Buzz # 30 FEV

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Capa: Baladas Foto: Kiko Sanches

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carta ao leitor Devoção e mudanças

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Edição 30|Ano III|Fevereiro de 2013

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Tragédia anunciada

Bombeiros interditam casa noturna em Jacareí por irregularidades

Artesão de rosários

Fabiano dos Santos acredita que ao produzir terços também evangeliza

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Projeto CivilizaCão

Cidade recebeu iniciativa inédita para recolher fezes caninas na rua

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Anuncie (12) 9146-9591 (Silvia) A revista Buzz é uma publicação mensal da Voz Ativa Comunicações - Diretor Geral: Mauro San Martín - Diretora Comercial: Silvia Regina Evaristo Teixeira - Editor-chefe: Mauro San Martín - DRT 24.180/ SP - Repórter: Mauro San Martín e Sandro Possidonio. Revisão: B.Veloso - Tiragem: 5 mil exemplares - Impressão: Jac Gráfica e Editora - Email: revistabuzz@gmail.com - Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam necessariamente a opinião da revista ou da editora. Não é permitida a reprodução de anúncio publicitário deste número como também das edições anteriores, exceto com autorização por escrito. POR FAVOR, RECICLE ESTA REVISTA!

Os católicos do mundo inteiro foram surpreendidos pelo papa Bento XVI que anunciou que renunciará seu pontificado no dia 28 de fevereiro, às 20 horas. As especulações a respeito de mudanças na religião já começaram, porém pouca coisa poderá realmente ser modificada pelo próximo pontífice. “A igreja não muda; quem muda são seus dirigentes”. A afirmação pertence ao nosso entrevistado do mês, o artesão de terços Fabiano dos Santos, de 74 anos, que recebeu da Fundação Cultural o prêmio de Mestre da Cultura Viva de Jacareí. Fabiano falou com a Buzz sobre seus 58 anos na confecção de rosários. Descobrimos até que ele possui um terço que pertenceu ao papa Paulo VI. Mas Fabiano, um congregado mariano da Paróquia São João Batista, vai mais longe em sua conversa com a revista. Ele, por exemplo, critica a fé católica. Para o artesão jacareiense, a igreja do papa Bento XVI se esqueceu de Nossa Senhora e está “cada vez mais parecida com a dos evangélicos”. Seria essa uma das mudanças que o futuro Santo Padre, a ser eleito em março próximo, terá de enfrentar? O tempo dirá. Por ora, ficamos num bate-papo com um mestre da cultura jacareiense. Mudança de comportamento é a proposta do Projeto CivilizaCão implantado em Jacareí. No entanto, desta vez, trata-se de uma mudança para o bem do ser humano e dos cães. A reportagem com o gestor dessa iniciativa inédita na cidade e com donos de cachorros é outra atração desta edição da Buzz. Um grupo de artistas plásticos de Jacareí busca uma identidade visual para a cidade. E qual seria essa identidade? Eles fizeram um extenso trabalho de pesquisa e levaram o que descobriram para moradores dos locais mais inusitados. Essa matéria é outra que preparamos para este número da revista. A Buzz também não ficou de fora dos principais assuntos que circularam pelas redes sociais como a falta d´água e o buraco na Avenida Siqueira Campos. Em relação à água, por exemplo, procuramos alguém que entende para repercutir o assunto – Nicolau Kohle, ex-presidente do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Jacareí e empresário. É isso. Os demais assuntos estão na secção Radar; Boa leitura!



Remoção de estacionamento gera protestos

Notificação de carga e descarga de carro-forte

A Prefeitura de Jacareí elegeu Marcolino Souza, de 77 anos, o Paraitinga, violeiro e catireiro; Fabiano Santos, de 74 anos, artesão de terços; Mãe de Santo Terezinha, 82 anos, dirigente de terreiro e Luiz Gonçalves de Souza, 61 anos, mestre de Folia de Reis, como vencedores do Prêmio Mestre Cultura Viva de Jacareí. O prêmio surgiu para manter sempre viva a tradição popular presente na cidade. “É o reconhecimento da cultura popular jacareiense, que vai passando de pai para filho, e o fortalecimento da identidade da população jacareiense”, disse a presidente da Fundação Cultural, Sônia Ferraz. Os premiados receberam R$ 2.000,00 em dinheiro, certificado e uma placa de madeira com os dizeres: “Aqui mora um Mestre da Cultura Popular de Jacareí”.

A retirada das vagas de estacionamento nas ruas Barão de Jacareí – trecho entre as ruas Cônego José Bento e General Carneiro – , e Doutor Lúcio Malta – entre as ruas Senador Joaquim Miguel e Carlos Porto –, revoltou os comerciantes desses locais. Eles alegam que perderão clientes com a remoção daquelas vagas. Os comerciantes fizeram um abaixoassinado e ainda tentaram reunião com o prefeito de Jacareí, Hamilton Mota (PT), na tentativa de reverter a medida, mas nenhuma das ações obteve sucesso. O secretário de infraestrutura de Jacareí, Dalton Ferracioli, em artigo no jornal O Vale, disse que os protestos são contraditórios porque os mesmos comerciantes cobram medidas para minimizar os congestionamentos. Ele escreveu ainda que as decisões foram estudadas e embasadas em critérios técnicos. Afirma ele ainda que “a engenharia impõe critérios técnicos para decisões viáveis e praticas”. Por fim, o secretário diz que a mudança visa dar mais segurança aos pedestres, motoristas, ciclistas e motociclistas.

A Prefeitura de Jacareí notificou 12 estabelecimentos comerciais por carga e descarga de valores em locais proibidos, descumprindo a legislação municipal – lei 4461 – que obriga as instituições bancárias e financeiras a destinar área interna, fechada e exclusiva para a realização de atividades de carro-forte. As notificações ocorreram entre os dias 21 e 22 de fevereiro. As empresas têm 10 dias para regularizar a situação, conforme a lei, caso contrário será aplicada multa de R$ 5.000 e estabelecido mais 60 dias de prazo para a regularização. O diretor de fiscalização da prefeitura, Everson Dias Martins, ressalta que a medida visa fazer com que as empresas e instituições que utilizam dos serviços de carroforte cumpram a legislação municipal.

Videoconferência na área da saúde

Volex anuncia investimento de R$ 1 milhão

O Hospital São Francisco de Assis está transmitindo via internet um projeto chamado Telemedicina, cujo objetivo é promover, através de videoconferência, a programação de Educação Continuada em todos os campos das ciências da saúde para as Santas Casas e Hospitais Beneficentes de todo o Estado. Desde janeiro, o Hospital São Francisco de Assis passou a transmitir o programa Telemedicina dos 28 totais conectados, 27 são do Estado de São Paulo e um da sede da CMB, em Brasília. Portanto, nas instalações do hospital, os profissionais da área de saúde participam das palestras ao vivo, sendo uma oportunidade para discutir os temas e interagir com outros profissionais de diversas instituições congêneres. Os profissionais da saúde que desejarem participar das palestras ou apresentar algum conteúdo, basta que procurem pelo IEP - Instituto de Ensino e Pesquisa do HSFA, pelo telefone (12) 3954-2435 ou pelo e-mail: iephsfa@ hospitalsaofrancisco.org.br, com Ana Lucia ou Juliane.

A empresa Volex do Brasil, subsidiária da empresa britânica Volex PLC, anunciou investimentos de mais de R$ 1 milhão em Jacareí e geração de novos postos de trabalho. O anúncio foi feito após a mudança da empresa para o condomínio industrial Indusvale. A Volex do Brasil passa a ocupar uma área de industrial de 3.100 m² (30% a mais do que a área anterior) para comportar a sua nova linha de produção de cabos de energia, em fase de instalação. De acordo com a indústria, a ampliação das instalações foi feita depois de um estudo sobre o potencial da região. Para a mudança foram investidos R$ 370 mil.

RADAR O mês em revista Jacareí elege Mestres da Cultura Viva

Buraco na Siqueira Campos As fortes chuvas do final de 2012 e início deste ano provocaram a abertura de uma cratera na Avenida Siqueira Campos, centro, no dia 31 de dezembro do ano passado. O serviço de reconstrução terminou no início de fevereiro. A obra custou R$ 750 mil.

Jacareí ocupa 36ª no ranking de exportações

As empresas na jurisdição da Diretoria Regional do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Jacareí ocuparam a 36ª posição no ranking de vendas para o mercado global em 2012. Essas empresas, com sede no município, pertencem ao grupo das 39 regiões paulistas responsáveis por um faturamento total de US$ 65,2 bilhões da pauta exportadora estadual. Valor correspondente a 26,9% do montante vendido pelo Brasil no mercado global no ano passado. A lista foi elaborada pelo Depecon (Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas) em conjunto com o Derex (Departamento de Relações Exteriores) do CIESP e da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a partir de dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

IPTU: esperada arrecadação de R$42 milhões A Prefeitura de Jacareí distribui os carnês de IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano) desde 7 de fevereiro. Os vencimentos, da parcela única e das do parcelamento, serão entre os dias 15 e 18 de março. O reajuste geral foi de 5,98% em relação a 2012. O município espera arrecadar R$42 milhões neste ano. O imposto pode ser financiado em dez vezes.


vai bem

vai mal

Opção de lazer na cidade

Falta ônibus no Didinha

O Parque da Cidade tornou-se uma opção de lazer para moradores e turistas que visitam Jacareí. Mesmo ainda sem muita vegetação, devido ao pouco tempo de vida, o local é favorito para a tradicional caminhada e exercícios físicos. O Parque da Cidade conta com playground, quadras poliesportivas, bebedouros, banheiros, um jardim japonês, muito espaço para convívio social e, claro, manutenção de equilíbrio ambiental numa Jacareí cada vez mais invadida por edificações erguidas com ferro e concreto.

Os moradores do Jardim Didinha reivindicam a colocação de mais horários de ônibus para atender ao bairro. Eles comentam que o local possui “circular” apenas de uma em uma hora. As pessoas que necessitam ir para outras partes de Jacareí como Parque Santo Antônio, por exemplo, precisam descer a pé até o Fórum. Os moradores da Rua São Paulo, localizada na parte alta do bairro, são os mais prejudicados. Eles sugerem que o ônibus Balneário Paraíba suba pela rua da feira (Pereira Campos) e desça pela rua Padre Juca. Os moradores pedem ainda que o itinerário da linha Panorama passe mais pelo Didinha que pelo Cidade Jardim.

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vai indo 

Novo PS atenderá 15 mil

O Pronto Socorro Municipal de Jacareí está sendo construído na Avenida Engenheiro Davi Monteiro Lino, centro. Uma das principais reivindicações dos munícipes na última eleição, a obra custará cerca de R$11 milhões e deverá atender 15 mil pessoas por mês. A previsão é de que a unidade fique pronta ainda este ano. Segundo a Prefeitura de Jacareí, o objetivo é desafogar a Santa Casa e deixá-la apenas como hospital de retaguarda. A construção de um hospital municipal finalmente sai do papel, promessa antiga do ex-prefeito petista Marco Aurélio, primeiro a prometer sem conseguir realizá-la.


Foto Kiko Sanches

KHOLE CULPA LIGHT POR FALTA D’ÁGUA EM JACAREÍ Por ordem do Governo do Rio de Janeiro, a empresa reduziu a vazão na represa de Santa Branca Recente falta de água em vários bairros da cidade pegou a população de surpresa e gerou dúvidas quanto à capacidade do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Jacareí em continuar atendendo a população a contento. Em busca de respostas para o incidente, Buzz entrevista Nicolau Khole, ex-presidente da autarquia (1/1/89 a 31/12/1992), em cuja gestão foi inaugurada a atual ETA (Estação de Tratamento de Água) com a expectativa de abastecimento “para os próximos 20 anos”, tempo este que, por sinal, já passou.

O ex-presidente do Saae, Nicolau Kohle, fala sobre a falta d´água em Jacareí 1) Como o senhor encontrou o Saae quando assumiu a presidência da autarquia? Nicolau Kohle – Quando eu assumi havia falta d´água generalizada em Jacareí porque não havia a atual estação de tratamento e nem de adução. Na minha gestão, conseguimos iniciar e concluir essa maravilhosa obra do Saae. Isso para atender uma população de até 500 mil habitantes. Uma obra para muito tempo. Naquela época, falávamos que 20 anos eram garantidos porque fazia parte do projeto. O Saae sempre acrescentou, nas administrações posteriores, vários reservatórios pela cidade, permitindo melhor distribuição de água. 2) O senhor é favorável passar a responsabilidade da água para a iniciativa privada ou para a Sabesp? Kohle – Se não precisar privatizar, melhor. E preciso estudar o assunto. Água é um setor estratégico.

3) Quais características do sistema de água em Jacareí? Kohle – Enquanto muitas cidades possuem captação longínqua, São José dos Campos é um caso típico, Jacareí é privilegiada porque o Rio Paraíba passa ao lado da estação. Temos uma adutora de 1 metro de diâmetro. Imagine o que é um metro cheio de água. É captação rápida e teoricamente fácil, chegando rapidinho à estação de tratamento. Tudo isso funciona bem, mas precisa haver o líquido. A água do Paraíba é fantástica porque estamos praticamente na margem do rio. É um privilegio. 4) O que o senhor acha da atual falta d´água? Kohle – A culpa não é do Saae e muito menos da prefeitura. No caso em questão, quem represou a água foi a empresa Light, que gerencia a represa de Santa Branca, por determinação do ONS (Operador Nacional do Sistema). O prefeito de Jacareí interferiu e a água foi liberada. Essa falta d´água não foi normal. Foi um caso excepcional. 5) Mas de quem é, então, a culpa pela falta d´água? Kohle – Foi uma coisa repentina. Com medo de que faltasse energia elétrica no Rio de Janeiro, o governo de lá mandou segurar a água na represa, já que a sede da Light fica naquele Estado. Eu acho que a prefeitura de Jacareí reagiu rápido. Eu quero frisar bastante que temos um conjunto excepcional de captação, adução e tratamento. Não precisou aumentar isso até agora porque foi concebido com capacidade para atender 500 mil pessoas. Eu estou feliz pela obra de tratamento de esgoto atualmente em andamento. Com o tratamento de 70% de nosso esgoto, a cidade ganhará muitos pontos. Será outro marco para a cidade. Em nossa época, não deu para fazer tudo. É serviço que aparentemente ninguém vê, mas todos sentimos na pele. Faltou água, todo mundo chia. Temos que ter o bom senso de perceber de quem é culpa. No caso, foi da Light que também foi ato involuntário: recebeu uma ordem. Já pensou, faltar água ou

faltar luz? Tem até musica de carnaval que fala disso (1). 6) O que faltou então no episódio da falta d´água em Jacareí? Kohle – Foi eles (Light ou ONS) avisarem que estavam fechando a represa. Faltou comunicação (e até respeito) entre esse pessoal da represa e o Saae. 7) Como evitar esse problema? Kohle – A Light é obrigada a soltar. Eu li notícia de que a prefeitura está represando água em baixo da ponte. Isso já foi feito há 40 anos – época do prefeito José Christovão Arouca. Naquele tempo, eles tiveram que represar a água naquele ponto. Eu acho que é o caminho certo. Não vejo outra solução. 8) O que pensa do preço da água em Jacareí? Kohle – O preço de qualquer serviço e subsidiado. Na minha época, hoje não sei, os preços eram baseados nos da Sabesp no Estado e do Saae de Guarulhos. Você pode comparar nosso preço que é sempre menor que o da Sabesp. A gente procura sempre alinhar. Nada exagerado. Eu acredito que essa política continua se não o povo reclama. Foi-se a época que o poder público podia fazer o que bem entendesse. 9) Jacareí precisa de mais poços artesianos? Kohle – Acho que não. O que estão fazendo, segundo os jornais, já permite levar água para todos locais. O Alto de Santana é um desses. 10 – Para finalizar, como está sua vida política? Kohle – Eu estou fora. Assistindo de camarote. Estou filiado ao DEM. O último cargo que disputei foi para deputado estadual, e não pretendo disputar mais nada porque já estou chegando aos 70. Dou uma mão na empresa do meu filho. Sou também produtor rural. (1)Refere-se a antiga marchinha “Vagalume”, de Vítor Simon e Fernando Martins, lançada pelos Anjos do Inferno e por Violeta Cavalcanti, no carnaval de 1954, que diz: “Rio de Janeiro/ Cidade que nos seduz/ De dia falta água/ De noite falta luz”.


O grupo jacareiense Invento Coletivo concluiu umas das etapas do projeto “Cenas Transeuntes” e já começa um novo trabalho – “Fogos, Rastros e Folia”. A proposta dos integrantes é discutir a identidade visual de Jacareí e região. Eles acreditam que, por ser a porta de entrada do Vale do Paraíba, a cidade possui uma grande responsabilidade em reconhecer e preservar a cultura valeparaibana. O artista plástico Rafael de Aquino Lourenço, também conhecido como Raico, disse que a primeira etapa de pesquisa contou com ensaios fotográficos e entrevistas com moradores e comerciantes. O resultado foi uma série de trabalhos expostos nos locais mais inusitados de Jacareí como: mercado municipal, praças, asilo, feiras, entre outros. “Cenas Transeuntes” teve início em abril de 2012 e contou com patrocínio da Heineken. Os trabalhos produzidos pelo grupo possuem cenas do universo caipira, a simplicidade do homem do campo, o tempo na roça, manifestações tradicionais, violeiros, mestres da cultura popular, patrimônio da cidade (bolinho e biscoito) e os fantasmas do museu. Os desenhos, pinturas, gravuras e outras técnicas foram transformados em cartazes e expostos nos espaços públicos. Recorte – O novo projeto do Invento Coletivo, “Fogos, Rastros e Folia”, é um recorte da pesquisa desenvolvido para o “Cenas Transeuntes”, explica Raico. O futuro trabalho deverá traçar um calendário das festas e propor um mapa ilustrado de Jacareí. Para iniciar, o grupo busca patro-

MARKETING URBANO

identidade visual de Jacareí em discussão A primeira etapa de pesquisa contou com ensaios fotográficos e entrevistas com moradores e comerciantes. Divulgação

Arte no cemitério: Exposição dos trabalhos em locais inusitados cínio nas empresas da cidade. Tanto o projeto anterior quanto o novo são realizados com apoio da LIC (Lei de Incentivo à Cultura) de Jacareí. Se a pesquisa do Cenas Transeuntes não possui um tema especifico, o novo trabalho coloca o foco nas festas populares jacareienses.

Segundo Raico, ele não achou no levantamento inicial informações sobre as festas populares, e por isso o grupo escolheu o tema para um aprofundamento maior nesse segundo momento. O Invento Coletivo é formado por: Raico, Débora Rodrigues Pimentel, Jones de Jesus Domingues e Beatriz Borrego.


Entrevista | Fabiano dos Santos, artesão de rosário

Artesão confecciona rosário há 58 anos Reconhecido por sua atividade com “Mestre da Cultura Viva”, o artesão Fabiano dos Santos explicou como confecciona seus rosários (1) e tece criticas a igreja que, segundo ele, esqueceu Nossa Senhora

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artesão Fabiano dos Santos, de 74 anos, é um dos únicos a confeccionar terços artesanais no Estado de São Paulo. Há 58 anos começou a atividade com o pai João Maximino, um catequista da zona rural de Jacareí, que improvisou um com linha de carretel e a semente conhecida como “Lágrimas de Nossa Senhora”. Congregado Mariano há 50 anos, Santos disse que gosta do que faz e acredita que salva muitas vidas com seus rosários. O artesão acha que a igreja católica se esqueceu de Nossa Senhora e dá mais atenção para a liturgia e a palavra de Deus assim com os evangélicos. Santos aconselha rezar o terço “bem rezadinho” assim como aprendeu com o cônego Borges. O nosso entrevistado, Fabiano dos Santos, recebeu o prêmio “Mestre da Cultura Viva de Jacareí” da Fundação Cultural em janeiro deste ano.

Buzz – Quando o senhor começou a confeccionar rosário? Fabiano dos Santos – Foi na roça com meu pai (João Maximino dos Santos, o João Rita). Havia uma capelinha de Santa Terezinha, no bairro do Jaguari, e ele era catequista. Ele fazia o terço com uma semente conhecida como “Lagrimas de Nossa Senhora” para ensinar as crianças a rezar. Naquela época, os catequistas ensinavam a rezar e também as leis de Deus. Hoje, eles ensinam a cortar figurinhas. É diferente! Meu pai fazia na linha de carretel porque era o único meio a sua disposição. Só que ele colocava uma continha atrás da outra, sem as tradicionais divisórias. Eu o ajudei a fazê-los. Quando em vim morar na cidade, comecei a consertar terços. Trocava os arames e fui aperfeiçoando cada vez mais. Hoje, trabalho com confecção de terços em eventos como Revelando São José e São Paulo e na Fapija (Feira Agropecuária de Industrial de Jacareí).Eu já passei meus conhecimentos para minha filha e agora para a neta. Espero que elas continuem essa tradição familiar. São mais de 58 anos produzindo rosários. Buzz – Por que o senhor resolveu confeccionar rosários? Santos – Eu faço porque gosto. Um dia um frei me disse que eu estava ajudando a salvar muita gente. Uma pessoa pode salvar alguém com um rosário produzido por mim. Eu gostei muito de ouvir isso. Buzz – Quantos rosários o senhor produz por mês? Santos – Apesar de ser um trabalho manual e cansativo, é possível produzir uns 40 rosários por mês. Num mutirão que varou a noite, chegamos a produzir 200 rosários para vender num determinado evento. Buzz – O que representa o rosário para o senhor?

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“Se eu rezar uma dezena do terço “bem rezadinho” vale mais que rezar correndo o terço inteiro”.

O artesão Fabiano dos Santos e o rosário que pertenceu ao papa Paulo VI Santos – O rosário é uma oração para Nossa Senhora. Agora, o pessoal está começando abrir os olhos para a reza do terço. Até alguns dias atrás estava esquecida da reza do terço. Antigamente, lembro que a própria igreja fazia a reza do terço às sete da noite. A missa era só de manhã. Hoje, ocorre bastante missa, apesar de ser muito importante, mas esqueceram de Nossa Senhora. O único que reza o terço é o padre Marcelo. As igrejas católicas não falam no terço. Elas só falam na liturgia e a palavra de Deus. Esta quase se parecendo com os evangélicos. Os evangélicos só falam na palavra de Deus e não acreditam em Nossa Senhora. O terço para mim é um trabalho de evangelização. Cada evento que participo vendo uma base de 500 a 600 deles. Não vendo pelo dinheiro. O dinheiro me ajuda. Alguns que não podem pagar, eu dou o terço para a pessoa levar. E peço que eles rezem por mim. Para mim, é uma alegria trabalhar para Nossa Senhora porque sou um Congregado Mariano. Buzz – O senhor nunca esqueceu a montagem do rosário? Santos – Não. Antes da montagem, a gente conta as sementes. Um rosário comum é composto de 59 continhas (as sementes conhecidas por “Lágrimas de Nossa Senhora) – 53 Ave Maria e seis Pai Nosso. A gente separa as sementes, coloca num copo e depois vai para o arame. Um rosário de 20 mistérios precisa de 224 continhas. Eu não coloco triângulo para começar ou terminar o rosário. Eu coloco uma molinha. É minha marca pessoal. Há mais ou menos 15 anos doei três dúzias de rosários para ajudar na construção da comunidade Rosa Mística

(que fica da Rodovia dos Tamoios). Buzz – O senhor ganhou um rosário que pertenceu ao Papa Paulo VI (1963-1978)? Santos – Antes, porém, vou contar uma outra história. Eu tinha uma barraca na feiralivre do São João. Um dia apareceu uma senhora de São José dos Campos querendo saber se eu consertava rosário. Respondi afirmativamente. Eu ganhei um rosário do Roberto Carlos e arrebentou. Ela havia ganhado quando Roberto Carlos esteve em Aparecida. Era um rosário comprado, talvez em Aparecida mesmo, mas dado pelo Roberto Carlos. Eu consertei esse rosário e ela ficou muito contente. Eu também tenho um rosário que pertenceu ao papa Paulo VI. Esse rosário chegou até nós através da mãe de um segurança do Vaticano. O segurança, que era evangélico, recebeu o rosário do pontífice que tentou evangelizá-lo com o presente. Essa pessoa imaginou que o rosário era valioso ao avistá-lo na mão do santo padre. Porém, quando soube que não tinha nenhum valor financeiro, trouxe e deu para a mãe dele que mora no Jardim Jacinto, a dona Francisca. Ela também guardou porque é evangélica. Ao saber que trabalhávamos com rosário, ela deu como lembrança para minha filha. O rosário já foi exposto na paróquia São João e agora está com minhas netas. Buzz – Quem compra os rosários produzidos pelo senhor? Santos – Eu vendo mais nos eventos como Revelando São José, Revelando São Paulo e na Fapija. Nós também recebemos muitas encomendas de catequese e grupos de oração. Temos ainda fregueses no Rio de Janeiro, Paraná e Alagoas.


Buzz – Qual é faixa de preços dos rosários vendido pelo senhor? Santos – O mais simples custa R$2,00 e o mais caro R$20,00. Faço também o Terço Bizantino. Buzz – Quem compra rosário com 15 mistérios? Santos – Às vezes, é uma promessa ou para uso em outros trabalhos. Vem gente comprar terço de 15 mistérios para benzer crianças. Não pode ser o de cinco e nem o 20 mistérios. O mais importante para mim é atender as pessoas. O rosário que faço não é benzido. Cada um precisa benzer o seu rosário com padre ou diácono. Se fosse benzido, não poderia vender. Buzz – Como o senhor produz um rosário? Santos – Como eu moro na cidade, não encontro com a facilidade a planta conhecida como “Lágrimas de Nossa Senhora”. Minha irmã planta num sítio no Jaguari (zona rural de Jacareí). Lá, essa planta é conhecida como “contas de rosário”. A colheita ocorre em agosto e setembro. (NR – O nome cientifico da planta Lágrimas de Nossa Senhora é Coix Lacrymajobi L. Ela vem polida e perfurada. A palavra lágrima tem a ver com sua forma de gota. Sua cor é esbranquiçada indo até o perolado.) Buzz – Há uma história de que todo lugar que Nossa Senhora derramou sua lágrima nasce essa planta. O senhor conhece esta história? Santos – É uma lenda de nossos antepassados. Diz que Nossa Senhora ao fugir, derrubou uma lágrima e, nesse lugar, nasceu a planta. Além de servir para produzir o rosário, as folhas da “Lagrimas de Nossa Senhora” são usadas para combater enfermidades como: cálculo renal, asma, bronquite, reumatismo e até tumores. Buzz – É normal consertar um rosário arrebentado? Santos – O rosário pode ser cortado em várias partes, mas não acaba a benção do sacerdote. Nós precisamos acreditar que a bênção de Deus é para sempre. O aconselhado é jogar um rosário arrebentado num rio, queimar (espalhando a cinza no rio) ou consertar. Nunca deve jogar um rosário benzido no lixo. A igreja não é brincadeira. A benção da igreja católica é permanente como um casamento. Buzz – O senhor costuma rezar o terço? Santos – Sou sincero: não rezo todos os

“As igrejas católicas não falam no terço. Elas só falam na liturgia e a palavra de Deus. Está quase se parecendo com os evangélicos”. dias. Eu rezo na medida do possível e quanto vou à igreja. O Cônego Borges me disse, certa vez, que se eu rezar uma dezena do terço “bem rezadinho” valia mais que rezar correndo o terço inteiro. Buzz – O que é rezar “bem rezadinho”? Santos – Rezar meditando no que você está falando. Esquecer as outras coisas. O que ocorre é que as pessoas rezam depressa para atender um compromisso em seguida. Você está fora da coisa. Orar um pouco que seja, mas faça bem feito. Para Deus, precisamos dar o melhor que temos. Nunca rezar para cumprir a obrigação. Buzz - O que o senhor achou do prêmio “Mestre da Cultura Viva de Jacareí” que recebeu da Fundação Cultural? Santos – Fiquei contente. Acho que todos os artesãos devem ter seu valorzinho pela cultura. Sou o único que faz o trabalho de rosário em Jacareí. Faz 19 anos que participo da Fapija e nunca apareceu um outro que fizesse a mesma coisa. Nem na região possui outro que faz rosário. Acredito ainda que nem mesmo no estado tenha outro

que confecciona como eu. Buzz – O que o senhor sempre quis dizer e não tinha um meio de comunicação para se expressar. A última pergunta é esse espaço que abrimos para o senhor falar o que desejar. Santos – Sou uma pessoa aberta e converso com muita gente. Uma pessoa popular. Tive muitas graças na vida. Trabalhei com padres e ajudei o bispo Dom Francisco, de Taubaté. A igreja é infalível. Não erra. Quem erra são os dirigentes da igreja. Se tem coisa errada na igreja é o dirigente e não a igreja porque a liturgia e a catequese da igreja não mudou. (1) O termo rosário designa uma peça religiosa católica que abrange três terços. Com o tempo o termo generalizou-se e muitos usam “rosário” para designar terço, que, na verdade, é um terço do rosário, tecnicamente falando. Os rosários são mais usados por membros de algumas ordens religiosas, praticamente não são usados pelos leigos em suas orações.

Confecção de terços – Fabiano dos Santos Contato – (12) 3952-3284 / E-mail – penhalver_luciene@hotmail.com

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Projeto CivilizaCão:

por uma cidade mais consciente Vários pontos de Jacareí receberam um dispositivo com sacos plásticos biodegradável para coleta de fezes caninas A cidade de Jacareí conta, desde 15 de dezembro último, com iniciativa inédita de educação sanitária no Brasil. Trata-se do projeto CivilizaCão, que espalhou em vários pontos da cidade 30 dispositivos com sacos plásticos biodegradáveis para coleta de fezes caninas. O projeto é desenvolvido pelo Instituto Rio Carioca em parceria com a Molecão Comércio e Prestação de Serviços. Após bem sucedida ação experimental na orla do Rio de Janeiro. Jacareí é a primeira cidade do país que abraçou o projeto. O gestor do CivilizaCão, Abner Vieira, disse que a população aceitou a campanha plenamente. Segundo ele, cada bobina instalada nos dispositivos possui 500 sacolas plásticas e, dessas, 450 foram utilizadas em um mês e meio desde a implantação. Vieira conta ainda que a meta é chegar a 1.000 dispositivos em Jacareí. Para essa nova etapa, ele busca parceiros junto à iniciativa privada para viabilizar a continuidade do projeto. Os apoiadores recebem incentivos

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Dispositivo colocado em frente ao fórum ficaria melhor na calçada do Edifício Mansão do Vale, afirmou integrante do Grupo de Apoio aos Animais de Jacareí


fiscais do governo federal. Um dos principais objetivos do CivilizaCão é tornar os espaços públicos mais limpos e saudáveis, pois as fezes dos animais contêm parasitas que tanto podem contaminar pessoas quanto outros animais. Existe lei municipal que proíbe os animais de circularem sem coleira e guia pelas calçadas, mas sem sucesso devido à falta de fiscalização. Vieira informou que a prefeitura apenas autorizou a colocação dos dispositivos na cidade e os recursos para implantação e manutenção do programa provem de empresas privadas. Conscientização – A integrante do Gaaj (Grupo de Apoio aos Animais de Jacareí), Cristina de Faria, achou o projeto muito bom, mas apresentou algumas críticas para a reportagem da revista Buzz. Segundo ela, a implantação desse tipo de projeto deveria vir acompanhada de uma ampla campanha de conscientização. Cristina disse que muitos desinformados acabam utilizando a sacola plástica para colocar lixo comum ou guarda-chuva. Para a moradora, uma campanha resolveria esse problema. A integrante do Gaaj também não concorda com certos locais que receberam os dispositivos com as sacolas plásticas. Cristina acredita que a colocação de um dispositivo em frente ao prédio Mansão do Vale, onde residem dezenas de pessoas, teria muito mais utilidade que em frente ao

fórum. Cristina possui três cães vira-latas e circula com eles pela região do São João onde mora. Ela disse que entende o relógio biológico de seus animais e sabe quando eles fazem suas necessidades. Porém, ao circular pelo bairro, anda sempre com sacolas plásticas para eventuais imprevistos. O bairro do São João, embora próximo da região central, ainda não recebeu os dispositivos do projeto CivilizaCão. Condomínios – O gerente da loja de pet shop Cães & Cia., Rodrigo Fernandes

Bertozzi, achou o Projeto CivilizaCão muito bacana. “Vale a pena”, afirmou. Ele sugeriu a adoção desse projeto também nos condomínios da cidade. Bertozzi conta que tinha um cão viralatas há alguns anos porque morava numa casa com um quintal espaçoso. Portanto, diz ele que o animazinho não tinha muita dificuldade para fazer suas necessidades. Agora, como reside num local pequeno, espera mudar para um condomínio onde voltará ter a companhia de cachorro.

Rodrigo Bertozzi: projeto ficaria muito bom nos condomínios


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redobrada

Vereador detecta falha na parte de sinalização e possibilidades de uso de artefatos explosivos nas casas noturnas de Jacareí A tragédia que vitimou 239 pessoas e feriu outras 100 em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, obrigou as outras cidades do país a endurecer na fiscalização de casas noturnas, boates, bares, restaurantes e espaço com grande concentração de público. A falta de manutenção dos itens de segurança é apontada pelo comandante do 41º Grupamento de Bombeiros de Jacareí, tenente Alexandre Veloso Reis, com um dos principais problemas na cidade. Uma casa noturna de Jacareí, cuja identificação não foi revelada, acabou sendo interditada pelo Corpo de Bombeiros. Segundo Reis, esse local não tinha as mínimas condições para receber público. Por determinação do governador Geraldo Alckmin, a corporação já fiscalizou 18 estabelecimentos que recebem grande concentração de público no município. Desse número, 80% apresentaram irregularidades em função de falta de manutenção dos itens de segurança. Os proprietários foram notificados a providenciar manutenção, e nova vistoria do Corpo de Bombeiros está marcada para os próximos dias. Segundo Reis, a maioria dos proprietários de casas noturnas em Jacareí se mostra interessado em regularizar a situação de seus estabe-

12 Buzz - Fevereiro de 2013

lecimentos. O comandante do Bombeiros local diz que a fiscalização é feita, mas os proprietários modificam o local e não solicitam nova vistoria. Ele recomenda que os frequentadores verifiquem se o local de evento possui regularização tanto da prefeitura como do Corpo de Bombeiros. O roteiro para aprovação de local para evento em Jacareí é o seguinte: um responsável técnico elabora um projeto técnico para os Bombeiros e manda para análise; o projeto é aprovado e começa a obra; se tudo estiver correto, o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) é emitido. A fiscalização cabe à prefeitura. Projeto - O vereador de Hernani Barreto (PT) apresentou projeto de lei que disciplina normas de segurança para o funcionamento de casas noturnas, boates, bares, restaurantes e similares em Jacareí. Ele se reuniu com o setor de fiscalização da Prefeitura de Jacareí e o comando do Corpo de Bombeiros para elaborar seu projeto. Desses encontros, o vereador explica que detectou lacuna na questão de sinalização e a possibilidade do uso de artefato explosivo. Pela

“Frequentadores devem verificar se o local possui regularização junto à prefeitura e o Corpo de Bombeiros”


sua proposta, Barreto pretende criar procedimentos técnicos inéditos na cidade para evitar acidentes (veja as principais determinações nesta página). “A iniciativa do vereador Hernani Barreto é muito importante. É um complemento às medida de segurança contra incêndios nos locais de grande concentração pública (já aplicadas pela corporação). Esta parceria com os órgãos públicos, do Legislativo e do Executivo, só vai melhorar a prevenção para que não ocorram os acidentes. O bombeiro é o grande interessado

na integridade física e preservação da vida das pessoas”, disse o comandante da corporação em Jacareí. O Diretor de Fiscalização da Secretaria de Planejamento de Jacareí, Everson Dias Martins, concorda com as diretrizes estabelecidas pelo projeto de lei. “Uma boa iniciativa, que só tende a fortalecer a legislação que já existe, colaborando para que ninguém saia ferido ou tenha algum tipo de prejuízo. O Departamento de Fiscalização esta à disposição para o que for preciso”. Divulgação/Gabinete Hernani Barreto

Barreto acredita que seu projeto de lei deverá ser submetido ao plenário da Câmara de Vereadores de Jacareí ainda em fevereiro. Fiscalização - O gerente da casa noturna “Cenário”, Roberto Fidelis, aprova a fiscalização intensificada nas casas noturnas para evitar eventuais acidentes como o de Santa Maria. Segundo ele, infelizmente esperou-se mais uma tragédia para se ter uma fiscalização mais firme e rever as medidas de seguranças. Fidelis disse que a Canário já recebeu a fiscalização do Corpo de Bombeiros de Jacareí que inspecionou e reviu todos os itens de segurança do local. A casa passou em todos os testes. A Cenário, que fica Avenida Malek Assad, existe há dois anos e possui capacidade para receber 2 mil pessoas.

Principais determinações do projeto de lei:

REUNIÃO COM BOMBEIROS E PREFEITURA - (da esq. para dir.) Luís Caldas Vianna, Hernani Barreto, Adam Ferreira, Everson Dias Martins e Alexandre Veloso Reis.

- Disciplina normas de segurança para boates, casas noturnas, bares, restaurantes e similares; - Proíbe o uso artefatos pirotécnicos (exceção aos classificados como “frios”); - Obriga a manutenção do laudo de vistoria, bem como de informação sobre a capacidade total do ambiente, na entrada e em local visível ao público; - Proíbe o uso de comandas para a venda de bebidas e alimentos nos estabelecimentos, de forma a facilitar a fuga do local em caso de incidentes (público superior a 250 pessoas); - Exige a elaboração e a divulgação interna (por meio de cartazes) de Plano de Emergência.


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