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4. ANÁLISE DE 3 INFOGRÁFICOS DA REVISTA AZMINA
são/foram abraçadas pelas mídias independentes/alternativas, a fim de emancipar a mulher como individuo, pois, seus direitos cívicos e humanitários estavam sendo atacados e para permanecer pré-estabelecidos de forma antidemocrática. O jornalismo independente, indiferente da sua frente de luta ou do público-alvo, tem o valor profissional baseado na defesa da democracia e na construção da formação cidadã, responsabilizando-se por entregar notícias e informação de qualidade, pois segundo Bucci (2000, p. 187) é o direito de acesso a informação que explica a livre existência de toda forma de comunicação social:
É o direito de acesso à informação (e à cultura) que justifica democraticamente a livre existência de toda forma de comunicação social. Quando a confiança na informação jornalística é prejudicada pelo barateamento do jornalismo, a pretexto de encobrir sob o timbre de “reportagem” atrações puramente apelativas, todos saem perdendo; uma instituição social está se enfraquecendo (BUCCI. 2000, p. 187).
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4. ANÁLISE DE TRÊS INFOGRÁFICOS DA REVISTA ELETRÔNICA
AZMINA
A revista eletrônica AzMina tem um objetivo muito claro na criação de seus conteúdos noticiosos: apresentar as problemáticas de gênero, incentivar a luta contra o machismo estrutural e trabalhar jornalisticamente, através de matérias e reportagens, as questões sócio-políticas-culturais sobre a disparidade de direitos cívicos e humanitários entre os sexos. Através de suas produções editoriais, procura orientar a sua audiência a se opor ao sistema dominador e patriarcal presente no Brasil e na maior parte do mundo. Seu posicionamento feminista promove um diálogo livre e inteligente com o seu público, que prontamente se conecta com a identidade militante da revista. Em sua plataforma digital, AzMina disponibiliza informação e conhecimento a fim de politizar seus leitores, contribuindo na geração de uma sociedade de consciência mais cidadã e de valores mais justos. Declaradamente, a revista utiliza sua influência na comunicação para defender a diversidade e combater ao androcentrismo, a cultura machista e a desigualdade de gênero, que há séculos oprimem a mulher e ferem sua liberdade como indivíduo, tentado a estabelecer em um destino de sujeição e passividade. Neste capítulo analisaremos três infográficos feitos pela revista eletrônica AzMina, anexados em duas matérias referente a violência contra a mulher. Com esse método poderemos entender, no ponto de vista
acadêmico, a verdadeira importância da revista AzMina proporcionar uma síntese visual de dados, na vontade de que seus leitores compreendam com mais facilidade suas publicações. Os três infográficos selecionados para análise foram retirados da seção de violência da revista eletrônica e feminista AzMina, e são datados em 27 de novembro de 2017 e 23 de novembro de 2021. Segundo Teles e Melo (2002, p. 6) a violência contra a mulher é uma questão política que deve ser discutida:
Quando se fala em violência contra as mulheres, percebemos que existe por parte do público a disposição de levantar questões procedentes ou não, de travar o diálogo, de desenvolver o debate e elaborar reflexões; atitudes que são frutos do longo trabalho realizado nas últimas décadas de denunciar e transformar em relações democráticas os históricos conflitos entre mulheres e homens. Nossa perspectiva é erradicar a violência e, por isso, estamos em constante debate com o público. Faltam muitos subsídios, informações e espaços para que esse debate corra livremente pelas ruas, escolas, mídia, empresas, poder público, sindicatos, partidos políticos e instituições religiosas. Faltam também, por parte de alguns setores decisivos, interesse e a confiança de que a transformação é possível. Trata-se de uma questão política: sensibilizar cada mulher e cada homem para que atuem na construção das tão propaladas igualdades, justiça social, cidadania, democracia, autonomia. (TELES E MELO, 2002, p. 6).
Com essa concepção, podemos perceber papel fundamental do jornalismo da revista eletrônica AzMina na cobrança por soluções concretas do governo brasileiro para a liquidação da violência contra a mulher.
A revista eletrônica AzMina possui um forte apelo artístico em sua plataforma, uma forma de construir um produto jornalístico original e interessante. Ela harmoniza os seus textos com ilustrações personalizadas, principalmente quando está divulgando dados que sustentam a reportagem, ajudando a prender a atenção dos leitores e simplificando a assimilação do conteúdo compartilhado. Além de aparentar cuidado e preocupação com o seu público, também traz uma caraterística mais conceitual e moderna para a revista. Nas matérias de temas mais complexos e pesados, como no caso de violência contra mulher, o uso do infográfico da revista AzMina, é uma alternativa eficiente de informar e impactar o leitor, pois a escolha das cores e o estilo das fontes interfere diretamente na percepção das pessoas sobre os fatos, causando diferentes sentimentos. De acordo com Bezerra (2010, P. 18) é preciso uma alfabetização visual, oferecida pela infografia:
Sendo assim, se faz necessário uma alfabetização visual que permitirá que a infografia seja explorada ao seu máximo tanto para o viés comunicativo quanto o educativo, já que a mesma ampliará a sua capacidade informativa. Em