Primeiro, vamos falar dos nossos dois entrevistados e, só depois, a novidade.
Ele é Nivaldo Prieto, que nasceu para o rádio graças à sua voz forte e bonita no jornalismo da rádio Eldorado- SP.
Em 1992, passou a fazer parte do Departamento de Esportes que estava sendo implantado e era dirigido pelo jornalista Mário Marinho.
Nivaldo não perdeu tempo e logo se transformou num excelente narrador.
Com o fim do projeto, ele bateu asas e passou por diversos veículos de Rádio e TV; entre eles, Band e ESPN. Hoje, sua voz está nas transmissões do futebol sul-americano da Paramount+.
Ela é Lívia Camillo que, pode-se dizer, deu seus primeiros chutes numa bola quando dava seus primeiros passos. Filha única, ela foi treinada em casa e acompanhava jogos no estádio, sempre levada pelas mãos carinhosas e seguras de seu pai. Depois de passar por vários segmentos da imprensa, está no portal UOL, onde faz reportagens esportivas.
A revista tem diversos artigos e pesquisas feitos na medida para quem gosta de futebol.
ÍNDICE ÍNDICE
04 - Entrevista exclusiva com Nivaldo Prieto
12 - Entrevista exclusiva com Livia Camillo
- ABC Bem Bolado
- Camarote
20 - 1951: Palmeiras, Campeão da Copa Rio 22 - 2012: Corinthians, Primeira Libertadores 24 - 2005: São Paulo, Tricampeão da Libertadores 26 - Goleiro, O Único Responsável
Bem Bolada com novidade.
Destaques:
- Palmeiras, Campeão da Copa Rio, em 1951.
- A primeira Libertadores do Corinthians, em 2012.
- São Paulo, Tricampeão da Libertadores, em 2005.
- Saiba por que o goleiro é o único responsável num time.
- Biblioteca traz obra indispensável para o jornalista, principalmente os mais jovens: o livro “À sombra das chuteiras imortais”, de Nelson Rodrigues.
- O Quiz, onde você se diverte e aprende.
- Finalmente, a nossa grande novidade: a seção “ABC Bem Bolado”, a informação levada até você de forma criativa.
Tudo produzido com muito carinho por mim e pelo Silvio Natacci. Informe-se, divirta-se.
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Mário Marinho
Ele começou em 1982, na Rádio Antena 1, como locutor de noticiário.
Em 1992, quando estava na Rádio Eldorado, Mário Marinho o descobriu como locutor de futebol. E consagrou-se.
Nivaldo
Prieto
Como começou seu interesse por futebol?
Eu tenho uma gratidão imensa pelo Mário Lúcio Marinho. Por ter conhecido ele, mas sobretudo pelas portas que ele abriu para mim. Isso nos anos 90. Eu era âncora do Jornal Eldorado, da Rádio Eldorado, do grupo do Estadão. O Marinho chegou ao grupo para ser Editor de Esportes da Rádio Eldorado. Nós começamos a fazer um programa de Esportes aos sábados. O programa tinha hora para começar, às 12 horas, mas não tinha hora para acabar.
Geralmente, terminava às 20 horas, Foi minha primeira experiência em esportes. Isso foi em 1992. Eu tentei conciliar com o Jornal, mas o Esporte cresceu tanto que eu optei em ficar só com o Esporte. Depois do Marinho, o Vinícius França também me incentivou muito a fazer Esporte. Com o tempo, o programa de esportes começou a ganhar corpo e colocávamos pílulas durante a semana. Até que começamos a fazer transmissão de jogos. A nossa primeira transmissão de um jogo foi a final da Libertadores de 1992, no Morumbi: São Paulo x Newell’s Old
Boys, da Argentina, e o Tricolor foi o campeão. Eu e o Marinho ficávamos na cabine e o Ary Pereira Jr. ficava no gramado. Era uma quarta-feira à noite, bem gelada. Até então nós não transmitíamos o jogo inteiro: nós fazíamos o posto no estádio. Só na hora em que o jogo ia começar é que o Marinho me informou que a direção da rádio havia comunicado que eu iria narrar o jogo inteiro. Me pegou de surpresa. Eu já havia narrado basquete e vôlei: futebol, não. E foi assim meu início formal como narrador de futebol. Depois, eu fiz um laboratório na minha casa para ouvir
Foto: Divulgação
como narravam o Osmar Santos, o Fiori Gigliotti e o José Silvério. E na televisão, gravei o Galvão Bueno e o Luciano do Valle.
Faça uma sinopse de sua carreira.
Comecei na Antena 1, em 1982. Depois, Metropolitana, Transamérica e, em 1986, fui para a Eldorado. Em 1992, entrei para o futebol, lá mesmo na Eldorado. Fiquei até 1994, quando comecei narrar também para a TV. O Volpi, da TV Cultura, ouviu a nossa transmissão e ficou maravilhado. Ele me fez o convite e comecei a trabalhar na TV também. Na época, estava começando a TVA, que depois virou a ESPN. Depois, trabalhei no SBT, Globo, Band, Record... até chegar à Paramount+, onde estou desde o início de 2023. Tenho contrato até dezembro de 2026. Lá, estamos transmitindo a Libertadores e a Sul-Americana.
Como você vê a imprensa esportiva hoje?
As coisas mudaram muito em todos os segmentos. Hoje as coisas estão muito mais ágeis, rápidas. Hoje, com todo o respeito, há muita gente na nossa área sem a devida formação profissional de jornalista. Hoje, você consegue fazer uma plataforma sobre qualquer assunto, mas sem o preparo que um profissional precisa ter. Isso é democrático, mas acabamos entrando numa onda mais perigosa. Aí, começam a entrar pessoas sem responsabilidade para falar de um assunto qualquer. Há 40 anos, profissinais preparados, após os jogos, faziam perguntas adequadas para os técnicos e
jogadores. Hoje, há muita gente despreparada nas coletivas.
Falando de Seleção... O que você acha do novo presidente da CBF?
Eu ainda não consigo achar... É um desafio para qualquer profissional hoje fazer uma avaliação sobre o novo presidente da CBF. Não é uma pessoa muito conhecida fora dos limites de Roraima. O pai dele dirigiu a Federação de Roraima por quatro décadas. O novo presidente Samir Xaud foi eleito presidente da FRF pouco antes de ser eleito presidente da CBF e, claro, abriu mão do cargo da Federação. O preocupante nessa história é que ele tem um processo de 2018, ainda em andamento, movido pelo Tribunal de Contas de Roraima. E agora, essa visitasurpresa da Polícia Federal à sede da CBF. Não há, por enquanto, nenhuma condenação. Mas eu prefiro dar um pouco mais de tempo para emitir uma opinião mais definitiva.
E do novo técnico, Carlo Ancelotti, o que você está achando?
Foi boa a convocação dos jogadores, mas não acredito que tenha sido 100% dele. Ele dirigia uma equipe da grandeza do Real Madrid e não daria para ele ficar olhando para o futebol brasileiro. Então, ele assumiu a Seleção já na data de convocar para as Eliminatórias. Ele contou com pessoas como o Juan, o Danilo e outros para convocar. Eu acho que ele tem estatura para ser técnico de qualquer Seleção do Mundo. Porém, a gente vai ter uma visão melhor do trabalho dele a partir da próxima convocação.
Você ainda tem esperança no Neymar?
Depende em que nível a gente vai discutir essa esperança. Se você me perguntar se eu tenho esperança que ele vai voltar a ser o Neymar do Barcelona ou dos bons tempos do Santos, eu vou responder não. Ele não vai ser mais o Neymar dos bons tempos dele. Acho que ele vai voltar para a Seleção e acho que ele vai para a Copa. Então, eu pergunto: Qual o melhor jogador brasileiro hoje em atividade? É o Neymar. Por isso, eu acho que ele vai para a Copa. É claro que não vai jogar os 90 minutos. Vai jogar no máximo até os 20 minutos do segundo tempo.
O Brasil tem chance para a Copa de 2026?
Hoje, não. A gente tem que jogar uma luz nas outras seleções. A França está melhor do que o Brasil. A Espanha está melhor. A Argentina está melhor. Então, o Brasil precisaria desenvolver, em meses, um futebol que não desenvolveu desde o final da última Copa. Então, não há tempo hábil para o Brasil desenvolver um futebol vitorioso.
Quais os comentaristas esportivos, de todas as épocas, que você aprecia?
Mário Marinho, Orlando Duarte, Juarez Soares, o Zito, Rivellino, João Zanforlin, Mauro Beting, PVC, Edmundo, Zinho... Todos com características diferentes.
E com relação à narração feminina, o que você acha?
A narração feminina ainda é incipiente. Eu tive um diretor na Bandeirantes, já falecido, chamado Juca Silveira, que me disse após eu estar há muito tempo narrando: “Você vai ser um baita narrador daquia a 10 anos!”. Elas não têm referência. Ou melhor: as referências são masculinas. E tudo é diferente: padrão, timbre etc. Então, elas vão ter que descobrir um caminho para trilhar.
Quanto ao Brasileirão, você gosta dos “pontos corridos”?
Eu acho que é a melhor competição. O mata-mata pode destruir todo um trabalho. Não é justo.
E os Campeonatos Estaduais, devem ser mantidos?
Conversei com dois ferrenhos defensores dos Estaduais: Mauro Silva e Juninho Paulista. Os Estaduais são muito importantes para revelar jogadores. O Palmeiras disputou o Paulista de 2025 valorizando muito seus jovens jogadores. O Flamengo faz muito isso no Campeonato Carioca. Então, os Estaduais permitem isso. Atrapalham o Calendário? Sim, atrapalham. Então, qual seria a solução? Diminuir o tamanho dos Estaduais e de outras competições.
O que você acha do VAR no nosso futebol?
O VAR chegou para ficar. Ele é importante. Ele pode ajudar. Mas, como qualquer ferramenta, é preciso colocar nas mãos de quem sabe operar. O VAR veio para ficar, mas precisa deixar de ser a muleta do árbitro. Tem que parar de interferir
nas decisões do árbitro. Agora, tem uma coisa que me incomoda muito: é o comportamento dos jogadores. Nós acabamos de assistir ao Mundial de Clubes: os mesmo jogadores que aqui reclamam à beça, lá no Mundial tiveram um comportamento exemplar. A gente não precisa perder tanto tempo diante de tanta reclamação. E a CBF tem condição de melhorar o equipamento.
Quais foram os seus jogos marcantes?
O meu primeiro jogo, em 1992, final da Libertadores, no Morumbi. Eu sou muito emotivo: o primeiro jogo que eu fiz após a morte do Luciano do Valle, em 2014. Eu estava na Bandeirantes. Um jogo Brasil e Colômbia, que eu narrei no Nilton Santos, após o acidente do avião da Chapecoense, em 2016. Um jogo no final da pandemia, em 2022, que eu narrei de dentro de casa. Foi um jogo da Bundesliga. E um jogo entre São Paulo e Palmeiras, no Morumbi, em maio de 1994, no dia em que morreu Ayrton Senna.
Quais são suas atividades hoje?
Tenho contrato com a Paramount+, para os jogos da Libertadores e da Sul-Americana, até dezembro de 2026; e tenho um canal no Youtube, em que sonho empregar muita gente e crescer. Esse canal começou com Gastronomia, na pandemia. Hoje tenho três programas, todos às segundas-feiras, às 20 horas: um programa de futebol, um programa chamado Café com Prieto, em que
entrevisto gente do esporte, e um programa em que a gente analisa essas casas de apostas e o efeito que elas estão causando.
Quais são seus planos para o futuro?
Que a Paramount+ renove o meu contrato e que eu consiga incrementar esse meu canal no Youtube.
JOGO RÁPIDO
Seu hobby: Cozinhar.
Tipo de música preferido:. Rock, em razão do meu filho adolescente.
Programa de TV preferido: Eu chego em casa tão cansado, que eu quero relaxar: Programa do Ratinho. Rsrsrs.
Melhores narradores de TV: Walter Abrahão, Luiz Noriega, Luciano do Valle e Galvão Bueno.
Melhores narradores de rádio: Fiori Gigliotti, Osmar Santos e José Silvério.
Prato preferido: Spaghetti à carbonara.
Cantor brasileiro preferido: Tim Maia.
Cantora brasileira preferida: Marisa Monte.
A MULHER NO FUTEBOL
LIVIA CAMILLO
Filha única, começou novinha a gostar de futebol, incentivada por seu pai. Com ele, batia uma bolinha e ia ao estádios. Hoje, vai aos estádios fazer belas reportagens para o UOL.
Como nasceu essa paixão pelo futebol?
Começou na infância. Sou filha única e meu pai sempre me incentivou muito a gostar de futebol. Brincava comigo de bola, me ensinou a chutar com os dois pés, a cabecear, me levava aos estádios... Eram momentos “pai e filha”... E conforme o tempo foi passando, fui criando minha própria identidade.
Como você iniciou sua carreira?
Comecei minha carreia em 2015, ainda estagiária, na Rádio Metropoltana. Estava em meu primeiro ano de faculdade. Depois fui paa a Band e, depois,
Federação Paulista. Eu já tinha certeza que queria trabalhar com jornalismo esportivo. Em 2018, muito perto da formatura, eu pedi desligamento da Federação Paulista: eu me desentendi com meu chefe. A partir daí eu não estava querendo mais trabalhar com futebol.
Faça uma sinopse de sua carreira.
Mas, como sempre gostei de futebol e futebol feminino, decidi montar meu próprio projeto junto com uma amiga: o “Papo de Mina”. E comecei a fazer também uns “frilas”. No final de 2020, o “Papo de Mina” virou uma coluna do Terra. E fui fazendo várias
coisas: assessoria de imprensa, outros segmentos no Terra, enfim, eu fui fazendo de tudo um pouco. Trabalhei em várias áreas do jornalismo. Até que em 2023 eu recebi um convite de uma empresa francesa para atuar no jornalismo esportivo. Porém, o projeto não deu certo. Eu fui transferida para o Trivela, que era outro site que eles haviam comprado. Fiquei lá um ano e dois meses. Aí o Uol me chamou para fazer reportagem e estou há um ano e dois meses lá.
Como você vê a imprensa esportiva hoje?
Uma metamorfose daquilo que a gente aprendeu na sala de aula. Todo dia a gente vê uma mudança. Antigamente, eu lia com meu pai jornais e revistas de papel: Folha de São Paulo, Lance, Jornal da Tarde, Diário de São Paulo... Hoje mudou tudo... É uma transformação diária e a gente precisa se adaptar.
Falando de Seleção... O que você acha do novo presidente da CBF?
Eu tenho muito respeito pelas instituições do futebol. Mas não dá para aceitar que os mesmos feudos se perpetuem. Isso é muito triste. Eles vão se perpetuando no poder. Isso é um problema para o futebol.
Você convocaria o Neymar?
Convocaria. Mas não para ser titular. Ele está muito abaixo fisicamente. Precisa recuperar ritmo. E ele precisa ter mais comprometimento. O Neymar é craque, tem que ir para a Seleção, não pode ficar de fora.
E com relação à narração feminina, o que você acha?
Se não gostam, vão ter que engolir... Uma hora os homens acostumam... Luciana Mariano abriu portas... Hoje você vê o tanto de mulheres que estão chegando... É um caminho sem volta.
O Brasil tem chance para a Copa de 2026?
Tem. A gente tem bons jogadores. Vini Jr., Rodrygo, Rafinha vão se acertar com o Ancelotti... Eu sou uma eterna otimista.
Quanto ao Brasileirão, você gosta dos “pontos corridos”?
Adoro. Melhor tipo de competição possível. Só não gosto do calendário brasileiro.
E do novo técnico, Carlo Ancelotti, o que você está achando?
É o maior técnico dessa geração. Uma assumidade. Ele transmite seriedade. O Brasil tem chances com ele. É a maior esperança que a gente poderia ter.
Quais os comentaristas esportivos, de todas as épocas, que você aprecia?
Meu favorito é o Lédio Carmona. É um cara que me inspira muito. Mas eu não posso deixar de citar Ana Thaís Matos.
E os Campeonatos Estaduais, devem ser mantidos?
Acho que eles precisam ser menores. Precisam ser reduzidos. Talvez criar novos campeonatos para os times menores,
para se ocuparem. Eu gosto, mas é necessário encontrar uma nova fórmula.
O que você acha do VAR no nosso futebol?
Mal utilizado. É uma tecnologia importante. Mas precisa investir nos árbitros, profissionalizar os árbitros. Por que funciona em outros lugares e não funciona no Brasil?
JOGORÁPIDO
Quais foram os seus jogos marcantes?
A final do Campeonato Paulista deste ano, Corinthians e Palmeiras, com o Memphis Depay subindo na bola. Foi um momento histórico, maluquice pura. Outro jogo marcante: a queda do Santos em 2023. Acabou virando caso de polícia. Torcedores tacando fogo em ônbus. Bombas de gás lacrimogêneo... Me marcou.
Quais são suas atividades hoje?
Estou cobrindo o Corinthians pelo UOL, criação para as redes sociais do UOL e participo de alguns programas da casa.
Quais são seus planos para o futuro?
Ser comentarista, de preferência na TV. É o que eu mais gosto de fazer.
Seu hobby: Tocar violão.
Tipo de música preferido: MPB.
Programa de TV preferido: Qualquer reality show de baixa qualidade.
Melhores narradores de TV: Luís Roberto e Renata Silveira.
Melhores narradores de rádio: Ulisses Costa e Marcelo do Ó.
Prato preferido: Macarrão à carbonara.
Cantor brasileiro preferido: Chico Buarque.
Cantora brasileira preferida: Clara Nunes.
BOLADO BEM a b c
ACONTECEU EM JULHO, DE A a Z
A C F
Arthur
Friedenreich, considerado a primeira grande estrela do futebol brasileiro, nascia em São Paulo-SP, há 133 anos (18/07/1892).
Brasil sagrava-se
Tetracampeão Mundial de Futebol, nos Estados Unidos, empatando, na final, com a Itália (0 a 0) no tempo regulamentar e ganhando nos pênaltis (17/07/1994).
Corinthians conquistava, há 13 anos, sua primeira Libertadores (04/07/2012).
D E B
Desastre: Há 11 anos, o Brasil perdia por 7 a 1 da Alemanha, na Copa do Mundo de 2014, em pleno Mineirão (08/07/2014).
Edson Leite, um dos maiores ícones da nossa narração esportiva, faria 99 anos (04/07/1926).
Flamengo e Fluminense se enfrentaram pela primeira vez há 113 anos (07/07/1912).
G
Galvão Bueno, consagrado narrador esportivo da nossa TV, natural do Rio de JaneiroRJ, fazendo 75 anos (21/07/1950).
H
Hernán Crespo, novo técnico do São Paulo, natural de Florida Este, Argentina, fazendo 50 anos (05/07/1975).
Itália sagrava-se, há exatos 43 anos, Tricampeã Mundial de Futebol, na Espanha, derrotando a Alemanha, na final, por 3 a 1. O brasileiro Arnaldo Cezar Coelho apitou a partida.
Luciano do Valle, consagrado narrador da nossa TV, natural de Campinas-SP, faria 78 anos (04/07/1947).
João Saldanha, jornalista e técnico da Seleção Brasileira de 1969 a 1970, natural de Alegrete-RS, nasceu num mês de julho (03/07/1917) e morreu num mês de julho (12/07/1990), aos 73 anos.
I J K L O
Kempes, natural de Bell Ville, Argentina, atacante Campeão Mundial de Futebol na Argentina em 1978, artilheiro dessa Copa com 6 gols, fazendo 71 anos (15/07/1954).
Marcos, ex-goleirão do Palmeiras, Campeão Mundial pela Seleção em 2002, fazendo 51 anos (03/07/1974).
Osmar Santos, consagrado narrador esportivo, o “Pai da Matéria”, natural de Osvaldo Cruz-SP, fazendo 76 anos (28/07/1949).
M P Q N
Nelsinho
Baptista, ex-lateral-direito e técnico desde 1985, natural de Campinas-SP, fazendo 75 anos (22/07/1950).
Palmeiras conquistava, há 74 anos, a polêmica Copa Rio, empatando com a Juventus da Itália, no Maracanã, por 2 a 2 (22/07/1951).
Quatro foi a quantidade de gols que o PSG meteu no Real Madrid, 4 a 0, em jogo válido pelas semifinais da Copa do Mundo de Clubes, em 09/07/2025.
RRenata Fan, premiada apresentadora da Band, natural de Santo Ângelo-RS, fazendo 48 anos (05/07/1977).
S
Silvio Luiz, saudoso narrador esportivo da nossa TV, natural de São Paulo-SP, faria 91 anos (14/07/1934).
T
Tricampeão da Libertadores!
O São Paulo FC conquistava esse histórico título em 14/07/2005, no Morumbi, derrotando o Atlético-PR, no jogo final, por 4 a 0.
U X
Último jogo de Pelé e Garrincha jogando juntos foi no dia 12 de julho de 1966. Foi na partida de estreia da Seleção na Copa da Inglaterra, contra a Bulgária. Eles nunca perderam jogando juntos.
Foram 40 jogos, com 36 vitórias e 4 empates.
“Xerife” Cléber foi um dos principais jogadores do Palmeiras na era Parlamat. Jogou de 1993 a 1999, atuando em 372 partidas, com 212 vitórias, 92 empates e 68 derrotas. Nasceu em 26/07/1969. Conquistou vários títulos: Libertadores (1999), Mercosul (1998), Brasileiro (1993 e 1994), Copa do Brasil (1998) e Paulista (1994 e 1996).
Vasco x Botafogo se enfrentaram pela primeira vez há 102 anos (01/07/1923).
V W
Wendell, lateralesquerdo do São Paulo, natural de Fortaleza-CE, fazendo 32 anos em 20 de julho de 1993. Assinou com o Tricolor paulista em 04 de fevereiro de 2025.
Z
Zé Roberto, que atuou como meio-campista, volante e lateral-esquerdo, natural de São Paulo-SP, nasceu em 06 de julho de 1974. Participou de uma Copa do Mundo, em 1998. O seu último clube foi o Palmeiras, em 2017. Jogou até os 43 anos.
CAMAR TE
BA04 Academy chega ao Brasil e marca um novo capítulo na formação de talentos.
O futebol é uma ponte. E agora, essa ponte conecta Alemanha e Brasil de forma inédita.
O Bayer 04 Leverkusen acaba de inaugurar a BA04 Football Academy São Paulo, a primeira academia oficial de um clube da Bundesliga em solo sul-americano. Mais do que um espaço para treinar jovens atletas, a iniciativa é um projeto que une esporte, educação, impacto social e intercâmbio cultural.
Localizada no campus da Bayer Brasil, a academia vai atender crianças e adolescentes de 5 a 15 anos, oferecendo uma estrutura de excelência e uma metodologia que forma dentro e fora das quatro linhas.
A cerimônia de abertura reuniu ídolos que marcaram gerações. Paulo Sergio, ex-jogador da Seleção Brasileira e campeão mundial, lidera o projeto como diretor da academia. Ele esteve ao lado de nomes como Zé Roberto, Zé Elias e Mauro Silva, que também vestiram a amarelinha e hoje seguem inspirando dentro do futebol.
Ex-jogador Paulo Sergio lidera o projeto como diretor da academia.
“Depois da Copa do Mundo, esse é um dos momentos mais especiais da minha vida. A presença do Bayer 04 no Brasil é o resultado de anos de dedicação e trabalho. Nosso objetivo é fortalecer ainda mais essa ponte entre os dois países”, afirmou Paulo Sergio.
Também presente no evento, o atual jogador do Bayer 04 e da Seleção Brasileira, Arthur, fez questão de participar, mesmo às vésperas de retornar à Alemanha para a pré-temporada. Dias depois, mais especificamente entre os dias 14 e 24 de julho, retornou ao Brasil para um amistoso contra a equipe sub-20 do Flamengo.
Para o coordenador técnico da academia, Luiz Felipe, filho de Paulo Sergio, a missão vai além do esporte:
“Sempre enxergamos esse projeto como algo maior. É uma ação social, é transformação, é oportunidade.”
A BA04 Academy nasce com o propósito de desenvolver talentos, inspirar jovens e aproximar culturas. É o futebol sendo o que sempre foi: uma linguagem universal que conecta pessoas, histórias e futuros.
1
Zé Elias, Mauro Silva, Zé Roberto, Arthur Augusto e Paulo Sergio.
2
Paulo Sergio com seu filho, Luiz Felipe, coordenador técnico da academia.
3
Treinadores capacitados no centro de treinamento do Bayer Leverkusen.
4
Arthur Augusto, atual jogador do Bayer 04 e da Seleção Brasileira.
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Renato Iacone, Paulo Sergio e Holger Tromp.
6
Renato Iacone, Diretor Financeiro da Bayer Brasil.
7
Brian the Lion, mascote do Bayer Leverkusen, 1 2 3 5 6 7 8 4
Fotos: Bayer 04 Leverkusen.
Holger Tromp, Diretor de Comunicação do Bayer Leverkusen.
8
Da esquerda para direita: Fábio Crippa, Salvador, Juvenal, Túlio, Luiz Villa, Dema, Lima, Liminha, Ponce de León, Jair Rosa Pinto e Rodrigues.
PAL MEI RAS
Campeão da Primeira Copa Rio!
A pergunta que não quer calar: Afinal, a Copa Rio pode ser considerada um Campeonato Mundial Interclubes ou não?
Tudo começou 21 anos antes, quando aconteceu a primeira Copa do Mundo, em 1930, no Uruguai, e os donos da casa foram os campeões. Em 1934, ocorreu a segunda Copa, na Itália, e a dona da casa foi a campeã. Veio a terceira Copa, em 1938, na França, e a Itália foi bicampeã. Durante os anos 40, a Copa deixou de ser disputada em razão da Segunda Grande Guerra. Ela voltou a ocorrer em 1950, no Brasil. Era a nossa chance.
O Brasil se preparou para essa Copa com fiel devoção. Um estádio, um gigante, foi construído no Rio de Janeiro para abrigar os principais jogos: o Maracanã. Em São Paulo, o Pacaembu, que fora inaugurado em 1940, passou por uma reformulação completa, pois também seria palco de jogos importantes. Em Belo Horizonte, foi construído o Estádio Independência, especialmente para a ocasião.
O Brasil chegou à final como grande favorito, aplicando goleadas homéricas e mostrando um futebol espetacular. Na véspera, o Brasil era o
campeão. No dia do jogo, porém, foi o desastre que deixou incrédulos todos os brasileiros: em pleno Maracanã, fomos batidos pelo Uruguai por 2 a 1. Dolorida e inesquecível data: 16 de julho de 1950.
A entidade maior do futebol brasileiro era a CBD (Confederação Brasileira de Desportos), que resolveu, em 1951, promover um torneio internacional no Brasil para reabilitar nosso futebol. Para tanto, buscou apoio da FIFA e se esmerou na organização. Foram convidados alguns dos melhores times do mundo. Deu-se o nome de I Copa Rio.
Competiram: Juventus, Itália; Estrela Vermelha, Iugoslávia; Olympique, França; Áustria de Viena, Áustria; Nacional, Uruguai; e Sporting, Portugal. Era preciso escolher dois times do Brasil e a CBD convidou o Vasco, campeão carioca, e o Palmeiras, campeão paulista e do Rio-São Paulo (o Brasil não tinha, na época, um campeonato nacional).
Os oito times foram divididos em dois grupos. Em São Paulo: Palmeiras, Olympique, Juventus e Estrela Vermelha. No Rio: Vasco, Nacional, Áustria e Sporting.
O Palmeiras estreou no dia 30 de junho com uma vitória no Pacaembu: 3 a 0 sobre o Olympique. O Verdão tinha três sobreviventes da tragédia de 1950: Jair Rosa Pinto, Juvenal e Rodrigues. No jogo seguinte, ainda no Pacaembu, vitória suada em cima do Estrela Vermelha: 2 a 1. Alguma coisa não ia bem. A prova disso veio no terceiro jogo.
Também no Pacaembu, em 8 de julho, a Juventus aplica uma impiedosa goleada no Alviverde: 4 a 0. O veterano goleiro Oberdan foi considerado um dos culpados e é sacado do time, sendo substituído por Fábio Crippa. O técnico Ventura Cambon também tirou o médio Túlio e o ponta Lima, entrando em seus lugares Luís Villa e Richard para enfrentar o Vasco nas semifinais, agora no Maracanã. No primeiro jogo das semifinais, em 11 de julho, o Palmeiras vence o Vasco por 2 a 1, com o goleiro Fábio sendo o grande herói, diante de um Maracanã lotado. No segundo jogo, um empate: 0 a 0, com outra grande atuação de Fábio, garantindo o Palmeiras na grande final contra a Juventus.
O primeiro jogo da final foi disputado em 18 de julho, quarta-feira, à noite, e deu Palmeiras: 1 a 0, gol de Rodrigues. O segundo jogo foi em 22 de julho, domingo, um ano e uma semana depois da tragédia de 1950. Para desespero dos palmeirenses, o primeiro tempo terminou com a Juventus vencendo: 1 a 0. No intervalo, o líder Jair Rosa Pinto conversou com cada um dos seus companheiros. E logo aos 2 minutos, Rodrigues empatou. O Palmeiras estava com uma mão na taça. Mas, aos 18 minutos, a Juventus desempatou, com Karl Hansen: 2 a 1. Porém, com muita garra, aos 32 minutos, o Verdão chegou ao empate, através de Liminha. Palmeiras, Campeão da Copa Rio!
Senhoras e Senhores, o debate continua: o Palmeiras é ou não Campeão Mundial?
ACONTECEU EM 1951...
Troféu da Copa Rio 1951.
PALMEIRAS 1 0 JUVENTUS-ITA
PRIMEIRO JOGO
Data: 18 de julho de 1951.
Local: Maracanã.
Árbitro: Franz Grill (Áustria).
Palmeiras: Fábio; Salvador e Juvenal; Túlio, Luiz Villa e Dema; Lima, Ponce de León, Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues.
Técnico: Ventura Cambon.
Juventus: Viola; Bertucceli e Manente; Mari, Parola e Piccinini; Muccinelli, Karl Hansen, Boniperti, Vivole e Praest.
Técnico: Jesse Carver.
Gol: Rodrigues 20 do 1º.
2 2 PALMEIRAS
JUVENTUS-ITA
SEGUNDO JOGO
Data: 22 de julho de 1951.
Local: Maracanã.
Árbitro: Gabriel Tordjan (França).
Palmeiras: Fábio; Salvador e Juvenal; Túlio, Luiz Villa e Dema; Lima, Ponce de León (Canhotinho), Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues.
Técnico: Ventura Cambon.
Juventus: Viola; Bertucceli e Manente; Mari, Parola e Bizzoto; Muccinelli, Karl Hansen, Boniperti, Johan Hansen e Praest.
Técnico: Jesse Carver.
Gols: Praest 18 do 1º; Rodrigues 2, Karl Hansen 18 e Liminha 32 do 2º.
O Brasil é presidido novamente por Getúlio Vargas, que assumiu em 31/01 por eleição direta • A população brasileira é de 53,49 milhões de habitantes • Estreia da primeira telenovela: “Sua Vida Me Pertence”, na TV Tupi • Estreia do “Sítio do Picapau Amarelo”, na TV Tupi • Primeira Bienal de São Paulo • Primeira edição dos Jogos Pan-Americanos, em Buenos Aires • Lançado o “rock and roll” (termo criado pelo DJ Alan Freed, em Ohio, EUA) • Getúlio Vargas envia ao Congresso projeto de criação da Petrobras • Nascem: Beto Guedes, Elba Ramalho, Luiz Melodia, Milton Neves, Natália do Valle, Roberto Leal e Vera Fischer.
Capitão Alessandro comemora com seus companheiros a conquista da primeira Libertadores do Timão
TIMÃO TIMÃO CAMPEÃO DA LIBERTADORES
Há exatos 12 anos, o Corinthians conquistava, finalmente, a sua primeira, e até agora única, Copa Libertadores. Até o Mundo o Timão já havia conquistado, quando levantou o pela Fifa, no ano 2000, sem passar pela Libertadores.
E mais: já havia sido campeão da cidade de São Paulo, do Estado, do Brasil, dos Centenários... Mas faltava a Libertadores, motivo de gozação dos adversários.
O caminho da conquista começou a ser trilhado com o título brasileiro de 2011 e a consequente classificação para a competição.
Na estreia das oitavas de final, um sofrido empate sem gols contra o Emelec, na cidade de Guayaquil, no Equador: foi feio, mas o 0 a 0 até que ficou de bom tamanho, pois, na volta, no Pacaembu, o Timão sapecou 3 a 0.
Nas quartas de final, o adversário foi o Vasco da Gama. No
primeiro jogo, um duro empate sem gols em São Januário: a boa defesa corinthiana deu conta do recado. No segundo jogo, no Pacaembu, o 0 a 0 persistia novamente. Mas, aos 42 minutos do segundo tempo, Alex cobrou um escanteio e Paulinho subiu de cabeça: 1 a 0. O Corinthians estava nas semifinais. Agora, o adversário era o Santos de Neymar, Ganso e companhia. No primeiro jogo, na Vila Belmiro, esperava-se que o astro santista desequilibrasse o jogo. Mas quem fez a festa foi Emerson Sheik, autor do gol da vitória, aos 27 do primeiro tempo. No jogo da volta, no Pacaembu, o Timão só precisava de um empate para ir às finais. E foi o que aconteceu: 1 a 1. Foi o tal jogo de regulamento na mão.
Pela primeira vez, o Timão na final da Libertadores. Adversário: o temível Boca Juniors. Primeiro jogo: na terrível La Bombonera.
O Boca saiu na frente aos 27 do segundo tempo e sua louca torcida comemorou como se a vitória já estivesse garantida. Só que, aos 36 minutos, o técnico Tite colocou Romarinho no lugar de Danilo e, cinco minutos depois, aconteceu o que a torcida corinthiana tanto esperava. Sheik recebeu a bola pela posição de meia-direita; Romarinho, mais à sua direita, arrancou, recebeu a bola à frente de seu marcador, esperou a saída do goleiro e tocou por cima dele, com calma e categoria. O jogo terminou empatado: 1 a 1.
No segundo jogo, Pacaembu lotado, bastaram 45 minutos de bom futebol. Depois de um primeiro tempo truncado, o Timão voltou a campo para jogar futebol. E logo aos oito minutos, Danilo tocou de calcanhar para Emerson Sheik fazer 1 a 0. A pá de cal em cima dos argentinos veio aos 27 minutos: o zagueiro Schiavi tenta sair jogando e dá um passe para Sheik, que avança e toca no canto esquerdo do goleiro: 2 a 0.
Assim se conta a história da noite em que o Corinthians bailou em cima dos argentinos e sua Sala de Troféus ganhou nova e importantíssima
Taça: campeão invicto da Libertadores.
No total da campanha, desde a Fase de Grupos, foram 14 jogos, com o Corinthians marcando 22 gols: Emerson (5); Danilo (4); Jorge Henrique e Paulinho (3); e Alex, Douglas, Elton, Fábio Santos, Liédson, Ralf e Romarinho, com 1 gol cada. Sofreu apenas 4 gols. Foram 8 vitórias, 6 empates e nenhuma derrota.
ACONTECEU EM 2012...
BOCA JUNIORS 1 1 CORINTHIANS
PRIMEIRO JOGO
Data: 27 de junho de 2012.
Local: Estádio La Bombonera, Argentina.
Árbitro: Enrique Osses (Chile).
Boca Juniors: Orion; Roncaglia, Caruzzo, Schiavi e Clemente Rodríguez; Ledesma (Rivero), Somoza, Erviti e Riquelme; Pablo Mouche (Cvitanich) e Santiago Silva (Viatri).
Técnico: Julio César Falcioni.
Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Alex (Wallace); Jorge Henrique (Liedson), Emerson e Danilo (Romarinho).
Técnico: Tite.
Gols: Roncaglia 27 e Romarinho 40 do 2º.
CORINTHIANS
2 0
SEGUNDO JOGO
Data: 04 de julho de 2012.
Local: Pacaembu.
Árbitro: Wilmar Roldan (Colômbia).
Renda: R$ 2.580.912,50
Público: 37.959.
BOCA JUNIORS
Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Alex (Douglas); Jorge Henrique (Wallace), Emerson (Liedson) e Danilo.
Técnico: Tite.
Boca Juniors: Orion (Sosa Silva); Sosa, Caruzzo, Schiavi e Clemente Rodríguez; Ledesma (Cvitanich), Somoza, Erviti e Riquelme; Pablo Mouche (Viatri)) e Santiago Silva.
Técnico: Julio César Falcioni.
Gols: Emerson 8 e Emerson 27 do 2º.
O Brasil é presidido por Dilma Rousseff, que assumiu em 01/01/2012 • A população brasileira é de 196,52 milhões de habitantes • Corinthians conquista o Bicampeonato Mundial Interclubes • A região mais populosa do país continua sendo a Sudeste, com 42,1% • A cidade brasileira com maior população é São Paulo, com 11.244.369 pessoas • Barack Obama é reeleito presidente dos EUA
• Ricardo Teixeira, após 23 anos, envolvido com denúncias de corrupção, demite-se da presidência da CBF, sendo sucedido por José Maria Marin • Morrem: Altamiro Carrilho, Chico Anysio, Hebe Camargo, Joelmir Beting, Millôr Fernandes e Oscar Niemeyer.
O time do São Paulo, comandado por Telê Santana: Zetti; Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Ivan; Adílson, Pintado e Raí (capitão); Müller (Macedo), Palhinha e Elivélton.
NA LIBERTADORES SÃO PAULO ÉTRI
Por pouco, o São Paulo se tornava o primeiro brasileiro a conquistar por quatro vezes a Libertadores da América. Isso porque aquele quase imbatível time do São Paulo do começo dos anos 1990, time de Telê Santana, foi campeão da Libertadores em 1992 e 1993.
Em 1994, quando se tornou o primeiro time brasileiro a disputar três finais consecutivas da Libertadores, o Tricolor teve o título nas mãos - ou nos pés.
O adversário da final de 1994 foi o argentino Vélez Sarsfield. No primeiro jogo, em Buenos Aires, vitória dos donos da casa, 1 a 0, no dia 24 de agosto.
Uma semana depois, dia 31, terça-feira, os dois se encontram novamente, agora no Morumbi, e o São Paulo bate os argentinos pelo mesmo placar: 1 a 0, gol de Müller.
Como mandava o regulamento, a decisão foi para a cobrança de pênaltis.
Na primeira cobrança, o artilheiro Palhinha chutou e o grande goleiro Chilavert defendeu. Depois, Chilavert e todos os outros companheiros argentinos converteram e se tornaram campeões da Libertadores. Assim, o sonho do tricampeonato foi adiado até 2005 como se verá a seguir.
Na primeira conquista do Tricolor, em 1992, foi esta a campanha: 14 jogos, 8 vitórias, 3 empates, 3 derrotas; 22 gols marcados e 11 gols sofridos.
O artilheiro foi Palhinha, com 7 gols.
A final foi disputada no dia 17 de junho de 1992, contra o Newell’s Old Boys, no Morumbi.
No primeiro jogo, na Argentina, o São Paulo perdeu por 1 a 0 e, em casa, devolveu o resultado, gol de Raí, levando a decisão para os pênaltis. A vitória do Tricolor por 3 a 2 nos pênaltis valeu o primeiro título da Libertadores.
O time do São Paulo, comandado por Telê Santana, foi este: Zetti; Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Ivan; Adílson, Pintado e Raí (capitão); Müller (Macedo), Palhinha e Elivélton.
No ano seguinte, 1993, o imbatível Tricolor seria campeão mais uma vez. Por ser o campeão, o São Paulo já entrou com a competição em andamento. Em sua campanha, disputou 8 jogos, venceu 4, empatou 2 e teve 2 derrotas. Aquela final foi disputada no dia 26 de maio, em Santiago, quando o Tricolor perdeu para o Universidad Católica, por 2 a 1.
Mas, o título – e o grande feito – foi na semana anterior, quando o São Paulo massacrou seu adversário, 5 a 1, na maior goleada, até então, em uma final de Libertadores.
Telê Santana escalou este time: Zetti; Vitor (Catê), Gilmar, Válber e Ronaldo Luís (André Luiz); Dinho, Pintado, Raí e Cafu; Müller e Palhinha.
O tricampeonato só aconteceu bem mais tarde, após a virada do século: no dia 14 de julho de 2005.
O São Paulo era comandado por Paulo Autuori e enfrentou o Athletico Paranaense na decisão.
No primeiro jogo, disputado no Beira-Rio, já que o estádio do Athletico, na época, não tinhas condições mínimas exigidas pela Conmebol, empate por 1 a 1. Foi a primeira vez que a Libertadores foi decidida por dois times do mesmo País.
No segundo, no dia 14 de julho, no Morumbi, vitória indiscutível do Tricolor: 4 a 0. Na histórica campanha, o São Paulo venceu 9 jogos, empatou 4 e perdeu apenas 1.
O time escalado por Paulo Autuori foi: Rogério Ceni; Fabão, Diego Lugano e Alex Bruno; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Junior (Fábio Santos); Amoroso (Diego Tardelli) e Luizão (Souza).
Com cinco gols cada, Rogério Ceni e Luizão foram os artilheiros do time na campanha do Tri.
ACONTECEU
1 1
PRIMEIRO JOGO
Data: 06 de julho de 2005.
Local: Estádio Beira-Rio, Porto Alegre.
Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai).
São Paulo: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Alex; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior; Amoroso e Luizão.
Técnico: Paulo Autuori.
Atlético-PR: Diego; Jancarlos (André Rocha), Danilo, Durval e Marcão; Cocito, Alan Bahia, Fabrício e Fernandinho (Evandro); Lima e Aloísio.
Técnico: Antônio Lopes.
Gols: Aloísio 14 do 1º e Durval (contra) 6 do 2º.
4 0
SEGUNDO JOGO
Data: 14 de julho de 2005.
Local: Estádio do Morumbi.
Árbitro: Horácio Helizondo (Argentina).
São Paulo: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Alex; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior (Fábio Santos); Amoroso (Diego Tardelli) e Luizão (Souza).
Técnico: Paulo Autuori.
Atlético-PR: Diego; Jancarlos, Danilo, Durval e Marcão (Fernandinho); Cocito, André Rocha (Alan Bahia), Evandro e Fabrício; Lima (Rodrigo) e Aloísio.
Técnico: Antônio Lopes.
Gols: Amoroso 16 do 1º; Fabão 7, Luizão 25 e Diego Tardelli 43 do 2º. SÃO PAULO
O Brasil é presidido por Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu em 01/01/2003 • A população brasileira é de 183,38 milhões de habitantes • O piloto espanhol Fernando Alonso, de 24 anos, torna-se o mais jovem campeão mundial de Fórmula 1 • Romário se despede da Seleção Brasileira • O velejador Robert Scheidt conquista o hexacampeonato da Europa Cup de Laser • Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim criam o site YouTube • São Paulo conquista o Tricampeonato Mundial Interclubes • Morrem: Arrelia, Cláudio Corrêa e Castro, Emilinha Borba, Francisco Milani, Régis Cardoso, Ronald Golias e Sergio Endrigo.
GOLEIRO O ÚNICO RESPONSÁVEL.
O pernambucano Nelson Rodrigues chegou ao Rio de janeiro em 1916, aos quatro anos de idade.
Chegou para ficar.
Morava na humilde Zona Norte carioca e, aos 13 anos, começou a trabalhar no jornal do pai, Mário Rodrigues, que se chamava A Manhã. Apesar da pouca idade, era repórter policial.
Ao longo dos anos, Nelson Rodrigues transformouse em um jornalista completo, dramaturgo, escritor, romancista, teatrólogo, contista e cronista de costumes e de futebol brasileiro. É, até hoje, considerado um dos mais influentes dramaturgos do Brasil.
Torcedor do Fluminense, escreveu crônicas esportivas que foram publicadas no Jornal dos Sports, Manchete Ilustrada e O Globo. É dele a afirmação que se segue:
“Amigos, eis a verdade eterna do futebol: o único responsável é o goleiro.
Todos os outros são uns irresponsáveis natos e hereditários.
Um atacante, um médio e mesmo um zagueiro podem falhar.
Podem falhar e falham vinte, trinta vezes num único jogo.
Só o arqueiro tem que ser infalível. Um lapso do arqueiro pode significar um frango, um gol e, numa palavra, a derrota.”
Recorro ao Nelson Rodrigues para falar do gol que o ótimo goleiro Weverton levou no Mundial de Clubes da Fifa e que significou a desclassificação e o fim do sonho do Palmeiras de ter o título mundial. Pouco depois, naquele jogo, o ataque do Verdão perdeu excelente chance de empatar o jogo.
Se tivesse empatado, levaria o jogo para a prorrogação e até aos
pênaltis para ser eliminado, não se jogaria a culpa sobre o goleiro. Venho de família de goleiros. Meu pai, o saudoso Paulo Marinho, foi goleiro nos jogos disputados em campos improvisados nos pastos da cidade de Pinhuim, interior de Minas, lá pelos anos 1930.
Meu irmão mais velho, o Márcio, foi goleiro profissional do Cruzeiro nos anos 1960.
Eu também fui goleiro e me esfolei muito nos campos de terra da várzea de Belo Horizonte.
Por isso, sempre olho com muito carinho e atenção para a atuação dos goleiros.
Weverton falhou?
Em minha opinião, não.
Ele se jogou para defender uma bola chutada contra o seu gol.
Só que no caminho ela tocou num zagueiro palmeirense, desviou e entrou.
Quando o goleiro se joga em direção a uma bola, ele não tem como voltar. E se a bola é desviada no caminho, a culpa não é dele, assim como não é do zagueiro que a desviou.
Como disse acima, o lance só se tornou uma tragédia porque os atacantes palmeirenses não tiveram competência para empatar o jogo.
E, incrível, a ficha técnica do jogo apontou gol contra. Um absurdo. Mas, como disse Nelson Rodrigues, o goleiro é o único responsável e, como tal, não pode falhar.
MÁRIO MARINHO
Resolvi pedir ao Chat GPT que me indicasse os cinco melhores goleiros do futebol brasileiro.
Eis sua relação:
Gylmar Lev Yashin
Ike Casillas 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5
E
Emerson Leão Dino Zoff
Taffarel
Marcos
Alysson
os cinco melhores do mundo:
Gianluigi Buffon
Manuel Neuer
As chuteiras e o imortal Nelson Rodrigues BIBLI TECA
Alguns contemporâneos de Nelson Rodrigues, no Rio de Janeiro e, mais especificamente, no Maracanã, diziam que ele não enxergava direito e não era capaz de identificar um jogador da lonjura das cabines de Imprensa ao gramado do Maracanã.
Pode ser. Mas, eu discordo.
Como pode quem não enxerga direito ser capaz de se maravilhar com a apresentação de Pelé naquela tarde de goleada do Santos sobre o América, em jogo válido pelo extinto Torneio Rio-São Paulo?
Pelé tinha apenas 17 anos e 8 meses e, pela primeira vez, foi chamado de Rei na crônica publicada na revista Manchete Esportiva, no dia 8 de março de 1958.
Título da crônica: a Realeza de Pelé.
Na época, Nelson Rodrigues já era um dramaturgo de sucesso, sucesso que começou nos anos 1940, com a peça Vestido de Noiva.
Nascido em Pernambuco, ele se mudou, com a família, para o Rio de Janeiro quando tinha apenas 4 anos de idade.
Acompanhou o pai e o irmão mais velho e se tornou jornalista.
Aos 13 anos de idade, já fazia cobertura dos acontecimentos policiais para o jornal do pai, Mário Rodrigues. O jornal se chamava A Manhã.
Os relatos de crimes passionais e pacto de morte entre casais apaixonados, ficaram na cabeça do jovem e se tornaram fonte para muitos de seus escritos ao longo de sua profícua carreira.
A paixão pelo futebol veio desde a infância. Jogava pelada nas ruas da Aldeia Campista, bairro humilde na Zona Norte Carioca. Com o sucesso do jornal, o pai conseguiu levar a família para Copacabana.
O Cronista Esportivo viu despertar sua paixão pelo Fluminense.
FICHA TÉCNICA
Título: À Sombra das Chuteiras Imortais
Autor: Nelson Rodrigues
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 198
Preço: R$ 57,00
O homem que para muitos não enxergava direito, viu em campo um Rei em Pelé antes de todos os outros.
Chamou o volante Denílson de Príncipe Etíope por sua elegância em campo.
Na Copa de 1962, no Chile , Pelé se machucou, foi afastado da Copa e em seu lugar o técnico Aymoré Moreira escalou Amarildo. Amarildo foi tão espetacular que recebeu de Nelson Rodrigues o apelido de O Possesso, que o acompanhou por toda a vida.
Nelson nasceu em Recife, em 23 de agosto de 1912 e morreu no Rio de Janeiro, em 21 de dezembro de 1980, aos 68 anos. Esta coletânea de artigos publicados entre 1955 e 1970, organizada por Ruy Castro, traz até o leitor um apaixonado retrato pintado pelo artista das letras, de um período fértil do nosso futebol.
É leitura imperdível para quem ama o futebol e a literatura.
MÁRIO MARINHO
O autor: Nelson Rodrigues
O Corinthians conquistou sua primeira Libertadores em que ano?
O Corinthians conquistou seu primeiro Mundial em que ano?
Em que ano o árbitro brasileiro Arnaldo Cezar Coelho apitou uma final de Copa do Mundo?
Você é mesmo bom de bola?
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O Brasil perdeu por 7 a 1 da Alemanha em que Estádio?
Até que ano o jornalista João Saldanha dirigiu a Seleção Brasileira?
Respostas no pé da página Resultados:
Quantos jogos Pelé e Garrincha perderam jogando juntos?