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CULTURA
EM TOMAR, RECRIAR A HISTÓRIA É TÃO NATURAL COMO CONVIVER COM ELA Tomar tem condições como poucas outras cidades portuguesas para servir de cenário a recriações históricas. Um cenário natural e patrimonial que se cruza com a História propriamente dita que, se não quisermos andar mais para trás do que os oito séculos e meio da chegada dos Templários, é só por si riquíssima.
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aí que a Festa Templária, criada há cerca de uma década, seja hoje um dos momentos mais atrativos do ano na cidade nabantina, como aconteceu de 7 a 10 de julho, em que a ambiência geral da época medieval foi complementada com atividades mais específicas como a recriação do cerco ao castelo pelo exército muçulmano em 1190, o sempre espetacular cortejo noturno ou torneios de arco e besta. Mas Tomar tem feito questão de que este não seja apenas mais um evento de recriação, assentando antes numa política concreta de valorização de um legado significativo. Por isso, como tem sido hábito, o início da Festa foi um dia de reflexão, no Convento de Cristo, com o seminário “Herança Templária - Desafios para um desenvolvimento sustentado”. A Festa Templária tem sido um dos eventos âncora do concelho de Tomar, realizando-se no início de julho nos anos em que não há Festa dos Tabuleiros, o ex-libris das festividades nabantinas que decorre de quatro em quatro anos, estando já agendado para 2023. Também ela está a ser alvo de um amplo processo de estudo, que tem em vista a sua candidatura como património imaterial, primeiro nacional e depois mundial, sendo neste momento visitável, no Complexo Cultural da Levada, uma
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exposição sobre “A Festa dos Tabuleiros, o Património Cultural e a Comunidade”. Durante o Verão, para além dos muitos monumentos e espaços visitáveis e do turismo de natureza cada vez mais presente, em especial nas imediações do rio Nabão e do rio Zêzere, destaque ainda para outros dois grandes eventos: o Festival Bons Sons, de 12 a 15 de agosto, e o Festival de Artes de Rua, de 16 a 18 de setembro.
REVISTA
COMUNIDADES
A FESTA TEMPLÁRIA TEM SIDO UM DOS EVENTOS ÂNCORA DE TOMAR, REALIZANDO-SE NO INÍCIO DE JULHO NOS ANOS EM QUE NÃO HÁ FESTA DOS TABULEIROS, O EX-LIBRIS DAS FESTIVIDADES NABANTINAS