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Alice rides again

Alice e eu nos conhecemos no ano de 1865, apresentadas numa festa por Lewis Carroll, era um grande evento, no dia 26 de novembro, dia em que a menina seria oficialmente apresentada ao mundo.

De lá para cá nos perdemos de vista algumas vezes, mas aquele reconhecimento mútuo de nossas almas é muito mais forte e poderoso que o tempo.

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Well, como dizem lá pelas bandas do Tâmisa, venho contar para vocês que decorridos todos esses anos, Alice e eu envelhecemos, nos tornamos mais experientes mas nuca amadurecemos. Somos ainda aquelas meninas de faces afogueadas, cabelos embaraçados pelo vento e com muita disposição para brincar.

Hoje acho inacreditável que o país europeu que eu menos quisesse conhecer fosse a Inglaterra. Que país é esse? Berço dos Beatles e dos Rolling Stones, Mary Quant e as minissaias (usadas com botas eram demais), Margareth Thatcher (a dama de ferro), que tem um lugar chamado Notting Hill e uma rainha Elizabeth, só para citar alguns produtos genuinamente britânicos sem concorrência no mercado.

Deus salve a rainha, e Deus salve a minha amizade com Alicinha.

Adoro gim, não vou delatar a marca porque não sou garota propaganda dela, e o chá das cinco, tomo também, pelo simples fato de atenuar a saudade de Buckingham e de me perder em devaneios na London Eye.

Alice parece ser tão forte como a nossa estimada Bethinha, e eu fico muito feliz e grata por isso.

Em Brasília, tão longe da terra de Shakespeare, marotas e sapecas como somos, aliás como é normal sermos na faixa dos 60’s, a gente apronta todas. Gostamos de lugares bonitos, não porque sejamos esnobes, isso é porque somos estetas.

Menininha, sou grata demais pela sua presença na minha estrada...

E pós pandemia já fica acertado de sairmos para dançar até a pista acabar.

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