Edição 18
Ano 2 - 2025


A MULHER NO FUTEBOL
Entrevista com LUDMILA CANDAL

1962: SANTOS, BICAMPEÃO DA TAÇA BRASIL
1895: O PRIMEIRO JOGO NO BRASIL

ESTêVÃO: 18 ANOS
INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE: 116 ANOS
Edição 18
Ano 2 - 2025
Entrevista com LUDMILA CANDAL
1962: SANTOS, BICAMPEÃO DA TAÇA BRASIL
1895: O PRIMEIRO JOGO NO BRASIL
ESTêVÃO: 18 ANOS
INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE: 116 ANOS
A menina, recém-nascida, saiu da Maternidade já com o uniforme do time para o qual torciam o pai e o avô. O menino até gostava de futebol, mas queria mesmo era ser piloto de avião.
Dois começos de histórias distintos, mas que vão se encontrar lá na frente, tendo como ponto comum o amor pelo futebol.
A menina é Ludmila Candal, filha e neta de dois homens apaixonados por futebol, que cuidaram para que ela não só recebesse presentes ligados ao futebol, mas que também marcasse presença nos estádios. Foi assim que começou o amor de Ludmila Candal pelo futebol que, ao crescer, seguiu o caminho natural do jornalismo esportivo e hoje, depois de passar por alguns veículos de comunicação, é apresentadora da CNN. O menino, que queria ser piloto de avião, teve sua carreira desviada quando foi convidado a treinar no Corinthians. Tinha 13 anos de idade. Não foi uma carreira fácil e teve até uma trombada com o folclórico presidente corinthiano, o Vicente Matheus.
Mas o menino foi perseverante, acreditou, lutou e se transformou no Paulo Sérgio que foi campeão mundial pelo Brasil na Copa de 1994, nos Estados Unidos.
04 - Entrevista exclusiva com Paulo Sérgio
12 - Entrevista exclusiva com Ludmila Candal
16 - Camarote
18 - 1962: Santos Bicampeão da Taça Brasil
20 - 1895: O Primeiro Jogo no Brasil
22- Estêvão, 18 anos
24 - Inter de Porto Alegre, 116 anos
26 - Boca Juniors, 120 anos
28 - Biblioteca
29 - Quiz
Hoje, além de pastor, é comentarista e embaixador do futebol alemão no Brasil.
Um ponto comum entre os dois: ambos convocariam Neymar se ele focar na Seleção.
Nesta Bem Bolada número 18, além das duas entrevistas citadas, você encontrará ainda assuntos interessantes que poderão aumentar o seu conhecimento futebolístico ou, no mínimo, lhe dará sólidas informações para ganhar aquela saudável discussão sobre futebol.
Como os 116 anos do Internacional, de Porto Alegre, ou os 120 anos do temido Boca Juniors.
Tem mais: na Biblioteca, interessante livro sobre a nutrição dos portadores de Parkinson: O que faz mal? O que faz bem?
Lá no finalzinho da revista, você vai encontrar o instigante Quiz, uma seção que diverte e instrui.
Bom também para ajudar numa discussão, pacífica, sobre futebol.
Esse é o suculento número 18 da revista Bem Bolada, que eu e o Silvio Natacci preparamos para você.
Marinho
4
12
18
22
Quando criança, queria ser piloto de avião, mas acabou “voando” – e brilhando – nos gramados do Mundo.
Como começou sua vitoriosa carreira no futebol?
Eu nunca pensei em ser jogador de futebol. Meu sonho de pequeno era ser piloto de avião. Na minha autobiografia o tema é “Transformado para Vencer”. Eu vim de uma família humilde e o meu sonho era um dia andar de avião. Mas eu gostava de jogar futebol na rua. Nasci no bairro de Santa Cecília, em São Paulo, e jogava futebol por lá. Uma vez, eu estava numa escolinha da Aclimação e me chamaram para fazer um teste no Corinthians. Tinha 12 anos. No dia em que eu fui, não havia treino. Aí, eu falei: “Não volto mais!”. Mas o treinador da base do Coritnhians me viu jogando de novo e insistiu para eu ir fazer teste lá. Eu fui e fiz. Tinha 13 anos. Para eu ir, pegava o metrô e descia na Estação Tatuapé. Quando eu tinha um dinheirinho extra, no Tatuapé eu pegava um ônibus e descia na Av. Celso Garcia; senão, eu ia a pé do metrô até o Parque São Jorge. Foram cinco anos de “terrão”. Nessa época eu estudava também.
Estudava no Marina Cintra, no Caetano de Campos, que ainda era na Praça da República... Quando cheguei aos 18 anos, comentei com um dos diretores do Corinthians que, se eu não fosse para os profissionais, eu ia parar de jogar futebol, porque eu precisava ajudar minha família. Na época, me deram um curso de informática e eu subi para os profissionais. O treinador era o Jair Pereira. Depois, eu fiquei com uma distensão na coxa e o Viola também subiu. E o Viola acabou fazendo a final de 1988, contra o Guarani, e fezendo o gol da vitória.
Aí, você foi emprestado para o Novorizontino...
Antes do futebol alemão, eu fui emprestado para o Novorizontino. Eu não queria ir, mas o Vicente Matheus insistiu e eu fui. E para mim foi muito importante. Ali, comecei a entender sobre princípios e valores. Até que, em 1990, fizemos a primeira “final caipira” do estado de
São Paulo, quando enfrentamos o Bragantino e fomos vice-campeões, com o Nelsinho Baptista como técnico. Aí, eu volto para o Corinthians com moral. Porém, o Vicente Matheus queria me pagar mixaria e eu falei que não queria ficar. Ele, então, disse para eu ficar treinando, porque ele não ia nem me emprestar, nem me vender. Só que o Corinthians começou a perder e contrataram quem? O Nelsinho Baptista como técnico! Aí, o Nelsinho falou: “Eu quero o Paulo Sérgio mais 21!”. Foi quando o Nelsinho me disse uma grande frase: “O pouco hoje, amanhã é muito ”. E disse mais: “Nós vamos fazer um trabalho para sermos campeões”. Como o Nelsinho tinha sido um pai para mim lá no Novorizontino, eu permaneci no Corinthians, E neste mesmo ano, 1990, conquistamos o primeiro título brasileiro para o Corinthians. E começa uma carreira vitoriosa... Em 1991 fui para a Seleção Brasileira e em 1993 eu recebi o convite do Bayer Leverkusen, da Alemanha.
Com 23 anos, você foi para a Alemanha. Como foi sua adaptação?
No começo foi muito difícil. Eu não falava alemão, não falava inglês... Foi um grande desafio. Eu já era casado, com dois filhos... Fui eu, minha esposa e meus dois filhos. Mas foi muito bom. Lá nós pudemos aprender e amadurecer. No início, tive uma discussão com um jogador e quis vir embora para o Brasil. Mas, conversei com a minha esposa e houve dois fatores principais para a nossa permanência lá: aprender a língua e a cultura. A partir do momento em que aprendi, as coisas se tornaram mais fáceis. Hoje eu sou embaixador do Campeonato Alemão, embaixador do Bayern de Munique, representante do Bayer Leverkusen... E acabei deixando um legado pela trajetória que foi traçada na Alemanha.
Quatro anos depois você foi para a Roma. Que diferenças você sentiu?
Eu estava muito bem no Leverkusen. Mas, quando eu era criança, eu vi que Sócrates, Falcão e Zico foram para a Itália. Então, era um sonho jogar no futebol italiano. O treinador era o Carlos Bianchi e foi ele quem me contratou.
Dois anos depois, você volta para a Alemanha e tem uma passagem triunfal pelo Bayern de Munique. Lá, você foi campeão de tudo...
Sim, porque o Bayern tinha um projeto de ser campeão da Champions League. E daí não tinha como dizer não. E aí eu fui campeão de tudo. Meu primeiro clube alemão, o Bayer Leverkusen, fez com que eu aprendesse a língua, a cultura... Foi um start para que eu, no futuro, pudesse ganhar tudo. Quando cheguei na Alemanha, em 1993, o futebol alemão tinha sido campeão do mundo três anos antes. E o Brasil estava há 23 anos sem ganhar uma Copa. Eu cheguei com um desafio muito grande. Quando voltei para a Alemanha, para o Bayern de Munique, fazia 25 anos que o clube não ganhava a Champions, fazia 25 anos que não ganhava um mundial de clubes. Nós ganhamos tudo, além de todos os títulos nacionais. Então, eu sou um jogador que rompeu vários paradigmas. No momento certo, na hora certa, os títulos vieram.
E três anos depois, você foi passar um ano nos Emirados Árabes. Como foi essa experiência lá?
Eu queria novos ares e fui me aventurar no mundo árabe, mas não me adaptei. Na época, era muito amadorismo. Voltei, então, para o Brasil e fiquei apenas três meses no Bahia. Contusões me atrapalharam e resolvi pendurar as chuteiras. Foi quando o Bayern de Munique me convidou para representá-lo em toda a América do Sul.
Em 1994, você jogava na Alemanha e foi convocado para a Copa nos EUA, tornando-se Campeão Mundial. Como foi aquela conquista?
Ser Campeão do Mundo é um momento indescritível. Só quem foi sabe o que é essa emoção. Ser Campeão do Mundo é para uma minoria e eu faço parte desse grupo seleto. Felizmente, o Parreira acompanhava o futebol alemão e eu fui vice-artilheiro do Campeonato
Alemão. Isso num país que tinha sido campeão do mundo. Então, o Parreira me convocou. Os jogadores brasileiros foram muito focados para a Copa de 1994, procurando corrrigir os erros de 1990. Nós levamos a sério a Copa de 1994 e saímos de uma fila de 24 anos.
Você foi dirigido por tantos técnicos... Por qual você nutre sua maior admiração?
São dois treinadores que marcaram a minha carreira. Primeiro, o Nelsinho Baptista, que me
orientou muito e me fez enxergar o futebol como uma profissão. E, depois, o Cilinho, com o qual eu aprendi muito. Eu peguei o Cilinho em 1991, no Corinthians, onde ele teve uma passagem curta, mas foi um período em que aprendi muito. Ele se preocupava, além da questão tática, de levar cultura para os jogadores. Para o melhor em campo, por exemplo, ele dava um livro. Havia momentos, por exemplo, que nós estávamos na concentração e ele nos levava ao teatro. Então, essa questão cultural foi muito importante. Esses dois treinadores me ajudaram muito. E aquela frase do Nelsinho, “O pouco hoje, amanhã é muito”, me abriu os olhos.
Por falar em técnico... Qual seria a saída para a nossa combalida Seleção?
Eu gosto muito de falar sobre gestão. Se começar bem, vai terminar bem. Em 1994, nós tínhamos gestores. Eles conseguiram deixar os treinadores bem à vontade nas suas escolhas, nos seus pensamentos. Se você tem uma bela gestão, se você tem atletas compatíveis com aquilo, o sucesso vem. Infelizmente, hoje, no Brasil, não temos uma boa gestão. Eu estive recentemente na Alemanha e os dirigentes estão focando em jogadores que têm bola no pé, e não mais em jogadores “brucutus”. Eles estão focando em jogadores técnicos, habilidosos. Enquanto isso, o Brasil não tem mais protagonistas. Os jogadores brasileiros que estão aqui no Brasil e aqueles que estão no Exterior não são protagonistas. Nós estamos numa safra muito delicada. Quando os nossos jogadores vão muito jovens para o Exterior, eles perdem as características do jogador brasileiro. Até recuperar tudo isso vai demorar bastante. Se eu fosse presidente da CBF, não seria do jeito que está sendo. Eu faria um trabalho sério. Aí sim, eu montaria uma estrutura. Em 2002, a Alemanha perdeu para o Brasil, mas depois eles procuraram se reestruturar e, em 2014, ganharam aqui no Brasil.
Você acha ainda que a nossa Seleção tem chance para 2026?
Não consigo ver nenhuma perspectiva.
Você convocaria o Neymar?
Eu convocaria. Até porque no Brasil, hoje, nós não temos um jogador como o Neymar. Estou falando da representatividade dele dentro de campo. É um jogador que, se levar a sério, se abdicar de muitas outras coisas, seria uma peça fundamental.
Como você começou sua carreira de comentarista?
Eu comecei na Copa de 2006, quando fui convidado pela Globo para fazer alguns jogos. Depois, fui trabalhar na ESPN. Foi uma escola para mim. Em 2014, já estava no SBT. Mais adiante, passei por algumas emissoras e hoje estou feliz na TV Gazeta, onde participo da Mesa Redonda. É algo que eu gosto de fazer e não me toma um tempo como se eu fosse um treinador, porque eu preservo muito o tempo para a família.
Quais os comentaristas que você aprecia?
O pessoal com quem eu trabalho: Chico Lang, Osmar Garraffa, Mestre Alberto Helena. E muitos outros, além dos ex-atletas.
E com relação à narração feminina, o que você acha?
Cada um tem o seu espaço. Eu, particularmente, gosto de uma narração masculina, não menosprezando o espaço das mulheres. Eu gosto dos narradores tradicionais, o timbre de voz, a forma. O fato é que é tudo muito novo e, no futuro, elas deverão ter um espaço muito maior. É um caminho sem volta.
Quanto ao Brasileirão, você gosta dos “pontos corridos”?
Eu gosto. Até porque uma boa parte da minha trajetória foi por pontos corridos: futebol alemão, futebol italiano... Vence o melhor. Não dá espaço para aquela equipe que teve sorte.
E os Campeonatos Estaduais, devem ser mantidos?
Eu sou saudosista. Na minha época, o futebol paulista era mais importante do que o futebol brasileiro. Deixar de fora os regionais, é perder talentos. Daquela final entre o Bragantino e o Novorizontino, saíram três campeões do mundo: eu, o Márcio Santos e o Mauro Silva. Então, eu sou a favor dos regionais.
O que você acha do VAR no nosso futebol?
Eu não gosto. Eu sou saudosista. Errou, errou. Depois, vira conversa de botequim... Se não tivesse o VAR, os árbitros iriam se preparar melhor. O VAR acaba deixando o futebol sem graça e sem aquela discussão no dia seguinte. Para mim, não teria o VAR. Na Alemanha, o pessoal torce o nariz também para o VAR. A única coisa que eles melhoraram é que o monitor do árbitro não fica entre os bancos de reservas e, sim, do outro lado do campo. Evita aquela aglomeração
Quais são suas atividades hoje?
São muitas. Sou representante do Bayer Leverkusen, sou embaixador do Bayern de
Paulo Sérgio, no estádio do Bayer 04 Leverkusen, entregando o prêmio de melhor jogador do ano para Florian Wirtz.
Munique, embaixador da Bundesliga, que é o Campeonato Alemão, sou comentarista da TV Gazeta e sou pastor da Igreja lá em Alphaville, a Transformados, uma igreja que nós fundamos em Munique, na Alemanha, e já tem 20 anos.
Quais são seus planos para o futuro?
Eu costumo dizer o seguinte: meu futuro pertence a Deus. Não faço planos para o futuro, não. Eu vivo a vida um dia após o outro.
Seu hobby: Minha família.
Tipo de música preferido: Gospel.
Programa de TV preferido: Os esportivos.
Melhores narradores de TV: Silvio Luiz.
Melhores narradores de rádio: Osmar Santos.
Prato preferido: Arroz, feijão e ovo.
Cantor brasileiro preferido: Emílio Santiago.
Cantora brasileira preferida: Alcione.
Ela aprendeu a gostar de futebol dentro de casa, com seu pai Guilherme e seu avô Odilon sendo fanáticos torcedores do São Paulo. Hoje, é a única apresentadora esportiva feminina da CNN.
Como começou seu interesse por futebol?
Muito porque sou neta do Odilon e filha do Guilherme... Então, começou dentro da minha casa, por conta do meu pai e do meu avô, que eram muito ligados em futebol, torciam muito... Minha mãe conta que eu saí da maternidade já vestida com uniforme de time de futebol! Depois, acompanhava jogos em casa e, à medida em que fui crescendo, eles me levavam aos estádios.
Como começou sua carreira no jornalismo esportivo?
Esse amor ao futebol virou profissão. Meu foco foi sempre fazer jornalismo e trabalhar com futebol. Me formei em 2019. As coisas demoraram um pouquinho para acontecer. Começou de fato na Rádio Globo, lá na Rua das Palmeiras, como produtora, em 2018. Eu fazia um quadro esportivo com o PVC.
Faça uma sinopse de sua carreira.
Fiquei na Rádio Globo um ano e meio. Depois, eu fui para a Rádio Capital e para o Teleton, no SBT, ao mesmo tempo. No Teleton, eu participava dos projetos esportivos especiais para as crianças. Depois, fui para a Nova FM, trabalhar com a Mariana Godoy, com quem já havia trabalhado na Rádio Globo. Daí, em 2020, recebi o convite para trabalhar na CNN, que havia acabado de chegar ao Brasil e que é onde ainda estou até hoje.
Como você vê a imprensa esportiva hoje?
Acho que quase completamente digital. Mudou muito. Passou por muitas mudanças. Hoje em dia mais aberta, mais receptiva com as mulheres. E hoje com novas formas de comunicação, como blogueiros, instagram, influenciadores... É um momento
de desafio por conta desses novos espaços que se abriram.
Falando de Seleção... Como você está vendo a nossa Seleção?
Queria ver com olhos melhores. Hoje está completamente frágil. A Copa do Mundo é no ano que vem e a gente nem treinador tem! Os dirigentes estão completamente perdidos nesse processo. Ficou muito tempo centrada na figura de um só craque, que não corresponde em campo. Uma Seleção dependente de um órgão que não funciona.
Você ainda tem esperança no Neymar?
É uma questão muito delicada. Ele não tem culpa de se lesionar. Mas ele precisa viver para o esporte. Ele está sempre envolvido em polêmicas extracampo. Em campo, ele é um craque, mas fora dele... Eu convocaria o Neymar pelo craque que ele é, mas precisa mudar essa postura fora de campo.
Qual seria o técnico ideal para a Seleção neste momento?
Abel Ferreira. Não sei se ele vai querer. Porém, eu não descarto a possibilidade de técnicos estrangeiros, como Carlo Ancelotti, Jorge Jesus...
O Ednaldo Rodrigues foi reeleito presidente da CBF. O que você achou disso?
Grande impacto para todos. Reeleito por aclamação! Precisamos olhar para isso com olhos bem atentos. A matéria na revista Piauí escancarou muita coisa! E isso é só a pontinha do iceberg! Tanto é que o Ronaldo se assustou e desistiu da candidatura. Uma pena, porque eu senti nele uma grande vontade de mudar. A gente esperava uma grande mudança no comando da CBF!
O Brasil tem chance para a Copa de 2026?
Queria muito dizer que sim, mas eu não vejo agora, em 2025, que o Brasil tenha condições de bater de frente com as grandes seleções europeias e com a Argentina.
Quais os comentaristas esportivos que você aprecia?
Gosto muito do PVC e da Ana Thaís Mattos.
E com relação à narração feminina, o que você acha?
Eu acho que quanto mais mulher trabalhando no esporte, melhor! Acho excelente, acho incrível! Quero que as mulheres narrem todos os tipos de atividades esportivas!
Quanto ao Brasileirão, você gosta dos “pontos corridos”?
Gosto de pontos corridos. É uma emoção diferente do mata-mata. Eu aprovo!
E os Campeonatos Estaduais, devem ser mantidos?
Devem ser mantidos, mas não no formato que estão hoje. Estão ocupando um espaço muito grande. Vejam este ano, em que vamos ter até o Mundial Interclubes que vai paralisar tudo durante um mês! Os Estaduais têm um peso histórico muito grande, mas talvez tenham que ter menos times para terem uma duração menor, não comprometendo tanto o calendário.
O que você acha do VAR no nosso futebol?
O problema é que no Brasil o VAR não é utilizado como deveria ser.
Quais são suas atividades hoje?
Eu apresento programas esportivos na CNN.
Quais foram seus momentos mais
marcantes no futebol?
Acho que eu tenho dois momentos muito emblemáticos! A primeira vez em que estive atuando como repórter de campo, nas finais da Copa do Brasil, entre São Paulo e Flamengo, em 2023, tanto no Maracanã quanto no Morumbis, com o São Paulo sendo campeão. E outro jogo que me marcou muito foi o da Libertadores de 2009, na eliminação do São Paulo pelo Cruzeiro: eu estava lá com meu pai, como torcedora, e me lembro de toda a ansiedade que eu estava para ver o São Paulo campeão. No final, o São Paulo perdeu e eu chorava, chorava...
Quais são seus planos para o futuro?
Quero seguir na carreira, dentro da CNN, inspirando outras mulheres, e gostaria muito de cobrir “in loco” uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada.
Seu hobby:
Ver futebol.
Tipo de música preferido: MPB..
Programa de TV preferido:
Programas esportivos em geral.
Melhores narradores de TV: Galvão Bueno.
Melhores narradores de rádio: Oscar Ulisses.
Prato preferido: Churrasco.
Cantor brasileiro preferido:
Milton Nascimento e Samuel Rosa.
Cantora brasileira preferida: Ivete Sangalo.
O coração das montanhas mineiras bateu mais forte neste fim de semana, 12 e 13 de abril, com a segunda edição da WTR Nova Lima, que reuniu atletas de Trail Run, Mountain Bike e Duathlon, no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, um dos cenários mais icônicos da Serra do Espinhaço.
Valendo 7.500 pontos para o ranking oficial da liga, a WTR Nova Lima atraiu a elite do trail nacional, como os atuais campeões Sandra Martins, Jorge Montenegro e Eduardo Brito de Ramos. No Mountain Bike, o destaque ficou por conta do tetracampeão de circuitos de mountain bike Lukas Kaufmann, que estreou com vitória na WTR.
Além das competições, o evento ofereceu atrações para o público local, com food park, área kids com cama elástica, shows ao vivo,
Arena WTR recebeu atletas, familiares e o público local.
recovery com crioterapia, massagens gratuitas e ativações das marcas parceiras.
A WTR Nova Lima também reforçou o compromisso da liga com o legado socioambiental. A etapa contou com um espaço exclusivo para artesãos locais. Além disso, recebeu o Projeto Trilhas Para Todos, iniciativa inédita de ecoturismo inclusivo que oferece acesso às trilhas da região para pessoas com deficiência, por meio de cadeiras Julietti, hand bikes e triciclos adaptados.
A WTR é a primeira liga outdoor do Brasil a conquistar o selo Lixo Zero, com reconhecimento no Prêmio Lixo Zero 2024, com as etapas WTR Floresta da Tijuca e WTR Serra do Mar, e como finalista do Prêmio PRESE - Prêmio de Responsabilidade Social do Setor de Eventos (ABRAPE).
Terreno acidental e altimetria elevada tornaram a prova ainda mais desafiadora.
Atleta comemora a superação ao concluir a prova.
3
Atleta corre pelas trilhas das montanhas de Minas Gerais.
4
Atletas se preparam para a largada das provas de Trail Run.
5
8 Paisagens da Serra do Rola Moça são atrações para corredores. 1 2 3 5 6 7 8 4
Ranking da prova de Trail Run Mid 18km.
6
Sandra Martins confirmou o favoritismo e venceu a etapa.
7
Superação é parte fundamental da experiência WTR.
Assim a apaixonada Imprensa carioca apelidou aquele jogo na noite de terça-feira, 2 de abril de 1963, definindo o campeão da Taça Brasil de 1962.
Pode parecer um exagero da Imprensa carioca, mas, talvez, nem tanto.
Afinal, o gramado do Maracanã recebeu um desfile de craques campeões do mundo do ano anterior, na Copa do Chile, 1962. Lá estavam: Pelé, Garrincha, Nilton Santos, Zito, Zagallo, Gylmar, Mauro e Amarildo – todos titulares da Seleção Brasileira campeã daquela Copa.
Mas, ainda havia mais craques como Mengálvio, Coutinho e Pepe que não foram titulares em 1962.
E outros que disputariam a Copa de 1966, na Inglaterra: o goleiro Manga, Rildo e Lima.
O título foi decidido numa disputa de Melhor de Três – ou seja, o campeão seria aquele que acumulasse maior número de pontos em três jogos.
No primeiro, disputado no Pacaembu, o Santos venceu por 4 a 3.
No segundo, no Maracanã, perdeu por 3 a 1.
Veio então o jogo decisivo na noite de terça-feira.
O jogo estava equilibrado até os 26 minutos do primeiro tempo, quando
Dorval fez Santos 1 a 0.
O gol não tirou o equilíbrio do jogo que continuou com jogadas espetaculares dos dois lados.
Porém, aos 41 minutos, Pepe, o Canhão da Vila, marca: 2 a 0.
Veio o segundo tempo e esperava-se a reação do Botafogo.
Mas foi o Santos que marcou, aos 9 minutos, com Coutinho, 3 a 0.
Embora tenha participado efetivamente do jogo, Pelé ainda não havia marcado.
E, então, marcou.
Não um, mas dois gols.
Aos 30 minutos, fez 4 a 0.
E aos 35, fez 5 a 0.
Com direito a um gol antológico: Pelé deixou para trás seus marcadores e, ao aproximar da área, viu o goleiro Manga vindo ao seu encontro. Com um toque sutil encobriu o goleirão e liquidou a fatura.
Anos depois, lembrando-se dessa época, o craque Tostão disse: - Eu assisti a esse jogo lá em minha casa, em Belo Horizonte. Era pouco mais que um menino, jogava no juvenil do América. Que coisa espetacular! Era do nível, ou talvez mais espetacular, que um clássico entre o Real Madrid e o Barcelona. Emocionante lembrar disso. Esses duelos Santos e Botafogo estavam acima de todos os outros.
Pelé e Garrincha se encontraram no Maracanã.
Em pé: Lima, Zito, Dalmo, Calvet, Gylmar e Mauro. Agachados: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
ACONTECEU EM 1962...
PRIMEIRO JOGO
Data: 19 de março de 1963.
Local: Estádio do Paacaembu.
Árbitro: Armando Marques..
Público: 30.481 torcedores.
Santos: Gilmar; Lima, Mauro (João Carlos), Calvet e Dalmo; Zito (Tite) e Mengálvio; Dorval, Coutinho (Toninho Guerreiro), Pelé e Pepe.
Técnico: Lula.
Botafogo: Manga; Rildo, Zé Maria (Paulistinha), Nilton Santos e Ivan; Ayrton (Élton) e Édison; Amoroso, Quarentinha (Romeu), Amarildo e Zagallo.
Técnico: Marinho Rodrigues.
Gols: Quarentinha 13 e Pepe 33 do 1º; Coutinho 2, Dorval 11, Amoroso 21, Pepe 28 e Amarildo 44 do 2º.
BOTAFOGO
SEGUNDO JOGO
Data: 31 de março de 1963.
Local: Estádio do Maracanã.
Árbitro: Catão Montez Júnior.
Público: 102.260 torcedores.
Botafogo: Manga; Rildo, Zé Maria, Nilton Santos e Ivan; Ayrton e Édison; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo.
Técnico: Marinho Rodrigues.
Santos: Gilmar; Lima, Mauro, Dalmo e Calvet; Zito (Tite) e Mengálvio, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe.
Técnico: Lula.
Gols: Édison 31 do 1º; Quarentinha 13, Amarildo 25 e Rildo 42 do 2º.
BOTAFOGO
4 3 5 3 1 0 BOTAFOGO
TERCEIRO JOGO
Data: 02 de abril de 1963.
Local: Estádio do Maracanã.
Árbitro: Eunápio de Queiroz.
Público: 70.324 torcedores.
Santos: Gilmar; Lima, Mauro, Dalmo e Calvet; Zito e Mengálvio, Dorval, Coutinho (Tite), Pelé e Pepe.
Técnico: Lula.
Botafogo: Manga; Rildo (Joel), Zé Maria, Nilton Santos (Jadir) e Ivan; Ayrton e Édison; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo.
Técnico: Marinho Rodrigues.
Gols: Dorval 26 e Pepe 41 do 1º; Coutinho 9, Pelé 30 e Pelé 35 do 2º.
O Brasil é presidido por João Goulart, que assumiu em 08/09/1961 • A população brasileira é de 73,82 milhões de habitantes • Brasil sagra-se Bicampeão Mundial de Futebol, no Chile • Santos conquista, pela primeira vez, o Mundial Interclubes • Tom Jobim e Vinícius de Moraes compõem “Garota de Ipanema” • Lançamento dos Beatles • Filme “O Pagador de Promessas” ganha a Palma de Ouro, em Cannes • Estreia do “Programa Silvio Santos”, na TV Paulista • Nascem: Bussunda, Fátima Bernardes, Luiza Brunet, Magic Paula, Paula Toller, Tom Cavalcante, Tom Cruise e Zezé di Camargo • Morrem: Cândido Portinari, Marilyn Monroe e Vadico.
Há 130 anos, exatamente em 14 de abril de 1895, ocorreu aquela que é considerada a primeira partida de futebol no Brasil.
Aconteceu na Várzea do Carmo, no Brás, em São Paulo, entre dois times de funcionários: Companhia de Gás de São Paulo (São Paulo Gaz Company) 2 x 4 Companhia Ferroviária de São Paulo (São Paulo Railway Company).
O paulistano Charles Miller, então funcionário da São Paulo Railway Company, na época com 20 anos, foi quem a organizou.
Ele é tido como o introdutor do esporte no Brasil e jogou naquela partida.
Charles Miller é filho de um pai escocês chamado John d’Silva Miller, que veio ao Brasil trabalhar na São Paulo Railway Company, e de uma mãe brasileira, de ascendência inglesa, chamada Carlota Antunes Fox.
Aos dez anos, foi estudar na Inglaterra. Aprendeu a jogar futebol na Bannister Court School. Atuou como jogador, árbitro e dirigente.
Retornou ao Brasil em 18 de fevereiro de 1894 para trabalhar na São Paulo Railway, trazendo na bagagem duas bolas da marca Shoot, uma bomba de ar, dois uniformes e um livro de regras.
Miller foi fundamental na montagem do time do São Paulo Atlhetic Club (SPAC) e da Liga Paulista de Futebol. Com ele como artilheiro, o SPAC ganhou os três primeiros campeonatos: em 1902, 1903 e 1904.
Para John Mills, biógrafo de Charles Miller, a história da primeira partida é ratificada pelo livro “História do Futebol no Brasil”, escrito por Thomaz Mazzoni, icônico jornalista esportivo de A Gazeta Esportiva.
Mills reafirma ser Miller o introdutor do futebol no Brasil:
“Charles Miller não
foi
o
primeiro
a trazer a bola, mas foi quem trouxe as regras do jogo que hoje conhecemos como futebol”.
A história da chegada do futebol ao Brasil é conhecida e consagrada, mas ainda há quem a conteste. O Colégio São Luís, por exemplo, reivindica a si o pioneirismo no esporte bretão. Em 2014, foi lançado o livro “Pontapé inicial para o futebol no Brasil”, da Editora A9, escrito por Paulo Cezar Alves Goulart. O livro defende a tese de que, entre os anos de 1880 e 1895, jesuítas e alunos do Colégio São Luís, então em Itu (SP), já jogavam um esporte que seria o precursor do futebol brasileiro.
Miller foi casado com Antonieta Rudge, exímia pianista brasileira de prestígio internacional. Ela, no entanto, o abandonou na década de 1920 para viver com o poeta Menotti Del Picchia.
Charles Miller é considerado o pai do futebol no Brasil.
ACONTECEU EM 1985...
O Brasil é presidido por Prudente de Morais, que assumiu em 15 de novembro de 1894, sucedendo ao Marechal Floriano Peixoto. Ele foi o terceiro presidente do Brasil, o primeiro civil a ocupar o cargo e o primeiro presidente por eleição direta • A população estimada do Brasil é de 18,50 milhões de habitantes • Acontece o primeiro jogo de futebol no Brasil, na Várzea do Carmo, em São Paulo • O vôlei é criado pelo norte-americano William G. Morgan, em Massachusetts. O primeiro nome desse esporte foi mintonette • Em dezembro surge, na França, o cinema, invenção dos irmãos Lumière • Fundado o Clube de Regatas do Flamengo.
O menino Estêvão William Almeida de Oliveira Gonçalves nasceu na cidade paulista de Franca, em 24 de abril de 2007, São Paulo, mas, por um desses caprichos do destino, foi no Cruzeiro, em Belo Horizonte, que começou sua carreira.
Jogador clássico, de drible fácil, desconcertante, criativo, o menino foi apelidado de Messinho. Isso aconteceu no Cruzeiro, onde chegou aos 10 anos de idade.
Nos três anos que se seguiram, Messinho/Estêvão seguiu alcançando sucesso no time mineiro.
Mas, não foi apenas no sucesso que ele revelou sua precocidade.
Era uma época em que o Cruzeiro vivia período de turbulência no seu corpo diretivo, que culminou numa série de escândalos que se estendeu até 2021, quando Ronaldo Fenômeno assumiu o time.
Sem ter nada com isso, Estêvão foi atingido pela turbulência e acabou se transferindo para o Palmeiras em 2021, aos 14 anos.
O canhoto Estêvão gosta de jogar pelo lado direito, como ponta. Tem como destaque a capacidade do drible, agilidade e precisão nas finalizações.
Essas finalizações quase sempre acabam em gol, quando
ele leva o marcador até próximo à linha de fundo, dribla para dentro do campo com rapidez e finaliza de pé esquerdo em direção ao gol adversário.
Essa é uma jogada mortal que quase sempre termina em gol.
Também precocemente, vai acumulando títulos com a camisa do Palmeiras:
• Campeão Paulista sub-15 em 2022;
• Campeão Paulista sub-17 em 2022;
• Campeão Brasileiro sub-17 em 2022 e 2023;
• Bicampeão da Copa do Brasil sub-17 em 2022 e 2023;
• Campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2023;
• Bicampeão Brasileiro em 2023 e 2024.
De acordo com análise feita por Kurosh Moghtader, do site Total Football Analysis, Estêvão é capaz de “receber a bola em qualquer parte do campo, enfrentar os adversários no mano-a-mano, correr atrás da defesa e quebrar estruturas defensivas.”
Seu estilo de jogo focado em confrontos individuais contra os adversários e sua ousadia em campo renderam comparações com grandes nomes do futebol brasileiro. Para Cafu, ex-lateral-direito, a forma de Estêvão jogar se assemelha a de Neymar.
Ronaldinho Gaúcho também elogiou o atleta em uma entrevista, dizendo que gosta do seu estilo de jogo e de assisti-lo em campo.
Esse seu estilo provoca discussões no Palmeiras.
Há quem defenda que ele jogue mais pelo meio, onde é possível participar mais do jogo e levar maior perigo ao gol adversário.
Outra corrente concorda com o técnico Abel Ferreira que gosta de escalá-lo na ponta direita. Para Ferreira, é ali que ele rende mais.
A temporada do ano passado, quase toda, ele jogou como ponta-direita, rendeu importantes prêmios individuais, como a Bola de Ouro da ESPN Brasil, e de melhor jogador do Campeonato Brasileiro e de revelação do Campeonato Brasileiro pela CBF.
Tanto sucesso, seria de admirar que Estêvão ainda está no Brasil.
Está, mas por pouco tempo.
Ele já foi negociado com o inglês Chelsea, numa negociação que pode chegar perto de 400 milhões de reais.
Estêvão completou 18 anos no dia 24 de abril e, agora, já tem data marcada para ir embora para seu novo clube, o Chelsea: julho deste ano, após seu Palmeiras ter disputado o Mundial de Clubes da Fifa de 2025.
Luiz Inácio Lula da Silva é reeleito presidente da República e começa em 01/01/2007 o seu segundo mandato • A população brasileira é de 187,75 milhões de habitantes • 35 milhões de brasileiros acessam a internet • Há cerca de 100 milhões de aparelhos celulares em funcionamento no Brasil • Inaugurada a TV Digital no Brasil • Segundo o IBGE, o Brasil tem 11.422 pessoas com mais de 100 anos, sendo que 7.950 são mulheres e 3.472 são homens • Sandy e Júnior oficializam o fim da famosa dupla • Morrem: Francisco Petrônio, Ingmar Bergman, Luciano Pavarotti, Michelangelo Antonioni, Nair Bello, Octávio Frias de Oliveira, Oscar Peterson, Paulo Autran, Pedrinho Mattar e Pedro de Lara.
Campeão Mundial
Em pé: Alexandre
Quem poderia imaginar que aquele clube, fundado por três garotos que queriam apenas um lugar para praticar esportes, poderia se transformar, um dia, na potência que é hoje o Sport Club Internacional?
Pois na noite de 4 de abril de 1909, os irmãos Henrique, José e Luiz Poppe se reuniram na Avenida Redenção, 211 (atual Avenida João Pessoa, 1.025), e mais cerca de 40 pessoas e resolveram fundar um time de futebol.
Os três irmãos eram recém-chegados de São Paulo e foram rejeitados por outros clubes da cidade onde queriam praticar esportes. A solução foi fundar o próprio clube.
Nessa reunião ficou decidido o nome,
Internacional, em homenagem ao Inter de Milão, cidade de onde vieram os pais dos três garotos e que havia sido fundado em 1908. A sua origem está ligada à integração entre povos de diferentes nacionalidades.
As cores, vermelha e branca, também foram decididas nessa primeira reunião. Assim como a primeira diretoria. E o presidente eleito foi João Leopoldo Seferin, um garoto de apenas 17 anos. Mas, era necessária, na diretoria, a presença de um adulto respeitado na cidade.
Assim, foi convidado para o cargo de Presidente de Honra o capitão Graciliano Ortiz, importante líder sindical de então.
• Em 12/10/1909 obteve sua primeira vitória: Inter 2x1 Militar, de Porto Alegre.
• 1912: o Inter ganhou seu primeiro campo exclusivo de jogo. Era a Chácara dos Eucaliptos, alugada, e onde o Inter permaneceu até a década de 1930.
• 1913: ganha o primeiro título de sua história: o Campeonato Metropolitano (invicto).
• A primeira vitória em Gre-Nal foi em 1915: Inter 4 x 1 Grêmio. O Inter formou com Baez; Simão e Dornelles; Bitu Kluwe, Carlos Kluwe e Lucídio; Túlio, Oswaldo, Bendionda, Müller e Vares.
• No dia 07/09/1927 conquista o primeiro título estadual ao bater, na final, o Grêmio Bagé por 2 a 1.
• A maior goleada do Colorado em Gre-Nais ocorreu em 1948, na partida final do campeonato da cidade de Porto Alegre: Inter 7 x 0 Grêmio, com gols de Villalba (4), Carlitos (2) e Roberto (1).
• Em 17 de dezembro de 2006, o Inter conquistou o título mundial, ao bater o poderoso Barcelona, 1 a 0, na cidade de Yokohama, no Japão.
• Venceu a Libertadores duas vezes: em 2006 e 2010. Por três vezes, em 1975, 1976 e 1979, foi Campeão Brasileiro.
• O Inter conquistou por 46 vezes o título estadual, sendo que, de 1969 a 1976, foi campeão seguidamente, a maior sequência do Estado.
ACONTECEU EM 1909...
• Em 1950, o antigo estádio dos Eucaliptos (de sua propriedade) sedia 2 jogos da Copa do Mundo.
• No ano de 1957 cria o hino oficial em um concurso: “Celeiro de Ases”, de Nélson Silva.
• O estádio Beira-Rio é inaugurado em 06 de abril de 1969 na partida Inter 2 x 1 Benfica, de Portugal. Claudiomiro fez o primeiro gol do novo estádio. No dia seguinte, a Seleção Brasileira vence a do Peru por 2 a 1, na inauguração dos refletores.
• Com Manga; Valdir, Figueroa, Hermínio e Chico Fraga; Caçapava, Falcão, Carpegiani; Valdomiro (Jair), Flávio e Lula em campo, além do técnico Rubens Minelli, o Inter conquista seu 1° título nacional, em 14/12/1975, ao bater o Cruzeiro por 1 a 0, com gol de Elias Figueroa - o palco foi o Beira-Rio. O Inter repetiria a conquista em 1976 e 1979 (este, de forma invicta).
Primeiro uniforme
Mascote surgiu nas páginas da antiga Folha Desportiva e do jornal A Hora, na década de 1950.
O Brasil é presidido por Affonso Penna até 14 de junho, quando faleceu. Assume, então, seu vice, Nilo Peçanha • A população brasileira é de 22,10 milhões de habitantes • Inaugurado o Theatro Municipal do Rio de Janeiro • Fundados o Sport Club Internacional (RS) e o Coritiba Foot Ball Club (PR) • Escritor Euclides da Cunha, autor de “Os Sertões”, é assassinado a tiros pelo amante de sua esposa, o militar Dilermando de Assis • As festividades comemorativas do centenário de nascimento de Abraham Lincoln atraem cerca de um milhão de pessoas a Nova York • Nascem: Ataulfo Alves, Burle Marx e Carmen Miranda.
O garoto Maradona chegou ao Boca em 1981, onde se tornou o maior ídolo.
Três motivos básicos, pelo menos, levaram o Boca Juniors. a se transformar em uma lenda:
Primeiro - O local onde ele foi criado, La Boca, um bairro de má fama localizado no encontro dos rios Plata e Riachuelo, que formam uma espécie de boca.
Segundo - O estádio construído em 1940 em terreno bem apertado levando seus arquitetos a criarem arquibancadas quase verticais. Logo, logo, seus torcedores o apelidaram de Bombonera.
Terceiro - Maradona, o maior craque do futebol argentino e um dos melhores do Mundo, claro, abaixo de Pelé.
No dia 03 de abril de 1905, cinco jovens moradores do bairro La Boca (Esteban Baglietto, Alfredo Scarpatti, Santiago Sana e os
irmãos Juan e Teodoro Farenga) se reuniram com o propósito de fundar um clube.
Ao nome escolhido, Boca, os jovens resolveram acrescentar a palavra inglesa Juniors para dar um pouco mais de sofisticação, de leveza e nobreza ao pesado nome do bairro.
O primeiro jogo do clube foi um amistoso contra o Mariano Moreno, no dia 21 de abril de 1905, e vencido pelo Boca pelo placar de 4 a 0.
Em competições, a primeira partida oficial foi pela Copa Villa Lobos, em 06 de agosto de 1905: Boca 5 x 0 Instituto de Franc, na casa do adversário.
No ano de 1905, o Boca realizou 16 partidas, com 5 vitórias, 2
empates e 9 derrotas; marcou 22 gols e sofreu 38. O primeiro título do clube veio em 1919 e brilharam jogadores que criaram a história da garra xeneize, como é chamado o torcedor do Boca.
Em 07 de junho de 1942 aplicou a maior goleada de sua história, ao vencer o Tigre por 11 a 1, no campo do Boca, pelo campeonato daquele ano.
Em mais de cem anos de história, vestiram a camisa azul e ouro um grande número de jogadores que se transformaram em ídolos, tais como: Francisco Varallo, Mario Boyé, Angel Clemente
Rojas, Hugo Gatti, Diego Maradona, Gabriel Batistuta, Carlitos
Tevez e tantos outros.
1911 1996
Este foi o primeiro escudo do Boca, criado em 1911.
Este é o escudo atual, desde 1996, com 66 estrelas
Maradona, “El Pibe” chegou em 1981, vindo do Argentinos Juniors, com 19 anos, por empréstimo - 4 milhões de dólares e mais seis jogadores foi quanto custou. Meses depois foi vendido ao FC Barcelona da Espanha. O Boca Juniors foi seu clube de coração e lá encerrou a carreira.
O Boca é um dos clubes com mais títulos internacionais no mundo, tendo como maior conquista a Copa Intercontinental, vencida por três vezes: em 1977 contra o Borussia M’gladbach (2 x 2 e 3 x 0); 2000 contra o Real Madrid (2x1); e 2003 contra o Milan (1 x 1), vencendo nos pênaltis por 3 a 1. É ainda o segundo maior campeão da Copa Libertadores, com seis títulos. Sua última conquista foi em 2007.
Seu estádio, La Bombonera, cujo nome oficial é Estádio Alberto Jacinto Armando, foi inaugurado em 25 de maio de 1940 e tem capacidade para 54 mil torcedores.
ACONTECEU EM 1909...
O Brasil é presidido por Rodrigues Alves, que assumiu em 15/11/1902 • A população brasileira é de 19,71 milhões de habitantes • Albert Einstein publica a Teoria da Relatividade Restrita • Noruega conquista a independência da Suécia, após 91 anos de união • Lançado o extintor de incêndio químico • Os exames de QI dão ao mundo o primeiro padrão para medir a inteligência humana • A editora O Malho lança a primeira revista de histórias em quadrinhos do Brasil: “O Tico-Tico” • Nascem: palhaço Arrelia, Christian Dior, Érico Veríssimo, Ismael Silva e Jean-Paul Sartre • Morrem: José do Patrocínio e Júlio Verne.
A família que carrega o pesado sobrenome Parkinson, é, sem dúvida, a maior família do mundo.
Estima-se que, atualmente, cerca de 4 milhões em todo o mundo sofrem da Doença de Parkinson (DP).
No Brasil, atinge cerca de 1% das pessoas com mais de 60 anos e 4% das acima de 80 anos são portadores de Parkinson.
A idade média de início da doença é de aproximadamente 60 anos, com uma incidência maior entre os homens. No Brasil, a doença afeta cerca de 200 mil pessoas.
A DP foi descoberta por volta de 1817. Seu tratamento é voltado para uma vida mais confortável dos pakinsonianos.
Nese sentido, agora no mês de abril, foi lançado o livro “Manual de Alimentação e Suplementação na Doença de Parkinson”,
na sede da Associação Brasil Parkinson, em São Paulo.
A obra é de autoria das nutricionistas Maura Corá, Mariana Burmeister e Maria de Fátima Nunes Marucci.
No livro de 95 páginas, elas apontam a melhor alimentação para os doentes e explicam de forma clara e objetiva a função de
cada alimento.
Os cuidados vão desde a hidratação até a escolha de alimentos ricos em nutrientes essenciais, priorizando uma alimentação saudável e livre de ultraprocessados.
Entre as recomendações, destacam-se o consumo de frutas, legumes, cereais integrais e proteínas magras.
Nome: Manual de Alimentação, Nutrição e Suplementação na Doença de Parkinson
Autoras: Maura Corá, Mariana Burmeister e Maria de Fátima Nunes Marucci
Editora: Associação Brasil Parkinson
Onde comprar: O “Manual de Alimentação, Nutrição e Suplementação na Doença de Parkinson” está à venda no site da Associação Brasil Parkinson: www.parkinson.org.br
Preço: R$ 20,00 + frete.
Qual time enfrentou o Santos na final da Taça Brasil 1962?
Em que Estado foi realizado o primeiro jogo de futebol no Brasil?
Você é mesmo bom de bola?
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Respostas no pé da página
Em que estádio a Seleção Brasileira jogou pela primeira vez?
Quantos títulos da Taça Brasil o Santos conquistou?
Em que cidade nasceu Charles Miller, o homem que trouxe o futebol para o Brasil?
Em que ano foi fundado o Internacional de Porto Alegre? Quem foi o artilheiro da Taça Brasil 1962, com 8 gols?
Em que ano ocorreu o primeiro jogo da Seleção Brasileira?
Em que ano foi inaugurado o Estádio Beira-Rio do Internacional?