Radar Dezembro

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ÍNDICE FOTOGRAFIA 10 DAVID FONSECA: RIGHT HERE, RIGHT NOW 28 ANA RITA PATINHA 20 EDITORIAL: WALKING DOWN THE STREET 36 EDITORIAL: JE T’AIME MOI NON PLUS

MÚSICA 16 MINTA & THE BROOK TROUT 32 DJOANA, A DJ MAIS OLD SCHOOL 52 ALBUM REVIEW

E MAIS... 4 RADAR BLOGS: NEVER STOP DREAMING 46 CREATIVE LEMONS 54 ESPAÇO MARMITA: RECEITAS 60 SUGESTÕES RADAR 62 NO RADAR...

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EDITORIAL Caros leitores, Um mês após o reinício deste projeto, é com um sorriso no rosto que agradeço todo o apoio e feedback que têm demonstrado. Sem vocês isto não teria qualquer sentido, e prova disso são as colaborações presentes nesta segunda edição.

DANIELA Salsa EDITORA

Um mês após o reinício deste projeto, é com um sorriso no rosto que agradeço todo o apoio e feedback que têm demonstrado. Sem vocês isto não teria qualquer sentido, e prova disso são as colaborações presentes nesta segunda edição. O objetivo da Radar permanece o mesmo: fomentar a cultura, apoiando sempre o que é feito no nosso país, e crescer em cada número. E é com orgulho que noto um certo amadurecimento nesta edição, porque arriscamos mais e tentamos fazer ainda melhor. E como a Dezembro corresponde, indubitavelmente, a época natalícia, incentivamo-vos não só a consumir mas principalmente a oferecer cultura: Right Here, Right Now é o mais recente trabalho de David Fonseca. Um livro de fotografia no mínimo diferente que constitui o presente ideal para todos os amantes desta arte. Também Olympia, o novo disco de Minta & the Brook Trout, faz parte da nossa lista, juntamente com inúmeras sugestões musicais, literárias e de lazer. Nesta edição apresentamos ainda duas receitas simples mas nem por isso menos deliciosas - para tornar a época natalícia um pouco mais especial. Para terminar, não se esqueçam de deixar as vossas sugestões e feedback na nossa página no facebook ou via email. A todos os leitores, um feliz Natal e que 2013 vos traga tudo aquilo que mais desejam! Boa Leitura!

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Editora Daniela Rodrigues

Fotografia / Edição / Paginação Daniela Rodrigues

Modelo (capa) Ângela Teixeira

Colaboradores Pedro Henrique Ribeiro Ana Rita Patinha Sandra Santos

Contacto magazineradar@hotmail.com

Facebook. facebook.com/magazineradar


radar blogs

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MAFALDA NUNES Never stop dreaming

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1. Quem é a Mafalda? É apenas uma miúda de 22 anos, muito ‘curiosa’ (no bom sentido) e com muitos sonhos e ambições. Estuda Design de comunicação, vive no Porto e adora dormir.

2. Quando surgiu a vontade de criar um blog? A ideia surgiu por querer partilhar aquilo que de alguma maneira me inspira. Sou muito desarrumada e quase todas as semanas tenho de criar uma pasta com o nome de ‘secretária’ porque a quantidade de imagens que vou arrastando é assustadora a ponto de não conseguir ver a imagem de fundo.

3. E porquê “Never Stop Dreaming”? A origem vem de uma daquelas fotos que encontramos pelo tumblr em Helvética que dizia exactamente ‘NEVER STOP DREAMING’. E porque sem ‘sonhos’ a vida não tinha graça.

4. Apesar de o teu blog ser reconhecido como um fashion blog a verdade é que os seus conteúdos não se focam somente na moda. Que temáticas podemos encontrar no Never Stop Dreaming e quais os posts que te dão mais gozo fazer? É verdade que não o considero um fashion blog. É um blog pessoal onde partilho aquilo de que gosto: moda, design, fotografia, música (não vivo sem música). E a moda para mim é algo que está em constante mudança, e que não é obrigatória só porque dizem que é a tendência do momento. Acho que os posts que mais gosto de fazer são aqueles que ninguém vê, por exemplo editoriais, músicas, projectos...

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5. Focando um pouco nos teus outfits. Em que é que te inspiras na hora de escolher o que vestir? Depende muito do meu humor: às vezes gosto de me vestir com uma outra peça mais interessantes, alguns acessórios, mas tem dias que quero ser super básica: t-shirt e jeans que é o que mais gosto. Sou bem imprevisível.

6. Como classificarias o teu estilo? Sinceramente não consigo classificar, nem sequer sei se tenho um definido mas acho que o meu estado de espírito se reflecte um pouco naquilo que visto (que nem sempre é o melhor, principalmente quando acordo e o que queria mesmo era ficar a dormir mais um pouco). Sou viciada em t-shirts e sapatos.

7. O que é que o blog te trouxe de melhor até ao momento? E de pior? Para além de poder partilhar tudo o que gosto e me inspira, proporcionou-me várias oportunidades e novas amizades! O ‘pior’... tal como na vida as pessoas nem sempre são aquilo que parecem.

[O MELHOR ÁLBUM QUE OUVI ESTE ANO FOI ] PROVAVELMENTE O ORANGE DE FRANK OCEAN. NÃO ME CANSO DE O OUVIR


8. Analisando o teu blog é notória a tua paixão pela música. Consideras que o que ouves afecta a forma como te vestes? Sim, como já disse não vivo sem música, e também não tenho nenhum estilo de música definido gosto de muita coisa diferente. Por isso acho que de alguma maneira afecta o que visto!

9. O que podemos encontrar no teu mp3 neste momento? Tanta coisa, mas recentemente os últimos álbuns de ‘The XX, Frank Ocean e The Temper Trap’

10. Qual o melhor álbum (ou álbuns) que ouviste este ano? Provavelmente o Orange de Frank Ocean é tão bom que não me canso de o ouvir.

11. Na tua opinião, quais os ingredientes necessários para um blog ter sucesso? Dedicação, ser genuíno e ter imagens de qualidade.

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12. De todo o universo artístico, que notoriamente aprecias, quais as personalidades que consideras ídolos? Tenho uma paixão platónica pelo Pharrel Williams! Adoro o trabalho do senhor Stefan Sagmeister, as fotografias do Terry Richardsond e a it girl que mais me fez ‘suspirar’ pelos seus coordenados, a Alexa Chung.

13. Por último, uma mensagem que queiras deixar aos leitores da Radar. Que continuem a acompanhar e a ler a Radar porque vale muito a pena e, literalmente, NEVER STOP DREAMING!!

Tenho uma paixão platónica pelo Pharrel Williams! Adoro o trabalho do senhor Stefan Sagmeister, as fotografias do Terry Richardsond


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1. Apesar de a maioria das pessoas conhecer o David-músico, a verdade é que não só de música vive o David. Quando nasceu esta tua paixão pela fotografia? A paixão por fotografia é muito anterior à música. Aos 16 anos comecei a fotografar de forma metódica e regular, aos 18 comecei a revelar no estúdio analógico que montei em casa dos meus pais e nunca mais parei de o fazer até hoje. Não sei exactamente de onde surgiu esta vontade de fazer algo com a imagem, mas talvez tenha sido o fruto da necessidade de fazer algo que pudesse perseguir criativamente sem que isso dependesse de outros. 2. Muita gente não sabe que tiraste formação nesta área e chegaste mesmo a realizar alguns trabalhos. Queres falar um pouco dessas experiências? Formei-me na área de imagem na Escola Superior de Teatro e Cinema e sempre fiz muitas coisas relacionadas com a área. Fiz exposições, moda e algumas incursões mais específicas nas artes plásticas, mas considero-as mais como um processo de aprendizagem do que algo que queira mencionar como currículo.

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3. Ao longo da tua carreira musical a fotografia esteve sempre presente. Consideras que essa junção de paixões te caracteriza e diferencia enquanto artista? Não faço ideia, não penso muito nisso. A fotografia sempre esteve presente na minha vida e sempre trouxe essa característica para a área da música, nos videoclips ou na forma como o projecto musical funciona em termos de imagem, mas é algo que me parece natural e que tem a ver com a minha personalidade criativa. 4. Recentemente foste convidado a expor alguns dos teus trabalhos na cidade de Braga. Como reagiste a este convite? Fiquei muito feliz com o convite, como é de

O sonho de todos os fotógrafos é mostrar o seu trabalho no formato livro e eu não sou diferente. Sou um colecionador ávido de livros de fotografia há anos e sempre quis que o meu trabalho fosse traduzido neste formato. 6. Quanto ao processo de criação deste projeto: em que consistiu e quais as maiores dificuldades que tiveste de enfrentar? Este trabalho apresenta uma selecção de polaroids tiradas entre 1998 e 2008 e o mais complexo foi chegar à sequência final. Tirei milhares de foto grafias nesse formato ao longo dos anos e o mais difícil foi entender a história que contavam. A minha fotografia prende-se muito com pormenores e pequenos momentos que possam trazer outras leituras além daquilo

O SONHO DE TODOS OS FOTÓGRAFOS É MOSTRAR O SEU TRABALHO NO FORMATO LIVRO E EU NÃO SOU DIFERENTE. calcular. Tive a oportunidade de mostrar algum do meu trabalho aos organizadores do festival e eles gostaram do que estava a fazer. Para mim foi uma oportunidade única de mostrar o meu trabalho num ambiente dedicado de forma séria à fotografia, sendo os Encontros de Imagem em Braga um dos mais antigos e distintos eventos nesta área em Portugal. 5. Right Here, Right Now é o teu primeiro livro de fotografia. Como surgiu a ideia de publicar alguns dos teus trabalhos neste formato?

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que descrevem visualmente e construir essa história foi o maior desafio de todos. 7. O que é que o público pode encontrar neste livro e onde o pode adquirir? Podem encontrar um conjunto de 132 imagens e alguns textos que focam a passagem pelos bastidores do meu mundo pessoal, uma espécie de reflexo do sucesso imprevisível e abrupto de um projecto musical e como isso transformou a minha vivência do dia-a-dia. Pode ser comprado em qualquer livraria.


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8. A que se deveu a escolha do título? E a imagem da capa? O título tem a ver com a ideia que a polaroid carrega a cada clique, o facto da fotografia existir fisicamente em cada espaço que fotografa. Cada uma desta fotos, para além de ter retratado cada momento, esteve mesmo nestes sítios, foi agarrada pelos seus intervenientes, tornou-se um pedaço da história daqueles instantes. A imagem da capa foi escolhida por ser uma das primeiras que foram feitas no projecto e por ser um dos auto-retratos que capta o momento inicial de estranheza do novo mundo onde estava a entrar (a foto retrata uma das minhas insónias pós-concerto, a fitar um ecrã de televisão em silêncio numa pensão algures em Portugal).

Prefiro o formato analógico. gosto da forma como o filme funciona e como resulta no final

9. Enquanto amante de fotografia, preferes o formato analógico ou o digital?

11. Podemos esperar mais surpresas vindas do David-fotógrafo? E exposições um pouco por todo o país estão para breve?

Eu prefiro o formato analógico, mas tem tudo a ver com algumas questões técnicas e práticas. Gosto da forma como o filme funciona e como resulta no final. Fotografo em médio formato a maior parte do tempo com uma Mamiya 6, mas não tenho nada contra o digital.

Espero que sim. A exposição “As Long As We Have Each Other” vai ser ampliada para uma mostra definitiva e gostava muito de a colocar em livro também, tudo projectos para 2013 entre outras coisas.

10. Quais os fotógrafos cujo trabalho toda a gente – na tua opinião – deveria seguir?

12. Por último, uma mensagem que gostarias de deixar a todos os leitores da Radar.

O Alec Soth, David Hilliard, Margaret M. De Lange, Martina Hoogland Ivanow, Viviane Sassen, Rinko Kawauchi, entre tantos outros…

Espero que continuem a apoiar a criatividade nacional e que nunca fiquem em casa a ver televisão. Há um mundo inteiro a passar-se longe da caixinha.

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MINTA & THE BROOK TROUT Entrevista: Daniela Rodrigues Fotografias: Vera Marmelo

Minta é uma jovem como tantas outras. Minto. Minta é uma jovem como tantas outras mas com uma voz viciante. Minta, que não é Minta mas sim Francisca Cortesão, uma cantautora nascida no Porto, que ao unir-se a Mariana Ricardo, Nuno Pessoa e a Manuel Dordio formam um só coração musical, uma só mente brilhante, uma só melodia cativante, um só projecto de seu nome Minta & The Brook Trout. Aqui, tudo é simples, e é talvez essa simplicidade que fascina, que seduz, que encanta até o ser mais ‘coração de pedra’. Em “Minta & The Brook Trout” somos bombardeados por um Folk Rock com uma pitadinha de Pop. Uma receita perfeita, talvez. E de música para música a atenção fica mais presa, os sentidos despertam, não fossem os arranjos modestos das melodias de Minta totalmente apaixonantes.

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1. Como surgiram os Minta and the Brook Trout? Na primavera de 2009, em Lisboa. Eu tinha lançado o EP de estreia de Minta há uns meses, no outono de 2008, e andava à procura de uma banda. Encontrei no Manuel Dordio e na Mariana Ricardo companheiros de luxo. E pouco depois estávamos a gravar o LP homónimo de Minta & The Brook Trout. 2. Qual a origem do nome da banda? “Minta” surgiu ainda para designar o meu projecto a solo. Quando comecei a tocar as minhas canções ainda o fiz durante algum tempo com o meu nome. Assim, “Minta” é uma espécie de alter ego meu; quando arranjei uma banda não podíamos chamar-nos só “Minta” por isso resolvemos acrescentar qualquer coisa. “The Brook Trout” pareceu-nos bem na altura. É uma espécie de truta que existe na América do Norte. 3. Olympia é o vosso segundo álbum. O- que é que este traz de novo? Para mim, uma das coisas mais importantes foi a entrada do Nuno Pessoa para a banda, que aconteceu logo a seguir a termos editado o primeiro LP. O Nuno é um baterista extraordinário, e a influência dele pesou muito na construção dos arranjos. Para além disso, temos um leque maravilhoso de convidados, que incluiu uma secção de sopros –a

realização de um sonho antigo. 4. Porquê a escolha deste título? E a imagem presente na capa possui algum significado especial? Olympia é a capital do estado do Washington, na Costa Oeste dos EUA, onde eu e a Mariana Ricardo tivemos a sorte de passar no verão de 2011, em digressão com os They’re Heading West, e de onde vem muita da música de que gostamos

[Falcon] foi uma escoLha bastante óbvia [para single]. acho que é a canção mais pop do disco. O meu amigo José Feitor é que desenhou a capa, por isso ele saberá que significado tem. Eu acho-a lindíssima, bem como o resto das ilustrações do disco. 5. Fizeram uma digressão pelos EUA. Consideram que essa viagem contribuiu para o processo de criação de Olympia? A digressão, como disse, foi com They’re Heading West, projecto paralelo que eu e a Mariana temos com o João Correia, dos Julie & The Carjackers, e o Sérgio

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Nascimento, dos Humanos. Contribuiu certamente para a criação do Olympia; mais de metade das músicas do disco foram escritas depois dessa viagem, que me abriu os horizontes. 6. Este disco foi masteri-zado no Arizona por Roger Siebel que já trabalhou com grandes nomes como Bill Callahan e Elliott Smith. Qual a sua importância no resultado final deste álbum? Mais importante que o Roger Siebel, que deu um cunho final ao disco com o qual ficámos muitíssimo satisfeitos – escolhemo-lo exactamente por já ter trabalhado em tantas gravações de que gostamos – foi o papel do Nelson Carvalho, que gravou e misturou o disco. Nunca é demais elogiar a mestria e a inteligência do Nelson; eu e a Mariana produzimos o disco, e ele conseguiu ir sempre em busca daquilo que lhe pedimos, por muito absurdo ou pequeno que fosse o pedido. Foi também o Nelson que conseguiu inventar maneira de gravarmos as bases das músicas todos a tocar ao mesmo tempo, e comigo a cantar também – e foi aí que se definiu o som do Olympia.

7. Escolheram a musica Falcon para single. Foi uma escolha óbvia ou por outro lado complicada? Foi uma escolha bastante óbvia, acho que é a canção mais pop


8. Como foi trabalhar com o Salvador e o Afonso dos You Can’t Win, Charlie Brown? Um luxo. Eles cantam juntos como ninguém, para além de ser muito fácil de trabalhar com eles por serem simpáticos até ao infinito. Já tivemos a sorte de conseguir tê-los no coro em dois concertos, espero que isso possa acontecer mais vezes. 9. Como tem sido a reação do público face a este novo trabalho? Muitíssimo boa. Tanto de quem ouve o disco como de quem nos vê ao vivo. Está a ser um prazer enorme.

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10. E planos para o futuro, há? Há sempre, e claro que hão-de incluir novos discos. Mas para já queremos continuar a tocar o Olympia ao vivo para o máximo de gente possível. 11. Por último, que mensagem gostariam de deixar aos leitores da Radar? Caríssimos leitores da Radar, descarreguem o Olympia, se ainda não o fizeram (é grátis e legal no site da Optimus Discos). E, se gostarem, comprem a edição física, que está bem bonita (nas lojas do costume ou através do nosso site, por exemplo: www.minta.me).


WALKING DOWN THE STREET PHOTOGRAPHY / POST PRODUCTION DANIELA RODRIGUES MODEL ÂNGELA TEIXEIRA

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1. Em primeiro lugar, quem é a Ana Rita Patinha? Ana Rita Patinha é uma jovem sonhadora que encontrou na fotografia a sua forma de expressão.

2. Em que momento da tua vida surgiu este interesse pelo mundo da fotografia e quando te apercebeste de que poderia ser esta a tua vocação? Desde sempre que me lembro de gostar de fotografia, sempre me fascinou a possibilidade de podermos guardar momentos em rectângulos de papel. Não sei precisar quando percebi que gostava de viver da fotografia mas esta paixão começou a desenvolver-se principalmente quando tive a minha primeira câmara digital, aos 13 anos. Antes disso tive uma analógica mas os rolos acabavam muito depressa (risos). Com o digital tive uma nova liberdade para por em prática todas as minhas ideias, no início comecei por tirar auto-retratos em casa, depois comecei a convencer as minhas amigas a posarem para mim.

3. Na hora de preparar uma sessão fotográfica, o que te inspira? Um pouco de tudo. Posso-me simplesmente inspirar numa estação do ano, numa cor, num sentimento. Por vezes também gosto de criar pequenas narrativas, inspiro-me muitas vezes em personagens de histórias. O que me fascina na fotografia não é apenas disparar o botão, é todo o processo, desde que a ideia surge até conseguir montar todas as peças. 4. Como qualquer fotógrafo – ou amante de fotografia – tens preferência por um estilo/ género em particular. Observando o teu tra29 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

balho, é nítido que a tua recai sobre o Editorial de moda. A que se deve essa predileção?

Sempre gostei muito de moda, logo agrada-me conseguir conciliar a fotografia e a moda. Para além disso foi sempre a possibilidade de criar as minhas próprias realidades que me fascinou na fotografia, adoro construir histórias e conjugar roupas com cenários e modelos.

5. O que é para ti uma carreira de sonho nesta área? Gostava de trabalhar como fotografa freelancer para várias marcas e revistas, nacionais e internacionais. Também gostava de fazer alguns trabalhos na área do cinema, que é outra das minhas grandes paixões.

6. Que material utilizas normalmente nas sessões fotográficas que realizas? Normalmente utilizo simplesmente a minha Nikon D7000 com uma objectiva 50mm f/1.8 e a luz natural.

7. És fã da pós-edição? Que modificações consideras imprescindíveis fazer nas tuas fotografias? Não sou propriamente fã da pós–edição mas acho que há coisas que são imprescindíveis principalmente na área da moda. Não gosto de modificar demasiado as minha fotografias, gosto de tudo o mais natural possível. No entanto, para mim é impensável apresentar um editorial onde a modelo tem olheiras ou borbulhas, acho que é uma questão de estética. Basicamente são essas as pequenas coisas que corrijo, nunca modifico o corpo dos meus modelos em termos de proporções. Para além disso corrijo a luz e a cor de modo a dar o ambiente pretendido à foto.


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8. Os teus trabalhos foram já publicados em alguns sites e revistas online. Consideras que isso te deu, até ao momento, uma maior visibilidade e que, futuramente, este fator poderá ser crucial para te lançares numa carreira neste ramo? Sinceramente, até ao momento ainda não me deu a visibilidade que esperava, no entanto irei continuar a divulgar os meus trabalhos nestes meios sempre que possível. A teimosia é essencial para quem quer entrar neste meio (risos).

9. Neste momento encontraste a estudar Audiovisual e Multimédia. Na condição de jovem portuguesa e estudante de artes tens receio do que o futuro te reserva após a conclusão do teu curso? Sinceramente assusta-me um bocado pensar nisso. O nosso mercado é muito fechado e sinto que as artes e a cultura são cada vez mais desvalorizadas na nossa sociedade, principalmente agora com a crise que se atravessa.

10. Além de uma excelente fotógrafa és também blogger. Como surgiu a ideia de criares um blog e o que te leva a mantê-lo? Sempre visitei blogs como meio de inspiração, até que decidi criar o meu para poder partilhar também um pouco das minhas inspirações e paixões. O que me leva a mantê-lo é sem dúvida essa partilha que existe na blogosfera, e o facto de se conhecer muitas pessoas com interesses em comum connosco com quem podemos trocar opiniões.

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11. E planos para o futuro, existem? Para já acabar o meu curso. Depois é continuar a fotografar!

12. Por último, uma mensagem que gostasses de deixar aos leitores da RADAR. Lutem sempre pelos vossos sonhos e por fazer o que vos faz feliz! E continuem a apoiar os novos projectos nacionais, como é o caso da RADAR.

SINTO QUE AS ARTES E A CULTURA SÃO CADA VEZ MAIS DESVALORIZADAS NA NOSSA SOCIEDADE www.anaritapatinha.com www.valium-and-cherrywine. blogspot.PT


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djoana a dj mais old school FOTOS: REDCARPET.PT

ORIUNDA DO MONTIJO, JOANA CABRITA SEMPRE VIVEU NUM AMBIENTE MUSICALMENTE PREENCHIDA, MAS NUNCA PENSOU FAZER CHEGAR ESSA MÚSICA A DIVERSOS PÚBLICOS. COM UMA ATITUDE QUE A DISTINGUE DOS DEMAIS, DJOANA NASCE DA PAIXÃO QUE A MOVE, O ROCK, APESAR DE OS SEUS SETS NÃO SE RESUMIREM A UM ESTILO MUSICAL. NUMA ÉPOCA ONDE A MÚSICA ELETRÓNICA REINA, A RADAR QUIS CONHECER MELHOR A DJ MAIS REQUISITADA PARA NOITES DE REMEMBER E ROCK NO PAÍS INTEIRO!

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RADAR: Olá Joana! Em primeiro lugar, fala-nos um pouco sobre ti e do que te distingue enquanto DJ. JOANA CABRITA: A Joana é uma apaixonada por música e por pessoas. O que me distingue é o meu carisma e a minha irreverência na cabine, a minha escolha musical e a minha atitude perante o público. O meu ecletismo também ajuda bastante porque utilizo vários estilos musicais e trabalho com 60 anos de música.

O que te levou a iniciar uma carreira nesta área? Nunca sonhei ser Dj, costumo dizer que o sou por destino. Tudo começou por brincadeira num bar de amigos e acabei por ser descoberta por algumas casas que me abriram portas…em pouco tempo tornei-me a Dj mais requisitada para noites de remember e de rock no país inteiro e nas ilhas. Tornei-me Dj profissional em 2008 e desde essa data que vivo só da música e para a música.

3. Na tua opinião, e tendo em conta o panorama atual do país, Portugal é um bom mercado para quem é – ou pretende ser – Dj? Portugal é um bom mercado, tem muitas casas e eventos de grandes dimensões que procuram bons profissionais. Apesar do panorama atual, continua a haver bastante trabalho para quem trabalha seriamente. Não é novidade alguma que a música eletrónica tem invadido este mercado. Tendo em 34 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

conta o teu estilo musical, como é combater esta corrente?

Não é fácil e quando comecei senti muito o fechar de portas á música que represento. Muitas casas ainda não abriram portas às noites de Remember e algumas contratam-me porque consegui provar que encho casas e que há muito público que procura estas noites.

INFELIZMENTE MUITOS DJ’S “NASCEM” SEM SEQUER CONHECEREM MÚSICA. VEJO GRANDES PROFISSIONAIS COM POUCO TRABALHO DEVIDO A ESTA SITUAÇÃO.

A tua profissão tem tido uma enorme adesão nos últimos tempos. Consideras que a facilidade com que se entra neste ramo é prejudicial para os dj’s profissionais e que esta acaba por banalizar a tua profissão? Banalizou por completo porque, infelizmente muitos Djs “nascem” sem sequer conhecerem música. A chamada música comercial está a banalizar a noite. Infelizmente, vejo grandes profissionais com pouco trabalho devido a esta situação.


E que planos / ambições tens para o futuro a nível profissional?

Para terminar, existe alguma coisa que gostarias de dizer a quem nos está a ler?

Nunca quis criar grandes expectativas até onde poderia ir mas, o certo é que já consegui mais do que podia imaginar. Agora só quero continuar a entrar em casas e eventos e manter as minhas residências. Continuar a agradar ao público que me segue e chegar a muita gente que me pede para ir a algumas zonas do país que ainda não consegui entrar. Gostaria, sem dúvida, que em 2013 conseguisse ir além fronteiras porque está mais que provado que este tipo de música é conhecido mundialmente.

Acreditem em vocês mesmos e que tudo o que façam tenha todo o vosso empenho e dedicação. Acima de tudo, façam o que mais gostam com toda a paixão! Aos leitores da RADAR e amantes das noites de Remember, sigam o meu trabalho no facebook: espero encontrá-los numa das minhas noites. Ao meu público em especial, um enorme obrigada pela força que me dão e por fazerem as minhas noites especiais em tantas casas.

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JE T’AIME MOI NON PLUS PHOTOGRAPHY / POST PRODUCTION ANA RITA PATINHA MODEL CATARINA BERNARDINO (CENTRAL MODELS STYLING TERESA CARVALHEIRA STYLING ASSISTENT / HAIRSTYLE GONÇALO RIBEIRO MAKEUP ARTIST VANESSA VILAR ACCESSORIES CCNAIFF WARDROBE CENDREV

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TEXTO: DANIELA SALSA / FOTOS: CREATIVE LEMONS

Marta Oliveira tem 23 anos. Licenciada em Design Gráfico no IPCA (Instituto Politécnico do Cávado e do Ave) é a menina dos desenhinhos. Daniel Martins é um ano mais velho. Viciado em fotografia, é o rapaz da câmara. Conheceram-se na Escola Secundária Carlos Amarante (Braga) em 2005 e apaixonaram-se. Hoje, são a Miss e o Mister Lemon, os rostos por detrás de um projeto empreendedor chamado Creative Lemons.

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“A maior dificuldade foi desenvolver a capacidade de nos desdobrarmos para desempenhar todas as tarefas de uma empresa A Creative Lemons A ideia de criar este projeto surgiu a meio de 2011. Esta foi amadurecendom, e no dia 29 de Setembro desse mesmo ano a empresa nasceu. Foi o evento SoPitch (evento de recrutamento e networking que junta gente nova com vontade de trabalhar a empresários que pretendem comprar trabalho com o objectivo de criar uma aproximação entre empresas e a nova geração) que ajudou a alavancar a ideia. Mas afinal o que é a Creative Lemons? “É um grupo de pessoas que existe com o intuito de criar vídeos mais criativos e apetecíveis. Fazer projectos alternativos nas áreas que mais gostamos, tais como fotografia, vídeo e design, são o objectivo principal, mas acima de tudo ir criando projectos inovadores.” Como qualquer projeto empreendedor, os Lemons sentiram alguns receios e dificuldades: “a maior dificuldade foi desenvolver a capacidade de nos desdobrarmos para desempenhar todas as tarefas de uma empresa. Foi sem dúvida uma boa experiência em que aprendemos muito, e que tencionamos continuar a vivê-la. Ter a capacidade de ser “patrão” e “empregado” tal como um freelancer mas ao mesmo tempo ter a responsabilidade de gerir, alavancar e ter mil e uma funções na criação de uma empresa foi algo que fomos aprendendo com o tempo”. Mais de um ano após o nascimento desta empresa, muito mudou na vida destes dois jovens bracarenses. Hoje, consideram-se pessoas mais experientes e capazes, uma vez que o contacto com o meio empresarial os ajudou a crescer quer a nível profissional como pessoal. “Somos também pessoas muito mais atarefadas e com o

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desejo que o dia tivesse mais horas para aproveitar o tempo de lazer.” – afirmam. “A nível pessoal mudaram muitas coisas, foi um ano fantástico mas também bastante cansativo, desde a adaptação a novas rotinas, como ter de dedicar a maior parte do tempo à empresa, pois sabíamos que o primeiro ano iria ser crucial para o seu crescimento.”

Os Clientes A questão mais importante em qualquer empresa recém-nascida está diretamente ligada com os clientes, mas para o casal Lemon a sua angariação parece não ter sido um problema: “Com o lançamento do vídeo do TedxYouth@Braga, vários bracarenses conheceram os Creative Lemons e desde então que a cada novo vídeo lançado, mais pessoas nos vão conhecendo, bem como aos seus trabalhos e capacidades, atraindo assim novos clientes. A rede social Facebook e os canais de divulgação de vídeo (Youtube e Vimeo) têm sido a montra principal da empresa, e cada vez mais os novos clientes surgem através dessa mostra. Pode-se dizer que os projectos que desenvolvemos para os nossos clientes, são não só algo que os divulga a eles, mas também o nosso principal investimento a nível de publicidade pois é através deles que nos têm chegado novos clientes.” Com as pequenas e médias empresas a representarem o tipo de cliente principal, a Creative Lemons considera que surgiu na altura certa, uma vez que estas começam a ter a noção da importância da imagem que passam e procuram ser diferentes com vista a se destacarem.

“City of Braga” Um dos trabalhos que ajudou a lançar a empresa tem por título “City of Braga” que dá a conhecer alguns dos pontos fortes da cidade do norte do país, aliando-o a palavras que destacam algumas das suas maiores qualidades. Para Marta e Daniel este foi um vídeo que permitiu as pessoas conhecerem a marca, reforçando-a e acrescentando-lhe valor: “Foi um projecto feito a custo pesso-

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al, com muita dedicação e paixão, e pensamos que isso se nota.” Face ao sucesso do vídeo em questão, os Lemons dizem que ficaram bastante satisfeitos: “A cidade onde nasceram os Lemons e que os infuenciou no seu crescimento merecia ser reconhecida. Foi realmente bom notar a nostalgia de pessoas naturais de Braga que vivem no estrangeiro, sentindo saudade e orgulho da sua cidade”. Para a realização deste projecto foram captadas mais de 50.000 fotografias, tendo sido apenas utilizadas algumas delas. Quando questionados sobre o projecto que lhes deu mais gozo realizar, a opinião não é unânime. Para Daniel foi mesmo o City of Braga: “Foi um projecto que comecei quando ainda andava um bocado perdido na vida e incerto do meu futuro, das poucas certezas que tinha era a minha paixão pela fotografia e de saber que não me interessava um grande ordenado ao fim do mês se não pudesse fazer o que adorava. Sempre fui fotografando e experimentando técnicas diferentes. Neste projecto aconteceu o mesmo mas com uma intensidade bastante maior. Tinha de tentar antecipar a meteorologia, algo que muitas das vezes não conseguia. Andava sempre com o material às costas, pronto para captar mais umas centenas de frames para o vídeo que nem na minha cabeça se tinha ainda formado. Foi daqueles projetos que me levou quase a um estado caótico, no bom sentido. Acordava e tinha que olhar para o céu para ver se tinha nuvens; andava sempre a olhar para a cidade à procura da próxima fase e foi algo que durou quase um ano meio. E claro, arrastava a Marta comigo”. Já para Marta, o vídeo promocional da Q-Better foi, indubitavelmente, um dos mais desafiantes: “Foi necessário criar diversos elementos gráficos, utilizar diferentes técnicas e conjugar

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tudo de forma a divulgar de forma simples e atrativa a mensagem a passar. Exigiu bastante trabalho manual prévio, o que torna o processo mais palpável e divertido de se fazer. Foi também um trabalho de equipa entre a CL e o cliente, o que enriqueceu o projecto e isso transpareceu no resultado final.”

Mensagem Empreendedora Tendo em conta a situação atual do país, a Creative Lemons apresenta-se como a fórmula empreendedora que estes dois jovens criaram para colmatar a crise. Neste sentido, Marta e Daniel deixam uma mensagem direcionada a todos os jovens portugueses: “Aproveitem a vossa juventude e tempo livre para desenvolver projetos em que acreditem que seja uma mais-valia para a sociedade. Algo que gostem de fazer, em que sejam bons ou que simplesmente achem crucial que exista. Informem-se sobre os apoios atuais para a criação de novas ideias de negócio. Mexam-se! Hoje em dia com um sketchbook na mão e um computador ao lado é possível fazer-se imensas coisas e comunicar com todo o mundo, tudo é mais simples e rápido, mesmo assim exige trabalho. Por isso o nosso conselho é este: arregacem as mangas e trabalhem! Se não existe trabalho para vocês à vista, criem-no, ajudem quem está a tentar desenvolver algo novo, conheçam pessoas, saiam de casa, explorem o mundo.” No final da entrevista, também os leitores da Radar tiveram direito a algumas palavras: “Bebam muita limonada e sejam criativos.”


Dead End Kings Album review

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n

o que toca a bandas mais veteranas de metal, os Katatonia são sem dúvida das que mais têm sucesso em gratificar continuamente os seus fãs com música de qualidade. Durante todo o tempo da sua existência (contam já com 21 anos), os Katatonia mantiveram-se constantemente relegados de falta de inspiração, de forma a proporcionar um estilo que seja familiar e sofisticado ao mesmo tempo, tornando para os ouvintes mais atentos, um som distintivamente único. O progresso oferecido no nono álbum de originais dos Katatonia, “Dead End Kings”, pode ser comparado com a carreira dos seus conterrâneos metaleiros suecos Opeth. Embora “Dead End Kings” é indubitavelmente “heavy” em algumas partes, a banda seguiu um rumo mais progressivo, tentando focar-se mais na beleza da própria melodia e também duma procura de

letras mais profundas. Os fãs mais hardcore desta banda, irão absorver “Dead End Kings” quase imediatamente, embora os que não estejam mais familiarizados com o trabalho dos Katatonia, possam ter que o ouvir várias vezes até abraçarem definitivamente o álbum. De qualquer das formas, “Dead End Kings” é um álbum que cria uma sensação profunda com o ouvinte. De todas as músicas presentes neste álbum, creio que nenhuma se destaca como um “single”, daí a recomendação de o ouvir como uma peça única, de forma a tentar melhorar a captação da sua mensagem introspectiva. Concluindo, os Katatonia proporcionam uma rara combinação de elegância na elaboração e beleza melódica em “Dead End Kings”, combinando quase perfeitamente uma união exigida na música moderna mais “heavy”.

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texto pedro henrique ribeiro


espaço marmita por sandra santos

www.minhamarmita.blogspot.com

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Receita parA o Natal

Tarte de abóbora

Ingredientes base:

Ingredientes RECHEIO:

300 grs de farinha de trigo 100 grs de manteiga 70 ml de água 1 colher de chá de sal 1 colher de chá de açúcar 1 colher de chá de sementes de papoila

80 g margarina 4 ovos 150g farinha 800g de abóbora 300g de açúcar mascavado 1 colher de chá de fermento canela e açúcar em pó q.b.

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Para a massa colocar todos os ingredientes no robot de cozinha ou na batedeira (com a pá de bater pão) uns 3 segundos até a massa ficar toda junta tipo uma bola, estender na bancada com farinha e com ajuda do rolo da massa forme um circulo do tamanho da sua tarteira, forre a tarteira com manteiga ou papel vegetal, estenda e estenda a massa. Com ajuda dos dedos pressione bem a massa e faça uns furos ligeiros com um garfo para a cozedura ser mais rápida e reserve.

Partir a abóbora em pedaços pequenos e em água ou a vapor, eu por acaso cozi a vapor mas se cozer em água depois da cozedura deixe escorrer bem a água e junte ao açúcar e bata bem num robot de cozinha ou batedeira, deixe bater até a abóbora e o açúcar ligarem na perfeição, caso seja necessário passe tudo com uma varinha mágica ou numa liquidificadora para que a abóbora fique sem pedaços. 56 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org


Adicione a manteiga e bata novamente, de seguida basta adicionar os ovos previamente batidos com uma vara de arame. Adicione pouco a pouco com a batedeira/ robot em andamento numa velocidade baixinha para não salpicar a cozinha toda, de seguida a farinha peneirada por fim o fermento. Coloque o liquido na tarteira e leve ao forno durante 45 min a 180º.

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Receita parA o Fim de ano

Amêijoas com leite de coco

Ingredientes base:

cerveja q.b.

2 chalotas

sal

4 dentes de alho

pimenta rosa

1 kilo de amêijoas frescas

chinese 5 spices

165 ml de leite de coco

azeite aromatizado de coentros q.b.

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Numa wok saltear as amêijoas com 1 fio de azeite, e fazer uma redução com um pouco de cerveja, entretanto num tacho colocar as chalotas picadas com os dentes de alho e saltear até ficarem translucidas, acrescentar o leite de coco e passar tudo pela liquidificadora/robot de cozinha para que se torne num creme sedoso, temperar com o sal, a pimenta e a especiaria 5 epices e cobrir as amêijoas ainda, deixar uns 5 minutos em lume brando e antes de servir picar um pouco de salsa frisada.

Esta receita era para ser uma entrada mas quando provei o molho no meio do processo (sim, pq eu provo tudo mil vezes), rápidamente meti umas batatas a cozer e fizeram uma refeição completa porque este molhinho por cima das batatas é qualquer coisa de divinal.

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SUGESTões Radar

OLympia

Massive attack

Minta & The Brook Trout

Blue Lines - Edição Especial

Emmy Curl regressa com um novo trabalho. Depois de “Birds Among the Lines”, a artista natural de Vila Real dá-nos a conhecer Origins, que tal como o nome indica, nos leva a viajar um pouco pelas suas origens. A composição, voz, guitarras acústicas (entre outros) são da autoria de Emmy Curl, bem como os arranjos que são aqui partilhados com João André e Eurico Amorim dos Supernada. André Tentugal (We Trust) é um dos convidados da música “Stream”.

Blue Lines, o álbum de estreia do grupo britânico Massive Attack, foi considerado o primeiro disco de um género musical que se veio a chamar trip hop. O disco foi um sucesso em todo o mundo e em particular no Reino Unido, chegando ao 10º lugar nas tabelas de vendas. A sonoridade do álbum contém toques de dub, hip-hop, soul e música electrónica. A versão “2012 Remix/Master” do album vai estar disponível em edição limitada num formato simples de 1 CD e numa versão deluxe

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morte súbita J.K. ROWLING Uma Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J. K. Rowling, a mundialmente famosa «mãe de Harry Potter». Acolhido com enorme expectativa, este surpreendente romance sobre uma pequena comunidade inglesa aparentemente tranquila, Pangford, começa quando Barry Fairbrother, o conselheiro paroquial, morre aos quarenta e poucos anos. A pequena cidade fica em estado de choque e aquele lugar vazio torna-se o catalisador da guerra mais complexa que alguma vez ali se viveu. No final, quem sairá vencedor desta luta travada com tanto ardor, duplicidade e revelações inesperadas? Um livro a não perder.

FERNANDO PESSOA: Uma QuaseAutobiografia José Paulo Filho

Reuel Golden

Cavalcanti

«Conheci Fernando Pessoa em 1966, pela voz de João Villaret. Foi o começo de uma paixão que até hoje me encanta e oprime.» Enamorado desta figura de romance por escrever e de uma obra imensa que dispensa apresentação, José Paulo Cavalcanti Filho partiu à descoberta do homem que aqui nos dá a conhecer, de corpo inteiro: um Fernando Pessoa multifacetado, homem vaidoso, com dons de inventor e astrólogo, de ambições desmedidas e existência modesta; uma vida banal e triste para uma obra verdadeiramente universal. Da reconstituição das esferas culturais da época aos pormenores do quotidiano, Cavalcanti decifra a vida por trás das palavras, a solitária multidão de um só Pessoa.

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LONDON - O retrato de uma cidade

Nas palavras de Samuel Johnson, “Quando um homem está farto de Londres, está farto da vida”. Londres é uma cidade com uma história notável, a sua arquitectura, as suas ruas, o seu estilo, a cena cool, as pessoas, etc… estão aqui fenomenalmente representados por um conjunto de fotografias recolhidas dos arquivos, um pouco por todo o mundo. Para além das muitas imagens, algumas nunca anteriormente publicadas, o livro fornece-nos centenas de citações, relatos por alguns dos seus habitantes mais famosos, e também referencias diversas a filmes, livros, discos, etc…

SINOPSES Wook.pt / Fnac.pt


No RADAR... sugestões radar: alguns dos espectáculos a não perder durante o mês de DEZembro

Supernada 15 dezembro - 22h30 casa da música, porto

b fachada 19 dezembro - 21h30 teatro académico de gil vicente, coimbra 62 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

noiserv 15 dezembro - 22h00 teatro de vila real

NICE WEATHER FOR DUCKS 7 DEZembro VODAFONE MEXEFEST, LISBOA


Minta & The Brook Trout 7 DeZembro - 22h30 Salão brazil coimbra

rita braga 6 dezembro centro cultural, chaves

e ainda...

música

Vodafone mexefest 7 e 8 de dezembro lisboa cartaz / info: vodafonemexefest.com

primavera club 30 de Novembro a 2 de dezembro vários locais, guimarães cartaz / info: primaveraclub.com

Bracara extreme fest 7 e 8 de dezembro de 2012 dinaamo Panoias, braga cartaz / info: bracaraextremefest.pt.vu

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outros

festival temps d’images de 13 a 16 de dezembro de 2012 lisbos info: tempsdimages-portugal.com 3ª Mostra de Cinema da América Latina de 13 a 16 de dezembro de 2012 Cinema são jorge info: mcal2012.wordpress.com



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