Revista pronews175

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DESDE 1999

ÍNDICE

Massapê Comunicação (PE) Arte: Amin Melo

ano XV nº 175 novembro 2014

revista de comunicação e marketing NE

CAPA

RECIFE•SALVADOR•FORTALEZA•NATAL JOÃO PESSOA•MACEIÓ•TERESINA ARACAJU•SÃO LUÍS • SÃO PAULO

O som ganha mercado e se torna a chave do negócio. 16

:: EDITOR Walter Lins Jr. walter@revistapronews.com.br :: REDAÇÃO Luciana Torreão - subeditora, Ivelise Buarque, Joyce Warren e Poliana Alencar

A VEZ DO CLIENTE Inserida no mercado moveleiro há mais de 62 anos, a Eucatex concentra recursos de marketing e comunicação na relação com o ponto de venda. 24

redacao@revistapronews.com.br :: COLABORADORES Joelli Azevedo, Matheus Torreão :: PRODUTOR GRÁFICO Bruno Regis producao@revistapronews.com.br :: DEPTº FINANCEIRO Walter Lins Jr walter@revistapronews.com.br :: ASSINATURAS 81 3426.6144 / 3034.6144 producao@revistapronews.com.br :: REPRESENTANTES COMERCIAIS

PERFIL Quando o conhecimento e a oportunidade resultam no empreendedorismo. 34

NS&A - CE - Aldamir Amaral (85 3264.0406/ 0576) - nsace@nsaonline.com.br :: DISTRIBUIÇÃO LogResolve (PE - 81 2123.1455) Jornal Correio - Rede Bahia (BA - 71 3203.1812) Sistema Verdes Mares (CE - 85 3266.9902) www.verdesmares.com.br :: DADOS TÉCNICOS Impressão: Gráfica FacForm (81 3339.6566)

GIRO 8 FICHA TÉCNICA 10 E 31 GIRO BRASIL 14 DE OLHO NA CAMPANHA 26 NA WEB 29 CLICK 37 EU RECOMENDO 38 Todo mês uma agência diferente produz a capa da Revista PRONEWS. Participe pelo e-mail: redacao@revistapronews.com.br 4

grafica@facform.com.br Tiragem: 7.000 exemplares Formato: 22x30cm Tipologia: Humanist 521 BT Papel: Couché brilho 150g/m² Número de páginas: 40 As matérias assinadas por nossos colaboradores não representam, necessariamente, a opinião da revista.

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COLUNA ASSERPE

ENCONTRO ASSERPE COM O MERCADO SE REINVENTA Em sua quinta edição, o Encontro Asserpe se modifica com o objetivo de aproximar ainda mais a radiodifusão e o mercado. Em 2015, a Asserpe vai até às agências para falar e ouvir, características clássicas da radiodifusão Com uma rotina atribulada, os profissionais de comunicação que trabalham com propaganda e marketing, tanto nas agências quanto nos veículos e clientes, geralmente, não têm tempo para apreciar uma boa conversa, em ocasiões simples, acompanhado de uma xicara de café. Um papo informal sobre a vida ou o jogo do fim de semana. Enfim, as relações humanas têm perdido espaço para as mensagens de email e redes sociais. Todos são amigos virtuais, mas um abraço ou um bom dia ainda fazem a diferença. Com o objetivo de valorizar os encontros a Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (Asserpe) realiza nos meses de outubro e novembro a quinta edição do Encontro Asserpe com o mercado. Diferente do que acontecia em outros anos, desta vez, a Asserpe não promoverá um evento para reunir as agências, em 2015 a gerente comercial da associação, Andréa Canto, irá visitar agências de todo o estado para conversar e compartilhar os planos comerciais e as novas oportunidades de negócios para o veículo rádio, em todo estado de Pernambuco. Ainda com o mesmo objetivo, o Encontro Asserpe surgiu da necessidade de aproximar o mercado publicitário da radiodifusão, apresentando às agências de propaganda do Estado o potencial do rádio pernambucano, principalmente do interior. De acordo com Andréa Canto, a mudança no “modelo” do encontro segue a tendência da valorização das 6

relações humanas e da conversa informal, mas sempre pensando e construindo novas possibilidades. “O processo de trabalho hoje precisa se reinventar. Vivemos numa sociedade sempre tão ocupada que sentar numa manhã em uma agência para conversar sobre o que se pode fazer de diferente com o rádio soa como oportunidade de sair do senso comum. Desta forma, podemos pensar mais longe, com o imediatismo da presença podemos prospectar negócios com mais leveza e chegar a resultados interessantes”, sentencia Andréa. No encontro com as agências são entregues pendrives personalizados com os novos planos comerciais para 2015. As novidades deste ano são os projetos Consciência no Ar, um plano que visa incentivar o consumo consciente e sustentável; Plantão No Ar, que trabalha especificamente com o jornalismo popular, para um público segmentado; e Esportes No Ar, que insere o cliente nos intervalos das “resenhas esportivas” de emissoras de todo estado de Pernambuco. Ainda dentro do pendrive está o material institucional da Asserpe e também os planos Festa No Ar, específicos para as festas de Carnaval e São João, com agenda de festejos em todo estado. Além dos planos, também estão nos pendrives a tabela comercial da Asserpe para 2015 e os kits mídia com informações como abrangência, dados cadastrais e a programação de cada emissora. Além de aproximar ainda mais o mercado publicitário das emissoras de rádio, o encontro tem o objetivo de estimular os departamentos


de marketing e comercial das emissoras a desenvolver seus projetos com mais profissionalismo e competitividade, tornando assim o setor mais forte. Para agências e clientes da Região Metropolitana do Recife, que ainda não conhecem o trabalho desenvolvido pelo departamento comercial da Asserpe, é só entrar em contato e agendar uma visita, através do telefone: (81) 3423-9874 ou pelos emails: andrea@asserpe.org.br e juliana@ asserpe.org.br O RÁDIO NO AR, EM TODO LUGAR Todos os planos comerciais seguem a tendência da campanha “O rádio No Ar, em todo lugar”, que foi produzida pela agência Ampla e traz como conceito reforçar três das principais características do rádio: a mobilidade, o dinamismo e o quão democrático ele é. A campanha ressalta que o rádio está em todos os lugares, ligado em todos os acontecimentos e que é acessível a todos os tipos de público. Uma vez que existem aparelhos de rádio em nossas casas, carros e celulares, hoje também através de aplicativos para smartphones. Nas peças, o conceito se apropria de um elemento comum nas rádios do Brasil e do mundo: a placa vermelha com os dizeres “NO AR”. Desde o início de 2014 estão sendo veiculados spots que apresentam situações cotidianas em que o rádio está presente. Além da distribuição de adesivos e camisas com proteção UVA e UVB, que hoje são bastante utilizadas em passeios ciclísticos, caminhadas e para ir à praia. De acordo com o presidente da Asserpe, Cleo Nicéas, a intenção é difundir entre o povo de Pernambuco a importância do veículo para todas as classes sociais e como o rádio está perto de todos, todas as horas. “O rádio está mesmo em todo lugar, o que nós queremos é mostrar para os pernambucanos e para o mercado, que esse nosso amigo está lá e ainda vai ficar por muito tempo cada vez mais próximo de nós, e em todos os momentos”, afirmou Cleo.

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GIRO MAGUARY AMPLIA LINHA Com o objetivo de oferecer mais opções para o consumo “on the go” de jovens e adultos, a Maguary lança os prontos para beber nos sabores abacaxi, caju e limão em latas de 335 ml. Esse lançamento reflete o interesse da Ebba em intensificar a presença em pontos de venda do canal food service para estar cada dia mais próxima dos consumidores em todos os seus momentos de consumo, oferecendo produtos saudáveis e saborosos. Os três novos sabores se somam ao portfólio de 335 ml, que já conta com sabores populares entre os brasileiros, como uva, maracujá, manga, tangerina, maçã, goiaba e laranja. BOA PROVA Com o aporte da RTG Promo, A Facipe realizou estratégia oportuna com foco no Enem com o mote “Boa prova”. A agência promocional pernambucana desenvolveu ação promocional que envolveu atividades de relaxamento para combater o stress dos concorrentes nos principais locais das provas no Recife, Olinda e Jaboatão, antes da aplicação do exame nacional. A investida ainda integrou distribuição de biscoitos da sorte com mensagens motivacionais com a frase “Neste momento de ansiedade, uma mensagem positiva vale muito!”. A Faculdade Integrada de Pernambuco ainda mantém em evidência sua nova campanha com slogan “Use a nota do Enem para entrar na Facipe”, que repercute e esclarece a possibilidade de alunos concorrem a vaga em alguns dos seus cerca de 15 cursos (bacharelado e tecnólogo) com as notas do Enem sem precisar fazer o vestibular da faculdade, que recentemente conquistou conceito 4 pelo MEC no curso de Enfermagem. GENTILEZA COM SABOR DE CAFÉ Instituído numa conferência em Tóquio em 1996, o Dia Mundial da Gentileza é comemorado dia 13 de novembro. Para celebrar a data em grande estilo, a rede Coffee Shop São Braz promove em todo Brasil a campanha Dia da Gentileza. Quem pediu “um café, por favor” numa das lojas da rede, nessa data, paga metade do preço do pedido. A promoção vale apenas para o café expresso São Braz. 8

RECORD BRASÍLIA EM NOVA FASE A Record Brasília causou alvoroço nas ruas da capital federal com a nova fase da campanha “Se tem você, tem Record no ar”. A apresentadora Sabrina Sato participou de ação promocional surpresa em ponto de ônibus de grande fluxo, acompanhada do jornalista Henrique Chaves (Balanço Geral DF). Nos dias seguintes, Sabrina continuou em Brasília para gravação de quadros do seu programa. Depois foi a vez do apresentador de Legendários, Marcos Mion, surpreender os moradores da capital, também em um ponto de grande circulação e com a presença de Henrique Chaves (Balanço Geral DF). A ação foi encerrada com o apresentador Rodrigo Faro, ao lado do jornalista Giulianno Cartaxo (DF no Ar), aparecendo em público em uma cidade-satélite do DF. Criada pela agência Momento Prommo, esta nova fase da campanha envolveu atores e uma extensa equipe de produção da Record Brasília. MARKETING IMOBILIÁRIO A agência O2 Comunicação assina a campanha da Construtora Dallas nas cancelas do Shopping RioMar. Foram montadas aplicações nas entradas e nas saídas do shopping com o garoto propaganda da Dallas, o global Carlos Casagrande. A ideia é aproveitar o fluxo médio diário de 22 mil veículos até dezembro, para comunicar do mais novo lançamento da construtora, o Golden Shadow e o valor de R$ 175 mil para as unidades do primeiro ao último andar do empreendimento. Além do lançamento, a construtora oferece outros empreendimentos com preço de R$ 175 mil. POR DENTRO DA PROPAGANDA Divulgar as ações do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia – Sinapro-Bahia, além de informar e repercutir os principais assuntos e novidades do mercado publicitário baiano e nacional. Esses são os objetivos da coluna “Por Dentro da Propaganda”, publicada quinzenalmente no jornal A Tarde, desde 2013. Este ano, a coluna passou a ser veiculada pelos jornais A Região, de Itabuna; A Semana, de Vitória da Conquista; Folha do Estado, de Feira de Santana e Nova Fronteira, de Barreiras. A parceria do Sinapro-Bahia com esses veículos regionais faz parte dos planos de interiorizar as ações do Sindicato. “Além da atuação de nossas quatro delegacias regionais, este ano, realizamos workshops e palestras para melhor capacitar o mercado publicitário local e aproximar anunciantes e agências”, ressalta Laura Passos, presidente do Sinapro-Bahia.



FICHA TÉCNICA

ENSINO QUE SUPERA FRONTEIRAS O Colégio São Paulo (Salvador - Bahia), engloba o ensino infantil até a fase pré-universitária. E como entendese que toda essa fase é uma evolução, a Viamídia Publicidade usou o conhecido gráfico da evolução humana. Ao fim do ciclo, o aluno surge mais confiante e pronto para ir em busca dos seus sonhos, atravessando o limite da mídia, em simbologia ao rompimento de eventuais barreiras das suas vidas. Para a campanha, foram feitos vt, spot, anúncios em jornais e revistas e outdoor com aplique. Agência: Viamídia Publicidade (BA) Cliente: Colégio São Paulo Atendimento: Americo Neto e Viviane Barbosa Planejamento: Americo Neto Diretor de Criação: Neca Boullosa Diretor de Arte: Gustavo Souza Redator: Jonga Madureira Mídia: Alan Abreu Produção: Eli Borges Aprovação: Marianni Sangiovanni e Anna Paulla

HERÓIS REAIS A Semana do Doador de Sangue - 24 a 29 de novembro - é promovida pelo Hemope, com o objetivo de homenagear as pessoas que reservam um período da sua rotina para serem doadores voluntários de sangue, ajudando a salvar vidas. A Dois Comunicação, agência solidária do Hemope, criou uma campanha inspirada nos super-heróis, com o conceito Heróis da vida real. Composta por filme e spot de 30”, anúncio para jornal, mídia exterior, banner para internet, entre outras peças, a campanha conta com a parceria de fornecedores e veículos pernambucanos que se unem em torno desta importante causa, a doação de sangue. Agência: Dois Comunicação (PE) Cliente: Hemope Atendimento: Mara França e Cláudia Silveira Diretor de Criação: Marco Bahe e Filipe Cavalcanti Diretor de Arte: Gustavo Claudius Redatora: Cíntia Esteves Mídia: Sissy Martins Produção Gráfica e RTVC: Camila Guedes Aprovação: Seabra Neto

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NATAL DE ESTRELAS Está no ar a nova campanha de Natal do RioMar Recife, desenvolvida pelo Gruponove. O objetivo da comunicação é divulgar a promoção do período, além de convidar a todos para curtir a nova decoração natalina, assinada por Cecilia Dale, referência brasileira do segmento. Com comerciais de TV, spots de rádio, impressos, mídia exterior, digital e sinalização de mall, a campanha “Natal de estrelas RioMar” apresenta, através de um visual lúdico, diversos personagens que levam aos consumidores todo o clima do Natal. Na promoção, a cada R$ 300 em compras o cliente tem direito a um cupom para concorrer a 10 MercedesBenz e 10 cartões com R$ 20 mil cada. E tem cupons em dobro para quem comprar até o dia 30 de novembro. Agência: Gruponove (PE) Cliente: RioMar Recife Atendimento: Giovanni Di Carlli, Luciana Lima, Fernanda Navarro e Naiara Cândido Planejamento: Eduardo Breckenfeld, Ricardinho Lira e Ana Clara Quidute Direção de Criação: Ali Carvalho e Gustavo Rêgo Criação: Ali Carvalho, Gustavo Rêgo, Vinicius Bandeira, Eduardo Fialho, Rafael Coutinho, Nilo Thiago, George Vinicius e Erika Mota Produção gráfica: Carlos Jovem e Judite Campos Produção de RTVC: Ricardo Arruda e Jessica Paraíso Mídia: Pablo Fernandes

QUILÔMETROS DE MAGIA E ENCANTO O River Shopping, em Petrolina, deu início à campanha de Natal. Com o tema “Quilômetros de magia e encanto”, ela traz dois super prêmios: um Ford Fusion Titanium e um Novo KA. A cada R$ 250,00 em compras nas lojas participantes, o cliente poderá trocar por um cupom eletrônico e concorrer aos prêmios. A campanha segue até o dia 26 de dezembro, data que ocorrem os sorteios. Com peças assinadas pela Criação Original, a campanha tem divulgação em rádio, outdoor, jornal, PDV e web. O investimento do Shopping no Natal é de R$ 800 mil. A expectativa é de crescimento de 11% nas vendas e de 14% no fluxo de clientes, em relação ao mesmo período do ano passado. O River Shopping fica na Avenida Monsenhor Ângelo Sampaio, 100, no Centro de Petrolina-PE. Agência: Criação Original (PE) Cliente: River Shopping Atendimento: Juarez Canejo e Tharcisio Teles Diretor de Arte: Ronielle Granjero Redator e Diretor de Criação: Tharcísio Teles Mídia: Tâmara Mendes

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GIRO BRASIL BRASIL KIRIN NO GUIA EXAME DE SUSTENTABILIDADE 2014 Pelo 2º ano consecutivo, a Brasil Kirin foi eleita uma das 61 empresas mais sustentáveis do Brasil pelo Guia Exame de Sustentabilidade 2014. Um dos maiores e mais importantes levantamentos de responsabilidade corporativa do País, esta premiação reconhece as empresas de 19 setores com melhores práticas em sustentabilidade do País. E pela primeira vez, a Brasil Kirin foi destaque na categoria Governança da Sustentabilidade, dentre 10 categorias temáticas. Acesse o Relatório de Sustentabilidade 2013 no site www.brasilkirin.com.br e conheça todas as iniciativas na área. BATALHA PELO POWER A PepsiCo anuncia o lançamento da promoção A batalha pelo power. A nova promoção de Doritos irá descobrir a pessoa “mais Power” da internet, por meio dos divertidos memes - que têm virado febre no mundo inteiro. A promoção é válida para todo o Brasil. Para participar da batalha mais divertida da internet, escolha uma foto inusitada que mostre o seu lado mais Power e escreva uma frase com a hashtag #maispowerque. Ser Power é fazer algo engraçado, incrível, maluco, diferente ou único. Em seguida, compartilhe seu meme nas redes sociais e chame a galera para votar no seu meme no site da marca. Os 10 memes mais votados serão avaliados por um júri power composto por 11 pessoas. JÁ TOMOU SEU SHAKE HOJE? A Herbalife promove uma nova campanha publicitária para apresentar ao público o novo Shake sabor Abacaxi com Hortelã. O comercial estreia em TV aberta, rede nacional e pela primeira vez será transmitido também em canais de TV por assinatura. O vídeo é um bate-papo descontraído entre vizinhos sobre os diferentes sabores dos Shakes, a praticidade para consumir o produto e os resultados obtidos pela personagem. Já os anúncios para mídia imprensa contam com a tradicional pergunta: “Já tomou seu 12

Shake hoje?”, e com Publieditoriais nos quais a empresa trará informações detalhadas sobre seus produtos e modelo de negócios. O conceito da campanha é mostrar os bons resultados que podem ser conquistados alinhando o consumo de Shake a um estilo de vida saudável e ativo. As campanhas foram criadas pela Ínsula Comunicação. NATAL PRATEADO A partir de agora, a icônica garrafa com contornos da Coca-Cola, que em 2015 comemora 100 anos de criação, poderá ser encontrada também em alumínio, em edição especial para o Natal. As versões regular e zero da bebida virão com estampas natalinas, como se estivessem embrulhadas para presente, prontas para deixarem feliz alguém de quem se gosta. Fabricadas pela primeira vez no país, em seguida as garrafas de alumínio entrarão permanentemente no portfólio da Coca-Cola Brasil. A expectativa para 2015 é quintuplicar a produção do Natal e, em 2016, alcançar 64% a mais em relação ao ano anterior. MINIGELADEIRAS ARTISTICAS O Estadão, representante oficial do Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade, realizou ação nomeada Cannes Winners para homenagear as agências brasileiras premiadas no evento deste ano: AlmapBBDO (18), FCB (17), Leo Burnett Tailor Made (17), Ogilvy (15), Loducca (9), Y&R (8), JWT (6), DM9DDB (2), DM9Rio (2), DM9Sul (1), Borghi/ Lowe (3), Publicis (3), Isobar (2), Mood (1), Grey (1), Artplan (1) e Talent (1). O veículo entregou para cada uma das agências aos cuidados dos vice-presidentes e diretores de criação, um frigobar do modelo Brastemp Retrô estilizado pelas mãos da diretora de criação e ilustradora Angela Bassichetti. Para a ação, criada e desenvolvida pela Giusti Comunicação, a artista inspirou-se no filme O Poderoso Chefão e, principalmente, em elementos do universo publicitário e no próprio troféu para compor um leão bemsucedido. As minigeladeiras levarão cervejas e espumante francês às equipes para um brinde ao(s) prêmio(s) conquistado(s).


“O fim material de toda a atividade humana é o consumo” disse o sociólogo e economista William Henry Beveridge. Ele elaborou durante a Segunda Guerra Mundial, o Report on Social Insurance and Allied Services, conhecido como Plano Beveridge, que é considerado o responsável pelo surgimento do plano da assistência social moderna. Considerações distintas à parte, esta frase do reformista social britânico resume de forma prática o comportamento básico do homem. Um comportamento que vem se modificando e que deverá mostrar um perfil distinto, inclusive, nos próximos 20 anos. “Deve haver uma diminuição no comportamento de consumo, como já vem se apresentando nesse último ano”, acredita Rogério Santos, diretor da RealtON, primeiro outlet de imóveis novos do país. Em sua opinião, os programas sociais brasileiros estão bastante em voga e contribuíram para um aumento no consumo, que agora apresenta uma refração. “O poder de consumo vem caindo, refletindo a economia, pois estamos praticamente numa recessão. Os consumidores se mostram preocupados em perder emprego e há um freio no consumo”, destaca ele. E diversos dados atestam isto como a oscilação numa escala negativa do Inec (Índice Nacional de Expectativa do Consumidor). Um quadro que deve ser observado com cuidado, inclusive, uma vez que este index sintetiza o sentimento dos brasileiros com relação à situação e às expectativas econômicas dos consumidores. Desta forma, quanto maior esta taxa, mais otimista é a avaliação dos consumidores. E esta não se encontra muito elevada nos últimos meses. Em julho deste ano, por exemplo, ele alcançou um indicador de 109,5 pontos que refletia um aumento de 3% na comparação com o mês anterior (106,3). E, em setembro passado, esta expectativa do consumidor aumentou 1,3%, chegando 109,7 pontos, taxa superior a agosto - que sofreu recuo de 1,1% em relação a junho, mas 1,8% abaixo deste mesmo período no ano passado. E, apesar de ter atingido o segundo maior valor do ano, representa ainda uma referência inferior à registrada em janeiro e 0,4% menor do que o mesmo mês de 2013, conforme dados dos estudos da Confederação Nacional da Indústria – CNI. “O aumento da economia e geração de renda ainda são aspectos

fundamentais de estudo para o comportamento de compra, porém esses fatores serão influenciados, e também influenciarão, de forma mais assertiva as mudanças atitudinais em vários aspectos”, reforça a Adriana Cavalcanti, coordenadora do curso tecnólogo de Marketing da Uninassau (PE). Ela enfatiza que este desempenho de consumo é influenciado por diversas causas, segundo Kotler e Keller (livro Administração de Marketing, 2012), que consideraram os fatores pessoais, sociais, culturais e psicológicos. Contudo, ela destaca que podemos analisar ainda os culturais, sociais e psicológicos como fios condutores para o aumento do consumo. “Culturalmente somos influenciados pela globalização nesta era do conhecimento. Com várias informações ao mesmo tempo, o posicionamento do consumidor sofre 'aculturações' que farão mudar seu comportamento diante do seu

Adriana Cavalcanti, coordenadora do curso tecnólogo de Marketing da Uninassau (PE) 13

Ivelise Buarque |

O QUE ESPERAR E PENSAR DO CONSUMO?


Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience (SP)

próprio consumo. Hábitos novos e tradicionais se misturam ocasionando uma quase 'personalização' para atender essas necessidades e fazer com que seus desejos possam ser comprados. Podemos citar o consumo do sushi na nossa região, as frutas se incorporam à gastronomia típica para atender os desejos locais através da cultura”, exemplifica. Essas mudanças nos hábitos do consumidor são observadas em primeiro lugar nos pontos de venda, em especial nos caixas dos supermercados, segundo um levantamento de 2013 do Ministério da Agricultura. O aumento da renda fez avançar as despesas, especialmente para a nova Classe C engrossada com a ascensão de 5,3 milhões de famílias. Essa é considerada pelos especialistas como primeira onda com a migração das Classes D e E para a C, seguida pela segunda que o repasse de uma parcela da C para a B. Uma transformação sócio-econômica importante e que precisa ser observada, pois é ela e o que a ela está atrelada que mexe com vendas e a relação dos clientes no PDV. No cenário atual, observa-se uma queda da Classe C devido à inflação e o endividamento. Da mesma forma, temos este novo panorama em vista com a possibilidade de incremento de quase quatro milhões de famílias às classes A e B, até 2020, para muitos estudos e relatórios de pesquisas como FGV e a IPC Marketing. Ou seja, um movimento que é muito influenciado naturalmente pela economia, crédito, exigência 14

desses consumidores, tecnologia e pelo próprio crescimento de pessoas da Geração Y, na opinião de Klaudia Sabino, gerente de Marketing da Alliance Empreendimentos (PB). As características dos clientes com esses hábitos são definitivamente influenciados por diversos agentes com destaque para os internos (que seriam o rastreamento e captura de conhecimento relevante para a decisão armazenado na memória) e os externos (que seriam coletadas do mercado), na opinião de Camila Leoni, sócia-diretora da LB Comunica (SP). “Nessa linha de raciocínio, o comportamento do consumidor é o somatório das atividades diretamente envolvidas em obter, consumir bens e serviços, incluindo os processos decisórios que antecedem e sucedem essas ações, e dispor deles”, acredita. E mais ainda. O processo de decisão está relacionado ainda ao acesso cada vez mais facilitado a informações, que possibilitam a buscar por melhores alternativas, possibilidades e novas experiências. O que nos tornam também mais exigentes, atrelando compra à relação de valor. “Eles formam uma expectativa de valor e a probabilidade de satisfação e repetição da compra depende de a oferta atender ou não a essa expectativa. Com base nisso, é necessário mapear o que é valorizado pelo cliente e destacar os atributos relevantes para definir uma estratégia que leve em conta suas necessidades, suas expectativas e seus desejos”, diz Camila. A valorização e a importância dos atributos dos produtos e bens pelos clientes representam hoje sinônimos de conhecimento, mobilidade e renda. E isto se torna essencial hoje. “No Brasil, ou em qualquer outro lugar do mundo, quando falamos em consumo, inevitavelmente, estamos falando de necessidades e desejos atendidos, sejam eles hedônicos (voltados ao prazer) ou utilitários. Quando acontecem mudanças no cenário onde ocorre o comportamento de consumo, este sofre direta influência e direcionamento, como ocorreu com o advento da tecnologia de informação, fator que causou verdadeira revolução no comportamento de consumo”, comenta Karla Oliveira, professora da Faculdade dos Guararapes (PE). Para ela, isto refletiu diretamente em uma comodidade e potencialização de tempo que é exigido pela sociedade atual. “Não podemos deixar de considerar que a sociedade, hoje em dia, é movida pela praticidade e otimização do tempo, viabilizada e facilitada pela internet e tecnologia mobi-le. Mercados começaram como conversas e a internet transforma o marketing em conversas novamente, colocando o consumidor no centro das atenções, tornando-o soberano, detentor do poder decisório de compra”, ressalta.


Hiroshi Koike, designer e sócio-diretor da Emballa Design Estratégico (PE)

E isto é justificável. E estimulou um novo movimento, o do comércio eletrônico, que no mercado brasileiro subiu 26% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período em 2013, conforme dados da E-bit, empresa de pesquisa. Ela destaca que este mercado alcançou cerca de R$ 16 bilhões. E estudo recente do Ibope Media reforça que a tendência é aumentar cada vez mais com a presença dos jovens na internet, que cresceu 50% de 2003 para 2013, passando de 35% para 85%, por exemplo. E desta forma, temos cada vez mais a internet como um dos agentes da transformação das relações de consumo, sobretudo do público mais jovem. “Hoje, o brasileiro testa os produtos em lojas físicas e compra, de acordo com o preço e a conveniência, pela internet. Comportamento verificado, em especial, entre os consumidores com idade entre 18 anos e 35 anos. Desse contingente, 75% dos consumidores revelaram a preferência por comprar on-line pelo preço. Outro dado interessante é que 25% desses compradores, chamados de showroomers, vão até a loja física com intenção de comprar efetivamente, mas desistem pelo preço”, diz Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience (SP). Análise de pesquisa da Shopper Experience mostra que 58% dos entrevistados visitam lojas físicas e, posteriormente, deixaram comentários positivos nas redes sociais, mesmo não tendo efetivado a compra. Com isto, observamos que o atendimento é o diferencial, esta experiência de compra/quase compra do cliente é algo que se estende do off-line para o online, e vice versa. “Vários estudos, nacionais e internacionais, comprovam que o atendimento é um fator fundamental para a decisão de compra. E comprar é um momento de prazer, merecimento. Cabe aos gestores de marcas entenderem esse emocional que permeia a experiência de compra das diferentes classes, sobretudos da C e B. São consumidores mais críticos no que se refere a preço e condições de pagamento”, ressalta a executiva. A sustentabilidade e o perfil sustentável é uma característica decisiva para este cliente com um olhar mais apurado sobre aquilo que deseja antes da aquisição, no processo de compra ou no pós-venda. E por isto as organizações não devem deixar de se focar nesta tendência, mas, de forma transparente e honesta. “Os consumidores estão mais conscientes na escolha por produtos ou serviços de empresas que se preocupem com a questão ambiental. Muitos inclusive estão dispostos a pagar mais por produtos que atendam a essas exigências. As empresas, então, se viram forçadas a encarar

esta realidade de mercado por três forças principais: para cumprir as leis governamentais, para atender a vontade dos consumidores e pela concorrência, que fatalmente abriria vantagem caso algo não fosse feito”, diz o designer, Hiroshi Koike, sócio-diretor da Emballa Design Estratégico (PE). Os governos estão mais atuantes e mais rígidos no controle, nas licenças e na fiscalização no cumprimento das leis ambientais, em sua opinião, enquadrando-se a esforços para a preservação ambiental nos últimos anos. E isto se estende a outros elementos do processo de produção. “Uma nova tendência nas embalagens de produtos cedo ou tarde terá que se consolidar: a da sinceridade com os clientes e consumidores. Nestes tempos de interconexões imediatas, onde uma notícia rapidamente se espalha pelo mundo em questão de minutos, não 'jogar limpo' com seus clientes pode ser um erro grave. O problema da questão ambiental existe, não é fácil de ser solucionado, mas precisa ser encarado de frente pelo governo, pelo consumidor e principalmente pela indústria, pois as maquiagens verdes tem a tendência de serem facilmente 'desmascaradas', tornando-se muito mais caro recuperar a imagem perdida do que ser sincero com seus clientes”, enfatiza.

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CAPA

A MÚSICA QUE FICA NA MEMÓRIA Ivelise Buarque |

http://renegadoscast.com/musica-na-cabeca/

No vídeo de “Closer to the edge” da banda norteamericana de rock alternativo 30 Seconds To Mars, um comentário de fã defini muito bem o peso que a música tem hoje no mundo: “A música faz o mundo girar. E para mim se ela não existisse, eu também não existiria. A música é tudo para mim”. Teor da letra a parte, vivemos um momento pautado pela sonoridade de todas as formas, e em todos os lugares. Sons particulares de passageiros duelam com a radiodifusão das linhas de ônibus; informam a mudança de semáforos nos sinais para a passagem de pedestres; e até fixam em nosso inconsciente imagens e conceitos de produtos e empresas entre os breaks na programação da tv e do rádio. Assim, a aplicação assertiva do sound branding, music branding, ou audio branding (marca sonora ou sensorial) é essencial e deve

ser pensado estrategicamente num plano macro, associado ao DNA da marca, e envolvendo todas as possíveis ferramentas, segundo destaca Guto Guerra em seu livro Music Branding – Qual o som da sua marca?: logo sonora; voz da marca; sound design nos produtos da marca; jingle, músicas e remixes exclusivos; associação com artistas; sonorização nos locais virtuais e nos locais físicos; e ainda trilhas sonoras para desfiles de moda, em casos específicos. “A marca sonora deve trazer uma mensagem simples, clara e objetiva. Pode ser um som específico, um jingle, uma música. É uma nova ferramenta que surge no mercado como disseminação da marca, pois ativa a memória auditiva dos consumidores, facilitando o reconhecimento e fixando o nome da empresa. Fato é que deve ser algo com identificação com a empresa a ser inserido no contexto da imagem que se deseja fixar”, para Simone Fragoso da Mundo Contábil Assessoria. Isto tudo por que fomos condicionados emocionalmente desde os primórdios a desenvolver e reagir de formas diferentes a esta linguagem: conforto, nervosismo, raiva, descontração, alegria. “Vivemos imersos em constantes atmosferas sonoras. Elas são definidas a partir da interação entre os sons aos quais estamos expostos e os elementos relacionados às circunstâncias daquela exposição: o local em que estamos, o momento do dia, o nosso contexto afetivo particular”, comenta o produtor Guto Guerra em Music Branding – Qual o som da sua marca?, editado pela Elsevier (2013). Contudo, esta ligação é subjetiva, afinal, os sentidos de cada indivíduo são ativados de modos distintos e, desta forma, as pessoas têm suas preferências individuais em termos de cores, gostos, cheiros e naturalmente sons. Um ritmo, uma harmonia, uma letra podem gerar tanto prazer como desconforto se não soar agradável ou for aplicada da maneira adequada, inclusive nos negócios. “Um case, para ser considerado sucesso, precisa ativar o imaginário André Luna, consultor de Marketing, Comunicação e Pessoas (PE)

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Roney Giah, sócio da Audioman (SP)

e o emocional do público. Por meio da música, as pessoas podem assimilar o conceito da campanha e se envolver emocionalmente a ponto de criar um elo que ficará gravado em suas memórias por muitos anos”, diz a publicitária Agnes Pires, professora da Escola Superior de Marketing – Fama (PE). E isto fica mais evidente com a observação do crescente e contínuo uso do trabalho e da imagem de cantores em produtos e empresas como Pepsi, Itaú, Fiat, Coca-cola e Vitarella, entre outros que são sinônimos de recall. “O som ou a música viram sucesso ao fazer o consumidor ligar automaticamente a marca àquela situação. E um bom exemplo foi o jingle da Coca-Cola durante a Copa, aquilo foi genial. Não tínhamos a música da Copa, mas sim a da Coca ganhando o mundo todo”, lembra José Almir Nova Alves, superintendente do Conpej – Conselho Nacional de Peritos Judiciais da República Federativa do Brasil (RJ). E isto é um fato, inclusive, registrado em levantamento. A webSensus (empresa de pesquisa digital do Omnicom Groupx), em junho, realizou uma análise da receptividade das trilhas dos comerciais de dois patrocinadores da Copa do Mundo da Fifa (Coca-Cola e Banco Itaú-Unibanco) com a canção tema do torneio (We are One). A avaliação de mais de sete mil comentários postados na internet, especificamente, apontou que as composições de ambas as marcas provocaram mais emoção nos torcedores brasileiros (uma média de 88% de aprovação) do que a oficial gravada por Pitbull, Cláudia Leite e J.Lo. O resultado ainda revelou que mais de 11% conectaram ambas as empresas à edição 2014 do campeonato mundial de futebol. “É um fracasso quando uma marca não é lembrada, por mais que a música seja de fácil assimilação pelo público. A superexposição sonora de uma determinada música em campanhas publicitárias pode não beneficiar a marca, pois o receptor pode confundir a marca que está anunciando - como o caso da música Happy, de Pharrel Williams, usada pelo SBT, Prefeitura de Curitiba e Novo Uno, entre outras”, diz Agnes Pires. Para a consultora carioca, o music branding é uma identidade corporativa que ativa a memória auditiva dos consumidores por ser a audição um sentido ligado ao ânimo e às emoções, e desta forma pode ser reconhecida através de sons, músicas ou até por certo intérprete. Como o som alcança os nervos da secção do nosso cérebro responsável pelo pensamento, tornando-os mais ativos, as características psico-

lógicas do som afetam nossas atitudes e nosso comportamento. “Quanto mais rápido, alto, complexo ou novo for esse som, mais alerta fica nosso cérebro. O mesmo se aplica ao contrário, caso o som seja lento, calmo e simples, irá existir redução nas reações cerebrais, tranquilizando-nos”, destaca. Desta forma, melodias fáceis e de notas musicais simples (com mensagem clara e objetiva) podem levar a um sucesso maior na estratégia musical, pois nos levam a repeti-las naturalmente como no caso da investida dos classificados de O Globo e da dedetizadora carioca Insetisan, que fixou o número de telefone com sua música. Por outro lado, melodias difíceis, sons irritantes aos ouvidos e falta de objetividade podem levar ao fracasso da campanha. “Quando bem utilizada, a estratégia pode garantir o aumento de vendas em até 28% e 60% a mais de aproveitamento dos funcionários, segundo dados”, aponta Fragoso, que considera um fracasso as propagandas pautadas em paródias de músicas que estão em evidência, uma vez que, na maioria das vezes, não resultam em algo positivo no plano de negócio. “Acredito que a comunicação é estratégica quando trabalhada de forma transparente. Cliente, anunciante, agência e produtoras/músicos devem encarar um projeto como se fosse único, sem fórmulas prontas. E com isso, construir diretrizes sonoras que representem a essência da marca”, acrescenta André Luna, para quem o resultado é que o reconhecimento ao se escutar os elementos sonoros. Este naturalmente deve ser considerado como princípio básico de qualquer 17


Renato Filho |

George Mendez, da Okmuzik (PE)

trabalho, assim como o desenvolvimento da análise SWOT para formatar o plano macro da empresa. Apesar de não ser um fator decisório, definitivamente este ponto estratégico contribui enormemente para a concretização de bons resultados no processo final. “O sucesso e o fracasso estão relacionados a pesquisa inicial. Se o objetivo do sound branding é criar tendências, tocar as pessoas e praticar em sua essência o que é defendido por Kotler, no seu Marketing 3.0, acho que o sucesso está quando os criativos se apropriam dos valores intrínsecos das marcas. Digo, sua forma de ser, de acreditar e de se relacionar com os seus consumidores. Só assim o sound branding faz sentido na estratégia dessa marca. Do contrário, será um fracasso porque a superficialidade de uma marca já é percebida pelo público”, diz. A identidade sonora, desta forma, pode representar 50% do sucesso ou do fracasso de um trabalho ou da visão de integridade da marca ou produto, trabalhado de maneira sonora. “A música tem um poder fantástico de atrair pessoas, carregar multidões e na publicidade, não é diferente. Eu já comprei um produto no PDV apenas por me lembrar dos elementos sonoros da marca. Posso exemplificar, citando a nova campanha dos sucos Green Day. Com o título '#cultive bons momentos', o vt traz à lembrança da personagem em momento importante e agradável em sua infância. O vídeo é lindo e super bem produzido. A música durante todo o VT trata esse momento como especial, único. E o sound branding cria essas oportunidades, esses refúgios. Ele fomenta o lado emocional das marcas”, opina André Luna, consultor de Marketing, Comunicação e Pessoas (PE). MÚSICA NO MERCADO - Iniciada no final da década de 50, esta tendência da música no mercado de comunicação 18

ganhou maior força nos anos 80, e talvez tenha em Michael Jackson uma das figuras mais icônicas do casamento entre artistas e uma marca. Além de estrelar comerciais do Cereal Alpha Beats com o Jackson Five (1970), ele foi garotopropaganda da Pepsi (1977, 1984, 1987, 1992), Suzuki (1982), Sega (1988) e calçados La Gear (1990), por exemplo. Mas, no Brasil, isto também não foi diferente. Esse trabalho foi bastante impactante em comerciais, especialmente nos anos 50, e recebeu desta forma muita influência do rádio (principal veículo popular). Entre nossos artistas estão a cantora Dóris Monteiro, Rainha do Rádio - 1956 a 1958, estrela de campanha da Coca-cola (“Coca-cola faz um bem”), e Angela Maria, voz por trás da marca Angel Face de cosméticos, nos anos 50. Já a década de 70 ficou marcada pelo apogeu desta ferramenta com a produção e vinculação de músicas para encantar o consumidor. Um exemplo é a campanha de Natal do Banco Bamerindus, com a canção “Quero Ver Você Não Chorar”, criada pelo compositor Edson Borges de Abrantes (vulgo Passarinho), grande parceiro da saudosa Dolores Duran. Esta proposta se manteve nos anos 80, em certa medida, com jingles como “É no silêncio de um Chevrolet”, composto pelo cantor Zé Rodrix para a concessionária. E, com isto, a criação musical alcançou um novo patamar na propaganda, afinal, quem não se lembra da famosa campanha “Pipoca na panela” do Guaraná Antártica, da DM9DDB (anos 90), ou mesmo o comercial do chuveiro da Jonhson Baby Shampoo com “Tá Na Hora de Lavar a Cabeça”, da agência BorhiErh/Lowe, da mesma época. Esta estratégia reforça o quanto as melodias são significativas ao ser aplicadas ao branding, especialmente quando usadas canções conhecidas e apreciadas pelo público. Este casamento da música de grandes nomes da indústria fonográfica se mostra poderosa junto ao target. Entre os diversos casos temos “Aquarela” de Toquinho no vt da Faber Castel (1983), ou “Carinhoso” de Noel Rosa que integrou comercias de Chambinho/Chambourcy (1984) e da Três Corações recentemente. Mas, quem ocupa o posto de Rei das trilhas de propaganda é Roberto Carlos, com certeza. O cantor e seu jargão “Uma brasa mora” foram emprestados à Shell Combustível, em 1960, a canção “O Portão” para o Cigarro Continental (1976), e “Calhambeque” para Nestlé (1981). E recentemente o artista e suas composições, em sua voz ou na de outros intérpretes, agregaram


Mari Rossi, diretora da WeSounds (SP)

marcas de peso. Entre elas estão “Emoções” para os 90 anos da Nestlé no Brasil e ainda Credicard e Racco; “Além do Horizonte”, regravada pelo Jota Quest, para a Rider (2011); e “As Curvas da Estrada de Santos” para o Toyota Etios (2013), protagonizada pelos músicos Pitty e Samuel Rosa (vocais), Tony Bellotto (guitarra), Marcelo Bonfá (bateria) e PJ (baixo). O mais importante desta retrospectiva é que o mercado ganhou um plus com essas trilhas sonoras. E como pudemos observar é uma história bem antiga com diversos sucessos na indústria musical e publicitária. “A nomenclatura, ou o nome dado pode até ser nova. Mas a atividade não é tão recente assim. E sem dúvida, o 'pipoca na panela' aparece na minha cabeça até hoje. Principalmente quando sento na frente da TV para ver um vídeo na minha casa. O potencial desse sound branding foi construído de uma forma tão bacana que hoje, 'pipoca só com guaraná', virou jargão! Esse é o objetivo do Sound Branding. Criar tendências. E também quem não lembra dos jingles criados para a Poupança Bamerindos? 'É a poupança Bamerindus... tan tan tan' . O 'tan tan tan' fazia toda a diferença! ”, enfatiza Luna. Isto é fato. Mais de 20 anos se passaram e esses jingles continuam na mente do consumidor em virtude de suas simplicidades e genialidades. “É fundamental construir uma identidade sonora que leva em conta a totalidade de sons e garanta que ela, a marca, seja percebida da maneira desejada. Mas para isso é preciso entender seu contexto e sua identidade, compreender as expressões da concorrência, mapear a cultura da região onde está inserida, compreender o perfil de seu público e suas lei-turas e preferências musicais e, ainda, buscar referências so-noras e de linguagem”, comenta o coaching de carreiras Leo-nardo Ribeiro (RJ). Para ele, a definição das principais caracte-rísticas do universo sonoro se concretiza com a vivência da marca dos stakeholders. Como o som gira, ele atinge todas as pessoas de maneira 360º e, sendo assim, não tem como fugir dele. “Cases como o da TV Globo, da Intel, da Ponto Frio, da Motorola, do MetrôRio e do shopping Iguatemi Porto Alegre são exemplos bem sucedidos de ações que conquistaram os consumidores. Mas, um case bem interessante é o da Infraero que está reformulando sua identidade sonora, pois a comunicação da locutora não se aproximava dos passageiros e o novo tom verbal oferece a mesma informação, porém de forma positiva”, comenta. E, neste sentido, a mudança trouxe

grandes benefícios para os passageiros do Santos Dumont, no Rio de Janeiro (onde foi implementado em primeira mão em agosto passado), que são impactados com uma mensagem mais agradável e simpática. “Se falava 'Infraero informa', por exemplo, e agora outra pessoa com uma voz mais atenciosa fala 'Olá passageiro', o “É proibido brincar com suas crianças nos carrinhos' mudou para 'Olá pais ou responsáveis! Brinque com suas crianças sem utilizar os carrinhos. Eles são exclusivos para o transporte de suas bagagens' e ainda: 'O aeroporto encontra-se fechado e sem previsão para pousos e decolagens' trocou para 'Olá passageiro! Pousos e decolagens voltarão à normalidade assim que as condições meteorológicas melhorarem'”, diz Ribeiro. Esses exemplos reforçam ainda mais que a música não é só uma forma utilizada pelos criativos para nos remontar a outras épocas e lugares, como nos faz gerar novas emoções e experiências. Afinal, o som definitivamente fica guardado no imaginário, conforme comenta o papa do Lovemarks, Martin Lindstrom. E sendo assim deve ser bem explorada como marca sonora para construir esta identidade com os consumidores e, consequentemente, fortalecer a imagem ou o negócio a partir de suas características essencial. Mas, esta construção envolve vários processos. “Embora os jingles que fizeram história – 'Café Seleto', 'Pipoca na panela', 'Mappim, chegou a hora Mappim' – tenham uma enorme contribuição em mostrar a importância e o auxílio da música na criação de uma marca, o mercado atual exige que a manutenção desse áudio branding seja constante, consciente e alinhada com todos os envolvidos no atendimento da conta”, destaca Roney Giah, sócio da Audioman (SP), para quem os sucessos e fra-cassos em music branding não são necessariamente relacionados a uma identidade mal feita ou bem feita, embora isso 19


Guto Guerra, produtor musical da Gomus

possa influenciar, também, um resultado malsucedido. Em sua opinião, o desenvolvimento adequado do trabalho vai depender da compreensão da agência e do cliente da importância do trabalho de áudio desenvolvido com a produtora. Precisa estar amarrado a todas as ações de marketing direto, peças e campanhas, sejam de vídeo ou digital. “Se o Itaú deseja apenas um exemplo, poderia ser qualquer marca - fortalecer a memória de sua marca com auxílio do logo áudio, os criativos da agência devem estar alinhados a essa missão. Seja nas campanhas em que o cliente desenha com as mãos o logo Itaú no ar e a melodia do logo áudio acompanha - embutida em uma variação melódica na trilha - a imagem do gesto, seja no uso da sonoridade e motivo deste logo áudio nos jingles e spots da empresa, ou em dezenas de outras ações da empresa, que devem estar alinhadas a esse propósito”, diz Giah. Se a estratégia musical no branding não estiver adequada, então, o fracasso pode ser eminente, afinal, é este alinhamento que proporciona um trabalho de audio branding capaz de fortalecer e ampliar a penetração da marca. E com isto gerar recall e relacionamento com o público. “Há vários fatores inversos que, neste caso, podem contribuir para o fracasso da estratégia: uma agência desalinhada com a necessidade em áudio branding do cliente, um briefing mal conduzido (fruto de pesquisa e de escopo mal feito), erro no diagnóstico do target, ausência de uma preocupação em estabelecer conexões com esse áudio branding em outras peças e por aí vai”, enfatiza Roney. DENTRO DO DNA – Comunicar-se através dos sentidos é uma das formas de alavancar as vendas, seja pelo olfativo, visual, tato ou auditivo. E, assim, é cada vez mais oportuno o trabalho de construção e gerenciamento de uma marca junto ao merca20

do, nesta Era em que o marketing sensorial se torna um diferencial. Esta identidade musical, então, é antes de tudo uma nova ferramenta de comunicação dentro deste guarda-chuva. “Os sentidos são a verdade das marcas. Você usa um perfume que não gosta pra agradar alguém? Come uma comida que não curte pela sua namorada? Escuta três vezes consecutivas uma música que não suporta porque seu pai adora? Não! Precisamos dessa verdade e contá-la em forma de música, para sermos lembrados lá na frente!”, diz Pedro Salomão da Radio Ibiza, (RJ). A música se tornou, consequentemente, um elemento essencial, especialmente em ambientes de pontos de venda e de exposição de produtos, onde podem ser canalizadas para estabelecer a conexão emocional e obter determinadas reações dos consumidores. E quem sabe, gerar negócios ou culminar em vendas. Contudo, não se pode partir do entendimento de que um plano deste tipo pode ser desenvolvido basicamente por meio de pesquisas. É preciso antes de tudo conversar com o cliente e tentar entender a cultura da marca, o seu conceito de branding para a construção desta identidade. “Vemos uma busca por copias de cases de sucesso. O universo musical precisa ser explorado e nosso sucesso foi muito pautado na vontade de buscar o novo. E acho também que a indústria ainda não entendeu que precisa se unir e mudar as relações de licenciamentos. Neste quesito ainda vivemos na pré-história do mercado fonográfico e vemos uma penca de belas iniciativas de cobranding (associação entre duas empresas) na gaveta por problemas de custos estratosféricos”, esclarece o diretor executivo da Ibiza. Como o auditivo é o segundo sentido mais utilizado na comunicação de vendas, o som tem que ter uma característica peculiar frente a este cenário de mercado competitivo, uma vez que a construção de uma marca depende de diversos outros fatores além do produto em si. “Para realizá-lo de forma assertiva é necessário experimentá-los. Precisamos mergulhar nos clientes e entender exatamente o que existe por trás daquele produto. Cor, tecido, cheiro, idade, gente. Precisamos juntar os ditos comerciais ao de comunicação, branding e RH, esse último é fundamental, inclusive, para treinar as equipes para receberem o novo conceito. Se a equipe não comprar a ideia, os clientes não comprarão”, lembra Salomão. Por isto, é preciso entender que a estratégia envolve uma equipe multidisciplinar, que inclui ainda profissionais de programação, criação, DJs e até fonoaudiólogo e psicólogo, na


opinião psicóloga Márcia Mathias (RJ), diretora da Associação Brasileira de Hipnose (ASBH) e consultora do portal AshleyMadison.com. “Este trabalho conjunto tem como objetivo pesquisar e transformar a linguagem visual em uma marca sonora, em que automaticamente ocorra associação. Devemos ter claro que não é uma vinheta sonora. Percebemos que as marcas já conhecidas no mercado estão buscando esta identidade, pois 40% das pessoas tem uma percepção auditiva mais apurada, e só necessita dos primeiros acordes para reconhecer e associar a música e assim temos certeza da eficácia da Marca Sonora”, destaca. Esta percepção levou, inclusive, ao investimento em sound design (design sonoro) que trabalham exclusivamente com análise arquitetônica, do perfil do cliente que frequenta essas empresas, lojas e espaços diversos, por exemplo. “Os que investiram com profissionais qualificados não obtiveram fracas-so. É um tiro certo! Afinal quem não gosta de música? Por conta disso o mercado cresce, e empresas estão de olho nessa 'experiência sensorial'. Hoje o cliente não quer apenas comprar, ele quer interagir, se sentir importante, e, sobretudo, único”, diz George Mendez, da Okmuzik (PE). Esta paisagem sonora deve seguir a risca o estudo prévio, com detalhes que mesmo não parecendo importantes, podem somar no desenvolvimento do trabalho, e ser o diferencial: “O talento do Sound Design reside em construir uma trilha sonora adequada e coerente ao local, à marca e a quem o frequenta. Entretanto, não temos como mensurar o sucesso, ele vem do questionamento: 'quantas vezes uma trilha errada o fez sair de uma loja correndo? Ou acelerou a sua vontade de ir embora deste local, no mínimo?'”. Não é a toa que hoje o Brasil ocupa, desta forma, a quinta posição entre os países mais promissores em sound branding, segundo o Auding Branding Barometer 2013 (ABA). “A música nunca será a salvação de uma marca, mas sim uma boa ferramenta para posicioná-la. E o segredo é falar com o seu público e fazer com que seus funcionários se sintam bem em trabalhar com horas e horas de música. Não adianta querer comunicar para um segmento e ser consumido por outro ou irritar quem deve estar sempre relaxado e bem disposto para atender aos clientes”, comenta Mari Rossi, diretora da WeSounds (SP), para quem a identidade deve ser entendida ainda como curadoria musical, feita de acordo com as análises e vontades de uma marca, para complementar o entendimento do seu conceito as consumidores. Um dos maiores poderes da música é o de provocar associações (lembrança) e emoções (conexão emocional) entre o consumidor e a marca, para Guto Guerra, que acredita influenciar o público de várias formas, em vários âmbitos. E

como citado anteriormente, pode gerar um substancial aumento nas vendas, se utilizada corretamente conforme pesquisa. “Existem alguns estudos que comprovam a interferência direta da música no ato de consumo. Por exemplo, nos Estados Unidos, uma pesquisa feita em supermercados de médio porte descobriu que o tempo de duração das compras variava dependendo da velocidade da música tocada. Com músicas mais lentas, os consumidores ficavam até 38% a mais tempo dentro do mercado. Mas não foi só a velocidade das músicas que afetou o tempo de permanência”, lembra. Enquanto plataforma de comunicação no branding é preciso entender que um dos fatores mais importantes para o seu sucesso é a conformidade e a relação direta com as outras frentes da marca. “Não dá para pensar o conteúdo musical como algo separado dos demais conteúdos. O fundamental é usar uma abordagem estratégica que seja coerente aos valores da marca, e que esses valores estejam inseridos em todas as ações da marca, onde ela estiver”. Afinal, para esses projetos darem certo, tudo tem que está bem conectado e convergido, inclusive, no que diz respeito às partes envolvidas. “Nesse processo é natural que diferentes profissionais se envolvam, na verdade. E no nosso dia-a-dia na Gomus a gente faz questão de se envolver e trocar pontos-de-vista com todos os demais profissionais que trabalham as outras áreas de branding, justamente porque a gente acredita que a parte musical tanto pode receber inputs, como gerar inputs para o todo”, enfatiza ele. E, para Guto, o music branding representa grande avanço para um mercado que por muito tempo apostou suas fichas apenas em como as marcas iam “aparecer” visualmente para os clientes. Sendo assim, a forma como iam “soar” sempre ficou em segundo plano. E agora garante seu lugar de importância com maestria. “Como o sound branding ativa lembranças, age na mente ou no imaginário do consumidor da mesma forma que uma canção qualquer. Mas traz, óbvio, simpatia pela marca e ativa o bom e velho método AIDA (Atenção, Interesse, Desejo e Ação)”, diz Pedro Paulo Procópio da Faculdade Guararapes (PE). Contudo, como não se trata de uma ciência exata, não há como mensurar melhor isto em dados numéricos, em sua opinião. Contudo, assegura que o registro positivo perpassa gerações e isto reforça a possibilidade de recall. “Entretanto, é preciso estabelecer uma comunicação horizontal e focada na realidade sociocultural do target para prender efetivamente a sua atenção; despertar interesse, provocar o desejo e levar à ação. E depois analisar sua eficácia através do Top of Mind (índice de popularidade) que é, sem dúvida, o melhor dos instrumentos. Se o público está cantarolando a sua marca. Bingo!”.

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OS 15 FAMOSOS MAIS ASSÍDUOS DA TV ABERTA

Mapeamento realizado nos primeiros meses de 2014 aponta o quanto celebridades são conhecidas pelos brasileiros

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Joyce Warren |

Famosos estão cada vez mais relacionados à publicidade e propaganda. Sobretudo por serem encarados pela população como formadores de opinião. Contratados pelas marcas para passar credibilidade ao consumidor, eles correspondem a 17% do total de investimento publicitário na TV aberta. Por serem admiradas pela maioria do público, as celebridades são peças fundamentais em campanhas publicitárias. O marketing cognitivo que gira em torno de propagandas vinculadas a artistas famosos reforça, ainda mais, o conceito de agregação de valor ao conceito do produto. Por isso, o Ibope Repucom monitorou a atuação de figuras públicas na publicidade. E concluiu que, das duas mil marcas veiculadas no período pesquisado, 221 (11%) utilizaram celebridades – respondendo por 17% do total de investimento publicitário. Ainda segundo o estudo Easy Celebridades, do Ibope Media - que monitora a aparição de celebridades na TV aberta - de janeiro a agosto deste ano, na cidade de São Paulo, foram selecionadas 15 celebridades nacionais que mais endossaram marcas na TV durante o período.


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No topo da lista estão o jogador Neymar e o apresentador Rodrigo Faro – cada um deles apareceu em propagandas de oito marcas diferentes. Logo em seguida, estão Ivete Sangalo, aparecendo em comerciais de cinco marcas, Rodrigo Hilbert, também com cinco campanhas; Ronaldo (5), Gisele Bündchen (4), Maria Fernanda Cândido (3), Adriane Galisteu (3), Seu Jorge (2), Zezé Di Camargo & Luciano (2), Caio Castro (2), Carlinhos Brown (1), Alinne Moraes (1), Fátima Bernardes (1) e Tatá Werneck (1). No entanto, mesmo participando da campanha de uma marca, a celebridade que mais apareceu entre os top15 foi Carlinhos Brown, em razão do alto volume de inserções da campanha “Vem Pra Urna”, do Tribunal Superior Eleitoral. Ainda de acordo com o levantamento, as campanhas com esportistas correspondem a 25% das veiculações do período analisado, sendo que 1/3 das marcas, ao escolherem um famoso, preferiu um esportista, devido ao Mundial de Futebol. As Eleições também impulsionaram inserções com celebridades. Por isso, Neymar e Carlinhos Brown foram as celebridades com maior número de inserções veiculadas. No entanto, mesmo com este volume absoluto de celebridades ocupando nossas telinhas nos comerciais, é preciso cuidado ao decidir usar um famoso para dar corpo ao produto. O empresário precisa examinar, e até mesmo determinar, quais qualidades essa pessoa deve possuir. Ou seja, é preciso analisar se, para agregar valor ao produto, a celebridade possui características do anunciante. Pois quando uma marca não é conhecida, ela usa estratégias de poder, para atrelar sua imagem a de um artista, de acordo com a identificação do público com o mesmo. Este estudo só nos ajuda a compreender o quanto a sociedade sente-se segura quando um famoso, sobretudo quando é admirado, passa credibilidade e confiança ao recomendar determinado produto. De acordo com uma pesquisa realizada por Ana Rumschisky, professora de marketing da Escola de Negócios IE (SP), as pessoas estão dispostas a pagar mais por um mesmo produto quando seu anúncio veicula uma pessoa famosa. Não que o produto seja melhor que outros da mesma categoria, mas pelo fato de a marca estar associada ao rosto de uma pessoa conhecida. Em virtude dessas razões, é proveitoso para empresas e agências considerarem este conceito na hora de desenvolver um comercial e peças publicitárias diversas. A relação de quase intimidade que famosos têm com o público, é um ótimo atrativo para criar canais de comunicação propagandísticos entre a marca e seu target. O uso de um modelo anônimo geralmente apenas transmite informações específicas, como sexo, idade e classe social. Já com o uso de um modelo famoso, a propaganda não vende só o produto, vende toda a gama de informações por trás da celebridade que o público admira – carisma, simpatia, talento, fama, beleza, riqueza, sucesso, etc.

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A VEZ DO CLIENTE

EUCATEX APOSTA NA SUSTENTÁBILIDADE

Joyce Warren |

Uma das maiores produtoras de pisos, painéis MDF e chapas de fibras de madeira, surpreende visitantes da Brazil Promotion Inserida no mercado moveleiro há mais de 62 anos, a Eucatex conquistou seu lugar ao sol sendo uma das marcas que utiliza madeira produzida a partir de fontes responsáveis, para a produção de seus produtos. Sempre em sintonia com as novidades do mercado, a empresa lança o painel MDF Lacca AD, com exclusividade no mercado. Pois trata-se de painéis com acabamento em alto brilho, que está entre os produtos que vêm surpreendendo o público. O produto foi destaque na Brazil Promotion Live Marketing and Retail – feira que apresenta as principais novidades em soluções para organizadores de eventos e, entre outros, para merchandising no ponto de venda – e une excelência e conceito ecológico em sua essência. Com sede corporativa instalada em São Paulo, a Eucatex também é reconhecida pela sua preocupação com o meio ambiente. Regina Ricci, gerente de Marketing Corporativo do grupo, explica que nas fábricas são utilizadas madeiras de eucalipto 100% reflorestado, matéria-prima para grande parte dos produtos desenvolvidos pela empresa, e das suas áreas florestais, que ocupam mais de 45 mil hectares, um terço é de reservas naturais pertencentes à Mata Atlântica e ao Cerrado, que permanecem intocadas. “O desenvolvimento sustentável faz parte do cotidiano da empresa, que detém, desde 1996, o Certificado FSC, pois utiliza madeira produzida a partir de

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fontes responsáveis. O selo, assim como a certificação ISO 14001, está presente nas chapas de fibras de madeira e nos painéis MDP e MDF, destinados à indústria moveleira, e nos pisos laminados Eucafloor”, explica. Por oferecer uma vasta gama de produtos – entre eles os painéis MDF BP, os pisos laminados Eucafloor, tintas Eucatex, portas Eucadoor e o Fairtex – o grupo Eucatex tem o cuidado de voltar suas estratégias de comunicação para cada um de seus produtos. Além de reportar os resultados da marca para acionistas, fabricantes e, consequentemente, para os profissionais que usam seus produtos para desenvolver projetos; bem como pintores, instaladores de pisos, arquitetos, designer de interiores e engenheiros. “Para se comunicar, a Eucatex investe em todos os recursos disponíveis: anúncios, principalmente em mídia impressa, divulgação no ponto de venda, ações promocionais, merchandising e muitas ações cooperadas com revendedores/lojistas. De forma complementar, a assessoria de imprensa tem um trabalho abrangente, trabalhando conteúdos relacionados aos diversos segmentos de atuação da empresa”, ilustra Regina. Ainda no quesito comunicação, a empresa possui mais dois canais de interação com seu público. São eles o “Jornal Eucafloor”, voltado para designers de interiores e arquitetos, e o “Informativo Tintas Eucatex” que tem como


Regina Ricci, gerente de Marketing Corporativo do grupo

público os lojistas e varejistas do segmento de tintas imobiliárias. Ambos com circulação trimestral, com elaboração feita por empresas terceirizadas e coordenada pela Comunicação Interna da Eucatex. Já em suas ações, a marca concentra muito dos recursos de marketing e comunicação na relação com o ponto de venda: auxílio aos revendedores/lojistas, no “sell out”, na relação em que o “shopper” realiza a compra do produto; em displays, material de apoio à venda, treinamentos aos lojistas, balconistas e vendedores na comunicação visual no PDV. Ou seja, as ações têm como foco os produtos de varejo. Também possuem outro viés de ação, um pouco diferente do anterior, onde se busca trabalhar outro público, que é o da Indústria Moveleira, a venda corporativa, e o B2B para o qual direcionam palestras, participação em eventos segmentados e voltados especificamente para o relacionamento com esse público. Há também a preocupação da marca com as redes sociais e a participação, cada vez mais maciça, do público. “As ações da Eucatex nas mídias sociais, como Facebook e Twitter, são desenvolvidas e alimentadas por uma empresa especializada. A “conversa” com o internauta é diária e tem como foco não apenas os produtos da empresa e as suas formas de utilização, mas sim a proposta de oferecer serviço, soluções e informação sobre decoração, cuidados com os ambientes residenciais e corporativos, reaproveitamento de objetos que fazem parte do nosso cotidiano, fazendo frente à preocupação com o meio ambiente”, ilustra Regina Ricci, gerente de Marketing Corporativo da Eucatex.

PLANEJAMENTO – A Eucatex trabalha com planejamento anual que contempla objetivos da companhia. E neles são definidas todas as ações que serão realizadas, considerando lançamento de produtos, participação em feiras e eventos, campanhas promocionais/publicitárias e marketing direto para o público alvo. Trata-se de um planejamento detalhado, que determina um número grande de ações para serem desenvolvidas ao longo do ano. Mas ainda assim, o grupo abre possibilidades de avaliação das oportunidades de comunicação e marketing que possam aparecer durante o ano. “Há um planejamento institucional e cada produto tem o seu planejamento individual, de acordo com os objetivos de cada negócio. Como no planejamento, cada produto tem uma agência e, eventualmente, uma mesma agência atende mais de um produto/segmento. É uma forma de buscar foco no produto e nas informações relativas a cada área de negócio. Atualmente a Eucatex trabalha com três agências de médio e pequeno porte para assegurar atendimento diferenciado. A relação de trabalho, normalmente, se estende por longo período, pois se exige nível de entendimento quanto aos produtos que só a experiência pode garantir. Isso não impede que a Eucatex realize concorrências, abrindo oportunidade para novos parceiros. Essas agências atuam no desenvolvimento da grande maioria das ações e, em relação às mídias, privilegiamos anúncios voltados ao consumidor final”, pontua Ricci. REFORMULAÇÃO – Reformulado recentemente, o site da Eucatex (www.eucatex.com.br) está mais interativo e focado em ferramentas que facilitam o acesso à informação. O novo site presenta o portfólio completo da marca, materiais técnicos e notícias sobre a empresa. Com essa novidade, o layout da página ganhou nova identidade, um design arrojado e compatível com os mais modernos sistemas de navegação. O internauta tem à disposição um simulador de ambientes, no qual pode escolher a cor que quer pintar a casa e/ou o padrão de piso que prefere para um determinado espaço. “Outro diferencial do novo site é o acesso ao download de fotos de produtos em alta resolução. Uma novidade que atende às necessidades de especificadores, revendas e do consumidor final, que precisam do portfólio para seus projetos. Estão disponíveis também folders, manuais, vídeos e PDFs. Para responder com maior agilidade às dúvidas e solicitações dos visitantes, o canal “Entre em Contato” foi reformulado. Além disso, o canal de “Comunicação” permite o acesso às campanhas publicitárias, à agenda de eventos, ao clipping e à sala de imprensa”, finaliza Regina Ricci, gerente de Marketing Corporativo da Eucatex. 25


DE OLHO NA CAMPANHA

BOTECO ONLINE A Ampla criou a campanha de divulgação da loja virtual lançada pela Pitú. A plataforma de ecommerce (www.lojaonline.pitu.com.br) mescla ambiente virtual e bar, de acordo com o conceito Seu boteco na internet. A divulgação é baseada no Facebook, ferramentas do Google, web banners, e também em plataformas off-line (anúncios em revistas, mídia exterior, rádio e TV). Entre as peças de mídia exterior, destaque para as vinhetas veiculadas nos paineis de LED localizados em importantes pontos do Recife e no luminoso Uplight, próximo ao Chevrolet Hall. A campanha ainda inclui parceria com os blogs Etílicos, Papo de Homem, Bebida Liberada, Papo de Bar e Guia do Boêmio.

NOTAS DE LUNA Luna, nova fragrância feminina da Natura, convida os consumidores a homenagearem as mulheres com versos musicais. A campanha “Notas de Luna” promove a união criativa entre a canção de Marcelo Jeneci, um dos nomes mais promissores da nova geração da MPB, e a poesia de internautas admiradores da sensualidade natural feminina. Qualquer pessoa poderá, pela internet, dedicar às mulheres de suas vidas frases que servirão de inspiração canção exclusiva. Os participantes poderão publicar nas redes sociais frases de amor, admiração e beleza dedicadas a sua musa inspiradora, que serão traduzidas em pura musicalidade. Para participar, basta acessar o aplicativo do concurso na página da campanha (www.natura.com.br/luna) e escrever seus versos. As melhores frases, que devem destacar a feminilidade e a sensualidade natural da mulher, servirão de inspiração para Jeneci e Raphael Costa, cantor e compositor pernambucano convidado a contribuir com o projeto. Depois de pronta, a canção será disponibilizada em versão original para download e também em versões personalizadas com nomes femininos. A intenção é que ela possa ser presenteada a uma mulher especial... Anas, Marias, Patricias, Helenas. Todas protagonistas de Luna.

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Líder de mercado há 12 anos, de acordo com o instituto Ibope Monitor, a Young & Rubicam Brasil ficou com a primeira colocação com propaganda criada para a Peugeot, intitulada “Vitória”, com filme para apresentar o modelo 208, que trouxe os famosos personagens da “Corrida Maluca” na vida real para a telinha. Já a Almap BBDO, considerada uma das mais tradicionais empresas de comunicação brasileira, levou outras duas premiações para as campanhas “Reclamações”, feita para o Conar, e “Novo Fusca”, para a Volkswagen do Brasil. O primeiro projeto institucional, criado para o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, usa o humor politicamente correto (nos filmes “Feijoada” e “Palhaço”) para satirizar as reclamações exageradas dos consumidores, que chegam à entidade e busca reforçar a confiança no órgão. Enquanto o segundo, com os VTs “Brasil 70” e “Céticos”, volta-se para uma São Paulo da década de 70 numa viagem do tempo para apresentar os consumidores daquela era ao modelo do carro do futuro, o modelo 2013 do Fusca, que numa época em que este era o único carro popular e o mais famoso do País. Contudo, a agência também recebeu os prêmios da Classe Regional Sudeste-Capitais com a campanha Espelhos, da Volkswagen, e Terror, criada para a Panamericana Escola de Arte e Design, que venceu na categoria Mercado. A etapa Norte-Nordeste do Profissionais do Ano, realizado na capital paraibana, pela Rede Globo em parceria com a TV Cabo Branco, reuniu cerca de 400 convidados, entre profissionais, imprensa e artistas da Rede Globo. E consagrou os trabalhos “Black Friday Eletro Shopping” do anunciante Eletro Shopping, da agência Aleixo Comunicação e produtora Casa de Imagens, do Recife (PE); e “Remédio” do anunciante Hospital Samur da Gente Propaganda, de Vitória da Conquista (BA), produzido também pela No Ar Filmes. “Este prêmio Profissional do Ano da Rede Globo é uma coroação perfeita, é uma coisa muito importante. E vai agregar muito para nossa agência”, comenta Djair Aleixo. Marcus Mendes |

O mercado de comunicação foi impactado mais uma vez em outubro passado com apresentação dos vencedores do 36º Profissionais do Ano, que prestigiou diversos profissionais e empresas no mercado na premiação nacional, que ocorreu em São Paulo e que teve como palco o HSBC Brasil, na Chácara Santo Antônio, na zona sul de São Paulo. Esta festa final consagrou mais uma vez a iniciativa da Rede Globo de Televisão como um dos mais importantes reconhecimentos do país. Para o diretor executivo de relações com Mercado da Globo, Renato Pereira, “é muito importante valorizar as boas peças publicitárias, a boa criação. E a TV Globo faz um esforço muito grande para valorização em todas as regiões do Brasil e no mercado nacional também”. Nesta edição 2014 do Profissionais, foram realizadas 861 inscrições, totalizando 1.125 comerciais concorrentes. Os trabalhos inscritos tinham que atender a exigência de veiculação entre o dia 01 de abril de 2013 a 31 de março deste ano. Esses concorrentes tiveram seus trabalhos julgados por um júri formado profissionais do mercado publicitário de todo o Brasil, composto por seis profissionais de criação, quatro diretores de cena, três representantes de entidade e um representante da Globo. Estes avaliaram os projetos de cerca de 80 agências, quase 100 produtoras e mais de 80 produtoras de som. E como em edições anteriores, esta contou com eventos que cobriram diversas etapas regionais: Leste-Oeste, que aconteceu em 25 de junho, em Uberlândia (MG); Sul, em 16 de julho, em Porto Alegre (RS); Sudeste, em 6 de agosto, em Santos (SP); Norte-Nordeste, em 27 de agosto, em João Pessoa (PB); e a premiação voltada às capitais do Sudeste aconteceu em 16 de setembro, no Rio de Janeiro. A premiação nacional teve como grandes vencedoras as agências Y&R e Almap BBDO que levaram os prêmios nas categorias “Mercado” e “Institucional”, respectivamente.

Ivelise Buarqu |

O brilho global do Mercado Publicitário

Djair Aleixo e sua equipe na etapa Norte/Nordeste do Profissionais do Ano 27


Ricardo M. Barbosa | diretor executivo da Innovia Training & Consulting

POSTAR OU NÃO POSTAR – COMO SE PORTAR NAS REDES SOCIAIS Como as redes sociais podem influenciar em relação ao trabalho? Essa questão é cada vez mais usual para as pessoas, em função da amplitude que esses meios de comunicações tomaram. E uma coisa eu posso afirmar – com certeza, o que você coloca em suas redes sociais pode ter reflexo em sua vida pessoal. Por isso, acho relevante falar dos principais pontos relacionados ao tema: POSTAR OU NÃO POSTAR, EIS A QUESTÃO - Vivemos uma realidade na qual o que se fala, curte, quem segue e tudo mais pode ser usado a favor e contra profissionalmente. Vejo muito isso em contratações, onde as áreas de recursos humanos já utilizam desse artifício. Frases mal postadas, preconceito, xingamentos, declarações desnecessárias com certeza pegam muito mal. Sem contar que sempre se deve buscar escrever de forma correta. Pense sempre que as redes sociais segue a vida real, assim, pense quais situações não seriam adequadas tomar na frente de seus pares do trabalho e reproduza esse conceito para as redes socais. Como pode ver, são inúmeras as situações a serem evitadas. Para postar, basta ter bom senso e utilizar as redes sociais com inteligência, tendo a consciência do impacto das suas ações. Coloque na balança os pontos positivos e negativos de uma postagem. Sei que parece chato, e tira um pouco a graça dessas redes, mas essa é a única forma de garantir que o postado nas redes sociais não interferirá no lado profissional. As pessoas hoje tem acesso ao que você faz 24 horas. Por isso, preserve sua imagem. Lembrando que ser feliz não o que se está na rede mundial. BALADAS E BEBEDEIRAS - Exemplos recorrentes são os impactos de constantes fotos no Facebook - ou outras redes de bebedeiras, baladas e ’pegação’. Não cabe a ninguém julgar o estilo de vida das pessoas, mas expor o mesmo de forma inadequada trará consequências negativas para imagem de um profissional. Hoje vivemos um momento em que o compartilhamento de informações é muito rápido, e com isso também é muito fácil ser visto e ser alvo de entendimentos errôneos e pré-conceitos nas redes sociais, não que isso seja 28

correto, mas é recorrente as pessoas avaliarem os profissionais pelo que observam em fotos. Por isso recomendo que, antes de tirar qualquer foto, como as famosas selfie, tenha em mente que você será julgado por ele. Um erro comum é a pessoa bloquear o acesso das pessoas as suas fotos nas redes sociais e achar com isso que está segura, ledo engano, pois outras pessoas poderão compartilhar a mesma foto, e assim de nada adiantou essa preocupação. Um profissional deve ter sempre como palavra de ordem em suas redes sociais a prevenção da imagem. ADICIONAR OU NÃO ADICIONAR SUPERIORES? Ponto bastante complexo, a respostas dependerá da relação que se tem com a pessoa. Recomendo como postura mais adequada uma posição passiva, mas, caso seja convidado pelo chefe, recomendo que o adicione, pois, mais do que o lado profissional, estamos sempre lidamos com indivíduos, que possuem em suas personalidades características diversas, assim, tenha em mente que o fato de não aceitar uma solicitação pode ser levado como uma ofensa, ou com o fato que tem muito a esconder, criando um desconforto não adequado. Uma dica para quem não quer adicionar é deixar claro de forma indireta que não gosta de ter colegas de trabalho em suas redes sociais. Outro ponto é também se conter, não é porque começou um novo emprego ou tem uma nova rede social que deve chamar todos para serem seus amigos. A pessoa também pode não gostar de ser adicionado e ficar assim em uma saia justa. Por fim, busque sempre convidar para suas redes pessoas com quem realmente tenha relacionamento. Hoje se tem uma verdadeira competição para ver quem tem mais amigos nas redes sociais, todavia, as pessoas não percebem os riscos que existem com isso. UMA REDE PROFISSIONAL E OUTRA PESSOAL - Essa é uma boa saída para quem quer privacidade, mas não é garantia nenhuma, sempre haverá os que vão querer participar das duas redes e também os que irão acessar todas, buscando saber o que você faz de sua vida. Não se iluda com soluções simplistas, a postura preventiva é a melhor saída.


NA WEB WWW.CASALSEMVERGONHA.COM.BR

WWW.IDEAFIXA.COM/

Mais que um site para falar de sexo, o Casal Sem Vergonha é um estilo de vida. Criado pelo publicitário Eme Viergas, 27, e a tradutora Jaque Barbosa, 22, o site vem agregar mais informação ao assunto: sexualidade. Ambos perceberam que havia algo errado com a cobertura da mídia em relação ao assunto. Então resolveram desenvolver um espaço onde o sexo poderia ser debatido sem tantos dados e infográficos. De uma forma divertida e muito competente, os criadores do site escrevem e convidam aspirantes a cronistas, para retratar assuntos não só relacionados ao sexo, mas ao amor, atitude e lifestyle. O “Casal Sem Vergonha” é voltado para aqueles que querem descobrir-se e inspirar-se. É pra todo mundo... Que seja maior de 18 anos!

Voltado para os descolados de plantão e os que buscam inspiração, o Ideia Fixa reúne peças publicitárias inusitadas, ensaios fotográficos interessantes, além de muita informação. Trazendo matérias que abordam assuntos como cultura, design, moda, estilo de vida, curiosidade, ilustração, etc, a página é leve e imprime uma temática despojada. Além disso, o Ideia Fixa trás projetos especiais e indicações de cursos. É um espaço para o internauta relaxar e buscar referências para algum projeto. Feito por um time de profissionais tarimbados na área cultural de entretenimento na web 2.0, o site abarca diversas formas de expressões e dá subsídios para que qualquer um se inspire. Vale a pena!


FICHA TÉCNICA

FERRARI CHEGA A RECIFE Esta foi a campanha publicitária para promover a exposição de um modelo de Fórmula 1 da Scuderia Ferrari no Shopping do Automóvel de Pernambuco. Uma lenda das pistas do mundo inteiro, agora disponível na alameda do primeiro shopping de automóveis do Estado. Sim, foi a primeira vez que o famoso carro rubro, não a réplica, veio ao Nordeste. Agência: Luz Comunicação (PE) Cliente: Shopping do Automóvel de Pernambuco Atendimento: Jussara Montenegro Planejamento: Carla Albuquerque Diretor de Criação: Roosevelt Andrade Diretor de Arte: Juliano Valério Redator: Roosevelt Andrade Mídia: Jussara Montenegro Produção: Walter Neves Produção RTVC: Rafael Pontes Aprovação: Carlos Nunes e Erlon Teixeira

HOSPITAL É O MEMORIAL No ano de comemoração de seus 25 anos, o Hospital Memorial São José lança sua campanha institucional criada pela Aporte Comunicação. A comunicação reforça a referência de qualidade e atendimento que o hospital ocupa no estado, com peças de TV, mídia exterior e rádio, explorando a força da marca e o conceito: “Hospital é o Memorial”. Quem passar pelas ruas e avenidas do Recife vai se deparar com um projeto especial de mídia exterior, que denota exatamente o que a campanha quer dizer: em caso de urgência ou em qualquer outro, “Hospital é o Memorial”, usando as pulseiras de atendimento dos pacientes envolvendo os lonados do outdoor. E para criar um elo emocional com os clientes, foi composto um jingle cuja melodia e letra passam a segurança e certeza de que as pessoas podem sempre contar com o Memorial. A campanha prevê ainda patrocínios para o programa de rádio com temáticas de saúde e bem-estar. A comunicação começou em outubro e ficará no ar durante quatro meses. Agência: Aporte Comunicação (PE) Cliente: Hospital Memorial São José Atendimento: Andrea Neves e Raquel Gaudêncio Planejamento: Cida Pedrosa e Angelo Melo Direção de Criação: Juliana Lisboa e Betinho Montenegro Direção de Arte: Felipe Lorega Redação: Paulo Cabral Mídia: Débora Negromonte e Fred Teixeira Produção: Eduardo Miranda Produção de RTVC: Marília Gouveia Aprovação: Marília Fernandes Vieira

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DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS A agência pernambucana Melhor Comunicação é a responsável pela campanha 2014 do Comitê Nacional de Ação de Graças (DNAG). Os anúncios vão estar em VT, Spot, Outdoor, Outbus, Frontlight, cartaz, panfleto e em jornais. O evento é aberto ao público e acontece no próximo dia 27 de novembro, no Cais da Alfândega, Bairro do Recife. Os parceiros são a Globo Nordeste, Sistema Jornal do Commercio, Diarios Associados, Folha de Pernambuco, Consórcio Grande Recife e Metrorec. A ação tem o objetivo de semear a cultura do agradecimento, da gratidão, da confraternização e estímulo à ação social. Agência: Melhor Comunicação (PE) Cliente: Comitê Brasileiro do Resgate do Dia Nacional de Ação de Graças Atendimento: Raphael Saraiva Mídia: Michelle Doherty Criação: Bruno Reis, Renato Valença e Alice Hanna

JUNTOS PODEMOS AJUDAR O Movimento Pró-Criança ajuda há quase 20 anos milhares de crianças e adolescentes em situação de risco e abandono. Através de um lindo trabalho social que promove a educação complementar, a instituição vem mudando a história de meninos e meninas que não tinham boas perspectivas para o futuro. A sede do Pró-Criança sofreu um terrível incêndio e a Martpet, empresa amiga da criança, se empenhou em criar uma campanha para colaborar com a reconstrução. Os filmes convidam a sociedade a ajudar a apagar esta tragédia e reconstruir a esperança e os sonhos de centenas de crianças. Com o apoio da Easy Filmes de Curitiba e da produtora de som Onomatopeia, foram produzidos três filmes. Todas as emissoras de TV (Globo Nordeste, TV Jornal – SBT, TV Tribuna – Band, TV Clube – Record e Rede TV), também abraçaram a causa e estão veiculando os filmes para todo estado nos meses de novembro e dezembro. Agência: Martpet Comunicação (PE) Cliente: Movimento PróCriança Atendimento: Jussara Freire, Taciana Antunes, Filipe Almeida Diretor de Criação: Diego Curvêlo Criação: Diego Curvêlo, Mateus Alves, Rhayane Gomes Mídia: Ítalo Ferreira Produção: Sandra Torreão

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BNDES BENEFICIA MARCAS BRASILEIRAS

Joyce Warren |

Voltado para o mercado de design e moda, a nova linha de crédito Prodesign conta com juros mais baixos e taxas atrativas Hoje em dia, mais do que nunca, o design tornou-se item relevante para as cadeias produtivas da indústria de bens de consumo. Por isso, a segmentação e diferenciação dos produtos, passaram a exigir elevado grau de conhecimento do perfil do cliente, demandando novos investimentos. Pensando nisso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES) criou uma nova linha de crédito, que tem um dos mais baixos custos do banco - taxa de referência do banco de fomento, atualmente em 5% ao ano, mais 0,9% e mais taxa de risco, de acordo com a avaliação de rating da empresa – para fomentar o crescimento de empresas que lidam com design. Visando incentivar a evolução do padrão de qualidade das empresas e agregar valor a cadeia mercadológica do país, o BNDES Prodesign tem como objetivo maior, apoiar competitividade e fortalecer a indústria nacional. Segundo Ana Costa, chefe do Departamento de Bens de Consumo, Comércio e Serviços do BNDES, a maioria dos setores, que tem abrangência no Prodesign, são aqueles tradicionais da indústria que precisam desenvolver não só o design estético, mas o design técnico também. Aonde possam agregar fundamentalmente competitividade e diferenciação aos produtos para agregar valor a eles. “A competição global é cada vez mais forte. E o caminho pra conseguir superar ou criar espaço nesses mercados é trabalhar com o design, com inovação, na busca por competitividade. Então, em primeiro lugar, a gente quer apoiar a competitividade da indústria de Ana Costa, chefe do Departamento de Bens de Consumo, Comércio e Serviços do BNDES

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bens de consumo com agregação de valor aos produtos. Segundo, incentivar a nacionalização de fornecedores locais. Por que à medida que cada vez mais a gente está usando estes setores, e eles estão se tornando cada vez mais rápidos – por conta das mudanças, principalmente ligadas à moda – dado que o consumidor, hoje, tem muito mais informação do que antigamente, ele exige e quer coisas que estejam em dia e sejam da moda”. Por este motivo, a aposta do BNDES conta com orçamento de R$ 500 milhões e taxas atrativas, segundo o banco, para fortalecer o fornecimento das tecnologias de design em locais próximos, que respondam rapidamente à demanda. Ou seja, aproximar a matéria prima dos investidores. “A ideia do programa é que a gente consiga, também, fortalecer a parte intelectual do design de toda parte da elaboração e produção. E, faça com que o crescimento do setor puxe a cadeia próxima e a fortaleça pra que ela consiga responder a essa rapidez com que o mundo atual exige dessa indústria. Com essas medidas, a gente acredita que vai gerar demanda para os profissionais de design e marketing no país também. Na verdade queremos ver a demanda que o mercado consegue criar com fortalecimento, em uma onda de espiral positiva”, pontua Ana. Sendo uma ótima oportunidade para os empreendedores do setor de design, a nova linha de crédito criada apelo BNDES oferece uma gama de oportunidades para a expansão deste mercado no Brasil. Uma vez que os setores abarcados por este viés mercadológico é grande. Ou seja, até para a produção de cerâmica, por exemplo, é preciso o trabalho do designer. Além disso, o Prodesigner fomenta as exportações brasileiras e também protege o mercado interno do país, sobretudo de importações da China – onde atua massivamente em setores beneficiados, como calçados e têxteis. O grande diferencial deste programa é a possibilidade de ganho de mercado. Num cenário onde a globalização acelera crises econômicas e excesso de oferta de mercadorias em escala global. Este modelo de financiamento segue o exemplo de países como Itália e Reino Unido, que possuem programas de apoio e investem no design e na marca como “diferenciais de qualidade”. Justamente para bloquear qualquer entrada do mercado externo, tirando a oportunidade do investidor brasileiro em expandir seu negócio. É importante ressaltar que, com esta iniciativa, serão gerados mais empregos qualificados. Levando o Brasil a ter um perfil de emprego mais criativo, que muitas empresas

ainda não possuem. COMO ADERIR – Por se tratar de um financiamento voltado para empresas, é preciso cautela quanto à participação no Prodesign. A chefe do Departamento de Bens de Consumo, Comércio e Serviços do BNDES, Ana Costa, alerta que o programa é voltado para as empresas que tem um porte maior, até porque o banco não dispõe de capilaridade muito grande, ou seja, o foco desta linha é voltado, sobretudo, para projetos que tenham financiamento mínimo de três milhões de reais. No entanto, isto não exclui pequenas e médias empresas de participarem. “Existem várias formas de aderir. No caso do BNDES Prodesign, posso atribuir duas formas de atuação: empresas que tem projetos de financiamento de, no mínimo, três milhões de reais – onde o banco participa com uma parte desse valor. E, para empresa de menor porte, temos outras linhas que também financiam itens ligados ao design. Uma delas é o cartão BNDES, que apoia inovação e design. Ou seja, todo tipo de parte de embalagem, prototipagem, serviços, qualidade, certificação, ou seja, vários itens que tenham relação com essa questão”, explica. Ana ainda lista o BNDES automático. Um projeto que também é voltado para micro, pequenas e médias empresas. Assim como o Prodesign, ele também financia toda a parte de absorção de tecnologia (máquinas e equipamentos), infraestrutura, prototipagem, teste de insights, treinamento e moldes. Sendo vários itens que permitem apoiar o design. “O banco tem uma gama de produtos para todos os portes de empresas. As menores via agentes financeiros, que são os agentes que nos dão capilaridade, e as que têm um projeto de financiamento de, no mínimo, três milhões. Estas podem também podem vir direto ao BNDES ou também via agente financeiro”, finaliza a chefe do Departamento de Bens de Consumo, Comércio e Serviços do BNDES. BENEFICIADOS – Os setores beneficiados pelo Prodesingn são justamente aqueles transversais ao design. Ou seja, o têxtil, vestuário, calçados, móveis, higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, revestimentos cerâmicos, utilidade doméstica, brinquedos, joias, metais sanitários, relógios, embalagens, eletrodomésticos. Inclusive o comércio e serviços que estão inseridos na cadeia desses setores da indústria.

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PERFIL

Ivelise Buarque |

A LIBERDADE E O PIONEIRISMO E QUE GERARAM NEGÓCIOS “Ser pioneiro é antecipar o que ainda vai acontecer e desde já se posicionar” enfatiza o administrador, professor especializado em criatividade, comediante especializado em humor corporativo e palestrante especializado empreendedorismo Murilo Gun. Modéstia a parte, ele incorpora como poucos a imagem de pioneirismo que ele mesmo acredita ser uma distinção no mundo de hoje. E não é à toa. Sua trajetória profissional começou ainda na adolescência, há quase 20 anos, quando passou a desenvolver uma interação profunda com o meio online que uniu dois conceitos que para ele são as chaves para fazer acontecer no país: saber e ocasião. “Empreender é o casamento do conhecimento com a oportunidade. Na minha adolescência, eu tinha o conhecimento sobre informática e em 1995 surgiu a oportunidade: a internet comercial estava iniciando no Brasil. Tá feito o casamento”, destaca ele que começou assim a desenvolver projetos e falar de comércio eletrônico e e-mail marketing num período em que estas questões ainda estavam engatinhando no Brasil. E isto o levou a se destacar na área de gestão de negócios com foco em tecnologia.

Foi com este pensamento que ele inovou e, desta forma, conquistou por duas vezes o prêmio iBest como o melhor site pessoal do Brasil, e ainda foi prestigiado com a medalha de honra ao mérito José Mariano, da Câmara Municipal do Recife, primeira comenda dada até aquele momento a 34

um jovem em sua faixa etária. Mas, ir além do reconhecimento é uma das suas metas principais. Esta visão de inovação e empreendedorismo tem um foco mais profundo: contribuir para a ampliação do olhar sobre o empreendedorismo, com criatividade, liberdade e oportunidade. “Ouço muito o bordão 'tem que estar sempre antenado e seguir as tendências'. Concordo com o 'estar antenado' mas discordo do 'seguir as tendências'. Quem 'segue' tendências está atrasado, afinal, se você está 'seguindo', é porque tem alguém na sua frente. Quem 'antecipa' tendências é que fica bem posicionado e passa a ser seguido”, destaca. Tudo normal para um profissional que vem enfatizando esta questão há tanto tempo, a partir da própria experiência, e com sucesso. Uma história de vida que só reforça a inevitável e duradoura relação com a tecnologia e o mundo dos negócios. “Tinha 12 anos quando meu pai me deu um computador e isto definitivamente mudou o rumo da minha vida. Hoje, as crianças ganham computador até mais cedo do que isso. Mas, em 1995, computador era algo caro e complexo, e normalmente o computador era do pai ou da mãe e a criança ou o adolescente tinha acesso de vez em quando. No meu caso, não. O computador era meu. Eu tinha liberdade total para explorar, experimentar e principalmente errar. A cada dois meses, tinha que levar o computador na assistência porque eu tinha sido contaminado com um vírus ou causado algum problema no sistema operacional”, lembra Murilo. Para ele, esta liberdade lhe deu a possibilidade de iniciar a sua carreira na área de tecnologia. “A liberdade de errar foi uma política constante na educação que os meus pais me deram. E acho que isso fez toda a diferença pra mim”, reforça. E com isto na cabeça não foi difícil para Murilo iniciar ainda nesta mesma época uma carreira como palestrante especializado neste universo digital que já conhecia. Um trabalho que ainda desenvolve hoje, mas, neste caso, focado em “Criatividade para solução de problemas” e “Empreendedorismo Criativo”, temas também de cursos que ministra país afora para grupos de executivos e staff de diversas organizações e de marcas como BMW, Banco do Brasil, HP, Brastemp e Itaú, por exemplo. “Para a geração dos nossos pais e avós, é muito comum o profissional que passou 40 anos na mesma empresa e cuja vida se confunde com a empresa. Hoje em dia, é improvável passar 40 anos numa empresa. É bem mais provável passar 10 anos em quatro empresas ou quatro anos em 10


“Ser pioneiro é antecipar o que ainda vai acontecer e desde já se posicionar” empresas. O jovem mudou e o mercado também mudou. Tudo agora acontece mais rápido e é preciso ficar atento para pilotar o seu negócio. Gosto sempre de pensar que a maior empresa do mundo de 2020 ainda não nasceu”, acredita o especialista que largou em 2006 o papel de empresário e tornou-se profissional liberal, dedicando-se aos shows de humor, as palestras e as aulas. A familiaridade e a demanda de um segmento sedento pela sua experiência e visão do mundo dos negócios contribuiu para as conquista desta nova carreira, que só complementa sua paixão pelo fazer, pela busca do novo, pela inovação. “Dizem que quem trabalha com o que gosta, nunca trabalha. Pois eu penso exatamente o oposto. Quem trabalha com o que gosta, está sempre trabalhando, pois, já que gosta do trabalho, acaba misturando o trabalho e o lazer. Na verdade, trabalho e lazer nunca deveriam ter sido separados. Meu hobbie, portanto, é criar”, diz Murilo, que nesta ânsia pelo novo, colocou novamente o pé na estrada para nova empreitada. Desta vez, o seu salto foi tanto geográfico quanto profissional. Em junho deste ano, ele embarcou para o Vale do Sicílio, na Califórnia (EUA), para se aventurar durante dois meses e meio no Singularity University do Nasa Ames Research Center. Durante este período, teve oportunidade de imergir numa rede de conhecimento compartilhada por apenas 80 pessoas do mundo selecionadas para esta escola de empreendedorismo e inovação tecnológica, fundada pelo futurista Ray Kurzweil e pelo empreendedor Peter Diamandis. “Conheci a Singularity através do livro 'Abundância', escrito pelo Peter Diamandis. É um livro que fala de uma visão otimista para o futuro. Um futuro em que as tecnologias vão proporcionar abundância de recursos (água, comida, energia, etc.). Quando comprei o livro, ele nem havia sido publicado no Brasil e tudo parecia distante para mim: um livro em inglês, que fala de uma escola de futurismo que funciona dentro do parque da Nasa, no Vale do Silício, em parceria com o Google. Era distante, mas a minha curiosidade infinita me fez ir atrás”, lembra. Desta convivência com profissionais de 35 países, entre palestras e workshops com a nata da tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo, não foi apenas uma experiência única e inesquecível como enriquecedora em

diversos aspectos que vão bem mais do que o estudo de tecnologias com potencial de crescimento em ritmo exponencial. “O Brasil tem muitas mentes pensantes e projetos tecnológicos interessantes. O que sinto falta é a 'cultura do fracasso' que existe no Vale do Silício. Aqui, o fracassar é muito mal visto. Lá, fracassar é parte fundamental do caminho para um sucesso. Se um cientista/empreendedor brasileiro ousar em fazer algum tipo de inovação, ele vira piada: 'coisa de brasileiro'. Isso parece besteira, mas é um grande desestímulo à inovação. Inovação é um processo de tentativa-e-erro”, frisa. Esta lição importante que trouxe na bagagem só reforça a perspectiva de aprendizado e de empreendedorismo que carrega consigo desde a infância, e numa análise ampla talvez seja o grande entrave de empreender no Brasil, especialmente para os jovens. Da mesma forma, tem sido um gargalo no mundo da criatividade livre a visão engessada de empreender no país, que até hoje está atrelada ao diploma e a uma estrutura que não estimula muitos novos olhares. “Acho que o maior problema do jovem é que o 'cardápio' de caminho para os profissionais oferecidos pelas faculdades está muito desatualizado em relação ao mercado de trabalho. E, infelizmente, existe essa pressão (da família e do mercado) para se fazer uma universidade. Acredito que para ser um médico, advogado ou engenheiro, é necessário cursar uma faculdade. Mas para muitos outros caminhos (incluindo administrador, publicitário e jornalista), acredito que se você pegar a verba/ tempo da faculdade e alocar para diversos cursos da área, o resultado final vai ser incrivelmente mais rico”.

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Ivelise Buarque |

MAIS UM SUCESSO DA TURMA DE MAURICIO DE SOUSA GANHA AÇÕES COMEMORATIVAS PELO PAÍS Personagens inspirados em pessoas da vida real tornaram forte apelo no trabalho do artista Maurício de Souza, que se destacou como um dos maiores cartunistas brasileiros, voltado para o mundo infanto-juvenil. Depois de criar a Mônica, o Cebolinha e o Cascão, ele trouxe mais uma figura para estrelar as tirinhas da Folha de São Paulo, em janeiro de 1964: a Magali. Inspirada em sua terceira filha, esta é aquela personalidade dos quadrinhos que se tornou a mais comilona do trabalho do desenhista. E, hoje, completa 50 anos com comemorações que se estenderão até julho de 2015, em meio a diversas ações promocionais da marca Mauricio de Sousa Produções (MSP). “Tudo começa para um desenhista com a vontade de desenhar e, para um artista, com a vontade de criar. Desde criança, eu desenhava. Tomei gosto, peguei um pouco de jeito e resolvi tentar fazer histórias em quadrinhos”, destacou Mauricio de Souza em matéria no portal da Turma da Mônica, abordando o começo de tudo que agora é reforçado com o aniversário de mais uma estrela bem sucedida do seu trabalho. Um negócio que também envolve licenciamento de produtos e projetos relacionados com as figuras da Turma da Mônica e demais personagens da corporação (eventos, musicais, parques temáticos etc.), além da produção, criação e desenvolvimento de personagens, histórias em quadrinhos e desenhos animados. E para marcar este cinquentenário,

a empresa uniu forças com a Sociedade Brasileira de Pediatria numa parceria inédita, numa investida estratégica. Eles apostaram na imagem desta personalidade para a produção e o compartilhamento com pais, crianças e profissionais de todo o Brasil de conteúdos informativos sobre alimentação equilibrada. E a consequência disso é a criação de uma pirâmide alimentar da Magali (disponível ao público no link: turmadamonica.uolcom.br/piramidealimentar/). Este material representa os grupos alimentares explicados didaticamente com o número de porções diárias recomendadas, de acordo com a faixa etária da pessoa. E os visitantes ainda podem ter acesso a um cardápio foi elaborado especialmente para a ocasião. E a Mauricio de Sousa Produções, empresa líder em licenciamento no Brasil, ainda tem participado de eventos importantes - como a 7ª Expo Licensing Brasil 2014 (realizado de 30 de setembro e 1º de outubro), para reforçar no mercado o projeto Magali50. Dividido em três pilares (gastronomia, minifeira e licenciamentos), algumas das ações envolvem até um 'Parabéns a você' especial para a Magali. Nada mal para uma empresa, também cinquentona, que conquistou grande parte do mercado brasileiro na área de quadrinhos, possui um dos maiores estúdios do setor no mundo e alcançou o número de 300 títulos, totalizando dois milhões de exemplares nas livrarias.

A evolução no traço da Magali Magali é outra personagem baseado em pessoa real. A Magali real é filha de Mauricio de Sousa (como Mônica e Maria Cebolinha ). Magali é a única personagem canhota da Turma da Mônica

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CLICK

Mais um dia termina. Melancólico ou feliz, o fato é que termina. Leva junto o suor do trabalho de muitos, o sorriso de alegria de outros e a certeza de que amanhã será um novo dia, nesta que é mais conhecida pelas longas festas Juninas. Campina Grande, terra dos tropeiros da Borborema, terra do algodão no passado que a projetou internacionalmente, exibe este lindo por do sol, com sua silhueta não mais do tempo dos tropeiros, com seus novos altos prédios, fruto da corrida imobiliária e do progresso de todas as cidades com vocação para crescer. CAMERA: Nikon D90 DISTANCIA FOCAL: 75mm ABERTURA: f22 TEMPO: 1/1000 ISO: 800

21ª EDIÇÃO DO PRÊMIO CENTRAL DE OUTDOOR A criatividade e o talento que marcam campanhas em mídia exterior foram premiados durante a vigésima-primeira edição do Prêmio Central de Outdoor, que lotou o Manhattan Café - Theatro, em Boa Viagem. "Este Prêmio é muito importante por reconhecer a excelência que Pernambuco tem no que diz respeito à mídia exterior. Desde a criação, produção e exposição das campanhas, o nosso estado é um referencial em todo o país. Por isso, todos são vencedores e estão de parabéns", observou o presidente da Central de Outdoor- PE, Durval da Costa Neto. Na categoria mercado venceu a campanha Neolat – Mais que um leite (Gerens Comunicação) e na categoria Ação Social a ganhadora foi a campanha do Carnaval do Recife – (BCO Propaganda). Já o primeiro lugar da Categoria Livre ficou com a campanha Água e Horta (Martpet Comunicação).

CONFIRA OS DEMAIS PREMIADOS DA EDIÇÃO DESTE ANO: Categoria Mercado 2º Lugar Mercado: Certificado | Troféu – Brilux – Limpeza para toda família – (Gruponove) 3º Lugar Mercado: Certificado | Troféu – Excelente como os melhores importados (Raio Comunicação) CATEGORIA AÇÃO SOCIAL 2º Lugar Ação Social: Certificado | Troféu – Mãos – (Martpet Comunicação) 3º Lugar Ação Social: Certificado | Troféu – Cartões de Natal Imip (Ampla Comunicação) CATEGORIA LIVRE 2º Lugar Livre: Certificado | Troféu – Veja com quem seu filho anda brincando (Talk-LK) 3ºLugar Livre: Certificado | Troféu – Assim sem você (Genesis Comunicação) 37

Reginaldo Guimarães | reginaldo.olinda@gmail.com

UM NOVO DIA


EU RECOMENDO EXCELÊNCIA EM DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS, James L. Adams. São Paulo – M.Books Editora Ltda. 2014 221 páginas. Neste livro, o professor emérito da Universidade de Standford, James L. Adams, retrata os processos para o desenvolvimento de bons produtos. Para tanto, são apresentados estudos e pesquisas fascinantes sobre marcas famosas durante o livro. Onde é possível entender porque as pessoas estão dispostas a pagar mais por uma BMW do que por um Chevrolet. Ao passo de ilustrar propostas para maximizar o desempenho de um produto, minimizando seus custos. A narrativa, apesar de certos termos técnicos, é desenvolta e bastante didática. Dá a sensação de estarmos dentro de uma sala de aula. É leitura obrigatória para gerentes, designers e profissionais de marketing. TEORIAS DA COMUNICAÇÃO EM JORNALISMO: REFLEXÕES SOBRE A MÍDIA, Clóvis de Barros Filho, Felipe Tavares Paes Lopes, Luiz Peres. Neto; Magaly Prado (organizadora). – São Paulo – Saraiva. 2010. 144 páginas. Voltado para profissionais de comunicação em geral, este livro aborda a mídia e tudo que nela está. Apesar de ser um tema vasto, a narrativa é leve e traz grandes reflexões. Uma delas é entender a mídia como um campo repleto de possibilidades; onde nossas ações serão grandes propulsoras deste âmbito tão impactante. Bem como olha-la com cuidado. Apensar de alertar para os possíveis perigos que a mídia oferece o livro também comporta boas investidas feitas no espaço midiático, obrigando o leitor a pensar e questionar-se: qual o impacto das informações que recebemos diariamente? A publicação também visa nos guiar para um caminho seguro, em meio a tantas intervenções e modificações da mídia. A ARTE DE ENTREVISTAR BEM, Thaís Oyama. – 2. ed,. – São Paulo. Editora Contexto. 2013. 99 páginas. Por Joyce Warren Quem é jornalista sabe o quanto é difícil realizar uma boa entrevista. Foi pensando nisso que a Thaís Oyama, jornalista com grande experiência no ramo, elaborou este livro. O título pode parecer de autoajuda, mas quando começamos a ler, vira um workshop cheio de dicas preciosas – daquelas que só algumas pessoas no mundo sabem. E se torna impossível de devagar a leitura. Pois ela relata algumas entrevistas importantes que realizou durante sua estadia na revista Veja, na TV Globo, e nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Conta como agir em situações complicadas. Além de dar dicas de como “quebrar o gelo”, como lidar com entrevistados difíceis, ou até mesmo se é crucial gravar ou não uma entrevista. É um ótimo texto para quem não quer cometer nenhum deslize na hora de sabatinar uma fonte. S E I S Q U E S T Õ E S F U N DA M E N TA I S DA ASSESSORIA DE IMPRENSA ESTRATÉGICA EM REDE, José Antonio Martinuzzo. – Rio de Janeiro – Mauad X, 2013. 132 páginas. O jornalista e professor adjunto da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) entrega, neste livro, todo o ouro para uma assessoria de imprensa deslanchar. Não somente por colocar no texto ótimas dicas sobre como gerenciar uma AI. Mas por destrinchar cada uma delas. Com uma narrativa simples e repleta conteúdos nas entrelinhas, o texto vem acompanhado de infográficos e tabelas elucidativas, onde são abordados os fundamentos da assessoria de imprensa e quais estratégias podem ajuda-la a desenvolver-se melhor no mercado. É uma leitura agradável e recomendada para profissionais da comunicação, sobretudo jornalistas e relações públicas.

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G R Á F I C A

uma gráfica por excelência


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