Revista Cobertura edição de agosto (223)

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Apólices para entretenimentos já se ajustam à nova realidade com a retomada gradual e os eventos híbridos

Conheça o seguro por trás dos testes clínicos Telemedicina se consagra como segura e eficiente

Uma nova Allianz no Brasil Segundo Eduard Folch e Eduardo Dal Ri, respectivamente presidente e diretor comercial, surge uma seguradora mais inovadora e com vantagem competitiva


RC PROFISSIONAL MÉDICO Nesse momento, milhares de médicos estão trabalhando sob muita pressão para proteger a vida de alguém.

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destaques

Uma Allianz ainda mais inovadora

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Parceiros passam a contar com amplo portfólio de produtos e serviços, além de mais qualidade

Seguro de eventos

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Isolamento social paralisou o segmento que já começou a se reinventar com eventos híbridos e programações drive-in

Telemedicina muda o comportamento da sociedade

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Números de atendimentos dispararam; formato pode ser um forte aliado à Atenção Primária à Saúde

Líderes em ação Rivaldo Leite, presidente do Sindseg SP destaca a união do mercado para oferecer soluções e ferramentas para auxiliar os clientes

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O seguro por trás dos testes clínicos Apólices acompanham as fases de vacinas e medicamentos, que neste caso podem levar até 12 anos

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Papo com Broker Com um laboratório de inovação, Classic Seguros completa 30 anos e avança mais ainda no digital

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Resenha Cobertura

24 agosto2020

Joaquim Mendanha de Ataídes, segundo corretor a atuar na Susep, está diante de um novo desafio: a presidência do Ibracor

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editorial Edição 223 | agosto l 2020 | Ano XXIX Fase 1 - 86 edições formato jornal Fase 2 - 223 edições formato revista

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Equipe Cobertura Paulo Akio Kato Editor Executivo e Diretor Comercial paulokato@skweb.com.br Carol Rodrigues Karin Fuchs Thaís Ruco Repórteres Thaís Tagliatella Projeto Gráfico | Diagramação diagramacao@skweb.com.br Luciano Brandão Atendimento ao leitor adm@skweb.com.br Fotografia | Graziela Alcova | Antranik

pandemia tem trazido inovações, mas também traz um ar retrô. Surgido no México em 1915 e popularizado nos Estados Unidos por volta de 1932, tendo atingido o auge nos anos 1950 e 1960, os cinemas drive-in proporcionavam uma experiência diferente. De alguma forma, as pessoas se sentiam mais livres e não sentiam incômodo com a proximidade de desconhecidos. De lá pra cá, os tempos mudaram. As salas de cinemas e casas de show passaram a reunir pessoas para exibições de programações culturais. No entanto, com a pandemia e a impossibilidade de aglomerações, o mercado de entretenimento tem se reinventado ou, na realidade, buscando recursos do passado para o presente. As programações drive-in estão de volta. De alguma forma, trazem a sensação de liberdade de 60 anos atrás, mas de forma diferente. Nesta edição, trazemos uma matéria que aborda a retomada dos eventos e a movimentação dos profissionais do setor – seguradoras e corretores – para oferecer soluções a um dos setores mais prejudicados pela pandemia. De forma genuína, o mercado de seguros inova rapidamente acompanhando as necessidades dos segurados. Ainda nesta edição, tratamos do seguro para testes clínicos, que oferece proteção no período de estudo de medicamentos e vacinas, como é o caso da vacina para covid-19. O seguro não é obrigatório no Brasil, mas é disseminado na indústria farmacêutica, conhecedora dos riscos e da importância do seguro. Geralmente, as apólices são desenhadas sob medida de acordo com a pesquisa e a fase para desenvolvimento de um procedimento. Também destacamos a Telemedicina, consagrada como uma ferramenta eficiente para o mercado deSaúde e Vida, médicos e pacientes. O mercado está dinâmico e o que podemos esperar da nova Era é inovação e engajamento. Um exemplo é a ‘nova Allianz’. Conversamos com o presidente, Eduard Folch e Eduardo Dal Ri, diretor comercial, sobre o processo de integração da SulAmérica Auto e Massificado e eles anteciparam que novidades estão por vir. Da nossa parte, também inovamos. Fizemos a estreia do nosso canal no YouTube. A TV Cobertura se une às demais plataformas da Revista Cobertura para apoiar ações e também levar informações aos profissionais do mercado.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam, portanto, a opinião desta publicação. A marca Cobertura - Mercado de Seguros está registrada no INPI conforme Pedido Número 816.562.318

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acervo cobertura Revista Cobertura | Edição 80 – Ano XVII – Julho 2008

Tapete vermelho no seguro Edição nº 80 registrou o investimento das companhias na abertura de centros automotivos com o objetivo de simplificar o atendimento e encantar o cliente

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o serviço de concierge ao sinistro, a matéria intitulada “De portas abertas” retratou como a prestação de serviço tangibiliza o seguro de Automóvel. A edição trouxe uma matéria especial sobre os centros automotivos como vitrines do serviço prestado pelas seguradoras e sinônimos de simplificação no atendimento na ocorrência do sinistro. Um dos principais focos das empresas era direcionar mais facilidade ao automóvel e ao dia a dia do segurado. A edição também destacou o engajamento dos sindicatos de corretores nas campanhas de divulgação do Seguro

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DPVAT para a população. A ação envolveu os corretores de forma massiva para disseminar a informação, pois embora as pessoas efetuassem o pagamento do seguro todos os anos, não se lembravam que tinham direito ao seguro quando ocorria um acidente. O ano de 2008 também ficou marcado pela primeira edição do Fórum de Benefícios promovido pelo Sincor-SP. “Talvez, no futuro, não existirá a conceituação de aposentado como hoje. O profissional de Vida e Previdência tem que olhar esses fatos, pois nem sempre o cliente vê”, chamou a atenção Nilton Molina, presidente do Conselho da Mongeral.

Reprodução da capa da 80ª edição da Revista Cobertura (2008) e 166ª publicação Cobertura

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entrevista Allianz

Por Carol Rodrigues

Com a conclusão da compra da SulAmérica Auto e Massificados, Allianz cresce em participação, aumenta a capilaridade no mercado brasileiro e se consolida entre as líderes em Ramos Elementares e Automóvel Foto | Tulio Vidal

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niciada em agosto de 2019, a compra da SulAmérica Auto e Massificados pela Allianz Seguros foi concluída em julho deste ano e deu origem à uma “nova Allianz”, com o dobro de tamanho no Brasil e duas vezes a capacidade de vendas, que passa a somar aproximadamente 27 mil corretores e 62 assessorias. À frente da operação está Eduard Folch, presidente da Allianz Brasil desde 2018. Ele ingressou no grupo Allianz desde 2011 e possui uma grande bagagem em Auto e Massificados. Agora, segundo ele, o canal de distribuição terá a oportunidade de trabalhar com uma companhia formada a partir da capacidade técnica, capital e excelência tecnológica de um grupo global, aliados ao conhecimento e presença no mercado local que uma empresa nacional possui. “Vamos combinar o melhor dos dois mundos, com o objetivo de oferecer a melhor experiência para corretores e clientes”. A nova Allianz posiciona a seguradora de origem alemã como a 2ª no mercado de Automóvel, com 15% de market share; entre as 3 maiores seguradoras do País em Ramos Elementares; a primeira em Condomínio, com market share de 31,6 %, cinco posições além disso, sobe no ranking de seguro Residência. Segundo Folch, a aquisição das operações da SulAmérica é parte da estratégia de crescimento do Grupo Allianz, que visa reforçar sua relevância em mercados que considera estratégicos, como o brasileiro e latino-americano. Contudo, a Allianz Brasil passou a ser responsável por cerca de 70% dos negócios da companhia na América Latina, região que possui 8% de participação nos negócios do Grupo Allianz. “Por meio da combinação das empresas, ampliamos a nossa oferta de produtos com mais qualidade de serviços e nos tornamos mais atrativa e competitiva no mercado local”.

Uma nova parceria

Até a aquisição, a Allianz atuava apenas com corretores diretos. Agora, passou a contar com a comercialização por Eduard Folch

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entrevista Allianz cificamente, já estamos preparando os sistemas da Allianz para oferecer a elas outros produtos, além do Automóvel”. Em sua trajetória no Brasil, a Allianz direcionou investimentos a facilidades no dia a dia dos corretores, tais como simplicidade, conectividade e agilidade de processos e produtos. A transformação digital da companhia ocorreu há

Corretor no centro das ações Parceiros passam a contar com amplo portfólio de produtos e serviços, além de mais qualidade À frente da área comercial, que está maior e se desenvolve a cada dia para estar alinhada às expectativas e demandas dos corretores, assessorias e demais parceiros, Eduardo Dal Ri está diante de um novo desafio. Mais ambientado à área de Produtos, de Automóvel e Massificados, agora ele atua com um portfólio amplo, com Ramos Elementares, Negócios Corporativos, Vida e Saúde. “O que me deixa bastante entusiasmado para alavancar as vendas de todas essas soluções, com o apoio do time de regionais, e de cerca de 27 mil corretores espalhados pelo Brasil”, comenta. Segundo Dal Ri, a maior ambição é ajudar os corretores a fazer ainda mais negócios. Para isso, a cada dia a companhia se torna mais simples e eficiente para todos os parceiros de negócios. “Queremos eles felizes com nosso atendimento e serviços, de tal forma que se dediquem ao que mais sabem fazer: atender seus clientes e vender as melhores soluções de proteção. Temos uma oportunidade única de ajudar todos nossos distribuidores e a nós mesmos a vender com mais qualidade e tecnologia, olhar as carteiras de forma analítica e, por meio disto, entender mais o momento de cada corretor e cliente. Finalmente vamos conseguir descobrir as melhores ofertas para todos”. Nesse momento, Dal Ri conta que o atendimento aos corretores permanece como está, ou seja, o corretor tem um account Allianz e um account SulAmérica. “O nosso objetivo é preservar as relações existentes. Esse foi um dos motivos que fez a Allianz optar por comprar as operações e não as carteiras. Nós iremos fazer tudo com muita calma, entendendo com os corretores como eles gostariam de ser atendidos por nós”, ressalta. Por isso, a companhia colocou o corretor no centro das ações, inclusive chamando-o para opinar sobre como quer ser atendido. “Temos novidades a caminho que, com calma e tempo de maturação, serão anunciadas por e-mail e canais de comunicação, disponíveis nos portais, e nas redes sociais. Nós estamos ouvindo os

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Foto | Bruno Namorato

meio dos corretores que atuam com a SulAmérica Auto, assessorias, bancos e cooperativas de crédito. “Esse é um dos atrativos do modelo de negócio que fechamos, já que trouxemos toda a experiência da equipe em atender esses canais. Eles vão reforçar a nossa distribuição e agregar valor ao nosso negócio. Em relação às assessorias, espe-

corretores para entendermos quais implementações são benéficas; as pesquisas estão acontecendo com os parceiros que só produzem com a SulAmérica, só com a Allianz, com as duas e com nenhuma”. De acordo com ele, é o momento de Eduardo Dal Ri os corretores que ainda não trabalham com a Allianz e/ou SulAmérica Auto se cadastrarem e conhecerem as oportunidades que a companhia tem a oferecer. “O corretor pode esperar uma Allianz mais inovadora, com amplo portfólio de produtos e serviços amplos com mais qualidade”, acrescenta. Por enquanto, as campanhas de vendas continuarão apartadas. As duas companhias possuem programas diferentes, que serão mantidos até o fim de 2020. “Para 2021, lançaremos uma nova campanha, unificando Allianz e SulAmérica Auto e Massificados”, antecipa. Todo o trabalho tem como premissa oferecer uma proposta de valor aos segurados. Segundo ele, os clientes de seguros de Automóvel, Residência, Condomínio e Empresarial também se beneficiarão do resultado de conhecimento e inovação dessa integração, tendo à disposição um portfólio ainda mais completo de produtos e serviços. “Haverá mais especialização e excelência nas ofertas; melhor preço, por meio da disponibilidade de dados e habilidades complementares; processos simples e ágeis, além do suporte comercial e atendimento ampliados”. Em sinistros, a Allianz possuiu um modelo muito eficiente, simples e otimizado de atendimento. Ele será reforçado com o modelo de carro extra da SulAmérica, a rede de 30 centros automotivos C.A.S.A.S e as ferramentas orientadas ao cliente, entre elas para fazer a primeira notificação de sinistro e busca das oficinas. Essa combinação nos permitirá ter o melhor atendimento ao segurado”.

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entrevista Allianz

“ A Allianz quer ter uma posição relevante no

Brasil, porque o País é considerado promissor quando levamos em consideração o potencial de crescimento do mercado segurador. Temos a ambição de ser a melhor companhia do mercado brasileiro e queremos ser a melhor proposta de valor para os corretores, assessorias e parceiros” Eduard Folch mais de cinco anos, fazendo com que a seguradora opere com processos e produtos simples, ágeis e conectados. “Esse modelo de negócio permite que os corretores cotem um seguro de Automóvel, Residência e Condomínio em menos de um minuto. Como exemplo, é possível fazer a cotação de um seguro de Automóvel em 47 segundos e não precisa ser um expert em tecnologia para cumprir esse tempo. O processo acontece em menos de um minuto porque é intuitivo, além das informações solicitadas estarem todas em uma mesma página”. Conforme o presidente, isso é possível porque grande parte do preenchimento dos campos de cotação é automático e a tecnologia possibilita que lacunas sejam preenchidas sem a intervenção humana. Outro ponto destacado por ele é o processo de digitalização e simplificação dos produtos foi a oferta em pacotes, o que impacta positivamente na relação com os segurados. “Este modelo oferece um ótimo custo-benefício, levando mais coberturas, com limites maiores e, ao mesmo tempo, com preço competitivo. Com isso, garantimos que, caso haja um sinistro, o consumidor não tenha dúvidas quanto às coberturas contratadas e pode nos acionar para que cumpramos com o nosso papel, que é de indenizar”.

A marca e o consumidor

Nada mudará até o processo de integração ser concluído que, segundo Folch, será feito de forma gradual. Em um determinado momento da integração, existirá só a marca Allianz. “Para isso, temos um 8

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plano pré-definido de transição de marca”, diz o presidente, ao lembrar que a marca SulAmérica Auto será utilizada por um curto período com o objetivo de situar melhor os clientes na fase de transição. Portanto, haverá a presença das marcas Allianz e SulAmérica Auto conjuntamente nas apólices e propostas dos segurados, respeitando o período de vigência dos contratos. “O intuito é dar tempo para os corretores e segurados compreenderem que a SulAmérica Auto foi adquirida e, portanto, se tornou Allianz, garantindo uma transição eficiente e harmônica tanto da perspectiva de marca quanto de atendimento ao cliente”, explica. No quesito estrutura de atendimento aos segurados, as duas empresas seguirão prestando serviço separadamente. “Os clientes permanecerão sendo atendidos pelas suas respectivas seguradoras, com os canais de relacionamento e produtos inalterados. Sobre os C.A.S.A.s, eles permanecem em pleno funcionamento e 30 unidades desses centros automotivos

estão à disposição dos segurados”. Para Folch, o corretor tem dois papéis primordiais na relação com o segurado. “O primeiro deles é entender as necessidades do cliente e trazer para ele a oferta que vai atendê-lo plenamente. O segundo está ligado ao fato de proporcionar tranquilidade ao segurado, ou seja, de que o produto indicado o protege de eventualidades que possa ocorrer. Esses valores agregados são ainda potencializados quando o corretor fica próximo do cliente, durante o ano de vigência da apólice. E, atualmente, isso é possível via qualquer canal virtual, que o corretor já mostrou estar totalmente adaptado.

Futuro

A Allianz segue com o trabalho 100% em home office. O retorno aos escritórios, por medidas de segurança e visando a saúde e bem-estar dos colaboradores, será feito de maneira progressiva. “Desse modo, a volta ao escritório acontecerá se o colaborador estiver confortável em fazê-la, caso contrário, ele poderá seguir com as suas atividades de forma remota. As medidas valem para todos os funcionários das empresas combinadas, em todo o Brasil”. Para 2020, Folch conta que o objetivo é seguir com a integração das operações, de forma gradual e agregando as melhores práticas das duas empresas. “Temos também como foco a continuidade dos negócios, que a empresa amplie sua presença nacionalmente e esteja cada vez mais perto dos canais de vendas. Eu e os mais de 2,7 mil colaboradores da Allianz ambicionamos em tornar a Allianz a melhor seguradora do Brasil. Contamos com os nossos corretores e parceiros para isso!”, encerra.

Resultado operacional

A Allianz Seguros cresceu 3,3% no primeiro semestre de 2020, em relação ao mesmo período de 2019, mesmo diante do cenário desafiador provocado pela pandemia do novo coronavírus. O lucro operacional da seguradora nesse período foi de R$

201 milhões, uma melhoria expressiva, se

comparada ao resultado observado no primeiro semestre de 2019, que foi de R$

62 milhões. Os resultados não contabilizam os números da

SulAmérica Auto e Massificados, que ainda pertenciam ao Grupo SulAmérica. agosto2020


líderes em ação

Por Karin Fuchs

“Temos um trabalho longo ainda pela frente, mas acredito que o mercado como em todo, assim como a sociedade, sairá em breve desta situação ainda mais fortes”, diz Rivaldo Leite, presidente do Sindseg SP Rivaldo Leite Sindseg SP

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osé Rivaldo Leite da Silva ou Rivaldo Leite, como é conhecido no mercado, lembra que quando assumiu a presidência do Sindseg SP, no início deste ano, jamais imaginaria que enfrentaríamos uma pandemia. Por outro lado, ele diz tem visto com bons olhos como as seguradoras, os corretores e outros players do segmento vêm trabalhando cada dia mais unidos na busca por soluções e ferramentas para auxiliar os clientes. “Por isso, também temos reforçado o relacionamento institucional com o poder público na área de controle de veículos e segurança. Temos feito, ainda que de forma paralela e sem a força com que gostaria, alguns movimentos em outros temas importantes como mobilidade urbana e cultura do seguro, temas fundamentais para a vida das pessoas e das empresas. Nós temos um trabalho longo ainda pela frente, mas acredito que o mercado como em todo, assim como a sociedade, sairá em breve desta situação, ainda mais fortes”. As ações envolvendo a Diretoria e o agosto2020

Conselho do sindicato têm se voltado a fortalecer e apoiar os corretores e os consumidores. “Há muita sinergia nesse sentido e estamos com os radares ligados no aumento das compras via e-commerce e na ampliação do home office, pois a grande procura por informações sobre os efeitos da pandemia abre novas oportunidades para que pensemos em criar produtos que beneficiem uma gama maior da população”. Ele acrescenta que as empresas estão ainda mais rápidas nas tomadas de decisões e mais unidas. “Buscando ajudar a sociedade no que é possível ser feito para superar os efeitos que a pandemia do novo coronavírus está causando”. No sindicato, o máximo possível tem sido feito por meio de plataformas on-line, como palestras e reuniões. “O que é possível fazer à distância, de uma forma que nunca havíamos pensado antes, estamos fazendo e muito bem”. Em relação ao mercado de seguros paulista, ele diz que manterá a proporção do Brasil. Em termos de oportunidades, destaca as áreas de seguros de pessoas, saúde e previdência. “Elas devem se beneficiar com crescimento e sobretudo com a maior preocupação dos consumidores em incorporar em seus hábitos com a aquisição des-

ses produtos. Com a intensificação do home office, os seguros residenciais serão mais demandados também”. Leite diz que ainda é cedo para fazer previsões para este ano. “Esperamos acompanhar a inflação, ou seja, de 3% a 4%, conforme a Carta de Conjuntura divulgada pela CNseg. Se o setor acompanhar a inflação, já será muito bom e alentador. O impacto da pandemia é muito forte na maioria dos setores e em alguns a diminuição será muito grande, como o entretenimento, enquanto em outros, como construção civil será menor. Em contrapartida os setores ligados a saúde vão crescer”.

Nome | Sindicato das Empresas de Seguros e Resseguros de São Paulo (Sindseg SP) Presidente | José Rivaldo Leite da Silva Associadas | 70 Facebook | /umavidasegura Twitter | /sindsegsp LinkediN | /sindseg-sp/ YouTube | cutt.ly/ddRFuCq Blog | www.umavidasegura.com.br/ Site | www.sindsegsp.org.br/ Telefone | (11) 3335-5666

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mercado seguro de eventos

Por Thaís Ruco

Isolamento social paralisou toda a área de seguros de eventos, que se reinventa para o ‘novo normal’ com novas possibilidades

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pandemia trouxe impactos a diversos setores, mas o segmento de eventos foi um dos mais prejudicados. Pela recomendação do isolamento social, muitos foram adiados ou cancelados, provocando um efeito em cadeia. No mercado de seguros de eventos, o impacto é majoritariamente financeiro por conta do montante de sinistros pagos em virtude de cancelamentos de eventos e carência de receitas de prêmios para cobrir os prejuízos. A ausência dos eventos presenciais, desde 17 de março, quando foi decretada a pandemia e a necessidade do isolamento social, já custou à economia brasileira aproximadamente R$ 200 bilhões em prejuízos, segundo os últimos levantamentos da Associação de Marketing Promocional (AMPRO). Só no estado de São Paulo, estima-se uma queda de aproximadamente R$ 16,3 bilhões por mês, ou R$ 65 bilhões ao longo dos quatro meses, com 8 milhões de empregos prejudicados. Em alguns casos, na realidade das pequenas e médias agências especializadas, maio10 revistacobertura.com.br

ria no país, as demissões chegaram a 100% dos colaboradores CLT. Toda essa situação reflete diretamente no setor de seguros de eventos. “Diante de um cenário como este que estamos vivendo, as empresas precisam adotar políticas mais cautelosas, sempre pensando na saúde das equipes envolvidas na organização, produção, dos artistas e do público”, afirma Anderson Soares, gerente de Responsabilidade Civil da Tokio Marine. “O freio de mão travou puxado desde

Anderson Soares Tokio Marine

março. Meu último evento foi na primeira quinzena de março, não sabemos quando vamos voltar à vida normal”, declara Arnaldo Franken, diretor do grupo AD Turismo e Eventos. “Em maio eu comecei a vender um pouco de novo, entre viagens e projetos de eventos. Tive, em relação a maio do ano passado, uma queda de 98%, então consegui faturar 2% da minha vida normal. Em junho eu mais que dupliquei, consegui quase 5% da minha venda do ano passado (tem que ser otimista). Em julho, vamos chegar entre 9% e 10% do

Arnaldo Franken AD Turismo e Eventos

Juliene de Santana Party Safe Corretora

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mercado seguro de eventos Oportunidades na crise

ano passado. A previsão é que minhas empresas terminem o ano com 30% ou 40% do valor das vendas de 2019, uma média do ano, pois em janeiro, fevereiro e primeira quinzena de março vendemos muito bem. Muitos clientes estão cotando projetos para o ano que vem, acreditamos que no início de 2021 o grupo como um todo fature cerca de 50% ou 60% do ano passado”, revela.

De forma abrupta, todos os tipos de eventos que seriam realizados foram adiados ou cancelados, e nessa mudança de mercado os seguros tiveram de se ajustar à nova realidade. “O distanciamento social inviabilizou os eventos, e isso nos fez pensar de que forma poderíamos inovar, acompanhar os clientes e lançar novos produtos”,

As necessidades de diversificação dos negócios e a busca por soluções inteligentes para garantir a existência das empresas foram pontos que se mostraram fundamentais nesta crise. “O mercado de eventos foi o primeiro a parar e será o último a retomar a sua normalidade devido à aglomeração de pessoas”, analisa Juliene Antunes Meireles de Santana, diretora da Party Safe Corretora de Seguros, que tem especialização neste ramo. “Na área de eventos, diversas empresas fecharam e muitas estão em dificuldades, pois foram obrigadas a demitir diversos profissionais que ficaram sem função no momento da pandemia. Pela minha expertise na área de seguros para entretenimento, em que 90% dos meus negócios foram afetados, venho me readequando aos novos negócios de entretenimento, estudando e observando o comportamento do mercado para o chamado ‘novo normal’”, aponta.

pontua Alexandro Sanxes, diretor técnico da Berkley Brasil Seguros. “Percebemos então a tendência dos artistas em realizar lives como forma de manter uma receita de patrocinadores, e que cada vez mais as apresentações iam se aprimorando: começaram com um microfone e um violão, depois surgiu o DJ Alok com show pirotécnico, as coisas ganharam uma nova dimensão. Ao mesmo tempo vimos surgir os eventos em cine drive in. Começamos a montar o produto em abril, iniciamos as vendas em junho e em julho a operação rodou bem. Depois do nosso lançamento, algumas congêneres criaram essas coberturas, mas produto específico para live e para cine drive in somente a Berkley tem hoje”. “O mercado vem se adequando ao ‘novo normal’. Em substituição aos seguros tradicionais de grandes eventos, surgiu o seguro para proteção de lives, shows em drive in, mas ele não é capaz

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de fazer frente à queda que a pandemia impôs ao mercado”, avalia Alessandro Morangon, diretor de Operações de Riscos da Aon Brasil. “Um dos nossos parceiros, responsável pela subscrição de riscos no segmento, experimentou uma redução de 98% em suas receitas oriundas da operação de eventos. Acredito que, no ‘novo normal’, teremos uma necessidade de protocolos mais rígidos de segurança, limitação de participantes (ocupação), realização ao ar livre etc. Com isso, podemos, em alguns casos, ter a necessidade da realização do evento em mais de uma data para que possamos atingir o público desejado, por exemplo. Outras formas de participação, como a virtual, devem aparecer com algum custo”. A pandemia abriu oportunidades para que as empresas pudessem conhecer uma modalidade de eventos até então não muito explorada nos negócios, os formatos híbridos. Em 14 de julho, a AMPRO realizou o primeiro evento híbrido de grande abrangência, que reuniu parte dos palestrantes presencialmente no WTC São Paulo e parte on-line, com transmissão ao vivo. “Seguindo todos os protocolos de segurança já autorizados, mostramos que é possível fazer, que dão resultado e que oferecem uma infinidade de opções, como a mistura do on-line, do físico e do digital, sem perder a interação ao vivo com os participantes e ganhando na possibilidade da grande abrangência. O setor já está totalmente preparado para executar esse tipo de evento, com toda a segurança. Esse formato veio para ficar”, avalia o presidente executivo da AMPRO, Alexis Pagliarini. De acordo com ele, a retomada gradual e os eventos híbridos abrem ainda espaço para profissionalização ou qualificação de profissionais em especialidades, como planejamento e design de eventos digitais. “São eventos que incluem técnicas diferentes, como as de TV, digital, tanto na parte técnica quanto roteirização, direção artística, produção digital etc., então vemos boas oportunidades para que os profissionais que já trabalhavam com eventos possam se qualificar e se diferenciar no mercado”, afirma. revistacobertura.com.br 11


mercado seguro de eventos Franken, do grupo AD, também já está com projetos de eventos híbridos. “Estou trabalhando em um evento que acontecerá em março de 2021, e a empresa acredita que ainda não teremos a vacina contra o coronavírus, por isso quer um modelo híbrido. O evento presencial será para poucas pessoas, as cadeiras com 1,5 m de distância uma da outra, em um grande salão. No palco estará a diretoria e palestrantes, também com distâncias regulamentares, e uma série de medidas de prevenção. Outra parte do público assistirá on-line, via streaming, que já tem se tornando uma especialização da nossa empresa”.

‘Novo normal’ do mercado

Ainda é prematuro apontar mudanças concretas, principalmente em um mercado tão dinâmico como o de eventos. “O que temos notado nos últimos meses, e que deve ficar no pós-pandemia, é uma mudança nos formatos dos eventos, como por exemplo, a retomada do modelo drive-in, tanto para cinema como para shows. Isso exige, obviamente, novas coberturas e proteções e, por isso, seguradoras e corretores devem estar atentos a essas novas oportunidades. Já nos formatos tradicionais, veremos por um bom tempo ainda uma redução em termos de quantidade de público, o que também, de certa forma, terá impacto na formatação das apólices”, diz Soares, da Tokio Marine. Alvaro Igrejas, diretor de Linhas Financeiras da Willis Towers Watson, conta que hoje todos estão surpresos como algumas atividades não foram descontinuadas pela crise, sendo que alguns eventos, até por questão de economia, continuarão sendo on-line. “Entretanto, pelas características do povo brasileiro e pelo que já estamos vendo em alguns países que estão voltando as suas rotinas, o convívio social é algo que não desapareceu, muito pelo contrário, foi apenas ‘suspenso temporariamente’”. Para a corretora Juliene, a perspectiva de crescimento no setor de eventos está prevista para 2022, sendo que a retomada será a partir do 2º semestre de 2021. “É quando esperamos que os eventos de grande porte possam voltar já com boa parte da população imunizada. O mer12 revistacobertura.com.br

cado de seguros de entretenimentos simultaneamente tende a crescer a partir do 2º semestre de 2021 com novas coberturas e novos formatos de seguros”, diz. Caio Carvalho, diretor de Riscos Empresariais da MDS Brasil, enfatiza que a retomada passa pela reformulação de produtos. “Estamos trabalhando coberturas com parceiros para criar estes Alexandro Sanxes Alessandro Morangon Berkley Brasil Seguros Aon Brasil eventos híbridos, com a utilização de streaming, recentemente patrocinamos uma live, e aprendemos bastante com to. Assim como vai ter o híbrido dos coo seguro para este evento. A retomalaboradores das empresas, alguns preda do crescimento vai por este camisencialmente e outros em home office”. nho: criação de novos produtos, novas Emerson Baroli, diretor da Baroli Corcoberturas, tudo o que possa atender retora, analisa que o tema é controveresse novo perfil de eventos: os on-line so. “Existem correntes no mercado see os híbridos”. curitário que acreditam que em algum Para ele, os eventos presenciais com momento haverá a retomada nos molaglomeração ainda devem demorar. des antigos de shows, eventos, con“Mesmo que sejam permitidos e que gressos. Para mim está claro que hatenha vacina contra o coronavírus, as verá um retorno de todo e qualquer tipo pessoas ficarão receosas no primeiro de evento, a socialização é da natureza momento, e há outro fator a considedo ser humano, mas com um formato rar: percebeu-se que não é necessário diferente, eventos menores, segmensempre a presença de todos. Os eventados, em locais mais arejados ou mais tos serão mais on-line e os presenciais propícios à circulação, e os profissionais escolhidos com mais cuidado – quanto de eventos e de seguros de Responsagastar versus o quanto terá de efetivibilidade Civil precisam estar atentos e dade. A grande tendência são os híbripreparados”, pondera. dos: algumas pessoas presencialmente “Agora, mais do que nunca, as pessoas e outros on-line. Temos unidades da vão estar com medo e este é um fator de MDS em outros países e não necessadecisão na compra do seguro. Aquelas riamente todo mundo terá que viajar que por obrigação participarem de evenpara nossa reunião anual, as empresas tos durante este ano ou começo do próxiirão repensar custo de viagem, de evenmo vão ficar com medo, e se elas tiverem

Caio Carvalho MDS Brasil

Emerson Baroli Baroli Corretora

Charles Carvalho AGCS

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mercado seguro de eventos Covid-19 – Impactos de Seguros e Resseguros Mundo Pandemia causará perdas na ordem de US$ 203 bilhões ao setor de seguros; US$ 107 bilhões em indenizações, devido, por exemplo, ao cancelamento de eventos esportivos, ou culturais, e seguro de viagem.

Alexis Pagliarini AMPRO

Alvaro Igrejas Willis Towers Watson

a segurança de que haverá um seguro que eventualmente pode cobrir inclusive problemas que elas possam ter em decorrência de uma contaminação, é muito mais tranquilizador”, aponta Baroli. Segundo ele, os produtos hoje cobrem contaminação em decorrência de problemas de alimentos, mas na condição geral existe a exclusão de contaminação por doenças contagiosas. “Os produtos precisarão ser reformulados e, possivelmente, num futuro breve, deverão embarcar a cobertura de contaminação, seja de covid ou de qualquer outra doença, porque ninguém vai fazer nenhum tipo de evento sem a cobertura securitária adequada”, avalia. Alvaro Igrejas corrobora que o risco de pandemia não era usualmente coberto pelo seguro e alguns promotores de eventos mais conscientes dos riscos da sua atividade contrataram essa cobertura e foram beneficiados pelo seguro, o que causou um grande impacto nas seguradoras especializadas nesse segmento. “O que veremos daqui para frente é a preocupação dos segurados em contratarem uma cobertura para pandemias e o mercado segurador se ajustar a essa nova demanda”, diz. Charles Carvalho, subscritor de Entertainment AGCS América do Sul, entende que a instabilidade econômica gerada pela pandemia pode afetar o ramo de eventos ao vivo (concertos e festivais), levando em conta que a maior parte dos artistas vêm do exterior e possuem remuneração em moeda estrangeira, o que gera uma pressão enorme no orçamento das produtoras que se veem agosto2020

Brasil Das principais seguradoras que operam com o seguro de entretenimento no país, a perda na arrecadação de prêmios emitidos no 1º semestre pode passar dos 50%; Algumas seguradoras estão com as suas carteiras “fechadas” para apresentação das cotações para o 2º semestre e aguardando a retomada o mercado do entretenimento em breve. Enquanto isso, apenas duas seguradoras vêm mantendo a sua subscrição e apresentando suas propostas visando a retomada.

obrigadas a repassar isso para o público. Em relação às produções audiovisuais, existem várias discussões sobre captação de recursos que trazem preocupações com relação ao futuro. “Ambos os segmentos podem ser afetados por uma redução no número de produções e, consequentemente, maior pressão orçamentária, ocasionando uma reação em cadeia. São riscos que precisam ser observados com atenção”. Em sua visão, o momento é de aprendizados. “É a oportunidade de criar um pouco mais de disciplina, planejamento e organização financeira para contingências, incluindo a contratação de seguros mais adequados para cada

tipo de operação, como cancelamento de eventos e seguros de filmagens, que podem ser combinados com outras coberturas como Responsabilidade Civil e Riscos Diversos, por exemplo. Do lado das empresas e profissionais de seguros, é a maior oportunidade de redimensionar o portfólio e reunir argumentos quanto à importância de outras coberturas, além das coberturas de Responsabilidade Civil. Em complemento, precificar os seguros de maneira mais eficiente também é uma das medidas para o ‘novo normal’”.

Dados do setor de Turismo & Eventos

Movimenta 12,9% do PIB Nacional;

R$ 936 bilhões no Brasil em 2019; 590 mil eventos/ ano no Brasil 1.600 eventos/ dia no Brasil; 25 milhões de empregos diretos e indiretos; 1 em cada 4 brasileiros vive dos eventos, e dos setores da indústria do turismo; 10% dos empregos formais no Brasil estão nos segmentos do turismo; Eventos movimentaram R$

32 trilhões em todo o mundo em 2019;

Segundo a FGV Projetos: ROI (Return on Investments) - cada R$ 1 investido gera R$ 14 a R$ 17 de retorno na economia local. Fonte: MDS Brasil

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ciência | covid-19

Por Carol Rodrigues

Desenvolvidas especificamente para os centros de pesquisa, universidades, hospitais e indústrias, apólices acompanham as fases de vacinas e medicamentos, que, neste caso, podem levar até 12 anos

M

undialmente, ultrapassamos a marca de 22 milhões de pessoas contaminadas pela covid-19. Apenas no Brasil já são mais de 3,4 milhões infectados e 111.189 mortes. Os números têm direcionado investimentos

ao estudo para a criação de vacinas. “A Sinovack Biotech, que está fazendo a vacina para o Instituto Butantan (SP), pega o vírus inteiro, produz e o inativa (sem destruí-lo)”, exemplificou Fernando Reinach, especialista em Biologia Molecular e ex-professor titular do departamento de Bioquímica da USP, durante live realizada em agosto pela Fator Seguradora.

“ Em decorrência da

Vivienne Carduz Castilho Libbs Farmacêutica

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A partir de então, o vírus morto é injetado em humanos. Segundo Reinach, as pessoas reagem como se tivessem contraído a doença e ficam imunes. “Esse é o princípio de todas as vacinas, como a de sarampo”. Os chamados clinical trials começam com animais. “Injeta-se no rato e vê se ele não morre. Se o rato produz anticorpos, a vacina é testada em cachorro. Depois, no macaco”, disse. Se a vacina funcionar no macaco, são injetadas em cerca de 10 a 20 pessoas para ver se não tem nenhum problema sério. É necessária a segurança absoluta de que não dará complicações e é aqui que entra o seguro. A indústria farmacêutica Libbs tem como premissa a contratação de seguros para todos os testes clínicos dos seus medicamentos. “É um compromisso de responsabilidade. A cobertura securitária garante respaldo e suporte para todos os atores envolvidos nos ensaios clínicos. É fundamental porque protege, principalmente, os participantes da pesquisa em caso de qualquer evento adverso ou inter-

pandemia provocada pelo vírus SARS-COV-2, nos preocupamos particularmente que estas apólices forneçam respaldo em caso de contaminação pela covid-19”

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ciência | covid-19 corrência causada pelo estudo. É uma forma de garantir segurança nesse tipo de programa, que quando bem sucedido, beneficia um número incontável de pessoas e impacta de maneira muito positiva o desenvolvimento da pesquisa e da ciência, de forma geral”, ressalta Vivienne Carduz Castilho, gerente de Pesquisa Clínica da Libbs Farmacêutica. O tipo de cobertura varia de acordo com a complexidade do produto que será testado e com a fase do estudo. “Os seguros oferecem coberturas para os atores envolvidos, principalmente para os participantes da pesquisa, que podem contar com o nosso respaldo, por meio do seguro, em caso de danos decorrentes da participação nestes ensaios clínicos. Em decorrência da pandemia provocada pelo vírus SARS-COV-2, nos preocupamos particularmente que estas apólices forneçam respaldo em caso de contaminação pela covid-19”, diz Vivienne. Em média, os testes de um medicamento levam de 10 a 12 anos, variando de acordo com a complexidade da molécula. Ela explica que os ensaios clínicos são estudos sistemáticos de medicamentos em voluntários humanos que seguem estritamente as diretrizes do método científico. “O objetivo é obter evidências sobre a eficácia e segurança dos produtos que, além de evidências não clínicas e dados sobre qualidade, devem apoiar seu registro por meio de uma autoridade regulatória. Os resultados obtidos nesses estudos determinam a autorização e, subsequentemente, a comercialização do medicamento”. A partir de então, eles são conduzidos em centros de pesquisa especializados, incluindo grandes hospitais, realizados de forma controlada e respeitando os princípios éticos aplicáveis na condução da Pesquisa Clínica.

Corretor agrega valor

No caso dos testes para o desenvolvimento da vacina para covid-19, existe uma peculiaridade levando em consideração a urgência. Uma delas é a própria aceitação do seguro por parte da seguradora. “Por desconhecer com profundidade o vírus, a seguradora fica preocupada com uma eventual complicação, agosto2020

uma vez que o seguro garante os danos corporais que ocorrerem no máximo até três anos após a conclusão da experimentação clínica a que se submeteu o terceiro”, explica Samy Levi, owner da Equipe Corretora de Seguros. O seguro para testes clínicos é complexo e com formalidades a serem cumpridas com relação a protocolos de pesquisa e termo de consentimento. A Equipe Corretora, especialista na área da saúde que possui em sua carteira importantes hospitais e centros de pesquisas, decidiu investir por se tratar de uma área técnica, na qual a corretora pode agregar valor. Além disso, segundo Levi, é uma oportunidade de demonstrar aos clientes as responsabilidades que podem ser imputadas por uma determinada falha no processo de desenvolvimento de drogas. “As empresas de Biotecnologia são vulneráveis a uma série de exposições relativas às responsabilidades civis, por exemplo, custos de pesquisas e desenvolvimento, e contaminação de produtos. Por isso, precisam de uma apólice adaptável, que acompanhe o seu crescimento econômico”. Para um medicamento estar disponível no mercado, diz Samy, é preciso obter o registro junto à Vigilância Sanitária, o que só é possível após a realização de pesquisas que comprovem que o medicamento em questão é eficaz e seguro, ou seja, é capaz de tratar a doença e não tem alta incidência de efeitos colaterais graves na população, apresentando baixa toxicidade.

Geralmente, as apólices são pensadas de acordo com a necessidade do segurado, mas existem as coberturas padrão. “Dentro do que uma seguradora oferece em seu rol de coberturas e exclusões, ela, o segurado e o broker definem o melhor caminho para a transferência daquele risco”, comenta Juliana. A solução oferecida pela Allianz ampara as reações adversas decorrentes dos testes, sejam elas consequentes do produto, medicamento ou do procedimento que está sendo testado. “Além disso, há a cobertura para custos judiciais e honorários advocatícios, por exemplo”. No Grupo Allianz, a parte técnica da análise do risco é feita por Engenheiros Químicos, Médicos e Farmacêuticos e isso garante que as respostas para as demandas sejam sempre muito bem embasadas. “Por diversas vezes tivemos a oportunidade de auxiliar o segurado na adaptação de seu protocolo de pesquisa ou do seu termo de consentimento livre e esclarecido. Além disso, graças a uma presença global, podemos oferecer soluções em diferentes países. Se um segurado no Brasil decidir fazer o teste em outros países, temos como coordenar daqui a cotação e emissão das apólices”, explica Juliana. A Chubb Seguros possui uma cobertura específica para testes clínicos, dentro do

Apólice com coberturas específicas

O seguro para testes clínicos foi desenvolvido especificamente para os centros de pesquisa, universidades, hospitais e indústrias. “Ele ampara o teste por fases (em caso de medicação) e a duração da apólice acompanha a duração do teste, havendo grande flexibilidade para adaptar termos e condições, caso haja mudanças na quantidade de pacientes a serem testados ou na duração do teste (atraso devido à demora no recrutamento de pessoas, por exemplo)”, explica Juliana Alves, Head de Liability da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS).

Samy Levi Equipe Corretora de Seguros

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ciência | covid-19 Fase

N° pacientes

Duração

Objetivo

I

20 a 100 (voluntários sadios geralmente)

Vários meses

SEGURANÇA, principalmente

II

Até centenas (100 - 400)

Vários meses a 2 anos

Segurança a curto prazo, mas, principalmente, EFICÁCIA. Definição de dose eficaz

III

De centenas a milhares

1 a 4 anos

SEGURANÇA, EFICÁCIA comparativa, posologia, aumentar o “n”. Pleiteia-se registro

IV

Vários milhares

Vários anos

FARMACOVIGILÂNCIA. Ampliar indicações, gerar experiência

Fonte: Equipe Corretora de Seguros

ramo 51. “Normalmente as apólices são desenhadas para cada estudo, sendo a vigência o mesmo período de duração do protocolo de pesquisa”, explica Leandro Martinez, vice-presidente e Chief Underwriting Officer da Chubb Brasil. Segundo ele, a cobertura permanece a mesma para testes relacionados à covid-19, tendo em vista que a cobertura não é para a doença em si, mas sim para um evento adverso decorrente do tratamento testado. As principais coberturas são: danos

corporais, inclusive a morte decorrente da administração de medicamentos, substâncias e/ou procedimentos utilizados na pesquisa; eventos adversos previstos e imprevistos; danos corporais e materiais decorrentes da existência, uso e conservação do imóvel utilizado pelo segurado para realização da pesquisa, inclusive para acompanhantes do paciente; danos morais; danos estéticos; custos de defesa; despesas de salvamento e contenção de sinistros, além de despesas médico-hospitalares e odontológicas. Entre as exclusões desse tipo de seguro estão danos causados intencionalmente ou o fato do produto não ter o desempenho esperado, danos à saúde que teriam ocorrido ou persistido ainda que o terceiro reclamante não tivesse participado da pesquisa clínica especificada na apólice, e o fracasso de qualquer produto em atingir ou realizar o propósito pretendido.

Falta de obrigatoriedade e demanda

Juliana Alves AGCS

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Os testes clínicos de qualquer medicamento ou vacina precisam ser autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para tanto, é avaliado o perfil de segurança e dados disponíveis das etapas prévias dos estudos. De acordo com a Anvisa, é no momento do registro que é verificado se a vacina é fabricada e controlada dentro dos padrões de qualidade esperados pelos regula-

Leandro Martinez Chubb Brasil

mentos técnicos: nesa fase, também são avaliados os dados de segurança e eficácia da vacina ou medicamento. Segundo a assessoria de comunicação da Anvisa, as mudanças por conta da pandemia tratam, principalmente, de prazos e a possibilidade da realização de etapas simultâneas de testes. No Brasil, não existe obrigatoriedade do seguro para a realização de testes clínicos, e na maioria dos casos fica a cargo do pesquisador ou indústria farmacêutica contratarem a proteção. “O que temos na legislação é a obrigatoriedade de reparação de danos. De acordo com o CNS 466/2012, ‘o pesquisador, o patrocinador e as instituições e/ou organizações envolvidas nas diferentes fases da pesquisa devem proporcionar assistência imediata, nos termos do item II.3, bem como responsabilizarem-se pela assistência integral aos participantes da pesquisa no que se refere às complicações e danos decorrentes da pesquisa’”, comenta Martinez. Embora não seja obrigatória, a proteção é bem disseminada no meio farmacêutico. Porém, ele explica que existem muitos patrocinadores do exterior e, muitas vezes, o teste já vem para o Brasil com o seguro contratado no exterior. agosto2020


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tecnologia seguro de vida e saúde

Por Karin Fuchs

Números de atendimentos dispararam; formato pode ser um forte aliado à Atenção Primária à Saúde

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este ano, em caráter excepcional, enquanto durar a situação de emergência em saúde no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a prática da telemedicina. Mas ao que tudo indica, ela veio para ficar. “A pandemia impulsionou a transformação digital em diversos setores, assim como na saúde. Com as mudanças na forma de se relacionar e novas legislação e regulamentação sobre o tema, a telemedicina se tornou realidade”, diz Thaís Jorge, diretora da Bradesco Saúde. Segundo ela, o risco da transmissão da covid-19 e o medo de contaminação em ambiente hospitalar geraram uma mudança comportamental da sociedade. “O desenvolvimento de ferramentas, que oferecem o atendimento remoto de forma segura e eficiente, nos permitiu uma comodidade maior, tanto para médicos quanto para pacientes. Acreditamos na relevância da telemedicina e parece-nos uma tendência irreversível no pós-pandemia, sempre alinhados com os órgãos competentes na sua regulamentação”. Marcelo Zorzo, diretor-executivo de Saúde, Odonto e Ocupacional da Porto Seguro, tem uma opinião similar. “Este período evidenciou que muitas coisas podem ser realizadas de forma diferen18 revistacobertura.com.br

te e, ainda assim, gerar bons resultados. A telemedicina é uma delas. Acreditamos em ações responsáveis, que levem acesso e qualidade de atendimento”. Na Omint, Cícero Barreto, diretor Comercial e de Marketing, comenta que eles sempre foram entusiastas da tecnologia para a melhoria no cuidado das pessoas. “A nossa perspectiva é que, após a pandemia, a telemedicina encontre em definitivo o seu espaço. Como operadora de saúde pioneira em adotar este serviço no país, vamos seguir participando das discussões sobre o avanço, estudos e aprimoramento da telemedicina no Brasil, contribuindo com nosso conhecimento e expertise no assunto”. Além da percepção de valor gerada pela telemedicina quanto à gestão de recursos. “Tanto do corpo médico quanto do próprio paciente que esperamos continuar no pós-pandemia. Desde uma visita médica ao paciente até o registro de uma queixa clínica simples, a telemedicina otimiza a gestão de tempo e recursos das mais diversas frentes. Sendo a gestão um dos principais pilares de atuação da Omint, é um ponto que prezamos de forma significativa”. Para Marco Antunes, vice-presidente de Operações e Tecnologia da SulAmérica, a aposta é que ela veio para ficar.

“Essa é uma tendência mundial. Recente pesquisa da consultoria McKinsey sobre a mudança de comportamento durante a pandemia em todo o mundo aponta que essa modalidade de atendimento cresceu significativamente por conta de novos clientes,

Thaís Jorge Bradesco Saúde

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tecnologia seguro de vida e saúde novas adesões. A pesquisa mostra também que o crescimento deve se manter, mesmo depois do fim da crise. Defendemos a boa telemedicina, aquela regulamentada e que segue as boas práticas de atendimento”.

Demanda

A MAG Seguros passou a oferecer o serviço de telemedicina com o lançamento da linha Vida Toda Bem-Estar, em maio deste ano, com um amplo e inovador pacote de assistência no mercado de seguro de vida. “A telemedicina é um importante serviço agregado ao segurado, que não é comum no seguro de vida, principalmente quando consideramos a elevada taxa de pessoas que não contam com o acesso à rede particular de saúde”, afirma Nuno Pedro David, CMO da MAG Seguros. Entre os benefícios, o segurado que tem este serviço por meio da linha Vida Toda Bem-Estar não tem um limite de consultas, podendo acionar as assistências sempre que precisar. “Nós estamos com uma boa aceitação deste produto pelos corretores e pelos clientes. 40% dos segurados que contrataram este seguro de vida já utilizaram a

telemedicina ou a telessaúde”. Barreto conta que até junho deste ano, o número de acessos ao Dr. Omint Digital foi o mesmo do registrado em todo o ano de 2019. “Até o momento, nós tivemos um crescimento de 233% do uso do Dr. Omint Digital de 2019 para 2020. A Omint foi a primeira operadora de saúde a atuar com telemedicina no Brasil, em 2018, com qualidade acadêmica e graças à parceria com a Faculdade de Medicina da USP e a consultoria do Dr. Chao Lung Wen, um dos maiores especialistas em telemedicina do Brasil. Desde 2018, a SulAmérica oferece aos seus clientes a possibilidade de atendimento via tela na modalidade de teleorientação. Com a regulamentação da telemedicina, foi ampliada rapidamente a oferta com o Saúde na Tela para todos os seus clientes. “O índice de resolutividade chega a 90% e a satisfação está em 91p.p. (NPS), o que significa nível de excelência. Até agora, atingimos a marca de 200 mil atendimentos e 100 mil prescrições e solicitações de exames. Conseguimos atender 100% dos clientes que procuram esta modalidade, mesmo com o aumento exponencial da demanda”, diz Antunes.

Também em 2018, a Porto Seguro lançou o Alô Saúde. “A procura pelo Alô Saúde vem crescendo consideravelmente. No primeiro semestre, por exemplo, a utilização da plataforma cresceu mais de 500% em relação ao mesmo período de 2019. Percebemos que, cada vez mais, os nossos segurados entendem a importância da teleorientação e os benefícios oferecidos por esse serviço”, afirma Zorzo. Desde o início da pandemia da covid-19, a Bradesco Saúde e a Mediservice, empresas do Grupo Bradesco Seguros, passaram a disponibilizar para seus beneficiários o serviço de teleorientação médica, por meio do canal 0800 – central de orientação médica, que já recebeu mais de 60 mil chamadas. “A partir de junho, o beneficiário passou a realizar consultas imediatas, por vídeo, com equipe médica dedicada, para casos de suspeita de covid-19 e casos agudos, de baixa complexidade”, informa Thaís. Em números, a executiva especifica que, além do serviço de teleorientação médica, com mais de 60 mil atendimentos, nos primeiros 30 dias do serviço da telemedicina por videoconsultas foram mais de 11,5 mil atendimentos, com média diária de 350 consultas, com alguns dias atingindo o pico de 700 consultas. “E já são mais de 28 mil atendimentos on-line com outros profissionais de saúde, como psicólogo, nutricionista e fonoaudiólogo”.

“ O corretor

deve enxergar a telemedicina como agregador no momento da venda” Marcelo Zorzo Porto Seguro

agosto2020

Cícero Barreto Omint

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tecnologia seguro de vida e saúde

Percepção

Nas palavras de Cícero Barreto, o cliente não quer apenas comprar um plano de saúde, ele quer entender os produtos e serviços mais aderentes ao seu perfil e suas necessidades, bem como da sua família. O corretor deve enxergar a telemedicina como agregador no momento da venda, sendo um benefício a mais para se oferecer ao cliente”. Como ele costuma dizer, o corretor é o centro da jornada de vendas. “Cada vez mais, ele se torna um profissional com características mais estratégicas e menos operacionais. Ao assumir uma postura consultiva, o cliente percebe a tangibilização desse valor, e passa a enxergá-lo como um executivo que é mais que um agente de vendas: é um gestor

de soluções, que oferece a ele as propostas mais aderentes à sua vida. A telemedicina pode contribuir para redução de desperdício e, consequentemente, de custos ao focar em prevenção e promoção da saúde. “No modelo de assistência atual, muitas vezes os beneficiários recorrem a centros hospitalares para demandas básicas, quando cerca de 80% dos casos poderiam ser resolvidos pela Atenção Primária à Saúde (APS). Ferramentas digitais, como a telemedicina e o prontuário eletrônico, podem contribuir não apenas para a melhoria do cuidado de forma integrada, como para a sustentabilidade do setor”, explica Thaís. A mesma visão compartilha Marco Antunes. “A teleconsulta é mais conveniente para o cuidado com a saúde integral (física, emocional e financeira) de nossos clientes. Esperamos que isso signifique já no médio prazo aumento da atenção primária, ou seja, que os beneficiários procurem atendimento periódico e tratem de suas questões com menor complexidade. Isso é mais proveitoso para os pacientes e mais sustentável para todo o ecossistema da saúde suplementar”. “Além de oferecer mais um serviço de alto valor para o cliente, por meio da oferta da telemedicina, das outras assistências e dos descontos em consultas,

“ O índice de

Marco Antunes SulAmérica

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resolutividade chega a 90% e a satisfação está em 91p.p. (NPS), o que significa nível de excelência”

Nuno Pedro David MAG Seguros

exames e medicamentos, contribuímos para que o nosso segurado possa cuidar de sua saúde no dia a dia”, diz Nuno Pedro David, acrescentando que neste ano foi lançado o seguro Master Acidentes Domiciliares, voltado para a cobertura de acidentes domésticos ao público 60+. Na Porto Seguro, diz Marcelo Zorzo: “desenvolvemos vários programas de promoção a saúde para que possamos levar aos nossos segurados maneiras para cuidar efetivamente de seus hábitos e melhorar sua saúde. Contamos com os programas gerenciamento de crônicos, em que buscamos fornecer o melhor atendimento/tratamento, e entendemos que neste contexto de cuidado a telemedicina é uma ferramenta de apoio importante”. Para finalizar, Marco Antunes informa que a evolução é contínua. “O Saúde na Tela está em constante aprimoramento pelo time de Inovação da SulAmérica. O serviço começou com atendimento apenas de plantonistas e já expandimos para os médicos especialistas e também outras terapias. Ouvimos constantemente nossos clientes e parceiros corretores de seguros para entender onde podemos agregar valor e facilitar suas vidas”. agosto2020


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papo com broker Classic Seguros

Por Karin Fuchs | karinfuchs@skweb.com.br

Segundo Hélio Loreno, CEO da Classic Seguros, agora é o momento do Vida e da Previdência. Com um laboratório de inovação, a empresa completa 30 anos e avança mais ainda no digital

N

Hélio Loreno Classic Seguros

as palavras de Hélio Loreno, fundador e CEO da Classic Seguros, esse é o melhor momento para se falar em seguros de Vida e Previdência Privada. “As pessoas estão tomando consciência que não são eternas e que irão buscar segurança para a família comprando proteção securitária”. Fundada em 1990, a Classic Seguros está sediada em Belo Horizonte (MG) e tem filiais em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Vitória (ES). Ao todo são 35 colaboradores na matriz e cerca de 1,5 mil corretores parceiros espalhados por todo o país. Há quatro anos, foi implementado um laboratório de inovação na corretora e, com a pandemia, eles avançaram mais ainda no digital. Revista Cobertura | Como está inserida a corretora no digital? Hélio Loreno | Hoje, já contamos com um time dedicado à aceleração digital e orientado para as tendências. Mesmo antes da pandemia se instaurar, já havíamos fechado com a MAG uma parceria para vendas de forma 100% digital. Contamos também com

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uma plataforma que viabiliza o trabalho dos corretores parceiros diante desse “novo normal”, convertendo as perspectivas de geração de negócios em ganhos reais. RC | E quais foram as outras ações? HL | Reforçamos os investimentos em ações de captação de clientes via redes sociais, aceleramos o processo de parceria com players de mercado complementares à nossa estratégia e nos tornamos ainda mais omnichannel, aprimorando a experiência dos nossos clientes e parceiros em todos os pontos de contato com a empresa. Imersos neste repertório, acreditamos que, muito em breve, apresentaremos novidades robustas ao mercado, focando na tranquilidade dos nossos clientes e parceiros diante desse novo momento. RC | O que mudou no atendimento aos clientes? HL | Nós migramos os canais, aumentamos as opções de contato com nossos atendentes e equipe interna via telefone, WhatsApp, chat on-line e redes sociais. Nesse campo, as tecnologias existentes e os canais nos quais a Clasagosto2020


papo com broker Classic Seguros sic Seguros já desenvolvia ações foram fundamentais para que nossos clientes e time pudessem se manter seguros, com a menor aproximação possível, mas unidos em prol da entrega. RC | Já é possível mensurar a sinistralidade na carteira de seguro de Vida? HL | A sinistralidade está aumentando, mas ainda há muito a se descobrir sobre a covid-19, mesmo que as perspectivas com o tempo sejam de que a ciência nos ajude a avançar no controle dela. Dessa forma, qualquer mensuração tende a ser mera especulação. Até o final do ano de 2019 não imaginávamos enfrentar uma das maiores crises mundiais, imaginávamos? Sou otimista, e espero que tenhamos muito mais vidas seguradas, pois é vida que todo mundo mais quer neste momento. RC | Então, esse é o momento para se falar em seguros de Vida e Previdência Privada? HL | Sim, as pessoas estão tomando consciência que não são eternas e que irão buscar segurança para a família comprando proteção securitária. Nesse momento em que estão fragilizadas pela insegurança, elas estão se organizando e a tendência é de um aumento substancial de vendas no curto prazo. A pandemia trouxe essa consciência da necessidade de se pensar no amanhã. Com isso, a demanda mercadológica observada é propícia e de expansão. RC | Podemos afirmar que seguros de Vida combinados é uma tendência? HL | Tenho certeza de que teremos vários categorias de seguros de Vida combinados no país. Veja o caso do Universal Life, que é fantástico nesse sentido de proteção combinada. Em breve, o elevado consumo dos produtos de seguros de pessoas (Vida e Previdência), irá trazer transformações para nossa sociedade e modificar o modo com o qual planejamos o futuro. Soluções completas que possam trazer mais segurança, bem-estar e conforto para as pessoas tendem a ser uma realidade. Por essa razão, acrediagosto2020

Inspiração, sonhos e um perfil empreendedor

Hélio Loreno começou a sua carreira no mercado de seguros como agenciador da extinta Minas Brasil Seguradora, adquirida pela Zurich Seguros. “Naquela época, éramos responsáveis por angariar seguros de vida nos códigos de descontos da Minas Brasil, o que rendia uma excelente comissão de agenciamento por venda realizada”. Em 1990, ele fundou a Classic Seguros para comercializar seguros de Vida e Previdência Privada, a primeira de outros empreendimentos que ele tem no ramo financeiro. E inspiração não faltou. “Ainda muito jovem e com a cabeça cheia de sonhos, decidi que era o momento de arriscar a empreender. Sempre tendo como inspiração o exemplo de vários líderes de mercado, especialmente Osmar Bertacini, Helio Opípari e Henrique Brandão”. Com a bagagem de anos de experiência na Minas Brasil, ele focou em um nicho ainda pouco explorado. “Encontrei nesse nicho a oportunidade que precisava para construir um projeto de negócio que continua no mercado há mais de 30 anos. Desde então, graças ao trabalho realizado por todos os nossos colaboradores e parceiros, a empresa se expandiu regionalmente, conquistando reconhecimento e prêmios”. to, sim, que eles podem se tornar uma verdade e uma necessidade. RC | Como foi o desempenho da Classic Seguros no ano passado? HL | Em 2019, nossos esforços foram recompensados e conseguimos atingir todas as metas propostas no nosso plano anual de negócios. Especialmente em um nicho de mercado muito específico, o de massificados que contempla o produto AP (Acidentes Pessoais) que, por sua característica, indica volume alto de novos clientes e prêmio baixíssimo que, até então, não era nossa principal via de monetização, mas ganhou força em 2019. Com isso, somamos à nossa carteira de segurados de Vida e Previdência um grande volume de novos clientes. RC | E nesse ano? HL | Nesse momento, com a pandemia ainda afetando os negócios, não somente os nossos, mas o de todos, estamos nos articulando para retomarmos os planos com foco neste segundo semestre de 2020, mas já mirando em 2021. Com a chegada da pandemia, que assola todo o mundo, era de se esperar uma retração nos retornos da empresa em comparação com os números alcançados em 2019. Ainda mais após o período de festas

“ Nos tornamos

ainda mais omnichannel, aprimorando a experiência dos nossos clientes e parceiros em todos os pontos de contato com a empresa”

de final de ano e, logo na sequência, o carnaval, períodos que são conhecidos pela pouca demanda deste tipo de produto e serviço financeiro. Como em todos os anos, nossas expectativas estavam focadas no início da execução do nosso plano estratégico e mercadológico para a expansão de nossa atuação, bem como na aquisição de novos clientes, a partir do segundo trimestre de 2020. revistacobertura.com.br 23


resenha Joaquim Mendanha de Ataídes

Por Carol Rodrigues

Joaquim Mendanha de Ataídes, segundo corretor a atuar na Susep, recarrega a energia com caminhadas ao ar livre, e está diante de um novo desafio: a presidência do Ibracor

Joaquim Mendanha

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ezembro de 2019. O mercado se despede de Gumercindo Rocha, então presidente do Instituto Brasileiro de Autorregulação do Mercado de Corretagem de Seguros, de Resseguros, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta (Ibracor). Foi quando a Fenacor e os Sindicatos de Corretores de Seguros, mantenedores da entidade, convidaram Joaquim Mendanha de Ataídes para ocupar a posição. A eleição foi realizada em janeiro de 2020 e, desde então, a diretoria e os colaboradores têm empreendido esforços para demonstrar à categoria a necessidade de implementação efetiva da autorregulação. Diante de um novo desafio, no início do percurso Mendanha se deparou com a vigência da Medida Provisória nº 905/2019, que desregulamentou a ativi-

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dade de corretagem de seguros, e a pandemia causada pela covid-19. “A autorregulação é a forma mais eficaz de disciplinamento ético e de produção de normas de boa conduta, levando a uma condução e regulação profissional adequada. Trata-se, enfim, de prática contemporânea verificada em todo o mundo”, explica o presidente do Ibracor. Mendanha iniciou a trajetória no mercado em 1987, na extinta Seguradora Agrobanco, como vistoriador prévio. “Posteriormente, passei a atuar como assistente na distribuição de seguros nas agências do banco Agrobanco, que fazia parte do grupo da Seguradora”, lembra. Dois anos depois, concluiu o curso de corretor de seguros pela Escola de Negócios e Seguros, na época Funenseg. “A partir de então, passei a atuar em minha própria corretora. A Brasicor Corretora de Seguros é, hoje, o resultado de uma história de 35 anos que, após adaptações, fusões e ampliações, tornou-se uma das grandes empresas do ramo no Centro-Oeste”. Formado em Administração e Marketing e com MBA em Seguros e Resseguros, Mendanha compartilha um ensinamento de vida: “o trabalho é a única fórmula do sucesso”. “Sou um homem bom com excelente

humor”. Assim Mendanha se autodefine. Casado com Mariza, pai de quatro filhos - Julia, a primogênita, tem 15 e o caçula, Francisco tem 4 anos -, até o momento, nenhum deles sinalizou interesse por uma profissão. Mas o pai diz apoiar qualquer um deles que escolher a “nobre profissão de corretor de seguros”. Como trabalha muito, nos momentos de folga, ele gosta de ficar em casa, ler, assistir TV, tomar vinho ao som de boa música, bater-papo, ficar com os filhos e, quando possível, viajar com a família. “Gosto de fazer caminhada ao ar livre pensando na vida e ouvindo uma boa música”, comenta ele, que se diz muito caseiro. “Valorizo momentos de descontração com a família e amigos”, completa. Ao falar sobre sonhos, ele diz considerá-los muito subjetivos. “Eles se transformam ao longo da vida e diante de cada etapa vão se reconfigurando, mas alguns são sempre muito simbólicos e pertinentes, como ter saúde, família unida, menos desigualdades no mundo”.

Um líder sindical

Em sua concepção, ser corretor de seguros é ter a responsabilidade de levar aos segurados, tranquilidade e segurança nos mais variados momentos da sua vida e da sua família.

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resenha Joaquim Mendanha de Ataídes A paixão pelo trabalho o levou a participar do Sincor-GO como 2º Secretário, 1º Secretário e 1º Vice-Presidente até ocupar o cargo de presidente por três mandatos, que resultaram em nove anos e meio à frente da entidade. “A minha história no Sincor-GO é muito significativa, pois aqui que se fundamenta a minha projeção como líder sindical da categoria”. Mendanha também foi superintendente da Susep de 2016 a 2019. “A experiência mais singular e desafiadora de toda minha carreira”, define. “Dessa atuação, foram produzidas 30 resoluções aprovadas junto ao Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), 45 circulares emitidas ao mercado, uma gama de comissões e grupos de trabalho, como os de ‘mercado marginal’, DPVAT, inovação e insurtech, além de inúmeras reuniões com equipes técnicas da Susep e de outros órgãos de entidades do setor de seguros e de áreas diversas mantendo assim, um diálogo frequente com todo o setor de seguros”, acrescenta. A sua missão foi, juntamente com o colegiado e os servidores da Susep, pautar o trabalho a partir de três pilares: fomento à indústria; busca pela

eficiência, com a desburocratização de processos internos e externos, e o aperfeiçoamento do modelo de fiscalização preventiva. “Como o segundo corretor de seguros da história a assumir o cargo de superintendente da Susep, senti-me muito lisonjeado e ao mesmo tempo desafiado a vivenciar a realidade do órgão regulador do mercado de seguros do Brasil. É realmente uma realidade imponente, rendendo um legado que me deixou bastante honrado em razão do trabalho desenvolvido em 2 anos e 7 meses à frente da Autarquia”. De acordo com ele, cada posição ocupada teve um valor na construção da sua carreira. “Foram etapas que se complementaram e ampliaram conhecimentos, projeção, confiança, liderança, consolidando uma história de carreira e de vida”.

A pandemia e o futuro

Mendanha lembra que o início da pandemia, em março, foi muito difícil, pois trouxe a necessidade de adequar-se a um novo momento e formato de interação, trabalho, convivência familiar, rotina doméstica e ferramentas tecnológicas. “Percebi que era necessário

adequar-se, pois a vida continua mesmo em meio à pandemia. Ainda mais num mercado que foi muito desafiado com esse contexto. Agora, construí uma rotina de trabalho pautada em reuniões por videoconferência e telefonemas, e-mails, enfim, todos os recursos possíveis para me manter conectado aos negócios”, diz ele, que acredita que o corretor se adaptou muito bem. O presidente do Ibracor já foi tesoureiro do partido Solidariedade (SD) de Goiás, mas agora a carreira política não é um caminho a ser trilhado por ele, que reconhece e valoriza muito a política na construção e organização da sociedade. Afinal, nesse momento, a atuação empresarial e institucional frente ao Ibracor exigem dedicação exclusiva e atenciosa. “Ao longo dos meus 35 anos de atuação no setor, vejo que o profissional corretor de seguros sempre enfrentou diversas ameaças na sua profissão e sempre saímos maiores. E o nosso grande aliado nesses desafios é que somos ‘essenciais’ aos nossos segurados. Então, caros colegas, continuem sempre na defesa dos interesses de seus clientes”, recomenda aos profissionais ao vislumbrar o futuro.

“ Os sonhos se

transformam ao longo da vida e diante de cada etapa vão se reconfigurando, mas alguns são sempre muito simbólicos e pertinentes como ter saúde, família unida, menos desigualdades no mundo” agosto2020

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Joaquim Mendanha em diferentes momentos da trajetória e com a família 1 – Como novo presidente do Ibracor | 2 - Apresentação dos três pilares da Susep | 3 – À frente do Sincor-GO | 4 – Mendanha e os filhos Julia (15), Tiago (11), Arthur (9) e Francisco (4) | 5 – Família completa com a mãe de Mendanha, dona Marinha | 6 – Com a esposa Mariza

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mercado on-line Veja o que rolou nas lives e confira a Cobertura Especial no #PortalCobertura

2025 em 2020 Em 2020, a HDI Seguros tem se dedicado à modernização de seu parque tecnológico. “Resolvemos fazer o maior investimento tecnológico da história da HDI no Brasil. Decidimos trazer o ano 2025 para 2020. Aproveitamos o ano da pandemia, já que tivemos o apoio dos nossos 24 mil corretores no processo de digitalização. Esse é o ano de darmos o grande passo tecnológico para os próximos anos”, explicou o CEO da companhia, Murilo Riedel, durante bate-papo com profissionais da mídia especializada em seguros na Mesa Redonda do Seguro promovida no final de julho, pelo CQCS. Segundo ele, embora o ano de 2020 não seja bom em termos de resultados industriais, é o melhor quando se fala em performance operacional. (Carol Rodrigues)

Mais serviços no Telessaúde Ameplan Em live realizada pela Ameplan Saúde, novos serviços foram anunciados para os beneficiários usufruírem do Telessaúde. “O Telessaúde Ameplan começou fornecendo informações sobre a covid-19. Agora, ele completa o ciclo de consultas eletivas. A telemedicina chegou para ficar”, disse o gerente comercial, Marcelo Belber. Os beneficiários também já contam com mais duas especialidades - clínica médica e neurologia - e a possibilidade de emitir os pedidos de exames pelo próprio aplicativo, após a autorização da operadora. (Karin Fuchs)

Alinhamento de estratégias As assessorias do Estado de São Paulo associadas à Aconseg-SP participaram de uma reunião mensal, em que discutiram as melhorias no relacionamento com os corretores e seguradoras parceiras. “Mesmo durante o período de quarentena temos mantido as nossas reuniões. Entendemos que é um importante momento para a troca de experiências e alinhamento de estratégias”, comenta o presidente da Aconseg-SP, Helio Opipari Junior. (Carol Rodrigues)

Resultado operacional histórico A Porto Seguro registrou no 2T deste ano o melhor resultado operacional da sua história, com um índice combinado de 83,8%. A queda na sinistralidade nas carteiras de Auto e Saúde, as reduções das despesas operacional e administrativas e o isolamento social, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, foram os fatores que a levaram a esse resultado. “Foi o melhor resultado da história da Porto Seguro e isso se deve a três importantes fatores: um trabalho focado em subscrição e risco há um bom tempo, entregamos resultados muito bons, e já vínhamos ganhando relevância no mercado em Automóvel e no Saúde”, afirmou Celso Damadi, vice-presidente de Finanças, Controladoria, Investimento e Planejamento. (Karin Fuchs)

Mais digital Na Ameplan Saúde, as principais ações de marketing no período de pandemia também estão voltadas para o ambiente digital. “A pandemia antecipou muitas coisas e nos forçou a desenvolver mais rapidamente o que pensávamos. Queremos ter 100% de acessibilidade em todos os aspectos e uma comunicação integral na área digital com os nossos beneficiários”, diz Soraya Garson, gerente de Marketing da operadora. (Carol Rodrigues)

O papel do seguro na expansão da infraestrutura Com o apoio da BMG Seguros, o Grupo de Economia da Infraestrutura e Soluções Ambientais da Fundação Getulio Vargas iniciou um ciclo de webinares para abordar o papel do seguro na expansão da infraestrutura. O primeiros deles foi sobre o marco legal do saneamento básico. “Os desafios são a capacitação de recursos internacionais, investir em programas tão amplos e ter uma regulamentação robusta, que envolva o mercado de seguros e o financeiro”, disse o presidente da BMG Seguros, Jorge Sant’Anna. Para Solange Vieira, superintendente da Susep, não é possível desenvolver grandes riscos sem o resseguro. “Estamos trabalhando uma nova norma para grandes riscos, para o setor poder ser criativo e também facilitar o resseguro. As cláusulas hoje impostas dificultam que se monte uma estrutura de resseguro e afugenta resseguradores estrangeiros a entrarem no Brasil”. (Karin Fuchs) 26 revistacobertura.com.br

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tv cobertur@ no YouTube Confiança na retomada do seguro viagem Apesar do momento e das dificuldades enfrentadas pelo setor de turismo, a April Brasil Seguro Viagem está otimista em relação ao desempenho do seguro viagem. A expectativa é que o mercado volte a crescer após a pandemia, sobretudo por conta da conscientização do consumidor em relação à proteção. “Por mais que o mercado esteja retraído na sua capacidade, o seguro tende a crescer mais do que o crescimento do turismo. Em termos de viagens para o exterior, estima-se que cerca de 25% a 30% das pessoas viajem com o seguro. A tendência é que o percentual seja maior”, explicou o CEO Luiz Gustavo da Costa. A retomada será puxada pelo turismo doméstico, seguido pelas viagens de intercâmbio e corporativas, e o turismo internacional. “Estamos preparados para a demanda nacional que já está vindo”, afirmou Cláudia Brito, diretora comercial. Em quatro meses de pandemia, a venda do seguro viagem caiu cerca de 80% no varejo, enquanto a queda no turismo foi de 95%. “Já temos uma retomada. Em julho, crescemos de 30% a 40% comparado a junho. Cerca de 25% a 30% das pessoas contratam Até o final do ano ocorrerá uma retomada mês a seguro viagem em viagens internacionais mês. Devemos terminar dezembro com 50% das vendas previstas no nosso plano”, informou Costa. Os executivos brasileiros concluíram em junho deste ano a aquisição da operação de seguro viagem da franAcesse a playlist “Tendências & Debates” e confira o cesa April. Dessa forma, a empresa pretende ampliar os produtos e vídeo no nosso canal no YouTube: https://bit.ly/3eEQYCY serviços disponíveis. Em julho foi lançada a assistência psicológica e mais novidades estão previstas para setembro.

Fundadores da TASS criam a RASS Ao corretor que almeja atuar no ramo saúde, Sérgio Henrique Magalhães, sócio-diretor da TASS Brasil, recomenda a associação. Inclusive, pensando nisso a TASS começou a desenvolver em 2019 a Rede de Assessoria em Seguros (RASS), divulgada com exclusividade em entrevista no “Corretagem em Destaque”, no Canal Cobertura do YouTube. Construir relações de confiança é o propósito da RASS. “Criamos um patamar de amplitude de levar não só para os corretores do Distrito Federal, mas também aos corretores de estados das regiões norte e nordeste. Afinal, hoje não chega até eles o que há de melhor em termos de solução”, justificou. Um dos principais pontos em que a RASS poderá auxiliar os parceiros é a tecnologia. A expectativa é que até o final de 2020 as operações da RASS estejam a todo vapor, com o fechamento dos primeiros contratos com os parceiros. O modelo de remuneração será o de co-corretagem. “Se você está inserido nesse mercado de forma preparada, não tem como não fazer negócio. Por isso escolhemos o seguro saúde. Não sabemos o que vem no pós-pandemia, mas tenho certeza que as pessoas não deixarão de ter plano de saúde”. Sérgio Magalhães começou a carreira no setor de seguro saúde, em 1995, como vendedor de planos de saúde na Amil Assistência Médica. Cerca de dois anos depois, decidiu empreender e abriu um escritório de representação. A Shopping Saúde tornou-se a primeira empresa autorizada da Amil. “Eu colocava uma meta, saia de casa e tinha que voltar com a venda. Meu índice de conversão chegava a 80%”, relembrou.

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Acesse a playlist “Corretagem em Destaque” e confira o vídeo no nosso canal no YouTube: https://cutt.ly/mfwzfrX.

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ANO 6 - NÚMERO 22 - ABRIL 2020

ANO XI • NÚMERO 49 • JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/ABRIL DE 2020

Grupo Bradesco Seguros Leonardo de Freitas Grupo Bradesco Seguros

foca em plataformas digitais para auxiliar os corretores e em facilidades para os segurados durante a pandemia do coronavírus

Helio Opipari Jr.:

Agente do bem-estar social: MAG Seguros é a nova parceira da Aconseg-SP

JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO/ABRIL DE 2020

corretor faz toda a diferença junto aos clientes

missão da Aconseg-SP é manter as assessorias fortes, unidas e prontas para atender, capacitar e ajudar os parceiros

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#RevistaCobertura fundada em 1991, a revista, em formato impresso e digital, faz a cobertura jornalística do que acontece no setor de seguros com reportagens exclusivas. #RevistadaAconseg-SP desde 2008, a editora é responsável pela publicação da Associação das Empresas de Assessorias e Consultorias de Seguros de

São Paulo (Aconseg-SP), que reúne assessorias altamente qualificadas para dar suporte aos corretores de seguros. #Relatório o caderno especial surgiu em maio de 2015 com a proposta de trazer temas com profundidade. #InsuranceCIO a publicação nasceu em julho de 2015

para contribuir com a visão estratégica dos líderes de tecnologia em seguros. #PortalCobertura o www. revistacobertura.com.br sucedeu o www.skweb.com.br, um dos portais de notícias mais antigos do mercado de seguros. Ele reúne as principais informações do setor e coberturas especiais produzidas pelo time Cobertura.

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negócios & empresas Market places de corretores A crescente digitalização de processos deve mudar também a forma de distribuição de seguros no futuro. A utilização de market places – plataforma mediada por uma empresa, em que vários fornecedores se inscrevem e vendem seus produtos – deve se tornar rotina também entre os corretores brasileiros. “Os próximos passos do mercado de seguros devem ser a criação de vários market places de corretores para os clientes B2B e alguns B2C”, afirma Newton Queiroz (foto), CEO da Argo Seguros. Para o executivo, essa tendência está relacionada a um movimento do próprio mercado de seguros. “Como um todo, nosso setor caminha para atrelar suas plataformas digitais (tanto as de seguradoras, quanto de corretoras) ao ecossistema de outras indústrias e, com isso, usufruir da possibilidade de distribuição em diversos canais de forma rápida e com um custo de implementação reduzido”.

Aposta no seguro para motos A Tokio Marine ampliou a oferta de seguros para o segmento de motocicletas, e disponibiliza coberturas básicas contra colisão, incêndio, roubo e furto, além de Assistência 24h e Responsabilidade Civil (RCV-F) a diversos modelos, que vão desde as mais urbanas e funcionais scooters até as motocicletas de alto desempenho e customizadas. “Sabemos que esse é um mercado em expansão, uma vez que as pessoas estão em busca de alternativas de mobilidade cada vez mais eficientes e baratas. Queremos levar nossa expertise e qualidade a esse público, que em muitos casos já conhece a Tokio Marine, e está em busca de uma alternativa de proteção e segurança para complementar suas opções de deslocamento no trânsito”, explica Luiz Padial (foto), diretor de Automóvel da Tokio Marine. Estão aptos ao seguro modelos das montadoras Honda, Yamaha, BMW, Triumph, Suzuki, Kawasaki, KTM, Dafra e Harley-Davidson, cuja finalidade seja lazer e/ou locomoção diária. Ficam excluídas da oferta motocicletas cujo uso seja comercial, ou seja, destinado ao transporte e à entrega de objetos e mercadorias.

Resiliência do setor de seguros A Carta de Conjuntura aponta que, apesar da pandemia do novo coronavírus ter paralisado diversos setores, o mercado de seguros mantém dados favoráveis. Na média, os dados econômicos do 1º semestre de 2020 trouxeram notícias animadoras para o mercado de seguros, segundo a edição de julho da Carta de Conjuntura do Setor de Seguros, publicação mensal desenvolvida pelo Sindseg SP e pelo Sincor-SP. Os ramos que mais perderam receita durante o período analisado foram Automóvel e Previdência, com queda de 5% e 10%, respectivamente. Já outros ramos de seguros, como o Rural, por exemplo, registraram crescimento, enquanto os seguros de pessoas mantiveram equilíbrio nos dados. “Em suma, diante das circunstâncias, podemos dizer que o setor de seguros teve um comportamento resiliente, conseguindo evoluir favoravelmente diante de tal tragédia”, aponta o economista responsável pelo estudo, Francisco Galiza.

Lucros cessantes e a sua cobertura A discussão deste tema já é considerada a questão mais impactante da história do mercado segurador e ressegurador mundial. No Brasil, o assunto tende a não ter maiores problemas, justo pela forma como o produto é comercializado, por meio de coberturas agregadas a um risco principal (neste caso, para que seja exigível é necessário que se verifique o dano material - risco coberto), ou de forma separada, como cobertura única, nos termos da circular Susep nº 560/2017. No exterior, a situação é economicamente crítica. Nos Estados Unidos, em 16 de março de 2020, foi registrada a primeira ação coletiva em face do Lloyds, no estado da Louisiana. Até o presente momento já são cerca de 167 novas ações coletivas, tendo como discussão mais relevante o conceito de agosto2020

“danos materiais” nas apólices all risks e property. Vale mencionar que já foi proferida a primeira sentença, no estado de Nova York, reconhecendo a inexistência de cobertura. Na Inglaterra, o órgão regulador local ingressou com ação visando a declaração judicial sobre a interpretação de cobertura da cláusula de lucros cessantes no âmbito das apólices de pequenas e médias empresas, cuja decisão ainda não foi proferida. Na Suíça, a seguradora Helvetia aceitou o pagamento de 50% das perdas por lucros cessantes de seus segurados, ainda que seja risco excluído. Na França, a seguradora estatal AXA está promovendo ajustes em suas provisões e convocando segurados (donos de restaurantes, clínicas, hospitais e outros) para a realização de acordos. Na Alemanha, há notícias de

negociação entre a região da Baviera e o Ministério da Economia, onde propõe-se que 70% dos prejuízos sejam pagos pelo governo e 15% pelas seguradoras, em forma de um socorro sócio empresarial para evitar a judicialização. Enfim, a cobertura de lucros cessantes é assunto para se ter os olhos bem abertos, tanto por aqui quanto no exterior, pois envolve grandes somas com forte impacto no setor segurador e ressegurador.

Sergio Ruy Barroso de Mello vice-presidente da AIDA Internacional sergiom@pellon. com.br

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negócios & empresas Novos produto digital do Seguro PASI O seguro de Acidentes Pessoais Temporário é uns dos novos produtos digitais do Seguro PASI. A modalidade vem como uma solução para suprir demandas pontuais de proteção, seja qual for a necessidade do empregador, podendo ainda servir para complementar o valor de um capital segurado já contratado ou até mesmo para cumprir uma exigência contratual específica. ‘‘O grande diferencial do AP Temporário PASI está na praticidade da contratação, que é feita totalmente on-line através do nosso portal e da inclusão dos benefícios da Central de Amparo PASI, que disponibiliza ao segurado, seus beneficiários e o gestor da empresa, as assistências psicológica, nutricional, fitness e social, todas prestadas de forma remota e ilimitada por profissionais altamente capacitados e exclusivos’’, destaca Mateus Ribeiro (foto), coordenador Comercial e de Suporte Integrado da Central PASI. Por um valor bem atraente, a partir de R$ 5,17 por segurado é possível contratar um plano individual para o colaborador que possua qualquer tipo de vínculo legalizado com a empresa. As contratações são feitas por períodos pontuais e variam de 1 mês até 12 meses. Os capitais segurados disponíveis vão de R$10 mil até R$50 mil.

Novidades no seguro de vida individual A Tokio Marine disponibiliza novas coberturas e serviços para os produtos Tokio Marine Vida Mulher e Vida Homem. A principal novidade é a ampliação do rol de cobertura para doenças graves, que agora abrange 25 patologias, proporcionando uma das coberturas mais completas do mercado. São dois novos grupos de contratação, que garantem indenização ao segurado em casos como distrofia muscular, esclerose lateral amiotrófica (ELA), implante de marca-passo definitivo, queimaduras e doenças hepáticas graves, entre outras. “O Vida Individual já previa excelente abrangência na cobertura de doenças graves, incluindo câncer, um dos diagnósticos com impacto mais significativo para as famílias. Com essas mudanças, fomos além do oferecido pelo mercado para proporcionar tranquilidade ao dia a dia de mais pessoas”, afirma a diretora de Seguros de Pessoas da Tokio Marine, Nancy Rodrigues (foto). O seguro também passa a incluir a proteção DMHO, que diz respeito às despesas médicas, hospitalares e odontológicas decorrentes de acidentes; cobertura flexível para funeral, cujo capital contratado poderá variar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil; e ampliação do prazo de vigência de algumas coberturas (Diárias de Internação Hospitalar, Diagnóstico de Câncer e Doenças Graves) podendo atingir até 75 anos.

Mapeamento eletrônico de saúde Ter reunidas em um só lugar as informações do perfil de saúde de colaboradores é algo que contribui para a fluidez dos negócios e da dinâmica de trabalho exercida pelas empresas. Por isso, o Porto Seguro Saúde elaborou e agora oferece às empresas-clientes um mapeamento eletrônico completo de saúde dos beneficiários – o que é mais um ponto importante que pode passar a ser utilizado pelos corretores parceiros na argumentação junto aos RHs das empresas. Diretor-Executivo de Saúde, Odontológico e Ocupacional da Porto Seguro, Marcelo Zorzo (foto) destaca como funciona a dinâmica do mapeamento e quais pontos são levados em consideração pelo sistema. “Esse é um formato sistemático que, certamente, irá contribuir com as empresas-clientes na análise do perfil de saúde dos seus colaboradores e buscando melhor atendê-los nas possíveis necessidades que venham a aparecer. Por meio de indicadores coletados em um questionário, esse modelo permite analisar e compreender o comportamento de cada indivíduo, identifica novas oportunidades, melhora as condições físicas das pessoas e as encoraja a realizar práticas mais saudáveis”, destaca.

Parceiros por mais 15 anos A Liberty Seguros e o Banco Inter, por meio da Inter Seguros, renegociaram os termos do atual modelo de exclusividade dos produtos de seguridade nos balcões do banco com extensão por mais 15 anos. O acordo, lançado em 2018, tem como objetivo oferecer à carteira de clientes do banco soluções mais inteligentes em seguros. Com a expansão, clientes do banco continuarão a ter acesso aos produtos desenvolvidos pela Liberty para os correntistas, disponíveis via aplicativo ou internet banking, com intermediação da corretora Inter Seguros. Atualmente, o banco oferece atendimento de pós-venda

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exclusivo para esses clientes e uma total integração dos sistemas da seguradora, banco e sua corretora. Os correntistas têm acesso a ofertas exclusivas em seguros Auto, Residenciais, de Proteção Financeira, Prestamista (Vida), Viagem e de Assistência, em parceria com a Fácil Assist. Todos os produtos da Liberty disponibilizados no Banco Inter têm contratação 100% digital, proporcionando soluções customizadas e uma experiência ágil e acolhedora aos segurados. “Para a Liberty Seguros, é extremamente importante atendermos às necessidades de todos os tipos de cliente, especialmente no ambiente digital que está em constante ascensão”, afirma Carlos Magnarelli (foto), CEO da Liberty Seguros.

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negócios & empresas Vida e Previdência 100% on-line A partir de 1º de agosto, todas as vendas de seguros de Vida e planos de Previdência da SulAmérica, ambos na categoria individual, serão feitas integralmente on-line. Com esta mudança, o preenchimento da proposta e a assinatura do contrato poderão ser feitos em menos de 10 minutos no Portal do Corretor. “A digitalização do processo atende a uma demanda de corretores e clientes para que tivesse mais agilidade. E fizemos isso sem abrir mão da segurança. O corretor pode usar seu tempo para conhecer o cliente, entender seu momento de vida e oferecer a melhor solução de proteção da SulAmérica”, explica André Lauzana (foto), vice-presidente comercial e marketing da seguradora.

Atendimentos com assistente virtual Pensando em uma opção que simplifique o contato com a seguradora, a Azul Seguros oferece o serviço de atendimento via chatbot e bot de voz. A iniciativa ocorre como uma oportunidade de atendimento mais rápido em casos de sinistro e atendimento financeiro, ajudando o corretor e o cliente a economizar tempo. A novidade funciona desde abril de 2020 para contatos feitos pelo chat e pelo telefone da seguradora. Segundo Gilmar Pires (foto), diretor-executivo da Azul Seguros, o atendimento com assistente virtual vem para facilitar o contato com a seguradora. “O objetivo é proporcionar um atendimento mais ágil para as dúvidas mais simples, e se o cliente desejar outro canal, poderá escolher como quer ser atendido”.

2 milhões de veículos segurados A Tokio Marine se consolida como a seguradora com a terceira maior frota protegida do mercado, o equivalente a 2 milhões de veículos. A companhia passou de 1 milhão para 2 milhões de veículos segurados em seis anos e continua imprimindo um ótimo ritmo de crescimento à carteira de automóveis em 2020, mesmo com a pandemia. “Esse número cresceu 10% em 2019 e vem mantendo o ritmo mesmo diante da recessão que o mundo experimenta este ano, com 7% de aumento até julho. Verificamos um aumento de 100 mil novos veículos segurados durante a quarentena e avaliamos que esse movimento é resultado de uma sólida estratégia de investimento na carteira”, afirma Marcelo Goldman, diretor executivo de Produtos Massificados da Tokio Marine, que acredita que esse desempenho é fruto de investimento da seguradora em relacionamento com clientes e corretores, além de um mix de produtos bastante diversificado.

Recuperação da confiança do setor de seguros continua Em julho deste ano, o Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS) atingiu 87,3%, o que representa uma melhora em relação ao mês anterior em que chegou a 63,5%. “Em julho, a recuperação da confiança do setor seguros continuou, se distanciando do mínimo histórico ocorrido em abril”, comenta o economista Francisco Galiza, diretor da Rating de Seguros e autor do estudo da Fenacor. Sobre a economia, 57% dos seguradores e resseguradores, e 24% acreditam que irá piorar. No quesito rentabilidade, 70% das seguradoras, 36% das corretoras e 29% das resseguradoras acreditam que irá piorar. O maior negativismo está no faturamento, que irá piorar, entre as seguradoras (53%), corretoras (40%) e resseguradoras (29%). agosto2020

Academia Digital para os corretores

A Liberty Seguros lança mais uma edição de sua Academia Digital, treinamento criado para capacitar corretores a vender seguros por meio redes sociais. Desde a sua primeira edição, em 2018, o curso já impactou mais de mil pessoas e, neste ano, o foco será habilitar os corretores parceiros em novas formas de marketing digital, incluindo integração com processo de geração e gestão de leads. Nos módulos anteriores do curso, a seguradora ajudou corretores a promoverem e desenvolverem seus negócios por meio de canais como Facebook, Instagram e Google Ads, além de ensiná-los as melhores práticas de utilização do WhatsApp Business como ferramenta de atendimento aos clientes. Na terceira edição da Academia Digital, os parceiros terão acesso às novas dicas de marketing digital, informações sobre ciclos de vendas e ferramentas para gestão de clientes potenciais, também conhecidos como leads.

Crescimento em D&O A Zurich Seguros registrou aumento de 69,05% no volume de prêmios emitidos para apólices de responsabilidade civil de administradores (D&O), entre janeiro e abril deste ano. Foram R$ 71,7 milhões em prêmios contra R$ 42 milhões registrados no mesmo período de 2019. Com o resultado, a companhia firma liderança neste segmento, com 25% do mercado de D&O no país, que movimentou R$ 290 milhões nos quatro primeiros meses do ano. revistacobertura.com.br 31


executivos & cia. AGCS

Grant Maxwell é o novo diretor Global de Transferência de Riscos Alternativos na Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), reportando-se diretamente ao membro do Conselho da AGCS SE e ao diretor de subscrição corporativo Tony Buckle. Desde fevereiro de 2020, Maxwell liderava a equipe global de Transferência de Risco Alternativo (ART) em caráter provisório.

everis Brasil

A everis, consultoria de Negócios e TI, anunciou Alejandro Morán, que hoje ocupa a posição de sócio global dos setores Público e de Saúde e de sócio de Seguros nas Américas, como o sócio responsável pelos mercados de Seguros e de Saúde do Brasil. Com mais de 20 anos de experiência como consultor, sendo 14 deles na everis, Morán terá o desafio de tornar a empresa referência na transformação digital das empresas de seguros e de saúde no Brasil, além de contribuir para acelerar as mudanças para que ambos os setores se adaptem à nova realidade pós-covid-19.

Nunes & Grossi

O Grupo Nunes & Grossi Benefícios anunciou oficialmente o administrador de empresas e especialista em finanças Willy Maxwell como novo CEO. Profissional com amplo conhecimento de gestão, Maxwell foi responsável pela implementação de diversos projetos especiais no Brasil; no exterior, além de administrador de empresas, também possui formações complementares no Programa de Desenvolvimento de Dirigentes da Fundação Dom Cabral e no Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), em Boston (EUA).

IRB Brasil RE

O IRB Brasil RE escolheu Ellen Gracie, ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e membro independente do conselho de administração da companhia para assumir o recém-criado Comitê de Ética, Sustentabilidade e Governança da resseguradora. Ellen terá o importante papel de liderar o Comitê na definição e propositura de práticas de governança corporativa em todas as esferas do IRB.

Berkley Seguros

Luciano Calheiros chegou à companhia na posição de CEO Brasil. Formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP, Calheiros possui experiência internacional de 25 anos na indústria de seguros, dos quais 15 anos em posições de gestão, sendo a sua última atuação como CEO da joint-venture entre uma resseguradora global e um dos maiores grupos financeiros do Brasil. 32 revistacobertura.com.br

Anúncios digitais vendedores Um dos desafios que temos quando falamos em divulgar nossos produtos nas mídias sociais é como criarmos posts de sucesso, ou seja, que engajem os nossos seguidores. Em função disso, criei algumas técnicas de comunicação, através do que chamo de escrita persuasiva, para que esse processo se torne mais fácil e didático. Dentre outras coisas, quero destacar alguns pontos que são cruciais nessa empreitada, como segue: - Os seus posts, anúncios promocionais, e-mails marketing, mensagens eletrônicas e etc. serão os seus Vendedores Digitais. Portanto, toda comunicação escrita ou por vídeo deverá ser cuidadosamente construída para converter os seus anúncios digitais em mais vendas! - Coloque foco total na conversão do cliente, chamando-o para alguma ação, seja ela para entrar em contato com você pelo WhatsApp, por Direct, preencher uma Landing Page e por aí vai; - Cada meio de atuação - e-mail, WhatsApp, facebook, instagram, YouTube, linkedIn - exige um tipo de conteúdo e modo de interagir diferente. Crie posts respeitando as características de cada um deles – mais ou menos imagens e texto, inclusão de filmes, etc.; - O seu trabalho não termina quando o post é publicado. Depois de cada publicação verifique os resultados que obteve, como cliques, compartilhamento, conversão, etc. - Defina quem é o seu público-alvo e qual é o seu Perfil de Cliente Ideal. Dessa forma você criará posts mais direcionados e com maiores chances de engajamento. Por fim, sempre que estiver construindo os seus posts, certifique-se que ele contenha: um título matador que consiga a atenção do seu prospect; um conteúdo com ofertas vendedoras que despertem o desejo de compra, e que chamem para uma ação! Depois de tudo isso, interaja com o lead e venda! Sucesso e boas vendas! André Santos é Publicitário, Corretor de Seguros e palestrante. Autor de seis livros com mais de 45.000 exemplares vendidos, especialista em comunicação de venda e também diretor da Treinaseg Consultoria e Treinamentos em Seguros. Tel.: (11) 97531-1050 - www.treinaseg.com.br - andre@treinaseg.com.br

agosto2020


executivos & cia. Seguros SURA

Lucas Di Bin assumiu a vice-presidência de Riscos da Seguros SURA no Brasil de maneira conjunta com a vice-presidência da mesma área na SURA Argentina, cargo ocupado desde 2017. O executivo será responsável por garantir a solidez das duas companhias no cumprimento dos compromissos com os diferentes públicos de interesse, de acordo com a estratégia baseada na gestão de tendências e riscos. Bin é atuário formado pela Universidade de Buenos Aires e trabalha na Seguros SURA desde 2009, com experiências anteriores em companhias de seguros.

Sancor Seguros

Wady Cury, contratado em maio para a diretoria Técnica da Sancor Seguros, está agora à frente da diretoria Técnica e de Agronegócios da companhia.

SulAmérica Seguros

Com mais de 20 anos de experiência, o executivo Victor Bernardes retornou à SulAmérica para assumir as operações de seguro de Vida e Previdência Privada da companhia. Em sua primeira passagem pela seguradora, Bernardes foi superintendente de Produtos, Underwriting e Gestão de Risco.

agosto2020

Seguros SURA I

Marcio Lossurdo é o novo diretor de Seguro Garantia. O executivo contribuirá com sua expertise de 18 anos de atuação no segmento para trabalhar a nova solução de Seguro Garantia que está sendo desenvolvida pela companhia. Sancor Seguros I

A gerência comercial de Agronegócios da Sancor tem um novo líder, Martín Villafañe. Formado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidad Siglo 21, Villafañe é profissional de carreira, atuou na sede da Sancor Seguros, na Argentina, de 2003 a 2013. Desde janeiro de 2014 está na operação brasileira. EZZE Seguros

A companhia contratou João Duarte como diretor de Tecnologia. O executivo com mais de 15 anos de experiência, 11 deles dedicados ao mercado segurador, construiu sua carreira gerando soluções em tecnologias voltadas para back-office e front-office em resseguros, B2B e B2C. Buonny

Para reforçar a área comercial e o relacionamento com o mercado, a Buonny contratou Vagner Falconi. Ele já trabalhou por mais de 15 anos na Buonny e nessa nova etapa chega para contribuir com a missão da empresa em prestar serviços cada vez melhores aos clientes, com a oferta de soluções inovadoras que trazem maior segurança e eficiência para o mercado de transporte de cargas e logística.

Seguros SURA II

Javier Rehbein, novo diretor de soluções de Vida, chegou à companhia para agregar com sua experiência de mais de 20 anos no setor de seguros no Brasil e na América Latina, com know how em produtos de Vida Individual e em Grupo, Acidentes Pessoais, Prestamista, Odontologia, Saúde e desemprego. Nos últimos cinco anos, Javier trabalhou com foco no seguro de Vida no Brasil em diferentes frentes do mercado e canais de distribuição. O executivo é Engenheiro Civil Industrial, com MBA em Administração de Empresas. Sancor Seguros II

Martín Sebastián Pacheco, que também iniciou a sua trajetória no grupo ainda na Argentina em 2006, atua no Brasil desde janeiro e é o atual gerente de Operações. Pacheco, que tem 14 anos de trabalho dedicados ao mercado segurador, é formado engenheiro agrônomo pela Universidad Nacional del Litoral - UNL. Ô Insurance

A Ô Insurance Group investe em sua área de benefícios e riscos, reforçando o comercial, bem como todas as áreas responsáveis pela implantação e suporte aos clientes. Agora, tais áreas passam a reportar à mesma diretoria, e quem assume é a diretora comercial Christianne Nobrega, que chegou com o desafio de aumentar a participação da empresa no mercado.

revistacobertura.com.br 33


ações do setor em tempos de coronavírus

Especial coronavírus

Mercado solidário A Chubb Charitable Foundation, braço da Chubb Seguros para apoio a ações sociais, anunciou a doação de US$ 150 mil a projetos de combate à pandemia de covid-19 no país. Os recursos serão usados na estruturação do atendimento a pacientes em hospitais municipais e unidades de saúde geridos pelo Hospital Israelita Albert Einstein por meio de convênios firmados com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. A relevância e a excelência do trabalho desenvolvido pela entidade, um dos mais importantes centros de referência no atendimento à saúde do Brasil, foram elementos fundamentais na decisão da seguradora.

Comunicação A Rádio Bradesco Seguros lançou uma série de três episódios com Leonardo de Freitas, diretor da Organização de Vendas da Bradesco Seguros, sobre as oportunidades do mercado segurador diante do cenário da pandemia. A cada terça-feira será disponibilizado um novo episódio no Programa Papo Seguro. O tema da estreia abordou os reflexos do planejamento financeiro pós-pandemia. O podcast também está disponível em diferentes plataformas digitais, como: Spotify, Google Podcasts, CastBox, Tune In, Deezer e Itunes.

A Tokio Marine anunciou a doação de R$ 730 mil para a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, instituição filantrópica considerada um dos mais importantes centros de referência hospitalar do País. A Santa Casa atende pacientes de todo o Brasil com pronto-socorro de portas abertas, pois não requer encaminhamento por uma unidade básica de saúde. A doação é destinada à criação de dez leitos de UTI na ala pediátrica, essenciais para que o hospital aumente sua capacidade de atendimento ao combate à covid-19.

Serviços digitais

A iniciativa da Tokio Marine no Brasil contou com o apoio da Tokio Marine Holdings, que criou um fundo de investimento em ações humanitárias contra os impactos da covid-19, que contempla os 45 países onde atua. No total, o Grupo Tokio Marine destinou, desde maio, o equivalente a R$ 50 milhões (1 bilhão de ienes) para promover globalmente as iniciativas de cada operação em prol desta causa. A seguradora Zurich, em parceria com Z Zurich Foundation (uma fundação de caridade financiada por vários membros do Zurich Insurance Group que é dedicada a projetos de investimento comunitário) e Zurich Santander, está destinando R$ 9,6 milhões em ações sociais para ajudar no enfrentamento da pandemia da covid-19 no Brasil. 34 revistacobertura.com.br

Atualmente, a Liberty Seguros oferece mais de 20 funcionalidades em seu aplicativo e no Meu Espaço Cliente, seção do site da seguradora voltado exclusivamente para segurados. No decorrer da quarentena ocasionada pela covid-19, grande parte dos clientes da Liberty decidiu utilizar as opções digitais de atendimento. Em autovistoria de sinistros, por exemplo, com a qual clientes podem reportar sinistros auto ou residenciais por meio do envio de imagens, o aumento da adesão foi de cerca de 70%. Além disso, a média de uso desse tipo de vistoria atualmente é superior a 2,7 mil casos mensais, sete vezes mais do que antes da quarentena.

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ZURICH SEGUROS. 36 revistacobertura.com.br

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