Edição 22
Ano 2 - 2025

a revista que está com a bola toda

1962: SANTOS, CAMPEÃO DA LIBERTADORES

GYLMAR DOS SANTOS NEVES
1952: FLUMINENSE, CAMPEÃO DA COPA RIO

PONTE PRETA: 125 ANOS
IMPERDÍVEL: ABC BEM BOLADO
![]()
Edição 22
Ano 2 - 2025


1962: SANTOS, CAMPEÃO DA LIBERTADORES

GYLMAR DOS SANTOS NEVES
1952: FLUMINENSE, CAMPEÃO DA COPA RIO

PONTE PRETA: 125 ANOS
IMPERDÍVEL: ABC BEM BOLADO
Ele ainda era muito criança quando, em Araçatuba onde nasceu, no interior de São Paulo, pegava os dois jornais que seu pai assinava e ia correndo ver o caderno de esportes.
Porém, pouco a pouco, ele foi verificando que os jornais não traziam só futebol: eles continham política também. E ele começou a gostar.
Assim começa a história deste brilhante jornalista que a Bem Bolada trouxe este mês para você: Fábio Piperno, competente não só na área política, mas também no campo do futebol. Você pode até não gostar dos comentários dele: mas certamente irá respeitá-los.
E é claro que a Bem Bolada de agosto não para por aí: o torcedor santista vai viajar para 1962 e vai relembrar, com muita saudade, a histórica conquista da primeira Libertadores pelo Peixe. Bons tempos...
E mais: os torcedores palmeirenses irão constatar que a Copa Rio não é um privilégio da torcida alviverde: ela também foi conquistada um ano
04 - Entrevista exclusiva com Fábio Piperno
12 - Camarote
14 - Santos, Campeão da Libertadores
18 - Biblioteca
19 - ABC Bem Bolado
22 - Ponte Preta, 125 anos
23 - Seleção Brasileira
24 - Gylmar dos Santos Neves
27 - Quiz
depois, em 1952, pelo Fluminense.
E não para por aí: a BB irá recordar que neste mês de agosto seria o aniversário daquele que é considerado, por muitos, como o maior goleiro brasileiro de todos os tempos: Gylmar dos Santos Neves. E é aniversário também da simpática Ponte Preta, o clube de futebol mais antigo de São Paulo e o segundo mais antigo do Brasil: 125 anos!
E não poderia faltar o Quiz, aquela seção tão aguardada para você testar seus conhecimentos. E aquela seção que já é uma das grandes atrações da nossa revista: o ABC Bem Bolado.
E ainda tem o Camarote e a Biblioteca, que eu e o Mário Marinho preparamos com muito carinho para você.
Divirta-se!
Silvio Natacci





Tanto na área política quanto na do futebol, ele é um craque.

Como começou seu interesse por futebol?
Começou muito cedo. Eu morava em Araçatuba ainda e desde que eu me conheço por gente o meu pai assinava dois jornais: um da cidade e o outro da Capital. Eram a Folha de Araçatuba e a Folha de São Paulo. Desde que eu nasci meu pai me ensinou a gostar muito de futebol. Ele era palmeirense doente, mas era também fanático pelo Pelé. Quando era solteiro, ele pegava o trem no final de semana e ia até Santos só para ver o Peixe jogar. Quando o meu pai casou, ele foi passar a lua
de mel no Guarujá. E tinha um jogo do Santos na Vila. Meu pai não teve dúvida: levou minha mãe para ver o jogo. Foi a única vez na vida que a minha mãe foi a um estádio para ver um jogo. Eu, então, cresci nesse ambiente. Quando eu tinha sete anos, eu me lembro que meu pai me levou ao estádio do Araçatuba pela primeira vez. Fui assistir ao jogo Araçatuba e Olímpia. Olímpia foi a cidade em que meu pai nasceu. Então, quando os jornais chegavam em casa, eu pegava o caderno de esportes. Porém, depois, eu comecei a ler o resto. E eu comecei muito cedo a gostar de política também. Desde
garotinho. Eu era meio fascinado em ver os políticos falando. E desde a adolescência eu fiquei com essa duvida, se trabalhava com política ou com futebol. E eu não consegui resolver essa dúvida até hoje.....
Como você decidiu o que fazer?
Foi o caminho natural: quis fazer Jornalismo. Quando eu tinha 16 anos, no Natal, meu pai me deu de presente uma máquina de escrever Olivetti. Na hora de prestar vestibular, eu prestei jornalismo na Cásper Líbero e na Faculdade de Londrina. Passei nas duas, mas acabai optando


aqui por São Paulo. Eu me formei em 1986 com 20 anos.
Como você começou na carreira?
Eu fiz um monte de “bico”. Fiz revista de engenharia, revista de autopeças, fiz um jornal de esportes aquáticos... Tanto que, na Olimpíada de Londres, eu fui pelo BandSports para comentar natação... Foi na Band que eu comecei a trabalhar em TV: no BandNews TV, em 2004, para participar de um projeto na Olimpíada de Atenas. A gente fazia daqui. E lá eu fazia todas as coberturas, inclusive políticas. Aliás, eu atravessava o corredor para fazer programas de futebol no BandSports. Na verdade, a minha ligação com a Band começou nos anos 90. Ela havia comprado os direitos da Liga Francesa. Como eu tinha conhecimentos sobre o assunto, me indicaram para comentar.
Faça uma sinopse da sua carreira.
Eu fiquei na BandNews até novembro de 2014. Fiquei 10 anos. Uma semana depois das eleições, eu fui demitido pela BandNews porque eu tive um desentendimento com um diretor lá. Naquela época, o Grupo Bandeirantes também tinha a Rádio Bradesco Sports e eu também trabalhava lá. Quando fui demitido, eu fui demitido das três emissoras. Só que eu fui demitido com passaporte de volta. O diretor da Rádio Bradesco disse: “Daqui seis meses você volta!”. E não deu outra: depois de seis meses eu voltei. Nessa época, eu fazia algumas coisas em paralelo. Quando eu retornei à Bandeirantes em 2015, eu fiquei lá até fevereiro
de 2022. Em 2020, eu passei a fazer futebol também na NSports. Em setembro de 2021, eu entrei na Jovem Pan para fazer o programa 3 em 1. Em outubro de 2021, a Jovem Pan vira TV. E foi lançado um programa chamado Opinião. Ficavam duas figuras discutindo. E uma delas era eu. Mas eu continuava no BandSports. Só que uma emissora era ao lado da outra. Aí meu chefe no BandSports disse que os ouvintes estavam reclamando por causa dos meus posicionamentos políticos na Jovem Pan. E pediu para eu optar. Como eu tinha muitos anos de Band, eu ia optar pela Band. Só que a Pan cobriu a proposta e eu comecei a fazer TV também. E estou lá até hoje. Muita gente me pergunta como é meu convívio com os meus colegas da Jovem Pan por causa dos meus posicionamentos políticos. Pois o meu convívio com eles é excepcional, tanto do lado político quanto do esportivo. E eu quero fazer um registro: em novembro de 2023, eu passei mal na rádio e tive que ser internado às pressas. Fiquei uns quatro dias internado. Quando eu voltei, meu chefe disse que a direção pediu para eu emitir uma nota de tudo o que eu havia gasto na internação porque a Pan iria me ressarcir. Eu nunca fiz isso, mas, de qualquer forma, vou ficar eternamente grato.
Falando de Seleção... O que você acha do novo presidente da CBF?
Do ponto de vista pessoal, eu sempre olho com suspeição todos aqueles que assumem cargos importantes na CBF. O Xaud tem fortes ligações políticas. Mas, pelo menos no

discurso, ele tem acenado com coisas interessantes para o nosso futebol. Vamos esperar para ver.
E do novo técnico, Carlo Ancelotti, o que você está achando?
Eu sou muito a favor de técnicos estrangeiros na Seleção. Acho que na CBF deveria ter uma cláusula assim: “Até o fim do século está proibido chamar técnico brasileiro”. O Ancelotti é o maior vencedor mundial.
Você ainda tem esperança no Neymar?
De jeito nenhum. O problema é os técnicos quererem armar a Seleção em torno do Neymar. Eu o vejo na Seleção numa única situação: se daqui até a Copa ele estiver jogando em boas condições físicas, propor a ele que jogue alguns minutos nos jogos. Se ele topar, tudo bem. Afora isso, não vejo nenhuma condição para ele. Seleção é para jogador de futebol, não é para celebridade.
O Brasil tem chance para a Copa de 2026?
Eu acho. Temos um ano para formar um time bom. A Comissão Técnica é competente. O projeto do Ancelotti é bastante meticuloso.
Quais os comentaristas esportivos, de todas as épocas, que você aprecia?
São muitos. O PVC, Mauro Beting, Flávio e Bruno Prado, Bruno Formiga e muitos outros. Da velha guarda,
o Silvio Lancellotti, o Pedro Luiz e muitos outros.
E com relação à narração feminina, o que você acha?
Como a narração masculina, tem de tudo: tem gente boa e gente ruim. Tem boas narradoras e narradoras ruins. É um fenômeno que demorou muito para se consolidar. Elas já deviam ter conquistado esse espaço lá atrás.
Quanto ao Brasileirão, você gosta dos “pontos corridos”?
Adoro os pontos corridos. É uma forma consagrada no mundo todo.
E os Campeonatos Estaduais, devem ser mantidos?
Temos que repensar. Acho, por exemplo, que nós não precisamos igualar o campeonato paulista ao campeonato matogrossense. O campeonato paulista é muito forte. Os grandes estados precisam ter campeonatos mais enxutos, porque eles atrapalham as outras competições. E nós não podemos ignorar as realidades dos estados menores. Temos que encontrar uma forma de não deixar parada uma quantidade enorme de jogadores. Não podemos condenar tanta gente ao desemprego.
O que você acha do VAR no nosso futebol?
Nós temos um VAR atrasado. Mas eu sou favorável ao VAR. Ninguém vai me convencer de que hoje se


erra mais do que na época que não havia o VAR. Nossso VAR é ruim, é analógico. Há muito árbitro que foi ruim e que está trabalhando no VAR. É claro que isso acaba condenando a eficiência da própria ferramenta. Mas sou favorável ao VAR.
Quais foram os seus jogos marcantes?
Um jogo que eu tenho um carinho especial por ele foi a semifinal entre Espanha e Alemanha lá na África do Sul. Trabalhei nesse jogo. A Espanha venceu e, no final, acabou conquistando a Copa pela primeira vez. E um outro, acho que foi o título do Palmeiras de 93. Como torcedor, foi a vitória do Palmeiras contra o Corinthians na Libertadores de 1999. Inesquecível.
Como começou sua carreira de comentarista político?
Em 2014, quando eu trabalhava na BandNewsTV, eu também era


o responsável por entrevistar os políticos que iam lá por causa da eleição. Porém, meu trabalho como comentarista político de fato começa na Jovem Pan em 2021, sabendo que a missão ia ser bastante árdua.
Quais são suas atividades hoje?
Hoje eu trabalho na Jovem Pan, nas áreas de esporte e política, faço alguns frilas como comentarista esportivo e criei, com a Marília Ruiz, um canal esportivo no Youtube
Piperno com sua mãe no Allianz Parque.
chamado Derby Todo Dia (uma hora por dia, às 10h30).
Quais são seus planos para o futuro?
Termnei um livro, já faz muito tempo, sobre a Copa de 70, quero ver se no próximo ano eu lanço. Tenho também um livro de ficção que espero lançar no ano que vem. E na área política tenho também um novo projeto.
Seu hobby: Ler.
Tipo de música preferido:. Bossa nova.
Programa de TV preferido: Programas esportivos.
Melhores narradores de TV: Silvio Luiz.
Melhores narradores de rádio: Osmar Santos.
Prato preferido: Adoro um spaghetti.
Cantor brasileiro preferido: João Gilberto.
Cantora brasileira preferida: Gal Costa.


Diretoria: Júlia Gonçalves (assessora), Ana Bittencourt (assessora), Rodrigo Magni (diretor de Beach Tennis), Denis Abreu (diretor de Beach Tennis), Ermínio Alves (vice do Conselho Deliberativo), Dr. Osvaldo Arvate Júnior (presidente do clube), Carlos Eduardo (VPP), Sergio Vally (VPE), José Antonio Pereira (coordenador CCO), Vanderlei Fernandez (conselheiro) e Turatti Alexandre (diretor de Beach Tennis).
Localizado na Zona Norte de São Paulo, o Clube Esperia é um dos mais tradicionais e prestigiados clubes sociais e esportivos de São Paulo. Com infraestrutura moderna e diversificada, ele atende a uma ampla gama de atividades esportivas, culturais e sociais.
Nesse contexto, o Esperia sediou o Open Beach Tennis 2025 nos dias 15, 16 e 17 de agosto. Durante os três dias de torneio, mais de 400 participantes, divididos em 12 categorias, fizeram as quadras de areia do clube se transformarem em um verdadeiro palco do esporte!
No sábado, segundo dia de evento, aconteceu a cerimônia oficial pela manhã, com a presença da diretoria do clube, organizadores, patrocinadores e apoiadores do torneio.
A possibilidade de sediar a competição é motivo de celebração, como destaca o presidente do clube Osvaldo Arvate Júnior. “Para nós, é um orgulho ver as quadras cheias, a areia sendo palco de histórias e conexões. Promover um torneio no Esperia é proporcionar, além de tudo, memória afetiva para aqueles que participam”.
Com estrutura elogiada pelos participantes e presentes ao evento, o Open Beach Tennis 2025 foi um sucesso e já faz parte do cronograma anual do Clube Esperia.
O evento foi aberto ao público e reuniu uma plateia diversificada, composta por atletas, familiares e admiradores da modalidade.







8 Dupla masculina. 1 2 3 5 6 7 8 4
Individual masculino.
Individual masculino.
3
Guilherme Recchia Rodrigues e Leonardo Vianna Baldocci.
4
Comemorando a vitória em dupla feminina.
5
Simone Rodrigues Zeferino comemora com sua parceira.
6
Individual feminino.

7
Individual feminino.

No dia 30 de agosto de 1962, o Santos
FC conquistava pela primeira vez a Taça Libertadores da América, ao vencer a equipe do Peñarol pelo placar de 3 a 0, jogando no estádio Monumental de Núñez (do River Plate), na cidade de Buenos Aires. Dito assim, com frias letras, parece que foi tudo normal, uma conquista tranquila... Mas, não foi bem assim.
O Santos e o Peñarol do Uruguai se classificaram para disputar o título.
O primeiro jogo foi disputado em Montevidéu, no dia 28 de julho de 1962, no histórico estádio Centenário e terminou
com a vitória do Santos, 2 a 1.
Na semana seguinte, no dia 2 de agosto, os dois times se encontraram novamente. Quem pensou que o título já estava assegurado porque o jogo seria na Vila Belmiro, se enganou. Foi um jogo muito difícil, catimbado, com agressões de ambos os lados.
Sobrou até para o bandeirinha que não tinha a ver com a história e levou uma garrafada na cabeça.
O mais inusitado é que o juiz terminou o jogo antes do tempo marcado, exatamente depois de o Santos marcar o que seria o gol
de empate e que lhe daria o título. Só no dia seguinte soube-se que o juiz deu o jogo por encerrado muitos minutos antes, temendo sua segurança, dos jogadores e até mesmo dos torcedores. Mas ninguém foi avisado. Apenas constou da súmula. Assim, com o resultado de 3 a 2 a favor do Peñarol, a Conmebol marcou o jogo decisivo para o dia 30 de agosto, em Buenos Aires, no estádio Monumental de Núñez. Futebol por futebol, o do Santos era bem maior que o do rival. E isso se refletiu no placar: 3 a 0, gols de Caetano (contra) e dois de Pelé.
Deportivo Municipal (Bolívia) 3 x 4 Santos
Santos 6 x 1 Deportivo Municipal (Bolívia)
Cerro Porteño (Paraguai) 1 x 1 Santos
Santos 9 x 1 Cerro Porteño (Paraguai)
SEMIFINAIS:
Universidad Católica (Chile) 1 x 1 Santos
Santos 1 x 0 Universidad Católica (Chile)
Santos 2 x 1 Universidad Católica (Chile)
Peñarol 1 x 2 Santos
Santos 2 x 3 Peñarol
Santos 3 x 0 Peñarol
ARTILHARIA
Os artilheiros da Copa Libertadores da América de 1962 foram Alberto Spencer (Peñarol), Coutinho (Santos) e Enrique
Raymondi (Emelec), todos com 6 gols.

ACONTECEU EM 1962...
PRIMEIRO JOGO
Data: 28 de julho de 1962.
Local: Estádio Centenário, Montevidéu, Uruguai.
Árbitro: Carlos Robles (Chile)..
Público: 50.085 pagantes (Total: 55.000).
Renda: Cr$ 29.500.015,00 (cruzeiros)
Peñarol: Maidana; Juan Lezcano, Cano e Matosas; González e Caetano; Cabrera (Moacir), Pedro Rocha, Sasía, Spencer e Joya.
Técnico: Bélla Guttmann.
Santos: Gilmar; Mauro e Dalmo; Lima, Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Pagão, Coutinho e Pepe (Oswaldo).
Técnico: Lula.
Gols: Coutinho 5 e Coutinho 44 do 1º; Spencer 30 do 2º.
SEGUNDO JOGO
Data: 02 de agosto de 1962.
Local: Estádio da Vila Belmiro, Santos, São Paulo.
Árbitro: Carlos Robles (Chile).
Público: 50.085 pagantes (Total: 22.000).
Renda: Cr$ 5.418.000 (cruzeiros).
Santos: Gilmar; Mauro e Dalmo; Lima, Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Pagão, Coutinho e Pepe.
Técnico: Lula.
Peñarol: Maidana; Juan Lezcano, Cano e Matosas; González e Caetano; Carranza (Gonçálvez), Pedro Rocha, Sasía, Spencer e Joya.
Técnico: Bélla Guttmann.
Gols: Spencer 14, Dorval 17 e Mengálvio 35 do 1º; Spencer 4 e Sasía 6 do 2º.
TERCEIRO JOGO
Data: 30 de setembro de 1962.
Local: Estádio Monumental de Núñez, Buenos Aires, Argentina.
Árbitro: Leopold Sylvain Horn (Espanha).
Público: 45.980 pagantes (Total: 60.000 pessoas).
Renda: Cr$ 31.000.000,00 ou 5.365.400 pesos argentinos.
Santos: Gilmar; Mauro e Dalmo; Lima, Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
Técnico: Lula.
Peñarol: Maidana; Juan Lezcano, Cano e Matosas; González e Caetano; Gonçálvez, Pedro Rocha, Sasía, Spencer e Joya.
Técnico: Bélla Guttmann.
Gols: Caetano (contra) 11 do 1º; Pelé 3 e Pelé 44 do 2º.
O Brasil é presidido por João Goulart, que assumiu em 08/09/1961 • A população brasileira é de 73,82 milhões de habitantes • Brasil sagra-se Bicampeão Mundial de Futebol, no Chile • Santos conquista, pela primeira vez, o Mundial Interclubes • Tom Jobim e Vinícius de Moraes compõem “Garota de Ipanema” • Lançamento dos Beatles • Filme “O Pagador de Promessas” ganha a Palma de Ouro, em Cannes • Estreia do “Programa Silvio Santos”, na TV Paulista • Nascem: Bussunda, Fátima Bernardes, Luiza Brunet, Magic Paula, Paula Toller, Tom Cavalcante, Tom Cruise e Zezé di Camargo • Morrem: Cândido Portinari, Marilyn Monroe e Vadico.

A segunda edição da Copa Rio deveria ter sido realizada em 1953, como mandava seu regulamento escrito em 1951. Mas, o grande sucesso da primeira edição, quando o Palmeiras foi campeão, e mais o fato que o Fluminense comemoraria seu cinquentenário (2 de agosto), somado ao patrocínio da Prefeitura do Rio, levaram a CBD (CBF da época) a assumir a sua organização.
Participaram:
Grupo do Rio de Janeiro – Peñarol, campeão uruguaio 1951; Grasshopper, campeão suíço 1951/52; Fluminense, campeão carioca 1951; Sporting, campeão português 1951/1952. Grupo de São Paulo – Corinthians, campeão paulista 1951; Viena, campeão austríaco 1951/52; Saarbrücken, campeão alemão 1951/52; Libertad, vice-campeão paraguaio 1952.
Em pé: Edson, Jair, Bigode, Castilho e Pinheiro. Agachados: Telê Santana, Orlando, Marinho, Didi e Quincas.
A Copa foi disputada de 12 de julho a 2 de agosto de 1952, com jogos no Maracanã e no Pacaembu, como em 1951.
O Fluminense era comandado pelo técnico Zezé Moreira (irmão dos também técnicos de futebol Aymoré Moreira e Ayrton Moreira) e tinha no elenco jogadores históricos, como Castilho, Píndaro, Pinheiro, Bigode, Didi, Telê Santana e Orlando Pingo de Ouro. O Tricolor carioca disputou sete jogos, obtendo cinco vitórias e dois empates.
A Copa começou no sábado, 12 de julho. No Maracanã, o Peñarol (que era tido como franco favorito, pois contava com quase todo o time que conquistou a Copa do Mundo em 1950) venceu o Grasshopper, 1 a 0. No Pacaembu, o Áustria derrotou o Libertad, 4 a 2.
No domingo, no Maracanã, Fluminense e Sporting ficaram no 0 x 0. E no Pacaembu, o Corinthians goleou o Saarbrücken por 6 x 1.
13/07
– Fluminense 0 x 0 Sporting
17/07 – Fluminense 1 x 0 Grasshopper
20/07 – Fluminense 3 x 0 Peñarol
23/07 – Fluminense 1 x 0 Viena
15/07 – Fluminense 5 x 2 Viena
30/07 – Fluminense 2 x 0 Corinthians
02/08 – Fluminense 2 x 2 Corinthians

Orlando, um dos artilheiros da Copa Rio de 1952
Os artilheiros da competição foram Marinho e Orlando Pingo de Ouro, ambos do Fluminense, com 5 gols cada.
A campanha do Fluminense foi irretorquível: 7 jogos, 5 vitórias, 2 empates. Marcou 14 gols, sofreu 4.
Fato inusitado foi o abandono do jogo e da competição pelo Peñarol, já na disputa da primeira partida da fase semifinal.
Esse jogo, entre o Corinthians e o temido Peñarol, foi disputado no Pacaembu. O Peñarol saiu na frente, com Ghiggia fazendo 1 a 0 – aquele mesmo Ghiggia que liquidou o Brasil na Copa do Mundo de 1950.
O jogo foi muito disputado, passando da garra à violência e teve apenas um tempo: os uruguaios, alegando violência do adversário, abandonaram o campo e a competição.
O interessante é que embora os uruguaios tenham alegado violência, foram dois jogadores do Corinthians que saíram de campo seriamente machucados: o artilheiro Baltazar, com fratura e afundamento do malar, e Murilo, com forte contusão no joelho. Nenhum dos dois pôde continuar na competição.
Dois uruguaios foram expulsos de campo: Romero, por jogo violento, e Miguez, por agressão ao árbitro alemão Dinger. O Fluminense, por sua vez, na semifinal, eliminou o time da Áustria: 1 a 0 e 5 a 2. A grande final, portanto, seria brasileira: Fluminense e Corinthians. O primeiro jogo ocorreu em 30 de julho, com o Maracanã recebendo 38.680 torcedores. Vitória do Fluminense: 2 a 0. Para o segundo jogo, também no Maracanã, bastaria um empate para o Fluminense sagrar-se campeão. E foi o que aconteceu. Com o Maracanã recebendo 65.946 torcedores, Fluminense e Corinthians empataram em 2 a 2. Assim, de forma invicta, o Fluminense sagrou-se Campeão da Copa Rio 1952!
PRIMEIRO JOGO
Data: 30 de julho de 1952.
Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro.
Árbitro: Joaquim Fernandes Campos.
Público: 27.094 pagantes (Total: 38.680).
Renda: Cr$ 770.590,90 (cruzeiros).
Fluminense: Castilho; Píndaro e Pinheiro; Jair, Édson e Bigode; Telê Santana, Orlando, Marinho (Robson), Didi e Quincas.
Técnico: Zezé Moreira.
Corinthians: Gilmar; Homero e Olavo; Idário, Sula e Julião; Cláudio, Luizinho, Gatão (Jackson), Carbone e Mário (Colombo).
Técnico: Rato.
Gols: Orlando 22 e Marinho 25 do 2º.
2
SEGUNDO JOGO
Data: 02 de agosto de 1952.
Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro.
Árbitro: Gabriel Tordjman.
Público: 65.946 torcedores
Renda: Cr$ 1.506.379,50 (cruzeiros)
Fluminense: Castilho; Píndaro e Pinheiro (Robson); Jair, Édson e Bigode; Telê Santana, Orlando, Marinho, Didi e Quincas.
Técnico: Zezé Moreira.
Corinthians: Gilmar; Homero e Olavo; Idário (Sula), Goiano e Julião; Cláudio, Luizinho (Souzinha), Jackson, Carbone e Colombo.
Técnico: Rato.
Gols: Didi 10 do 1º; Jackson 11, Marinho 19 e Souzinha 44 do 2º.
O Brasil é presidido novamente por Getúlio Vargas, que assumiu em 31/01/1951 por eleição direta • A população brasileira é de 55,09 milhões de habitantes • Morre o rei George VI e Elizabeth II sobe ao trono da Inglaterra • Inaugurada a TV Paulista, que mais tarde deu origem à TV Globo • Fluminense sagra-se campeão da Copa Rio • Adhemar Ferreira da Silva bate o recorde mundial no salto triplo, pulando 16,22 metros • Nascem: Ângela Vieira, Baby do Brasil, Bruna Lombardi, Eliane Giardini, Evandro Mesquita, Nelson Piquet, Paulo Betti, Vanderlei Luxemburgo e Washington Olivetto • Morrem: Evita Perón e Francisco Alves.
Não há um só dia em que você liga o seu telejornal favorito e não encontre uma reportagem sobre a violência dentro de casa. Ou nos arredores.
As estatísticas são assustadoras e já não mais contadas em ocorrências da semana, do mês ou do ano.
Agora, elas são contadas em horas. Dados mais recentes, de 2024, apontam que, a cada 24 horas, 13 mulheres sofrem algum tipo de violência. É neste mundo que a jornalista e apresentadora da TV Globo Ana Paula
Araújo mergulha neste seu livro:
“Agressão: A escalada da violência doméstica no Brasil”.
Nascida no Rio de Janeiro, 15-04-1972, Ana Paula cresceu em Juiz de Fora (MG).
Formou-se em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense. Iniciou sua carreira como estagiária na Rádio Globo aos 18 anos, migrando posteriormente para a televisão. Apresentou programas como Bom Dia
Rio e RJTV antes de integrar o Bom Dia

Título: Agressão: A escalada da violência doméstica no Brasil
Autor: Ana Paula Araújo
Editora: Globo
Páginas: 208
Preço: R$ 69,00
Brasil e eventualmente a bancada do Jornal Nacional.
Ana Paula Araújo faz uma investigação jornalística profunda sobre a escalada da violência doméstica no Brasil, reunindo relatos reais de vítimas, entrevistas com agressores, autoridades, especialistas e dados alarmantes… com linguagem clara, sensível e comprometida.
Leitura imperdível.

Augusto Melo, ex-presidente do Corinthians, sofreu impeachment em 9 de agosto. Novas eleições foram marcadas para 25 de agosto. Venceu Osmar Stabile.
Copa Rio de 1952 foi conquistada pelo Fluminense em 02/08/1952.
Brito, ex-zagueiro da Seleção Brasileira, Campeão Mundial em 1970, natural do Rio de Janeiro-RJ, fazendo 86 anos (09/08/1939).

Denilson, natural de Diadema-SP, Campeão Mundial pela Seleção em 2002, atualmente comentarista da Globo, fazendo 48 anos (24/08/1977).
Edu, ex-ponta-esquerda do Santos, Campeão Mundial pela Seleção em 1970, fazendo 76 anos (06/08/1949).

Fábio, goleirão do Fluminense, tornou-se, em 16 de agosto de 2025, o atleta com mais jogos disputados na história do futebol mundial: 1.390 partidas.
Gylmar dos Santos
Neves, Bicampeão Mundial pela Seleção (1958 e 1962), natural de Santos-SP, faria neste mês de agosto 95 anos (22/08/1930).
H
Héctor Scotta, atacante argentino, foi quem fez o primeiro gol da história do Campeonato Brasileiro, em 07/08/1971, no Morumbi. Jogo: Grêmio 3 x 0 São Paulo.
I K L
Inauguração do estádio do Palmeiras (então Palestra Itália), o Parque Antártica, em 13/08/1933. Vitória do Palestra sobre o Bangu, 6 a 0.
J

José Ely de Miranda, o grande
Zito, Bicampeão
Mundial pela Seleção (1958 e 1962), faria 83 anos (08/08/1932).
Kléber Gladiador, ex-atacante e atual comentarista do SBT, natural de Osasco-SP, fazendo 42 anos (12/08/1983).

Lusa, nossa querida Portuguesa de Desportos, fazendo 105 anos (14/08/1920).
M
Marcos, ex-goleirão do Palmeiras, Campeão Mundial pela Seleção em 2002, natural de OrienteSP, fazendo 52 anos (04/08/1973).
N
Nei, um dos melhores pontas-esquerdas da história do Palmeiras, natural de Nova EuropaSP, fazendo 76 anos (15/08/1949).
Obdulio Varela, consagrado jogador uruguaio, faleceu em 02 de agosto de 1996, aos 78 anos. Ele era o capitão da Seleção Uruguaia em 1950.
Ponte Preta, a simpática “Macaca” de Campinas, o clube de futebol mais antigo de São Paulo, fazendo 125 anos.
O Corinthians chegou às quartas de final da Copa do Brasil derrotando seu arquirrival, o Palmeiras, no segundo jogo das oitavas, por 2 a 0, na casa do Alviverde, no dia 06 de agosto de 2025.
P O Q R
Roque Júnior, zagueiro Campeão Mundial pela Seleção em 2002, fazendo 49 anos (31/08/1976).
Libertadores em 30/08/1962, após derrotar o Peñarol, em Buenos Aires, no terceiro jogo. S
Santos FC conquistou sua primeira

Thierry Henry, atacante francês Campeão
Mundial em 1998, na França, derrotando o Brasil no jogo final, fazendo 48 anos. Y V W U X T
Uruguaio Piquerez, lateral-esquerdo que desde 2021 defende o Palmeiras, fazendo 27 anos (24/08/1998).
Vasco da Gama era fundado há 127 anos, inicialmente como clube de regatas (21/08/1898).
O clube só criou o departamento de futebol em 1915.
Wladimir, o jogador que mais vezes vestiu a camisa do Timão (806 partidas), natural de São Paulo-SP), fazendo 71 anos (29/08/1954).
“Xsports”
foi inaugurado oficialmente no dia 16 de agosto de 2025, tornando-se o primeiro canal 100% dedicado ao esporte na TV aberta brasileira.
Young, jovem goleiro do São Paulo de 23 anos, estreou no time principal em 16/08/2025, contra o Sport, em Recife, pelo Brasileirão.

Zagallo, grande ícone do futebol brasileiro, natural de Atalaia-AL, faria neste mês 94 anos (09/08/1931).
Pela Seleção Brasileira, foi Campeão Mundial três vezes: duas como jogador e uma como técnico. Z

Uma ponte foi construída para integrar as imediações da estação de trem ao Cemitério da Saudade. Para minimizar os efeitos do vapor da fumaça dos trens sobre a ponte, foi feito um revestimento de alcatrão sobre ela, o que fez com que ela passasse a ser chamada de Ponte Preta,
A Associação Atlética Ponte Preta completa 125 anos. Fundada no dia 11 de agosto de 1900, o clube de futebol está disputando a Série C do Campeonato Brasileiro 2025. É o clube de futebol mais antigo de São Paulo e o segundo mais antigo do Brasil. É uma história de resiliência deste clube que foi fundado no bairro Ponte Preta, em Campinas.
Desde a sua fundação, a Ponte tem disputado as principais Séries dos campeonatos Paulista e Brasileiro. Alcançou o título de vice-campeã por quatro vezes no futebol paulista.
Além disso, é um clube formador de craques. Veja a lista:
Carlos, goleiro.
Oscar, zagueiro.
Polozzi, zagueiro. Juninho, zagueiro.
Ciasca, goleiro.
Manfrini, atacante.
Marco Aurélio, meia.
Dicá, meia.
Luís Fabiano, centroavante.

Carlos, goleiro da Ponte, Corinthians e Seleção Brasileira.
1969
Campeã Paulista – Divisão de Acesso
1970
Vice-campeã Paulista (São Paulo)
1977
Vice-campeã Paulista (Corinthians)
1979
Vice-campeã Paulista (Corinthians)
1981
Vice-campeã Paulista (São Paulo)
1981
3º Lugar no Campeonato Brasileiro
1981
Campeã da Taça S. Paulo de Futebol Jr.
1982
Bicampeã da Taça S. Paulo de Futebol Jr.
1991
Campeã Paulista de Aspirantes (GFC)
1992
Vice-campeã Paulista – Série A2 (Mogi Mirim)
1997 – Vice-campeã Brasileiro – Série B (América-MG)
1998 – Vice-campeã da Copa S. Paulo de Futebol Jr. (Inter-RS)
1999
Vice-campeã Paulista – Série A2 (América-SP)
2008
Vice-campeã Paulista (Palmeiras)
ACONTECEU EM 1900...
O Brasil está há 11 anos sob o regime republicano e é presidido por Campos Salles, seu quarto presidente, que assumiu em 15/11/1898 • A população estimada do Brasil é de 17,09 milhões de habitantes • Lançado em 1899, o livro “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, ganha a atenção do público • Chiquinha Gonzaga lança a música “Ô Abre Alas”, considerada nossa primeira marchinha de Carnaval • Fundada, em São Paulo, a Associação Atlética Ponte Preta • Giacomo Puccini estreia a ópera “Tosca” • Nascem: Castello Branco, Gilberto Freyre e Luis Buñel • Morrem: Eça de Queiroz e Oscar Wilde.

A lista de 25 convocados por Carlo Ancelotti para os dois últimos jogos da Seleção Brasileira nas eliminatórias para a Copa de 2026, não trouxe grandes novidades.
Nem mesmo muita discussão.
Claro, aqueles que amam odiar o Neymar vibraram pelo fato de ele não estar na lista de convocados.
Mas, Ancelotti foi firme nesta questão:
- Eu já conheço Neymar.O mundo todo conhece.
Não é preciso testá-lo.
Goleiros:
Alisson (Liverpool), Bento (Al-Nassr) e Hugo Souza (Corinthians).
Defensores:
Alexsandro Ribeiro (Lille), Alex Sandro (Flamengo), Caio Henrique (Monaco), Douglas Santos (Zenit), Fabricio Bruno (Cruzeiro), Gabriel Magalhães (Arsenal), Marquinhos (PSG), Vanderson (Monaco) e Wesley (Roma).
Neymar à parte, o fato de não ter despertado muita discussão, prova, mais uma vez, que o futebol brasileiro
está longe daquela época em que se dizia que era possível montar três seleções brasileiras para a disputa da mesma Copa.
Agora, é uma só – e olhe lá.
Com a mão de obra que temos, é possível montar um bom time. O problema é que para disputar o título de uma Copa do Mundo, um bom time não é o bastante – é preciso um ótimo time.
Meias:
Andrey Santos (Chelsea), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Joellinton (Newcastle) e Lucas Paquetá (West Ham).
Atacantes:
Estevão (Chelsea), Gabriel Martinelli (Arsenal), João Pedro (Chelsea), Kaio Jorge (Cruzeiro), Luiz Henrique (Zenit), Matheus Cunha (Manchester United), Raphinha (Barcelona) e Richarlison (Tottenham).

Gylmar dos Santos Neves foi o melhor goleiro da história do futebol brasileiro. Com certeza, a frase acima vai abrir uma série de discussões.
Será que ele foi melhor que o Marcos? Melhor que o Cássio? E o Leão? E Rogério Ceni?
Gylmar dos Santos Neves, que em toda a sua carreira foi conhecido como Gilmar, nasceu na cidade de Santos, em 22 de agosto de 1930. e morreu em São Paulo, no dia 25 agosto de 2013. Se estivesse vivo, estaria hoje com 95 anos.
Seu período de atividade vai de 1951, quando foi revelado pelo Jabaquara, até 1969, quando se aposentou no Santos. Foram 19 anos.
Nesse período, no Brasil não existia o treinador de goleiros. Essa foi uma profissão nova, “inventada” pelo ex-goleiro Valdir Joaquim de Moraes (Porto Alegre, 23 de novembro de 1931 — Porto Alegre, 11 de janeiro de 2020).
Valdir, um dos melhores goleiros do Palmeiras, defendeu o Verdão durante 10 anos e, praticamente, na mesma época (1968) em que se aposentou, passou a trabalhar como treinador de goleiros.
Até então, os goleiros dependiam da boa vontade dos jogadores de linha que se revezavam em chutes a gol como forma de treinamento.
Foi assim que Gylmar se formou: muito trabalho e intuição.
Foi assim também que treinaram Raul Plassmann; Castilho; Garcia, lendário goleiro de Flamengo, Cabeção; Oberdan Cattani; o histórico Kafunga e muitos outros.
Gylmar era elegante dentro e fora do campo.
Foi para a Copa do Mundo de 1958 de joelheira e voltou sem ela: aprendeu com os europeus, principalmente com o histórico Yashin, que a joelheira mais atrapalhava que ajudava.
O goleirão chegou ao Corínthians, vindo do Jabaquara, em 1951. Curiosamente, o interesse do Timão era pelo volante Ciciá. Gylmar veio de contrapeso. Ciciá passou e Gylmar ficou.
O jogo de estreia de Gylmar no Timão aconteceu no dia 26 de maio. Foi um amistoso contra o Madureira carioca que perdeu por 8 a 2. Ele entrou no lugar do então titular Bino, para defender essa camisa por 398 jogos. Gylmar era absoluto, inquestionável, até aquele começo de 1961, quando se desentendeu com o presidente do Clube, Wadih Helu, e se transferiu para o Santos.
No ano seguinte, foi bicampeão do mundo com a Seleção Brasileira no Chile.
Ficou no Santos até 1969, quando ainda era apontado como o possível goleiro da Seleção para a Copa de 1970. Mas, os goleiros foram Félix, Ado e Leão.
Sentindo fortes dores nas costas, provavelmente vindas do nervo ciático,
Gylmar optou por encerrar a carreira.
Seu último jogo pela Seleção Brasileira foi no dia 12 de junho de 1969, no Maracanã, na vitória de 2 a 1 sobre a Inglaterra.
Este repórter teve o prazer de conviver com Gylmar no Santos, quando fazia cobertura do Clube para o saudoso Jornal da Tarde, e após sua saída.
Mas, a primeira lembrança vem de Gylmar, goleiro da Seleção Brasileira.
Era o ano de 1956, o Brasil jogava contra a Inglaterra, em Londres.
Garotão, fã de futebol e mais ainda de Gylmar, dei um jeito de matar aula daquela tarde, no colégio Santo Antônio, de Belo Horizonte, para acompanhar pelo radinho de pilha o jogo.
O Brasil perdeu por 4 a 2. Mas, Gylmar defendeu dois pênaltis. Em outra passagem, eu havia me encontrado com Gylmar em um evento esportivo e, ao final, fomos para a rua à espera de um táxi.
Foi quando se aproximou um senhor que, meio encabulado, perguntou:
- O Senhor é o Gylmar?
- Sim.
- O Senhor sabe como eu chamo?
- Não, mas imagino que seja Gylmar.
- Um momento que eu vou mostrar a minha carteira de identidade.
E lá na carteira, estava:
Nome: Gilmar dos Santos Neves
O nome completo!
O próprio Gylmar se assustou:
- Olha, eu sei que existem muitos e muitos “Gilmares” por aí. Eu mesmo batizei um punhado. Mas, o nome completo, é a primeira vez que eu vejo.
Outra curiosidade aconteceu quando Gylmar convidou esse escriba para o almoço de lançamento do torneio interno de futebol society do Sírio, clube do qual ele era associado.
Ao tomar conhecimento da escalação, estranhei:
- Mas, o Gylmar não é o goleiro?
- Não, me explicou outro jogador do time: ele foi proibido de jogar no gol. No ano passado, nas decisões por pênaltis, ele pegou dez cobranças. Quem é que consegue marcar com o Gylmar no gol?
É realmente um dilema muito grande.
MÁRIO MARINHO

Em que ano o Fluminense foi campeão da Copa Rio?
Quantos anos o PSG, o badalado clube francês, está fazendo neste mês de agosto?
Você é mesmo bom de bola?
Teste seus conhecimentos
Respostas no pé da página
Quantos anos o Vasco da Gama está fazendo neste mês de agosto?
Qual foi o adversário do Fluminense na final da Copa Rio?
Em que ano o Guarani conquistou o Campeonato Brasileiro?
Quantos anos o Palmeiras está fazendo neste mês de agosto?
Quem era o técnico do Fluminense na Copa Rio?
Quem era o técnico do Guarani quando ele foi Campeão Brasileiro?
que ano o Santos conquistou, pela primeira
anos a Ponte
