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3.3 A informação na luta contra o machismo estrutural
sociais, culturais e políticas, e esclarecendo sobre o que realmente se trata o movimento das mulheres. O papel de educadora cívica do feminismo contemporâneo que AzMina se propôs a desenvolver em seu veículo de comunicação é de extrema relevância, pois segundo Bell Hooks (2018, p. 13) muitas pessoas não entendem o que é sexismo e nem a complexidade da causa feminista:
Como todas e todos defensores das políticas feministas sabem, a maioria das pessoas não entende o sexismo ou, se entende, pensa que ele não é um problema. Uma multidão pensa que o feminismo é sempre e apenas uma questão de mulheres em busca de serem iguais aos homens. E a grande maioria desse pessoal pensa que feminismo é anti-homem. A incompreensão dessas pessoas sobre políticas feministas reflete a realidade de que a maioria aprende sobre feminismo na mídia de massa patriarcal. (HOOKS, 2018, p. 13).
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Assim como a organização Think Olga, a revista eletrônica AzMina também realiza muitas campanhas de conscientização que gera grande impacto social, como #MachismoNãoÉBrincadeira, CarnavalSemAssédio e #VamosMudarOsNúmeros, e já recebeu diversos prêmios e homenagens pelo seu trabalho jornalístico.
3.3 A informação na luta contra o machismo estrutural.
Ao longo deste capítulo podemos observar a importância de um jornalismo livre e de natureza feminista para a conservação de direitos básicos da democracia. Ser um veículo jornalístico independente e feminista é mais do que somente levantar uma bandeira a favor das mulheres, é também uma forma de denunciar toda a desigualdade, opressão e injustiça social aceita tranquilamente pelo patriarcalismo. A função do jornalista é de estar na vanguarda do povo, protegendo seus interesses e garantindo um fluxo de informação uniforme para todos, entretanto, a elitização do jornalismo tradicional, muitas das vezes, tem afastado grupos sociais esquecidos e desprezados pela sociedade e pelo Estado. O jornalismo independente, em especial o de viés feminista, resgata a relação com esse público, segmenta essa audiência e se torna a sua porta voz perante a imprensa de massa. Mergulha no conteúdo específico, na linguagem, na estética, construindo uma relação de confiança e proximidade com o seu leitor/espectador, que se sente satisfeito e representado. É nesse projeto de singularidade que aumenta o espaço de comunicação e de militância, produzindo matérias mais sólidas, de caráter mais inclusivo e de resultados eficazes. A desconstrução do machismo estrutural, o fim do sexismo, da misoginia, da opressão e desigualdade de gênero são pautas do movimento feminista que