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Tomada de decisões gerenciais e operacionais

Atenção especial, nesse sentido, deve ser dada à submissão de cases para premiações relacionadas à biodiversidade, não só pela inovação que a iniciativa representa, mas para fortalecer a transparência e assumir o papel de embaixador no apoio às estratégias nacionais e às decisões políticas sobre biodiversidade, resultados que também constam entre os focos estratégicos do Grupo Engie.

Outra iniciativa totalmente convergente com os focos estratégicos apresentados na publicação do Grupo “Engie e Biodiversidade” é a capacitação de colaboradores e fornecedores (Foco 1: Aumentar a conscientização sobre a biodiversidade e melhorar as habilidades do Grupo na operação – Resultado: Proporcionar formação interna dedicada à biodiversidade). A própria dinâmica de elaboração, execução, monitoria e avaliação dos Planos de Ação para conservação de Alvos e Áreas Estratégicas de Biodiversidade representam oportunidade relevante de capacitação não só dos colaboradores e fornecedores de atividades de meio ambiente como também de gerentes regionais e locais. Além disso, promover rodadas de palestras em eventos internos, tal qual foi feito no Seminário de Gestão Sustentável de 2016 durante a Fase 1 e, mais recentemente, na Semana de Meio Ambiente da Regional do Rio Iguaçu, representam oportunidades muito interessantes de prover conhecimento e conscientização aos stakeholders.

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TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS E OPERACIONAIS

Conforme ressaltado no prefácio do relatório da Fase 1, uma gestão estratégica demanda subsídios de inteligência competitiva, não só de dados, mas de significados que fundamentem tomadas de decisão relevantes e positivamente impactantes para a empresa. Nesse sentido, a megabiodiversidade brasileira representa um diferencial significativo para a Engie Brasil Energia, não só sob o contorno de riscos e impactos, mas também de oportunidades, traduzindo-se numa Competitividade Ambiental como elemento fundamental de atenção por parte da inteligência competitiva e da gestão estratégica.

Ciente disso, constam resultados sinérgicos nos quatro focos estratégicos para o Grupo na publicação “Engie e Biodiversidade”, tendo como exemplos marcantes: integrar a biodiversidade à estratégia do Grupo (Foco 1); medir os impactos diretos e indiretos das atividades na biodiversidade e gerir biodiversidade na cadeia de fornecedores (Foco 2); desenvolver soluções baseadas na natureza com a maior frequência possível (Foco 3); promover em “voz alta” a comunicação interna e externa e os relatórios sobre as ações do Grupo (Foco 4).

Dessa forma, a tomada de decisões gerenciais e operacionais segundo o Projeto Matriz Biodiversidade apresenta uma gama de possibilidades e aplicações dentro das prerrogativas de gestão de impactos, riscos e oportunidades.

Como subsídio ao programa corporativo de gestão de biodiversidade, em suma, busca-se futuramente a aplicação de métricas para construção de planos de ação focados em alcançar melhores resultados na conservação de alvos e áreas estratégicas, compartilhando responsabilidades sobre ações prioritárias com stakeholders relevantes de diferentes segmentos da sociedade.

Para a tanto, as decisões podem ser tomadas tanto em nível gerencial e quanto operacional, conhecendo, de antemão, todas as possíveis aplicações do programa em diferentes etapas do mercado de energia (greenfield, aquisição, implantação, operação, desmobilização). Entre essas decisões e aplicações, a título de exemplo, devem-se destacar:

• Análise e identificação de riscos econômicos em oportunidades de investimento em empreendimentos e projetos (prospecção e aquisição), cuja região apresente Alvos de Biodiversidade ameaçados e Áreas Estratégicas prioritárias. Tal decisão deve ser tomada rapidamente frente a oportunidades do mercado e pode utilizar os pressupostos metodológicos e as bases de dados adotadas pelo Projeto Matriz Biodiversidade em nível gerencial;

• Frente a restrições orçamentárias, priorização em escala nacional de Biomas em função do grau de desmatamento e da capacidade de geração de energia instalada nos empreendimentos da EBE. Esta priorização acaba por concentrar recursos e esforços para potencialização de resultados com base tanto no impacto potencial concentrado pelas abrangência espacial de operação quanto pelo status de conservação dos Biomas Brasileiros;

• A seleção de Alvos de Biodiversidade e Áreas Estratégicas em nível operacional e em escala regional (planos de ação) e, posteriormente, em nível gerencial e em escala nacional, seguindo os critérios apontados no Workshop de Impulsionamento dos Resultados do Projeto (vide Capítulo 7) representa uma das mais relevantes e promissoras decisões para a Engie Brasil Energia. Atendidos os critérios técnicos de seleção, a priorização corporativa de Alvos representa uma decisão gerencial de suma significância para as estratégias de comunicação, transparência e fortalecimento da marca e da cadeia de negócios;

• Considerando a estrutura e cultura organizacional da EBE, a adoção dos outputs do programa de gestão de biodiversidade, em especial dos Alvos e Áreas Estratégicas representa subsídio valioso na tomada de decisão do Comitê de Sustentabilidade, o qual possui atribuição chave na proposição de metas e ações relacionadas ao desenvolvimento sustentável de forma integrada, o que inclui o apoio a iniciativas das comunidades em que a Engie Brasil Energia está inserida;

• Em nível regional, as decisões operacionais e gerenciais devem também estar pautadas na customização de investimentos por meio da compatibilização de obrigações legais dos empreendimentos com a conservação de Alvos e Áreas Estratégicas de biodiversidade, subsidiando de forma tecnicamente qualificada a articulação e negociação com órgãos de controle e fiscalização, tendo por base prioridades de conservação e oportunidades de potencialização de resultados sobre a biodiversidade, para além da mitigação de impactos e riscos;

• Todas as decisões acima ilustradas se desdobram ainda na seleção dos demais outputs do programa de gestão, demandando decisões gerenciais e operacionais de quais Ações Prioritárias já planejadas e/ou em andamento e quais Stakeholders com expertise, responsabilidade e/ou interesse têm maior sinergia positiva para com os Planos de Ação. Tal decisão visa não só potencializar o alcance dos resultados dos planos, mas também criar e fortalecer parcerias institucionais, ampliar a representatividade da empresa em fóruns e grupos de assessoramento, estimular a promoção de políticas públicas, dentre outras repercussões diretas e indiretas.