Revista pronews178

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capa | Reserva Comunicação (PE)

ano XVI | fevereiro de 2015




DESDE 1999

ÍNDICE

ano XVI nº 178 fevereiro 2015

Reserva Comunicação (PE)

CAPA ano XVI | fevereiro de 2015

RECIFE•SALVADOR•FORTALEZA•NATAL JOÃO PESSOA•MACEIÓ•TERESINA ARACAJU•SÃO LUÍS•SÃO PAULO

capa | Reserva Comunicação (PE)

Dentro e fora das lentes, a nova produção audiovisual brasileira se adapta para se conectar com as marcas. 16

revista de comunicação e marketing NE

:: EDITOR Walter Lins Jr. walter@revistapronews.com.br :: REDAÇÃO Luciana Torreão - subeditora, Ivelise Buarque, Joyce Warren e Poliana Alencar redacao@revistapronews.com.br

A VEZ DO CLIENTE Há 45 anos no mercado de cosméticos a Embelleze se mostra uma empresa atualizada e dinâmica, na fala de Vinicius Ribeiro. 24

:: COLABORADORES Joelli Azevedo, Matheus Torreão e Poliana Alencar :: PRODUTOR GRÁFICO Bruno Regis producao@revistapronews.com.br :: DEPTº FINANCEIRO Walter Lins Jr walter@revistapronews.com.br :: ASSINATURAS 81 3426.6144 / 3034.6144 producao@revistapronews.com.br

PERFIL Profissional premiado o publicitário, Ricardo Rique fala do sucesso em sua carreira e da sua agência a Casa Comunicação. 34

:: REPRESENTANTES COMERCIAIS NS&A - CE - Aldamir Amaral (85 3264.0406/ 0576) - nsace@nsaonline.com.br :: DISTRIBUIÇÃO LOGServiços (PE - 81 2123.1455) Jornal Correio - Rede Bahia (BA - 71 3203.1812) Sistema Verdes Mares (CE - 85 3266.9902) www.verdesmares.com.br :: DADOS TÉCNICOS Impressão: Gráfica FacForm (81 3339.6566)

GIRO 8 FICHA TÉCNICA 10 E 31 GIRO BRASIL 14 DE OLHO NA CAMPANHA 26 NA WEB 29 MUNDO ONLINE 32 PDV 36 CLICK 37 EU RECOMENDO 38 Todo mês uma agência diferente produz a capa da Revista PRONEWS. Participe pelo e-mail: redacao@revistapronews.com.br 4

grafica@facform.com.br Tiragem: 7.000 exemplares Formato: 22x30cm Tipologia: Humanist 521 BT Papel: Couché brilho 150g/m² Número de páginas: 40 As matérias assinadas por nossos colaboradores não representam, necessariamente, a opinião da revista.

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ARTIGO

O Trade Marketing, por definição, tem como principal objetivo, estreitar o elo entre a empresa e seus canais de distribuição, priorizando as necessidades e identificando os pontos de vendas e o consumidor final. É nesta área do marketing em que se estudam os hábitos e as preferências dos consumidores e assim, se define qual o público alvo, os produtos que serão desenvolvidos e qual é o canal mais adequado para distribuição. Um bom profissional de trade marketing não pode nunca se acomodar no escritório. As visitas a campo são a chave para obter sucesso, não apenas para conhecer as necessidades dos clientes de perto, mas também para buscar novas oportunidades de mercado para a empresa. Consideremos cinco primícias para um bom profissional de trade marketing: PERGUNTAR SEMPRE. Quando abordar o gerente ou o proprietário a respeito de um espaço na loja, uma ponta de gôndola ou até mesmo um painel, a resposta, na grande maioria das vendas é positiva. O local está lá, o concorrente está bem posicionado, basta tentarmos conquistar esse espaço no ponto de venda também. O 'não' já tem, precisamos tentar o 'sim'. SEJA OTIMISTA E TENHA ARGUMENTOS. Para trabalhar com o Trade é preciso ser uma pessoa otimista por natureza e saber argumentar. Como no exemplo “Você não me concederia aquele espaço ao lado do meu concorrente na gôndola, não é mesmo?”. Neste caso estamos de primeira negando qualquer conquista positiva. Uma abordagem adequada fará com que o proprietário entenda que será um bom negócio para ele também, pois irá vender mais com os produtos de melhor qualidade expostos juntos. NÃO EXISTE ALMOÇO DE GRAÇA. Pelo menos uma vez na vida você já ouviu a expressão que vem do inglês “There is no free lunch”. Toda e qualquer campanha que se pense para o Trade tem que ter retorno. É impossível conseguir algo sem dar nada em troca. TENHA INICIATIVA. Visitar o seu espaço na loja. Este deve ser o primeiro local que o profissional do Trade precisa ir. Verificar como está o local, como os produtos estão expostos, os concorrentes, as novas marcas, entre outros. Um dos itens mais importantes é como o seu produto está exposto. Para isso, fazemos alguns questionamentos: Como encontrei os meus produtos expostos?

O que fiz para mudar a situação? (limpei, virei a face principal da embalagem para frente, retirei embalagens danificadas?). Como deixe os produtos expostos? Como consumidor, eu compraria esses produtos? (limpos, organizados, sem estar amassado). TRABALHO, GENEROSIDADE E HUMILDADE. É estranho, mas tem muitos profissionais que acham que essas palavras no ambiente corporativo não combinam. Trabalho: Ricardo Jordão, blogueiro que escreve sobre marketing semanalmente no site BizRevolution, tem uma frase que resume a essência de tudo: “Quem não dá duro no trabalho hoje, vai dar duro procurando emprego amanhã”. Se dedicar ao trabalho e estar focado no objetivo são essenciais para alcançar o que planejou para a carreira. Generosidade: No mundo empresarial, a generosidade corporativa significa compartilhar o aprendizado e os recursos em nome de interesses que ultrapassam os limites corporativos, oferecendo vantagens e oportunidades de negócios. Um exemplo vem da Danone, em Bangladesh, que se associou as cooperativas de trabalhadores e ao Grameen Bank e implantou 50 fábricas de iogurte de baixo custo. Os funcionários tornaram-se sócios, ao mesmo tempo que eram consumidores. Foi possível reduzir os custos fixos de produção e ainda, atender as crianças subnutridas. Marketing inteligente, em que o modelo só funciona se houver redução da margem de lucro – uma opção generosa para conquistar mercado. Humildade: Nestes tempos globalizados em que vivemos, a palavra humilde teve seu significado distorcido para pobreza de espírito, ignorância ou fraqueza. Sentidos que, na realidade, não possui. Um estudo da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, realizou uma pesquisa que revelou que pessoas humildes são as que alcançam os melhores resultados no trabalho. Dentre os cinco pontos mencionados, um se destaca não apenas para o profissional do trade marketing. Acredito que ter humildade para assumir os erros e força para recomeçar a cada jornada é um diferencial. E para aqueles que precisam de métodos científicos que comprovam que é possível sobreviver à selva corporativa sem deixar de lado conceitos de humildade, o estudo americano assina embaixo.

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Rodrigo Silva | coordenador de Marketing e Trade Marketing da Sika

OS DESAFIOS DO TRADE MARKETING


COLUNA ASSERPE FUTEBOL:

UMA PAIXÃO QUE DURA O ANO INTEIRO A tradição de ouvir futebol pelo rádio é algo que está intrínseco na cultura do povo pernambucano e até mesmo do brasileiro de forma geral. No entanto, tudo no século XXI precisa se reinventar. Mas e agora, como repaginar a tão tradicional cobertura de futebol? Pois bem, é isso que vamos saber ouvindo diretamente os diretores das emissoras de rádio e TV da capital e do interior de Pernambuco. Todo mundo tem alguma história para contar sobre uma transmissão de futebol marcante em sua vida. Seja numa copa do mundo, ou um título do time do coração, quem sabe a narração de um gol histórico. Enfim, é muito tradicional o hábito de ouvir ou assistir futebol e em Pernambuco, as emissoras de rádio e televisão estão preparando novidades para a cobertura dos campeonatos, em 2015. Na realidade a cobertura do futebol pernambucano de 2015 começou em 2014. Por conta do calendário do futebol local, as emissoras começaram a transmitir os jogos ainda em dezembro do ano passado, quando começou o campeonato pernambucano. Conforme destaca o gerente de Programação da Rádio Jornal, Carlos Miguel. “Nossa cobertura de 2015 começou em 2014. Isso mesmo. O Pernambucano de futebol de 2015, pelo segundo ano consecutivo começou em dezembro de 2014. Fomos a primeira rádio a investir nas transmissões de mais de um jogo por rodada. Interligando nossa rede no interior e valorizando os profissionais das afiliadas”, adianta Carlos. Nas emissoras de televisão, 2015 está sendo esperado como um bom ano para comercialização e audiência. De acordo com Eliandro Oliveira, gerente de Jornalismo da TV Grande Rio, afiliada da Rede Globo em Petrolina e região, o objetivo é acompanhar as equipes do interior nas mais diversas competições. “Na TV Grande Rio vamos cobrir todos os jogos que ocorrem 6

em nossos municípios de responsabilidade, no caso, o time da cidade de Salgueiro. Além da cobertura das partidas, dispomos de uma equipe na sucursal da cidade onde o time está localizado, o que nos permite realizar o acompanhamento dos treinamentos pré e pós partidas. Além do Campeonato Pernambucano, vamos acompanhar o Salgueiro na Copa do Nordeste, Copa do Brasil e a série C do Campeonato Brasileiro, já que, também receberemos jogos destas competições”, garante Eliandro. No entanto, engana-se quem pensa que o rádio do interior de Pernambuco vai ficar apenas nas transmissões locais. É o que garante Willame Souza, diretor Executivo da TV Jornal/SBT e Rádios Jornal para o Interior de Pernambuco. “Todos os veículos do SJCC no estado farão total cobertura de todos os campeonatos que um clube de Pernambuco estiver competindo, bem como a cobertura de todos os principais campeonatos do país e do Mundo. Todavia, a Rádio Jornal estará transmitindo todos os principais jogos dos times de Pernambuco, nos campeonatos pernambucano, brasileiro, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. A Jornal estará presente


Todos os veículos do SJCC,no estado, farão total cobertura de todos os campeonatos que um clube de Pernambuco estiver competindo, bem como a cobertura de todos os principais campeonatos do país e do Mundo. Willame Souza, diretor Executivo da TV Jornal/SBT e Rádios Jornal para o Interior de Pernambuco

ainda na cobertura da Copa América, que será no Chile. O NE10, TV Jornal e Jornal do Commércio fazem parte dessa grande cobertura do Futebol em 2015”, afirma Willame. Dentre as novidades está a transmissão via multiplataforma, que no caso seria a transmissão em mais de um meio (rádio, TV e internet). A TV Grande Rio aposta nesta fórmula. “Além das reportagens para televisão que são veiculadas nos telejornais locais e no Globo Esporte estadual, e eventualmente no Globo Esporte nacional, nós também fazemos o acompanhamento pelo Globoesporte.com, na internet. Os jogos serão transmitidos em tempo real com textos e fotos, além de reportagens gerais sobre as partidas e o time”. Adianta Eliandro.

Outra boa notícia para os que gostam de acompanhar futebol pelo rádio e na TV é que o já famoso “Escrete de Ouro”, em 2015 chega a impressionante marca dos 50 anos e, dentro das mudanças na programação da Rádio Jornal, a equipe também promete uma transmissão especial da Copa América, no Chile. De acordo com Carlos Miguel, a transmissão simultânea da rádio Jornal no AM e FM (a primeira emissora no Brasil a realizar esta alteração) tende a trazer boas impressões da cobertura de futebol e em outros seguimentos. “Mexemos na programação depois de 23 anos em todos os horários. As principais mudanças estão no programa de Geraldo Freire com novos quadros e sequências sobre futebol, e nos nossos programas esportivos onde estamos agora abordando outras modalidades esportivas e não só o futebol”, completa Carlos. Pois bem, o que fica claro é que em 2015 a bola não vai parar de rolar nos gramados e nas ondas do rádio e da TV. Agora é escolher sua emissora favorita e torcer pelo seu time de coração, que neste ano o pernambucano tem como acompanhar tudo o que acontece com as equipes locais, independente da região. Quem ganha com isso é o nosso esporte e a nossa radiodifusão.

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GIRO cando atividades em cadeira de rodas são transformados em doações para uma instituição beneficente. A cada quilômetro percorrido, a Baterias Moura doa R$ 1. Para participar da ação, é só instalar o aplicativo Doe sua Energia, disponível no Google Play e na App Store, e começar a se exercitar. Nesta versão, ao atingir metas as pessoas ganharão badges (medalhas de reconhecimento e incentivo). É possível acompanhar a performance no app ou no hotsite www.doesuaenergia.com. LOUCOS POR CARNAVAL “Somos loucos por Carnaval”. Com esse tema, que busca traduzir a paixão de pessoas do mundo inteiro pelo carnaval baiano, a TV Bahia acaba de colocar no ar o projeto Bahia Folia 2015, voltado para a cobertura completa da folia na capital baiana. Desenvolvida por Sérgio Siqueira, gerente de Criação e Produção da Rede Bahia, com coordenação de produção de Pedro Santana e produção de Delman Bahia, a campanha está veiculada em toda a Bahia, com clipes, programetes, chamadas para a transmissão e flashes ao vivo, exibidos durante a programação da TV Bahia e suas cinco emissoras no interior do estado. Consolidado como um projeto de alta visibilidade, que mobiliza mais de 200 profissionais numa grande cobertura, o Bahia Folia teve suas quatro cotas comercializadas para grandes anunciantes. São eles: Salvador Shopping, Casas Bahia, Schin e Bradesco.

DESCOLADAS Lojas Tchica lança campanha da Coleção Verão, dando continuidade ao mote “Descoladas”. Sucesso entre as garotas mais antenadas, a marca procura integrar as tendências da moda nacional e internacional com as da nossa região, e estende seu estilo para comunicação. A campanha criada pela MV2 Comunicação abrange backbus, rádio, peças de PDV e ações no meio digital.

NOVA FRUTARIA A Reserva Comunicação desenvolveu a campanha de divulgação da nova loja Frutaria em Boa Viagem. A veiculação das peças iniciou no mês de Dezembro e fica no ar até Fevereiro, com abordagens para rádio e mídia exterior com outdoor e backbus. O mote da campanha assim como as frutas, personagens principais em todas as peças, brincam com a localização da loja – que fica na Av. Conselheiro Aguiar – próxima à praia. Incentivando o público de forma divertida a conhecer a nova Frutaria.

NÚMERO #1 EM REFRESCÂNCIA Para integrar a campanha nacional de relançamento da linha Trident Fresh, agora com tecnologia Fresh Coolers - cápsulas de refrescância que garantem longa duração e a sensação de frescor na boca - e o lançamento do sabor frutado Cereja Ice, a marca desenvolveu ações de aproximação com o consumidor exclusivas para o Nordeste. Bahia, Ceará e Pernambuco receberão as ativações, desenvolvidas pela agência pernambucana Plano B e pela baiana Atenas. No Festival de Verão de Salvador, Tamandaré Fest, Olinda Beer e Galo da Madrugada os consumidores poderão vivenciar experiências com a marca. DOE SUA ENERGIA Ampla e Baterias Moura lançaram neste verão a versão 2.0 da campanha Doe sua Energia. Os quilômetros percorridos por meio de corrida, caminhada, patins, skate, bicicleta ou prati8

RESPEITO SE CONSTRÓI A Votorantim Cimentos, maior empresa do setor de materiais de construção do Brasil, está lançando uma nova campanha publicitária para suas marcas de cimento. Com o slogan “Respeito se constrói”, a campanha retrata valores comuns entre a Votorantim Cimentos e o profissional da obra, reforçando o respeito da empresa por esses profissionais e sua relação com as marcas de cimento Votoran, Itaú, Poty e Tocantins. O plano de mídia contempla spots de rádio, filme para a TV e mídia out of home em regiões estratégicas para as marcas da empresa. A campanha contará, também, com iniciativas na web - tais como a disponibilização de vídeos no Youtube e no portal 'Mapa da Obra'. Criada pela agência e21, a campanha foi construída a partir de uma pesquisa antropológica com profissionais da obra de todo o Brasil, na qual foi pos-sível identificar o respeito que eles têm pela própria trajetória de vida e a pelas conquistas proporcionadas pelo trabalho na indústria da construção, como a educação dos filhos e o cuidado com a família.



FICHA TÉCNICA PRA NÃO VIRAR PIADA Com o mote “Pra não virar piada”, a agência paraibana Takes Comunicação desenvolveu campanha publicitária institucional para divulgar as novidades do Curso de Português do Prof. Hudson. A peça-foco da ação é um VT de 30 segundos, produzido pela Cordel Filmes Arretados, que já está sendo veiculada em João Pessoa pela TV Cabo Branco, afiliada da TV Globo. A ideia do filme é fazer uma comparação bem humorada entre a importância de se aprender a língua portuguesa e o fato de achar que conhece o português. A sustentação da publicidade tem por base a idéia de todos acharem que todo curso de português é igual, sendo assim não faria diferença em qual curso ele iria se matricular. A campanha destaca, como diferencial do Curso de Português do Prof. Hudson, as aulas direcionadas para o intensivo do Enem (com laboratório de Redação), acompanhamento personalizado, curso particulares de medicina e turmas para Concursos. Agência: Takes Comunicação (PB) Cliente: Curso de Português do Prof. Hudson Atendimento e Mídia: Alexsandro Silvino Criação: Pablo Albuquerque e João Victor Produção: Romualdo Carvalho Assistente: Gegê Tavares Edição/Finalização: Eduardo Kilha Aprovação: Hudson Valério

ANTES DE CAIR NA FOLIA, DOE SANGUE Com o mote Antes de cair na folia, doe sangue no Hemope, a Dois Comunicação desenvolveu a campanha de carnaval 2015 da Fundação Hemope. A ideia é convocar os doares para repor o estoque estratégico de sangue daquela entidade e assegurar os serviços de hemoterapia no estado para o período do reinado de Momo. A ação reúne filme para TV (com efeito 2D), spot de rádio, anúncios e mídia exterior, através de outdoor, backbus e outbus, além de cartazes, panfletos e faixas. Agência: Dois Comunicação (PE) Cliente: Fundação Hemope Atendimento: Vanessa Gazatti Direção de Criação: Marco Bahé Redação: Cíntia Esteves Diretores de Arte: Gustavo Claudius e Paula Santos Arte-final: Waldyr Costa Produção: Camila Guedes Mídia: Natália Souza Aprovação: Fátima Bandeira e Seabra Neto

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SUA VIDA AINDA MELHOR A Reserva Comunicação desenvolveu campanha para divulgação dos flats La Fleur Polinésia, da Ara Empreendimentos. O objetivo é reforçar a melhor localização do complexo, pois está situado no melhor trecho da praia de Muro Alto, além de divulgar sua integração a um resort, assinado pela franquia hoteleira Portal de Gravatá. As peças desenvolvidas foram: VT, anúncio de jornal, anúncio de revista, e-mail marketing e internet. Agência: Reserva Comunicação (PE) Cliente: Ara Empreendimentos Direção de Atendimento: Márcio Quirino Direção de Criação: Lucídio Leão Direção de Arte: André Ferreira Redação: Tamyres Ximenes Mídia: Elissandra Menezes Produção: Ana Tereza Ramos

VAI BEM COM VERÃO A São Braz entra no clima da estação mais quente do ano e lança campanha regional especialmente para o Verão. Assinada pela Aporte Comunicação, as peças mostram que os produtos da linha de snacks da São Braz - Pippos, Scrusch e Brazitos - vão bem com o verão. Também têm destaque na ação os produtos voltados para o café da manhã, como o Novomilho, a Granola e o próprio café. A campanha teve início no final de dezembro, com a instalação de outdoors duplos e simples nas principais praias dos estados de Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. O filme e o jingle para rádios, entraram no ar no início de janeiro nas mesmas praças. Agência: Aporte Comunicação (PE) Cliente: São Braz Atendimento: Gabriella Gonnelli Diretor de Criação: Betinho Montenegro e Juliana Lisboa Direção de Arte: Betinho Montenegro Redator: Paulo Cabral RTVC: Marília Gouveia Mídia: Maria Denis e Fred Teixeira

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GIRO BRASIL MOMENTOS ESPECIAIS A Coca-Cola lançou a campanha “Bebendo uma Coca-Cola com”, que tem como objetivo fazer das embalagens uma forma de conexão, uma ferramenta para compartilhar momentos especiais com quem se gosta. Depois do sucesso da campanha lançada em 2012 por Coca-Cola Zero, que convidava o consumidor a “descobrir sua Coca-Cola Zero”, a marca surge com uma nova proposta: encontre o nome de alguém especial e beba uma Coca-Cola com essa pessoa. Para a nova campanha, participam as versões regular e zero de CocaCola. Serão 600 nomes e apelidos para compartilhar, distribuídos nos rótulos das garrafas de 200ml, 250ml, 300ml, 500ml e 600ml, além das latas de 250ml 350ml, e as embalagens vão estar disponíveis em todo país a partir de janeiro e permanecerão nas prateleiras até maio. Os fãs podem visitar o site bebendoumacocacola.cocacola.com.br para personalizar embalagens virtuais e compartilhá-las com os amigos via Facebook e Twitter. VODCALIZE Até o fim deste mês, a Pernod Ricard Brasil aproveita o verão, estação responsável por 33% do consumo de vodcas, com a campanha Vodcalize. Através de novas experiências e um hotsite (www.vodcalize.com.br) a iniciativa dará descontos aos consumidores das principais capitais do Brasil na compra das vodcas Absolut, Absolut Elyx, Wyborowa, Wyborowa Exquisite e Orloff e ainda fornecerá dicas de como tornar inesquecíveis os momentos da época mais quente do ano. O hotsite #Vodcalize também hospedará o vídeo manifesto da campanha e apresentará em detalhes todas as ações e promoções que fazem parte do projeto. Desde os descontos progressivos de até 50% na compra das vodcas, como brindes divertidos como copos e canudos personalizados, e dicas sobre qual bebida do portfólio combina melhor com o seu evento, que pode ser um happy hour, churrasco na praia ou qualquer outra interação com amigos comum nos dias quentes de verão. “REVOLUÇÃO VERDE” A rede Spoleto diversifica seu cardápio e acaba de lançar saborosas receitas de saladas prontas. A nova campanha da Artplan destaca o conceito de leveza dos pratos e frescor dos alimentos para agradar os clientes que buscam alimentação saudável e balanceada. As peças estão sendo veiculadas em todo o Brasil nos 351 pontos de venda da marca e conta, ainda, com filme de 15” exibido em TV fechada e na internet. O comercial explora em diversos closes uma das 12

grandes novidades do cardápio, a salada Capri, que tem como base a massa sem glúten. O vídeo mostra a 'arte' de montar as receitas, misturando folhas aos outros ingredientes, explorando as cores, texturas, leveza e frescor dos legumes e das verduras, aguçando o paladar do telespectador. Com o lançamento das novas saladas e da massa sem glúten, o Spoleto espera um crescimento de 10% nas vendas. O PODER DE DIZER NÃO Após o lançamento da campanha “BIS. Experimente o poder" que posicionou a marca como o chocolate que promove a zuera entre amigos, a Wieden+Kennedy São Paulo cria novo filme para uma das variantes da marca, o BIS Xtra. Diferente da tradicional caixa de BIS, o BIS Xtra é um chocolate para comer sozinho, a qualquer hora e em qualquer lugar. Mas para ter essa tranquilidade, sem precisar dividir o Bis Xtra com ninguém, o novo filme apresenta o poder de dizer não, até mesmo para os amigos mais próximos. Em “Doação”, uma dupla de amigos está se recuperando de um transplante. Com veiculação em TV e nos canais sociais da marca, essa é a primeira ação do ano. CANTADA A Casas Bahia acaba de entrar na mídia com campanha exclusiva para veiculação em canais da TV por assinatura. Criada pela agência Y&R, os três filmes apostam em uma nova linguagem para destacar os diferenciais e as vantagens de produtos tecnológicos em oferta na rede varejista. Os filmes são protagonizados por novo personagem, vivido pelo ator Felipe Aidar. Nas cenas, o garoto-propaganda aparece a cada momento em uma situação diferente: uma sala onde um casal vê filmes numa Smart TV, depois em um ponto de ônibus, fazendo amizade com alguém que usa o smartphone, e, por fim, passando uma “cantada” em uma garota por meio do seu notebook em um cybercafé. FAÇA SEU CURRÍCULO CRESCER O Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac) acaba de lançar a campanha “Faça seu currículo crescer” que tem foco no ingresso do jovem brasileiro ao mercado de trabalho, ressaltando que a conquista do primeiro emprego ou a ascensão profissional só acontece com a qualificação profissional. a campanha trabalha com irreverência na sua linguagem e visual, uma ilustração que remete ao momento da procura do emprego, quando se tem que entregar o currículo para contratação. Com uma linha de criação descontraída e moderna, a comunicação atinge o seu principal público-alvo – jovens entre 11 e 18 anos, da classe C.


João Renha: A Propaganda Brasileira depois de Washington Olivetto

Surgindo como uma nova forma de “vender” produtos, a propaganda aparece sutilmente na sociedade, reproduzindo anúncios e comerciais de varejos. De maneira ponderada e, ainda assim, incisiva; a publicidade permeia nosso cotidiano. Não é à toa que vivemos ansiando por alguma coisa – seja uma condição de vida melhor, ou o carro do ano. Causando reflexões socioeconômicas de estética e de emoções pessoais, a publicidade e propaganda vêm ganhando espaço na história mundial. É por isto que a REVISTA PRONEWS resgata em duas edições suas fases mais interessantes e deixa implícita sua importância para o mercado.

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Joyce Warren |

A EVOLUÇÃO DA PROPAGANDA BRASILEIRA


1821 – Começamos nossa viagem com a expansão da propaganda no Brasil, com o surgimento do jornal carioca Diário do Rio de Janeiro que, na época, ficou conhecido como “o jornal dos anúncios”. Já em Recife, o Diário de Pernambuco – o mais antigo jornal em circulação da América Latina – viu a necessidade de estampar em suas páginas, anúncios que facilitariam a vida da população recifense. Os anúncios eram feitos em forma de classificados: diretos e enumerados. Onde havia abundância de substantivos e falta de adjetivos. 1927 – Neste ano a publicidade já evolui e percebe a necessidade de incluir imagens em anúncios. Ou seja, deixou-se de lado o formato duro e estritamente profissional, para dar vez às inovações, como slogans e artes nas peças. Agora, os anunciantes dão prioridade às figuras e imagens para chamar atenção dos consumidores. Foi neste período que o Daudt – laboratório farmacêutico pioneiro na indústria farmacêutica do Brasil pelo vigor de suas campanhas publicitárias –, gerenciada por José Lira (grande inovador em outdoor), ganha destaque pelos cases do tônico A Saúde da Mulher – onde atingiu tiragens históricas de 1,5 milhão de exemplares e circulou até 1974 –, da pomada Boro Borácica e do xarope Bromil.

1950 – Já na década de 50, as agências de publicidade que predominavam no mercado brasileiro de propaganda, eram basicamente as mesmas que se destacam no mercado norteamericano: as grandes agências americanas. Onde traziam uma nova estética para o âmbito propagandístico brasileiro. Ao passo de que nos anos 20, 30 e 40 a publicidade era tímida e ainda amadora, nos anos cinquenta as agências evoluíram e começaram a despontar. Entre elas, destacavamse então a Norton, fundada em 1 9 4 6 , e a A l c â n t a r a M a c h ado/Periscinoto, fundada em 1956. Embora a propaganda deste período fosse carente, cheia de textos longos estritamente informativos com ilustrações em preto e branco, as grandes empresas já sabiam o poder de influência que exerciam na sociedade. A época favorecia o mercado, uma vez que o país estava em pleno desenvolvimento e muitos produtos e serviços deram sua contribuição para o esse processo. João Renha, em seu livro “A Propaganda Brasileira depois de Washington Olivetto”, diz que a Coca-Cola, por exemplo, foi uma das marcas que, já nos anos 1950, vinculava comercial no Brasil. Mesmo em preto e branco, o spot mostrava um casal que se unia, quando o locutor, em off, anunciava: “Saboreie os bons momentos da vida com Coca-Cola, pura e saudável”. Renha também explica em seu livro, que grandes autores da literatura brasileira também “emprestavam” seus nomes para as reportagens publicitárias. Segundo a publicação “era comum vermos matérias assinadas por Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga, Manuel Bandeira, Fernando Sabino e Nelson Rodrigues, entre outros tantos” que ajudaram a atrair a atenção do leitor para os anúncios. Ainda neste ano, a propaganda mostrou que, além de criar hábitos, costumes e até mesmo novas palavras, contribuindo para contribuindo assim para o desenvolvimento e o enriquecimento da língua nacional. Com a chegada

GRANDES NOMES DA PROPAGANDA NO MUNDO ANUNCIE AQUI!

Bill Bernbach, da Doyle Dane Bernbach 14

Leo Burnett, da Leo Burnett Worldwide

David Ogilvy, da Ogilvy & Mather

Raymond Rubicam, da Young & Rubicam


chegada da televisão, sobretudo a TV Tupi em São Paulo, um dos mitos criados pela publicidade foi a garota-propaganda. 1960 – O que marca nesta década são os anúncios escritos por autores. É neste período onde a fotografia e os layouts tomam conta e surgem junto com grandes nomes da propaganda, como Bill Bernbach, David Ogilvy, Leo Burnett e Raymond Rubicam. Eles trouxeram uma grande novidade para meio publicitário da época: a introdução da retórica como recurso de convencimento e de vendas. Agora, os publicitários não impunham produtos ao público, simplesmente. Eles o ofereciam, ao argumentar. É aí que se inicia a Era da Propaganda Moderna, onde o título já não importa mais. Essa prioridade passa a ser dos conceitos incutidos no produto. Justamente neste momento que os redatores foram os pioneiros da profissão. Nesta época a propaganda passou a “perder” sua inocência e ganhar frases conotativas, criativas e bem humoradas; brincando com o produto e desenvolvendo frases de duplo sentido, ao invés de trata-lo com um viés sisudo de seriedade. Contribuindo de forma significativa para a expansão do consumo. 1970 – Na década de 70 as agências americanas ainda dominam o mercado e ditam as tendências. No entanto, também neste período, surgem – ainda que por pouco tempo – importantes agências brasileiras, como Danison, MPM, CBBA, Salles Interamericana e Alcântara Machado. Essas agências foram pioneiras da publicidade no Brasil. Porém, dentre todas as agências, destacaram-se a DPZ de Roberto Duailibi, Ronald Persichetti, Francesc Petit e José Zaragoza – que, segundo o jornalista João Renha, em seu livro A Propaganda Brasileira depois de Washington Olivetto, reinventou a publicidade e criou nela o termo “Made in Brazil” – e a DD&B de Bernbach. Além disso, neste ano aconteceu a criação do Conar – Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária. Sendo um marco da propaganda no Brasil. O rádio também marcou esta década, atrelando informação e publicidade em sua programação. Tanto que o governo, na época com Jânio Quadros no poder, criou o Conselho Nacional de Telecomunicações, onde limitou 15 minutos por hora o tempo destinado a publicidade comercial estabeleceu os horários de propaganda política. 1980 – Em um momento onde muitas transformações pro-

fundas estavam acontecendo, o mercado publicitário se vê num limiar de euforia intensa e pessimismo. Pois não se sabe o que esperar. A TV e o rádio estão em plena ascensão e isto, de certa forma, favorece a propaganda; ao passo que reposicionamentos de conceitos acontecem. Nesta época o cliente busca publicitários pela excelência criativa, o que representaria muitos prêmios no Festival de Cannes – onde a propaganda brasileira é posta à prova. Outro fato importante deste ano é a implantação de uma nova emissora de televisão: o SBT, de Silvio Santos. 1981 – Aqui a Associação Brasileira de Propaganda (ABP) dá o tom no início da década. Já que a propaganda está em um momento de total efervescência. Segundo o livro Propaganda Brasileira, de Francisco Gracioso e J. Roberto Whitakaer Penteado, os maiores anunciantes no Brasil, em 1981, de acordo com a revista Meios & Mensagem, são predominantemente as multinacionais, “pontificando nada menos do que três empresas de varejo nacionais entre eles. A Caixa Econômica Federal mostra a força das empresas estatais, enquanto o único banco privado que se coloca entre os maiores anunciantes é o Bradesco”. Outro ponto interessante desta época na publicidade é a imagem da mulher. Exemplo disso foi o lançamento de uma marca de cigarros (Ella) criado pela Souza Cruz, onde causou grande alvoroço e inúmeros debates sobre o feminismo no Brasil. Em detrimento disso a americana Rena Bastos, da J. Walter Thompson, veio ao Brasil para falar sobre seu livro de consumo feminista – The Moving Target – constatação de uma pesquisa da Standard, Ogilvy, onde ilustra como a propaganda brasileira ainda trata a mulher como objeto e padroniza seu papel de dona-de casa ou dondoca. Tendo como consequência a má reação dos homens ao verem mulheres livres de estereótipos. Em contrapartida, após o lançamento da série sobre As Mulheres da Propaganda (1981), a seção Panorama Publicitário de O Globo, onde publica entrevista com mulheres importantes do mercado, mostrou que era cada vez maior o número de mulheres atraídas pela e propaganda e marketing. 15


CAPA

Ivelise Buarque |

UMA PRODUÇÃO A SER APOIADA PELAS MARCAS Durante mais de cinco décadas a frase “Cinema é a maior diversão” do empresário cinematográfico Luiz Severiano Ribeiro, fundador do grupo Severiano Ribeiro, tornava grande e memorável uma das experiências mais impactantes para a sociedade. Hoje, a indústria cinematográfica não é mais a mesma, e o que impera atualmente no País é uma fábrica de produção audiovisual que proporciona mais do que entretenimento. Este é um cenário de sucesso para um novo mundo de negócios em que saem ganhando os seus realizadores, marcas, prestadores de diversos serviços (em especial de todas as áreas da comunicação) e naturalmente agências de propaganda. E não é à toa. Este mercado não para de crescer desde o nascimento da Ancine - Agência Nacional do Cinema (2002). “O conteúdo audiovisual é um excelente meio para divulgação de marcas, empresas e produtos. E envolve desde peças publicitárias até o próprio merchandising. Estratégias diferenciadas aproximam o conceito deste conteúdo com o espírito da marca, da empresa e do produto a ser divulgado. Envolvem diversas ações criativas”, diz Mario Diamante, diretor de Projetos Audiovisuais do Arte1/ Grupo Band (SP). No que diz respeito à tela grande, que é onde está hoje o maior rendimento deste setor no País, os dados oficiais apontam que a contribuição econômica do cinema para o PIB brasileiro é bastante positivo, chegando a cerca de 0,6% (somente em 2013), segundo o IPCA/IBGE. E para se ter ideia desta força os filmes nacionais venderam 13,6 milhões de ingressos, somente no 1º semestre de 2014, faturando mais de R$ 140 milhões, quase 90% do de todo o número registrado em 2012. O que significa que ficar de fora deste movimento é perder a oportunidade de realizar bons negócios. “As ações e as marcas podem se integrar ao sucesso da produção, se for feita de forma pertinente e adequada, contribuindo para a dramaturgia e a informação. E por isso ajuda na formação financeira das obras audiovisuais”, destaca Diamante. De acordo com o diretor de projetos audiovisuais, estamos no caminho para um novo cenário que mostra que a produção como um todo caiu e pode cair cada vez mais no gosto do público brasileiro e ficar mais independente da politica pública, que foi fundamental no início. “Acredito que o conteúdo audiovisual pode vir a ser um grande negócio para uma empresa e marca, e isso depende também do tipo de produção sobre a qual está se falando. Acho que é mais fácil acontecer com TV e filme para internet – que já fizemos muito sob Mario Diamante, Arte1/ Grupo Band (SP)

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encomenda. E aí quando você participa da formatação e planeja o material junto com as empresas você consegue inserir as marcas hoje sem ser no formato de anúncio mais agressivo, mais objetivo”, comenta Marcelo Barreto, sócio-diretor do Ateliê Produções (PE) Para o empresário, temos a produção como uma importante ferramenta de construção de conceito. O processo de parceria com as empresas possibilita colocar no produto audiovisual um conceito para qualquer marca desde que se tenha um conhecimento muito afinado com quem planeja e gere a marca (a agência ou o próprio marketing). “A nova publicidade ou a nova forma de se vender a marca está muito alinhada com o conteúdo audiovisual porque ele está presente nas telas móveis e onde as novas gerações estão consumindo. As marcas estão se aproveitando dessa transformação para construir uma nova imagem dentro de coisas que atraiam o consumidor. Ele hoje não procura assistir propaganda, que era algo que estava entre programações. Atualmente, dificilmente ele espera para assistir ao que quer”, reforça Barreto. Diante deste novo telespectador que determina e controla cada vez mais a própria programação (o que deseja ver, pausar, pular e avançar), o grande desafio das marcas é estar presente ao espectador e, por isso, está realmente difícil encontrar espaços comerciais que se adequem a essa


Marcelo Menezes |

Diego Rocha, Uninassau (PE)

realidade. Um problema que tem que ser contornado uma vez que a indústria audiovisual já movimenta mais de 71,49% do total da verba publicitária no Brasil, totalizando mais de 18,1 bilhões de reais por ano. E por isto encontrar novas formas de chegar a este público-consumidor e fazê-lo se conectar é o cerne da questão. “O mercado é muito grande e o público consumidor, cada vez maior. A televisão era, vinte anos atrás, marcada pelo espectro de TV aberta e com poucos canais. Toda a programação era produzida dentro das emissoras e cabiam às produtoras as publicidades. Hoje, você tem vários espectros. A TV a cabo tem crescido cerca de 20 a 30% por ano. É um crescimento importante porque a classe C, a de menor renda, passou a ter condições de custear o serviço da TV fechada e ter acesso. Mérito também da indústria, que coloca o serviço e a plataforma de exibição, e proporciona que mais gente consuma vídeo. Isto porque o mercado brasileiro acompanha o crescimento do mercado audiovisual do mundo inteiro”, reforça Marcelo. Em virtude desta realidade, ganha força nesse cenário o que se chama de "publicidade editorial", já integrada inclusive ao mercado editorial. Esta seria a produção de conteúdo que beneficie ou enalteça uma determinada empresa, marca ou segmento, segundo o coordenador de cursos de Comunicação Social da Uninassau (PE), Diego Rocha. “A força da publicidade editorial é que ela ganha em relevância por não ser uma propaganda propriamente dita, mas sim um conteúdo onde se aborda um tema de interesse das empresas. Naturalmente é do interesse das empresas que se produzam conteúdos onde possam ser bem vistas, por exemplo, um vídeo sobre a responsabilidade ambiental no qual empresas praticam ações alinhadas com essa política em suas rotinas. Dessa forma seria do interesse da empresa que esse vídeo seja produzido e que ganhe visibilidade, gerando assim um patrocínio ou mesmo um custeio. A tendência dessa prática é que temas de relevância social e de interesse público sejam cada vez mais presentes e se tornem um ambiente de divulgação próprio”, exemplifica o professor pernambucano. Para o especialista, a cultura de valorização traz nova condição para o país de produção de obras audiovisuais sustentáveis. E isto não só poderá favorecer a busca pela independência do mercado como ainda estimulará a concretização dos anseios do nosso cinema desde sua retomada nos anos 90, e ainda permitirá a criação de uma indústria cinematográfica perpetuada pelas próprias ferramentas. “Em relação às produções menos de mercado e mais de cultura, hoje o governo tem se portado como incentivador da produção audiovisual com

categorias de incentivo e de custeio na forma de liberação de verbas públicas para este fim. Essas produções nem sempre ganham visibilidade ou despertam o interesse do público, ficando restritas a festivais e coleções de acervo público em museus e afins”, destaca Rocha. Para driblar o problema, ele ressalta que as ações para agilizar e difundir essa produção são alternativas viáveis lançadas nos dias de hoje. Apesar de uma obrigação imposta, as deliberações sobre o espaço em canais de TV (mesmo as por assinatura) reservados para produções nacionais é uma tendência que fará com que cada vez mais as emissoras busquem gerar uma produção nacional e incentivar toda essa indústria, criando uma cultura de consumo local. E não é a toa. “Os incentivos governamentais cresceram muito na última década e são a principal alavanca da produção audiovisual brasileira atualmente, sobretudo o Fundo Setorial do Audiovisual/FSA. A distribuição dos conteúdos nacionais em salas de cinema ainda é um nó, mas a legislação está sendo aprimorada no sentido de melhorar este fluxo. Houve, no entanto, a partir da promulgação da Lei 12.485/2011, a chamada 'Lei do Cabo', uma significativa abertura para distribuição/exibição de conteúdos 17


Fernando Palacios, Storytellers Brand'n ´Fiction (SP)

audiovisuais nacionais de produção independente na televisão (PAY TV)”, lembra Samantha Ribeiro de Oliveira, gerência de aquisições nacionais da EBC/TV Brasil (RJ). Esta tem sido assim a melhor tentativa de ultrapassar entraves de produção e de desenvolvimento de uma indústria que, no mundo todo, alavanca somas impressionantes, e que o Brasil já mostrou ter capacidade de construir e se garantir. Exportamos profissionais das telas grandes para fora do país com grande projeção internacional como Fernando Meirelles, Vicente Amorim, Walter Salles, Carlos Saldanha e Hector Babenco, e temos ainda diversos expoentes despontando nos últimos anos. “Anualmente o Brasil produz cerca de 100 longametragens, dos quais apenas uma média de 10 conseguem se pagar através da bilheteria. Por isso a presença das marcas é tão importante. Mas, existe uma diferença entre a marca querer aparecer na obra final (e pagar por isso, como no caso da novela) ou apenas ficar nos bastidores (e receber uma parcela do faturamento). O filme Tropa de Elite, por exemplo, gerou um retorno sobre investimento fantástico”, lembra Fernando Palacios, diretor da Storytellers Brand'n ´Fiction (SP). Esses retornos acabam sendo os estímulos para que as empresas se envolvam neste cenário, mas naturalmente de que forma podem se envolver e quais as marcas e segmentos estimulam mais nesta nova produção audiovisual brasileira depende de diversos fatores, segundo o especialista. “Essa questão depende muito da finalidade do produto audiovisual. Quatro vertentes de destaque são a teledramaturgia, o cinema nacional, a TV fechada e a Internet. A novela é um mercado de poucos players, mas extremamente rentável. As mar18

cas costumam entrar como anunciantes nos intervalos comerciais ou dentro da trama através do product placement, que no Brasil costuma ser erroneamente chamado de 'merchandising'. Uma novela pode chegar a nove meses de duração e o valor investido pelas empresas nesse período pode ultrapassar R$ 3 bilhões”, ressalta Palacios. Observamos, contudo, que esta indústria não só está crescendo de forma acelerada em virtude de um cenário de valorização ou de protecionismo, como devido à existência de demanda e oportunidades crescentes para profissionais e marcas se integrarem numa nova produção de campo, a do setor Multimídia. “As emissoras estão buscando estratégias como 'inserir os sucessos da internet' na TV, 'abrir espaços para debates', divulgar matérias exibidas na TV dentro de seus portais", comenta Thiago Santos do Marketing do Elo Milhas. Ele enfatiza que esta é uma comunicação distinta do que o público está habituado já que as comédias da internet, assim como a própria linguagem do meio online, é bem diferente do que o grande espectador está acostumado. PONTO DE PARTIDA – Inegavelmente a atual produção audiovisual é reflexo do processo de resgate do cinema nacional com Carlota Joaquina – Princesa do Brasil de Carla Camurati, há 20 anos, que trazia uma nova onda no mercado brasileiro recolocando-nos em destaque. Este movimento foi definitivamente iniciado com o aporte de muitas marcas (mesmo que aos trancos e barrancos) e beneficiou, inclusive, outras produções subsequentes como “Baile Perfumado” (1996), “Central do Brasil” (1998), “Cidade de Deus” (2002), “Tropa de Elite” (2007), “Bruna Surfistinha” (2011) e, mais recentemente, o “Hoje eu quero voltar sozinho”, por exemplo. “Nos últimos 20 anos, não havia uma produção constante de filmes de longa, por exemplo, com alto grau de comunicabilidade com o público, ou autorais ou produção de series com produção independente”, lembra Mário Diamante. Até novembro de 2013, este cenário cinematográfico brasileiro registrara a venda de 22 milhões de ingressos para filmes nacionais no mercado interno brasileiros, para projetos como “Meu passado me condena”, apontado como a segunda maior bilheteria do ano. E, com isso, assistimos sair dos monitores projetos que alcançaram a telinha e produções que saíram da telinha para as telonas, e vice-versa como 'Os Normais' (2003), 'E se eu fosse você' (2006) e 'Opaió' (2007). “As coisas aconteceram juntas. Temos uma convergência de


fatores positivos. E uma coisa alimenta a outra. Vemos um círculo virtuoso com um aumento de produção para TV por assinatura por uma nova legislação amparada por investimento público e a ampliação e popularização da TV por assinatura no brasil. E com isto cresce a força dos independentes que têm uma visão de futuro de exibição e financiamento”, ressalta o diretor de Projetos Audiovisuais do Arte1/Grupo Band. Este é apenas um termômetro do momento positivo que estamos vivendo atualmente, estimulado pelo aumento do consumo de produtos audiovisuais (em especial pela indústria cultural dirigida ao lazer), incentivos governamentais, sensibilização de empresas apoiadoras e a cota de emissão de produções nacionais brasileiras em TVs pagas e o avanço de produções independentes. Isso implica em um mercado de comunicação que sofreu incremento de 8% de 2013 para 2014, só para se ter uma ideia e que ainda promete muito mais. “A TV sempre foi um espaço bastante fechado. A aberta produz boa parte do seu próprio conteúdo, enquanto que a fechada traz de fora. Com a Lei da TV Fechada, abriu-se um espaço. O interessante da TV fechada é uma audiência qualificada que permite a sofisticação do produto audiovisual. Não é por acaso que um seriado como 'Sessão de Terapia' figura entre os programas mais assistidos”, diz Fernando Palacios. Para o especialista, isto abre as oportunidades, mas, com isto, enfrentamos uma grande dificuldade na rede fechada que está diretamente relacionada ao storytelling (a grosso modo, uma ferramenta de marketing usada na formada de desenvolvimento de história). “O que essa audiência espera de uma programação pela qual ela pagou é qualidade. Quando falamos de ficção,

qualidade significa uma boa história, bem contada. Isso é storytelling. Como as verbas da TV fechada impedem grandes produções com efeitos especiais, a saída está no bom roteiro. Aqui aparece um grande gargalo”, destaca Fernando. Ele reforça que os produtores brasileiros dizem que o país não possui muitos roteiristas qualificados. “Afinal, são anos de experiência e muito investimento até dominar a técnica. Por outro lado, os roteiristas brasileiros argumentam que o roteiro é desvalorizado no Brasil”, ressalta. E, desta forma, diversos agentes entraram nos últimos tempos para incrementar o processo, preocupados talvez em atender a determinação federal e também de olho no desenvolvimento deste mercado, entre os quais estão bancos de investimento, Fundo Setorial do Audiovisual, investidores privados. Esses atores se uniram aos tradicionais patrocinadores do setor através de leis de incentivo, poder público (MinC, Ancine e a RioFilme, por exemplo) e geraram não só os gatilhos e as condições apropriadas para escoar a produção no mercado interno como também contribuíram para estruturação de gestores audiovisuais. “A intervenção do estado foi positiva, mas o ideal é que ela seja menos necessária. Isto é mais saudável para a nossa produção audiovisual, mas ainda não chegou o momento. Contudo, hoje estamos no caminho. Temos que cair cada vez mais no gosto do público brasileiro e ficar cada vez mais independente da politica pública, mesmo que ela tenha sido fundamental”, enfatiza Diamante. Atualmente, vivenciamos um cenário cada vez mais composto por produtores, diretores e distribuidores e, o mais importante, produções brasileiras que chegam de fato ao espectador e que estão sendo bem recebidas pelo público, ocupando diversos lugares: os monitores, as telinhas de casa, as salas de cinema e os aparelhos mobile (com mais de 210,5 milhões de assinantes de serviço de telefonia no Brasil). Mesmo que boa parte dessa realização audiovisual esteja concentrada em gêneros específicos (como comédias, policiais e biografias musicais), esse conteúdo revela a capacidade de produção e comunicação desta indústria nacional, que trafega mais no segmento da produção independente. “Como nunca houve antes no Brasil uma relação sólida estabelecida entre as TVs e as empresas produtoras de conteúdo, com a obrigatoriedade legal de exibição de produção independente nacional, os canais abriram suas grades para os conteúdos audiovisuais independentes. Isso aqueceu bastante os mercados de produção e licenciamento para as empresas produtoras e distribuidoras de conteúdos, que precisam se adaptar e

Thiago Santos, Elo Milhas

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Fábio Burg, Rái (SP)

'correr atrás' para 'ocupar' esse novo espaço, criado a partir da promulgação da 'Lei do Cabo'”, comenta Samantha Ribeiro de Oliveira. Os financiamentos, as propostas e os investimentos para as redes de televisão fechadas mostram que este caminho tem dado certo por enquanto, afinal estamos vivendo o fenômeno da popularização das TVs por assinatura, segundo a coordenadora artística e de conteúdo do canal GNT/ Globosat, Patrícia Koslinski, durante debate entre players do setor na segunda edição do Market.Mov (realizado no Recife, em novembro passado), com o incremento da Classe C. Isto realmente motivou este aumento de ofertas e oportunidades para o setor desenvolver produtos audiovisuais de qualidade para televisão e novas mídias de comunicação eletrônica (internet e dispositivos móveis). “De uma forma geral, todos os produtores e distribuidores de conteúdos audiovisuais estão tentando entrar no 'nicho' de produção para TV e Web, mas isso requer um grau de profissionalização empresarial que muitos ainda não alcançaram, tanto do ponto de vista da estrutura técnico-operacional quanto do ponto de vista dos recursos humanos”, diz a gerência de aquisições nacionais da EBC/TV Brasil. Ainda em desenvolvimento de gestão e profissionalização empresarial, essas criações estão crescendo de vento em popa, sendo pensadas de acordo com cada mídia com os apoios públicos e privados necessários, e a garantia de exibição nesses meios. E com isso estão naturalmente ganhando vários adeptos, embasados em casos bem sucedidos no passado como o extinto “Vendemos cadeias” (com o ator Gregório Duvivier do Porta dos Fundos, exibido no Canal Multishow). “Produzir para TV é produzir em escala, com prazos rígidos de entrega e acompanhamento editorial dos canais desde o argumento até o corte final. Isso é totalmente novo na cadeia produtiva do audiovisual brasileiro. Uma produção que está sendo financiada, em sua maior parte, pelas linhas Prodav do Fundo Setorial do Audiovisual e, em menor parte, por investimentos diretos dos canais”, esclarece Samantha. O CASAMENTO DE SUCESSO – Em outubro do ano passado, a Empresa de Distribuição de Filmes - RioFilme anunciou durante o Festival de Cinema do Rio o lançamento de editais de financiamento para o setor audiovisual que devem contemplar 40 projetos nas áreas de cinema, web e televisão com o montante de R$ 10,16 milhões. São três linhas que irão receber investimento seletivo e prevê pelo menos 15 filmes (ficção, animação ou documentários), 11 projetos de curtas e 20

dez projetos de séries para o YouTube. “Há, de fato, uma revolução tecnológica em curso, com uma mudança radical nos hábitos de consumo de mídia/informação. Há muitos fatores que influenciam esse movimento simultaneamente como mentalidade, demanda do espectador, consumidor por conteúdo nacional, sensibilidade das empresas e marcas, crescimento de uma mão de obra e de infraestrutura para produção de qualidade competitiva, normas e leis de proteção”, destaca Samantha. Contudo, a profissional enfatiza que essas mudanças aparentemente positivas trazem consigo um novo e permanente desafio para o trabalho com comunicação, tendo em vista que tudo está em constante mutação e não há muitas certezas quanto ao que vai, de fato, se consolidar no futuro. “Mas, certamente, os novos hábitos de consumo de conteúdos seguem na direção do fim da grade 'linear', onde o espectador assistia passivamente o que lhe era ofertado, com gradual substituição e predominância dos chamados produtos de 'cauda longa', que podem ser comercializados, visionados em diversas plataformas, com desdobramentos em aplicativos, mobile, redes sociais, exibições online (streaming gratuito/VOD/OTT)”, diz Oliveira. Ser flexível se torna assim uma das grandes provocações da atualidade. Um exemplo é o Porta dos Fundos que migrou agora do Youtube para a telinha, assim como o curta “Eu não quero voltar sozinho” saiu se popularizou na web e ganhou com sucesso a telona com o “Hoje Eu quero voltar sozinho” (indicado até para representar o país no Oscar). Mas ainda temos o “Mulheres são de Marte”, que naturalmente seguiu com grandes expectativas para a telona e o “E


se eu fosse você” partiu das salas de cinema para a telinha como uma série com boas perspectivas para o público espectador da rede fechada. E muitos desses projetos estão sendo desenvolvidos com o forte apoio da iniciativa privada, que aliado ao mercado publicitário estão criando novas formas de se comunicar com o consumidor e de reforçar sua imagem. “Ao falar de marcas abordamos produção visual para publicidade e, nesse aspecto, a popularização das produtoras de vídeo tem trazido vantagens para o setor. Quanto mais se produz num segmento mais ele tende a ganhar espaço e importância, e dessa forma aquece seu mercado”, é da opinião Diego Rocha. Então, estar conectado de forma assertiva com a propaganda e acompanhar o crescimento deste setor talvez seja a questão chave, pois este mercado é uma ferramenta potente de transmissão de conhecimento e detém hoje um grande público consumidor. “A televisão é um mercado que está em franco desenvolvimento, aberto, e os canais estão procurando parceria com produtores independentes, que tenham conteúdo planejado e alinhado, e que se adequem com o canal. A consequência disso é a formação de futuros parceiros privados”, diz Marcelo Barreto. Ele enfatiza que hoje o governo permite a atuação em parceria, por meio de contrato societário entre a TV e o produtor independente para acessar o FSA, que prevê que os programas se sustentem no mercado corporativo, privado. Diferente de vinte anos atrás em que basicamente se concentrava nos formatos para televisão e cinema, ele acredita que o mercado audiovisual brasileiro vive um momento muito especial e imprescindível. Isto por que está espalhado

por várias telas (celular, tablet, computador, desktop e até no relógio) e possibilita uma programação produzida fora das emissoras. “Cada TV e canal tem seu público, seu target, bem definido. Você tem que saber o que produzir para esse canal x para que ele compre a ideia, você se associe e planeje o desenvolvimento e a sustentabilidade de uma série, de um programa”, diz Barreto. Ele cita o caso da produtora pernambucana que lançou ano passado o filme Sete Corações (homenageando sete maestros do frevo local) e produz os programas o Pé na Rua e Plano Aberto. “Temos o Pé na Rua e o Plano aberto que, neste caso específico, foram produzidos para a TV pública, sem objetivo comercial. São dois cases diferentes. Continuamos com a produção deles mas entendemos que é uma prestação de serviço com a característica pública”, destaca o produtor, que vem comandando esta linha de trabalho com uma empenhada equipe há seis anos. E trabalhando no sistema de prestação de serviço, assim como ligada em grande parte à publicidade, via agências, fazem filmes e vídeos internos para a internet, inclusive projetos em parceria com as empresas de propaganda e diversas empresas. “Com patrocínio da Netuno, desenvolvemos para televisão uma ideia da Makplan, o programa Melhor do Mar, com grandes chefes locais realizando receitas de um minuto. É publicidade, mas é um projeto audiovisual sustentável”, lembra Marcelo. O alcance do movimento desta nova indústria está ai para ser explorado, e com o caminho cada vez mais focado talvez nas séries e filmes. Contudo, apesar do apoio governamental, a participação das marcas e da publicidade nesse processo é fundamental para um futuro próspero “O audiovisual é um dos caminhos prediletos do cliente quando o assunto é falar sobre sua marca, porém, a equação custo x qualidade ainda gera longas discussões quando falamos de TV aberta e TV paga”, comenta Fábio Burg, sócio-fundador e CEO do Rái (SP). Para o executivo do Grupo que tem muita expertise em negociação com TV paga, atender às expectativas e exigências das empresas é um grande diferencial. Isto é tão essencial como se destacar com uma produção criativa e impactante para as marcas, porém com baixos orçamentos, pois se configuram como alguns dos desafios permanentes. “No setor publicitário estes são dilemas presentes em todas as negociações. E, desta forma, os planejamentos de mídia estão cada vez mais direcionados para a produção de filmes e a migração dos investimentos em publicidade para o audiovisual em TV paga, que quebrou paradigmas importantes no setor”, enfatiza. Samantha Ribeiro de Oliveira, EBC/TV Brasil (RJ)

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A VEZ DO CLIENTE

Institutos Embelleze foram criados com para transmitir o conhecimento da marca, acumulado ao longo de 30 anos

Joyce Warren |

BELEZA E FEMINILIDADE TRADUZIDAS EM PRODUTOS Sempre buscando elevar a confiança e autoestima das mulheres, a Embelleze está no mercado há mais de 45 anos no setor de cosméticos. A marca oferece produtos que agregam beleza e feminilidade. Sendo assim, possui um jeito diferente de enxergar o mundo e as necessidades das mulheres. E para reiterar seu conceito de excelência, a marca lança sua nova campanha: Revele-se. A ação conta histórias de mulheres que mudaram a cor de seus cabelos e revelaram suas verdadeiras personalidades. Com o objetivo de dar o poder de escolha à mulher, a Embelleze decidiu traduzir o conceito da beleza feminina em um vídeo onde mostra a mulher brasileira lutando por seus objetivos, enfrentando as múltiplas jornadas de trabalho e ainda encontrando tempo para se arrumar e estar sempre linda. Para inspirar essas guerreiras, a marca investiu estratégias de marketing na coloração Maxton, onde mostra como essas mulheres devem se sentir charmosas e encantadoras. É a primeira vez que a empresa cria um filme de TV específico para a marca de tinturas. De acordo com Vinicius Ribeiro, gestor da Maxton, “a marca percebeu que muitas vezes a 24

mulher se olha no espelho e percebe que a personalidade dela não condiz com o reflexo que ela vê. Aí entra o papel de Maxton: ao pintar os cabelos com a cor desejada, a mulher brasileira está revelando a sua verdadeira personalidade. Daí vem o nome da campanha. Estamos estimulando a mulher a buscar se libertar e expressar melhor seus desejos”, explica. As histórias estão sendo contadas na TV, no rádio, na web, nas ruas e nos pontos de venda. Pois se trata de uma campanha integrada para tocar a mente, o coração e os desejos das brasileiras e, consequentemente, inspirar outras mulheres a fazerem o mesmo. Pois pintar os cabelos significa expressar a sua personalidade e começar uma nova vida. É justamente por isso que a Embelleze apostou na tintura Maxton; para imprimir o verdadeiro poder de decisão da mulher. A campanha foi desenvolvida pela agência Conspiração. DESAFIO – É claro que para permanecer neste mercado tão competitivo, é necessária muita coragem para inovar e criar novas práticas de desenvolvimento mercadológico dentro da


Jomar Beltrame, vice-presidente da Emebelleze

empresa. E por ser 100% nacional busca entender as necessidades e desejos da mulher brasileira. Seu diferencial, segundo Vinícius, “é desenvolver produtos que acompanham a mulher em todas as fases da sua vida”. Além disso, contar com uma equipe empenhada em divulgar o real conceito da marca. Bem como entender as necessidades da mulher, hoje. Já que, em sua maioria, são independentes e chefes de família. Ainda segundo o gestor da Maxton, o mercado é muito dinâmico e os produtos são lançados diariamente, portanto, ele acredita que o principal desafio “é a busca incansável de tendências e comportamento das consumidoras e que produtos vão atender esses novos desejos”. Diante disto, a Embelleze, além de investir capital em mídia impressa, digital e PDV, também participa do YouTube com um canal de vídeos dando dicas de beleza. “Temos uma equipe de produtos e criação muito competente, que desenvolvem as campanhas. Além disso, contamos com uma consultoria de branding internacional que nos ajuda a direcionar o caminho das marcas”, pontua Vinicius Ribeiro. Trabalhando intensamente com as redes sociais desde 2008, Vinicius também entende que este é um dos grandes motivos para que hoje a Embelleze tenha um ótimo relacionamento com blogueiras influentes no Brasil e no mundo. “Nosso canal no YouTube é um dos nossos focos. Possuímos uma equipe de vídeo interna, o que facilita muito o desenvolvimento de novos vídeos e também podemos garan-

tir uma assiduidade no canal. Sabemos que estar sempre presente para nossas consumidoras é muito importante” revela. Para acompanhar todo processo de mudanças nos conceitos de beleza femininos, e acertar em cheio o target, a Embelleze também aposta em pesquisas de consumo. Assim, estão constantemente em contanto com seu público, buscando informações sobre o mercado; não só para fins de planejamento de estratégias de marketing, mas para a execução do plano de mídia da empresa. “Temos o apoio competentíssimo da DPZ que junto com a nossa gestora de mídia nos ajuda a aperfeiçoar da melhor forma possível o nosso budget ao nosso target”, revela o gestor da linha Maxton, Vinicius Ribeiro. A revista Embelleze também é uma das estratégias de marketing da marca. Uma vez que as edições são encontradas online. Sua primeira edição foi lançada em 1991 com tiragem de três mil exemplares. Atualmente, a revista vai para a 54º edição, com mais de 30 mil exemplares. Vinicus explica que a linha editorial da revista sempre teve o desafio de traduzir a missão da empresa que, na época, chamava-se Ebony. O nome da publicação sempre foi Embelleze, passando a ser o nome da empresa também posteriormente. INOVAÇÃO – Outro ponto interessante da empresa são os Institutos Embelleze espalhados por todo Brasil. Criado com objetivo de transmitir todo o conhecimento da marca, acumulado ao longo de 30 anos de historia do Sistema Embelleze, foram estabelecidos os institutos. Segundo Jomar Beltrame, vice-presidente da Emebelleze, na época em que os institutos foram criados, a empresa tinha uma dificuldade enorme de transmitir informação ao mercado, principalmente na categoria de transformação, que já era líder na ocasião. “Dessa ne-cessidade começamos a fazer workshops em todo Brasil, mas o alcance nosso não era suficiente, com isso surgiu a neces-sidade de abrir o Instituto e depois multiplicar por meio do Sistema de franquia. Hoje somos 400 unidades com mais de 700 mil alunos formados e 220 mil em sala de aula ativos. Estamos entrando em três países este ano com o Instituto. Colômbia, República Dominicana e Equador. Com a Embelleze fabrica já estamos presentes em 16 países. Os alunos formados dentro de uma filosofia de beleza única baseado nos estudos dos arquetipos que temos sobre o mercado Brasileiro e o que a beleza significa para Mulher Brasileira”, concluiu Jomar.

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DE OLHO NA CAMPANHA

EM FAMÍLIA TEM MAIS SABOR

Angélica e Luciano Huck protagonizam a nova campanha da Perdigão. A união dos dois é um exemplo para a marca. A demonstração de afeto, carinho e respeito de ambos pela família é legítima e sincera. Esses são os atributos que permeiam o conceito da nova campanha, assinada pela DM9DDB, que também ressalta a importância dos pais nas decisões familiares e destaca a individualidade e preferências de seus membros. A primeira fase da campanha reúne produtos em que a Perdigão é líder de mercado: salsicha, empanados e mortadela. Os filmes são descontraídos e retratam situações reais, muito bem resumidas no slogan “Perdigão. Em família tem mais sabor”. Além do filme de TV, a estratégia de comunicação contempla também anúncios de páginas duplas em revistas e cinco vinhetas de 5”, todos reforçando a afetividade que o consumidor tem pela marca.

DE ONDE VEM O DINHEIRO? O Itaú lança série com três filmes que levam, de forma lúdica e educativa, o tema da educação financeira para a relação entre pais e filhos. Os episódios, disponíveis no canal oficial do Itaú no Youtube e no perfil do Facebook, estimulam o engajamento dos pais e das crianças e a reflexão sobre a relação entre esforço e dinheiro. Criados pela agência Africa, os filmes mostram a jornada de algumas crianças que, com a ajuda dos pais, aprendem na prática a origem e o valor do dinheiro. A proposta do Itaú com essa nova campanha é estimular a troca de conhecimentos sobre o bom uso do dinheiro por meio de práticas simples, mas eficazes. Logo no primeiro episódio, as crianças respondem perguntas como: de onde vêm as cores? E a água? E o dinheiro? As respostas são espontâneas e cheias de graça. Para descobrir a origem do dinheiro, no segundo episódio, as crianças visitam uma plantação de laranjas em uma fazenda. Elas aprendem o processo desde o plantio à colheita e venda. No terceiro e último episódio da série, depois de colherem as laranjas, elas recebem uma missão: para ganhar o brinquedo que desejam, devem ir a uma feira e ajudar os pais numa brincadeira de venda de sucos de laranja. A ideia é instigar a percepção dos pais e educadores de que respostas para perguntas como De onde vem o dinheiro? podem ser dadas naturalmente, em atividades que já são realizadas no dia a dia. 26


Segundo o antropólogo e consultor de empresas Grant McCracken, citado em matéria da Época Negócios em 2012, “nós temos de aprender a entender melhor o que é uma tendência”, em seu curso no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Para o especialista, há uma confusão acerca do que são meras novidades e tendências, no mundo de hoje. E as empresas, marcas e agências estão trabalhando incansavelmente em cima de fatores que despontam como mudanças, mas que nem sempre se configuram como uma guinada profunda de comportamento, o que consequentemente está diretamente relacionada à tendência. “Dentro do atual cenário de grandes mudanças, o que podemos conceituar de tendências são aquelas mudanças mais estruturais e duradouras de preferências e, consequentemente, de consumo”, comenta Maurício Garcia (SP), diretor regional do Ibope Inteligência em Recife. Em sua opinião, um bom exemplo dessa diferenciação são as influências apontadas por diversos estudos de um maior consumo de produtos voltados à terceira idade, que se baseiam em fatos reais e demográficos, que necessariamente acarretam mudanças no comportamento de consumo. “Hoje, no Japão, se vende mais fralda para adultos (geriátrica) do que para crianças. Assim, chamamos de tendência a possibilidade de se observar na sociedade movimentos populacionais ou comportamentais que resultem em uma mudança estrutural mais consolidada e perene. Já a moda é um conceito também real de consumo, mas que tem uma duração de tempo mais curta, e que é embasada por motivações menos enraizadas na sociedade”, enfatiza Garcia. Para o diretor do Ibope Inteligência, é fácil avaliar essa distinção tomando-se como base o setor de confecção, o de telefonia celular. É importante considerarmos antes de tudo as distinções do que de fato é uma inclinação permanente e do que é moda passageira, pois, em uma avaliação geral, acreditase que é possível identificar uma média de 132 mil tendências, segundo McCracken. E desta forma o que acredita ser mudanças é apenas movimentos voláteis que surgem e desa-

parecem, podendo retornar novamente e impactam o consumo em todos os níveis sociais, que passaram a consumir mais nos últimos anos, de acordo com Maurício. “Desde sua grande difusão até hoje, apontava-se que a tendência era um telefone cada vez menor. Isso durou até um determinado limite. Nos últimos anos, a tendência é de um telefone cada vez maior. O que ocasionou essa mudança? Uma série de fatores. Nesse sentido, olhando para trás, esses movimentos poderiam ter sido chamados de moda, mas como seu enraizamento social foi bastante profundo, podemos tomar a liberdade de chamar ambos os movimentos (aliás, contraditórios) de tendências durante um período. Mas isso é uma questão conceitual”, destaca. Neste caso, torna-se impossível distinguir o que realmente influencia de fato e o que é apenas modismo? Não. Estudos indicam que as empresas encontram um cenário influenciado por diversos elementos, como, por exemplo, a valorização da qualidade de vida, o consumo precoce e o aumento do poder de consumo das classes de baixa renda e o envelhecimento populacional. Eles se tornaram indicadores

Luciana Stein, pesquisadora de tendências e Lead Strategist para a América do Sul & Central (SP) 27

Ivelise Buarque |

MODISMO OU TENDÊNCIA?


Roberta Correia, gerente de Desenvolvimento Territorial RMR e Mata Norte do Sebrae-PE

aos quais devemos nos manter atentos, e estão até registrados na pesquisa de 2010 da Macroplan – Prospectiva Estratégia e Gestão: “Mudanças no Perfil do Consumo no Brasil: Principais Tendências nos Próximos 20 Anos”. “Nos últimos anos, o mercado de consumo cresceu muito na América Latina criando mais opções de consumo/mercado. Se antes apenas existiam produtos caros (para ricos) e baratos (para consumidores de baixa renda), foram criadas novas alternativas (no meio) para consumidores que desejavam produtos com mais qualidade, tinham mais dinheiro pra pagar, mas não eram consumidores 'ricos'. A emergência da classe media latino-americana estimulou que o mercado se diversificasse, oferecendo mais opções de compra (mais variedade) e produtos e serviços mais convenientes, que oferecem mais flexibilidade. Por exemplo, o consumidor pode comprar apenas uma parte não tudo, pode mudar a data do hotel, etc”, diz Luciana Stein, pesquisadora de tendências e Lead Strategist para a América do Sul & Central (SP). Estamos diante de um novo quadro e padrão de consumo que muda com certa frequência, em virtude de um mundo pautado por avanços tecnológicos, impactos ambientais e novas visões econômicas e de bem estar. Mas, as tendências estão aí e uma questão muito importante hoje para os mercados e para o setor de comunicação. “As mudanças do mercado são mais aceleradas hoje em dia, mas não acho que o padrão de consumo 'muda a todo o instante'. O que acontece é que existem vários padrões que estão vivendo lado a lado. Além do mais, o consumidor não tem mais um compromisso com o que os institutos de pesquisa catalogavam como 'perfil demográfico', o consumidor muda ao longo do dia. Ou seja, em alguns casos, a noção de padrão não existe. Os consumidores constroem a sua identidade de consumo com mais 28

liberdade hoje”, enfatiza Stein. A partir da nova visão de poder que o cliente passou a ter, vemos, por exemplo, uma crescente demanda de produtos customizados, de serviços personalizados e de distinções antes de tudo de modelos de trabalhos, de vestuário, de gastronomia e de tantos outros diferenciais que o mercado de consumo pode oferecer. E, por isso, considera que novos grupos de consumidores levam em consideração diversos valores como a quantidade e a qualidade de experiências acumuladas e vividas. Assim, estão mais impactados com novos símbolos de status hoje como ter comportamentos sustentáveis, ser criativo, ser empreendedor, por exemplo, e que não dependem tanto de dinheiro. “É o que a trendwatching.com chama de Post-Demographic Consumerism. Há hoje um consumo que ultrapassa as categorias demográficas, e as marcas tem de se soltar dessas categorias para inovar”. E, desta forma, é importante pensar sobre as novas classes dentro das classes (os nichos de consumidores aparentemente pequenos, mas influentes). “O cliente, primeiramente, busca atender suas necessidades básicas de consumo. Porém uma forte tendência para os próximos anos é o envolvimento com o mundo digital, o que continuará estimulando o consumo de bens tecnológicos”, diz Roberta Correia, gerente de desenvolvimento territorial RMR e Mata Norte do Sebrae-PE. Ela considera que a ascensão econômica das Classes C e D influenciaram o mercado interno que se encontra bastante aquecido, nos últimos anos, e o que fez com que a ficha caísse em outros quesitos importantes atualmente. Com isso, temos o investimento em qualidade de vida que não é um modismo e sim uma tendência, assim como cuidar do corpo e da mente são uma forma de equilibrar a sobrecarga de informações e multitarefas cotidianas: “Neste sentido, a população está cada vez mais consciente e são tendências de mercado de consumo de produtos e serviços ligados à saúde e bem estar, sócio e ambientalmente responsáveis”, lembra.


NA WEB CINECLICK.COM.BR

PROPAGANDASHISTÓRICAS.COM.BR

Voltado para os amantes do cinema, o Cineclick traz resenhas de filmes e até os horários em que passará nos cinemas do Brasil. A página traz entrevistas com atores do cinema nacional e faz resenha sobre filmes e séries. O espaço também faz uma espécie de ranking para o internauta ter conhecimento de quais filmes estão fazendo mais sucesso no mundo do audiovisual. Além de recomendar filmes, o Cineclick disponibiliza noticiais do cinema e suas diversas vertentes. É um espaço cheio de informações relevantes para quem já curte cinema há um tempo, e para aqueles que estão começando a curtir agora.

O publicitário Dalmir Reis Jr. viu na internet uma possibilidade de fazer um compilado de peças publicitárias desde os primórdios do mercado, até os dias de hoje. Pósgraduado em gestão em Marketing, Dalmir diz que seu site teve como inspiração as propagandas mais interessantes que foram feitas até hoje, e que preservar a memória da publicidade “é zelar do ouro que foi produzido no passado e que serve de exemplo e estudo para as gerações futuras”. O site, além de agregar valor histórico à publicidade e propaganda, também é aberto para receber publicações e artigos; além de manter um espaço para compartilhamento de propagandas, anúncios e matérias! Com certeza este site não deve passar “em branco”.


FICHA TÉCNICA FESTIVAL MADRE VERÃO O maior evento do interior da Bahia apresenta um verão inteiro com muita música, atrações infantis, luau e shows ao pôr do sol. O Madre Verão é o festival da diversidade e da pluralidade, trazendo o melhor da música e da cultura nacional e dando espaço para os talentos locais. A Viamídia Publicidade (BA) é mais uma vez, responsável por toda a comunicação do evento, desde a programação visual à cobertura online. As peças de divulgação incluem VTs, spots, anúncio de jornal, outdoor, mídia em elevadores, internet e forte presença nas redes sociais. Atrações como Thiaguinho, Roupa Nova, Claudia Leitte, Lenine e Banda Malta farão a festa na cidade de Madre de Deus, região metropolitana de Salvador. Agência: Viamídia Publicidade (BA) Cliente: Prefeitura de Madre de Deus Atendimento: Americo Neto e Daniella Daltro Planejamento: Americo Neto Diretor de Criação: Neca Boullosa Diretor de Arte: Augusto Assunção Redator: Neca Boullosa Mídia: Alan Abreu Produção: Eli Borges Aprovação: Ana Paula Lima Souza

UNIDOS DA FAMÍLIA REUNIDA A campanha da Brilux para o Carnaval assinada pelo Gruponove contempla mídia exterior, material de PDV, vinhetas para a TV, jingle para as rádios e conteúdo para redes sociais. A comunicação está alinhada ao conceito da campanha institucional “Limpeza para toda família”. Dessa vez, o visual insere Rosie, a irreverente robô dos Jetsons, em um contexto de Carnaval tecnológico. O clima carnavalesco continua presente no jingle intitulado “Unidos da família reunida”. Inspirada nos tradicionais sambas-enredos das escolas de samba, a peça convoca a família para ajudar na limpeza da casa e é um dos destaques da campanha. 30

Agência: Gruponove (PE) Cliente: Indústrias Reunidas Raymundo da Fonte Atendimento: Giovanni Di Carlli e Fernanda Navarro Planejamento: Eduardo Breckenfeld e Ana Clara Quidute Direção de Criação: Ali Carvalho e Gustavo Rêgo Criação: Ali Carvalho, Gustavo Rêgo e Cadu Bussad Produção Gráfica: Carlos “Jovem” Oliveira e Judite Campos Produção de RTVC: Ricardo Arruda Mídia: Pablo Fernandes e Naciara Figueiredo


UM ÓCULOS SÓ NÃO FAZ VERÃO É com esse mote que a Massapê lançou campanha de verão da rede de óticas Oculum. As peças, que dão continuidade ao conceito "Fight for more glasses”, incentivam o público a não se satisfazer com apenas um óculos. A principal estação do ano, com tantas cores e alegria, não pode ser vivida com um único e solitário par de óculos escuros. A campanha permanece no ar até o final de março, nas praças de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará e as abordagens escolhidas foram de TV, rádio, mídia exterior com frontlights e placas de estrada, intervenções digitais e ações promocionais. Agência: Massapê Comunicação (PE) Cliente: Oculum Atendimento: Raul Cantarelli e Rafaella Cabral Planejamento: Anselmo Albuquerque Direção de Criação: Henrique Pereira e Leonardo Siebra Direção de Arte: Henrique Pereira e Luis Moura Redação: Leonardo Siebra e Brunno Quintas Digital: Jeu Figueiroa e Gabriel Coimbra Mídia: Natália Lelis e Tatiana Leite Produção: Tamires Vieira e Mariana Andrade Aprovação: Thiago Teixeira

RECVERÃO A Ampla desenvolveu a campanha do projeto RECVERÃO lançado pela Prefeitura do Recife/Secretaria de Turismo. O objetivo principal do projeto é alcançar turistas e aproveitar o período de férias escolares para materializar o que propõe a campanha Cidade das Pessoas. As peças mostram a vocação do Recife como cidade agregadora, de fácil acesso e destino para quem procura lazer e cultura. O projeto acontece aos domingos até 1º de fevereiro no Segundo Jardim de Boa Viagem. A divulgação foi realizada nas redes sociais e com promotores em bicicleta. Agência: Ampla Comunicação (PE) Cliente: Secretaria de Turismo e Lazer do Recife Atendimento: Queiroz Filho, Débora Beltrão e Bárbara Caldas Direção de Criação: Kadito Rodrigues e Rafael Nântua Criação: Ana Braga, Rafael Lima e Henrique Lamenha Arte-final: Leonardo Marinho Produção: Fernando Amaral, Germana Casal e Jamahe Lima Aprovação: Raphael Dutra e Isabely Cavalcanti de Brito

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MUNDO ONLINE

Joyce Warren |

O QUE TEM NA MINHA PANELA? Basta só uma boa ideia e um computador para dar voz à imaginação. Por este “comodismo”, quase velado, estamos inseridos em um ambiente completamente digitalizado. Seja pra compartilhar um novo look ou bater um papo com quem está longe, a internet nos trouxe – verdade seja dita – uma gama de possibilidades. Os famosos diários eletrônicos de 2000 agora são trabalho de gente grande! Que o diga Camilla Rezende, dona do blog Na Minha Panela (www.naminhapa nela.com). Morando no Recife, longe da família e dos amigos, Camilla tinha o hábito de cozinhar para passar o tempo e compartilhar suas receitas com os familiares nas redes socais. Diante disto, uma amiga a convenceu de que ter um blog seria o máximo. No entanto, Camilla explica que sua ideia inicial era apresentar receitas básicas e práticas. Pudera! O que mais os solteiros de plantão procuram na internet quando o assunto é cozinhar? Pois bem, a brincadeira virou negócio. Agora Camilla e seu marido Rafael tocam o Na Minha Panela desde 2010. Por ser diretor de criação, Rafael ajuda com as fotografias e na composição dos pratos. Já Camilla, que sempre trabalhou com marketing, cuida dos posts, layout, assessoria e 32

divulgação. “Desde junho, resolvi trabalhar exclusivamente para o blog e tem sido uma experiência muito bacana! A verdade é que ter um blog onde você produz o conteúdo (literalmente) dá bastante trabalho (risos)... mas sempre conseguimos conciliar bem!”, revela. Desfrutando de um assunto altamente cobiçado, o casal cria e pensa os posts que irão compor o blog. Por trabalhar com comida e, claro, o leitor não tem acesso à textura e cheiro, o jeito é apostar em fotos mais elaboradas e com uma qualidade maior. Assim, o leitor terá a sensação de quase ter o sensorial de estar próximo ao prato; “sentir o cheiro” e desejar cozinhar o dito prato! Para chegar a este resultando, é preciso investir em equipamentos arrojados e ter sensibilidade para realizar um trabalho delicado diante de um ambiente repleto de distrações (a internet). Rafael explica que mais do que equipamentos é interessante investir em conhecimento. “Eu fiz vários cursos relacionados à fotografia que me ajudaram bastante a melhorar a qualidade das fotos do blog. Claro que investimos em um bom equipamento de iluminação e em uma câmera que nos atendesse; mas isso só não adianta, assim como comprar o equipamento mais caro do mercado também não é garantia de boas fotos, já que o importante é usar o equipamento da forma mais completa possível”, explica. Portanto, engana-se quem acha que blog é brincadeira e que blogueiro só se diverte. No caso de Camilla, o Na Minha Panela é coisa séria. É necessário ter preparação, não só psicológica, mas profissional, para viver, de fato, de um portal na internet; uma vez que existe muita concorrência. Diante dessa concorrência, é interessante investir em novas formas de diferenciar o conteúdo para não ficar na “mesmice”. Assessoria de imprensa é uma coisa que Camilla acha importante para quem não tem conhecimento desse meio, já que muitas empresas podem entrar em contato para firmar parcerias. No caso dela, que trabalha no ramo, não foi necessário. Porém, Camilla explica, se a dedicação for 100%, a contratação de profissionais específicos para desempenhar tarefas específicas, podem vir quando o blogueiro estiver mais estabilizado. “Como trabalhamos na área é bem mais fácil para nós planejarmos e pensarmos em mudanças de layout. Termos uma preocupação com todos os detalhes. Acreditamos que sim, isso faz diferença! Mas se a pessoa se dedicar, estudando bastante e tratar o blog com um negócio com alma, acredito que os profissionais podem ficar um pouco mais pra frente”. Outro ponto importante para o sucesso do blog são os posts. São eles que irão alimentar os leitores. Por isso é interessante que o dono do site conheça verdadeiramente seu público. Isso pode ser feito através da análise dos comentários, de pesquisas e até mesmo com a contratação de algum


Toda vez que temos a oportunidade de criar algo diferenciado com a parceria do anunciante, o resultado é bem mais legal!

software disposto a isso. Alguns bloggers, já tarimbados no ramo, postam – em média – duas vezes ao dia. Mas aqueles que estão no começo, é interessantes postar todos os dias. Camilla explica que, no início, o blog tinha posts diários. “Isso fazia parte da nossa estratégia de formar um banco de receitas robusto para podermos oferecer esta solução ao nosso leitor. Hoje em dia, depois de quatro anos, temos uma média de 3 posts semanais” diz. Falando em parcerias, o conhecimento de marketing é o ideal para ter sucesso. Pois são estratégias de comunicação que farão, tanto o blog quanto o anunciante, prosperarem. O publi editorial é uma das formas que empresas buscam para realizar share of marketing/mind dos seus produtos. Quanto a isso, Rafael diz que é importante filtrar parceiros por assuntos que sejam totalmente ao assunto do blog. “Essa é uma forma de respeitar o nosso leitor e principalmente ter mais eficácia nos resultados” pontua. Diante disto, é imprescindível a sintonia entre empresa e mídia (blogs). Camilla explica que atualmente a Oxford Porcelanas é seu parceiro fixo “mas que alguns contratos ainda estão em andamento”, diz.

Camilla Rezende e Rafael

Há também a possibilidade de utilizar os conteúdos customizados, que são textos gerados em brainstorm, por mídia e anunciante. Onde soluções mais assertivas são encontradas para uma melhor divulgação de um determinado produto ou serviço. Sobre isso Camilla diz que acha importante dar lugar a novas maneiras de incrementar o blog com conteúdos e propagandas diferenciados. “Toda vez que temos a oportunidade de criar algo diferenciado com a parceria do anunciante, o resultado é bem mais legal! Além disso, o leitor curte ver que está sendo impactado por algo que fuja ao comum e do óbvio”, finaliza. EM TEMPO – As redes sociais também são ótimas ferramentas para divulgar os blogs e demais portais que existem na blogosfera. Sobretudo no Facebook e Instagram, onde a maioria dos internautas está. O Na Minha Panela conta com uma fanpage no Facebook onde divulga todas as informações do blog e, claro, suas receitas. Também estão no Twitter, Pinterest e Tumblr.

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Ivelise Buarque |

PERFIL

Para ele, “ideias atraem pessoas, se queremos novos talentos, temos que atrair novas ideias”. Simples assim para esse publicitário com cerca de 20 anos de atuação no mercado de Pernambuco. Sócio da Casa Comunicação (PE), Ricardo Rique vem acumulando prêmios e criando campanhas de sucesso ao longo de sua carreira. E hoje, à frente do planejamento estratégico da agência busca trazer novos insights. “Eu acredito em malhação criativa. Somos todos criativos, é da natureza humana, essencial à sobrevivência. O que nos diferencia é o quanto exercitamos a criatividade. E isso vale para qualquer profissão, posto ou posição”, diz o profissional de destaque em premiações como o do Clube de Criação de São Paulo e Colunistas e ainda duas vezes “Profissionais do Ano” pela Rede Globo e Melhor Diretor de Arte, por exemplo. Ele acredita que a formação diferenciada é um ponto fundamental para garantir mais destaque no cenário local e nacional, e foi pensando assim que fez um movimento distinto e buscou formação fora do país, mais especificamente em Artes e Design pela Art Scholl de São Francisco e SVA de Nova Iorque. “Esses dois cursos nos EUA me chamaram a atenção pela prática. Nos dois casos, os encontros eram dedicados ao exercício de observação, questionamento e proposição criativa. Repliquei o formato do curso aqui e tenho certeza de que consegui ajudar na formação de muitos bons profissionais com exercícios criativos”, lembra. A escolha por esta incursão trouxe tantos benefícios como desafios para o jovem que abriu mão da formação tradicionalmente acadêmica. “Tenho consciência da oportunidade de aprendizado, experiências e amizades que abri mão. A formação nos EUA me ajudou a recuperar um pouco a experiência acadêmica”, diz. Mas, apesar disso, não sentiu dificuldade alguma na carreira, muito pelo contrário. Sempre encarou o trabalho com muita tranquilidade e satisfação e, da mesma forma, trouxe outra visão da criação para a publicidade, área em que ganhou maior notoriedade. “Confesso que sempre achei o trabalho muito fácil, divertido e recompensador. A época mais difícil foi a transição de publicitário para empresário. É natural pensar que basta começar a usar camisa com botões até se deparar com os desafios de empreender. Ainda tenho muito chão pela frente, 34

Ameérico Nunes |

CURTINDO O TRABALHO EM CASA

mas já me sinto muito mais à vontade”, comenta Rique. E a faceta empreendedora surgiu quando se uniu aos sócios para montar uma agência em que se sentisse a vontade, bem como um lar. E assim nasceu há cinco anos sua Casa Comunicação, negócio no qual passou a assumir novas funções após muitos anos atuando como diretor de Arte em diversas agências. Enveredar pelo empreendedorismo neste mercado o fez equilibrar diversos deveres ao mesmo tempo, mas vem equilibrando da melhor forma possível, mesmo que com alguns tropeços. “Empreender tem seus desafios muito próprios e a técnica criativa ajudou muito. Não consigo equilibrar tudo, alguma coisa sai perdendo, ora o planejamento, ora as obrigações de presidente, ora fim de semana com Luli (sua filha). Mas também não acredito que haja um ponto de equilíbrio sem perdas. Já relaxei”, diz ele que acredita que empreender tenha sido de fato o maior desafio para sua vida.


“Ideias atraem pessoas, se queremos novos talentos, temos que atrair novas ideias” E, em virtude da complexidade deste papel, ele declara que é necessário adquirir formação diversificada para montar o próprio negócio nos dias de hoje no cenário de comunicação, especialmente para os futuros empreendedores. “A sugestão que dou a minha equipe é se instruir sempre da forma mais ampliada no domínio das áreas e técnicas da publicidade, inclusive na mecânica do negócio, assim cada um começa a pensar e agir com postura mais próxima de dono. Se um dia decidir ter sua própria agência, grande parte do preparo já está encaminhando, e se preferir seguir a carreira sem empreender, será um profissional muito melhor”, segundo ele. Uma lição de empreendedorismo importante em um mercado que está mudando assim como o mundo, cada vez mais cheio de influências externas. Afinal, o cenário que encontramos hoje na comunicação para os novos e futuros empresários está tão cheio de possibilidades, quanto de limitações. “O desafio para as agências é parecido com o desafio para o supermercado, por exemplo. Temos que aprender a oferecer produtos cada vez melhores, e mais frescos a custo cada vez mais adequado. Atrair e reter cada vez mais talentos tanto para a padaria como para o caixa e ser cada vez mais capaz de atender aos clientes com foco na experiência feliz”, diz o empresário que divide seu tempo ainda com outras paixões como cozinha, ler na rede da varanda e ir ao cinema. O lado empreendedor e talvez a própria trajetória do diretor de Planejamento da Casa Comunicação teve um início curioso. Aos 15 anos, Rique começou a trabalhar em uma locadora de vídeos e esta ocupação profissional e o contato com pessoas trouxeram novas perspectivas que foram além da compensação do ofício. “Queria ter meu próprio dinheiro para o meu próprio milk shake. E foi aquele emprego que me transformou em publicitário. Apaixonei-me por cartazes dos filmes, layout, Direção de Arte, roteiro e ideias contadas em filmes. Saí da locadora de vídeo como publicitário. Pelo menos na paixão”, lembra. Esta experiência marcou e influenciou a carreira ao longo desses 20 anos de mercado, e consequentemente o caminho que construiu: “Ainda muito cedo estagiei em empresas de design depois em agências. No terceiro ano (como se chamava na época), eu já estagiava na Ítalo Bianchi e precisei mudar de escola, fui estudar no Colégio Especial porque eu conseguia assistir as aulas mais importantes bem cedo, atravessava a rua e chegava a Ítalo antes da maioria da Criação. Naquela época, a Criação começava o dia lá pelas

11h. Nesse mesmo ano, tive meu primeiro contrato como diretor de Arte na Propeg. E de lá pra cá, eu sou tão profundamente grato a tanta gente incrível que não me sinto seguro em citar nomes”. Fato. As estradas traçadas levaram Rique, inclusive, a atuar em algumas das agências mais renomadas do mercado, em que contabilizou histórias de parcerias antigas com clientes, e mostraram que criar laços é tão importante quanto o próprio processo de criação. Um detalhe importante para este profissional que foi diretor de Criação durante muito tempo e que sempre chamou e atraiu, talvez, muitos talentos especialmente há anos atrás ao sair da Ampla. E hoje como chefe e diretor de agência, busca ainda integrar e aproveitar mentes novas e outras propostas de desenvolver o trabalho de comunicação. “Minha função passou também a ser a atração de negócios, por isso, a chegada de Maurício Nunes como sócio da Casa, tem como uma das funções, nos ajudar a atrair talentos através de novas ideias”, destaca. Tudo isto está agregado à sua visão sobre as mudanças que tem contribuído para o desenvolvimento do mercado, para a conquista de recall das agências e para a renovação do setor continuamente afetado por esta era das possibilidades, e influenciada pela pressão das inovações da comunicação e das tecnologias. “Muitos amigos do mercado e empresários dizem que a chegada da Rique, Gusmão e Azevedo deu uma mexida enorme nas agências. Muitas fizeram contratações importantes, ajustaram a gestão e aceleraram mudanças há muito no papel. Esse é um exemplo de vários outros acontecimentos no mercado que mexe com todo mundo, mas são sempre motivados pela necessidade de se manter competitivo, de se manter indispensáveis para os seus clientes. O mesmo acontece agora, por exemplo, com a necessidade de adequar a operação e o produto as mudanças de comportamento dos clientes dos nossos clientes”, ressalta Rique, que integrou a fundação da antiga RGA. E agora o premiado publicitário mantém esta atitude competitiva em sua Casa Comunicação ao lado dos sócios e do estafe, que tem contribuído para criar a imagem que acredita ser o que realmente se torna diferencial no mercado. “As premiações são uma referência importante. Valorizam e credibilizam profissionais e agências. Mas para o empresariado, contam mais os exemplos. Nos exemplos está a garantia da escolha por uma agência ou profissional e são as campanhas, os projetos de Rique, Lorena, Luciana e Maurício da Casa que trazem negócios”, destaca.

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PDV NOVACOR, NOVAS EMBALAGENS A Sherwin-Williams, uma das principais fabricantes de tintas do país, acaba de mudar as embalagens de dois tradicionais produtos de seu portfólio: Novacor Gesso e Novacor Epóxi. O objetivo é padronizar a identidade visual da linha Novacor, facilitando a identificação por parte dos consumidores nos pontos de venda. As novas embalagens foram criadas pela agência PH2.No ano passado a linha Novacor foi ampliada com três novos ítens, todos trazendo um novo conceito nas embalagens. Com a mudança, Novacor Gesso e Novacor Epóxi passam a ter embalagens semelhantes às dos novos produtos. Mas ressaltamos que a mudança está só nas embalagens. Os produtos continuam os mesmos, com a qualidade que o consumidor já conhece. CERVEJA PARA COLECIONADORES A Baden Baden, marca que pertence ao portfólio da Brasil Kirin, preparou para o início de 2015 um produto especial, para quem busca exclusividade e requinte. A cerveja Baden Baden Tripel, é uma experiência única e neste ano conta com uma edição histórica para os colecionadores de cerveja. Assim, como as cervejas produzidas originalmente nos Monastérios Belgas e Holandesas, a Baden Baden Tripel foi inspirada e produzida com toda a especialidade que merece. Trata-se de uma edição limitada e estará disponível em uma garrafa artesanal exclusiva de 600 ml feita em cerâmica, com o brasão da marca banhado em ouro, protegida por uma lata especial. BLACK POWER Pioneiro e líder absoluto na categoria de guaranás, Guaraná Antarctica apresenta ao mercado um novo líquido, que combina o autêntico guaraná que o consumidor da marca já conhece, com o sabor do açaí e de frutas naturais da Amazônia: o Guaraná Antarctica Black. Disponível nas versões lata 350ml e PET 2L, a identidade visual do produto foi inspirada no conceito da campanha “Se Joga No Escuro”, criada pela DM9DDB. Assim como a versão regular, Guaraná Antarctica Black tem origem em Maués, no coração da Amazônia, e carrega a brasilidade em seu DNA. 36

EMBALAGEM PREMIADA Acompanhando o ritmo dos consumidores sempre antenados com as novidades, a Kadov chega ao mercado com a qualidade da vodka produzida com 100% de cereais, nos moldes das principais marcas internacionais. A garrafa, em design exclusivo, acaba de render à marca o Prêmio Brasileiro de Embalagem, promovido pela Revista Embanews. A nova Kadov conquistou o Troféu Roberto Hiraishi 2015 nas categorias 'Design' - como produto com melhor programação visual de embalagem -, e 'Marketing', como linha de produtos diferenciada pela embalagem. A avaliação teve como critérios, criatividade no design e no corte da garrafa, adequação da embalagem ao produto e seu impacto nos pontos de venda. A marca concorre ainda ao prêmio de 'Destaque' e 'Melhor Embalagem', na cerimônia de premiação, que acontece no dia 10 de abril. ROYAL RETRÔ O fermento em pó Royal é um ícone da culinária brasileira. A marca, de origem americana, está presente em mais de 40 países mundo afora. Desde 2003 o carro-chefe da Royal, o fermento em pó, passou por sutis atualizações em sua embalagem. Agora, a novidade fica por conta do novo set de embalagens para os lançamentos Açúcar Glacê Baunilhado, Cacau em Pó e Creme de Confeiteiro da Royal, no mercado espanhol e português. O projeto é do estúdio catalão Columna, Brand Strategy & Colors e ganhou o prata no prêmio Best Pack 2014. Com o uso de cores para diferenciar os produtos, o destaque ficou para o resgate da história da marca através da exploração de um visual retrô. LATA FRIA, CLIMA QUENTE “Quanto mais gelada, mais gostosa” é o mote que a marca de cerveja Conti Bier para suas latinhas e lançou edição especial, criada pela agência WMcCann, que em temperatura ambiente, traz a imagem de uma mulher vestida, contudo, quando a cerveja é resfriada, a mulher perde sua roupa e fica só de roupa íntima. O anúncio em tom provocativo diz: “É quando esta lata esfria que o clima esquenta”. A brincadeira acontece através de sensores de temperatura alinhados a uma tinta termocrômica. Foram cerca de 1,5 milhões de latinhas produzidas e que serão distribuídas nas regiões sudeste, centro-oeste e sul.


AS MELHORES INSPIRAÇÕES

Não sou muito de pegar sol, mas adoro uma praia. Não para me bronzear ou azarar, mas para observar como a vida no mar anda descompassada com o mundo real. Foi olhando para o mar que decidi abrir mão de tudo para seguir meus sonhos. É olhando para o mar que sempre tenho as melhores inspirações e intuições. E tenho convicção de que será olhando para o mar que manterei o equilíbrio correto da minha vida, sem me permitir ser corrompido pelo exagero mercadológico do mundo real. No momento em que tirei essa foto, a maré estava começando a encher e eu perguntei ao pescador: “Se depender da beleza no céu, hoje o dia está para peixe, né?”. E ele me respondeu com um enorme sorriso: “Com um presente divino desse, todo dia é dia de peixe, meu amigo”.

AÇÕES PARA FAZER A CABEÇA O mercado de beleza é um segmento em crescimento no Brasil, país que vem ocupando o segundo lugar em consumo de produtos capilares no mundo. Para a ABIHPEC - Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, em 2012, por exemplo, este setor contabilizou 12,5% de participação no share mundial, mostrando que o brasileiro é o povo que mais cuida dos cabelos depois dos americanos. E diante disso, marcas fortes apostam cada vez mais na inovação para o consumidor, como a TRESemmé, que acaba de lançar uma linha específica desenvolvida para manter os cabelos crespos bem tratados. A marca, que desembarcou no Brasil em 2011, para atender às Linha Selagem Capilar Crespo Original e principais necessidades das brasileiras, tem investido forte no mote Crespos Quimicamente Tratados das soluções completas para que suas consumidoras conquistem resultados de salão todos os dias em casa. E este lançamento não fica longe deste foco. “Sabemos que uma das maiores dificuldades das mulheres que possuem cabelo crespo é encontrar um produto que ofereça um cuidado específico e diferenciado. Nós pesquisamos a fundo para entender quais eram as necessidades dessas mulheres e trouxemos a melhor solução para o tipo de cabelo delas”, afirma a gerente de marketing Marilia Zanoli. E por isto a TRESemmé apostou alto nesta investida que conta com uma comunicação ampla e estratégica, iniciada já em janeiro de 2015, com grande foco no Nordeste. O plano geral para trabalhar a nova linha contempla TV, revistas e ponto de vendas para repercutir o Selagem Capilar que chegou ao mercado em duas versões. Um é o Crespo Original (para cabelos naturais) e o outro é o Crespos Quimicamente Tratados (para cabelos que já sofreram algum processo químico), inspirados em tratamentos de salões especializados nesses fios. Em virtude das experiências com sua chegada ao país, a TRESemmé realmente acredita no sucesso da nova linha. Para se ter uma ideia do peso da marca no mercado brasileiro, no primeiro ano, ela se tornou a segunda marca em volume com 7% de participação. E para alcançar esta conquista foram investidos 37 milhões de euros, produzidas 35 toneladas de produtos e distribuídas 10 milhões de amostras. 37

Miguel Solano | miguelsolano.contato@gmail.com

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EU RECOMENDO MOVIMENTAÇÃO: COMO AFASTAR A MESMICE E MELHORAR OS RESULTADOS, de Frederico Alecrim, editora Jovens Escribas, 2014, 156 páginas. Depois do sucesso do primeiro Livro UAUgoMais, Fred Alecrim lança Movimentação: como afastar a mesmice e melhorar os resultados. O seu segundo livro fala sobre a importância de se manter em movimento, afinal só movimento gera movimento. Mas não pode ser qualquer ação, é preciso se movimentar na direção que fará o Cliente elogiar, preferir e recomendar você e seu negócio. Fred apresenta 21 movimentos que já estão sendo praticados por empresas no Brasil e no exterior para que você possa se inspirar a transformar clientes em fãs. Um livro para Donos de negócio, candidatos a empresário, executivos, profissionais e interessados por temas que envolvem carreiras e gestão empresarial. VENDAS! COMO EU FAÇO? – AS 50 QUESTÕES QUE MAIS INTRIGAM A VIDA DE QUEM VENDE, José Ricardo Noronha, Editora Évora, 408 páginas. A obra visa oferecer dicas e técnicas para as pessoas terem sucesso na arte de vender e conta com contribuições de grandes autores, como Gustavo Cerbasi, Robert Wong, James Hunter, Raúl Candeloro e Christian Barbosa. São 50 capítulos com quase 400 páginas em oito eixos essenciais ao mundo de todos nós, vendedores: Carreira e Atitudes, Preparação, Comunicação, Atendimento e Encantamento, Negociação, Vendas Consultivas e Desafiadoras, Marketing e Marketing Pessoal e Gestão de Vendas e Liderança. A obra também traz inúmeros exercícios e ainda diversas ferramentas e técnicas de aplicabilidade imediata. O formato da obra, em pergunta x resposta, tem como objetivo simplificar livros, teorias, estudos e novas técnicas. ENTRE QUATRO PODERES, de Khadidja Campos, Rodrigo Dias, Débora Kaoru e Anderson Fernandes, Editora Novo Século, 248 páginas. A obra discute o relacionamento entre as pessoas que comandam a política brasileira, reunindo histórias fictícias similares a casos vivenciados pelos autores. A publicação traz ao público o que acontece nos bastidores da política e quase nunca é divulgado. O romance se passa na cidade fictícia de Suares, porém, representa a realidade política enfrentada em muitos municípios em todo País. A iniciativa de escrever o livro. A história se desenvolve de forma que o próprio leitor tenha a sua interpretação, quanto à inocência ou a culpa de um ou outro político. MARKETING TRENDS 2015, de Francisco Alberto Madia de Souza, Editora M.Books, 256 páginas. Esta nova obra lançada pela M.books mostra as mais importantes tendências do marketing para 2015. O livro é o resultado de um trabalho sistemático e permanente do corpo de consultores do Madiamundomarketing, mapeando, rastreando, compilando, organizando e analisando informações, com o objetivo de identificar as mais importantes tendências do marketing e dos negócios para os próximos anos, com base nas informações publicadas e divulgadas em todo o mundo no correr dos anos de 2013 e 2014. Essas tendências estão lastreadas nas movimentações e performances empresariais e sempre ilustradas, neste livro, através de “cases” essenciais e relevantes para todas as empresas em atuação no Brasil, assim como para o ensino das melhores práticas do marketing nas Escolas e Universidades. Seu conteúdo conta com a colaboração inestimável de todos os alunos do MBA em Marketing da Madia Marketing School, no processo de discussão, validação e seleção dessas tendências.

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