eSalpicos nº3

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Ano III - Nº 2

Abril 2010

Jornal da Escola Secundária/3 de Amato Lusitano da música

Editorial Que SAL? Que PICOS? O relacionamento da humanidade com a natureza culminou, nos dias de hoje, com uma forte pressão exercida sobre os recursos naturais. Actualmente é comum a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, entre muitas outras formas de agressão do meio ambiente. Torna-se clara a necessidade de mudarmos o nosso comportamento em relação à natureza, no sentido de promover, sob um modelo de desenvolvimento sustentável, a compatibilização de práticas económicas, com reflexos positivos evidentes na nossa qualidade de vida. A Educação Ambiental constitui-se assim numa forma abrangente de educação, através de um processo que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental. Assim começa a esboçar-se o que hoje é objecto de análise, discussão e tentativa de concretização em várias latitudes: o conceito de desenvolvimento sustentável. O desenvolvimento sustentável é “um desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”. Traduz-se em desafios que colocam em parceria a administração e todos os outros sectores da sociedade, promovendo a qualidade de vida numa perspectiva integrada que engloba preocupações ambientais, sociais e económicas. A mudança começa em cada um de nós. “Seja a mudança que quer ver no mundo” (Mahatma Gandhi).

...para onde vai o planeta?

Rock in Rio Lisboa Pág. 2

da imaginação

crónicas... traços... escritas... Págs. 6 e 7

da biblioteca

E nós?

António De costas viradas? Fontinha na Eu poluidor me confesso! ESAL Pág. 12

Crónicas da Matemática

A minha vida em números

João Belém

Pág. 14

Com o apoio do

Jornal Reconquista

Escola S/3 de Amato Lusitano Av. Pedro Álvares Cabral 085-6000 Castelo Branco Tel. 272339280 Fax. 272329776 E-mail: ce@esal.edu.pt www.esal.edu.pt


da música Já cheira a Rock in Rio

do nosso propósito … Dando continuação à nossa rubrica da música, divulgamos neste número do eSalpicos alguma informação sobre o Rock in Rio, evento musical que se avizinha. Como não podia deixar de ser, trazemos também novidades da nossa banda A Way to Disappear. Alexandre Aparício e Daniel Figueiredo, 11ºB

Ficha Técnica Direcção Prof. Conceição Neves Prof. Etelvina Maria Prof. Hélder Rodrigues Prof. Hermínia Pombo Prof.Raquel Afonso Prof. Rui Duarte

capacidade da Cidade do Rock. O trio britânico, que começou de forma discreta e aos poucos soube conquistar o público, vai apresentar ‘The Resistance’, o sétimo álbum da sua carreira. Subirão também ao palco as bandas Snow Patrol, e Sum 41. É ainda importante sublinhar, também neste dia, a quarta participação de uma das maiores bandas portuguesas de rock no evento – os Xutos & Pontapés. No quarto dia, Miley Cyrus, uma das jovens estrelas preferidas da América devido ao sucesso do seu papel em Hannah Montana, vem deslumbrar o público português. Além de Miley contaremos também com Mcfly e D’zrt. No último dia, iremos ter duas bombas do metal internacional, os Motorhead e os Megadeth. Lemmy e Dave Mustaine já estão confirmados para agradar aos metaleiros e rockeiros portugueses. Também os Rammstein vêm dar o seu contributo para que este evento tenha um final único. Aconselhamos todos a participar nesta iniciativa. Se a vossa banda preferida vier a Portugal, não percam a oportunidade assistir ao concerto. No site http://rockinrio. sapo.pt/ é dada toda a informação assim como a possibilidade de comprar bilhetes.

O Rock in Rio é um festival de música idealizado pelo empresário brasileiro Roberto Medina, realizado pela primeira vez em 1985. Originalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome, o Rock in Rio tornou-se um evento de repercussão mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição internacional em Lisboa, Portugal. A quarta edição do Rock in Rio Lisboa irá realizar-se nos dias 21, 22, 27, 29 e 30 de Maio de 2010, com cartaz praticamente completo e ainda algumas surpresas a ser anunciadas. No primeiro dia, contamos com John Mayer para apresentar os melhores temas das sua carreira, muito concretamente “Battle Studies”, o trabalho que editou em Novembro de 2009. Para além desta actuação, o palco mundo irá ainda assistir à energia das artistas Shakira, Ivete Sangalo e ouvir maravilhado a voz de Mariza. No segundo dia, o britânico Elton John vem cantar os maiores sucessos da sua carreira para o público português. Marcarão ainda presença 2 Many Djs Live, Leona Lewis, Trovante e João Pedro Pais. No terceiro dia, destaque para o regresso da banda alternativa Muse. Será a segunda actuação no Rock in Rio-Lisboa, depois de, em 2008, terem ajudado a esgotar a

“Fazer de um evento um acontecimento que faça o mundo parar para pensar e actuar, para construir um mundo melhor é o objectivo do trabalho da equipa do Rock in Rio”.

Colaboradores Patrícia Marques, 8ºA Rita Rodrigues, 8ºA Sandra Nunes, 8ºA António Pires, 9ºA João Reis, 9ºA Inês Silva, 9ºB Oana Gabriela, 9ºB Daniela Rosindo, 10ºA Cristiana Gaspar, 10ºC Pedro Roque, 10ºC Ana Belo, 10ºE Adriana Ribeiro, 10ºE Catarina Patrocínio, 10ºE Luís Mira, 10ºE Inês Martins, 10ºG Hugo Baptista, 10ºL Solange Ascensão, 10ºG Alexandre Aparício, 11ºB Daniel Figueiredo, 11ºB Bruna Pereira, 11ºD Filipa Oliveira, 11ºD Ana Galvão, 11ºE Elizabeth Rodrigues, 11ºE Vânia Marques, 11ºL Marília Robalo, 11ºL Fábio ntunes, 11ºL Ana Rita Sequeira, 12ºA Catarina Silva, 12ºA Cátia Marques, 12ºA Mariana Picado, 12ºA Bárbara Gonçalves, 12ºB Catarina Nunes, 12ºB Cíntia Carrondo, 12ºB Helena Nunes, 12ºB Sara Almeida, 12ºB Pedro Alves, 12ºF Rui Freire, 12ºF Carlos Brown, 12ºG Inês Martins, 12ºG João Gama, 12ºG António Valente, 12ºH Diogo ferreira, 12ºH Filipe Leal, 12ºH Francisco Fontes, 12ºH Prof. Ana Ferreira Prof. Filipa Santos Prof. João Belém Prof. Otília Duarte

Projecto N@escolas

Passatempo do DN oferece bilhetes para o Rock in Rio Pelo terceiro ano consecutivo, o Diário de Notícias lançou o projecto N@escolas, este ano subordinado ao tema “O DIA D “, que conta com a participação da turma do 10ºA da nossa escola. O desafio lançado consistiu na preparação de uma curta nota biográfica de uma personalidade à escolha dos alunos e enviada para o Diário de Notícias. Os trabalhos foram avaliados por um júri e as notas biográficas mais criativas premiadas com a visita do jornal DN aos estabelecimentos de ensino. Foram escolhidas trinta escolas, entre as quais a ESAL e, no dia 29 de Abril, o DN trará à nossa escola a escritora Maria João Lopo de Carvalho para ser entrevistada pelos nossos alunos. No pátio de entrada, paralelamente será realizada uma

actividade que envolverá todos os alunos que queiram participar. Os autores das três melhores reportagens e entrevista serão convidados para a Grande Entrevista Final onde as equipas vão ter de, em simultâneo, entrevistar três personalidades convidadas pelo Diário de Notícias. Os vencedores nesta final vão fazer uma viagem e a cobertura de um evento. A par do desafio principal, o DN lançou também um passatempo: o envio, através do site de uma frase relacionada com o DN, incluindo as palavras: DN, Rock in Rio, entrevista, acção social, ou o envio de uma foto legendada original. As frases ou fotos legendadas mais originais ganharão um convite duplo para o Rock in Rio! Existem seis convites duplos para atribuir. Boa sorte para a ESAL!

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A Way to Disappear lança CD promocional A Way to Desappear, banda formada pelos jovens Ricardo Gonçalves, Daniel Figueiredo, João Duque, Francisco Fontes e Alexandre Aparício, lançou o seu primeiro EP, denominado Rehearsal. Contendo três originais da autoria da banda e mais duas músicas bónus, os A Way To Disappear esperam assim marcar a juventude albicastrense com a sua música. Quem quiser adquirir um CD, basta procurar na escola um dos membros da banda.


Salpicos da ESAL É possível?

A Matemática não é uma má temática

Comunicação entre surdos e cegos A surdocegueira é uma deficiência única que representa a perda da audição e visão de tal forma que a combinação das duas deficiências impossibilita o uso dos sentidos na sua máxima capacidade, criando necessidades especiais de comunicação. Está provado que a informação processada pelo ser humano é privilegiadamente recebida através do estímulo visual e auditivo. A privação destas duas capacidades provoca alterações significativas no acesso da pessoa com surdocegueira à informação e ao seu desenvolvimento. A dependência da pessoa surdocega é quase total, quer para aceder a objectos e pessoas, quer para obter ajuda quanto à organização e compreensão da informação acerca do meio que o rodeia. O objectivo da ajuda à pessoa surdocega é permitir que esta se relacione com o mundo, quebrando assim o isolamento. Assim, o tacto desempenha um papel crucial na comunicação com estes indivíduos. Para ajudar uma pessoa surdocega no quotidiano é essencial ter cuidados fundamentais, tais como: dê um simples toque quando se aproxima, de forma a que esta se aperceba da sua presença; combine um sinal para que esta o identifique; informe-a que se vai

retirar, assegurando-se de que fica num local confortável, seguro e familiar; aprenda e use o método de comunicação que ela utiliza, mesmo de forma elementar. Se julgar que há um meio de comunicação mais adequado, tente que ela o aprenda; quando caminhar com um surdocego, permita que ele segure o seu braço, caminhando ligeiramente à sua frente; utilize um conjunto de sinais simples, de modo a que ele perceba quando vai descer ou subir escadas, passar uma porta ou entrar num carro. Se ele segurar o seu braço, será possível sentir todas as alterações no ritmo da marcha e de direcção. A ESAL é uma Escola de Referência de alunos cegos e baixavisão e também de alunos surdos. Frequentam a ESAL dois alunos cegos com quem diariamente temos contacto. Quando não há qualquer tipo de deficiência auditiva, a comunicação está facilitada porque falamos normalmente. No entanto, os alunos Surdos da ESAL apenas utilizam a LGP como forma de comunicação e, como tal, é fundamental o recurso à Intérprete de LGP que traduz tudo o que é dito entre os alunos. Sim... a comunicação é possível. Basta haver vontade de interagir e a ajuda de alguns recursos!! Prof. Filipa Santos

Operação Páscoa

Mini banco alimentar Motivados pela experiência levada a cabo no primeiro período, os alunos do 12º ano de Psicologia B, associados ao 9ºA da nossa escola, voltaram a desenvolver, durante o segundo período, o projecto “Mini-Banco Alimentar”, agora com o subtítulo “Operação Páscoa”. Este projecto dirigiu-se à comunidade escolar e teve como slogan: “Ajuda-nos a ajudar!”. Consistiu na angariação de bens alimentícios, entregues posteriormente à Obra de Santa Zita, CIJE e Cruz Vermelha. A humanidade e força de vontade de alguns membros da comunidade escolar fizeram com que este projecto ganhasse asas e distribuísse mui-

tos sorrisos pela nossa cidade. Sem eles o projecto não teria dado frutos. A ideia foi muito bem recebida pelas instituições contempladas, que agradeceram o apoio prestado. Assim, na tarde do dia 26 de Março, alguns dos alunos envolvidos procederam à entrega dos donativos, contando com o apoio da Junta de Freguesia de Castelo Branco que disponibilizou o transporte para a distribuição dos alimentos. Iniciativas como esta mostram-nos que , neste mundo egoísta em que vivemos, é sempre possível fazer mais e melhor, contribuindo para a diminuição das lágrimas e o aumento dos sorrisos. Bárbara Gonçalves, 12ºB

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A escola Secundária Amato Lusitano dinamizou, uma vez mais, a edição do REDEmat em Castelo Branco. Mas o que é o REDEmat, afinal? Um jogo, disponível em http://pmate.ua.pt, em que tem de se resolver 20 questões matemáticas em 30 minutos, tendose 2 “vidas” por nível. Esta actividade educativa é como uma lufada de ar fresco na rotina escolar que nos comanda todos os dias. Promove o espírito de equipa e inter-ajuda, bem como a socialização. A organização deste ano deu-nos uma sala bastante acolhedora e decorada na qual não faltaram bombons e os balões para adoçar e colorir o momento. Este género de actividades deve ser desenvolvida mais vezes, pois estimula o desenvolvimento do gosto pela matemática quando esta disciplina tende para provocar a

“criação de anticorpos” que só nos são prejudiciais. O REDEmat, mesmo sendo apenas um jogo, ajuda-nos a “entrar no mundo da matemática” e a destruir esses “anticorpos” que nos impedem de desfrutar o gosto por esta ciência. De uma outra forma, poderíamos dizer que o objectivo deste jogo não passa só por ganhar, mas também por perder, isto é, ganhar o jogo, conseguindo chegar ao fim dentro do limite do tempo, e perder o medo pela matemática. É importante simplificar a Matemática e perceber que esta pode ser mais divertida e útil do que aquilo que parece. Para nós é muito mais que uma disciplina problemática é uma ciência fantástica. Bruna Pereira, Filipa Oliveira, 11ºD

Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos Realizou-se no dia 12 de Março de 2010 a final do 6º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos – CNJM, este ano organizado pelo Instituto Politécnico de Santarém e o Departamento de Matemática da sua Escola Superior de Educação, em conjunto com a Ludus, a APM e a SPM. Trata-se de um campeonato de jogos matemáticos de tabuleiro, distribuídos por diferentes níveis de escolaridade que abrangem os três ciclos do Ensino Básico e o Ensino Secundário. Neste campeonato são disputados seis jogos: Semáforo, Ouri, Hex, Avanço, Konane e Rastros. Participaram neste evento cerca de 2100 alunos oriundos de escolas de todo o País. A nossa Escola esteve também representada neste importante evento pela aluna invisual Catarina Caio, da Turma

10ºE, que disputou a prova de Rastros no escalão do Ensino Secundário. De forma exemplar, a Catarina soube partilhar com os outros concorrentes uma atitude desportiva saudável. Os jogos em que a Catarina participou foram disputados com alunos normovisuais. Prof. Ana Ferreira


Salpicos da ESAL

ESAL no mapa da Árvore do Centenário No âmbito das comemorações do centenário da República, a ESAL associou-se ao programa da Árvore do Centenário, plantando a “nossa” Árvore no recinto escolar. Foi escolhida a oliveira por ser representativa da flora autóctone, tendo sido plantada uma pequena árvore desta espécie, gentilmente cedida pela Câmara Municipal de Castelo Branco. Nesta iniciativa, além da comunidade escolar, contámos com a presença do Presidente da Junta de Freguesia, Eng. Jorge Neves, que colocou junto da oliveira uma placa comemorativa do centenário da República com a identificação da espécie. Esta actividade foi formalizada na página Web http://arvore.centenario republica.pt, ficando a ESAL georeferenciada no mapa de

Portugal das Árvores do Centenário, onde estão assinaladas todas as espécies arbóreas plantadas no âmbito deste programa. Com este projecto pretende-se assinalar o Centenário da República numa perspectiva integrada, articulando os ideais da República com os princípios da conservação da natureza e da biodiversidade. É uma iniciativa da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República com o Ministério da Educação, da DGIDC, com o Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, do ICNB, com o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, do AFN e com o apoio do Corpo Nacional de Escutas, da Quercus, do Museu de História Natural e da Câmara Municipal de Lisboa.

Que ar respiramos?

Alunos Surdos visitam Coimbra

Intercâmbio com a Avelar Brotero

No dia 16 de Março, fomos visitar a Escola Secundária de Avelar Brotero que, tal como a ESAL, é uma Escola de Referência de alunos Surdos e conhecemos uma turma de alunos do 10º ano do Curso Profissional Multimédia. Fomos recebidos pela professora de Educação Especial, Dina, e pelos alunos Surdos. Apresentamo-nos uns aos outros, dizendo os nomes gestuais e explicando o porquê de cada um dos nomes gestuais. Os Alunos convidaram-nos para assistir a uma aula de Multimédia e, naquele dia, eles receberam um prémio por terem participado no Concurso organizado pela Faculdade de Economia. Depois, ainda na aula, estivemos a ver o trabalho que eles têm feito durante o curso: tratamento de imagens nos programas. Aproveitámos este momento para aprender um pouco e para comunicar, trocar emails, ver as nossas páginas pessoais. À tarde, visitámos o Jardim Botânico, a Universidade e

No âmbito da disciplina de Área de Projecto está a ser desenvolvido pelas alunas do 12ºB, Catarina Nunes, Cíntia Carrondo e Sara Almeida, um trabalho conjuntamente com a Universidade de Coimbra sobre a monitorização dos níveis de óxidos de ferro presentes no ar da cidade de Castelo Branco. O trabalho desenvolveu-se nas seguintes etapas: Investigação teórica, realização prática, tratamento dos dados e apresentação do trabalho no V Congresso de Jovens Geocientistas. Em relação à actividade prática, distribuíram-se 63 fitas colectoras numa área muito abrangente da cidade e posteriormente foram recolhidas 39, pertencentes a alunos do 12º ano da nossa escola. De seguida, na Universidade de Coimbra, procedeu-se à monitorização dos níveis de óxidos de ferro presentes nos colectores,

descemos até à Baixa onde vimos a homenagem ao poeta Miguel Torga perto do rio Mondego. Adorámos conhecer os outros alunos e comunicar com eles, porque aqui na Escola só somos três alunos Surdos e é importante nós comunicarmos com outros Surdos para podermos desenvolver a nossa Língua e também a nossa Cultura. Brevemente, vamos convidar os nossos novos amigos para visitar a nossa Escola e a nossa cidade. Até lá, vamos comunicando na internet através do ooVoo, um programa que permite realizar videoconferência e enviar mensagens onde quer que se esteja no mundo. Sendo a Língua Gestual o meio de comunicação utilizado no seio da comunidade Surda e no contacto com a comunidade ouvinte, as novas tecnologias facilitam esses contactos, criando momentos de convivência mais personalizados, imediatos e à distância.

com a ajuda da Professora Doutora Celeste Gomes. Dos resultados, concluímos que, a qualidade do ar na nossa cidade é boa ou muito boa. O objectivo de participar no congresso foi inesperadamente atingido e assim no dia 25 de Fevereiro foi apresentado no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra o trabalho realizado bem como exposto o respectivo poster. Foi uma experiência muito gratificante e enriquecedora para os elementos do grupo pelo facto de pela primeira vez ter contactado com uma Universidade. Para acompanhar o desenvolvimento deste trabalho podem consultar o nosso blog em www.poluicaoatmcb. blospot.pt. Catarina Nunes, Cíntia Carrondo, Sara Almeida, 12ºB

A “Aldeia Global” aos olhos do Dr. Pedro Guedes No passado dia 10 de Março, pelas 10:30h, foi realizada uma conferência na nossa escola, subordinada ao tema a “Globalização” pelo professor da Universidade da Beira Interior, Dr. Pedro Guedes. O professor conferencista alertou-nos não só para o grande tema “globalização”, mas também para os conceitos mais actuais intrínsecos a esta temática. Devido à forma simples e explícita como decorreu o discurso foram colocadas algumas questões a debate, tornando o diálogo simpático e

Marília Robalo, Vânia Marques, Fábio Antunes, 11º L

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aprazível, ficando os alunos plenamente esclarecidos e incentivados para a actual “Era da Globalização”. A palestra transmitiu informação sobre o mundo global em que vivemos e permitiu consolidar os conhecimentos já adquiridos na disciplina de Economia. Esta palestra foi organizada pelas professoras Maria Manuela Trabulo e Maria Otília Duarte. O público-alvo foram os alunos do curso de Ciências Socioeconómicas, cursos profissionais e respectivos professores. Estiveram presentes cerca de 80 alunos. Alunos 12ºF


Salpicos da ESAL

Projecto da ESAL, o mais votado na fase distrital

Deputados da ESAL vão representar o distrito no Parlamento dos Jovens Livros grátis para o Ensino Básico e reorganização do calendário escolar foram as propostas dos deputados da ESAL.

No passado dia 16 de Março, os alunos Pedro Alves e Rui Freire representaram a nossa escola em Belmonte, local onde se realizou a fase distrital do programa Parlamento dos jovens (Ensino Secundário), com a presença da senhora deputada Hortense Martins. A primeira fase deste programa desenrolou-se no nosso estabelecimento de ensino, estando inscrita uma lista composta por 10 alunos que, após eleições, enviou o seu projecto de recomendação para a organização, de modo a ser aceite à fase distrital. Na fase distrital, estiveram presentes 16 escolas do distrito, que, durante a sessão da manhã, apresentaram os seus projectos. As medidas propostas pela nossa escola foram um sistema de compromisso aluno-escola com a gratuitidade dos livros escolares, numa primeira fase a nível experimental no ensino básico, mediante o pagamento inicial de uma verba que seria reembolsada no final do ano lectivo caso os livros

Rui Freire e Pedro Alves vão defender o distrito na Assembleia da República

a devolver se encontrassem em condições, bem como a reorganização do calendário escolar, visto que o Estado é laico e actualmente ainda se organiza em torno de períodos religiosos. A proposta apresentada integraria seis semanas de aulas e uma de descanso sequenciadas entre Setembro e Junho de cada ano lectivo. Na sessão da tarde, decorreu o debate entre escolas, a votação do projecto e deputados a representarem o distrito a nível nacional. A nossa escola, com um desempenho muito positivo dos seus alunos, conseguiu a presença a nível nacional não só com deputados, bem como com o seu projecto de recomendação, que foi o mais votado a nível distrital. Assim, no dia 26 e 27 de Abril, os alunos Pedro Alves e Rui Freire deslocar-se-ão à Assembleia da República com o intuito de defender

o distrito, juntamente com a Escola Secundária do Fundão e o Externado Nossa Senhora dos Remédios do Tortosendo. O programa “Parlamento dos Jovens” é uma iniciativa desenvolvida há vários anos pela Assembleia da República com a colaboração de várias entidades como o Instituto Português da Juventude (IPJ). Pretende promover a participação política dos alunos, a educação para a cidadania e o interesse dos jovens pelo debate de temas de actualidade. Propicia uma experiência muito enriquecedora visto que desenvolve competências específicas, nomeadamente a capacidade de diálogo e argumentação. No presente ano lectivo o tema escolhido pela organização foi “a República”, aludindo ao centenário que se comemora no próximo dia 5 de Outubro. Pedro Alves 12ºF

Esal ganha Torneio Inter-escolas Os alunos do 12ºH do Curso Tecnológico de Desporto, da Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano, levaram a efeito um Torneio de Futsal Inter-Escolas, no dia 12 de Janeiro de 2010, no Pavilhão Municipal de Castelo Branco, destinado ao escalão de júniores/séniores masculinos. Este projecto foi desenvolvido no âmbito da disciplina de Projecto Tecnológico, na Área Tecnológica Integrada, pelos alunos Aldair Lopes, António Valente, Diogo Ferreira, Filipe Leal e Francisco Fontes, orientados pela Prof. Paula Espírito Santo. A iniciativa contou com a participação de 12 equipas de três escolas da Cidade de Castelo Branco, ETEPA – Escola Técnica e Profissional Albicastrense; Escola

Profissional Agostinho Roseta e escola organizadora, perfazendo um total de 94 atletas, 8 atletas por cada equipa. Este torneio, com a duração de um dia, pretendeu incentivar a prática da modalidade, a promoção do Curso Tecnológico, a melhoria das competências de organização e a promoção de intercâmbio entre as diversas escolas da cidade. O torneio foi desenvolvido em duas fases para apuramento das equipas que disputaram a fase final. O primeiro lugar foi para equipa “Os mais Fracos” da ESAL, o segundo lugar para “United Futsal”, da Escola Profissional Agostinho Roseta e o terceiro lugar para “Hawty Vyrus”, outra equipa da ESAL. O Torneio contemplava ainda o prémio para o melhor marcador, Taça

“Rolando da Fonseca” patrocinado pelo jogador profissional do Futebol Clube do Porto – Rolando da Fonseca e que foi arrecadado pelo jogador Daniel Sousa do 11ºI. Aldair Lopes, António Valente, Diogo Ferreira, Filipe Leal, Francisco Fontes, 12ºH

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do desporto

Workshop: desportos de combate na escola Os alunos do 10ºH do Curso Tecnológico de Desporto organizaram no dia 17 de Março, um “Workshop de Desportos de Combate na Escola”, no âmbito da disciplina de Organização e Desenvolvimento Desportivo, com o objectivo de se aprofundar o conhecimento de três modalidades de desportos de combate. O Workshop abriu com a modalidade do kickboxing com o Mestre Fernando Mota, seguindo-se o Karaté com Filipe Leal, aluno da Escola Joaquim Salgueiro e, por fim, o Jiu-Jitsu com o Mestre Hugo Riscado e o Mestre Ricardo Martins. Nesta iniciativa, em que participaram cerca de 70 alunos da ESAL e da Escola Superior de Educação, demonstraram-se as competências aprendidas no nosso curso. O impacto foi muito positivo porque aliou uma vertente prática a conhecimentos básicos de autodefesa. 10ºH

O que é feito de ti? A turma do 10ºG do Curso Tecnológico de Desporto organizou uma conferência, no passado dia 10 de Março, com o tema “O que é feito de ti?” com o objectivo de mostrar o trabalho desenvolvido por este curso e as diferentes saídas profissionais. Os alunos ouviram dez testemunhos de figuras ligadas ao desporto e ex-alunos deste curso: o Prof. Humberto Cadete, proprietário do ginásio “Zona In”, o Dr. Rui Agostinho, da Chutalbi e professor das AEC, a Dra. Ana Paula, proprietária da creche “Anas e Bebés”, que trabalha com idosos está também e ligada à área do atletismo, o Dr. Edgar Saraiva, Técnico Superior da CM de Vila Velha de Ródão e ligado ao desporto, o Dr. Filipe Roque, Director Técnico da AFCB, Tânia Alves, aluna do Curso de Ciências do Desporto na Universidade de Coimbra, Nuno “Pipas”, aluno da escola Superior de Artes, único exaluno que não ingressou num curso de desporto, Nuno Martins, militar, Nuno Rosa que frequenta o Curso de Desporto e Educação Física da ESE, e finalmente, João Martinho, empregado, a tempo parcial na área do curso. A conferência terminou com duas ideias /conselhos aos actuais alunos: “aprender, fazendo” e “a vida é dura para quem é mole”. Solange Ascensão, Inês Martins, 10ºG


da imaginação João Gama, 12ºG

Quem sai à rua... Quem sai à rua pelas sete horas de manhã encontra inevitavelmente os varredores que nos começam a limpar a cidade, que nos limpam a cidade, que preparam a cidade para receber os nossos percursos quotidianos. Quem sai à rua agora manhã fora vai encontrando, aqui e ali, quem, displicentemente, vai deixando cair o guardanapo que protegia o pastel, o saco de batatas fritas que até comeu por desfastio, a caixa do maço de tabaco que terminou… Quem olha para a rua pela tarde adiante vai notando que alguém deixou o saco de lixo mesmo ali ao ladinho do contentor, que alguém esqueceu a carcaça velha de um computador quase no meio da estrada, que outro alguém que não reparou no cocozinho que o cão deixou consoladamente sobre a relva, por vezes tão verdinha que até dá desgosto… Quem anda pela rua durante a noite, nos fins-de-semana principalmente, encontra quem se dedica a entornar contentores do lixo, a partir caixotes, a pendurar-se literalmente nas árvores para realizar a façanha de lhes esgarçar os ramos ou, proeza suprema, partir desalmadamente os troncos pela base… Quem sai à rua, a uma qualquer hora do dia, arrisca-se a descobrir, na entrada do prédio, a publicidade

que talvez tenha estado numa das caixas do correio, arrisca-se a que, da janela do carro que vai à frente, voe um saco plástico já desnecessário ou, se segue a pé, arrisca-se a deparar-se com umas latas de sumo, por aqui, uns papelitos, por ali, ou umas pastilhas plásticas esborrachadinhas e agarradinhas ao chão como lapas…. E tudo está certo assim porque o guardanapo, o saco das batatas fritas e o maço de tabaco até revelam uma sociedade de prazeres, o lixo uma sociedade de consumo, os restos do computador uma sociedade tecnológica e o cocozinho uma sociedade amiga dos animais… E tudo está realmente perfeito porque, se podemos fazer o que nos dá na gana, é sinal de que vivemos num país de liberdade… E tudo continua a bater certo quando os vizinhos denotam uma tão soberba personalidade que não ligam patavina à publicidade, o condutor manifesta grande zelo pela limpeza do seu carro e pela educação do filho que vai sentado atrás na cadeirinha…… Quem sai à rua de manhã pelas sete horas encontra inevitavelmente os varredores… De Castelo Branco, no início do século XXI, eu, homem, declaro-me animal racional e dono do universo! Prof. Etelvina Maria

Inês Martins, 12ºG

crónicas... traços... escritas...

Ode à Essência Pensam-Te submissa, serviçal, apagada. Poucos sabem que não o És… sendo. Dizem-Te importante, casta, amada. Poucos sabem que o És… não sendo. Sabem, contudo, que a Tua força é Tua, Como é Teu o brilho da lua. Força essa, que quando quer tudo pode. Força essa, que és Tu. És tanto e ainda tão pouco! És assim… tal como o louco Que ousa sonhar com a utopia. Aquilo que só Tu poderias realizar, Como por magia… E, no fundo, é o que És: Um truque de magia enigmático, Um passo de dança, o aroma do mar, És o canto da floresta, o pássaro a voar. Todavia matam-Te, Alma, os tiranos. E não Te fitam, olhando-Te; E não Te escutam, ouvindo-Te… Enfim… ignoram, Casta minha, que És o esplendor da vida! És perfeita na tua imperfeição! És tudo isto, Mãe, e muito mais… És a Mãe Natureza! A Mãe de todas as coisas vivas ou mortas. A Mãe que tudo cria e tudo cuida. Sei que nem todos sabem ou reconhecem Que És a rainha soberana: Pensam-Te dócil, se não conhecem Teu vigor; Pensam-Te relevante, se Te respeitam; Amam-Te, se Te sentem como eu. Mãe, És vida! És essência! És tudo. Helena Nunes, 12ºB


da imaginação Uma hora para o planeta Uma vida para a indiferença O passado dia 27 de Março foi o dia da “Hora do Planeta”. Esta iniciativa do Fundo Mundial para a Natureza tinha como objectivo deixar o mundo às escuras. Literalmente. Assim, o que as pessoas deveriam fazer era desligar as luzes durante uma hora, entre as 20:30 e as 21:30. Tudo isto, é claro, em defesa do planeta. Na minha opinião, a ideia foi boa e é agradável saber que, por esse mundo, vai havendo pessoas que têm a noção de que a vida é mais do que aquilo que gira à volta dos seus umbigos. É preciso fazer ver ao mundo que o nosso planeta está, de facto, doente. Não basta esperar que os governos façam algo para o curar! Temos que ser nós, cidadãos comuns, a começar o trabalho. Lamentavelmente, se os governos não estão muito interessados na tarefa, os cidadãos parecem reflectir esse mesmo desinteresse. Desta forma, tem-se vindo a construir uma sociedade surda, cega e egocêntrica. Este tipo de iniciativa vem acordar, de tempos a tempos, a nossa comunidade qual brisa fresca que interrompe uma sesta no Verão. Ideias como esta despertam em mim emoções contrárias. Por um lado, fico feliz por saber que ainda

há gente preocupada com o nosso meio ambiente. Por outro, entristece-me o facto de ter de haver “Dias da Água”, ou “Horas do Planeta”. A necessidade destas “comemorações” só vem provar que ainda precisamos de um despertador que nos vá acordando para o facto de estarmos a magoar o planeta Terra. Para concluir, quero apenas dizer que, na minha opinião, a necessidade de usar um “despertador” para esta situação equivale a termos necessidade de um despertador que nos avisa de que temos de comer. É uma situação ridícula, que temos que alterar urgentemente! Nós não nos lembramos da nossa mãe só quando ela comemora o dia dos seus anos, pois não? Então porque é que só nos lembramos do Planeta, da Natureza ou do Ambiente quando são comemorados? Será que é esta forma de vida que queremos passar às gerações seguintes? Queremos mesmo cultivar a planta da insensibilidade e da indiferença? Eu não quero… Espero que em breve haja um só dia para a indiferença e toda uma vida para o respeito pelo Planeta. Helena Nunes, 12ºB

Carlos Brown, 12ºG

Da ficção à realidade

Alterações climáticas Vem este título a propósito do filme 2012 que estreou em Portugal no final do ano passado. Trata-se de um filme de ficção, baseado numa profecia dos Maias que aponta o fim do mundo para o dia 21 de Dezembro de 2012. O filme começa com a constatação, por parte de dois cientistas, de que estão a ocorrer aumentos substanciais da temperatura do núcleo terrestre provocados por uma tempestade solar. Desenrola-se, a partir daqui, com uma sucessão de terramotos que implodem as principais cidades do mundo, começando na Califórnia e estendendo-se ao resto do planeta. A par dos tremores de terra, ocorrem grandes tsunamis, que tudo submergem, chegando a água aos Himalaias. Enquanto milhões de seres humanos desaparecem nesta calamidade, existe um grupo de 400.000 pessoas e alguns animais que embarcam numa espécie de “Arcas de Noé” gigantes, curiosamente fabricadas na China, e onde aguardam que a catástrofe termine e a água regresse aos oceanos. O filme termina quando as arcas aportam ao Cabo da Boa Esperança, em África, onde se supõe que os seus passageiros iniciarão uma nova vida. As últimas imagens mostram o planeta terra visto do espaço, com os continentes

Rui Pedro Tavares, 12ºG

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completamente alterados relativamente à forma e tamanho actuais. Trata-se, como referi, de uma ficção mostrada nos cinemas nos últimos dias de 2009. Mas nos primeiros meses de 2010, foi a realidade que nos entrou portas adentro através de imagens televisivas como os terramotos no Haiti e no Chile, os deslizamentos de terra na Itália, as chuvas torrenciais da Madeira… Enfim uma série de desastres naturais que rivalizam em espectacularidade com a ficção, com a diferença de que aqui as vítimas são reais. A cada vez maior frequência e a maior gravidade destas situações devem levar-nos a tomar consciência da vulnerabilidade da Terra e de como a vida no planeta pode estar ameaçada pelos constantes atropelos e agressões ao meio ambiente, embora haja cientistas que afirmam nada estar provado quanto às consequências das emissões de CO2 e dos GEE (gases com efeito de estufa) e que não existe qualquer correlação entre estas e as catástrofes naturais. Ainda assim, é essencial que todos nós adoptemos um comportamento ecológico e de defesa do meio ambiente, para que a ficção não se torne tão cedo realidade… Prof. Otília Duarte


Reportagem

Centro de Interpretação Ambiental aberto a visitantes O Centro de Interpretação Ambiental de Castelo Branco é uma estrutura protocolada entre a Sociedade Polis Castelo Branco, o Município de Castelo Branco e Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade

pouco conhecido, sendo os seus visitantes, na sua maioria, “alunos de escolas e infantários que vêm cá com o objectivo de conhecer as diferentes características do Parque, servindo esta visita muitas vezes de motivação para uma futura deslocação ao Parque Internacional Tejo”. Acrescentou também que para a divulgação do Centro ser mais efectiva “estão preparados panfletos informativos e vão ser enviados convites a várias

Castelo Branco já conta com um Centro de Interpretação Ambiental, inaugurado no dia 27 de Julho de 2009. Funciona junto ao Governo Civil, num edifício recuperado para o efeito e abre as suas portas aos visitantes das 9:00h às 18:00h. Este Centro integra os serviços locais do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) e pretende divulgar o território conhecido como Parque Natural do Tejo Internacional e as suas diversas valências. Assim, distribuída por três pisos, uma exposição interactiva constituída por catorze equipamentos dá-nos a possibilidade de conhecer o património natural do Tejo Internacional. Com efeito, as novas tecnologias oferecem-nos uma visita virtual, conseguida por meio de écrans tácteis, livros virtuais, consolas de jogos, câmaras fotográficas e até um simulador de uma viagem fluvial. Foi esta exposição que a nossa turma, 10ºE, visitou no dia 9 de Março no âmbito da disciplina de Geografia. Acompanharam-nos também três alunos surdos do 11ºL

Geologia e Solos e, por fim, Cascata. Ficámos, assim, a conhecer algumas características da paisagem, as principais estruturas geológicas, as espécies endémicas da flora e as espécies animais. Uma das partes mais atraentes desta visita foi uma viagem virtual pelo Rio Tejo. Sentados num caiaque em tamanho real, colocado diante de uma projecção vídeo do Rio Tejo, vivemos uma simulação da descida pelo rio. Utilizámos um remo verdadeiro para manobrar o caiaque ao longo do rio, sentindo que lá estávamos verdadeiramente. Esta viagem foi sempre acompanhada por informação multimédia que ia aparecendo ao longo do vídeo. Um dos equipamentos temáticos também interessante, principalmente para quem gosta de viajar de carro, foi o das Rotas e Percursos que nos permitiu explorar três rotas automóveis e seus principais pontos de paragem no Parque Natural do Tejo Internacional. Em suma, este Centro oferece aos visitantes a possibilidade de conhecer, através da sua exposição permanente, todas as valências do território do Tejo Internacional, desde o seu património natural (fauna, flora, geologia e hidrologia),

e respectivas professoras de Língua Gestual Portuguesa. Fomos acolhidos pela assistente do Centro, Cristina Chamusca, que nos deu todas as informações necessárias para nos orientarmos durante a visita já que esta não é guiada. Referiu que o Centro é ainda

instituições escolares e outras”. Começámos então a nossa visita, percorrendo os vários pisos do edifício, utilizando as catorze aplicações interactivas que nos permitiram explorar a riqueza da fauna, flora existente nos diversos ecossistemas do Parque. Cada aplicação tem uma designação, relacionada com o tema a explorar, a saber: Fauna, Viagem pelo Rio Tejo, Flora, Interpretar a Paisagem, Meios Aquáticos e Vales Fluviais, Rio, Escarpa, Áreas Classificadas, Conhecer a Região, Explorar para Conhecer, Rotas e Percursos, Plano de Ordenamento,

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ao património construído assim como actividades de turismo de natureza. Não deixem de visitar o Centro de Interpretação ambiental, (a entrada é grátis), e deleitem-se nesta viagem por escarpas e vales fluviais, observando répteis, mamíferos, aves e peixes, passeando virtualmente por olivais, sobros, azinhos e cursos de água, características específicas desta paisagem. Desejamo-vos uma boa viagem pelo Tejo Internacional. Ana Belo, Catarina Patrocínio, Luís Mira, 10ºE


Entrevista

Projecto ENEAS

Monitorização ambiental na ESAL O projecto ENEAS começou a ser implementado na escola em 2007-2008 e tem como objectivos a obtenção de registos e medições de parâmetros ambientais. Além dos professores responsáveis pelo projecto, todos os anos, grupos de alunos asseguram o cumprimento dos protocolos assumidos pela escola no âmbito da disciplina de Área de Projecto. Este ano, a continuação deste trabalho está a cargo do 12º B.

Fomos falar com os dois grupos de alunos envolvidos no ENEAS. O primeiro é constituído pelas alunas Ana Vilela e Ana Teixeira que tem a a seu cargo a medição dos níveis de ozono troposférico da nossa cidade e o segundo, composto pelos alunos Bruno Santos, Bárbara Gonçalves e Helena Nunes, tem a tarefa de medir o pH da precipitação em Castelo Branco.

eSalpicos - Como surgiu a ideia de realizar este trabalho? Ana V. – A proposta de tratarmos este tema na Área Projecto foi apresentada pelo professor Rui Duarte e surgiu no âmbito do projecto ENEAS. – Em que consiste o vosso trabalho? Ana V. – O nosso trabalho tem como objectivo medir os níveis de ozono troposférico na nossa cidade e concluir se deve ser considerado poluente.

– Porquê “ozono troposférico”? Há vários tipos de ozono? Ana T. – O ozono troposférico é aquele que está mais próximo de nós, da Terra, e que, em excesso, pode ser muito prejudicial. O ozono estratosférico está mais distante do planeta e é um ozono “bonzinho”, que se conhece como camada de ozono. Mas não é esse que nós medimos. – Como se processa a medição do ozono troposférico? Ana V. – A medição é feita com umas fitas de registo que são colocadas na estação meteorológica e que se destinam a absorver o ozono existente nesse local. Passada uma hora, recolhemos a fita que é inserida num medidor e que revela os níveis de ozono troposférico. – E que valores têm obtido nas medições que têm sido feitas? Ana V. – Variam bastante. Já temos registado valores muito baixos (0, 1, 2), mas, nos dias mais quentes, os níveis são bastante superiores e já têm chegado a 20. – Que conclusões permite tirar essa diferença tão acentuada? Ana T. – Esta diferença permite-nos concluir que há uma relação directa

entre a temperatura e os níveis do ozono troposférico.

importante como é a Universidade de Coimbra.

– Sabemos que o vosso trabalho foi recentemente apresentado em Coimbra, no “V Congresso de Jovens Cientistas“. Falem-nos um pouco dessa experiência. Ana T. – Elaborámos um “poster” que descrevia o essencial do nosso trabalho e que foi apresentado no congresso. O facto de termos participado neste encontro foi muito importante, porque foi uma experiência diferente e, entre outros aspectos, permitiu-nos conhecer um pouco de uma instituição tão

– E, agora, qual é a fase que se segue? Ana T. – O nosso trabalho deverá ser apresentado à turma e, talvez, a toda a escola, bem como todos os outros que estão a ser desenvolvidos pelos restantes grupos na disciplina de Área de Projecto. De acordo com os resultados que já obtivemos, pensamos poder concluir que o ozono troposférico não deve ser considerado um poluente na nossa região, porque os valores são relativamente baixos.

Chuvas ácidas em Castelo Branco? inferior a 5,6. Aqui temos que dizer que, como não há consenso na comunidade científica sobre o valor a partir do qual a chuva é ácida, nós adoptámos o valor defendido pelo Departamento de Fisica del Aire da Universidad Complutense de Madrid. – Que fazem para medir o pH? Helena – Quando chove, a água fica armazenada num recipiente, o pluviómetro, que está na estação meteorológica da escola. Medimos a quantidade de precipitação em mm de altura e depois levamos o pluviómetro para o laboratório de Físico-Química. Aí vertemos o seu conteúdo para um gobelé e determinamos o pH da água utilizando um sensor electrónico. – Que trabalho está o vosso grupo a desenvolver? Bruno – O nosso trabalho consiste em medir o pH da pluviosidade registada em Castelo Branco, isto é, fazemos a monitorização da precipitação. Este ano houve até um dia de neve, mas não tivemos oportunidade de medir o seu pH e medimos apenas a respectiva altura: registámos o valor de 15cm. – O que medem então na chuva ou

na neve é o pH. O pH avalia exactamente o quê? Helena – Neste caso, avalia a acidez da precipitação, quer dizer, procuramos determinar se a chuva que cai em Castelo Branco é uma chuva ácida ou não.

– Há chuva ácida em Castelo Branco? Bruno – Pelas médias registadas, concluimos que ocorre chuva ácida em Castelo Branco, pois, por vezes, os valores estão abaixo dos 5,6. - E quais serão as causas? Bárbara – As causas das chuvas ácidas são as mesmas em qualquer lugar. A chuva ácida forma-se geralmente nas nuvens altas onde o dióxido de enxofre – o SO2 – e o

– “Chuva ácida” é uma expressão já conhecida por todos. Querem explicar-nos o que quer dizer? Bárbara– Consideramos que a chuva é ácida quando tem um pH

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nitrato de azoto - NO3 - reagem com a água e o oxigénio e formam uma solução diluída de ácido sulfúrico e acido nítrico. Além de outras causas, as indústrias, as centrais termoeléctricas e os veículos são em grande parte responsáveis por este fenómeno. No entanto, o facto de aqui haver uma fábrica não quer dizer que haja chuva ácida… O vapor de água e os ácidos que estão na atmosfera viajam de cidade para cidade, de país para país … – O facto de, por vezes, ocorrerem chuvas ácidas em Castelo Branco pode trazer consequências para a região? Helena – Provoca sempre alterações na biosfera. Afecta, por exemplo, a acidez dos lagos e dos rios com consequências na vida dos seres que aí habitam e resulta daí uma alteração da cadeia alimentar… O dano nas pessoas não é imediato, sendo mais imediato o efeito dos contaminantes que produzem essa chuva que chegam ao organismo quando os respiramos, afectando a nossa saúde. Afecta também as árvores e, por vezes, destrói mesmo florestas. Os monumentos e edifícios são também susceptíveis à acção da chuva ácida…


Opinião

Esal: escola amiga do ambiente? Considero que a ESAL desenvolve algumas acções no sentido de se tornar ambiental, nomeadamente através da estação meteorológica. Mas, de facto, não existem outras acções significativas. Logo, penso que a escola podia incentivar os seus alunos a participar em acções ambientalistas. Além disto, as disciplinas de Formação Cívica e Área de Projecto podiam desenvolver com os alunos projectos de recolha de lixo, construção de ecopontos e estabelecer parcerias com entidades no domínio ambiental.

Pode dizer-se que a nossa escola é amiga do ambiente, mas não é, como se costuma dizer, uma amiga do coração. Se bem que, nos corredores, encontremos uns pequenos ecopontos, estes nunca devem ter conhecido um papel, plástico ou vidro na vida. Sem dinheiro pouco se faz, mas uns painéis solares para rentabilizar o Sol da Beira Baixa não era mal pensado. Rui Freire, 12º F

Na minha opinião, a ESAL é uma escola amiga do ambiente. Por exemplo, dános a oportunidade de recliclarmos lixo e é com agrado que noto que o tipo de torneiras das instalações sanitárias previne gastos desnecessários de água. O passo seguinte é da responsabilidade de cada um, colocando o lixo no seu devido lugar. Penso que a responsabilidade de cuidar do meio que nos envolve não é só da escola, mas de cada um de nós. Helena Nunes, 12º B

Penso que os professores poderiam usar os recursos de que a escola dispõe e evitar o uso das fichas de trabalho em suporte papel. A escola também deveria ter mais ecopon-tos a fim de se fazer a correcta separação do lixo. Poderia também apostar em painéis solares e outras energias renováveis.

A nossa escola não é muito amiga do ambiente. É uma escola secundária com muitos cursos técnicos que utilizam muitos equipamentos e gasta-se muita electricidade. Tem também várias salas muito pequenas onde entra pouca luz solar, sendo necessário ligar a luz artificial durante todo o dia. Para tentar melhorar esta situação, poderiam ser instalados painéis solares.

Pedro Alves, 12ºF

A nossa escola poderia ser mais amiga do ambiente se utilizasse painéis solares para aquecimento e produção de energia, podendo vender-se a energia excedentária. Além disso, as lâmpadas encandescentes deveriam ser substituidas por lâmpadas economizadoras. Deveriam ainda ser colocados mais mini ecopontos em vários locais da escola. E penso também que poder-se-ia pedir à Câmara Municipal a instalação de um ecoponto nas imediações da escola a fim de tornar mais fácil a reciclagem. Pedro Roque, 10ºC

Na minha opinião, a escola apresenta condições “amigas” do ambiente básicas, como, por exemplo, caixotes do lixo para cada tipo de resíduos recicláveis. Contudo, são as pessoas que não fazem a separação própria do seu lixo, pelo que , neste caso, a culpa recai mais nas pessoas individualmente do que na instituição. É claro que se poderia investir em projectos mais alargados, como painéis fotovoltaicos, mas tal é bastante caro e requer muita disponibilidade de espaço. Ana Rita Sequeira, 12ºA

Catarina Patrocínio, 10ºE

Adriana Ribeiro, 10ºE Nos corredores, no bar dos alunos e dos professores podemos encontrar contentores para reciclar. No entanto, eles não são usados por nós. É altura de mudar de atitude, não deitar lixo para chão e reciclar. Ajudemos a ESAL a ser ainda mais amiga do ambiente.

Observando atentamente a nossa escola, reparamos na existência de mini ecopontos e pilhões. Assim sendo, pode dizer-se que a ESAL é, ou pelo menos tenta ser, uma escola amiga do ambiente. Contudo, por mais tentativas que sejam feitas, quase nunca se consegue alterar a mentalidade e a consciência ecológica dos estudantes que a frequentam. Temos de nos esforçar todos por reflectir acerca do peso das nossas acções e chegar à conclusão que qualquer acto acto praticado contra o ambiente irá ter consequências num futuro mais ou menos próximo, tal como qualquer acção praticada a favor do mesmo. Apenas possuimos este planeta como casa, por isso devemos estimá-lo para que tenha um prazo de validade mais alargado. Não podemos ser egoistas ao ponto de arruinarmos o local onde irão viver as próximas gerações. Assim, deverá haver por parte da instituição escolar uma tentativa de consciencialização para os problemas ambientais e de alteração dos hábitos de cada estudante desta escola. Catarina Silva, 12ºA

Para mim, a ESAL é amiga do ambiente. Por vezes, nós, os alunos, é que somos irresponsáveis ao deitar o lixo para o chão. A nossa ideia de “poupar” o meio ambiente ainda está verde. Estamos pouco cientes das consequências das nossas irresponsabilidades.

A nossa escola não é muito amiga do ambiente, pois os alunos deitam demasiado lixo para o chão. Deveríamos perceber a importância de usar o caixote do lixo. Melhorávamos o ambiente e tornávamos a escola mais limpa e mais vistosa.

Podemos afirmar que a ESAL é uma escola amiga do ambiente, já que, por todo o lado, são visiveis p e q u e n a s iniciativas nesse sentido como é o caso dos recipientes de reciclagem que encontramos no recinto escolar. No entanto, embora as tentativas sejam muitas, a mentalidade, a educação e a consciência ecológica de cada um é que não ajudam. Para que esta situação melhore, as pessoas têm que mudar. É necessário apelar à comunidade escolar, aos cidadãos em geral para que tomem consciência e se tornem mais responsáveis pelas suas atitudes. Vivemos num mundo em que o egoismo e o individualismo prevalecem. Há que apelar aos valores que são a base de todas as nossas acções.

A nossa escola é amiga do ambiente. Tem diversas árvores, plantas e relvados que estão tratados e bem cuidados. No entanto os alunos deveriam ter mais cuidado com estes espaços verdes e com o espaço escolar em geral. É inadmissível o lixo que se acumula nos pátios e à volta dos campos.

Sandra Nunes, 8ºA

Mariana Picado, 12ºA

Patrícia Marques, 8ºA

Oana Gabriela, 9ºB

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Inês Silva, 9ºB


das viagens

Impressões das visitas de estudo Bem-vindo à Casa do Futuro Já imaginaram uma casa que, em vez do uso comum da chave, abre as suas portas por meio da introdução de um código e da impressão da mão do seu proprietário? Esta é a Casa do Futuro, um dos grandes pólos de atracção do Museu das Comunicações em Lisboa, que visitámos no âmbito das disciplinas de Inglês e Electricidade do Curso Profissional de Mecatrónica. Esta casa foi desenvolvida, visando o bem estar dos cidadãos e o desenvolvimento sustentável do país. Além da novidade do sistema de abertura, integra equipamentos inteligentes como aspiradores automáticos, controlos paternais, controlos de luzes (para surdos mudos), janelas de aquecimento. Ao nível da segurança, encontramos sensores de incêndio e de inundação, câmaras de vigilância, botões de emergência. Na casa de

A Lisboa d’ Os Maias

banho, encontramos banheiras e sanitas com suportes para deficientes motores. Vêem-se também pela casa quadros com televisão. A ida a Lisboa não acabou por aqui e, no período da tarde, visitámos o Museu da Electricidade. Aí conhecemos o trajecto do carvão, do seu estado natural até à obtenção de electricidade. O processo inicia-se com a subida do carvão até à torre, depois transportam-no até à caldeira que vai ser aquecida para o fabrico de vapor de água que, de seguida, vai para as turbinas, onde a alta pressão as faz girar a grandes velocidades, produzindo assim electricidade que alimenta cidade. Dois locais muito interessantes para visitar, se a oportunidade vos levar a Lisboa. Hugo Baptista, 10ºL

A Lisboa d’Os Maias já não é o que era! No Local onde dantes se erigia o Hotel Central, ponto de encontros, desencontros e boémia, estabeleceu-se hoje uma agência de viagens. Como se pode imaginar o local onde Carlos da Maia viu Maria Eduarda pela primeira vez? Demos conta deste aspecto numa visita de estudo que realizámos no âmbito da disciplina de Português a fim de conhecer a Lisboa d’ “Os Maias”. Continuando a visita, no cimo da rua, deparámonos com Eça de Queirós e a sua musa representados numa estátua. Contemplámos o Largo de Camões e quase ouvimos Carlos da Maia regrssado de Paris a lamentar-se, enquanto constatava a imobilidade de Portugal… mas, se fosse hoje, será que constataria o mesmo?! Encarnação e Loreto, duas igrejas que, frente a frente, parecem lutar pela atenção dos transeuntes que já as esqueceram, bem como aos seus tempos de glória. Subindo a rua da Misericór-

dia, vê-se o restaurante Tavares que ainda se mantém um ícone da Lisboa d’Os Maias. Ao cimo, o Teatro da Trindade, ponto de encontro de aristocracia que pouco se interessava pelo espectáculo que ia ver, mas que não deixava de levar as melhores roupas para ver e ser vista. Há coisas que teimam em não mudar! “Quatro portas adiante” da Rua Ivens ficava a casa onde Maria Eduarda se encontrava hospedada e onde a paixão entre esta e Carlos surgiu. Caminhámos ainda mais e o antigo Teatro de S. Carlos irrompe frente aos nossos olhos… e pensar que aqui se “gouvarinhava”. O Rossio finalizou o trajecto e até pode não ter mudado muito desde o tempo em que os pais de Eça de Queirós viviam por cima do Café Nicola… mas eles andavam a cavalo enquanto nós tivemos que esperar pelos autocarros. Nunca eles imaginariam tal coisa! Ana Galvão, Elizabeth Rodrigues, 11ºE

Após visita de estudo no seu palácio

Monólogo de D. João V Há quem acredite que os espíritos não existem, que provêm da imaginação do Homem, da loucura, da desordem intelectual. Eu vivi, mandei, reinei, existi e morri, mas, não sei como, o meu espírito vagueia e habita este gélido e enorme edifício: o Palácio Nacional de Mafra. Adoro olhar para a minha grandiosa obra e orgulho-me todos os dias de ter submetido Portugal ao meu capricho. Agora, este maravilhoso monumento faz de Mafra uma cidade turística. Enquanto por aqui ando, delicio-me a ouvir o que os guias turísticos dizem de mim quando contam a minha vida aos jovens que aparecem em catadupas. Observo os rostos destes jovens cheios de covinhas e oiço o som estridente das suas gargalhadas. Vejo os olhares maravilhados e os sonhos estampados nos seus rostos como se desejassem ter vivido neste meu palacete. Um aspecto que me faz imensa confusão é o cheiro deles. Eles riem-se porque nós não tomávamos banho. Eu juro que faz mal à pele e é um meio de potenciais doenças. Mas esta gente...com os poros abertos a todo o contágio! Até admira como não há mais

mortes entre os jovens, tão lavados que parecem que querem desafiar o destino. No meu tempo não era assim. As mulheres tinham aqueles vestidos compridos e vistosos e usavam aquelas perucas e aqueles corpetes. E nós tínhamos lenços perfumados, para afastar o cheiro que, dizem estes, devia ser horrível. Como se o cheiro deles seja melhor. Avante! Os tempos mudam. Por acaso já tive oportunidade de ver as casas de banho deles. Na verdade, agora que conheço esta realidade, invejo-os. Não tinha nenhum pudor em fazer as minhas necessidades à frente de toda a gente e sentia como muito natural que os criados me limpassem depois de feitas… Era o rei, era eu quem mandava, pensava que era uma honra… Lá estão eles a rir… Estão a falar de “cumprir”. Nesse aspecto fui um grande homem e fiz a minha obrigação. Não me interessou o prazer ou o desejo. Na busca de um herdeiro, fui as vezes necessárias à “fonte” que me esperava. Minha mulher, D. Maria Ana e eu entendíamo-nos. E os jovens de hoje, dia 10 de Dezembro 2010 depois de Cristo, não entendem a naturalidade que era, para mim e para a rainha, cumprir o nosso

dever de deixar descendência assim mais ou menos em público. Este grupo está a marcar a minha vida de rei fantasma. Não sei explicar, mas gostaram mesmo de saber estas curiosidades. Foram ver a peça “Memorial do Convento” e vi a admiração no rosto deles. A peça é magnífica! Vale a pena ir vê-la. Depois segui-os quando foram almoçar ao quartel. Parece que o almoço estava um pitéu. No meu tempo, havia mais variedade, mais pratos, muitas sobremesas e tínhamos espectadores. Por último, vieram visitar-me! Fascinaram-se com minha esplêndida biblioteca, o chão em mármore, as estantes em estilo rococó e uma colecção de mais de 40.000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro. Passearam-se pelos meus aposentos, imaginaram-me, espantaram-se, deslumbraramse….E salvaram-me. Já presenciei as mais belas emoções que o meu palácio poderia provocar e sei que ficará para sempre nos corações dos portugueses, por mal ou por bem mas ficará. Fui liberto por este grupo, da Escola Secundária/3 Amato Lusitano de Castelo Branco, pelo interesse demonstrado, pela

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paixão pelo barroco e pelos pormenores, pela compaixão pelos que me ajudaram a construir este palácio de espanto, até por essa raiva estreme que, em alguns momentos, sentiram por mim… Jovens que vêem para lá do que observam. Subiram, ao alto da minha grande capela, ao sítio onde eu, representante de Deus, assumia a minha superioridade e aprendo a humanidade através dos seus comentários. Vivi até este século para sentir nos olhos dos jovens a importância de mudar e a sede de cultura e de viver sem tirania. Eu mudei com eles e, agora, estou em paz porque sou mais lúcido. Hoje, posso partir e deixar o meu palácio. Escrevo-vos porque me vou e quero apelar, uma última vez, à cultura, às artes, à inteligência e à força de vontade. Fui má pessoa por capricho. Cometi erros e nunca pensei estar a admiti-los, aqui, tão vulnerável. Penso que me deixei contaminar pela luz dos olhos deles e pela honestidade dos seus corações puros e castos e sinceros e humanos. Quando estiverem a ler, já parti. Sintam e sejam felizes! Mariana Picado, 12º A


da biblioteca António Fontinha anima a Semana da Leitura

Bendito e louvado, está o conto contado António Fontinha baixa a cabeça, une as mãos à frente do rosto... e tudo fica em silêncio. Mentalmente selecciona um conto do seu vasto repertório e inicia a sessão de contos - “Diz-se que havia um homem...” - começa de mansinho, num tom de voz grave e calmo e, sem nos darmos conta, inteiramente envolvidos na história, seguimos as andanças das personagens do imaginário da literatura da nossa tradição oral. De repente, somos sacudidos por uma voz de trovão e, num turbilhão de palavras e , com gestos que abarcam toda a sala, abre-se um palco na nossa imaginação e vemos diante dos nossos olhos o morgado avarento, o diabo traiçoeiro, o abade guloso, as aventuras e desventuras da galeria de personagens que habitam no imaginário popular. Bocas abertas, sorrisos no rosto, gargalhadas, silêncio total... ao longo da sessão, são várias as atitudes e os sentimentos dos ouvintes fixados na magia das imagens que escorrem das palavras. - “Bendito e louvado, está o conto contado” - e assim termina a narração com esta fórmula popular que aprendeu com os mais velhos. Aplausos, muitos aplausos, mais aplausos... Mas quem é António Fontinha? Contador de histórias de profissão, tem formação de actor, já passou pelo teatro, mas há muitos anos, desde 1995, que se dedica exclusivamente à arte de contar

histórias. O seu repertório é constituído pelos contos populares tradicionais. Além desta actividade, tem participado em projectos de recolha deste tipo de literatura junto da população mais envelhecida que ainda guarda na memória as histórias que outros lhes contaram.

Com as sessões que dinamiza por todo o país, tem contribuído de forma ímpar para a difusão do nosso património oral. O seu currículo é muito vasto neste âmbito. Tem trabalhado com bibliotecas, escolas, autarquias, instituições de reinserção social, tem orientado acções de formação sobre

o conto popular, tem representado Portugal em encontros de contadores de histórias no estrangeiro. Em suma, ninguém consegue ficar indiferente à sua arte, pois conta contos como ninguém. Prof. Raquel Afonso

O Alquimista de Paulo Coelho

Os Filhos da Droga de Christiane F.

Experiência de leitura por Daniela Rosindo, 10ºA

Experiência de leitura por Cristiana Gaspar, 10ºC

Aconselho a leitura d’ “O Alquimista” de Paulo Coelho, um dos muitos livros mais emocionantes que já li. Fala de magia e da lealdade, dos sonhos e do coração. Tem uma história envolvente de um pastor chamado Santiago que abandona tudo o que tem por causa de um sonho repetido sobre as Pirâmides do Egipto e tenta seguir a sua “Lenda Pessoal”. É daqueles livros que, depois de iniciada a leitura, é difícil parar de ler. Gosto especialmente da estrutura simples desta obra e da linguagem igualmente simples, mas que traduz sentimentos muito profundos. Algumas frases que registei: - “É preciso não relaxar nunca, mesmo tendo chegado tão longe.”;

mesmo tendo chegado tão longe.”; - “O caminho da Sabedoria é não ter medo de errar.”; - “Às vezes um acontecimento sem importância é capaz de transformar toda a beleza em um momento de angústia. Insistimos em ver o cisco no olho, e esquecemos as montanhas, os campos e as oliveiras”; - “No bom combate, atacar ou fugir fazem parte da luta. O que não faz parte da luta é ficar paralisado de medo.”; - “Os sentimentos devem estar sempre em liberdade. Não se deve julgar o amor futuro pelo sofrimento passado.”; - “A busca da felicidade é pessoal, e não um modelo que possamos dar para os outros.”

« Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituta..». Esta é a frase que popularizou o livro “Os Filhos da Droga” onde a protagonista, com apenas 13 anos, se envolve no mundo das drogas. Após uma mudança de cidade, o fracasso profissional do pai e o consequente divórcio dos seus pais, Christiane F. sofre uma mudança psicológica radical. Conhece as pessoas erradas e a curiosidade leva-a para o mundo das drogas. Experimenta substâncias leves e apaixona-se. Tempos depois, ela e o namorado decidem experimentar heroína e ficam completamente dependentes dela, o que os conduz ao mundo da prostituição e da prisão. Apesar da ajuda incansável

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da mãe e as infinitas tentativas de desintoxicação, Christiane não se consegue libertar, tentando inclusivé o suicídio. Uma obra que relata toda uma adolescência perdida e quiçá uma vida e que aconselho a ler. Todos os dias, há relatos de jovens que morrem devido à sua dependência da droga, o que revela que este problema não tende a desaparecer. Ao lermos este livro com atenção e seriedade, apercebemo-nos de que qualquer um está sujeito a cair nesta situação, sem se dar conta. Esta leitura ajuda-nos a tomar consciência de que há momentos da vida em que devemos ser mais fortes e não nos devemos deixar influenciar por ninguém.


iblioteca

da biblioteca

Biblioteca assinala Dia da Poesia

Sessão de poesia com Teresa Duarte Reis

Teresa Duarte Reis, autora de livros para crianças e obras poéticas, veio à ESAL no âmbito da comemoração do Dia da Poesia. Num primeiro momento, os alunos da Esal declamaram alguns poemas de uma das obras da escritora, “Ecos do meu pensar”, sendo a declamação acompanhada pela projecção de ilustrações desses poemas, elaboradas por alunos dos

vários anos, na sua maioria do curso de Artes Visuais. Seguiu-se um momento musical. Fábio Ramalho e Raúl Santos do 10ºG musicaram um poema da autora e Margarida Goulão do 10ºF interpretou a canção. Teresa Reis ficou bastante

emocionada com a actividade organizada e adorou ouvir outros ler poemas seus. Num segundo momento, a autora falou um pouco de si e da sua obra, referindo que a poesia é a sua maior paixão, e para o mostrar, também ela declamou algumas das suas

composições poéticas, duas delas em colaboração com alguns alunos. A comunicação da escritora terminou com a apresentação de alguns dos seus livros infantis. No final, voltámos a ouvir Margarida Goulão cantar acompanhada à guitarra por Fábio Ramalho. Oana Gabriela, 9º B

Encontro com o escritor Bruno Soares

Bruno Martins Soares com alunas do 9ºano No dia 10 de Março, a nossa escola contou com a presença do autor de “Alex 9”, Bruno Martins Soares, no âmbito das actividades desenvolvidas na semana da leitura. Respondendo à curiosidade de uma aluna, o autor começou por explicar aos presentes porque assinou o seu livro com o pseudónimo Martin S. Braun. O pseudónimo Braun está associado a várias coisas. Quando era novo tinha um colega de turma que em vez de Bruno lhe chamava Braun.

Tem também na sua mesinha de cabeceira um despertador da marca Brawn que o desperta dos seus sonhos. Também explicou que não assinou com o seu verdadeiro nome porque quando escreve ficção encarna uma pessoa diferente, sentindo-se ele próprio uma personagem. No decorrer da sessão, contou ainda como começou a escrever. Em miúdo, gostava muito de fantasiar e tinha sonhos muito estranhos, mas engraçados. Aos doze anos de

idade, para não se esquecer, resolveu escrever tudo aquilo que imaginava e sonhava. A sua comunicação foi muito interessante. A propósito do livro falou dos temas que o fascinam e que o levaram à escrita, como a História da Humanidade, a Astronomia, os mistérios do espaço e o choque de culturas. Foi exactamente o choque de culturas que esteve na base da criação da obra “Alex 9”. A história deste livro começa com um estranho fenómeno. Vinda do espaço, uma estrela despenha-se no meio de um lago junto ao qual estava reunido um grupo de guerreiros e das águas sai uma estranha mulher. Antes da vinda de Bruno Soares, a biblioteca lançou um passatempo sobre este livro. A partir da leitura do prólogo, pela professora bibliotecária que se deslocou às várias turmas, os alunos foram desafiados a imaginar quem seria esta misteriosa mulher emergida do lago. Os textos dos 17 concorrentes foram muito bons e cheios de imaginação e o vencedor foi o texto de Carla Aziago do 9º A que recebeu

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como prémio o livro “Alex 9”, autografado pelo autor. Bruno Soares recebeu também um presente, o seu retrato desenhado a carvão pela aluna Sílvia Silva do 11ºG. No final, o escritor levantou um pouco o véu sobre o segundo volume desta história, e informounos que a acção se vai passar no planeta Saturno e que Alex e o Príncipe Dael se vão apaixonar. Oana Gabriela, 9ºB


Crónicas da Matemática

A minha vida em núm3r0s Texto vencedor Na minha vida há muitos números. Não os vou mencionar todos porque como é óbvio não me lembro de todos. Vou começar pelos mais pequenos. O primeiro número em questão é o 0 porque se pode atribuir às coisas que ainda não fiz como, por exemplo, viagens à lua. A seguir, o 1 porque, se não estou em erro, é o número inteiro ímpar mais pequeno que há, muito utilizado no dia a dia. Eu tenho 1 plasma, 1 jogo, 1 cão, 1 gato com 1 ano, 1 cachorrinho com 1 mês. É encarado como o líder e figura nas camisolas dos guarda-redes. É o meu número preferido no pódio. De seguida vem o 2. Eu, por exemplo, já queimei 2 motherboards de 2 portáteis; tive 2 acidentes graves de mota; estamos no mês 2 o mês em que 1 dos meus melhores amigos faz anos. Passemos ao 3. Dia 3 do 3, faleceu o meu avô paterno; tenho 3 motos nacionais que o meu pai me comprou e uma delas só tem 3 velocidades; é o número que menos gosto no pódio, e ouvi que o 3 “é a conta que deus fez”, simbolizando o número perfeito. Logo a seguir vem o meu número favorito o 4. Só me lembro de factos a partir dessa idade; tenho uma zündapp 4; sempre fui o número 4 nas turmas das escolas; nasci com cerca de 4 kg; no dia 4 de Agosto é a festa na minha terra; com 4 anos fui para o infantário e já subia para cima da mota do meu pai. Relativamente ao 5, o meu 1º carro vai ser um super 5 GTi tuning. Quanto ao 6, é o número do mês em que nasci e um dos meus melhores amigos faz anos a 6 do

6. 7 é o numero da sorte da maioria dos portugueses, segundo fontes da TVI. Salto o 8 e passo para o 9. Ando no 9ºano, ou seja, 9 anos da minha curta vida a estudar ou a fingir. Com 10 anos, o meu pai ensinou-me a andar de mota; espero passar para o 10º ano senão vou ganhar 10 euros por semana nas obras durante as férias de verão; tenho 10 pares de ténis da Nike. A 11 de Setembro, morreram uns familiares duns amigos da namorada do meu tio no atentado das torres gémeas. 12 é o dia do aniversário da minha irmã. 13 é o meu número da sorte; nasci dia 13; ignoro as sextas-feiras 13. Tenho 14 anos; 14 é o dia dos namorados e dia em que um dos meus melhores amigos e o meu pai fazem anos. A 15 começam as aulas e faço 15 anos este ano. Com 16 anos já posso andar nas minhas motas e caçar com o meu pai sem precisar fugir à polícia; 16 é o aniversário da minha mãe e do meu avô. 17 anos, a idade ideal, menor de idade, mas com carta na mão. 18 anos, maior e vacinado, mas com as responsabilidades às costas. 20 é a idade da minha irmã. 37, a nova série da tvi. 46 é o número do Valentino Rossi, um dos meus motociclistas preferidos e é a idade de minha mãe. 1995, o meu ano de nascimento. 2010, as próximas férias de verão que demoram 2010 milénios a chegar e passam a 2010km/h. E, por fim, o último número que tem mais destaque é o do ano de 2012, mas este nem é preciso explicar, só o filme 2012 diz tudo. Estes são os números mais importantes na minha vida. António Pires, 9ºA, nº4

António Pires, João Reis e Inês Silva, autores dos textos vencedores

Concurso desenvolvido no âmbito do Plano da Matemática II

Números! Sem nos darmos conta, a sua presença nas nossas vidas tem uma importância e, sobretudo, uma presença fundamentais. No meu caso, o 23, o 7 e o 1995 são especiais porque representam o dia, o mês e o ano em que a minha vida teve início. É engraçado como posso ordená-los de tantas formas e conseguir tantos números diferentes! O 7 é também importante porque o considero, tal como o 13, um dos meus números da sorte. Não sei quando tomei esta decisão, mas a verdade é que, quando penso em números importantes para mim, estes dois surgem sempre numa posição privilegiada. Também, combinando estes números, conseguimos multiplicá-los e, quem sabe, descobrir episódios interessantes. Haverá com certeza pessoas cujas histórias estão associadas ao 713, ao 317, ao 137, ao 713… O 25 cheira a Liberdade! Combinando-o com o 4 e com o 1974, traduz-se numa data

fundamental para todos portugueses e, por isso, também para mim. Quanto mais aprendo sobre o que era Portugal antes daquele dia 25, mais e maior importância lhe atribuo. Ainda bem que os dias têm uma sequência, porque nada seria igual se, a seguir ao 24, não tivesse acontecido o 25! O 1, com o ordinal que lhe está associado, ocupa também um lugar importante para mim. Simboliza a ambição, o querer, o sucesso! Exige trabalho, esforço e empenho! Mas vale a pena porque, ambicionando o impossível, poderemos conseguir o possível. São estes os números da minha vida. Vejamos: 23, 7, 1995, 13, 25, 4, 1974, 1. Juntemos-lhe o 14, que é a minha idade, adicionemos o 6, porque não foi falado e também o 8, pelo mesmo motivo e chegaremos ao 28 que é o dobro da minha idade actual. Será uma boa altura para fazer um novo balanço dos números da minha vida! João Reis, 9ºA (1ª Menção honrosa)

Os números acompanham-nos desde que nascemos. Há alguns que nos marcam e, quando se fala neles, “deixam-nos” a recordar grandes momentos. O 1 faz-me recuar ao 1º ano, à minha festa do 1º aniversário. O 4 faz-me lembrar o 4º ano, último ano do 1º ciclo, quando mudei de escola e “abandonei” a ama e todos os amigos que lá tinha. O 8 relembra-me Julho do ano anterior e o magnífico dia que passei na barragem de Sta. Luzia com os meus padrinhos e com a minha prima e o escaldão que eu e a minha prima apanhámos. O 9 remonta ao dia em que fiz a 1ª comunhão, juntamente com todos os meus amigos da primária, em que estiveram presentes os meus tios e os meus primos. O 10 faz-me lembrar o dia 10 de Janeiro deste ano, o dia em que, pela primeira vez, vi Castelo Banco ficar coberta de neve. O 11 faz-me recordar os meus 11 anos, quando organizei a minha primeira festa de aniversário e onde juntei família e amigos. O 13 é sem dúvida o meu número da sorte. O 15, o dia em que a minha mãe faz anos. O 21 é referente ao 21 de Junho, o primeiro dia de verão, sem dúvida o melhor dia de todos os anos. O 24 é a véspera de Natal, a união, a confraternização e a alegria com que é vivida a consoada na casa dos meus avós maternos, sendo mais uma “ desculpa” para juntar toda a família.

O 25 é o dia em que o meu pai faz anos. Este número/dia é importante, para mim, por estar associado ao meu pai que é um grande homem, o meu herói, pela força com que agarra à vida. O 200 talvez seja o número exacto de primos e tios maternos (julgo que sejam mais), no entanto, este número é importante não por a família ser grande, mas sim porque são todos grandes amigos. É curioso o facto da família aumentar a cada ano e mesmo assim continuamos a conhecer-nos todos. O 2000 representa todas as fotos que tenho em álbuns. Para mim, a fotografia é muito mais que um passatempo, é uma arte. Acho que cada momento deve ser guardado não só na nossa mente, mas sim numa verdadeira fotografia. O 2008 remonta ao ano de 2008, até agora o melhor ano da minha vida, pelo reencontro com a minha melhor amiga, prima e “irmã” e também o ano que mais me custou ter de lhe dizer adeus e vê-la de novo partir para a Suíça. O 2009 foi o ano que passou, mas como todos os anos tem Agosto e é em Agosto que se realiza a festa da terra da minha mãe e, para mim, é sempre o mês “alto” do ano, quando reencontro amigos, primos e tios que vêm de França. Estes são alguns dos números mais importantes para mim.

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Inês Silva, 9ºB (2ª Menção honrosa)


do eSalpicos

Concurso Nacional de jornais escolares do Público

eSalpicos recebe 2º Concurso Jovens prémio na Futurália jornalistas da ESAL Se ainda não participaste, escreve um artigo para a próxima edição. Podes ser um dos vencedores do concurso. O eSalpicos está a promover o concurso “Jovens jornalistas da ESAL” dirigido aos alunos colaboradores das três edições do eSalpicos deste ano lectivo. Todos os alunos poderão participar, basta escrever um artigo para o jornal sobre o tema da edição ou

Foram muitos, alunos e professores de todo o país, os que se juntaram na Futurália, uma feira sobre emprego e formação que se realizou na FIL, em Lisboa, no dia 10 de Março, para a sessão de entrega de prémios do Concurso Nacional dos Jornais Escolares que o projecto PÚBLICO na Escola promove todos os anos. O eSALPICOS ficou em 2º Lugar no Concurso, no 2.º escalão: prémio para jornais de escolas secundárias e profissionais. Um prémio que é uma motivação acrescida para a continuação deste

projecto. Obrigado a todos os que o tornam possível. A sessão, presidida pela ministra da Educação, Isabel Alçada, premiou cerca de 30 publicações escolares em diferentes categorias e escalões. Para Isabel Alçada, o concurso é um estímulo à promoção da leitura e da escrita e ao desenvolvimento do espírito crítico e dos valores da cidadania. O eSALPICOS foi representado pelo nosso Director e pela nossa Presidente do Conselho de Escola que receberam o prémio no valor de 2500 euros.

Dias das Línguas 11 e 12 de Maio

qualquer outro que seja relevante e de interesse geral. Os alunos que escreveram artigos para o primeiro e para este segundo número do eSalpicos são já candidatos a este concurso. Há três prémios para atribuir: ao melhor texto jornalístico, ao melhor texto de opinião e ao melhor texto criativo das três edições deste ano. Se a qualidade dos trabalhos o justificar, os prémios serão instituídos em dois escalões, 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário. O júri é constituído pelo Director da ESAL e pelos seis professores da direcção do eSalpicos.

Tema dos concursos “Eu, poluídor, me confesso” Concurso I - Português - Elabora um poema, uma crónica, um conto sobre o tema. Concurso II- Francês/Inglês - Fotografia legendada em francês ou inglês sobre o tema.

Participa nos concursos

Entrega dos trabalhos: até 7 de Maio

Passatempo do

A tua leitura do

À Procura de... Resultados da edição anterior E agora, que leste este 2º número do eSalpicos diz: O título mais apelativo: Dos Blues ao Rock

1. Quantos artigos fazem referência a livros? _________________

O título que levou a ler o artigo completo: Dos Blues ao Rock

2. Quantas visitas de estudo foram notícia? __________________

O que gostaram mais de ler: Que lugar ocupam os livros na tua vida

3. Quem escreveu “Alex 9”?_______________________________

Texto jornalístico preferido: Reportagem - Das bibliotecas itinerantes...

4. Quem é o Dr. Filipe Roque? _____________________________

Texto de opinião preferido: Que lugar ocupam os livros na tua vida

O desenho mais apreciado: Soraia Luís, 11ºG

5. “A minha vida em números” é o título de algumas crónicas da matemática. Escolhe tu também um número e em duas linhas diz porque o escolheste ou porque é importante para ti. (pergunta para desempate) ______________________________________________________

Sugestões mais frequentes feitas ao eSalpicos:

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Texto criativo preferido: Do outro lado da janela

- Mais artigos sobre desporto - Inclusão de mais desenhos dos alunos

O vencedor deste passatempo receberá como prémio o livro “Alex 9, a guardiã da espada”

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MURAL INTERACTIVO* “Apago a luz, acendo a consciência” Que desafios aceito?

Como me desloco? Como como? Como me aqueço? Como consumo? Como..?

o no test para m U te =4 pien reci r água s e o ferv s men a e z st e a v ag i g r ene

a pad m â l % Uma ó = +40 e p ad sem minosid r a de lu lement sup

e da d a l e o ton clad Uma ico reci e t d plás 700kg = e l ó o petr izado om econ

eja cerv e d ta rias 1 la = vá de anos r s ada ena dez se degr para

*Bons GESTOS, por um planeta sem fim, também são gestos por mim: - Que outros, tantos, posso ter? Não me posso esquecer....

tilha pas anos a Um a = 5 r ada tic l e ás se degr te n para uralme t a n

er a corr to r a Deix enquan = s a águ s dente to o nu lavo ros/mi it 12 l

1. Consumir luz natural exageradamente. E os teus gestos? 2._______________________________________________________________ 3._______________________________________________________________ 4._______________________________________________________________


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