Radar #4

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radar


Caros Leitores, Este pode ser o mês mais pequeno do ano, mas a verdade é que esta é a maior edição da Radar até ao momento e também a primeira com um modelo masculino. Muitas vezes questiono-me sobre o que me leva a querer manter este projecto vivo, e é então que olho para nomes como Raquel e Su, dos cadernos Beija-flor, e Cátia Carvalheira, designer de moda que apostou na sua própria marca (CARV) e me apercebo que numa fase como esta que o nosso país atravessa nunca é demais sonhar e investir no que mais gostamos. No mundo da música, focamos a nossa atenção numa das bandas portuguesas mais emblemáticas dos últimos tempos e que se prepara para voltar a surpreender os seus fãs com um novo disco: Linda Martini! Tivemos ainda tempo para trocar algumas palavras com as bloggers do “Kiss me Quick”, Carla e Carina, e para vos deixar algumas sugestões culturais, bem como de design e beleza. Aproveitem ainda para apreciar o magnífico trabalho fotográfico da jovem Jéssica Silva. No final, deliciem-se com as deliciosas receitas de Sandra Santos. Tudo isto e muito mais nesta edição da Radar. Boa Leitura!

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x Daniela Salsa


Editora Daniela Salsa Paginação Daniela Salsa Foto de Capa João Correia Redactores Daniela Salsa Pedro Henrique Ribeiro Raúl Rodrigues Sandra Santos Sansão Gomes Colaboradores Marco Claro Patrícia Silvério Gabriela Azevedo

Contacto radar-magazine@hotmail.com Facebook. facebook.com/magazineradar

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SUMário

Fevereiro 2013

22 // home sweet home

36 // EDITORIAL

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6 // CÁTIA CARVALHEIRA

14 // JÉSSICA SILVA

26 // LINDA MARTINI

30 // CADERNOS BEIJA-FLOR

44 // get the look dree hemingway

48 // Album review: deftones


54 // blog kiss me quick

50 // cantigas de escárnio e mal dizer

52 // tretas para esquecer

64 // film review: django unchained

68 // tendências 2013: penteados

72 // receitas marmita

78 // Sugestões radar

80 // em cartaz

82 // agenda: no radar

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Novos Talentos

por daniela salsa fotografias: marco claro

Cátia Carvalheira nasceu em 1988, na cidade do Porto. Estudou Artes Plásticas Pintura na Universidade do Porto, viveu seis meses em Milão durante a sua formação académica (ERASMUS) onde participou numa exposição colectiva intitulada “Mostra Litta” em 2010. Além da participação em concursos e exposições, trabalhou como ilustradora de moda, tendo depois iniciado o curso de Design de Moda no actual Modatex. Feminina, inovadora e diferente, estas são apenas algumas das palavras que descrevem a sua mais recente colecção, que prova que em Portugal há talento!

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Novos Talentos

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1.Em primeiro lugar, quem é a Cátia Carvalheira? A Cátia Carvalheira é de Amarante, vive no Porto, é licenciada em Artes Plásticas-Pintura pela FBAUP e está a terminar o curso de design de moda no antido Citex (actual Modatex). 2. Quando é que te apercebeste que querias ter uma carreira no mundo da moda? Apercebi-me desde muito cedo ,mais concretamente durante a minha infância, que gostaria de ter alguma profissão ligada a parte de criação e mais especificamente moda. 3. Como surgiu a ideia de criares a tua própria marca? Sempre soube que se viesse a concretizar o desejo de trabalhar em moda gostaria de criar a minha marca própria. 4. E que principais obstáculos tiveste de enfrentar durante esse processo? Acima de tudo obstáculos de carácter financeiro. Não é fácil conseguir ter um produto de boa qualidade sem que o mesmo seja dispendioso. No entanto, é algo em que estou a trabalhar. Estou a tentar encontrar caminhos alternativos que não comprometam a qualidade do produto final.

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Novos Talentos

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5. Diz-nos, em que consiste a marca CARV? A minha marca foi criada em 2012 e por enquanto é só de vestuário de mulher. A mulher CARV é jovem mas elegante, uma mulher que não pede desculpa. 6. E já agora, porquê CARV e não outro nome qualquer? O nome surgiu do meu último nome Carv-alheira. O meu objetivo é que o nome não seja completamente díspar do meu próprio nome. 7. Em que é que a tua marca se distingue das restantes presentes no mercado? Ainda estou em processo evolutivo para chegar a essa resposta. No entanto, os estampados desenvolvidos por mim parecem-me indispensáveis para eu conseguir peças com um carácter único. As técnicas por mim utilizadas fazem com que os estampados nunca sejam iguais entre si.

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Novos Talentos

8. Qualquer designer de moda tem em

11. E planos para o futuro?

conta diversos factores antes de criar

Planos para o futuro? Bem são alguns! Em

uma peça. Quais são os mais impor-

primeiro lugar quero poder continuar a tra-

tantes para ti?

balhar e a evoluir a minha marca. Quero

Os principais factores eu diria que é essen-

apresentar o meu trabalho ao grande públi-

cial que tenha um bom fitting assim como

co, em desfile ou de uma outra forma como

os materiais e acabamentos. É importante

em feiras e outras plataformas de divul-

referir que o design da peça é sempre fun-

gação. Afirmar-me no panorâma de moda

damental influenciando sempre o resultado

nacional e vender, vender, vender!

final a nível formal e técnico. 12. Por último, uma mensagem que 9. E em termos de materiais, quais pref-

queiras deixar aos nossos leitores!

eres e porquê?

Acompanhem o meu trabalho através do

A nivel de materiais sinceramente não tenho

meu site, Tumblr e página de Facebook! Em

nenhuma preferência em especial a não ser

breve terei a minha loja on-line acessível

a exigência de que tenham um bom toque e

através do site da marca. O homem CARV

dependendo da peça em questão, que dêem

está para chegar também! E estejam à von-

conforto ao cliente durante o uso da mesma.

tade para comprar! (Risos)

Versatilidade é importante também. 10. Onde é que os nossos leitores poderão adquirir as tuas peças? As minhas pecas encontram-se à venda na loja muuda no Porto. Poderão contactar-me também por email e assim há a possibilidade de uma compra personalizada havendo a hipótese de se fazer a peca com as medidas do cliente.

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Onde encontrar? www.c-a-r-v.com www.facebook.com/ carvfashionlabel


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fotografia // novos talentos

jéssica silva por Daniela Salsa

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Fotografia

Jéssica Silva tem 22 anos e é uma apaixonada pela fotografia. Nascida em Zimbabwe mas actualmente a viver em Cascais, esta jovem portuguesa é inspirada pelas pessoas que fotografa, criando assim fotografias únicas e com uma beleza inconfundível. Fiquem a conhecê-la melhor!

onde a encontrar www.flickr.com/photos/jessicasilvafotografia lookcloserlook.blogspot.pt

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Fotografia

Jéssica é, aparentemente, uma jovem de 22 anos normal, mas dentro de si existe um talento enorme para a fotografia, ancorado a uma paixão inigualável por esta arte. Tudo o que sabe, aprendeu sozinha, não possuindo, portanto, qualquer tipo de formação nesta área. “Comprei uns manuais de fotografia para aprender os básicos, mas o resto fui aprendendo com a prática.” O interesse nasceu graças ao seu pai. Teve a sua primeira máquina digital com 12 anos e, todos os verões, adorava fazer sessões com as suas amigas. No ano de 2008, regressou a Moçambique nas férias de Natal e ali começou a fotografar incessantemente tudo o que via: os rostos dos habitantes, os pescadores, as crianças a brincar com carrinhos feitos de arames. Desde 2002 que recorreu à sua máquina digital compacta para captar o mundo em redor, até que, em 2009, teve a oportunidade de comprar a sua primeira reflex “e a partir daí não parei” - afirma - “Estou sempre atenta, sempre à procura de um momento fotográfico. Chato é quando não temos a máquina connosco e apenas o podemos registar com os olhos. Acho que o facto de ter amigas com perfil para modelo ajudou-me muito a evoluir como fotografa de moda e retratos. No entanto, adoro também fotojornalismo e fotografia de viagens.” Apesar de admitir que ainda não se apercebeu que na fotografia pode residir a sua vocação, esta jovem de Cascais confessa que as pessoas são o elemento que mais a inspira na hora de preparar uma sessão fotográfica. “a pessoa que vou fotografar influencia muito a sessão. Mas,

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Fotografia

quando tenho ideias que não envolvem ninguém em concreto, a simples visão de uma praia ou de uma tendência de moda inspira--me”. Tal como no trabalho de Luís S. Tavares (ver edição de Janeiro da Radar), também Jéssica destaca a Natureza e a Mulher. No entanto, esta afirma que esta tendência não é propositada: “Muitas das minhas modelos iniciais foram as minhas amigas mais chegadas... por isso, logo aí habituei-me a fotografar raparigas. Mas não foi propositado, já fotografei rapazes e pretendo fazê-lo mais vezes. A natureza está muito presente nas minhas fotografias pelo simples facto de eu fotografar quase sempre no exterior e em luz natural... adoro as cores, as luzes e os mistérios que a natureza me permite registar numa fotografia.” Os mais atentos à blogosfera nacional, irão certamente reparar numa outra tendência. Estou pois claro a falar do facto de, por diversas vezes, as modelos de Jéssica Silva serem bloggers de moda portuguesas, o que esta considera uma óptima ideia porque “Além de muitas terem o perfil de modelo e também darem uma ajuda no styling, o facto de eu lhes tirar fotografias através do blog delas. “

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Fotografia

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Fotografia

Relativamente à pós-edição, Jéssica considera que esta é uma parte importante na fotografia, já que muitas vezes é através da edição que se consegue identificar o fotógrafo, devido ao toque pessoal que esta pode conferir à fotografia. No entanto, confessa que pessoalmente não é fã da edição, simplesmente porque não tem muita experiência.

onde existe falta desta.”

Já nas sessões em si, o material é essencial, não

Sobre o futuro, Jéssica diz que esta é uma incóg-

podendo faltar a sua Canon 5D Mark II, as suas

nita. Num país onde a área da fotografia está

objectivas - principalmente a Canon 50mm 1.4 - e

lotada e onde esta não é devidamente valorizada,

um reflector. No entanto, acrescenta que acredita

a jovem prefere jogar pelo seguro e procurar

que o fotógrafo é quem faz as fotografias e não o

emprego na área de turismo, na qual é licenciada.

material.

No entanto, espera um dia ver o seu trabalho fotográfico ser reconhecido e admirado.

“Claro que o material ajuda, mas para mim ter uma boa máquina e uma boa objecti-

Com a entrevista a chegar ao fim, Jéssica quis

va basta para fazer fotografias fantásticas.

deixar uma mensagem para todos os nossos

Com a prática aprendi a trabalhar com a luz

leitores:

que me é disponibilizada e o reflector é um bom acessório que permite ter uma luz extra

Actualmente, seguir os nossos sonhos parece-nos cada vez mais impossível. Mas não podemos abdicar das nossas paixões. Se há algo que gostem de fazer, façam-no! Nem que seja só em part-time... se vos faz feliz, vai ajudar-vos a ultrapassar os momentos difíceis.

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Home Sweet Home home office

A ideia de poder ter um espaço para trabalhar bonito e agradável é, sem dúvida alguma, aliciante. . Não é por acaso que os “home office” têm ganho importância no que diz respeito ao design de interiores. As sugestões deste mês baseiam-se precisamente nessa possibilidade. Porque trabalhar - ou estudar - não necessita ser uma tarefa, de todo, aborrecida!

Imagens:

Pinterest

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A arrumação é crucial em qualquer área de trabalho. Por isso, apostem em prateleiras, armários com gavetas e pequenas caixas - estas, além de servirem para guardar objectos mais pequenos são um excelente elemento de decoração. Também a iluminação é importante nestes espaços. os candeeiros de mesa são a melhor opção e actualmente existem modelos para todos os gostos e estilos.

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Sugestões IKEA

1. Cadeira SKRUVSTA, 129,00€ 2. Cadeira PATRIK, 109,00€ 3. Secretária Expedit, 129,99€ 4. Secretária Hemnes, 259,00€

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Nenhuma área de trabalho existe sem uma secretária e uma cadeira. Apostem em bons materiais para que as secretárias durem uma vida. Relativamente às cadeiras, tanto podem escolher um modelo mais tradicional como apostar em modelos mais arrojados. O importante é serem bastante confortáveis. As molduras são sempre uma boa opção para dar cor e trazer alguma diversão - e inspiração . E em vez de as colocarem em cima da secretária - o que rouba sempre algum espaço coloquem-nas nas paredes. Brinquem com as suas formas e materiais. Longe vão os dias em que estas devem ser todas iguais. Arrisquem!

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música

Linda Martini À conversa com andré henriques por daniela salsa

1. Já passaram quase 10 anos desde o nascimento dos Linda Martini. Digam-me, o que mudou durante todo este tempo? Passámos de 5 a 4. Já não vivemos em casa dos pais e mudámos do subúrbio para a cidade grande. Acabámos os cursos. Uns ficaram desempregados, outros desempregaram-se, outros tornaram-se assalariados, outros estão por conta própria. O colesterol passou a ser uma preocupação e já falamos de sofás e decoração com à vontade e sem tabus. 2. Vocês passaram do anonimato ao sucesso - não é por acaso que as críticas acerca do vosso trabalho são sempre tão positivas. Quando formaram a banda, esperavam ser reconhecidos num país ainda tão fechado culturalmente? Não esperávamos nada. O resto foi surpresa, até aqui. 3. Os Linda Martini contam já com três EP e dois LP. Entre eles, qual foi aquele em que vos deu mais prazer trabalhar?

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música

Retirámos de todos a dose certa de prazer e trabalho, é difícil distinguir. O Casa Ocupada foi talvez o mais difícil de compor porque aconteceu muita coisa e andávamos com a cabeça a mil. No entanto, a experiência do estúdio foi talvez a mais feliz de todas porque gravámos rápido e saímos de lá a acre-ditar mesmo no disco. 4. Relativamente às letras das vossas músicas, quem é o maior responsável pela sua criação? Eu. 5. E o que vos inspira durante o processo criativo? Tudo, ninguém sabe de onde isso vem. 6. Já que falamos em letras, e sendo a internacionalização um sonho da maioria dos artistas, nunca pensaram render-se à língua inglesa? Isso eram os artistas de 2003, hoje já ninguém se rala com isso. Quisemos cantar em português porque nunca o tínhamos feito em projectos anteriores. Gostámos e ficou. 7. E que canções vos dá mais gozo tocar ao vivo? Depende do concerto, do público e da forma como as tocamos. Há músicas que até podem não ser as tuas preferidas mas num dado dia, num dado sítio, batem mais do que as outras todas juntas. 8. Já participaram em alguns festivais em Portugal. Entre eles, há algum que vos ficou mais na memória? Paredes de Coura em 2007 e em 2011. Parece que aquela gente gosta de nós e nós gostamos deles. O Bons Sons em 2012 também foi bem fixe, grande onda.

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9. Têm saído notícias acerca de um novo álbum em 2013. É mesmo verdade? Que detalhes nos podem avançar para já? É verdade. Em princípio o nome do disco vai começar com um “T” – informação exclusiva! Queremos que seja melhor que os outros mas não temos ideia nenhuma se será. 10. E o que podemos esperar mais dos Linda Martini num futuro próximo? Queremos jantar mais uns com os outros e ter ensaios daqueles bons que nos dão vontade de ir a seguir jantar uns com os outros. Depois queremos gravar a cena e passar a cena cá para fora para vocês sentirem a cena. Por último, e num horizonte mais próximo, estamos a tentar sentir a cena antes de vocês sentirem a cena, para vos podermos dizer o que podem esperar da cena. Que cena! 11. Por último, uma mensagem para os nosso leitores. Olá, tá tudo? “E então chegámos a 2013 e 84 ainda está para vir. O tempo passa a tensão aumenta, a babilónia vai cair. Já está escuro, mas o sol ainda não se pôs. Sei que não vamos descansar enquanto o sol não brilhar” - Saxofone, coros, coros e saxofone juntos, cenas épicas da nossa meninice. Suspiro.

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projecto empreendedor

cadernos feitos à Mão, como antigamente

beija-flor TEXTO: DANIELA SALSA / FOTOS: beija-flor e fred gomes

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Raquel e Su são duas designers de comunicação

trumento útil e como tal pareceu-nos um

naturais de Oliveira de Azeméis. A viver no

bom começo”. A verdade é que os cadernos

Porto há cerca de três anos, apenas se conhece-

Beija-flor vêm preencher um pequeno vazio

ram na licenciatura em Design na Universidade

nas pessoas já que é difícil encontrar-mos cad-

de Aveiro, que terminaram em 2008.

ernos bonitos e baratos. Além disso, quem

Apaixonadas por tipografia, fotografia, carim-

utiliza frequentemente este instrumento, sabe

bos, ilustrações, padrões e coisas feitas à mão,

que o preço é um factor importante, daí terem

decidiram dar início a um projecto próprio que

decidido oferecer aquilo que até agora ninguém

as afastasse do computador. Decidiram fazer

oferecia: um trabalho diferente, bonito e muito

cadernos, originalmente de bolso, feitos à mão,

acessível.

acessíveis e coleccionáveis. O nome escolhido foi Beija-flor, simplesmente porque soou bem e porque simpatizavam com o pássaro. Além disso, acharam piada ao facto de o beija-flor ter um período de incubação de 15 dias, característica esta que acabaram por adaptar a este projecto, que teria encomendas personalizadas feitas e entregues após 15 dias de desenho e produção. O processo de criação do projecto, na opinião de Raquel e Su, foi relativamente fácil e imediato, uma vez que esta era a sua grande vontade. Procuraram aprimorar a técnica, optimizar ao máximo o processo, escolher materiais que fossem mais indicados e passaram à acção. E porquê cadernos? - questionei. A resposta foi simples: “o caderno é um ins-

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Projecto empreendedor

Relativamente a tudo aquilo que as inspira, as jovens designers destacam as ruas e a cultura visual portuguesa, bem como os padrões. Lançaram os cadernos beija-flor com uma colecção de cadernos de bolso com desenhos de azulejos portugueses e actualmente já possuem outra, em colaboração com o ISU do Porto, baseada em padrões retirados de tecidos africanos. “Inspiram-nos as cores, as formas e tudo o que nos rodeia.” O feedback e adesão do público tem sido muito positiva e “essa é a nossa maior alegria. Perceber que as pessoas gostam de nós e do que fazemos; compram-nos cadernos mais do que uma vez. Se não fosse a a recepção das pessoas a este projecto ele já tinha terminado há muito.” Quando questionadas sobre a crise que o país atravessa e o facto de esta ser encarada como um entrave a novos projectos, as duas designers não se mostram pessimistas: “Este é, na verdade, um dos melhores momentos para fazermos tudo aquilo que temos vontade. Numa altura de crise, de desencanto, de frustração, é importante fazer tudo aquilo que estiver ao nosso alcance para melhorar os nossos dias e fazermos aquilo que nos dá realmente prazer. Por outro lado podemos dizer que o investimento inicial neste projecto, em termos monetários, não foi assim tão grande e por isso mesmo foi possível. O maior investimento foi em tempo, mas esse foi fácil de arranjar e foi o melhor investimento que poderíamos ter feito.

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Projecto empreendedor

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No final, e como já é tradição na Radar, quiseram deixar uma mensagem para os nossos leitores: ”Queremos dizer a todos que acompanhem o nosso trabalho, claro, e que aproveitem este novo ano para realizar sonhos. Se fizermos aquilo que gostamos, o melhor que soubermos, mas só porque gostamos, o resto virá ao nosso encontro. E apesar de já estarmos em Fevereiro, bom ano para todos!”

Onde adquirir?

geral.beijaflor@gmail.com www.facebook.com/beijaflor.2011 Bling Bling, espaço Artes em Partes, Rua do Rosário, nº274, Porto |entre linhas| Rua Miguel Bombarda, nº462, Porto

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editorial: classic man

Classic Man for ID Values Fotografia: Marco Claro // Makeup: Gabriela Azevedo // Styling: Patrícia Silvério e Gabriela Azevedo // Modelo: João Correia

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it girl

Get the look

Dree Hemingway por daniela salsa

Dree Louise Hemingway nasceu no dia 4 de Dezembro de 1987 e não podia fugir ao caminho da fama. Os seus pais são a actriz Mariel Hemingway e o escritor Stephen Crisman, mas o seu nome é quase sempre associado ao seu bisavô, o famoso escritor Ernest Hemingway. A sua carreira no mundo da moda teve início quando ainda frequentava o ensino secundário, tendo já no seu currículo trabalhos com inúmeras agências. Em Junho de 2009, desfilou no espectáculo Calvin Klein Resort, em Nova Iorque. Em Setembro desse mesmo ano, abriu o desfile de apresentação da colecção Primavera/Verão da Topshop, em Londres. Dree já desfilou outros grandes nomes, como por exemplo Chanel, Jean Paul Gautier, Valentino e Pacco Rabanne, tendo ainda feito alguns trabalhos para a harpers Bazaar e para a Vogue de diversos países. O seu estilo é marcado pela simplicidade e conforto aliados a uma certa sofisticação e toque masculino. Blazers, t-shirts básicas e calças slim pretas são indispensáveis no armário de Hemingway. Quanto aos sapatos, é bastante usual vê-la com rasos. Se quiserem optar por um visual que funcione em diversas situações - trabalho, dia-a-dia, saídas à noite - seguir o estilo de Dree é uma boa opção. De seguida, apresentamos algumas peças inspiradas em alguns dos looks da modelo.

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Camisa HM, 319,95€

Blazer H&M, 29,95€

Mala Zara, 25,99€

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Calças Motard Zara, 25,99€

saia gat rimon, 45,00€

sabrinas Zara, 19,99€

Camisola Zara, 5,99€

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album review

deftones por pedro henrique ribeiro

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V

oltando ao início de 2000, o nu-metal

atingiu o seu auge comercial. “Rollin” dos Limp Bizkit tinha entrado directamente no #1 em ambos os lados do Atlântico, enquanto a angústia de “Hybrid Theory” dos Linkin Park estava a vender milhões. Mas enquanto esses actos de segunda linha estavam a transformar o género em viabilidade comercial, Deftones, um dos grupos pioneiros do nu-metal, estavam prestes a dar um salto gigante deste território para algo muito diferente. “White

em si oferece mais do que os fãs vieram

Pony”, registo de 2000 da banda, alca-

para amar.

nçou algo aparentemente impossível:

Uma banda que tem em seu currículo o

um álbum de paisagem sonora muito

importante “Adrenaline” [1995], os clás-

heavy metal, deambulando de ambiente

sicos “White Pony” [2000] e “Around

à brutalidade, muitas vezes dentro de um

The Fur” [1997], os excelentes “Saturday

único enquadramento musical.

Night Wrist” [2006] e “Deftones” [2003],

Poucas são as bandas ou artistas que con-

e o espectacular “Diamond Eyes” [2010]

seguem manter um nível de qualidade tão

depois do acidente de Chi Cheng, “Koi No

alto quando chegam ao seu sétimo álbum

Yokan” é tudo o que um fã esperaria de

de estúdio, e certamente, Deftones é

oferta do lançamento do quarto álbum

uma delas. Torna-se difícil imaginar uma

pós-”White Pony”. E dado o calibre deste,

banda que consegue manter a qualidade

essas expectativas não são certamente

de um disco como “Diamond Eyes”. O

pêra doce. Dinâmico, ambicioso e emo-

segundo álbum sem Chi Cheng, mostra

tivo, sabendo quando esfriar e quando

uma banda madura, sólida, autêntica e

rasgar os tímpanos do ouvinte, o disco

mais fortalecida.

é uma reafirmação: Deftones sempre

O título do álbum é um termo japonês

foram e ainda são, a melhor banda de nu-

para o momento em que uma pessoa sabe

metal e a banda de metal mais inovador

que se vai apaixonar por alguém, e o disco

dos anos pós-2000.

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Cantigas de Escárnio E Mal Dizer

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por sansão gomes


opinião

A Contra-Cultura contra-ataca

estão como a Fanny: só querem vida loca.” Para quem gosta de rap em criolo: Nha Style Eh

Longe vão os tempos em que os portugue-

Peso (Praga) - têm que ouvir, eu não consigo

ses olhavam para o rap com desprimor, cha-

reproduzir nada da letra.

mando-lhe “música de pretos.” Desde que os

Para quem não acredita no que os políticos

Brilhantes Diamantes acompanharam o Manel

dizem: Sente o Medo (Valete, Tamin e Jimmy

nos Morangos com Açúcar que o rap faz parte

P) - “A mais bela das farsas é incutir o medo à

do ideário musical português. Apesar disso, não

população em declínio e ter domínio sobre as

deixa de se assumir como uma Contra-Cultura.

massas. (...) Até a mentira nos soa a verdade

E boa, a avaliar por esta mixtape.

absoluta, políticos sem rosto, porque isto é face oculta”

Uma mixtape que tem como intuito abrir o

Para quem acha piada ao vocábulo “crica” (um

apetite para o álbum do Valete, a sair este ano,

dos calões mais engraçados para a palavra vagi-

ameaça tornar-se um clássico do rap portu-

na): Casanova (Regula) - “Mas eu não estou com

guês. No fundo, esta mixtape, lançada sem

cruz, eu estou com queridas. E elas só saem do

pressão comercial, junta tudo. Nomes consa-

meu quarto na crica com feridas!”

grados (Valete, Bónus e Regula) com promessas

Para quem está apaixonado e quer tirar ideias

(Jimmy P, Sacik Brow, João Pequeno), um toque

de coisas bonitas para dizer à cara-metade:

de soul (Tamin) e até um brasileiro (Marechal).

José e Pilar (Valete e Tamin) - “Eu queria ser a

Mas no rap os nomes contam menos que as

madrugada, para embalar até à alvorada os teus

rimas, falemos então de rimas! E ao mesmo

sonhos e a tua beleza imaculada. Eu queria ser

tempo, provemos que o rap é mesmo para todos:

a alvorada para te dar luz renovada e inspirar

Para quem ainda acha que o rap é música de

para mais um dia, outra jornada. Eu queria ser

pretos: Damaia (Valete e Bónus) - “Polícias não

Sinatra para te dar a voz compacta e cantar a

fodem polícias, bem pelo contrário. Milícias

minha paixão numa serenata”

de malícia atrás de carniça, só sanguinários,.

Para quem está apaixonado mas em brasileiro:

São nossos adversários, funcionários do siste-

Sangue Bom (Marechal) - “Dispensei todas que

ma e querem ver todos os pretos no sistema

tinha e eu tou contigo na moral, porque você

carcerário.”

tem simplicidade que me faz feliz, amor... tran-

Para quem gosta de músicas que misturam por-

quilidade e habilidade das actriz pornô”

tuguês com inglês e/ou para quem acompanha-

Há ainda outros pontos de interesse na mixtape

va a Casa dos Segredos: Natty Dread (Jimmy P)

que eu não vou levar, obrigando o leitor a “com-

- “Há muita cena funny, tanta cabeça oca, manos

prar” por torrent ou assim..-

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opinião

Superstição Estamos nós a começar o ano de 2013 e, tendo este ano uma terminação especial, resolvi falar um pouco de superstição. A verdade é que até as pessoas mais racionais olham com desconfiança para certas datas ou eventos que podem condicionar a sua vida e, não admitindo ser supersticiosas, lá colocam os seus números especiais quando jogam no euromilhões ou, inconscientemente, fazem um “ritual” antes de um acontecimento importante. Depois há os casos extremos que estão sistemati-

por Raúl Rodrigues

camente a consultar o horóscopo, que escolhem os companheiros tendo por base a compatibili-

e nos acontecem derivam de algum

dade do signos do Zoodiaco; Sexta-feira 13 é um

factor externo que vai para além da

dia para esquecer, mal vem um gato preto ficam

nossa compreensão.

logo arrepiados, entre outras coisas que servem para justificar o sucesso ou insucesso da suas

Não quero dizer com isto que tudo da

vidas.

vida tenha de ser levado com racionalidade excessiva, mas entregarmos a

Eu penso que a superstição que possuímos em

nossa vida a constelações, videntes ou

relação a certas coisas tem, de alguma forma,

outra identidade do mundo esotérico

semelhanças com o efeito placebo referenciado

não parece ser a coisa mais sensata a

na área da medicina. Certas situações da nossa

fazer.

vida marcam-nos de tal maneira que o nosso cérebro leva a crer que as coisas boas ou más que

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bloggers

kiss me quick kissmequick-kissmenow.blogspot.com TEXTO: DANIELA SALSA / FOTOS: kiss me quick

carla sofia E CARINA MARTINS são duas amigas com imensos interesses em comum. foi há oito anos atrás que decidiram criar um blog que refletisse algumas das suas paixões. “kiss me quick” é um espaço que prima beleza numa junção harmoniosa e cativante entre a moda e a fotografia e uma paragem obrigatória na blogosfera portuguesa.

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bloggers

1. Em primeiro lugar, quem é a Carina? E a

havia lá fora e que nós gostávamos de seguir.

Carla?

Tínhamos alguns receios porque sabíamos que

As pessoas estão-nos sempre a confundir, ape-

o nosso conhecimento de moda era muito lim-

sar de sermos mesmo muito diferentes!

itado assim como o nosso armário não estava

A Carina é a menina recentemente ruiva, com

cheio de roupa de marca e por isso não sabíamos

o cabelo curto muito magricelas! E a Carla é

se éramos relevantes o suficiente, para criar

rapariga de cabelo castanho, que passa metade

algo de género. Por outro lado sempre fomos da

do tempo com um pé na lua e outro na terra.”

opinião que o estilo e a auto-expressão é mais importante que a moda e as roupas de marca e

2. Uma vez que tem um blog em conjunto,

por isso arriscamos!

contem-nos: como se conheceram?

Acabou por se tornar como uma forma de

No 12º ano, ambas sentimos que precisávamos

escape para a nossa rotina. Na altura ambas nos

de uma mudança e arriscamos entrar para uma

encontrávamos numa fase em que não sabíamos

escola nova. Foi aí que nos conhecemos e vimos

bem o que queríamos fazer, nem quem éramos.

que tínhamos mesmo muita coisa em comum.

Estávamos perdidas e sem darmos por isso,

Por vezes dávamos por nós a dar uma opin-

acabamos por encontrar a resposta para o que

ião sobre diferentes assuntos e a resposta era

procurávamos no blog! Apercebemo-nos que

exactamente a mesma. Foi interessante recon-

precisávamos de fazer algo mais criativo e no

hecer tantas semelhanças numa pessoa com

ano seguinte ambas concorremos a um curso de

uma experiência de vida tão diferente.

Artes.

3. Como surgiu a ideia de criar um blog?

4. E porquê “Kiss me Quick” ?

Nós criamos o blog á cerca de cinco anos e nessa

O nome surgiu de uma mistura de coisas que

altura quase que não havia blogs portugueses de

nos inspiravam na altura que criamos o blog.

moda e nós não nos sentíamos muito entusias-

Sempre fomos fascinadas pelas fotografias de

madas com os que existiam. Começámos a falar

Tim Walker, pelo os anos 50, e ao ouvir uma

como seria um desafio interessante criar um

musica de Elvis presley, “Kiss me Quick”, repa-

blog de moda português que ficasse lado a lado,

ramos que esta tinha o mesmo nome de uma

em termos de criatividade com os blogs que

sessão fotográfica de Tim Walker. No início está-

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vamos na duvida se era algo que se iria adequar ao que queríamos transmitir, mas como não queríamos estar exclusivamente ligadas à moda acabamos por achar que o nome tinha o charme e a inspiração que procurávamos. 5. O vosso blog possui uma vertente de ‘personal style’ mas ao contrário da maioria dos blogs vocês não se limitam a expor o que vestem. Digam-me: é a fotografia que se molda às roupas ou as roupas que se moldam à fotografia? Acho que a resposta é ambas. Nós sempre tivemos dificuldade em seguir tendências e o nosso estilo surgia mais de uma necessidade de brincar com as peças e criar personagens, de acordo com a forma como nos sentimos e por essa razão achámos que para cativarmos as pessoas não bastava tirar fotos áquilo que vestíamos, até porque penso que se tivésse mos feito isso, rapidamente nos tínhamos aborrecido com o blog. A fotografia foi algo com que sempre quisemos ter especial atenção, pois não achávamos que o nosso estilo fosse interessante o suficiente, por si só. Á medida que fomos evoluindo, percebemos que ambos se complementavam, acrescentando valor um ao outro. 6. Como se procedem as vossas sessões fotográficas? Normalmente saímos de casa sem ter a mínima ideia de como tudo irá correr! Já aconteceu andarmos tardes inteiras às voltas e como não nos sentimos inspiradas por nenhum local, acabarmos num café a comer bolinhos e chá. Gostamos de passear pela cidade e encontrar lugares novos e interessantes para as nossas sessões e que estejam de acordo com o nosso espírito. Á custa do blog, ficámos a conhecer os locais mais idílicos do Porto, sentimo-nos muito mais ligadas à cidade. Raramente fazemos planos,

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bloggers

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a espontaneidade torna tudo muito mais interessante. Não á nada melhor do que a surpresa do desconhecido. Quando a camara está a postos para fotografar, cada uma tenta reflectir aquilo que os espaços lhes transmitem. É sobretudo divertido, passar por este processo. Fazer as coisas mais loucas, e depois encontrar os resultados mais inesperados. 7. Além do blog, a que dedicam o vosso tempo? Carina: Ambas estudamos Artes e Multimédia e o tempo que gastamos com o blog acaba por ser uma forma de evoluirmos no nosso trabalho de curso. Testa a nossa criatividade e sobretudo motiva-nos a continuar os estudos. Mas para além disso, adoro ler. Sou obcecada com histórias e personagens do fantástico. Sinto-me sempre melhor depois

de passar algum

tempo com livros. Vejo demasiados filmes e séries, passo também demasiado tempo na internet a ver trabalhos de outros artistas. Tenho uma lista enorme de coisas que quero fazer e aprender mas por vezes deixo-me absorver, a ver coisas que já foram feitas e criadas por outros e perco qualquer vontade de começar seja o que for. Sinto que a internet veio alimentar a minha necessidade constante de inspiração e a roubar-me o tempo de produção. Mas acho que isso é algo inerente à nossa geração. Por vezes penso no que aconteceria se a internet deixasse de funcionar, é assustadora a quantidade de tempo que teria para preencher. Acho

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bloggers

que em menos de dois meses me tornaria numa grande artista, cozinheira, escritora e quem sabe mais o quê! Provavelmente iria sentir-me numa pessoa mais livre. Carla: Eu adoro ver series e filmes, e ocupo muito do meu tempo não só a ver, mas também a pesquisar sobre como e por quem foram feitos. Um dos meus sítios preferidos da internet é o youtube, passo demasiadas horas a ver vídeos. Gostava de dizer que passo demasiadas horas a desenhar ou a pintar, mas acho que como sempre que tenho tempo livre sinto a necessidade de procurar inspiração, numa espécie de recarregar energias, acabo por observar em vez de criar.

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8. O que é que o blog vos trouxe de melhor? E de pior? Carina: Eu penso que sobretudo foi uma peça muito importante para descobrir aquilo que eu queria fazer no futuro e continua a ser uma fonte de inspiração e ideias. Mas ao longo destes anos proporcionou-nos oportunidades que não teriam sido possíveis de concretizar sem o blog, como as todas as pessoas interessantes que temos vindo a conhecer pelo caminho. Não existem muitos aspectos negativos, que têm surgido com a criação do blog. Sinto que me ajudou a crescer imenso, como artista e como pessoa. Carla: Para mim o blog nunca teve aspetos negativos, antes pelo contrário, fez com que deixasse de ser tão tímida, com que perdesse a vergonha de aparecer em fotos e principalmente tem me ajudado a deixar o medo de falhar como artista. 9. O que vos inspira? Carina: É uma boa pergunta! Por vezes sintome como uma esponja. Tenho tantas referências que confundo a sua origem. A minha inspiração surge sobretudo do irreal e de sonhos. Têm como veiculo filmes, fotografias, ilustração, livros, música, lugares, pessoas. Normalmente todas estas coisas transmitem um sentimento que acaba por ficar comigo. Para mim, ficar inspirado com algo significa que quando olho para uma coisa vou conseguir ver muito para além disso, que ela me vai fazer sonhar e querer ser mais e mais. Muitas pessoas substimam o valor da bele62 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org


bloggers

za, eu sinto que é ela que me move como artista

ficas, uma Nikon D90 e uma Nikon D5000. E

e como pessoa. Sou obcecada pelo belo, não pela

o processo de pós-edição é feito no Photoshop.

perspectiva do um consumidor compulsivo, mas

Tentamos não exagerar nos efeitos, pois não

como criadora de histórias e de sentido.

gostamos de imagens demasiado processadas.

Carla: Sempre fui fascinada por coisas mais anti-

Na maior parte das vezes tentamos regular a luz

gas, pela imperfeição e a fantasia. Talvez seja por

e as cores de forma a fazer uma boa justiça ás

isso que um dos meus livros preferidos é a Alice

imagens.

no País das Maravilhas. 12. Estando já num novo ano, e sendo vocês 10. Como classificariam o vosso estilo pes-

tão jovens, que ambições têm para o vosso

-soal?

futuro, enquanto bloggers e profissionais?

Carina: é difícil colocar o meu estilo numa única

Como bloggers, gostávamos no futuro de desen-

categoria, mas ultimamente ganhei gosto ao

volver projectos de fotografia em parceria com

estilo retro, anos 50. Adoro os formatos e cores

outras bloggers de moda e talvez expor um pouco

dessa época. Apesar de que não consigo ser-lhe

mais a nossa opinião relativamente a assuntos

muito fiel, acabo sempre por misturar os meus

pontuais da nossa geração e realidade. É impor-

gostos todos e no fim sai algo que apenas eu, e a

tante quando se tem a atenção de outras pessoas,

maior parte das vezes a Carla percebe.

através de uma plataforma como é o blog, dar

Carla: Talvez algo entre uma criança e uma vel-

a conhecer a nossa voz. Nós somos um pouco

hinha, com um toque vintage, anos 50 principal-

preguiçosas quanto a isso. Não porque não acr-

mente, mas depende do dia, do que esteja a sentir

editamos em nada, mas porque acreditamos em

A forma como visto reflecte a forma como sinto,

demasiadas coisas.

e ultimamente tenho tentado mudar um pouco a

Relativamente ao futuro, penso que ambas que-

minha forma de vestir, para quem sabe conseguir

remos crescer como artistas e criaremos sempre

mudar a minha forma de estar.

oportunidades para que isso mesmo aconteça. Quando se descobre algo pelo qual se é realmente

11. Sendo vocês amantes de fotografia, e

apaixonado, é difícil de deixar de pensar nisso

vivendo o vosso blog muito à base dela,

ou querer outra coisa para nós. Penso que somos

contem-nos: que material utilizam? E rela-

bastante ingénuas e sonhadoras, e que por essa

tivamente à pós-edição, como é que esta se

razão não poderíamos fazer outra coisa senão

procede?

isto.

Utilizamos ambas as nossas máquinas fotográ63 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

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film review

Django Unchained por Pedro Henrique Ribeiro

O

novo filme de Quentin Tarantino, “Django Unchained”, desenrola-se numa América turbulenta dos meados do século XIX e tem como protagonista Jamie Foxx, como um escravo de nome Django. O herói é libertado das suas correntes pelo irreverente Dr. Schultz (Cristoph Waltz), um dentista tornado caçador de prémios. Schultz precisa de Django para este identificar os seus próximos alvos, tornando-se os dois numa equipa mortífera em que entregam os corpos de homens procurados por dinheiro. A primeira metade do filme é assim passada num bom ritmo, até que Django revela a Schultz a intenção de libertar da escravidão a sua amada Broomhilda. Schultz acede, avisando Django dos

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perigos numa incursão pelo estado do Mississippi, estado este, classicamente com um quase ódio pelos negros e total desinteresse pelos seus direitos. Enfrentam também Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), um charmoso dono de escravos e de Candyland, uma quinta onde se encontra Boomhilda e o mordomo-mor Stephen (Samuel L. Jackson) um negro que oprime negros e maior aliado de DiCaprio.

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film review

Com a desculpa dum negócio de escravos lutadores, a libertação de Broomhilda parece simples, porém Stephen com a sua desconfiança inerente, apercebe-se que Broomhilda é de facto o objectivo da equipa de caçadores de prémios, avisa Candie deste facto e, dificulta assim, as negociações de libertação da escrava, outrora praticamente garantidas. Após a conclusão das árduas negociações, Candie irónica e cinicamente, festeja o sucesso com um brinde e bolo, obrigando Schultz a “curvar-se” num aperto de mão que simbolizaria o desenlace oficial do negócio. Este evento irá desencadear a luta final à la Tarantino, isto é, muitos tiros, muito sangue tipo ketchup e muitos corpos. “Django Unchained” é um filme cheio de contradições propositadas, desde a posição anti escravatura de Schultz e a sua total indiferença pela vida de pessoas, desde que estas lhe tragam lucro, passando pelo falso charme de Candie, até chegar a um mordomo ou encarregado, negro, numa quinta onde só trabalham escravos, negros. Sendo assim, “Django Unchained”, um tributo ao género western spaghetti, é um filme de Tarantino feito para fãs de filmes de Tarantino. Diálogos demorados e floreados sem que se tornem enfadonhos, mudança súbita de acontecimentos e velocidade de acção das cenas, características estas presentes em filmes como “Pulp Fiction” ou “Inglorious Bastards”.

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Tendências 2013

Penteados / Primavera-Verão

Acessórios

Natural, metalizado, sombras terra ou coloridas. Batom vermelho ou rosa. Estas são apenas algumas das tendências de maquilhagem que prometem arrasar na Primavera e no Verão de 2013, de acordo com os desfiles das semanas de moda de todo o mundo. Fica a conhecê-las!

Os acessórios invadiram inúmeros desfiles. Desde flores, pérolas e fitas neon desportivas - entre outros bem mais arrojados - até aos laços e echarpes em redor da cabeça para um ar mais sofisticado. 68 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

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Ondas Rock’n’roll Inspiradas pelos anos 90 e pelo ambiente vivido nos bastidores, as ondas rock’n’roll são uma das grandes tendências. Poderão fazê-las recorrendo a espuma para caracóis mas também de uma forma mais simples: façam uma trança antes de se deitarem. Quando acordarem terão ondas bastante naturais em todo o cabelo.

Rabo de Cavalo O famoso rabo de cavalo ganha destaque este ano. A regra? Usá-lo baixo e com o cabelo bastante liso para um look mais sofisticado.

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Tranças Cabelos com tranças: em rabos de cavalo, tocos, coroas ou simplesmente posicionadas de forma aleatória para dar um efeito 3D aos penteados. São óptimas para looks casuais mas também para saídas e eventos que exijam mais glamour. Uma excelente opção para utilizar no dia-a-dia (primeira imagem) uma vez que é um penteado simples de fazer.

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Toco-Nó Ideal para quem quer um penteado diferente e rápido que mantenha o cabelo no sítio tanto em ocasiões formais como casuais. Justo ou largo, a meio da nuca ou em baixo, não há regras para usar este toco-nó apresentado por alguns estilistas, entre eles Ralph Lauren.

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receitas

Marmita Receitas para quem cozinha por prazer

Texto e Fotografias: Sandra Santos

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entrecosto de romã e um convite para jantar

Ingredientes - 650 grs de entrecosto - 1 romã

- 2 colheres de sopa de - vinagre bálsamico

- 1 colher de sopa de creme de Cassis

- 1/3 colher de sopa de gengibre ralado

- 2 dentes de alho esmagados

- sal e pimenta q.b. - 2 colheres de sopa de mel - 6 ramas de tomilho fresco

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Cortar o entrecosto às tiras e num pirex próprio para forno colocar os ingredientes um a um, começando pelo sumo de meia romã sem caroços, de seguida as 2 colheres de vinagre bálsamico, o creme de Cassis, ralar o gengibre ( fresco ou seco), esmagar os dentes de alho, colocar apenas 1 colher de mel e por fim temperar com sal e pimenta. Mexer tudo muito bem e se possível deixar a carne nesta marinada algumas horas, eu por acaso não o fiz foi direitinho para o forno durante 45 minutos a 200º com um papel de alumínio por cima. Passados os 45 minutos deitar a outra colher de sopa de mel e deixar sem a folha de alumínio durante 15 minutos a 200º, acreditem que vai fazer toda a diferença. Eu servi com uma salada de rúcula e com a romã e umas folhas de tomilho fresco por cima da carne. Ao colher o tomilho reparei que o meu alecrim está em flor por isso vieram umas flores para animar o prato.


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pão de banana

Ingredientes - 75g de manteiga

- 4 bananas maduras (usei 2 grandes)

- 200g de açúcar amarelo - 1 ovo batido

- 1 colher de sopa de extracto de baunilha

- 1 colher de chá de bicarbonato de soda

- 1 pitada de sal

- 170g de farinha (usei de trigo integral)

- 1 colher de sopa de semen-

76 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org tes de sésamo tostadas

Aqueça previamente o forno a 180º. Unte uma forma para pão com manteiga. Deite as bananas esmagadas numa tigela grande. Misture a manteiga, o açúcar, o ovo e o extracto de baunilha. Junte o bicarbonato de soda e o sal, as sementes de sésamo previamente tostadas numa frigideira anti-aderente e misture a farinha em último lugar. Deite o preparado na forma, leve ao forno durante 1 hora. Retire e arrefeça numa rede para bolos, depois sirva em fatias com um pouco de manteiga. Eu fiz uma manteiga caseira com sal e sementes de sésamo, deixo aqui tb a receita.


Ingredientes Manteiga

- 400 ml de natas frescas (35% de gordura) - 1 colher de chá de sal grosso - 1 colher de chá de sementes de sesamo Colocar na batedeira ou robot de cozinha as natas frescas e bater na potencia máxima durante 2 minutos, no final do tempo, a gordura deverá estar separada do soro. Se assim não acontecer programe mais uns segundos na mesma velocidade. Quando o soro estiver separado deite a manteiga num passador e lave com cuidado por debaixo de um fio de água corrente, até a água do soro sair limpa. Depois de lavado deixar escorrer a água e embrulhe a manteiga em papel de cozinha até este absorver a água toda. Coloque a manteiga numa tigela e tempere com sal, eu usei sal grosso e sementes de sésamo tostadas tudo “batido num almofariz” ligeiramente. Colocar no frigorifico e usar. 77 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org


SUGESTões Radar

Videos 1995-2012 (3DVD) Rammstein

“Videos 1995-2012” é um compêndio de vídeos e imagens de uma das bandas mais controversas da actualidade. Em formato 3 DVD e 2 Blu-Ray, esta antologia de vídeos marca os dez anos desde a primeira retrospectiva em vídeo da banda - “Lichtspielhaus”. “Mein Herz Brennt” é o novo single da banda com edição a 7 de Dezembro 2012. Além de reunir pela primeira vez todos os conteúdos em vídeo dos Rammstein, este apresenta 2 vídeos novos e mostra ainda imagens inéditas com entrevistas a membros da banda e a outras pessoas envolvidas no projecto.

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Sigur Rós Valtari Valtari é o álbum mais recente de Sigur Rós. Para alguns críticos, este não é o álbum mais original da banda mas é certamente um dos melhores que esta já gravou. Um disco repleto de emoções que nos leva a viajar pelas paisagens da Islndia - fenómeno a que nos habituaram desde sempre - só que desta vez mais calmamente.


Art of the 20th Century

O sol nasce sempre (fiesta)

O rapaz do pijama às riscas

A Arte tem evoluído vertiginosamente ao longo dos últimos cem anos, o próprio termo tem vindo a ser constantemente redefinido e tem ganho significados socioculturais, políticos, ou, tecnológicos. Se por volta de 1899 a Arte se restringia à Pintura e à Escultura, ao longo do século XX a Arte passou a englobar uma serie de outras disciplinas como a fotografia, ou, os novos media. Este livro resume de forma enciclopédica todo o espectro dos vários movimentos e tendências no mundo das artes visuais do século XX, organizando a informação em capítulos temáticos classificando e relacionando as principais obras-primas aos respectivos movimentos artísticos. O título define bem o conteúdo do livro, um compêndio de tudo o que se passou no mundo das Artes, desde o Surrealismo, à Land Art, ao Fluxus, ou, à Bauhaus. Um guia com toda a informação sobre a Arte no século XX.

Ernest Hemingway

John Boyne

O enredo decorre na Europa após o termo da Primeira Guerra Mundial. A maioria dos personagens principais se expatriaram dos EUA ou da Grã-Bretanha. E todos eles, quer tivessem vindo em busca de aventura ou de algo indefinido com que preencher o vazio das suas vidas, tinham acabado por instalar-se em Paris. Esta celebrizara-se, nos anos 20, graças à boémia esfuziante dos seus cafés e da sua intelectualidade. Aí se podiam encontrar pintores como Picasso ou mulheres como a americana Gertrude Stein, que criara uma tertúlia onde diversos artistas plásticos ou escritores como F. Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway se juntavam para trocar ideias. E porque muitos se reconheceram neste retrato de uma geração sem raízes, O Sol Nasce Sempre (Fiesta) tornou-se rapidamente um romance de culto para os jovens europeus do período de entre as duas guerras.

Bruno, de nove anos, nada sabe sobre a Solução Final e o Holocausto. Não tem consciência das terríveis crueldades que são infligidas pelo seu país a vários milhões de pessoas de outros países da Europa. Tudo o que ele sabe é que teve de se mudar de uma confortável mansão em Berlim para uma casa numa zona desértica, onde não há nada para fazer nem ninguém para brincar. Isto até ele conhecer Shmuel, um rapaz que vive do outro lado da vedação de arame que delimita a sua casa e que estranhamente, tal como todas as outras pessoas daquele lado, usa o que parece ser um pijama às riscas.

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SINOPSES Wook.pt / Fnac.pt


Em cartaz os filmes que não podem perder ao longo do mês de fevereiro

Lincoln

O Mentor

Baseado no livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln” de Doris Kearns Goodwin, o filme de Steven Spielberg aborda a participação do 16º presidente norte-americano no final do seu mandato, na Guerra da Secessão, e na luta pela abolição da escravatura e união do país. Além disso, o facto de o personagem principal ser interpretado por Daniel DayLewis faz com que este filme seja quase obrigatório.

Drama de época sobre a fundação de “A Causa”, uma organização criada por Lancaster Dodd nos anos 50, depois dos horrores que testemunhou na Segunda Grande Guerra. Este foca-se na viagem de um veterano da Marinha, Freddie Sutton, que chega a casa vindo da Guerra indeciso e inseguro em relação ao futuro, até se deixar seduzir pela Causa e pelo seu carismático líder, Lancaster Dodd. O trabalho de realização, fotografia, banda sonora e elenco torna ‘O Mentor’ um must instantâneo, bem como o seu realizador que é geralmente considerado um dos mais geniais da realidade moderna e contemporânea.

Género | Biografia, Drama Histórico

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Género | Drama


Die Hard: nunca é bom dia para morrer

Hitchcock

Género | Biografia, Drama

Género | Drama

Bruce Willis regressa como John McClane na quarta sequela de um dos franchises de acção com mais sucesso de sempre. Desde o primeiro Die Hard que John McClane está sempre no local errado à hora errada, mas com as suas habilidades e com a sua atitude, este tornouse o inimigo número 1 dos terroristas em todo o mundo. Agora, McClane enfrenta o seu maior desafio de sempre, quando o seu filho Jack é apanhado numa fuga da prisão de um malvado líder russo, e pai e filho McClane terão de lutar para se manterem vivos e salvarem o mundo dos planos deste.

Este filme de Sacha Gervasi tem como pano de fundo a produção de “Psico”, o filme mais famoso de Hitchcock. Baseado no livro ‘Alfred Hitchcock and the Making of Psycho’, de Stephen Rebello, foca--se na história de amor de um dos cineastas mais influentes do último século com a sua esposa e parceira, Alma Reville. Apesar de ser uma das figuras elementares do Cinema em geral, mas principalmente no género de suspense, a verdade é que da sua vida pouco sabemos, e esta é sem dúvida uma excelente oportunidade de sabermos mais sobre ele.

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No RADAR Alguns dos espectáculos que não vais querer perder no mês de Fevereiro em todo o país!

The Black Mamba 8 fevereiro - 22h00 teatro clube de alpedrinha, fundão

Sigur rós 13 fevereiro - 21h00 coliseu do porto 82 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

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Orelha negra 9 fevereiro - 18h00 praça do rossio, lisboa

Tiago Bettencourt 16 fevereiro - 21h30 casa das artes, v.n. famalicão


balão de ferro 22 fevereiro - 23h00 Espaço Cultural Quatorze, Braga

Crystal castles 17 fevereiro - 21h00 tmn ao vivo, lisboa

e ainda...

música GNR 15 de fevereiro de 2013 (Sexta) coliseu do porto

The Wooden Wolf 15 de fevereiro de 2013 – 22:00 (sexta) espaço nova geração, vale de cambra

klepht + birds are indie 16 de fevereiro 2013 – 21:30 (Sábado) centro de artes e espect., figueira da foz

black bombaim 16 de fevereiro 2013 – 22:00 (Sábado) trem azul, lisboa

nice weather for ducks 20 de fevereiro 2013 - 22h00 (quarta) ritz clube, lisboa

TEATRO

PREOCUPO-ME, LOGO EXISTO - COM DIOGO INFANTE 7 DE FEVEREIRO 2013, 21H30 TEATRO JOSÉ LÚCIO DA SILVA, LEIRIA

PETER PAN - MUSICAL DE FELIPE LA FÉRIA ATÉ DIA 31 DE MARÇO 2013 3ª-6ª: 11h00 / 14h00 (escolas) Sab-Dom: 15h00 Teatro Politeama, LISBOA

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