
























































Beatificação das Irmãs Mártires de Santa Catarina



Beatificação das Irmãs Mártires de Santa Catarina
No dia 31 de maio de 2025, a Igreja Católica reconhece oficialmente o martírio de 15 Irmãs da Congregação das Irmãs de Santa Catarina. Elas foram mortas por ódio à fé durante os horrores da Segunda Guerra Mundial. Agora, serão beatificadas em cerimônia solene na Polônia, terra onde viveram e deram o testemunho silencioso de fidelidade a Deus.
Para representar toda a Rede San ta Catarina nesse marco espiritual e institucional, uma comitiva em
barcou em peregrinação à Europa, tendo como propósito a participação na cerimônia de beatificação, além de visitas a lugares históricos e espirituais ligados à missão da Congregação.
A comitiva, formada por Irmãs da Congregação e por colaboradores do Corporativo - Klésio, Paulo e Marcelo -, recebeu a missão de repre sentar simbolicamente todos os que fazem par te da Rede, unindo-se em oração e memória.
A jornada teve início na Itália, com visitas a lugares sagrados para a Congregação. Em Grottaferrata e na Casa Geral, a comitiva teve os primeiros momentos de imersão espiritual e conexão com a história da missão que inspira a Rede até hoje, acolher e cuidar do ser humano durante todo o ciclo da vida.
Em comunhão com o Papa
Durante a viagem, a comitiva teve a oportunidade de estar próxima ao Papa Leão XIV. O encontro com as Irmãs, marcado de muito amor e admiração, reforçou o reconhecimento da santidade das mártires e o valor do testemunho deixado por elas. Foi um momento de profunda comunhão com a Igreja e com o carisma de Madre Regina Protmann.
Momentos depois, a comitiva peregrinou até a Basílica de São João de Latrão, dedicada a Cristo Salvador, a São João Batista e a São João Evangelista. É a catedral do Bispo de Roma, o Papa.
Depois, seguiu para a Escada Santa, de 28 degraus de mármore, instalada perto da Basílica de São João de Latrão. Conforme tradição católica, são os degraus que levavam até o alto do pretório de Pôncio Pilatos, em Jerusalém, galgados por Jesus em seu julgamento.
Por fim, a peregrinação chegou à Basílica de Santa Maria Maior. Dedicada a Nossa Senhora, foi construída no local indicado por ela, sinalizado pela neve em um dia de verão, reafirmando o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Nesta Basílica,
Cultivando a esperança
Em sua próxima parada, o grupo participou do Jubileu da Esperança, celebrado na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
A manhã começou com a primeira Audiência Geral do Papa Leão XIV. Diante de mais de 200 mil peregrinos. O Santo Padre circulou pela Praça São Pedro e, em sua catequese, refletiu sobre a parábola do semeador, convidando todos a cultivar a esperança diante dos desafios do mundo atual.
Após a audiência, a comitiva da Rede participou da peregrinação pela Via della Conciliazione, unindo-se a grupos de diversos países em cantos, meditações, orações e no carregamento da Cruz do Ano Jubilar.
Ao passar pela Porta Santa da Basílica Vaticana, renovaram a fé e rezaram o “Creio” diante do túmulo de São Pedro. A visita foi concluída com momentos de contemplação, espiritualidade e despedida, deixando Roma com uma profunda bagagem de fé, cultura e missão.
Na cidade de Gdansk, está localizado o túmulo da Ir. Charitina.
Nos próximos passos da peregrinação, o grupo esteve em Lidzbark Warminski, cidade polonesa com forte ligação com a história da Congregação.
Foi lá que Madre Regina Protmann fundou a terceira Casa da Congregação, onde as Irmãs se dedicavam à missão de cuidar de crianças, doentes e pobres.
O atual convento ainda conserva os cômodos da casa original.
Castelo dos Bispos de Lisberg, Heilsberg. Local onde foram aprovadas as primeiras regras da Congregação.
Fachada original da Casa do Convento de Lidzbark Warmiński.
Na mesma cidade, viveram, trabalharam e foram fuziladas as Irmãs Sabinella, Aniceta e Gebharda. O piso do refeitório do convento, onde a comitiva foi acolhida pelas Irmãs locais, conserva marcas do sangue das mártires — um testemunho silencioso de fidelidade inabalável.
A cidade também abriga a Igreja de São Pedro e São Paulo, que guarda a relíquia de São João Paulo II, e foi palco de momentos intensos de memória e oração.
A peregrinação seguiu para Ketrzyn, onde a comitiva visitou a Igreja de Santa Catarina — local marcado pela dor e pela memória do martírio. Foi nessa cidade que ocorreram as mortes mais violentas cruéis de duas Irmãs, que, após serem violentadas, foram amarradas com os próprios terços e arrastadas por carros até a morte. Um testemunho extremo de fé e resistência que reforça a gravidade e o significado dessa beatificação.
No dia seguinte, a comitiva esteve no hospital Miejski Szpital Zespolony w Olsztynie (Hospital Municipal Combinado Mikołaj Kopernik em Olsztyn), onde algumas das Irmãs Mártires trabalharam e também foram assassinadas. Um espaço que simboliza a entrega cotidiana à vida do outro, mesmo em tempos de guerra e perseguição. Na entrada do hospital, uma frase resume a missão das Irmãs e ecoa na missão da Rede Santa Catarina:
“Słuzymy pacjentom zawsze wtedy, kiedy nas potrzebuja”
(Servimos aos pacientes sempre que precisam de nós)
Hospital Miejski Olsztyn – Polônia
Local onde as irmãs trabalharam e algumas perderam a vida durante a Segunda Guerra Mundial.
Orneta, segunda comunidade fundada por Madre Regina Protmann. Este bunker protegia as irmãs durante os bombardeios.
À frente desses túmulos estavam enterrados, e posteriormente foram exumados, os restos mortais das três Irmãs Mártires mortas em Orneta, que foram levados para Braniewo, onde mostramos no primeiro dia.
Nossos diretores executivos da Rede SC no banco onde Madre Regina Protmann rezava, realizando uma prece por todos nós da Rede Santa Catarina.
Beatificação e legado
A beatificação das 15 Irmãs Mártires não é somente um reconhecimento formal. É a reafirmação de valo res que sustentam a missão da Rede Santa Catarina: compaixão, justiça, hospitalidade e fé.
O testemunho das mártires nos inspira a continuar promovendo a vida, mesmo diante das adversidades, mantendo viva a chama da esperança e do amor ao próximo.