Buzz # 32

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BUZZ

carta ao leitor

O

Madeira na pele

assunto principal desta edição é uma entrevista com o baterista Luiz Carlos de Siqueira - o popular Chuim. Um grande músico, compositor e professor jacareiense que fez sucesso tanto dentro quanto fora do país. A entrevista com Chuim serve para abordar um assunto curioso: Jacareí é a cidade dos bateristas. O município é celeiro de músicos que preferiram a madeira na pele ao sopro ou cordas para seguir carreira musical. Chuim concorda com a observação e acredita que o assunto pode dar uma boa tese universitária. Se em São José dos Campos tem uma orquestra de viola caipira, Jacareí deveria possuir uma orquestra de bateristas. Chuim, no entanto, não ficou nesta feliz coincidência e falou de sua carreira e projetos que colocará em prática como um método para baterista e os ensaios com seus vários grupos, entre eles, o Cadência Brasileira. Outra matéria legal é a reportagem sobre os jovens católicos da cidade que participarão da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro. A revista levantou com os responsáveis pelo evento nas principais paróquias de Jacareí que pelos menos 500 fiéis deverão se inscrever. Um fato melhor ainda é que peregrinos de várias partes do mundo visitarão Jacareí na semana de preparação para a JMJ, que ocorrerá de 16 a 21 de julho. A edição traz ainda depoimentos de moradores do Villa Branca felizes da vida com o crescimento do bairro. O local, área nobre e destino preferido de pessoas das classes média e alta, está recebendo um supermercado e mais um centro comercial. O primeiro bairro planejado de Jacareí mostra finalmente a que veio, após quase duas décadas de existência. Com ou sem muita grana no bolso, a realização de um casamento é momento de felicidade para qualquer pessoa. Os noivos ganharam um importante aliado para evitar arapucas de empresas desonestas - o “Manual dos Noivos”. O Procon disponibilizou na internet um manual com dicas úteis para buscar prestadores de serviço nesse mercado que movimenta R$ 12 bilhões por ano. Como ninguém é de ferro, sugerimos uma bela exposição em cartaz no MAV (Museu de Antropologia do Vale do Paraíba), sobre os prédios tombados pelo patrimônio histórico no Vale do Paraíba e Litoral Norte. Boa Leitura!

Mauro San Martín - editor

www.revistabuzz.com

Edição 32|Ano III|Junho de 2013

Diretor Geral: Mauro San Martín Diretora Comercial: Silvia Regina Evaristo Teixeira Editor-chefe: Mauro San Martín DRT 24.180/SP Repórteres: Mauro San Martín e Sandro Possidonio Revisão: B. Veloso Colaboradores: Elaine Ribeiro, Kiko Sanches e B.Veloso (ilustração) Foto da capa: Mauro San Martín Tiragem: 5 mil exemplares Impressão: Resolução Gráfica Email: revistabuzz@gmail.com A revista Buzz é uma publicação mensal da Voz Ativa Comunicações Artigos e colunas não representam necessariamente a opinião da revista Buzz. Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização escrita. Por favor, recicle esta revista!

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Revista Buzz

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Jacarei Revista Buzz


RADAR O mês em revista Vereadora felicita maestro Mauro Messias A vereadora Ana Lino (PMDB) apresentou na Câmara Municipal moção congratulatória ao maestro Mauro Messias pela criação do Instituto de Arte e Cultura, cuja finalidade é manter as atividades da Orquestra Sinfônica Jovem de Jacareí. Segundo a vereadora, a moção objetiva dar parabéns e valorizar o idealizador e presidente do instituto “pela brilhante iniciativa”. O assunto (Insituto de Arte eCultura) foi destaque, na edição 31, da revista Buzz.

Prefeitura concede espaço para Apajac A prefeitura permitiu que a Apajac (Associação de Pais de Autistas de Jacareí) utilize o prédio localizado na Avenida Pensilvânia, nº 705, Jardim Flórida. A associação trabalha com vários profissionais voluntários como pediatras, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais na assistência ao autista.

Data evangélica comemorada em dobro Os vereadores de Jacareí aprovaram por unanimidade projeto de lei, de autoria do vereador pastor Rogério Timóteo, que institui o Dia Municipal da Cultura Evangélica, inicialmente designado para 9 de julho. Uma emenda do vereador Edinho Guedes mudou a data para coincidi-la com o Dia do Evangélico, este já criado por iniciativa sua. Assim, ambas as datas passam a ser comemoradas em 14 de julho.

Transporte para maiores de 60 anos Gratuidade no transporte público a partir dos 60 anos de idade, em Jacareí, foi sugerida pelo vereador petista, José Francisco, ao prefeito Hamilton Mota. O vereador indica a elaboração de um projeto de lei nesse sentido por iniciativa do prefeito. A gratuidade do transporte público é obrigatória a partir dos 65 anos, porém, o Estatuto do Idoso faculta aos municípios abaixar esse limite para 60 anos dentro de certos critérios. José Francisco argumenta que os munícipes dessa faixa etária em diante já necessitam do benefício.

Prova reúne 802 nadadores A 28ª Prova de Natação Equipada, do Corpo de Bombeiros, reuniu 802 nadadores na manhã do dia 11 de maio na represa do Jaguari. Dos 802

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nadadores, 109 eram civis ou bombeiros que vieram de outros agrupamentos dos estados de São Paulo, Goiás, Maranhão e Rio de Janeiro. O evento foi organizado pelo comandante da corporação de Jacareí, tenente Alexandre Veloso, e pela corporação dos bombeiros do Estado de São Paulo.

Poupatempo em Jacareí Uma unidade do Poupatempo para Jacareí foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin, no dia 24 de maio, durante a 5ª reunião dos prefeitos da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte). Segundo o governador, o novo Poupatempo deverá funcionar no prédio da antiga fábrica de meias Lolypop, no bairro Jardim Primavera. O governador não citou data para o início do funcionamento. O órgão atenderá moradores locais e de cidades vizinhas como: Santa Branca, Igaratá, Guararema e Santa Isabel.

Panatlântica anuncia fábrica em Jacareí A metalúrgica Panatlântica S/A, fabricante de aços laminados, anunciou a instalação de uma fábrica em Jacareí no bairro Remédios. A empresa pretende investir R$ 100 milhões em cinco anos na cidade e deverá contratar por volta de 120 funcionários.

TCE barra contrato da JTU O TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) considerou irregulares a licitação e o contrato feito entre a Prefeitura de Jacareí e a JTU (Jacareí Transporte Urbano). A empresa venceu a licitação para operar o transporte coletivo em Jacareí em 2007, na gestão do exprefeito Marco Aurélio de Souza (PT), quando competiu com as concorrentes Viação Atibaia e Pássaro Marrom, que foram desclassificadas. O contrato, assinado em abril de 2007, é valido por 10 anos e pode ser renovado por igual período. À decisão do TCE cabem recursos.

Feira para adoção de animais A ONG Patas da Amizade realiza feira de adoções no recinto do hipermercado Walmart, em Jacareí, todos os sábados. A ONG existe há oito anos e promove ainda controle a zoonoses, combate aos maus tratos e ao abandono de animais. A entidade conta ainda com encaminhamentos veterinários, guia de castração, além de prestar informações à população.

UM NOVO OLHAR

Ansiedade: aliada ou inimiga em sua vida? Por Elaine Ribeiro (*) A expectativa da sociedade em valorizar quem na vida é bem sucedido moral, afetiva, profissional e economicamente faz com que as pessoas desenvolvam transtornos de comportamento como síndrome do pânico, depressão, fobias e outros males. Como se inicia isso? Com pequenos quadros de ansiedade. Ansiedade muitas vezes é confundida com medo. A principal diferença entre os dois é que o medo acontece em resposta a um perigo real, enquanto a ansiedade ocorre sem que qualquer tipo de perigo objetivo esteja presente. Mas, não pense que tudo nesse sentimento é ruim. Tratase de uma proteção motivacional para que a pessoa se esforce em fazer algo bem feito, com excelência. Artistas, palestrantes, executivos e empresários usam da ansiedade como arma fundamental para suas execuções. O ser autocrítico sempre nos impulsiona para o melhor. E quanto a você? Costuma usar a ansiedade como meio natural de melhorar sua rotina, ou deixa-se envolver por ela para tornar sua vida um tormento? O corpo pode somatizar as tensões do dia a dia, causar gastrites, alergias, dores intensas entre outros sintomas, que podem amenizados se seguir alguns cuidados simples para a qualidade de vida: (1) Não se esqueça de respirar da maneira correta, profunda e lentamente, para oxigenar o fluxo sanguíneo. (2) Tente relaxar, alongando os músculos e fechando os olhos percorrendo mentalmente desde os pés até a cabeça. (3) Pratique alguma atividade física ou esporte para canalizar toda energia negativa para fora, como se a cada impacto você se livrasse do que te faz mal.(4) Evite cafeína e outros energizantes que impossibilitem as ondas cerebrais de relaxarem. (5) Medite sobre suas ações todos os dias e pense na melhor forma de resolver um problema antes de agir. (6) Seja positivo e não dê um final catastrófico para suas decisões. (7) Encare os problemas de frente e não fuja das resoluções; verá que se tornam um peso a menos. (8) Evite situações relacionadas a traumas passados. (9) Mantenha o autocontrole sempre. (10) E seja observador, tire o foco de si mesmo e seja participativo, expressando suas emoções e pensamentos. A ansiedade nunca vai deixar de existir dentro do seu íntimo, mas só você pode usá-la de forma saudável. Esteja sempre no controle das situações e viva melhor. (*) Elaine Ribeiro é psicóloga formada na Universidade de Mogi das Cruzes, gestora de pessoal e empresária em Jacareí.


vai bem

vai indo 

Abastecimento reforçado

Pichação vai enfear a quadra

O Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Jacareí anunciou que vai ampliar o sistema de abastecimento na região do Jardim Paraíso. A autarquia informou que pretende construir um reservatório com capacidade para cinco milhões de litros de água na Estação de Tratamento de Água do bairro. O novo reservatório de Jacareí deverá abastecer mais de 30 mil pessoas, informa o Saae. A obra vai custar por volta de R$ 7 milhões aos cofres públicos.

A Prefeitura de Jacareí acabou de entregar cobertura de quadra na Praça Teotônio Vilela, no Jardim Didinha, e o local já foi pichado. Os infratores picharam frases contra a Polícia Militar. A cobertura da quadra é uma das antigas reivindicações dos moradores da região. A quadra não é o único imóvel pichado na cidade, mas diversos espaços públicos e privados, igualmente, são vítimas dessa ação de vândalos que vai, como sempre, ficar impune.

vai mal Povo também depreda

Os moradores que tomam o ônibus na Praça Barão do Rio Branco, mais conhecida como Praça do Rosário, destruíram parte da vegetação que fica num dos cantos do jardim. O problema ocorreu porque a prefeitura transferiu a faixa de pedestre da frente da Jô Calçados para o final da praça. Como os ônibus param próximo à faixa de pedestres, os usuários ficam em cima da vegetação quando esperam pelo coletivo. A praça é adotada pela Heineken Brasil que vai ter de recuperar o local o tempo todo.


Entrevista | Luiz Carlos de Siqueira, o Chuim, baterista

O jeito refinado de tocar do mestre Chuim O baterista jacareiense atuou com grandes nomes da MPB, possui trabalhos na Europa e Estados Unidos além de lecionar música na universidade ou em aulas particulares Aos 50 anos de carreira, um dos grandes bateristas brasileiros, o jacareiense Luiz Carlos de Siqueira, o Chuim, de 66 anos, revela seus inúmeros projetos com exclusividade à Buzz. Ele falou, por exemplo, dos projetos com a Orquestra Cadência Brasileira, com um sexteto e de sua participação como percussionista na ópera “La Traviata”. Além do trabalho como músico, Chuim leciona bateria em Aparecida e ainda dá aulas particulares do instrumento em São José dos Campos. Tanto trabalho é fruto de uma carreira reconhecida tanto dentro quanto fora do país. Embora hoje ele não esteja presente na mídia nacional, o baterista jacareiense já acompanhou os maiores nomes da MPB como: Lenny Andrade, Johnny Alf, Guilherme e Carlinhos Vergueiro, Ed Maciel, Lafayette e banda Tabajara. No exterior, Chuim tocou em Paris, no início dos anos 1970, com a pianista Tânia Maria, e fez carreira também na Dinamarca. Na região do Vale do Paraíba, tocou em todas as bandas: Sergio Weiss, Cry Baby e Biriba Boys. O trabalho pessoal do baterista, compositor, percussionista e professor Chuim teve apenas uma gravação, e um segundo CD deverá ser lançado em breve. Ele também é responsável pela criação de um curso de música popular numa das mais prestigiadas universidades brasileiras – a Unicamp. Chuim é casado, pais de três filhos e tem três netos. Um de seus filhos, Wagner, 40 anos, também é baterista e atua em São Paulo. A seguir, entrevista com o mestre da bateria. Buzz – De onde vem esse apelido? Luiz Carlos de Siqueira – o Chuim - O apelido foi dado pelo percussionista Benedito Rosas, o Carioca (um dos fundadores do Cry Baby), quando comecei a tocar. Eu não sei o motivo do apelido. Carioca tem uma coisa impressionante: ele olha a pessoa, coloca um apelido que acha adequado e pega. Hoje, ele está com seus oitenta e poucos anos. Tem muita gente por aí que ele olhou e pôs um apelido que ficou para sempre. Buzz – Para quem ainda não lhe conhece, você tocou com quem nessas mais de cinco décadas como músico? Chuim – Aqui no Brasil, toquei nas décadas de 60 e 70 com Johnny Alf, Lenny Andrade, Ed Maciel, Carlinhos e Guilherme Vergueiro. Fiz alguma coisa com a Orquestra Sinfônica de São Paulo. Toquei no Rio, com Lafayette, e ainda com a Orquestra Tabajara, do Severino Araújo. Como faltava trabalho no Brasil, eu e um grupo de músicos como Mozart Terra, por exemplo, fomos trabalhar na Europa. Eram músicos que faziam trabalhos para a Televisão Cultura e Radio Eldorado, naquela época. Levamos algum dinheiro para nos manter por certo tempo e fomos arrumando trabalho em Paris. Eu, por exemplo, trabalhei com a pianista Tânia Maria em várias casas noturnas. O pessoal que foi comigo voltou, mas eu fiquei. Acabei indo para Dinamarca, onde morei de 1976 a 1984. Lá, trabalhei e gravei com Cristian Sievert e Jukka Tolomen, Torben Kjaer Jazz Quintet, Danish Radio Jazz Group, Batida Caliente e Ariel. Também trabalhei e gravei com Witchdoctor´Son (África), Instambul Express (Turquia) e Dr. L. Subramarian (Índia). Eu participei da gravação de uns 16 discos na Dinamarca. Eu sou também membro fundador do primeiro grupo de percussão erudita de

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“As pessoas passam. A política passa. Os partidos morrem, mas a musica fica”.

Chuim prepara novo CD e método de bateria São Paulo, que ganhou prêmio e está sendo objeto de tese universitária. Buzz – Fale-me desse seu envolvimento com a percussão erudita. Chuim – A percussão clássica se enquadra na música erudita. Em Jacareí, fiz operas como “Carmem”, “A flauta mágica” e farei a ópera “La Traviata”. É uma outra linguagem e utiliza instrumento como caixa, tímpano e pratos. Buzz – Por que tanto interesse do jacareiense em geral pela bateria? Afinal, são vários músicos da cidade que escolheram esse instrumento para seguir carreira na música. Chuim – Já morei em muitas cidades na minha vida, tanto dentro quanto fora do Brasil, mas nunca vi uma cidade do porte de Jacareí com tantos bateristas. Eu estou até pensando em escrever uma tese. Merece! Eu me lembro de quando garoto que assistia a apresentação de um duo (pai e filho), no largo do Rosário, que o pai tocava bateria naquele tempo em que ainda se carregava o instrumento nas costas. De lá para cá, é um desfile de bateristas. Uma coisa impressionante! Eu não sei o motivo, mas vou tentar descobrir. Meu filho, Wagner, é baterista. Eu conheci vários bateristas jacareienses como: o Jura, o Batuíra, que tocava no Filaboia, o Marqueca, que trabalhou com Sérgio Weiss, o Jurin, o Maguinho, o Elber Bedaque e o Ronaldo. Buzz – Como foi o início de sua carreira? Chuim – Eu sempre achei tocar bateria uma coisa fascinante. Aproximei-me do pessoal que tocava. Conheci pessoas que tinham conjunto de “fundo de quintal”. Eram moleques. Eu batia nos tambores e assim comecei a gostar mais. Tinha o Cry Baby que ensaiava em Jacareí e eu ia assistir aos ensaios. Ficava vidrado. Fiquei maluco por causa da bateria, mas não tinha o instrumento. Em Santa Branca, foi que as coisas começaram para mim. Eu conheci um

conjunto que tinha trompete, saxofone, guitarra, percussão, cantor e contrabaixista. Eles compraram uma bateria novinha. Então, ela era minha para estudo e tocar. Fiquei alucinado. Estudava o instrumento o dia inteiro, ensaia a noite, ouvia discos e ensaiava, tocava. Fizemos bailes. O nome desse conjunto era The Jets. Nós tocamos em São José dos Campos e o Sergio Weiss me chamou para trabalhar já de forma profissional. Depois, fui para o Biriba Boys, gravei disco por volta de l965 e l966. Fui para o Rio de Janeiro e lá toquei em diversos grupos e orquestras. Buzz – Como comprou a primeira bateria? Chuim – Eu tive contato com a primeira no The Jets. Depois, na medida em que recebia pelos trabalhos, comprei a minha bateria. Buzz – Quem apoiou você no início da carreira? Chuim – Quem me ajudou mesmo foi o Dagoberto Agenor de Souza e a família dele, que me acolheram e me deram o instrumento para praticar. Foi lá que comecei a ensaiar. O primeiro baile que fiz foi


na Associação Esportiva, em Santa Branca. Buzz – Como você disse no início, a falta de trabalho o levou a sair do país, quando foi? Chuim – Em 1970, quando as coisas estavam muito complicadas no Brasil. Eu estava em São Paulo fazendo trabalhos na TV Cultura e Radio Eldorado. Os espaços estavam se fechando cada vez mais. Um grupo grande de músicos escolheu Paris para morar. Havia mais chances lá. Em um ano, na França, trabalhei uns dez meses seguidos em casas grandes. Depois surgiu um convite para eu me mudar para a Dinamarca. Como o meu grupo com a pianista Tânia Maria estava para acabar, eu montei um novo grupo com o Paulinho Trompete e o Mozart Terra, o Boa Nova – o primeiro grupo instrumental na Dinamarca. Tocamos bastante na Dinamarca e na Suécia. Acabei ficando sozinho na Dinamarca tocando e fazendo musicais. Foi lá, em 1976, que comecei meu trabalho como professor em escola. Eu somei 940 horas de ensino em escolas e universidades estrangeiras como professor de música. Essa informação está no Ministério da Educação. Buzz – E como foi sua passagem pelos Estados Unidos? Chuim – Eu fui para os Estados Unidos antes de ir para a Dinamarca, em 1973, onde fiquei uma temporada trabalhando. Por questão de família, voltei ao Brasil. Já quando estava na Europa, fui aos Estados Unidos umas duas vezes. Depois que voltei ao Brasil, fui para lá novamente e passei uma temporada na Universidade de Iowa City e Grinell College como músico e professor convidado. Buzz – Quantas gravações realizou até hoje na carreira? Chuim – De trabalho meu mesmo foram duas, das quais uma ainda não saiu. Outra, foi de trabalho feito somente para o mercado europeu. Estou com um outro trabalho gravado em fase de conclusão. Há nele músicas minhas e de convidados. Buzz – Quais são seus ídolos na bateria? Chuim – São muitos. No Brasil, tem uns que ouço e recomendo aos meus alunos como: Luciano Perroni, Edson Machado, Dom Romão, Elcio Milito e Wilson das Neves. Há ainda os estrangeiros como: Art Blakey, Buddy Rich, Elvin Jones, Billy Higgins, entre os outros. Buzz – Como está hoje o cenário para os bateristas na música em geral? Chuim – Difícil falar. Há os músicos que trabalham nos grupos. Há o Tuti Moreno no Rio de Janeiro. Há o Robertinho Silva, o Pascoal Meireles que toca com o grupo “Cama de Gato”. São essas pessoas que realizam seus trabalhos com destaque. Há muita gente dando aula também. Eu acho bom isso, mas entendo que a música precisa ainda formar público. Formar público porque sem ele não há para quem tocar. Não há consumo. Não vejo grandes destaques, mas grandes bateristas que estão trabalhando muito. Buzz – Você foi professor-fundador do curso de música popular da Unicamp. O que foi esse curso? Chuim – Foi o primeiro curso de música popular universitário da América Latina. Foi um trabalho feito pelo professor Ricardo Goldenberg e eu. Foi muito interessante porque havia professores acadê-

micos e os músicos convidados pelo projeto. Havia ainda o Fernando Faro, o Cyro Pereira, entre outros. Eu saí para tocar minha carreira porque ficava muito preso na universidade. Buzz – Você já tocou outro instrumento que não seja bateria ou de percussão? Chuim – Não. Eu comecei a estudar saxofone, mas desisti. É o tal negócio: quer fazer, tem que fazer para valer. Pega uma coisa e faça bem. Tem o homem dos dez instrumentos, mas que toca todos à “meia-boca”. Eu sempre sigo meus critérios. Buzz – Fale-nos de seu trabalho como compositor. Chuim – Isso começou na Europa quando tive que fazer um trabalho sobre ritmos brasileiros. Eu achava que ficaria pobre se tivesse só percussão. Então, comecei a compor e gostar disso. Quando lecionei na Unicamp (Universidade de Campinas) por uns quatro anos, trabalhou comigo um grande mestre – o maestro Cyro Pereira, que criou a Jazz Sinfônica. Eu tinha muitas ideias e, um dia, escrevi uma musica e tive a cara de pau de pedir a opinião dele. Ele olhou, fez uma correção, claro, e disse que estava bom. Senti-me bem e comecei a escrever. Essa música chama-se “A volta”. Embora não toque, eu uso piano para compor. Devo ter umas dez ou doze musicas próprias. Eu não ofereci para ninguém. Tenho poesia que o pessoal gostou, mas também não ofereci para ninguém publicar. Tenho de aproveitar porque daqui a pouco não dará mais tempo (risos). Buzz – O que representa para você ser professor de música? Chuim – Quando eu pensava nisso, antigamente, eu tinha arrepios e não queria fazer. Eu tinha um professor de percussão em São Paulo que me obrigou a dar aula. Tive dois alunos em Jacareí que conseguiram sucesso na carreira. Fiquei mais confiante. Dar aula é um negocio sério. Você não pode mentir. Ou você tem algo para passar ou você passa o aluno para alguém. A pessoa não pode ficar enrolando. Infelizmente, isso acontece muitas vezes. Tive muitos alunos que vieram com xérox na mão, mas sem conhecimento nenhum. A coisa está complicada. Buzz – Você está elaborando um método para o ensino da bateria. Como é isso? Chuim – É um método em que junto tudo que estudei, passei e ouvi na minha vida. Além da parte técnica, tem ainda a parte histórica. O trabalho precisa ser concluído, pois sempre estou acrescentando algo novo. Agora, decidi que vou fechá-lo. O método chama-se: “Bateria - um procedimento”. O projeto possui histórias da musica popular brasileira, jazz, caribenha e oriental. Ele está escrito, mas há possibilidade de fazer algo em vídeo. Vou dar uma olhada final e pretendo concluir ainda este ano. Há 50 anos de trabalho nesse projeto. Buzz – O que é tocar bateria? Chuim – A bateria é alma e o pulso da música. A função da bateria não é só marcar o ritmo. Este é um conceito muito antigo que hoje está superado. Com o passar do tempo, a bateria tornou-se um instrumento rítmico e também melódico. Quando vemos a função dos tambores na África, observamos que ali estão vozes. Não é só aquele negócio primitivo que aparenta ser. Aquilo tem muita ideia e assunto ali. É isso que colocamos na bateria modernamente.

Quando tocamos bateria hoje, a gente faz o ritmo, toca seguindo a melodia, a harmonia e dando ênfase nas passagens. Por que usamos dois ou três pratos? Poderia ser um só! Usamos assim porque cada um tem sua função. Da maneira como toca, você consegue sons diferentes que combinam e enriquecem aquela passagem da música. Essa é a maneira moderna de se ver e sentir a bateria. Buzz – Qual é a importância da percussão em geral?

Chuim – Podemos dividir a percussão em duas partes: a popular (pandeiro, tamborim, surdo, agogô) e o erudito (tímpanos, tambores, caixa, prato e até triângulos). A diferença é a linguagem. Uma você aplica na música popular e a outra para ilustrar passagens (reforçar) na música erudita. Na música, você dá colorido nas passagens através da percussão. A música popular é isso e mais o ritmo. Estudei berimbau, instrumentos da Turquia, cuíca, repique, surdos, zabumba e coisas menores. O curso de música que faço em Aparecida tem bateria e percussão. Lá, inclusive, tem xilofone. Há inúmeros instrumentos de percussão. Buzz – Como está sua carreira hoje? Chuim – Eu trabalho num projeto chamado Pensa, Projeto de Ensino Musical, ligado ao Santuário Nacional, em Aparecida. Atendemos mais de 400 crianças. Eu atendo os professores e dou algumas aulas de música, bateria, percussão e pratica de conjunto musical. Eu também estou ensaiando com a Orquestra Cadência Brasileira, em São José dos Campos. Ainda ensaio meu sexteto e farei participação especial na ópera “La Traviata”. Eu trabalho mais em São José do que em Jacareí. Faço ainda consultoria para conjuntos e orquestras de igrejas. Continuo estudando bastante. Buzz – O que você acha da bateria eletrônica? Chuim – É a mesma sensação de chupar bala com papel. Tem gente que usa para estudar. É só para isso que serve. Para tocar, eu acho que não. É uma coisa que você não tem controle. São os botões que controlam o som e não é o seu toque que fará alguma coisa. Não tem uma realização pessoal. Acho esquisito. Nunca tive uma e nem quero ter. Buzz – O que você sempre teve vontade de falar e não havia o veículo para expressar sua opinião? A última pergunta é um espaço democrático que abrimos para você falar o que tiver vontade.

Chuim – O que tenho a dizer é o seguinte. Reforçando. Todos aqueles que têm uma ligação com a música que levem isso a sério. Façam isso seriamente. Não fiquem preocupados com a história de hoje porque hoje o que vemos é chocante e ruim. Temos que recorrer ao passado. Ninguém vai em frente senão conhece todo o passado. Como história é uma matéria estudada no mundo todo, independentemente se você vai estudar pelo livro ou pelo tablet, você necessita saber a história da música. Você precisa fazer isso seriamente e convicto. Se as coisas estão difíceis por questões políticas, econômicas e sociais, você precisa de habilidade e meios de superar isso apesar das dificuldades. A música vai muito além dessas coisas. As pessoas passam. A política passa. Os partidos morrem, mas a musica fica.

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Entrevista completa com o Chuim E-mail–chuim_dr@yahoo.com.br / Facebook/luizchuim no site: www.revistabuzz.com


Jacareienses

se preparam para Jornada Mundial Pelo levantamento das paróquias, cerca de 500 jovens da cidade participarão da JMJ entre 23 e 28 de julho, no Rio Jovens da Paróquia Santíssima Trindade durante reunião preparatória para a Jornada Mundial

As principais paróquias de Jacareí ainda se movimentam para inscrever seus jovens na Jornada Mundial da Juventude

(JMJ), que acontece entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro, e terá a presença do papa Francisco. A revista Buzz

apurou que pelo menos 500 jovens deverão participar do evento, e alguns deles vão se encontrar com o papa Francisco por serem aceitos para trabalhar durante o evento. Da Paróquia Imaculada Conceição (Matriz), sairão os jovens Alexandre Simões, 22 anos, Daniel Pedro Brum, 22 anos, e Rafaela Carolina Matos dos Santos, 19 anos, uma semana antes do início do evento para trabalhar durante sua realização. Eles foram escolhidos para exercer trabalho voluntário na Jornada e, após o evento, serão recebidos pelo papa. O coordenador da JMJ na Matriz, Alexandre Simões, disse que até o final de maio havia 40 inscritos para participar da Jornada, mas a intenção é lotar pelo menos dois ônibus. O pacote básico, escolhido pelos participantes, custou R$ 135,00 (mais valor do ônibus) por pessoa, com direito a acomodação e alimentação para três dias da jornada. Simões conta que não tem palavras para expressar sua emoção em encontrar o pontífice. O jovem revelou que está ansioso para conhecer o papa que, eleito há três meses, já conquistou o coração de todos. “A emoção e a expectativa são grandes”, afirmou. Santíssima Trindade - Na Paróquia da Santíssima Trindade, sairão dois ônibus com destino ao inédito evento realizado em solo nacional. Segundo Rogério de Castro, um dos responsáveis pela JMJ na paróquia, a Santíssima Trindade receberá 100 peregrinos da Colômbia durante a preparação para a Jornada. Os estrangeiros ficarão em casa de fiéis da paróquia e terão diversas atividades de cultura, lazer e esportes. Cas-


Letícia: privilégio participar do encontro com o papa

Carlos: “Será uma experiência de encontro com Deus”.

tro informou, ainda, que a região abrigará cerca de 2 mil jovens de diversas partes do mundo. O professor de educação física Carlos César Silva, 23 anos, também da Santíssima Trindade, afirmou que sua expectativa é grande. Segundo ele, a participação na jornada será uma experiência de encontro com Cristo. “Será um novo encontro com Deus e esse é o melhor caminho na vida”. Silva disse que os jovens da paróquia deverão visitar o Cristo Redentor para uma vigília. “Não é um passeio turístico, mas com o propósito de oração. Vamos conhecer a estátua do Cristo, mas vamos com o propósito de oração a Deus”. A arquiteta Letícia Silva Marino, de 23 anos, da mesma paróquia, acredita que a participação na jornada é um privilégio e será uma de suas maiores experiências de vida. Segundo ela, é um grande privilégio viver na época da realização da JMJ e ainda mais no Brasil. A arquiteta destaca a oportunidade de ver o papa e o contato com jovens do mundo inteiro uma experiência única de sua geração. Letícia vê esperança através da Jornada Mundial. Segundo ela, a realização do encontro no Rio significa que nem todos os jovens estão “perdidos”, e muitos praticam a sua fé. O padre Lindomar Francisco Ferreira, pároco da Santíssima Trindade, entende que a Jornada Mundial é uma maneira de os jovens experimentarem o caminho de Jesus. Segundo o padre, enquanto muitos buscam o caminho do prazer, do consumismo e da vida desenfreada, outros preferem ouvir a voz de Deus – a única que traz felicidade verdadeira.

Santa Cecília - A Paróquia Santa Cecília também deverá enviar cerca de 100 jovens à Jornada Mundial e receber outros 100 peregrinos na Semana Missionária, que ocorre de 16 a 21 de julho. O responsável da JMJ na paróquia, Luis Massao, 22 anos, informa que 40 jovens se inscreveram para a jornada até o final de maio, mas a perspectiva é atingir 100 participantes. Segundo ele, a paróquia deverá receber peregrinos da Colômbia, na América do Sul, e do Gabão, na África. Os paroquianos da Santa Cecília disponibilizaram 120 leitos para os peregrinos. Massao disse que foi preparado um calendário com diversas atividades para os visitantes. Ele explicou que os jovens estrangeiros visitarão asilos, hospitais e conhecerão a cultura regional como o tradicional bolinho caipira e as festas. “É um momento de cada um conhecer melhor o outro e uma troca de experiência de fé”. Madrid – Massao revela que tentou participar da Jornada Mundial em Madrid, na Espanha, mas não conseguiu por falta de recursos financeiros. Ele diz que não se contém de tanta ansiedade para ir à Jornada, no Rio. “Vivo um turbilhão de emoções porque, faltando poucos dias para o encontro, sempre acordo preparado para arrumar as coisas”. Massao acredita que será um momento de encontrar jovens do mundo inteiro com a mesma proposta de vida. A maioria dos jovens da Santa Cecília optou pelo pacote de final de semana para participar da Jornada. Eles pagarão R$ 700,00 com direito a estadia, alimentação e transporte. A Igreja Católica espera até 2,5 milhões de fieis na Jornada Mundial da Juventude.


Vai casar?

Antes, leia o Manual dos Noivos Procon lança informativo para quem está com um pé no altar

Um milhão de casamentos são realizados por ano no país, segundo a Abrafesta (Associação Brasileira de Festas). O setor movimenta algo em torno de R$ 12 bilhões por período. Num segmento em pleno crescimento, a oferta de serviços é muito grande. Para orientar o consumidor em como evitar problemas, a Fundação Procon-SP lançou o “Manual dos Noivos” que

está disponível para download no site da entidade. O diretor do Procon Jacareí, José Rubens de Souza, disse que recebeu apenas uma ligação de casal interessado em informar-se sobre empresas do setor de eventos, mas o órgão não registrou nenhuma reclamação relacionada prestadores de serviços para casamentos nos últimos

cinco anos. Segundo ele, a explicação para a falta de queixas deve-se ao fato de os antigos problemas terem sido resolvidos entre as partes, e hoje as empresas do setor serem idôneas em Jacareí. Porém, para evitar eventual dor de cabeça, Souza aconselha os clientes a tomarem os seguintes cuidados básicos: pesquisar preço: consultar no Procon sobre a firma prestadora do serviço; ler o contrato cuidadosamente, para saber se não há cláusula leoninas (a que favorece somente o contratante); procurar referências com clientes que já contrataram a empresa, entre outros. O diretor do Procon Jacareí lembra que todos os serviços (bufês, convites, fotos, filmagens, cerimonialista etc.) precisam de contratos assinados entre as partes para reparar eventuais perdas no futuro. O consumidor deve levar uma cópia do documento para análise do Procon antes de assiná-lo. Os valores desses serviços são altos, por isto “a linha que separa essa relação de consumo fica entre a felicidade e a tristeza profunda”, adverte Souza. Mesmo que o consumidor siga as orientações do Procon, o diretor lista uma série de prováveis armadilhas possíveis nesse tipo de serviço como: o descumprimento de prazo; reajuste de valor sem a anuência do cliente e, o pior deles, o não comparecimento da equipe no dia da cerimônia. Para o diretor, esse tipo de golpe é sanzonal, não acontece com frequência, como demonstram dados dos últimos cinco anos de atendimento do Procon, por isto mesmo pode pegar alguém de surpresa. Assim, o consumidor precisa estar sempre atento para evitar os maus prestadores de serviços.

Para ler o Manual dos Noivos, acesse: www.procon.sp.gov.br/pdf/acs_manual_dos_noivos_2011.pdf


ViLLa Branca Comerciantes e moradores comemoram crescimento Destino preferido das classes média e alta, bairro recebe um novo centro comercial e filial do Supermercado Dia O bairro Villa Branca está localizado na zona norte de Jacareí na divisa com São José dos Campos. Um dos primeiros bairros planejados da cidade foi construído pela Sérgio Porto Engenharia e Luis Roberto Porto Imóveis há quase duas décadas. Hoje local preferido das classes média e alta, moradores e comerciantes comemoram a chegada de novos comércios e o desenvolvimento do bairro.

Um dos moradores e comerciantes, Cleber dos Santos, proprietário da Villa da Prata, acredita que o local cresceu rapidamente de uns quatro anos para cá. Segundo ele, o Villa Branca possui quatro condomínios, três prédios habitados e outros quatros edifícios em construção. “O loteamento também cresceu bastante. Antes, a gente observava muito lotes vazios, mas, hoje, existem poucos porque as

Villa Branca Center: primeiro centro comercial do bairro

Villa Branca Vertical: três prédios habitados e outros quatro em construção


Clauser Tonon: moradores da parte de baixo do Villa Branca (Dutra) desconhecem comércio presente na parte de cima (Estrada Velha São Paulo/Rio) pessoas perceberam que o bairro valorizou bastante pelas condições que oferece”, afirma Santos que reside há 12 anos no Villa Branca. O prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro Mota, reside no Villa Branca. O Villa Branca Center, inaugurado em 2010, foi um dos primeiros centros de compras no bairro. Em seguida, os moradores passaram a contar com uma padaria moderna. Agora, o Villa Branca está prestes a receber um novo centro comercial, com capacidade para 14 lojas. Uma delas será o Supermercado Dia, cuja inauguração deverá ocorrer na segunda quinzena de junho. Com várias lojas no bairro, os comerciantes acreditam que a tendência é o Villa Branca crescer ainda mais e diminuir a de-

12 Buzz - Junho de 2013

O morador e comerciante Cleber dos Santos notou que loteamentos estão recebendo cada vez mais moradores devido à valorização do bairro. Prefeito mora no bairro.

pendência de Jacareí ou de São José dos Campos que tem hoje. O conceito de bairro planejado e autossustentável é baseado nas edge cities (cidades periféricas a uma cidade maior), surgidas na década de 50 e 60, nos Estados Unidos. O comerciante Clauser Tonon, proprietário do Empório da Villa, chegou há três anos no bairro. Ele notou uma ocupação dos espaços da ordem de 25 a 30% nesse período. Com loja no Villa Branca Center, ele informa que o centro comercial não tem nenhuma loja vaga. Segundo Tonon, a chegada de novas opções de comércio é fundamental para que o morador faça suas compras no próprio bairro. Ele explica que

muitos dos que moram na parte de baixo, próximo à Dutra, desconhecem o comércio existente na parte de cima, que possui saída para a Estrada Velha São Paulo – Rio. “Os novos comércios que estão chegando deverão mudar isso”, acredita. Ruas famosas - Um aspecto interessante do Villa Branca é o nome das vias. Os proprietários do loteamento conseguiram aprovar na Câmara de Vereadores que as ruas recebessem o nome de artistas brasileiros famosos. No final das ruas, há uma placa com uma pequena biografia e caricatura dos homenageados. Além disso, durante as escavações foi descoberto um sítio arqueológico, com utensílios tupi-guarani.


PATRIMÔNIO paulista em exposição Exposição Patrimônio Paulista: Litoral e Vale do Paraíba ficará até 30 de junho no MAV

Igreja de Nossa Senhora dos Remédios (início do século XVIII): um dos prédios tombados O MAV (Museu de Antropologia do Vale do Paraíba) exibe até 30 de junho a exposição “Patrimônio Paulista: Litoral e Vale do Paraíba”, acerca do patrimônio histórico das cidades da região tombado pelo Condephaat - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico. É uma parceria entre o MAV e o Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, e SISEM-

SP (Sistema Estadual de Museus), por meio da qual o MCB leva às cidades paulistas conteúdos importantes já mostrados anteriormente em seu espaço expositivo. A exposição reúne fotografias de Iatã Cannabrava e textos da cientista social Margarida Cintra Gordinho, presentes no livro que leva o mesmo nome e que deu origem à mostra. A seleção das imagens, que o visitante irá encontrar

no Museu de Antropologia do Vale, contextualiza a situação de bens tombados em cidades do Vale do Paraíba e da faixa litorânea do estado de São Paulo pelo Condephaat, órgão da Secretaria da Cultura para a proteção ao patrimônio do Governo do Estado de São Paulo, consolidando a importância de sua preservação. A mostra traz antigas vilas que foram amplamente exploradas pelos portugueses nos séculos 16 e 17, e cidades como Santos, Iguape, Cananéia, Jacareí, entre outras, que guardam até hoje memória da cultura material de seu passado, bem como marcos de arquitetura contemporânea. “No litoral norte, Ilhabela e Ubatuba preservam edificações que testemunham a riqueza que a cana-de-açúcar e a navegação de cabotagem geraram para a região. São Sebastião, por suas atividades portuárias contemporâneas, tornouse município estratégico que abriga um centro histórico significativo. Em Santos, o centro histórico e a área portuária são testemunhos da pujança do café, que séculos mais tarde transformaria a cidade numa das mais prósperas do país com seu porto e seus negócios de exportação”, conta Margarida Cintra Gordinho.

OUTRAS ATRAÇÕES DE JUNHO II Feira Regional do Bolinho Caipira 28 a 30 de junho - 14 às 22 horas Estacionamento do Parque da Cidade Grupo de Percussão do Conservatório de Tatuí 30 de junho - 19 horas Sala Mario Lago - Pátio dos Trilhos



O atleta Rubinho Valeriano, da Equipe Merida/TMP/Jacareí, conquistou a segunda etapa Taça Brasil de Mountain Bike XCO, em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, prova que vale pontos para o ranking mundial. Em uma disputa acirrada com Henrique Avancini, a decisão aconteceu apenas na última volta quando Rubinho imprimiu um ritmo alucinante e seu adversário não pôde acompanhá-lo. Com essa vitóRUBINHO É CAMPEÃO DA TAÇA ria, Rubinho continua firme como BRASIL DE MOUNTAIN BIKE XCO melhor atleta de MTB brasileiro. COPA BRASIL DE CICLISMO PARALÍMPICO O ciclista jacareiense Marcos Ribeiro, do Clube Jacareí de Ciclismo, venceu a primeira etapa da Copa Brasil de Ciclismo Paralímpico (categoria C1), na prova contra-relógio individual. O título foi conquistado na cidade de Peruíbe. Agora, com a liderança no ranking nacional, o atleta mostra-se muito mais motivado e com gana de ingressar na seleção brasileira e representar o país na Paralimpíada, em 2016. Além da vitória na prova de CRI, o ciclista jacareiense ainda conquistou a segunda colocação na prova de resistência. “Com a grande vitória do Marcos queremos colocar o ciclismo paralímpico em evidência na cidade e, quem sabe, descobrir novos atletas paralímpicos”, ressaltou o presidente do Clube, José Eustáquio.

CJC E PÓDIO NO CAMPEONATO BRASILEIRO DE JUNIORES

Jacareí foi representada no Campeonato Brasileiro de Pista Juniores, em Maringá/Paraná, pela Equipe Clube Jacareí de Ciclismo/Marques Bike/PM/Jacareí, na participação dos atletas Rafael Alves, Matheus Germânio e Larissa Castellari. Foi a primeira vez que o CJC enviou atletas do “Projeto Ciclismo Futuro” ao campeonato nacional. Larissa Castellari conquistou duas medalhas de bronze disputando com atletas que já integram a seleção brasileira. Na prova Velocidade Individual, ela conquistou a terceira colocação contra a paranaense Thatianna Helena. Um dia após conquistar sua primeira medalha, Larissa, voltou à pista para disputar a prova dos 500 metros e, mais uma vez, conquistou a medalha de bronze. Ela mostrou-se muito satisfeita com os resultados e agora sonha com a chance de integrar a seleção brasileira. Rafael Alves, 4º colocado na prova de Keirin, também está pré-selecionado para integrar a seleção nacional, e a vaga será disputada este mês durante o campeonato paulista que será realizado em Americana.

MAURO AQUINO VOLTA ÀS FINAIS NO BICICROSS

O piloto Mauro Aquino, agora recuperado da lesão patelar, voltou às finais da categoria “elite” na etapa do Campeonato Paulista de Bicicross realizada na cidade de São José dos Campos no dia 26 de maio último. Mauro tem por objetivo a conquista do campeonato brasileiro que será realizado nessa pista, em junho. Na mesma etapa, Larissa Castellari conquistou a segunda colocação na categoria Junior. O Jacareí Bicicross Clube permanece na oitava colocação no ranking paulista por equipes. A expectativa dos atletas do clube jacareiense agora é para a etapa do paulista, em Jacareí, a realizar-se no dia 30 de junho, onde aumentam as chances de grandes resultados para o time local.

CICLISTA DE JACAREÍ É VICE NO PAULISTA DE MONTANHA O ciclista do Clube Jacareí de Ciclismo, Douglas Nunes, conquistou o título de vice-campeão Paulista de Montanha, em Águas de Lindóia. Em uma prova dura, com inclinações ao nível das melhores provas européias, o CJC foi representado por dois atletas da Máster A no pódio, Douglas Nunes, 2º colocado, e Geraldo Tadeu, 3º colocado. Eles sofreram muito para se manter entre os lideres da prova, em virtude da dificuldade do percurso, mas o trabalho de equipe e o esforço de ambos valeram mais um grande resultado para o ciclismo de Jacareí.



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