COMPANHIA TEATRAL
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APRESENTAÇÃO
/ Museu de Arte do Rio 22
/ Theatro Municipal de SP 70
GESTÃO
O Instituto Odeon é uma associação privada de caráter cultural sem fins lucrativos que tem como missão promover a cidadania e o desenvolvimento socioeducacional com a realização de projetos culturais .
Formado a partir de uma ampliação da Odeon Companhia Teatral , organização criada em 1998 por Carlos Gradim e Yara de Novaes, o Instituto foi qualificado como Organização Social (OS) em 2012, reafirmando suas bases conceituais e artísticas. Com a qualificação, a associação
expande sua atuação para todas as áreas da produção cultural , incluindo a gestão de equipamentos culturais, consultorias em gestão, produção e realização de projetos e programação de atividades.
Participando como proponente de projetos próprios e desenvolvendo diversos trabalhos com o setor público , a experiência do Instituto Odeon desde o início de sua trajetória até os dias de hoje lhe rendeu bagagem para executar com excelência as diversas frentes inerentes à produção cultural ao longo de seus 25 anos de estrada.
Em 2022 , o Instituto assume seu mais novo desafio: se torna instituição gestora do Museu da Diversidade Sexual , equipamento vinculado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
O museu é pioneiro na América Latina na pauta LGBTQIA+ e encontra-se em pleno potencial de crescimento e ampliação, renovando os valores do Instituto Odeon de promover a diversidade e igualdade social por meio da arte e cultura.
De 2012 a 2020 , o Instituto realizou a gestão do Museu de Arte do Rio – MAR , por meio de contrato de gestão firmado com a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. O Odeon assumiu a gestão do MAR 10 meses antes da inauguração do Museu ao público, sendo responsável pela implantação de todos os processos da estrutura operacional, além de definições estratégicas e conceituais que foram aprimoradas e se tornaram pilares da instituição. O MAR foi o primeiro museu a nascer com um planejamento estratégico já definido, produzido com foco na gestão e resultados. O modelo de gestão implementado no MAR prima pela agilidade dos processos, transparência e eficiência, contribuindo para a sustentabilidade e longevidade das transformações culturais
trazidas pelo MAR. Para compor o repertório de atividades realizadas no Museu, o Instituto Odeon coloca em prática suas habilidades em programação, produção e realização de projetos e gestão de equipamentos culturais. Compõe o escopo de atividades realizadas no Museu a programação de exposições – a qual coloca a prova o desenvolvimento da produção artística, preservação e disseminação do patrimônio artístico e cultural do Rio; as visitas educativas ao programa de exposições; a programação de formação continuada de crianças, jovens, adultos, professores da rede pública de ensino, artistas, curadores e pesquisadores de arte, educadores em geral, profissionais de museus e agentes culturais por ações de formação, qualificação e profissionalização por meio da arte e da cultura através de cursos, oficinas, palestras e seminários; o estímulo a participação da universidade no projeto do museu; a promoção da acessibilidade e do envolvimento da comunidade vizinha ao MAR.
Outras ações promovidas pelo Instituto Odeon no MAR preveem a manutenção da biblioteca, do núcleo de arquivos históricos e da conformação de um acervo de arte e cultura brasileira, resgatando arquivos e documentos acerca da cidade do Rio, do Morro da Conceição, da escravidão e do
movimento de ocupação da região portuária, visando promover uma pesquisa continuada acerca da memória local, para proteger e preservar o patrimônio e a diversidade cultural da cidade –nesta parte o MAR conta, além da biblioteca e de uma reserva técnica, com um programa editorial que trabalha em dois eixos distintos, produzindo catálogos e livros. Além das ações internas, o MAR estabelece parcerias para introduzir um número maior de programações – a exemplo o MAR de Música, que desde 2017 já levou mais de 50 atrações musicais para os pilotis em apresentações espetaculares.
Desde janeiro de 2021, o Instituto atua como correalizador do museu, sendo responsável pela realização dos principais projetos, como o Plano Anual, o Programa de Educação e as atividades culturais.
Ainda sobre a atuação em gestão de equipamentos culturais, o Instituto Odeon se tornou em setembro de 2017
assinatura de um termo de colaboração junto ao município de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e por intermédio da Fundação Theatro
Municipal de São Paulo - a nova organização da sociedade civil (OSC) responsável pela
Além dessas atuações, o Instituto
Odeon realiza consultorias em gestão sendo atualmente as principais com a Prefeitura de Porto Alegre e o Governo do Estado de Pernambuco.
O Odeon esteve presente ainda em grandes projetos ligados ao setor público, como a Coordenação
Geral do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ1999) por meio de um convênio com a Fundação
Municipal de Cultura - um órgão ligado à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte; e a criação e execução do Programa Valores de Minas (entre 2005 e 2010), entre outros. Nesse período, por meio de um convênio com o Serviço Voluntário Assistência Social (SERVAS), órgão ligado ao Governo do estado de Minas Gerais, o Odeon assumiu a Coordenação do Valores de Minas, programa que compreende a formação de jovens por meio de oficinas de arte (teatro, circo, música, dança e artes plásticas)onde foram produzidos 5 espetáculos teatrais com estudantes da rede pública de Belo Horizonte/MG.
programação, o Instituto adquiriu notável experiência. De 2005 a 2010 , o Odeon manteve um espaço cultural que movimentou a população e a classe artística de Belo Horizonte . Nesse espaço, passou a produzir suas criações e outros projetos culturais, voltados para a formação e o compartilhamento de experiências entre técnicos, artistas e outros profissionais. Na programação do espaço, aconteciam espetáculos, festivais, exibição de filmes, oficinas e vários outros projetos. Todos eles idealizados, coordenados e produzidos por Carlos Gradim, que também era responsável pela gestão do espaço. Além do uso do próprio Odeon, o espaço foi utilizado por outras companhias teatrais, por meio de Contratos de Cessão de Espaço Cultural.
Como proponente de espetáculos, a Odeon produziu diversas montagens premiadas que circulam entre clássicos do teatro como: “Ricardo III” de Shakespeare, “Noites Brancas” de Dostoievski, “A Falecida” de Nelson Rodrigues”, “Os Saltimbancos”, de Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov, entre outros; e textos contemporâneos, adaptados e/ou inéditos, como “The Addams”, “Quando Você Não Está no Céu”, “Servidão”, “Horácio” - todos esses com a dramaturgia de Edmundo de Novaes Gomes – bem como, Nóes e Justa. Ao longo de sua carreira, a Odeon também lançou dois curtas-metragens: “Bárbara” e “Todos os Dias São Iguais” - esse em coprodução com Filmegraph, ambos com a direção de Carlos Gradim. Os dois participaram de diversos festivais ao redor do mundo e foram altamente premiados.
Além disso, o Instituto se projeta em direção à sociedade e articula parceria com universidades, redes públicas de ensino, instituições museológicas, sociedade civil e programas de educação não formal.
Tomando a sociedade como eixo transversal de suas ações, o Instituto se mostra poroso aos anseios e desejos plurais do Rio de Janeiro.
Atualmente Gestor do Museu da Diversidade Sexual , em São Paul0.
Atualmente
Correalizador do Museu de Arte do Rio - MAR
Parceria com a Prefeitura Municipal da Cidade do Rio de Janeiro na gestão do MAR – Museu de Arte do Rio.
Termo de colaboração junto à Prefeitura de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo para gestão do Theatro Municipal de São Paulo
Estreia do espetáculo “Noés ”, com a direção de Carlos Gradim.
Temporada: Antigo Teatro do Cassino da Urca no Rio de Janeiro/RJ.
Estreia do espetáculo
“Horácio” , com a direção de Carlos Gradim.
Temporadas : Teatro Poeirinha no Rio de Janeiro/RJ –Junho/2015 e no 9º Verão Arte Contemporânea em Belo Horizonte/MG – 2014. Vencedor do Prêmio COPASA/SINPARC de Melhor Ator. Indicações do Prêmio COPASA/SINPARC de Melhor Texto Inédito, Melhor
Trilha Sonora Original, Melhor
Criação de Luz, Melhor Direção e Melhor Espetáculo.
Estreia do espetáculo “Os Saltimbancos” , com a direção de Carlos Gradim.
Lançamento do curta-metragem
Estreia do espetáculo “Olá, Pessoa” adaptado da obra “E ninguém tinha nada com isso...” de Marcelo Garcia, adaptação de Edmundo de Noves Gomes, com a direção de Carlos Gradim.
Temporadas: São Paulo/SP –2012 e Rio de Janeiro/RJ – 2012.
Estreia do espetáculo “Servidão” , adaptação de Edmundo de Novaes Gomes, sobre a obra “Of Human Bondage” de William Sommerset Maugham, no Festival Verão Arte Contemporânea, com a direção de Carlos Gradim.
Temporadas : São Paulo/SP –2008; Rio de Janeiro/RJ – 2007 e Ipatinga/MG – 2007.
Ensaios abertos da peça “Servidão” , de Edmundo de Novaes , adaptação de “Of Human Bondage” de W. Somerset Maugham, com a direção de Carlos Gradim.
“Bárbara”, de Edmundo de Novaes Gomes, com a direção de Carlos Gradim. Vencedor dos prêmios de Melhor Ator no Primeiro Plano 2007 - Festival de Cinema de Juiz de Fora, Melhor Ator por Júri Popular na 8º edição do Festival de Ibero-americano de Curtas Metragens de Sergipe, Melhor Filme e melhor Ator no II for Rainbow - Festival de Fortaleza de Cinema da Diversidade Sexual, melhor curta-metragem e melhor ator no 6º Festival de Cinema de Maringá.
Realização do evento Odeon Café e Companhia – 1ª edição “Dramaturgia Contemporânea” em Julho e 2ª edição “W.Somerset Maugham: Entre a Cena e o Texto” em Novembro.
Estreia do espetáculo “Quando você não está no céu” , de Edmundo de Novaes Gomes, com a direção de Carlos Gradim.
Temporadas : Ipatinga/MG – 2006.
Realização das festas-espetáculo Sexta Trash: 1ª edição em Junho/2005 “I see trash people”; 2ª edição em Outubro/2005 “Clones – Cidadãos levemente obscecados na estética scirúrgica”; 3ª edição em Agosto/2006 “Super super Amigos”; 4ª edição em Abril/2007 “Tim-tim Burton!”; 5ª edição em Novembro/2007 “Hannibal Lecter convida Eat me Drink me”.
Estreia do espetáculo
“A Falecida”, de Nelson Rdorigues , com a direção de Carlos Gradim. Temporadas: Rio de Janeiro/RJ – 2007 e Itaúna/MG – 2005. Vencedor do Prêmio SESC/SATED de Melhor Espetáculo, Melhor Atriz e Melhor Ator Coadjuvante. Vencedor do Prêmio USIMINAS/SINPARC de Melhor Atriz e Melhor Ator Coadjuvante.
Implementação e coordenação do projeto Plug
Minas – Valores de Minas , em uma parceria com o Estado de Minas Gerais.
2003 Estreia do espetáculo em co-produção “Noites Brancas” de Fiodor Dostoievski, com a direção de Yara de Novaes. Temporadas: São Paulo/SP – 2004; Rio de Janeiro/RJ –2004; Brasília/DF – 2004 e Timóteo/ MG – 2003 no 4º Festival Arte Viva.
Vencedor do Prêmio AMPARC/ USINIMAS de Melhor Espetáculo, Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor
Atriz. Vencedor do Prêmio SESC
/ SATED de Melhor Atriz, Melhor
Ator e Melhor Iluminação. Vencedor do prêmio USIMINAS /SINPARC de Melhor Atriz e Melhor Ator Coadjuvante.
Estreia do espetáculo “O Coordenador”, de Benjamin Galemiri, com a direção de Carlos Gradim.
Temporadas: São José do Rio Preto/SP – 2004 no Festival Internacional do Teatro e São Paulo/SP – 2004. Vencedor do Prêmio AMPARC/USIMINAS de Melhor Texto Original.
Estreia do espetáculo “Amor e Restos Humanos”, de Brad Fraser, com a direção de Carlos Gradim.
Temporadas: Rio de Janeiro/RJ – 2005; Juiz de Fora/MG – 2005; Londrina/PR – 2003; Curitiba/PR – 2003 no 12º Festival de Teatro de Curitiba; Porto Alegre/RS –2003 na 10ª edição do Festival de Teatro de Porto Alegre em Cena e São Paulo/SP – 2002. Vencedor do Prêmio SESC / SATED de Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Iluminação.
Lançamento do curta-metragem em co-produção com Filmegraph “Todos os dias são iguais” , com a direção de Carlos Gradim. Vencedor do I Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Minas Gerais e Premiado pelo Canal BRASIL/ GLOBOSAT no Festival de Cinema de Recife (Recife/PE em 2002).
Participação no 32º Festival de Cinema de Rotterdam (Holanda em 2003); Festival Internacional de Filmes (Clermont Ferrand/ França em 2003); 6º Festival de Cinema de Recife (Recife/PE em 2002); 5º Mostra de Cinema de Tiradentes (Tiradentes/MG em 2002); Mostra de Curtas (Goiânia/ GO em 2002) e Participação da mostra competitiva de curtametragens do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro/RJ em 2002).
Estreia do espetáculo “Mata Hari –Sentença para uma aurora”, de Jorge Arroyo, com a direção de Carlos Gradim.
Temporadas: São Paulo/SP – 2003; Costa Rica – 2002 e Itaúna/MG – 2002
Estreia do espetáculo “Ricardo III” , de W. Shakespeare, com a direção de Yara de Novaes. Temporadas: Curitiba/PR – 2000 no 9º Festival de Curitiba; São Paulo/ SP – 2000; Juiz de Fora/MG – 2000 na Mostra de Teatro Juiz de Fora em Cena e Belo Horizonte/MG – 2000 no V Festival Internacional de Teatro Palco & Rua –FIT. Vencedor do Prêmio SESC/SATED de Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante.
Estreia do espetáculo “The Adams”, texto de Edmundo de Novaes, com a direção de Carlos Gradim – 1ª produção de Carlos Gradim e Yara de Novaes.
Vencedor do prêmio SESC / SATED de Melhor Espetáculo, Diretor Revelação, Melhor Atriz, Melhor Ator, Melhor Atriz
Coadjuvante, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Cenário. Vencedor do Prêmio
AMPARC de Melhor Ator e Melhor Cenário.
Em 2021, o Instituto Odeon assumiu a correalização do Museu de Arte do Rio, unindo esforços à nova gestora do equipamento cultural, a OEI Brasil, a fim de garantir a continuidade das atividades desenvolvidas e programas estruturados ao longo dos, então, 8 anos de história do museu.
O Theatro Municipal de São Paulo é um teatro brasileiro localizado na cidade paulistana de São Paulo, projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo no estilo arquitetônico eclético, inspirado na Ópera de Paris e inaugurado em 1911. É um dos cartões postais da cidade, localizado na Praça Ramos de Azevedo, também considerado um dos mais importantes teatros do país.
Primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à Memória e Estudos da Diversidade Sexual.
O Museu da Diversidade Sexual foi criado por meio do Decreto
58.075, de 25 de maio de 2012, vinculado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
Em 2022 , o Instituto assume seu mais novo desafio: se torna instituição gestora do Museu da Diversidade Sexual , equipamento vinculado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. O museu é pioneiro na América Latina na pauta LGBTQIA+ e encontra-se em pleno potencial de crescimento e ampliação, renovando os valores do Instituto Odeon de promover a diversidade e igualdade social por meio da arte e cultura.
De 2012 a 2020 , o Instituto realizou a gestão do Museu de Arte do Rio – MAR , por meio de contrato de gestão firmado com a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. O Odeon assumiu a gestão do MAR 10 meses antes da inauguração do Museu ao público, sendo responsável pela implantação de todos os processos da estrutura operacional, além de definições estratégicas e conceituais que foram aprimoradas e se tornaram pilares da instituição. O MAR foi o primeiro museu a nascer com um planejamento estratégico já definido, produzido com foco na gestão e resultados. O modelo de gestão implementado no MAR prima pela agilidade dos processos, transparência e eficiência, contribuindo para a sustentabilidade
e longevidade das transformações culturais trazidas pelo MAR. Para compor o repertório de atividades realizadas no Museu, o Instituto Odeon coloca em prática suas habilidades em programação, produção e realização de projetos e gestão de equipamentos culturais. Compõe o escopo de atividades realizadas no Museu a programação de exposições – a qual coloca a prova o desenvolvimento da produção artística, preservação e disseminação do patrimônio artístico e cultural do Rio; as visitas educativas ao programa de exposições; a programação de formação continuada de crianças, jovens, adultos, professores da rede pública de ensino, artistas, curadores e pesquisadores de arte, educadores em geral, profissionais de museus e agentes culturais por ações de formação, qualificação e profissionalização por meio da arte
e da cultura através de cursos, oficinas, palestras e seminários; o estímulo a participação da universidade no projeto do museu; a promoção da acessibilidade e do envolvimento da comunidade vizinha ao MAR.
Outras ações promovidas pelo Instituto Odeon no MAR preveem a manutenção da biblioteca, do núcleo de arquivos históricos e da conformação de um acervo de arte e cultura brasileira, resgatando arquivos e documentos acerca da cidade do Rio, do Morro da Conceição, da escravidão e do movimento de ocupação da região portuária, visando promover uma pesquisa continuada acerca da memória local, para proteger e preservar o patrimônio e a diversidade cultural da cidade –nesta parte o MAR conta, além da biblioteca e de uma reserva técnica, com um programa editorial que trabalha em dois eixos distintos, produzindo catálogos e livros. Além das ações internas, o MAR estabelece parcerias para introduzir um número maior de programações – a exemplo o MAR de Música, que desde 2017 já levou mais de 50 atrações musicais para os pilotis em apresentações espetaculares.
Desde janeiro de 2021, o Instituto atua como correalizador do museu, sendo responsável pela
realização dos principais projetos, como o Plano Anual, o Programa de Educação e as atividades culturais.
Ainda sobre a atuação em gestão de equipamentos culturais, o Instituto Odeon se tornou em setembro de 2017 - através da assinatura de um termo de colaboração junto ao município de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e por intermédio da Fundação Theatro Municipal de São Paulo - a nova organização da sociedade civil (OSC) responsável pela gestão do Theatro Municipal de São Paulo . O Instituto atuou como gestor do Theatro Municipal até 2020.
Até dezembro de 2021, o Instituto manteve sua atuação no TMSP com o objetivo de dar continuidade à gestão dos corpos artísticos formados pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Coro Lírico Municipal de São Paulo, Balé da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Paulistano e Orquestra Experimental de Repertório, pela programação e pelos espaços do Theatro Municipal, da Central Técnica do Theatro Municipal e da Praça das Artes.
PERNAMBUCO EXPERIMENTAL
2013
> TURVAÇÕES ESTRATIGRÁFICAS
> VONTADE CONSTRUTIVA NA COLEÇÃO FADEL
> VÍDEOS DA COLEÇÃO MAR
> VAZIO DE NÓS
> RIO DE IMAGENS
> PERNAMBUCO EXPERIMENTAL
> ATLAS, SUÍTE
> O ABRIGO E O TERRENO
> PINTURAS CEGAS
> O COLECIONADOR
> DO VALONGO À FAVELA – IMAGINÁRIO E FAVELA
> EU COMO VOCÊ – GRUPO EMPREZA
> DESLIZE
> ENCONTRO DE MUNDOS – DIVERSIDADE NA COLEÇÃO MAR
> GUIGNARD E O ORIENTE, ENTRE RIO E MINAS
> HÁ ESCOLAS QUE SÃO GAIOLAS E HÁ ESCOLAS QUE SÃO ASAS
> MUSEU DO HOMEM DO NORDESTE
> JOSEPHINE BAKER E LE CORBUSIER –
UM CASO TRANSATLÂNTICO
> TATU – FUTEBOL, CULTURA,
ADVERSIDADES NA CAATINGA
> POROROCA – A AMAZÔNIA NO MAR
DO VALONGO À FAVELA – IMAGINÁRIO E FAVELA
RIO SETECENTISTA, QUANDO O RIO VIROU CAPITAL
> EVANDRO TEIXEIRA – A CONSTITUIÇÃO DO MUNDO
> FERNANDO LINDOTE – TRAIR MACUNAÍMA E AVACALHAR O PAPAGAIO
> TARSILA E MULHERES MODERNAS NO RIO
> RIO SETECENTISTA, QUANDO O RIO VIROU CAPITAL
> KURT KLAGSBRUNN, UM FOTÓGRAFO HUMANISTA NO RIO (1940-1960)
> PAISAGENS NÃO VISTAS – MARCOS CHAVES
> RIO – UMA PAIXÃO FRANCESA
> ROSSINI PEREZ
> POR CONTATO
> ZONA DE POESIA ÁRIDA
> ÂNGULOS DA NOTÍCIA – 90 ANOS DE FOTOJORNALISMO DO GLOBO
2016
> A COR DO BRASIL
> ENQUANTO EU BEBO, A ÁGUA ME BEBE
> DA NATUREZA DAS COISAS – PABLO LOBATO
> MEU MUNDO TEU – ALEXANDRE SEQUEIRA
> O POEMA INFINITO DE WLADEMIR DIAS-PINO
> LEOPOLDINA, PRINCESA DA INDEPENDÊNCIA,
DAS ARTES E DAS CIÊNCIAS
> LINGUAGENS DO CORPO CARIOCA – A VERTIGEM DO RIO
> AO AMOR DO PÚBLICO I
A COR DO BRASIL
LEOPOLDINA, PRINCESA (...)Foi com uma pedrada que Alexandre Sequeira conheceu Jefferson Oliveira. O menino estava trepado numa árvore da Ilha do Combu, bairro da periferia de Belém, e não teve dúvidas quando viu o estranho se aproximar. Se a pedra atirada foi o pretexto que Alexandre precisava para estabelecer um diálogo com o garoto então desconhecido, por sua vez, a câmera fotográfica do artista foi o dispositivo que possivelmente fez com que fosse imediato o desejo de prolongamento dessa conversa por parte do menino . Mas o tal diálogo, ficamos sabendo, não era exatamente entre Jefferson e Alexandre, senão entre o garoto e Tayana Wanzeler – moradora do bairro Guamá, a muitos quilômetros de distância, na outra margem do rio –, a quem o artista conhecera anteriormente, durante uma oficina de desenhos. Alexandre e sua câmera eram os mensageiros e os mediadores da relação entre os dois adolescentes , que só viriam a se conhecer aproximadamente um ano depois da pedrada, quando já haviam trocado dezenas de cartas e criado imagens em conjunto, sobrepondo – e, assim, conjugando – a realidade de um na fantasia do outro. À vivência com Tayana e Jefferson, Alexandre Sequeira deu o nome de Meu mundo teu, expressão que aprendera com o garoto
Essa e outras experiências se reúnem nesta exposição de mesmo título, numa trama que põe em relação
diferentes contextos, pessoas, momentos, intenções . Aqui se articulam amizades, trocas, narrativas e serviços que nos últimos anos atravessaram a vida – e a obra – do paraense Alexandre Sequeira, e que em comum possuem sobremaneira o interesse pela fotografia e pelo outro. Combinação fascinante entre imagem e alteridade que tem produzido não exatamente obras, mas processos de convivência e colaboração que geram um conjunto de imagens, memórias, sons, narrativas, objetos . Não sendo possível precisamente circunscrever as experiências vividas pelo artista, tampouco reduzi-las à sua dimensão visível, a mostra Meu mundo teu anseia evocá-las. Propomos um ambiente de imersão nos relatos e memórias dos encontros aqui apresentados, oferecendo estações de leitura em que o intangível da vivência do outro se coloca como um – talvez silencioso – convite à presença, à escuta e ao diálogo, desta vez, performados na relação com o público, como quem lança uma pedrinha no ombro de quem adentra este espaço.
Além da reunião dessas experiências – que, por meio da generosidade do artista, passam a compor a Coleção MAR, tornando-a referência de sua obra –, Meu mundo teu é também uma espécie de laboratório de um processo em aberto, aqui apresentado em estado orbital por meio da Constelação de Tião, um projeto de Alexandre Sequeira em colaboração com Aline Mendes, ativista e moradora do Morro da Providência, por meio de quem o MAR e o artista conheceram o acervo fotográfico de Tião, retratista desta região entre as décadas de 1960 e 1980. Como testemunha
e agente da história portuária do Rio, a pluralidade e a eloquência da obra de Tião apontam para a dimensão política do afeto, das relações, da amizade e da saudade, territórios da memória e de suas estraté -
gias de resistência – dentre elas a imagem e, particularmente, a fotografia. Identificado com Tião, Alexandre o abraça em seu meu mundo teu pela vontade de continuar trançando pronomes, como se buscasse, por fim, desfiar a preponderância do eu.
MEU MUNDO TEU
O Museu de Arte do Rio inaugura Linguagens do corpo carioca [a vertigem do Rio]. Resultado de uma vasta pesquisa realizada sob a curadoria de Paulo Herkenhoff e cocuradoria Milton Guran, a exposição reúne 800 obras de artistas como Evandro Teixeira, Pierre Verger, Mario Testino, Bruno Veiga e Ana Stewart, entre outros nomes que captaram a essência da alma carioca por meio de seus trabalhos. A mostra integra a programação do FotoRio 2016 e tem o apoio do banco J.P. Morgan.
Em cartaz durante os Jogos Olímpicos, a exposição toma como ponto de partida o corpo de quem vive na cidade
para pôr em discussão a identidade social como uma espécie de gíria gestual. A abordagem transversal, característica comum às mais diversas mostras do MAR, se repete em Linguagens do corpo carioca, que é dividida em núcleos e traz à tona as mais diversas faces da vida na cidade.
Entre as tendências lançadas por aqui estão o highline (exercício de equilíbrio sobre uma fita elástica esticada entre dois pontos fixo no alto) e o surfe no trem. A camaradagem e a aproximação entre as classes, possível devido à segregação social marcante, estarão presentes em imagens do antigo Píer de Ipanema e dos cotidianos do samba e das comunidades. Também serão representadas as multidões nos jogos no Maracanã, manifestações políticas e até as filas do INSS. A famosa ginga das capas de discos da bossa nova, a cultura afro, a relação com o mar e personagens do imaginário do Rio também integram a mostra.
Na contramão das belezas de ser carioca, o visitante é confrontado com um Rio melancólico e marcado pela violência, por uma oposição ao prazer. Nesse contexto, três séries merecem destaque: a primeira, da artista Ana Khan, mostra o vazio deixado no exato local onde pessoas foram vítimas de balas perdidas; seguindo a mesma poética, fotos do coletivo Mão na Lata, feitas com uma câmera pinhole –que por ter uma fixação lenta da imagem não capta movimentos – mostram locais onde há somente construções, sem qualquer tipo de vida; fechando o núcleo, a série “Universidade Federal”, de Walter Carvalho, reflete sobre os lugares do crime na cidade.
LINGUAGENS DO CORPO – CARIOCA [A VERTIGEM DO RIO
> DJA GUATÁ PORÃ – RIO DE JANEIRO INDÍGENA
> LUGARES DO DELÍRIO
> O NOME DO MEDO
> CLAUDIO PAIVA – O COLECIONADOR DE LINHAS
O Museu de Arte do Rio apresenta “Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena”, uma mostra sobre a história do estado do Rio como história indígena. Concebida de modo participativo, a partir da colaboração de povos, aldeias e indígenas que residem no estado ou na capital carioca , a exposição é fruto de um processo de diálogo conduzido entre 2016 e 2017 pela equipe de pesquisa, curadoria e educação do MAR. Por meio de encontros abertos ao público, no museu e nas aldeias envolvidas, a mostra foi construída como uma plataforma de colaboração entre práticas museológicas e indígenas.
“Dja Guata Porã” é dividida em diversos núcleos que contam com obras, vídeos, fotografias e outros dispositivos criados pelos indígenas para a exposição , entrecruzados com documentação e iconografia histórica sobre algumas das mais importantes questões dessa história. Uma grande linha do tempo contextualiza conceitos, períodos e acontecimentos enquanto quatro núcleos lançam luz sobre povos e indígenas que
hoje habitam o estado do Rio: os Guaranis, os Puris, os Pataxós e os indígenas que moram em contexto urbano, a exemplo da Aldeia Maracanã. Ao mesmo tempo, cinco estações concebidas com a colaboração de Josué Kaingang, Eliane Potiguara, Anari Pataxó, Niara do Sol e Edson Kayapó apresentam temas que atravessam épocas e povos, denotando sua relevância para a história cultural e de resistência dos povos indígenas: educação, comércio, arte, natureza e mulher. Assim como dá a ver a instalação sonora que receberá os visitantes já na passarela que dá acesso ao Pavilhão de Exposições, “Dja Guata Porã” convoca e busca potencializar a dimensão polifônica da diversidade cultural dos povos que fazem, histórica e atualmente, a história do Rio de Janeiro e do Brasil.
> O RIO DO SAMBA: RESISTÊNCIA E REINVENÇÃO
> TUNGA – O RIGOR DA DISTRAÇÃO
> MULHERES NA COLEÇÃO MAR
> A PEQUENA ÁFRICA E O MAR DE TIA LUCIA
> ARTE DEMOCRACIA UTOPIA – QUEM NÃO LUTA
TÁ MORTO
> FEITO POEIRA AO VENTO
O RIO DO SAMBA: RESISTÊNCIA E REINVENÇÃO
Em estreita relação com a mostra “Mulheres na coleção MAR” e em diálogo com o festival Mulheres do Mundo 2018 (Women of the World – WOW), do qual o museu foi parceiro estratégico, a exposição evidencia a potência artística de Tia Lúcia, ícone da cultura carioca, especialmente da região conhecida como a Pequena África. Com curadoria de Izabela Pucu e Bruna Camargos, da Coordenação de Educação do MAR, a mostra faz parte da programação de comemoração dos cinco anos da instituição, e inaugura o espaço expositivo na biblioteca da Escola do Olhar, consolidando as relações do museu com o território no qual está situado
Falecida em setembro de 2018, a baiana Lúcia Maria dos Santos sempre participou ativamente das atividades e festejos nas ruas e nas instituições da zona portuária, local que vivia desde que chegou ao Rio de Janeiro, ainda criança. De babá, função que começou a exercer com apenas 8 anos, a professora de artes e artesanato, Tia Lúcia ocupou a cidade e os espaços culturais instaurando e subvertendo os modos de ser e estar
Como diria a artista no jornal editado no âmbito do programa Vizinhos do MAR: “A primeira vez em que fui numa exposição foi sem querer. Eu era professora de catecismo. Quando eu voltava da missa da Candelária com as crianças elas escaparam e entraram no Centro Cultural Banco do Brasil. Eu tive que ir lá dentro buscar elas (…) Museu era coisa de rico, era muito difícil de entrar. Ficava aquela coisa grande e bonita, sem ninguém. O museu é de todo mundo e ao mesmo tempo não é de ninguém, não se pode negar o acesso às pessoas”.
ARTE DEMOCRACIA UTOPIA – QUEM NÃO LUTA TÁ MORTO
“Pardo é Papel”, individual de Maxwell Alexandre, é recebida pelo Museu de Arte do Rio e pelo Instituto
Maxwell Alexandre, jovem pintor carioca, morador da Rocinha, elabora uma reflexão sobre uma cor, fato mais do que recorrente na história da arte, que vê na forma e na cor elementos de sua própria linguagem. Porém, aqui, o pardo é ressignificado pelo artista, nos levando a outras direções. Ao produzir autorretratos sobre papel pardo, MW (assinatura do artista) passa a perceber que estava,
Inaugurando o Espaço Orelha, novo ambiente expositivo da Biblioteca e Centro de Documentação do MAR, a primeira exposição individual do artista Mulambö reúne desenhos e pinturas feitos em diferentes suportes, como papel, papelão, prancha de surfe, bandeira, entre outros, que dialogam com o cotidiano da cidade e suas relações identitárias . O artista, que cresceu entre Saquarema e São Gonçalo, trabalha a partir da restituição de potências, buscando a valorização de símbolos do existir periférico no Rio de Janeiro . Segundo Mulambö, seu trabalho “nasceu da necessidade de encontrar um lugar. Um lugar onde se anda descalço e uma arte com os pés no chão, porque não tem museu no mundo como a casa da nossa vó. Por isso, falo de gente como eu, usando materiais que encontro nos lugares onde vivo”.
> RUA!
> UÓHOL
> ALINE MOTTA
> CASA CARIOCA
> A BANCA DE JORNAIS – NELSON LEIRNER
ALINE MOTTA
O Museu de Arte do Rio abre ao público no dia 18 de janeiro, com entrada gratuita, a exposição “Rua!”. Ocupando uma sala do pavilhão, a mostra coletiva reúne cerca de 80 obras, entre fotografias, vídeos, grafites e esculturas – de artistas como Carlos Vergara, Evandro Teixeira, Paula Trope, Guga Ferraz, Tiago Sant’Ana e Tia Lúcia, entre outros – que integram a Coleção MAR, além de cinco grafiteiros convidados para criarem trabalhos especialmente para a mostra – Panmela Castro, Cruz, Rack, Ramo Negro e Coletivo I love MP. A curado -
ria é assinada pela equipe do museu, sob coordenação de Marcelo Campos.
A exposição reforça a vocação do MAR para discutir as questões sociais das cidades e de colocar a arte em diálogo com a cultura das ruas. “A rua vibra com a pulsação da cidade, dos passantes, que a enxergam de diferentes modos por meio dos reclames, das vozes, do trânsito e, principalmente, da invenção de linguagens A partir destas atitudes e gestos, o acervo do museu dialoga e divide a exposição em quatro núcleos: deambulações, ruínas, violência e manifestações . Assim, o projeto resulta na soma de gestos curatoriais que se fundem em incorporações artísticas, abrindo a sala expositiva à rua, com seus usos e contra-usos, em batalhas de rima, vogues, street dances e slams, entre outros”, afirma Campos.
Abrindo a agenda expositiva de 2020, o Museu de Arte do Rio apresenta ao público a partir de 11 de janeiro “UóHol”, mostra individual do paraense Rafael BQueer. Interessado em questões que perpassam o corpo e as discussões de decolonialidade, gênero e sexualidade , o jovem artista, vencedor do Prêmio FOCO Art Rio 2019, transita entre linguagens como a performance, o vídeo e a fotografia , além de atuar em pesquisas como Drag Queen, adotando a persona Uhura Bqueer.
A exposição joga com o sobrenome do artista pop norte-americano Andy Warhol (1928-1987) e o termo “Uó” – gíria queer e popular para designar algo ou alguém irritante ou de mau gosto . Entre as obras selecionadas para a exposição estão trabalhos de uma série homônima elaborada em 2019, parte da Coleção MAR, que homenageia ícones negros da cultura LGBTQI+ brasileira, como Jorge Lafond, Marcia Pantera, Madame Satã e Leona Vingativa, partindo do repertório visual da pop art.
Os visitantes também terão acesso ao vídeo e imagens da ação performativa “Lenoir” (2017), na qual um conjunto de corpos negros ocupa o bairro do Leblon – conhecido por seu histórico elitista, evidenciando os conflitos de classe colocados no Rio de Janeiro. Junto a ela, um grande lambe-lambe da série “Jogo do Bixo” (2016) apresenta a comunidade do Jacaré, ironizando a marginalização do corpo negro na cidade, que por vezes atrai a curiosidade de turistas estrangeiros que visitam as favelas cariocas como se desvelassem espécies exóticas.
Casas feitas de madeira, telhas de zinco, barro, tijolos aparentes que jamais ganham reboco. Casas construídas por anos a fio, por mestres de obras e pela vizinhança, sempre em reforma, sempre em mutirão, sempre disponíveis para acolher es filhes que casam, es que têm outres filhes. Casas que recebem outros cômodos, para cima, para os lados, e acomodam diversos arranjos familiares: só com a mãe, com dois pais e duas mães, supridas pelas aposentadorias das avós… Casas ameaçadas de demolição, pelo injusto e nunca reparado direito à cidade, mantendo segregações sociais. Casas levadas pelas enchentes, pela violência, pela desigualdade do poder aquisitivo que não possibilita realizar o sonho da casa própria.
Casas, em contraponto, grandes, opulentas, faustosas, com vistas de cartão-postal, cujas famílias permanecem herdeiras, por gerações, donatárias de imóveis vazios, terrenos baldios. Casas desenhadas por homens bran -
cos arquitetos, uma casta com acesso ao ensino, ao estudo, que devolve o investimento aos ricos, que podem pagar pelo projeto. Casas fotografadas para os compêndios, para os livros intitulados “casas brasileiras” mas que só dão conta de 15% das moradias da população.
Afinal, o que é a casa brasileira, o que é a casa carioca? A que não está nos livros, não sai nas revistas, não dita revoluções estéticas, mas é vivida de outros modos, nos quintais do samba, no churrasco da laje, nas feijoadas das cumeeiras . Casas onde as mães têm a profissão de criar filhos alheios e os seus próprios, casas em eterna luta por demarcação, entre o poder público e o reconhecimento ancestral dos povos originários e escravizados, aldeias, quilombos. Casas que, de outro modo, misturam tudo isso, altares ancestrais, mulheres radicais, empregos informais e dívidas crescendo, enquanto o acesso à água e ao oxigênio, bens comuns, dádivas da natureza, em realidade pandêmica e desigual passam a, novamente, exibir as fissuras de classe, gênero e etnicidade em uma cidade há muito partida, que vê iniciativas de solidariedade e vizinhança salvarem quem sempre esteve só.
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CRÔNICAS CARIOCAS
O programa MAR na Academia tem o objetivo de promover a cooperação entre os centros de pós-graduação de arte e abrir espaço para o intercâmbio de conhecimento em nível nacional e internacional . As ações visam fortalecer a posição do museu como espaço de circulação do pensamento crítico e estimular a participação da universidade como instituição promotora da arte na esfera pública.
Com o programa Vizinhos do MAR, o Museu estimula a participação e o envolvimento dos moradores dos bairros situados na região portuária em suas ações, fortalecendo as relações com a sociedade. O programa também desenvolve ações culturais com essas comuni -
dades e dá livre acesso aos vizinhos , que possuem uma carteirinha individual do Museu para entrar gratuitamente no Pavilhão de Exposições e são estimulados a participar de todas as ações realizadas pela Escola do Olhar .