O desafio consistia em preparar um teatro com base numa história tradicional que, oportunamente, seria filmado e apresentado num encontro próximo, desta feita, na Turquia! Apesar de se tratar de crianças muito jovens para desempenharem um papel que se reveste de uma certa relevância, o convite foi abra-

çado de bom grado, com entusiasmo até. Iniciou-se, então, a auscultação junto das crianças – que história dramatizar? Ponderados os prós e os contras… decidiu-se enveredar pela História da Carochinha, pois já dispúnhamos de umas máscaras de animais feitas na sala, com pasta de papel. A história foi escrita com base numa das muitas versões conhecidas, foram distribuídos os papéis e, lentamente, no intervalo do almoço, foram iniciados os ensaios a par da procura e preparação de todos os fatos, das máscaras

em falta e respetivos adereços, pois tudo devia estar a contento. O empenho foi enorme! Não foram poupados esforços no sentido de se realizar a tarefa com a máxima desenvoltura, mas, sobretudo com muito carinho e amor. O resultado foi a realização de um vídeo que nos deixou embevecidos e, de certa forma, com o sentido do dever cumprido! Profª Margarida Barbosa

“ Era uma vez uma linda Carochinha que queria muito casar mas não tinha dinheiro. Um dia, estava a varrer a cozinha e encontrou uma moeda de ouro. Toda contente, foi comprar um vestido novo e pôs-se a cantar à janela: - Quem quer casar com a Carochinha, que é rica e bonitinha? - Quero eu! - E quem és tu? - perguntou a Carochinha. “ (…)


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O Fadista

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Os alunos da EB1 de Tuberais têm uma mascote dentro da sala. Chama-se “Fadista” e está sempre a cantar. É muito comum aparecerem nesta altura do ano. Alimentam-se de verduras e fazem cri cri… Já sabem o que é? Acertaste! É um grilo. Os grilos são insetos relacionados aos gafanhotos. Eles têm seu corpo um pouco achatado e longas antenas. Existem mais de 900 espécies de grilos. São animais noturnos e são frequentemente confundidos com gafanhotos porque possuem uma estrutura corporal semelhante, incluindo saltar as patas traseiras. Os grilos são inofensivos aos seres humanos. Características: Somente os grilos machos produzem sons e fazem-no para atrair as fêmeas para a reprodução. Para tanto, os machos possuem uma série de pelos nas bordas das suas asas, alinhados como pentes, e produzem os sons roçando uma asa contra a outra. Assim, cada espécie produz um canto peculiar que varia com a época do ano, e que é mais intenso para atrair a fêmea e mais suave quando ela já está presente e se inicia a fase do cortejo. A fêmea possui um longo órgão ovopositor característico. Cavam no solo orifícios com até meio metro de profundidade, que terminam numa habitação circular. A entrada da toca é mantida sempre limpa porque aí se constitui a zona de canto do macho. Em algumas culturas, os grilos são considerados animais de estimação. Na China, o grilo significa muita sorte. Os grilos podem ser encontrados em diversas partes do mundo. Os grilos são insetos muito asseados, sendo fácil criá-los, mas necessitam de atenção diária, para se verificar a existência de comida. EB1 de Tuberais

As Nossas Caravelas No âmbito da disciplina de História, e como base o tema “Expansão Marítima- condições técnicas e científicas”, decidimos construir, cada um de nós, uma caravela. Esta é uma embarcação rápida, de fácil manobra, com velas triangulares (com o símbolo da cruz de Cristo), que permite “bolinar” (navegar em ziguezague com ventos contrários). A caravela foi criada e desenvolvida pelos portugueses, e foi muito usada durante a Era dos Descobrimentos, nos séculos XV e XVI. Foi a bordo de uma caravela que Bartolomeu Dias atravessou, em 1487-1488, o Cabo das Tormentas, passando este a chamar-se Cabo da Boa Esperança, pelas possibilidades que abriu. António Fernandes, 8º C Francisco Marques, 8º C Rafael Fernandes, 8º C

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Os Conselhos de uma Mosca! Certo dia de Agosto, estava eu na esplanada da minha tia a ler a revista Maria. Como estava muito calor eu fui, algo parecido como acontece a muita gente, alvo do ataque de uma mosca muito chata. Estava eu concentrada a ler sobre a moda e andava uma mosca à minha volta sempre: bzzzzzz bzzzzzzzzz, e isto chateia. Deixei passar a primeira… a segunda, mas à terceira já estava mesmo irritada. Fui buscar o mata-moscas e pensei: agora eu apanho-te! Mas pensar é mais fácil do que fazer. Acertei mais vezes na mesa do que na própria mosca. Mas era agora. Era agora a grande oportunidade de Marlene Santos matar aquela mosca. Quando me preparava para atacar… - Vais mesmo fazer isso? – disse a mosca. - Quem falou? Foste tu tia? perguntei eu. - Aqui em baixo! - Tu falas, mosca?! Não, isto só pode ser do sol!

- Sim, falo. E se não falava agora, já não falava mais. Mas tu atrevias-te a matar-me? Eu, que sou um ser vivo tão inocente? - Inocente não sei se és, mas que és chata… disso tenho eu a certeza!

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- Ah! Ah! Ah! Sobre o quê?- perguntei eu. - Sobre a vida. - Podes começar sou toda ouvidos. - Vocês humanos dizem que sofrem muito, e atenção eu não estou a dizer que não sofrem, mas já pensaste o que sofrem as moscas e todos os outros animais ? - Não , nunca pensei. –disse eu.

- Pois, nós as moscas chateamos as pessoas, mas não as matamos, como as pessoas fazem às moscas não é?! - declarou a mosca muito zangada. - Pois, tens razão. Mas o que é que tu queres de mim para tanto me chateares? - Queria dar-te alguns conselhos. - retorquiu a mosca.

- Os humanos matam os animais para alimento, matam as moscas se calhar por divertimento. Vou dar-te dois conselhos: O primeiro é que és tu que fazes as tuas próprias escolhas e o segundo é “faz o que eu digo e não faças o que eu faço”. Sê original. - Estou espantada, nunca tinha visto o lado dos animais. - Pensa no que te disse, sim? Adeus. - Adeus mosca. – disse eu. Marlene Santos, 8ºE

Dia da Internet Segura A Secção de Programas Especiais do Destacamento Territorial de Lamego realizou uma ação de sensibilização, dia 11 de fevereiro, relacionadas com a temática Dia da Internet Mais Segura, no Centro Escolar de Santiago de Piães, do Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto -Cinfães. As ações de sensibilização foram ministradas à comunidade escolar com o objetivo de lhes comunicar os procedimentos de segurança aquando da utilização do computador/ telemóvel e internet, de forma a prevenir eventuais situações que os possam colocar em risco. Clube da Proteção Civil


Entrega de prémios na Biblioteca

N

o dia 13 de maio, realizou-se na biblioteca, a entrega de prémios aos alunos vencedores das Olimpíadas de História e Geografia para todos os níveis de ensino. As turmas classificadas em 1º lugar foram as seguintes: 5ºA, 6ºD, 7ºD, 8ºD e 9ºD.

Olimpíadas de História e Geografia, 5ºA

Entregaram-se também os prémios aos alunos vencedores do concurso “Postais de Natal”, lançado pela Resinorte, e aos alunos premiados no concurso “Palavras do Mundo em Cartaz,” promovido pelo Plano Nacional de Leitura. Neste último, a aluna vencedora foi Carolina Madureira, do 5ºA. Profª Graça Bompastor

Olimpíadas de História e Geografia, 6ºD

Olimpíadas de História e Geografia, 7ºD

Olimpíadas de História e Geografia, 8ºD

Concurso “Postais de Natal”, Resinorte Olimpíadas de História e Geografia, 9ºD


Concurso “Postais de Natal”, Resinorte

Palavras do Mundo em Cartaz Dentro das atividades da Semana da Leitura, foi lançado o desafio aos professores de EVT no sentido de motivarem os seus alunos a participarem no concurso “ Palavras do Mundo”, promovido pelo PNL. Participaram as turmas da Professora Dora Ferreira, com vários trabalhos criativos baseados em livros de referência da literatura juvenil nacional e internacional. Foi feita a seleção a nível de escola e os resultados foram os seguintes: em 1º lugar, classificou-se a aluna do 5ºA, Carolina Madureira; e em 2º Lugar,com a mesma pontuação selecionaram-se trabalhos de três alunos: Andreia Sofia Mendes, do 6ºB, Rui Filipe Calvo, do 6ºB, e Afonso de Vasconcelos, do 5ºA. Esta iniciativa teve como objetivo promover o gosto pela leitura e estimular a imaginação e a criatividade. O 1º classificado foi enviado para o Concurso Nacional. A divulgação dos vencedores e a entrega de prémios aos alunos e escolas será feita no mês de junho. Profª Graça Bompastor

Concurso “Palavras do Mundo em Cartaz”


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Visita do escritor José Braga Amaral

Foi com grande expetativa que os alunos do 1º e 2º anos do Complexo Escolar de Cinfães receberam o escritor José Braga Amaral, no dia 17 de março, ansiosos por conhecer pessoalmente o autor do livro “Os segredos de Constança”.

Os alunos ficaram a saber como surgiu o livro “Os Segredos de Constança”, quem é a Constança – uma menina pouco mais velha do que eles -, e ainda ouviram ler uma das várias histórias que o livro contém, pela voz do próprio autor.

O autor não desiludiu e, durante mais de uma hora, conseguiu prender a atenção das crianças, falando-lhes da importância da leitura e dos livros e levando-os numa “viagem” inesperada pelo seu mundo, abrindo-lhes a porta da sua casa, mostrando-lhes o seu quarto, a sua secretária, os seus livros e até o seu animal de estimação.

No final, ainda foi possível

tirar uma fotografia com o autor José Braga Amaral, ou, como o próprio se denominou, com o Zé da Boina… Parabéns ao escritor José Braga Amaral pela excelente apresentação e pela forma como conseguiu dirigir-se aos

Das Glórias e Tormentas... Cinfães, 7 de maio de 2015 Caro André, Nem queiras saber a história do meu país! É tão gigante; quase infinita, que não vês a última palavra ou o último acontecimento em nenhum canto. São coisas antigas; porém, mesmo assim, percorrem o país inteiro, provocando o frémito das grandes ocasiões patrióticas: o nosso grande Luís de Camões escreveu a sua grande obra, “Os Lusíadas”, contando e cantando a glória e o sofrimento do nosso país, as angústias e as tormentas que os nossos antepassados sofreram. Viajavam em naus, com os porões carregados de mantimentos e o cheiro a pinho. Muitos lá morreram, carregando as armas com os símbolos portugueses cravados até à alma. De tantas vezes que tentavam dobrar aquele cabo (Tormentas…), já os nossos bravos marinheiros se tornavam empedernidos à agua gelada e ao pequeno - grande, existente inexistente monstro que lá habitava: o Adamastor. Espero que tenhas a oportunidade de ler esta obra, pois vai ficar gravada na tua mais profunda memória. Não fala só de tragédia e sofrimento, de grandeza e glória, mas também de uma linda história de amor e desejo carnal insaciável, que jamais poderás imaginar, e que atingiu o auge na ilha dos Amores. Com saudade, recebe um abraço bem português! Tiago Pinto, 9ºC

Do teu amigo, REVISTA

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alunos, captando e mantendo a sua atenção durante toda a presentação. Foi um final de manhã muito agradável e que ficará, sem dúvida, na memória das crianças por muito tempo. Turmas do 1º e 2º Ano CE de Cinfães


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Eu Sou um Livro...

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Minha vida, minha longa e intensa vida... estava sempre a trocar de mão. Livro famoso que eu era! Já ouviram falar no “Romeu e Julieta”? Pois sim, era eu! Meu autor me fez tão lindo, mas tão triste... vivia numa biblioteca, mas estava por lá pouco tempo! Já vivi tanta experiência! Lembro-me daquele leitor que me dobrou uma página onde, ainda hoje, todas as noites sinto doer! Lembro-me também daquela menina que todas as noites me lia e que, quando acabava, passava seus suaves dedos pelas páginas… o que me sabia tão bem! Lembro-me daqueles leitores que, quando chegavam ao fim, todos chorosos, me molhavam com lágrimas salgadas e que diziam sempre: - Linda história, lindo livro! Era como eu me sentia, lindo! Com o passar do tempo, essas pessoas deixaram de ter interesse por mim, já não queriam mais este velho calhamaço que falava de um amor proibido e, assim, vieram novas edições para a biblioteca, trazendo um nome igual ao meu… Colocaram-me à venda. Felizmente, uma velha senhora comprou-me. Lembro as primeiras palavras da senhora, com uma voz rouca e comigo no regaço: - Meu velho livro, assim como eu!- e riu-se. Agora, a minha nova casa é numa prateleira no quarto da senhora. Há já muito tempo que não a vejo por cá. Estou sozinho e questiono-me sobre o que lhe terá acontecido… Estou só e com um bocado de pó na minha ilustrada capa e penso: “ Será que é assim que tudo acaba?”. Mariana Sousa, 8ºC

Eu Sou um Livro, uma Nova Edição A minha vida veio desde o meu fabrico, em 2001, quando aquelas máquinas grandes, que eram as minhas mães, me fizeram cada uma delas uma parte. Tudo começou assim. Quando abri os olhos, tinha capa, contracapa e a lombada. A minha cor era verde, a cor da esperança, e tinha umas ilustrações; passei à etapa seguinte, onde escreveram na minha capa e na lombada. Isso fez-me algumas cócegas, e eu comecei a ler o que dizia: “ Luís de Camões”. Então, virei-me para uma das minhas mães e perguntei: - Mãe, quem é Luís de Camões? - Luís de Camões é um grande escritor português!- respondeu solenemente. Mas, de repente, interromperam-me a conversa e, por dentro de mim, chegaram-me cola. - Que nojo!-disse eu, de súbito. Mas vieram em meu auxílio um montão de folhas que entraram dentro de mim. Folhas escritas, outras com ilustrações e algumas em brancas. Eu pensei que vinham para me tirarem a cola, mas não; o que queriam era o meu quentinho! De seguida, abriram-me e, na primeira folha, colocaram um carimbo. Eu só queria gritar para alguém me resgatar. E, poucos minutos depois, vi-me dentro de uma caixa com destino a uma biblioteca. Eu fiquei na dúvida sobre o que era uma biblioteca. Eu pensei, para mim, cheio de esperança, que podia encontrar por lá amigos novos, pessoas que me lessem e cuidassem de mim com delicadeza e cuidado. Entretanto, senti a caixa a abrir-se. Retiraram-me de lá e puseram-me numa prateleira à beira de outros companheiros que eu não conhecia, mas que me pareceram bem simpáticos. - Que biblioteca é esta? – questionei. - Esta é a biblioteca da Escola General Serpa Pinto, de Cinfães! E, a partir desse dia , comecei a ser verdadeiramente feliz! Francisco Marques, 8ºC


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E Quando Tudo Parece Perdido...

Projeto da Fundação Ilídio Pinho – Pré-escolar de Nespereira O pré-escolar de Nespereira concorreu e foi selecionado para o Projeto «Ciência na Escola», promovido pela Fundação Ilídio Pinho. Este ano o tema incidiu sobre a Ciência e a Tecnologia em resposta aos grandes desafios da sociedade e neste sentido o projeto em si consistiu em construir um ponto de abastecimento para baterias de brinquedos, através de um hidrogerador. Este poderá vir a ser aproveitado por praias fluviais, parques de campismo, temáticos ou de lazer. Pretendemos: - divulgar a importância da água como promotora de energia limpa, renovável e reutilizável; - alertar para a problemática da água (desperdício, poluição e mudanças climáticas); - utilizar os alunos como veículo de informação à comunidade, através das atividades práticas realizadas. Quer queiramos quer não, temos que ter em consideração que os gostos das crianças dos dias de hoje também sofreram alterações e que estas acompanham, inevitavelmente, as evoluções tecnológicas e científicas. A grande parte dos seus brinquedos acabam por ser engenhos movidos ou impulsionados por pequenas baterias recarregáveis a energia elétrica. As crianças de Nespereira não são exceção e também elas revelam um enorme interesse por este tipo de brinquedos.

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Este projeto foi elaborado a pensar nas nossas crianças e nas oportunidades/benefícios que este tipo de atividade lhes podem trazer de forma particular (e a todos nós de forma geral). Sabemos que as crianças constroem conhecimento a partir de múltiplas experiências familiares e/ou escolares e que quanto mais variadas são as atividades, maior o seu interesse, curiosidade e desejo de descobrir o mundo que as rodeiam. É durante as observações que realizam, acompanhadas ou autonomamente, que começam a formar as suas próprias ideias sobre os fenómenos que as circundam, sejam eles naturais ou induzidos. A nós, educadores, coube o papel de impulsionar novas aprendizagens, desafiando as nossas crianças a tomarem consciência de novos saberes através de uma visão multidisciplinar que envolverá as diferentes áreas curriculares. O projeto lançou um desafio aos alunos, utilizando um bem/recurso natural da localidade: o rio Ardena, promovendo a responsabilização dos alunos para a necessidade de

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alterarmos atitudes e comportamentos futuros para um planeta mais saudável e sustentável, poupando e reutilizando a água. Até meados de maio, realizámos diversas atividades, das quais destacamos: visita ao Rio Ardena, visita aos Bombeiros, participação no Maio Cultural com stand expositor, divulgação através de panfleto, elaboração de cartazes sensibilizadores, produção de livros, para além de histórias, filmes, canções, danças e poemas. Tivemos a participação dos encarregados de educação na elaboração dos protótipos do engenho e na composição de um mural. Contámos ainda com a colaboração de vários elementos da comunidade, sem os quais o projeto não teria sido tão enriquecedor.


Intercâmbio Musical

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No passado dia 22 de abril, o pré-escolar de Nespereira, em conjunto com o prof. Miguel, de Expressão Musical, deslocouse ao Lar de Nespereira para realizar uma atividade de intercâmbio entre gerações. Os alunos cantaram e dançaram para os idosos, acompanhados pelo professor, educadoras e assistentes. As canções tradicionais entoadas foram abrilhantadas pelo som do trompete e da concertina. Os idosos mostraram-se agradados por relembrar algumas canções da sua juventude, acompanhando com palmas e dança.

Um Ovo por Inventar Os alunos do Centro Escolar de Nespereira participaram no Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral – Projeto SOBE (Saúde Oral Bibliotecas Escolares) uma iniciativa da DireçãoGeral de Saúde do Plano Nacional de Leitura e da Rede de Bibliotecas Escolares. Uma das atividades desenvolvidas foi a participação no Concurso “ Um Ovo Por Inventar”. É de salientar que este trabalho ficou em 12º lugar a nível nacional.

Visita da Escritora Palmira Martins No âmbito da semana da leitura, os alunos do Centro Escolar de Nespereira tiveram o privilégio de ouvir uma história do livro “ Ecofeitiços e outras histórias”, contada pela própria escritora – Palmira Martins. Num clima de empatia, a escritora autografou alguns trabalhos dos alunos, concluindo o encontro com a entrega de um singelo ramo de flores.

Dia da Árvore Os alunos do Centro Escolar de Nespereira participaram, com empenho e entusiasmo, no Dia da Árvore, plantando uma laranjeira no espaço anexo à Horta Pedagógica.

Centro Escolar de Nespereira


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Ler… é sem dúvida… Crescer

No passado dia 23 de abril comemorou-se o Dia Mundial do Livro. Tal como no ano anterior, o Agrupamento de Escolas de Cinfães propôs a toda a comunidade educativa que parasse meia hora (no caso do 1º Ciclo, das onze, às onze e trinta), para ler um livro. Nós colocámo-nos numa posição confortável na sala de aula e deliciamo-nos a ler um livro, ao som de música apropriada. Foi muito agradável. No final, a professora colocou a questão: “ O que é para ti a leitura?” ou “O que significam para ti os livros?” e sugeriu que escrevêssemos algumas frases. Decidimos partilhá-las convosco. A leitura é... “… muito importante; leva-nos num sono profundo, carregado de imaginação fértil. Quanto mais lemos, mais conhecemos. Os livros são um bom amigo. Ajudam-nos a crescer e quando formos adultos vamos continuar a ler. Os livros ajudam-nos a ter mais vocabulário e se estivermos preocupados, ler um livro faz esquecer os problemas. Quem lê aprende, quem aprende é porque lê.” - Ana Carolina “ ... um tapete mágico que nos leva para o passado e para o futuro. Entramos em aventuras escaldantes e divertidas em que o passado é futuro e o futuro é passado. Descobrimos o que há muito tempo era um mistério. Ler um livro é tentar colocarmonos no lugar dos outros nas histórias, sem deixarmos de ser nós”. – Beatriz “ ... como a serenidade de voar calmamente sobre os campos verdejantes. - Bernardo “ … importante, porque quando estou a ler uma história posso imaginar que faço milhões e milhões de coisas.” – Cármen “ ... um mundo de aventuras que me leva a descobrir mistérios. Eu tenho o “bichinho” da leitura que me leva a pensar nas coisas, aprender palavras caras. “ Carolina Sousa “ … um tapete mágico de imaginação que leva a outro mundo.” Sofia “ … muito importante porque me faz sentir feliz! Deixamos as preocupações e aprendemos coisas novas. Os livros fazemnos viajar no tempo, como se fosse uma máquina de viajar para todos os mundos. Quando lemos, nunca nos sentimos sozinhos. Sempre que vou dormir leio um livro.” – Gabriela Castro “ … é um momento em que posso conhecer pessoas novas, entrar noutro mundo, conhecer palavras novas, para depois escrevê-las nos textos” – José Pedro “ ... como se estivéssemos num tapete a voar, é como se entrássemos noutro mundo, noutras terras. Ler faz bem a todos porque nos ajuda a crescer e a ler com entoação correta e não aos soluços” – Maria João “ … um tapete voador que me leva a voar por todo o mundo da imaginação; que me leva a viajar em cima dele e nessa viagem encontro mistérios que desfaço com a varinha.” - Rafael “... um tapete voador que me leva para o mundo imaginário, é uma aventura sonhadora. É um foguetão que sai da Terra e vai até ao céu lentamente, que nos deixa embalados, tranquilos para viver a longa caminhada que nos espera do outro lado do horizonte. Leva-nos a descobrir mistérios. Ler um livro é como sonhar em liberdade.” – Raquel “ … estar a sonhar numa coisa impossível. É uma aventura quando começamos a ler livros e a sonhar.” - Rúben

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Ler… é sem dúvida… Crescer

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“ … aprender, viajar pelo mundo. Eu adoro ler, principalmente fábulas. Quando leio livros, a minha imaginação aumenta e até fico mais esperta. Eu entro no mundo da fantasia, em que aprendo novas e diversas palavras que podem ser até difíceis. Ler dá saúde e faz crescer!” - Tatiana “ ... muito importante pois leva-nos ao mundo da imaginação. Quanto mais lemos, mais percebemos. Os adultos devem ler também para ensinarem aos seus filhos quando têm alguma dúvida.” - Tiago “ Abrir um livro é ter o mundo ao meu alcance. Tenho em meu poder, toda essa imaginação. Não é preciso uma varinha de condão para entrarmos nesses belos mundos, só basta ler um livro. Se fechas a “porta” ao teu livro, esse mundo desaparece como por magia.” - Francisca “ Quando eu abro um livro e leio, a varinha está em meu poder; se eu depois o fechar, tudo acaba, incluindo os meus sonhos… e se eu quero voltar a esse mundo, tenho de abrir o livro, sempre, sempre…” – Carolina Fraga “ Uma história pode levar-me a um mundo mágico de fantasia; uma enciclopédia faz-me viajar no mundo dos animais e plantas, planetas e outros mundos que não o meu; um manual é uma ferramenta de estudo, ensina-me a matéria necessária para ser um bom aluno e crescer com conhecimentos.” Diogo Remuge“ “ Se querem voar num tapete mágico, conhecer o mundo sem montes de viagens, abram o livro e leiam.” - Lara Fabiana “ Um livro permite entrar no mundo da imaginação e estar noutros lugares, sem abandonares o teu chão. Com o livro, a varinha será tua e não das fadas, pois tu é que tens o poder no teu olhar, cada vez que te dispões a ler.” – Leonor “ Ler faz parte da vida. Quando lemos ou contamos uma história estamos a aprender ou ensinar outras pessoas. A leitura abre portas à nossa imaginação.” – Pedro Bravo “ Os livros para mim são tapetes mágicos, máquinas de tempo. Imagino outros lugares, deixo de ser eu, não mudando de coração. Ler livros é o meu mundo, maravilhoso, cheio de mistérios, uma arca encantada! Viver é abrir um livro! Ler é ser criança!” Susana

Ao longo destes 4 anos, foram muitos os momentos em que na nossa sala de aula se procurou desenvolver e incutir o gosto pela leitura, não só como forma de aquisição de conhecimentos, de exploração literária, mas também pelo simples prazer de ler! Como uma imagem vale mais que mil palavras, fiquem com alguns desses momentos. Escola Básica de Cinfães – Turma 4º H


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Gostar de Ler

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Quadras para a minha Mãe Minha mãe é uma rosa Das três que minha avó deu. Não me canso de dizer

A nossa turma, durante o mês de abril, na aula de Português, consultou o site “História do Dia”. Depois de ler a história, escrevíamos um texto para dar a nossa opinião. Quem escreve as histórias é António Torrado e quem as ilustra é Cristina Malaquias.

Gostamos muito desta atividade, porque as histórias eram engraçadas, aprendemos palavras novas e deu-nos mais entusiasmo para ler. Todas as histórias que lemos, achamolas espetaculares, por isso recomendamos que consultem este site.

“O melhor botão é meu”.

Fábio Alves, nº 5, Hugo Ferreira, nº 7 e Sofia Ferreira, nº 19 (5ºD)

A Poesia é... É um relógio, cada palavra no seu tempo. É um balão que nos leva para o céu. É um mundo cheio de cor e brilho.

“Minha mãe é uma rosa” Digo eu e muito bem, Anda sempre muito

É navegar num mar de palavras. É vida, cada palavra conta uma história. É a magia dos sentimentos. É o que faz acordar os nossos pensamentos. É um mundo pintado de imaginação.

cheirosa E amorosa também. Sofia Ferreira, nº 19 (5ºD)

É saber escutar a música das palavras. É pôr o coração nas palavras. É ganhar asas e voar. É abrir o coração para a ternura das palavras. É o álbum das emoções. É o sonho por realizar. É emoção expressa ao ritmo do pensamento. É casar as palavras e torná-las felizes. É um baú de recordações e tesouros. É quando as palavras saem para dançar. É o sol que aquesse e ilumina. É um caminho que nos leva por paisagens de emoções. É o brilho do luar em noites frias. Poema coletivo do 7ºB

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O Livro

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No dia 23 de abril, assinalou-se o Dia Mundial do Livro. Na nossa escola, os alunos, as professoras e as assistentes operacionais leram uma parte de um livro, todos à mesma hora. Esse livro era nosso ou da biblioteca. O livro é um instrumento importante. Com ele aprendemos coisas novas, sabemos escrever e falar, conhecemos o mundo que nos rodeia sem sairmos de casa e temos uma boa leitura, se lermos muito. Há livros de histórias, aventuras, dicionários, enciclopédias e de estudo. Os livros são os nossos melhores amigos.

Escola EB de Oliveira do Douro - 2ºB

O Teatro veio à Escola Na semana da leitura, a nossa escola teve a visita do “Teatro do Montemuro” com a peça “À espera que volte”. De início, estávamos um pouquinho receosos, pois um ator veio até nós, escolheu sete colegas e levou-os. Quando o teatro começou, ficámos muito espantados porque aqueles colegas estavam no palco e faziam parte da peça. Eles estavam muito bem caracterizados, quase que não os conhecíamos. A história foi muito interessante, pois falava da água e da sua importância. Os nossos colegas, com ajuda de vários utensílios, faziam o barulho da água, imitando tempestades e chuvas. Eles foram muito bons atores. Foi um espetáculo muito interessante. Nesse dia, tivemos a escola de Meridãos a assistir connosco à peça de teatro e esperamos tê-los mais vezes para outras atividades. Escola Básica de Oliveira do Douro - 2º B


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Ao 9ºA

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Seres pequeninos Que cresceram pouco a pouco Por este caminho Finalmente chegado ao fim Culpa do tempo louco! Meninos e meninas Traquinas e sossegadinhos Que aprenderam grandes lições Sois na minha vida pedacinhos De um todo de junções!

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Uma chamada de atenção aqui Um conselho sentido além Em grandes conversas Sempre para vosso bem Pelas atitudes adversas!

Levai sempre esse sorriso Na vossa vida por diante Que no meu coração preciso Com carinho e amor Guardarei qual diamante!

Alunos persistentes Decididos e opinativos Eis que é o momento Nestes versos revolvidos Por um único sentimento! Rapazes e raparigas Para o futuro deixo-vos aqui Um voto de felicidade Onde sabereis Que de vós não me esqueci!

Meus queridos Esta vossa professora Insistente e protetora Despede-se com saudades Dos tempos vividos! Um abraço, um beijo e um xicoração A D.T. e professora de Francês, Elisabete Barbosa


Para o 9º D e para mais tarde O Alexandre é grande, Mas antes de responder deve sempre contar Para não se enganar. A Alexandrina é linda, E quando levanta o dedo É sempre para acertar. A Ana Rita diz que quer cá ficar E que da secundária não vai gostar. A Bruna é esforçada, Mas diz que a Matemática Só veio para complicar. A Catarina gosta de aprender E que perfeito é o seu inglês! A Célia é catita, por onde passa Só olham para os seus calções curtitos. A Cláudia entra sempre a refilar, Mas lá no fundo, O que ela quer é agradar. A Diana da escola parece gostar, Mas o seu coração anda sempre a palpitar.

A Inês parece que quer aprender, Mas o que atrapalha É mesmo a sua timidez. O João, que também é Carlos, Está sempre pronto para aprender, E que belo futuro irá assim ter. O João, que também é Marcelo, Diz que gosta de História E o resto é só para atrapalhar. O João, que também é Maurício, Fala tão baixinho Que bem que o queríamos ouvir a gritar. A Lúcia é bem aplicada, E da sala de estudo fez a sua segunda casa. A Liliana gosta tanto de estudar, Que muitos cincos vai colecionar. A Marta só diz não à Educação Física, Cambalhotas e piruetas Dores de cabeça diz que lhe vão dar. O Luís diz que é galã, E seus olhos azuis Muitas meninas põem a suspirar.

A Diana sabe bem o que quer E tem sempre opinião, A Maria Rita é bem catita, Mas é na música que tem a sua paixão. Beijinhos e abraços está sempre pronta para dar.

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O Rui é bom rapaz. - Xiu! - diz a professoraNão o queremos ver sempre a falar! A Sara, que também é Carmezim, Da sala de estudo parece não gostar, Mas no jardim adora passear. E a DT, que agora até deu em correr, Diz que estes três anos também passaram a voar. Profª Cristina Marques

ASAS Sou uma construtora de asas, Ofereço-as a quem as quiser usar, A quem quiser sonhar, Voar alto e o mundo abraçar. (Ó professora, que palavras tão lindas e catitas! Como as podemos utilizar?) Sou uma construtora de asas, Esta vida quis abraçar. É um rodopio interessante. Há rosas, há espinhos E nunca se pode parar. (Ó meninos, que histórias tão bonitas, Como tão bem as souberam contar!) Asas coloridas, asas feridas, Asas livres, asas mendigas E asas amigas. Sigam as andorinhas, Elas saberão para onde os levar! Prof.ª Cristina Marques


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Quem foi Amorim Girão? Aristides de Amorim Girão foi um dos mais reconhecidos geógrafos portugueses, tendo-se formado na Universidade de Coimbra e doutorou-se em Ciências Geográficas. Considerado uma autoridade científica no âmbito da Geografia de Portugal, foi o primeiro geógrafo a estudar em profundidade a Serra do Montemuro, tendo deixado vasta obra científica. A sua obra “Montemuro: a mais desconhecida serra de Portugal” constitui uma autêntica obra-prima sobre esta serra.

Apontamento geográfico

Montemuro, esse “gigante” adormecido… Amorim Girão, um dos mais reputados geógrafos portugueses do século XX (1895-1960) ficou conhecido por, no já distante ano de 1940, ter realizado um importante trabalho de investigação, pioneiro para a época, sobre a serra do Montemuro, a “mais desconhecida serra de Portugal”. Naquela época, poucos eram os que se atreviam a circundar as encostas do Montemuro, dadas as adversidades próprias desta imponente elevação (a oitava maior de Portugal), nomeadamente devido ao seu relevo vigoroso, o seu clima extremo e as fracas vias de comunicação então existentes. As paisagens montemurenses de “cortar a respiração” apenas podiam ser admiradas pelas gentes das aldeias que por aqui se fixaram desde os tempos da fundação de Portugal e que (sobre) viviam daquilo que a terra lhes fornecia. Ainda hoje, apesar das melhorias verificadas em termos de acessos rodoviários, pode-

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

GIRÃO, Amorim (1940) – Montemuro, a mais desconhecida serra de Portugal. Coimbra. VASCONCELOS, Maria Isabel, RIBEIRO, José M. & MATOS, Ernesto S. (2000) – Geografia de Cinfães. Cinfães VIEIRA, António Avelino Batista (2008) - Serra de Montemuro: dinâmicas geomorfológicas, evolução da paisagem e património natural. Coimbra. REVISTA

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mos considerar o Montemuro como uma serra ainda pouco conhecida e explorada, o que possibilita que o visitante ainda possa admirar a autenticidade das aldeias que serpenteiam as suas vertentes, assim como um conjunto de paisagens naturais que ainda não foram “tocadas” pela mão do Homem e que lhes configura um traço de imponência e autenticidade tais que arregalam os olhos de qualquer um… A serra do Montemuro, dominada pelas suas condições adversas em termos morfológicos e climáticos, apresenta-se como um imponente maciço de vertentes abruptas, com uma altitude máxima de 1382 metros, cuja forma é amplamente triangular e dissimétrica. Território de inigualável beleza, a sua riqueza paisagística está bem patente, tanto no vigor das suas encostas, como nos inúmeros vales que as atravessam e por

onde correm rios e ribeiros de águas puras e cristalinas. Nesta serra abundam dois grandes tipos de paisagens: umas dominadas pela incisão de cursos de água bastante apertados e profundos, de regime torrencial no inverno, e que correm por entre vertentes desnudas e abruptas; e outras, em que se vislumbram extensos retalhos quase aplanados, entrelaçados por pequenos lameiros situados em áreas levemente deprimidas e por verdejantes bosques onde ainda se podem encontrar relíquias do coberto vegetal original. É nesta serra que nasce aquele que ainda é hoje conhecido como um dos mais límpidos rios da Europa: o Bestança. Rio exclusivamente cinfanense, com uma direcção NNE/SSW, corre desde as Portas do Montemuro até ao rio Douro, terminando o seu percurso junto ao Porto Antigo, depois de percorrer quase 15 Kms por um


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vale apertado, profundo e quase rectilíneo, onde lhe chegam águas de pequenos ribeiros, como os de Ourique, de Alhões, dos Prados ou de Tendais, que calcorreiam pequenas cascatas de inegável beleza. Dado o elevado grau de conservação natural do Bestança e a sua importância como ecossistema sustentável, todo o seu vale fluvial encontra-se integrado na Rede Natura 2000 e classificado como Biotopo Corine, assumindo destaque ecológico nacional e internacional de enorme valor paisagístico. A nível climático, o cimo do Montemuro contrasta com as zonas que ficam no fundo das suas encostas, nomeadamente a que confina com o vale do Douro. Enquanto que nas partes mais altas da serra predominam invernos frios e rigorosos e verões relativamente frescos, no sopé da montanha, sobretudo na vertente norte junto ao vale do Douro, as temperaturas são bem mais elevadas. A precipitação também é variável, oscilando entre os 1200 mm junto à vila de Cinfães e os 2500 mm no alto do Montemuro. Não é apenas a altitude que faz variar o regime termopluviométrico desta região; também a exposição das vertentes tem influência nestes dois elementos climáticos, visto que nas vertentes viradas a oeste se verificam maiores precipitações em razão dos movimentos de ascendência do ar que provêm do litoral, ao passo que nas vertentes viradas a este a precipitação regista valores mais reduzidos. Já em relação à temperatura, é nas vertentes ocidentais que a amenização é maior, enquanto que as vertentes viradas a este registam maiores contrates térmicos (verões mais quentes e invernos mais frios). Quem percorrer o Montemuro nos meses da primavera, outono e inverno facilmente constata que um dos elementos climáticos que quase todos os dias se instala nas vertentes desta serra é o denominado “nevoeiro de irradiação”. Este é provocado pelo ar carregado de humidade transportado pelos ventos de oeste que, à medida que vai subindo pelo Montemuro, arrefece e que quando a temperatura atinge o seu ponto de saturação dá origem a um intenso e espesso nevoeiro que se fixa nas depressões mais abertas da elevação, sobretudo durante a noite e ao amanhe-

cer. Outro elemento climático presente no Montemuro nos meses mais frios é a precipitação sob a forma de neve. Dados do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) apontam para uma média de 25/30 dias por ano com registos de queda de neve, devido ao facto das temperaturas descerem, nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, a valores negativos, sobretudo a partir dos 1000 metros de altitude. Tendo em conta as especificidades próprias da serra do Montemuro, podemos considerar que o rigor do relevo e do clima aqui dominantes constituem as grandes riquezas naturais que estão na origem do epíteto da “mais desconhecida serra de Portugal”. Ora, se as adversas condições naturais do Montemuro podem explicar o seu estado selvagem em termos de preservação ambiental (de que o rio Bestança, os verdejantes bosques e as inúmeras aldeias inseridas de forma equilibrada no território são bons exemplos) é chegada a hora de tirar partido das potencialidades deste imenso território e dá-lo a conhecer ao visitantes (a rota do Românico é já uma realidade que há que aproveitar em prol das populações locais), por forma a desenvolver a atividade turística, nas suas mais diversas vertentes (desde o de natureza e rural até ao ligado ao património cultural e histórico)

que concilie as mais-valias naturais desta serra com os costumes e as tradições ainda vigentes em muitas aldeias serranas, atraindo todos aqueles que pretendam disfrutar das paisagens esplendorosas e inigualáveis da serra do Montemuro, um autêntico “gigante adormecido” à espera de ser acordado… Pedro Peixoto (Prof. de Geografia)

Serra do Montemuro. Porquê esta denominação? São várias as teorias que tentam explicar as origens do Montemuro. Uma defende que foi a passagem dos mouros por esta região montanhosa que levou a que esta fosse conhecida, inicialmente, como “Monte Mouro”. Uma outra teoria, mais aceite pela comunidade científica, justifica o nome à construção de uma edificação muralhada (em redor de um castro), da qual ainda restam algumas ruínas junto às Portas do Montemuro. “Monte do Muro” parece ter sido, portanto, a origem do nome desta serra .


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CURIOSIDADE A 23 de abril celebrase em todo o mundo o Dia do Livro e dos Direitos de Autor. A

Dia Mundial do Livro No dia 23 de abril, celebra-se o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. Esta data tem como objetivo reconhecer a importância e a utilidade dos livros, assim como incentivar hábitos de leitura na população. Na nossa escola também comemorámos esta data. Quando lemos um livro…viajamos! De facto, a leitura leva-nos a muitas viagens. Podemos viajar por castelos, por bosques encantados, por cidades, por palácios…e até por planetas! Se lermos muito, aprendemos palavras mágicas, como cultura, conhecimento, inteligência, sabedoria, enriquecimento, vocabulário, crescimento…e tantas mais. Os pequenos leitores da nossa turma também demonstraram aquilo que já sabem aos seus colegas. Foi um momento especial para todos!

data tem como Alunos da Turma A - 1º e 2º anos da EB1 de Oliveira do Douro e Profª Olívia

objetivo reconhecer a importância e a utilidade dos livros, assim como incentivar hábitos de leitura na população. Os livros são um importante meio de transmissão de cultura e informação, e elemento fundamental no processo educativo. Vale a pena ler...

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Dia da Árvore

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Embelezamos a nossa escola e cuidamos do ambiente Comemorámos o Dia da Árvore com a plantação de várias espécies de árvores no logradouro da nossa escola. Para celebrar este dia, tivemos a visita do Dr. Serafim Rodrigues, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cinfães, que colaborou na plantação de uma oliveira, símbolo da freguesia de Oliveira do Douro e que consta do brasão das armas. Todos os alunos da escola participaram com interesse e entusiasmo nesta atividade. E agradecem à Câmara Municipal de Cinfães e à Junta de Freguesia de Oliveira do Douro, o empenho e contributo que deram para embelezarmos ainda mais a nossa nova escola. Nós esperamos que esta oliveira cresça e se torne uma árvore frondosa, para encantar quem nos visita e ser sempre um marco nas nossas vidas.

Alunos da Turma A - 1º e 2º anos da EB1 de Oliveira do Douro e Profª Olívia Sequeira

A si, leitor desta revista, deixamos um pedido: “ Faça como nós, PLANTE UMA ÁRVORE! CUIDE DO AMBIENTE!”

As nossas sementeiras Trouxemos de nossa casa várias sementinhas: feijões, abóboras, milho… que semeámos em pequenos recipientes, na sala de aula. Desta maneira, podemos observar, em diferentes fases, a germinação das sementes e verificar como estas se transformam numa plantinha. Tal como os animais, também as plantas são seres vivos, que necessitam de cuidados, de luz, calor e água. Nós cuidámos das nossas sementinhas e elas cresceram muito. Adoramos o resultado obtido. Depois, levámos as nossas plantinhas para a nossa horta ou para o nosso quintal. E lá estão a crescer. Esta atividade foi muito divertida.

Para as nossas Mães Mãe Por tudo o que és pela tua beleza pelo teu sorriso O meu amor é todo para Ti!

Alunos da Turma A - 1º e 2º anos da EB1 de Oliveira do Douro e Profª Olívia Sequeira

Mãe Tens três letras, cheias de doçura! M de Mãe A de Amor E de Embalar!


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Visita ao Planetário de Torredeita

Na sexta-feira, dia 17 de abril, os alunos do primeiro ano da Escola Básica de Cinfães foram visitar o Planetário de Torredeita, perto de Viseu. A viagem foi feita de autocarro, a ver filmes de desenhos animados. No Planetário, encontrámos o Principezinho que nos levou a conhecer os planetas, a Lua e o Sol, numa nave chamada Imaginação. Nessa viagem, apareceu um astronauta que nos levou à Lua, onde vimos pegadas e muitas bandeiras. A seguir, fomos ver as estrelas e descobrimos que algumas até formam desenhos, como a Ursa Maior e a Ursa Menor. Também vimos a nave do Principezinho. No final, fomos almoçar. Depois, demos um passeio e até vimos uma locomotiva antiga. A seguir, voltámos para Cinfães. 1º A (texto coletivo)

A Visita de Estudo No passado dia 24 de abril acordei de manhã, bem cedinho. Levantei-me e tomei o pequeno-almoço para ter forças, e fui para a escola. Na escola, organizámo-nos em fila para entrar no autocarro e, depois de sentados, com o cinto de segurança colocado, seguimos viagem até Viseu, mais propriamente até Torredeita, onde íamos visitar o Planetário. Lá chegados, comemos o lanche da manhã e iniciámos a nossa visita. Começámos por ver trabalhos relacionados com os astros, planetas... expostos na parede ou em vitrines que se encontravam ao longo do corredor que dava acesso à sala onde posteriormente entrámos. À nossa espera, tínhamos um professor que nos saudou e deu as boas-vindas. Informou-nos depois que iríamos ver um pequeno vídeo. Nesse filme aparecia uma pessoa dentro de uma nave espacial que se dirigia para a Terra. Eis que, de repente, uma luz vermelha ilumina toda a sala e dessa luz surge o condutor da nave: o Principezinho. Depois de se ter apresentado, contou-nos imensas coisas sobre o Sistema Solar, o Planeta Terra, a Lua… Depressa chegou a hora do almoço, que estava delicioso! Já passava das 14h quando, novamente, entramos na sala onde o Principezinho nos esperava para o Sr. Professor nos continuar a encantar com a transmissão dos seus conhecimentos. Pudemos ver Constelações, as diversas fases da Lua e até visualizámos as imagens dos Signos do Zodíaco! Terminada a sessão, tirámos uma foto de grupo e era hora de regressar a casa. Esta Visita de Estudo foi muito interessante, não só pelo convívio com todos os colegas, mas também pelo facto de termos aprendido muito. Juvenal Fraga 3ºF Escola Básica de Cinfães

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Feirinha da Primavera A primavera chegou … - Eu sei que ela chegou! - Quem foi que isso te contou? Foi a “Feirinha da Primavera”, que se realizou no dia 17 de abril na nossa escola, Eb1 de São Cristóvão de Nogueira, atividade singular do Pré- escolar e 1º ciclo, que contou também com a colaboração da unidade de Apoio à Multideficiência. Todos: alunos, professores, assistentes operacionais, pais, encarregados de educação e toda a comunidade envolvente aderiram efusivamente. Os preparativos começaram com alguma antecedência. Para que tudo corresse bem, todos nos empenhámos na recolha de artigos para serem vendidos na nossa feirinha, e fomos trazendo um pouco de tudo: roupas, calçado, brinquedos, artesanato, algumas velharias, plantas, produtos hortícolas e, claro, bolos e bolinhos que todos fomos saboreando ao longo da manhã, num ambiente de grande euforia e muito entusiasmo. Contámos também com a participação do Paulo Marcelo, aluno do 4º ano, turma C, que, ao som da sua concertina, foi animando o espaço. Entre a agitação das compras, das vendas e das corridas, ainda tivemos a oportunidade de participar na pintura de um painel alusivo à nossa feirinha, orientado pelos professores da UAMS. No decorrer da atividade, foi afixado no salão de convívio. Muitas pessoas visitaram a nossa feirinha e compraram, compraram, até nada mais haver para vender! Todos os artigos disponíveis foram vendidos e o resultado final das vendas revelou-se um grande sucesso. Alunos do Jardim de Infância de São Cristóvão

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Cena do Governante

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Vem o governante carregado com uma urna de votos e com uma lista de promessas. Com um belo fato vestido, dirige-se ao Diabo. Gov: Hou da barca! Diabo: Quem é? Gov: Governante sou! Diabo: Hihihihihi tanta vaidade aí vem! Gov: Pera onde caminhais? Diabo: Para a terra dos corruptos, Já há muito te esperava. Muito tempo lá tardaras Estava a ver que nunca mais te olhava! Gov: Sou governante de poder! Tem lá paciência, Onde está a cortesia Para com minha excelência? Dia: Entrai, que não temos tempo a perder! Gov: Em vida, crianças ajudei Promessas cumpri E pobres salvei! Onde é a barca

Para quem tal feitos fez? Dia: Crianças e pobres ajudaste Com dinheiro roubado. As promessas não cumprias Simplesmente as prometias, Tudo isto para votos obter E quando não os tinhas Fazia-los aparecer! Gov: Não foi bem assim! E não te esqueças Dos muitos favores que fiz! Dia: Favores esses… Dos quais te pagavas bem, Cabritos para cá, dinheiro para lá. Não davas nada a ninguém! Gov: Chega! Senhor sou! Meu destino é o Paraíso Para outro não vou! Vai à barca do Anjo, e diz: Gov: Ora juro a Deus que é graça! Hou da caravela! Poderás levar-me nela?

Anjo: Tua vida te embaraça! Com o dinheiro roubado As tuas roupas caras compravas Teus luxos mantinhas E teus jogos jogavas! Gov: Tenho muito dinheiro Diz o quanto posso pagar Para poder embarcar! Anjo: Suborno aqui não dá! Para o inferno irás!! Gov: Assim é? Anjo: Assim é! Torna à barca do Diabo, e diz: Gov: Meu estatuto Meu dinheiro Nada me vale… Vou viver num palheiro! Dia: Bem te disse! Tua sentença eu fiz!

Liliana Mouta, 9ºD

Numa aula de Português, depois das indicações dadas para elaboração de um retrato de personagem, os resultados foram muito agradáveis. Os textos foram partilhados na turma e o texto do Márcio fez-nos rir! Foi um bom momento e, por isso, o partilhamos!

O Sonho

O Sonho é uma criatura, não é um ser humano e apenas aparece de noite, quando se fecham os olhos. Ele entra na mente e cria os meus sonhos… […] Não se sabe bem a idade que ele tem, mas aparenta ainda ser jovem. Ele é de estatura mediana e magro. A pele dele é muito pálida. Tem uma grande cabeça; os seus olhos são de um intenso vermelho vivo, fazendo lembrar sangue; o seu nariz é pequeno; a sua boca tem grandes dentes aguçados e as suas mãos têm dedos finos e compridos com garras, bons para coçar as costas! O Sonho é uma criatura com bastantes qualidades: ajuda a enfrentar os perigos dos meus pesadelos; é um amigo leal e fiel que nunca conta um segredo e também é um grande brincalhão! Mas também tem grandes defeitos: apenas me pode ajudar nos pesadelos irreais, ele ainda não pode ajudar naqueles que existem de facto. Mas o seu pior defeito nem é esse ele é muito tímido e não suporta que as outras pessoas o vejam e, quando isso acontece, acontece da pior maneira - a pessoa que o vê nunca mais vai ter o prazer de voltar a abrir os olhos! Eu sou o único terrestre que tem a confiança dele! O seu maior receio é que as outras pessoas saibam da sua existência…[...] O seu maior sonho é encontrar um lugar na terra e deixar de comunicar através dos sonhos para vivermos lado a lado. O Sonho possui uma grande família, todos parecidos com ele, mas o Sonho é o único que consegue comunicar, através dos sonhos. Eles vivem muito bem sem dinheiro e são uma família muito unida. Atenção!!! O Sonho deu-me autorização para escrever este retrato, mas com uma condição: não o divulgar a mais ninguém! Sem esta autorização, provavelmente este retrato não estava a ser lido nem sequer existiria. Márcio Gonçalves, 8ºE e Professora da disciplina: Rita Almeida

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Carta ao Pai

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Cinfães,24 de abril de 2015. Querido pai, Escrevo-te esta carta, apesar de já não estares cá. Não importa que não a ouças nem a leias, importa é que eu a escreva para ti. Nunca te disse, infelizmente, o que sentia por ti. Desde pequenina que nunca te disse aquelas palavras : “adoro-te”, “amo -te”, “gosto muito de ti”. Mas, agora, escrevo e digo-te o que nunca te disse : amo-te, pai! Sinto a tua falta. Sinto falta daquela frase que me dizias sempre: “Hei de ver-te ser uma mulher”, mas não irás ver. Agora, para sentires orgulho de mim, aí em cima, prometo-te que me vou tornar na mulher que tu querias que eu fosse. Sinto falta das nossas brincadeiras de pai e filha. Infelizmente, deixaste-me no meu mês de aniversário, quando faltavam apenas seis dias para fazer os meus 16 anos ; nunca mais vais estar cá para festejares comigo o meu aniversário, não vais dizer “ Parabéns, minha menina”; mas imagino como tudo seria se tu cá estivesses: primeiro, vou resmungar contigo por pensar que te tinhas esquecido, depois dás-me os parabéns e eu agradeço-te! Mas aquilo que não te dizia em pequenina, digo-te agora, pai, com saudades enormes de ti: Amo-te. Espero que saibas isso e, daí de cima, olhes por mim. Nunca te vou esquecer, pai! Beijos com saudades, Ana Micaela Faria, 9º B

(Apoio de Português)

De Portugal... Porto, 20/03/2015 Caro amigo Neil, Escrevo-te hoje para te falar do “peito ilustre lusitano” e dos seus feitos grandiosos. Sabias que este glorioso povo português foi o primeiro a chegar à Índia ? Deveras espantoso todo o percurso que os português fizeram, grandes obstáculos passaram e pessoas de respeito conheceram; uma delas foi o rei de Melinde, que ajudou Vasco da Gama a alcançar este extraordinário feito. Os feitos dos meus antepassados provam o quão leais à pátria e o quão destemidos foram todos os que partiram rumo ao desconhecido. Heróis também foram aqueles que jazem no caminho . O maior teste de força que os nossos marinheiros e guerreiros enfrentaram foi, a meu ver, o momento da despedida, aquando da partida das naus. Apenas quem não tivesse alma, não tivesse coração, conseguiria conter as lágrimas e avançar sem olhar para trás. Tanto homens como mulheres, crianças e velhos, apanhavam os cacos dos seus corações aniquilados, ao aperceberem-se de que seria, por certo, a última despedida, o último adeus . Depois de abandonarem as suas casas e família, os navegantes partiam, rumo à Índia. Pelo caminho, encontram o seu pior pesadelo, um gigante, o Adamastor, esquecido nos confins do mar. Depois de enfrentarem dificuldades várias, chegam, por fim, a Melinde, onde são bem recebidos pelo seu rei. Depois de bem abastecidos, partem com um novo companheiro – o piloto melindano – que lhes há de anunciar a chegada a Calecute. Por tempestades passaram, gigantes enfrentaram, mas conseguiram o que mais nenhum povo do norte conseguira. Descobriram a terra das riquezas e formosuras com o qual sonhavam - a abençoada Índia! Assim, me despeço com um abraço. Do teu amigo, Pedro Nunes (9ºC)




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A Escola das Nossas Avós

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A propósito do “Diário de Anne Frank”, surgiram as inquietações de um cenário que nós, felizmente, não conhecemos. A guerra. Mas os nossos avós viveram-no e alguns não lhe sobreviveram.

testemunharam este flagelo. Cabenos a nós, à nossa geração, aprendermos também esta lição da História na guerra não há vitoriosos.” Olho por olho, e o mundo acabará cego” Gandhi.

Escondida com a sua família e outros judeus em Amesterdão durante a ocupação nazi nos Países Baixos, Anne Frank, com treze anos de idade, conta, no seu diário, a vida deste grupo de pessoas.

No âmbito do Plano de Desenvolvimento da Língua Portuguesa, a Senhora Julieta Vieira, avó do nosso colega José Henrique, teve a gentileza de vir à nossa aula de Português, partilhar connosco alguns momentos e emoções que o seu marido presenciou na guerra do Ultramar: o terror, as perdas e a destruição. O sofrimento e a dor de estar longe da família sem saber se o voltariam a ver.

De vez em quando animamos as aulas de Português desta maneira. A Senhora Julieta é nossa “colega de carteira” já há algum tempo; em janeiro, a propósito do estudo do conto popular, veio contar-nos histórias; histórias de encantar e histórias da vida real a embalar os nossos afetos.

É, atualmente, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo.

Um momento intenso, rico, em que honrámos os nossos avós, vizinhos e amigos, que viveram e

CURIOSIDADE O Diário de Anne Frank é um diário escrito por Anne Frank entre 12 de junho de 1942 e 1 de agosto de 1944 durante a Segunda Guerra Mundial.

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“Os abraços foram feitos para expressar o que as palavras deixam a desejar” – Anne Frank Bem haja, Senhora Julieta! Os alunos do 8º B


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Educação Financeira – Debate “ O valor do dinheiro” Após a leitura integral do conto “ Comprar, comprar, comprar” da autora Luísa Ducla Soares, lançouse na sala de aula um debate sobre este conto, que falava de um menino que só pensava em gastar dinheiro desmesuradamente, não reconhecendo o quanto os pais passavam para o ganhar e não dava valor ao que na vida realmente interessa. Foi um debate muito interessante que nos levou a refletir muito. Apresentamos a seguir algumas das conclusões a que chegámos, embora muito do que falámos e refletimos seja impossível

passar para o papel, mas fica para sempre na nossa memória. Devemos, cada vez mais, escolher os bens essenciais e evitar os bens supérfluos; Não devemos ser viciados no consumo, pois a nossa mente não vai conseguir dizer “basta”; Os pais não devem dar tudo o que os seus filhos pedem, pois eles às vezes só pedem para ver até onde podem alcançar; Os pais devem transmitir a ideia de que não são máquinas de fazer dinheiro.

As melhores prendas que os pais podem dar aos seus filhos são: amor, educação, tempo e bons exemplos; Cabe a cada um de nós mostrar que na verdade as coisas são para ser estimadas e usadas e as pessoas para serem Amadas e Respeitas; Para sermos felizes não precisamos de muito… precisamos do essencial; Devemos valorizar mais e sentirmonos felizes pelo “pouco” que temos, e não vivermos infelizes a pensar no que queríamos ter! Turma do 4º H—Escola EB de Cinfães

O CQEP O Centro para a Qualificação e Ensino Profissional (CQEP) de Cinfães tem, no momento, 998 (novecentos e noventa e oito) inscritos no Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO). O processo de RVCC é frequentado por um total de 102 (cento e dois) formandos. Assim, - em Cinfães, às terças e quintas, frequentam o Nível Básico, 8 (oito) formandos e o Nível Secundário, 12 (doze) formandos; - em Cinfães, aos sábados, frequentam o Nível Básico, 6 (seis) formandos e o Nível Secundário, 20 (vinte) formandos; - em Espadanedo, às quartas-feiras, frequentam o Nível Básico, 5 (cinco) formandos e o Nível Secundário, 15 (quinze) formandos, - em Resende, às terças-feiras, frequentam o Nível Básico, 15 (quinze) formandos e o Nível Secundário, 5 (cinco) formandos; - em Freigil, às terças-feiras, frequentam o Nível Básico, 16 (dezasseis) formandos. Os formandos que iniciaram o processo de RVCC em novembro já se encontram a terminar os trabalhos, com a entrega do respetivo Portfólio e a preparação para as Provas escritas, orais e práticas, nas diferentes áreas de competência. Para além dos processos de RVCC, o CQEP de Cinfães, em parceria com o IEFP de Amarante e o IEFP de Penafiel, tem encaminhado jovens e adultos, tendo em conta as suas necessidades e preferências. O CQEP também tem participado em diversas atividades, assim, o Coordenador do CQEP, Prof. Mário Teixeira, esteve presente, no passado dia dez de abril, na “Qualifica 2015”, na Exponor, em Matosinhos. Nesse mesmo dia, o CQEP também esteve representado, em Moimenta da Beira, numa conferência subordinada ao tema “Formação, Empreendedorismo e Empregabilidade”. No dia doze de abril, o Coordenador do CQEP e dois formadores estiveram presentes na “I Mostra de Iniciativas e Oportunidades”, em Caldas de Aregos, promovida pelo CLDS de Resende. O CQEP aguarda candidaturas para formação financiada em diferentes áreas, no sentido de dar resposta às necessidades dos jovens e adultos.


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Bem-vinda Palmira Martins!

Março foi um mês repleto de atividades na nossa escola, mas esta foi uma das que nenhum aluno conseguiu ficar indiferente: o encontro com a escritora Palmira Martins. Este ocorreu no âmbito da Semana da Leitura, cuja temática era “Entre o Rio e a Serra”. Tivemos a oportunidade de a conhecer, saber um pouco mais sobre a sua vida, do seu percurso como escritora e não só, ouvir as suas histórias e viajar nas asas da imaginação, pois as suas histórias foram contadas com um encanto especial. Cada aluno deliciou-se com a forma como falava e exprimia cada palavra e cada frase. A escritora conseguiu despertar a atenção e cativar todos os que se encontravam na sala, tanto as crianças como os adultos. Ao apresentar-nos a história: “O Ecofeitiço e outras histórias”, alertounos para a importância de preservar, cuidar da natureza e mudar de atitudes no dia a dia junto com os mais crescidos. Os alunos tiveram também oportunidade de ouvir outras histórias que faziam parte do livro, que falavam das diferentes estações do ano e as consequências ambientais de cada uma delas. No fim da audição de todas as histórias, os alunos expuseram todas as suas dúvidas e esclareceram algumas das suas curiosidades. Para concluir a sua presença na nossa escola, a escritora Palmira Martins, alunos e professores fizeram um juramento intitulado por “EcoCidadão”. Uma atividade diferente e que deixou cada um de nós com uma responsabilidade acrescida. Os alunos, da turma do 3.º e 4.º anos, também não ficaram indiferentes a esta visita e realizaram alguns trabalhos de pesquisa sobre a biografia e sobre as obras mais importantes da escritora Palmira Martins. Os trabalhos foram-lhe apresentados, ela demonstrou carinho e agradeceu a forma tão especial como a receberam. Este encontro foi, sem dúvida, um encontro fantástico e cheio de magia!

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Uma tarde com… “Uma Mão-Cheia de Histórias”. Na nossa escola realizou-se uma sessão de promoção da leitura, através da apresentação do livro “ Uma Mão-Cheia de Histórias”, com as escritoras Lúcia Morgado, Rita Almeida e o ilustrador Luís Almeida. Todas as turmas da nossa escola tiveram a oportunidade de comprar o livro e foram muitos os que o fizeram. Na sala de aula, com as professoras, foi explorado o livro bem como as diversas atividades propostas. No âmbito das Atividades de Enriquecimento Curricular elaborou-se um cartaz gigante com as mãos pintadas de todos os alunos, que representavam o livro. Tendo em conta o interesse demonstrado pelos alunos na exploração desse livro, o desejo de receber e conhecer as autoras do mesmo na nossa escola também era enorme.

Finalmente, o dia chegou: 4 de março. O encontro não podia ter sido melhor! Todos estivemos muito motivados e curiosos com a demonstração de algumas das histórias contidas no livro “ Uma Mão-Cheia de Histórias”, também participámos de uma forma muito dinâmica às questões apresentadas. No final da apresentação e exposição de todas as questões sobre a história, autografámos os nossos livros. Sentimo-nos muito felizes pelo momento de contacto direto com os envolvidos. Também foi de salientar, que no âmbito desta história, os alunos da nossa turma, os do 4.º ano, participaram no concurso proposto pelas escritoras, na categoria D- Escrita, que consistia em elaborar uma história a partir de uma imagem apre-

sentada. O resultado final foi muito positivo e os trabalhos encontram-se expostos na Biblioteca da escola. Os alunos e a professora ficaram muito felizes pelos prémios atribuídos e agradecem o gesto. Os vencedores deste concurso foram: 1.º lugar Alexandre Machado, 2.º lugar David Fonseca e 3.º lugar Leonardo Marante. Todos estiveram de parabéns pelos textos elaborados. Sem dúvida, a presença das escritoras Lúcia Morgado da Rita Almeida e do ilustrador Luís Almeida proporcionou-nos uma tarde bem diferente e uma mãocheia de boas recordações! Alunos do 3.º/4.º anos, Escola Básica de Oliveira do Douro, da professora Carina Resende

As escritoras Lúcia Morgado e Rita Almeida e o ilustrador Luís Almeida


Assim vai

o Desporto Escolar O Coordenador do Desporto Escolar: Manuel Esteves Marques

A

gora que nos aproximamos do final do ano letivo, é tempo de se fazer um balanço de toda atividade desenvolvida e dar-vos conta dos resultados mais relevantes das nossas equipas e dos nossos alunos. A competição das modalidades coletivas (Andebol, Basquetebol, Futsal) decorre entre os meses de dezembro e maio, com duas fases; uma primeira em que, dentro de cada grupo constituído por 3 ou 4 equipas, se ordenam as equipas, desde o primeiro até ao terceiro, ou quarto. Numa segunda fase, constituem-se outros grupos, os grupos dos primeiros, dos segundos, dos terceiros e dos quartos, segundo a classificação obtida na primeira fase da competição. Para o escalão de iniciados poderá haver uma terceira fase de competição, representada na Final Regional Norte, em que participam os primeiros classificados de cada região. Nas modalidades individuais (Atletismo, Ginástica Acrobática, Ginástica de Trampolins, Boccia) a competição

Ginástica Acrobática

desenvolve-se em quatro encontros, de janeiro a abril, em que se apuram aqueles que virão a participar numa Final Regional. Todos os anos, numa ou noutra modalidade, vamos tendo representantes nas finais regionais, o que muito nos orgulha, sendo nós uma escola um tanto periférica em relação à região (Tâmega) onde competimos. Neste ano letivo tivemos assim a participação de um par misto de Ginástica Acrobática constituído pela Ana Farpa, do 8º A, e pelo Rodrigo Nunes, do 5ºF, na Maia, no passado dia 2 de maio. Também a equipa de Iniciados Masculino de Atletismo, constituída pelo João Marcelo, João Maurício, João Carlos, Alexandre Monteiro e Luís Mouta, todos do 9ºD, esteve presente na Póvoa do Varzim, no dia 2 de maio. Destacamos ainda a equipa de


Infantis B Masculino de Futsal, que ficou em 1º lugar no final da competição, com um registo de 11 vitórias e 1 empate (113 golos marcados e 29 sofridos) nos 12 jogos realizados, sagrando-se campeã do CLDE do Tâmega. Para além das atividades dos grupos equipa das diversas modalidades, temos a salientar também outras atividades como o corta-mato, o projeto mega´s (mega sprinter e mega salto), o basquetebol 3x3, que, para além de movimentarem igualmente dezenas e dezenas de alunos na sua fase escola, apuram alunos para as finais regionais respetivas. Neste ano, destacamos o 2º lugar obtido pelo Leonardo Fraga, do 9º B, na prova de salto em comprimento (mega salto). Assim vai (assim foi) o desporto na nossa escola, neste ano letivo. Ficamos então à espera que possas ser um deles no próximo ano, recordando, desde já, os grupos e as modalidades que podes vir a integrar:

Infantis B Masculino de Futsal

Andebol – Infantis Masculino Basquetebol – Iniciados Feminino Futsal – Iniciados Feminino - Infantis Masculino - Iniciados Masculino Atletismo – vários/misto Ginástica Acrobática – vários/misto Ginástica de Trampolins – vários/misto Boccia – vários/misto

Iniciados Masculino de Atletismo


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Reportagem Fotográfica O concelho de Cinfães estende-se desde o vale do Douro até ao alto da serra do Montemuro, proporcionando ao visitante uma diversidade de paisagens únicas...

Socalcos, vales, rios e ribeiros, montanhas, neve… A diversidade paisagística é uma das grandes riquezas de Cinfães...

REV ISTA

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Das tradiçþes e costumes à beleza natural do Montemuro

Nas aldeias que serpenteiam o vigoroso relevo do Montemuro, abundam ainda costumes ancestrais...

Fotos: Prof. Pedro Peixoto




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