Radar 6

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Caros Leitores, Nesta edição da RADAR muita coisa nova há para ver. Algumas das rúbricas habituais deram lugar a outras, como é o caso da Radar Spots onde pretendemos dar-vos a conhecer inúmeros locais que devem, com toda a certeza, visitar. A Boutique Boneca é certamente um deles e por isso mesmo é o local escolhido desta edição. Quisemos ainda dar a conhecer melhor o jovem fotógrafo brasileiro Marcos Rezende que amavelmente colaborou com a RADAR na edição passada. E por falar em colaborações, este mês, fruto do trabalho daqueles que a nós se juntaram temos não um, mas sim três editoriais de moda para partilhar com vocês, bem como um novo espaço de receitas e um artigo sobre o fantástico projecto português De Alma e Coração. E se pensam que termina por aqui estão redondamente enganados. São inúmeros os talentos espalhados pelo nosso país e existem sempre novos nomes para partilhar. Na moda temos SayMyName, a marca criada pela talentosa Catarina Sequeira que a define como vanguardista e com uma relação qualidade-preço bastante apelativa. Já na ilustração, Sofia Azevedo é a protagonista. Na música, falamos de Erica Buetner, a americana que se apaixonou por Portugal. E para terminar em grande, a RADAR partilha convosco a sua passagem pela mais recente edição do Portugal Fashion Week. Tudo isto e muito mais nesta edição da RADAR. Boa Leitura!

x Daniela Salsa 2 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

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Editora Daniela Salsa Paginação Daniela Salsa Redactores Daniela Salsa Pedro Henrique Ribeiro Raúl Rodrigues Sansão Gomes Rui Veloso

Colaboradores Ana Mestre Ana Rita Patinha Mafalda Maçaroco Vânia Silva Patrícia Silvério

Contacto radar-magazine@hotmail.com Facebook facebook.com/magazineradar

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SUmário

6 // Last Minute Dreams

52 // SAY my name

100 // Authentic wear 4 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

12 // In Secret We met

68 // Marcos rezende

108 // Sofia azevedo

18 // Erica Buettner

84 // De alma e coração

118 // Boutique boneca


+ E MAIS 26 // Editorial: Rebel Angel 36 // Songs That Inspire Me 42 // Walking around portugal fashion 62 // Editorial RADAR: minimal girl 74 // Album review: Jack bugg 76 // Radar Tech 80 // Cantigas de escárnio e mal dizer 82 // Tretas para esquecer 92 // Editorial: eternity 114 // filme review: broken city 122 // Receitas radar 126 //Sugestões radar 128 // Em cartaz 132 // no radar

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Tem 22 anos, mora em Lisboa, é licenciada em Design de Equipamento pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa onde também fez cadeiras de comunicação - e é uma das bloggers portuguesas mais conceituadas do momento. Fiquem a conhecer a jovem por detrás do blog Last Minute Dreams. Ao ler o seu blog, é possível perceber que Carolina Flores não é uma blogger banal. É notório o seu talento e a sua queda para as artes. Fascinada pela web e pelo webdesign, encontra-se a tirar o curso de Digital Art Director, ao mesmo tempo que estagia na área de design digital. O Last Minute Dreams nasceu em Julho de 2009 por mera curiosidade e vontade de partilhar o que até si chegava. O nome foi o primeiro que lhe surgiu e assim ficou, e na sua opinião, reflecte bem aquilo que vai postando, coisas do dia-a-dia, de “última hora”. Apesar de o seu blog ser reconhecido como um fashion blog, a verdade é que os seus conteúdos não se focam somente na moda. Aliás, este tipo de posts são cada vez mais raros. “O Last Minute Dreams não é, de todo, um fashion blog mas sim um espaço onde partilho o meu dia-a-dia e o que está à minha volta. Não gosto muito de dar grandes

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BLOGGER

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BLOGGER

definições ao LMD pois está em constante mudança mas diria, neste momento, que é um blog de lifestyle.” No entanto, questionada sobre o que a inspira na hora de criar um outfit, afirma que tudo depende do seu “mood”. “Num dia posso sair mais produzida e no outro meto uns ténis e uma camisola larga e let’s go!” Fazendo um retrospectiva relativamente ao LMD, considera que o melhor que o blog lhe trouxe foi a oportunidade de desenvolver mais projectos. Falando um pouco dos blogs em Portugal e daquilo que é necessário um blog ter para ter sucesso, Carolina Flores afirma que existem bons blogs portugueses, e esses têm merecido o mérito que lhes é dado, e que para um blog ter sucesso necessita possuir personalidade e originalidade, salientando que é importante o blogger não querer agradar a gregos e troianos. Amante nítida do mundo musical, a RADAR quis saber o que poderia neste momento encontrar no seu MP3, pergunta à qual respondeu com alguns exemplos: Kendick Lamar, A$AP Rocky, Quadron, Local Natives, Pink Floyd, Tyler, Frank Ocean, Tame Impala... “Tenho um gosto muito variado” - acrescentou. Quem segue o seu blog, sabe que Carolina possui também um outro blog, o “Blended by Carolina”, onde partilha algumas das suas colagens e trabalhos. Questionada sobre o que a

inspira na hora de criar, refere que criar uma colagem é um processo bastante natural e que é constantemente inspirada por tudo o que a rodeia. “Vou juntando imagens até conseguir dizer: sim, é isto, está feito!” Ainda relativamente à sua veia artística, quisemos saber mais sobre a sua recente colaboração com o Cão Azul, para a qual criou algumas t-shirts com as suas colagens. Sobre esta experiência, Carolina afirmou que já há muito pensava em ter uma linha de t-shirts e por isso mesmo quando o Cão Azul lhe fez a proposta não podia ter ficado mais contente. “Está a ser muito giro ver quem está a adquirir as t-shirts e qual é aquela com que cada pessoa se identifica mais!” Para as adquirir basta aceder ao site do Cão Azul (caoazul.pt) e seleccionar o separador artistas. As t-shirts custam 15,95€ e estão disponíveis em dois modelos. Sendo uma jovem de 22 anos e com uma licenciatura acaba de fazer, perguntamoslhe como encara a crise. Apesar de confessar que a crise também a afecta, tenta ser positiva, produtiva e pensar num dia de cada vez. “Não gosto de pensar a longo prazo porque é impossível saber como vamos estar num futuro próximo.” No final, ainda houve tempo para uma mensagem para os leitores: “Well…aproveitem as pequenas coisas da vida!”

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IN SECRET WE MET Num mundo cada vez mais global, em que se torna urgente valorizar o ‘diferente’ e fugir da cópia, surge um novo conceito de bijutaria: ISWM. A marca, gerida por uma pequena equipa sob a direcção artística de Cremilde Bispo, nasceu da necessidade de unir os atributos da joalharia à bijuteria, tirando partido das características de ambas. Criadas de forma artesanal, as peças In Secret We Met adquirem um carácter bastante próprio, uma vez que a grande maioria dos artigos é exclusiva. Fiquem a conhecer melhor este projecto português que tem revolucionado o mundo dos acessórios.

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In Secret We Met surgiu da evolução natural de um primeiro projecto dedicado exclusivamente à bijuteria, que teve a duração de três anos. No entanto, apesar de muito terem aprendido ao longo desse tempo, começaram a deparar-se com um mercado cada vez mais saturado e competitivo. Após criarem uma colecção com novos materiais - que acabou por mudar a sua perspectiva - consideraram ser a altura ideal para dar um salto para um projeto mais maduro. “Sentimos uma grande necessidade de criar peças com mais qualidade e longevidade, sem que se tornassem extremamente caras. Um meio termo entre a bijuteria e a Joalharia. A partir desse momento, sentimos que o que estávamos a criar fazia sentido.” Todas as peças ISWM têm algo especial. São bonitas, sim, mas acima de tudo cada um dos artigos possui uma harmonia muitas vezes difícil de explicar. Quisemos saber no que se inspiravam na hora de criar, talvez assim fosse mais simples compreender esse fenómeno. “A inspiração provém acima de tudo do contacto com os materiais. Fazemos muitas experiências, desde o desenho da peça até à sua criação. Durante o processo, uma peça pode ser alterada várias vezes até considerarmos que está perfeita”, responderam. E foi aqui que tudo fez sentido.

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Questionados sobre a escolha do nome, afirmaram ser uma equipa de românticos e por isso inspiraram-se num dos seus poemas favoritos de Lord Byron, “When we two parted” para batizar o projecto. “Gostamos do misticismo que a frase acarreta...deixa-nos com vontade de descobrir do que se trata.” Como qualquer novo projecto, a fase inicial tem sempre alguns obstáculos. Neste caso, a equipa ISWM considerou que nos primeiros dois meses foi complicado darem-se a conhecer à blogosfera visto o projecto estar a ser criado do zero e ser exclusivamente para venda online. “Como o público português ainda sente uma grande relutância em relação às online shops, demorámos algum tempo a ganhar credibilidade no meio.” No entanto, esse obstáculo parece ter sido ultrapassado já que a adesão do público tem sido muito positiva. “Recebemos cada vez mais pedidos e elogios da parte dos nossos clientes e seguidores, o que é extremamente gratificante.Na última edição da Feira das Almas, tivemos o prazer de falar com seguidores que confessaram sermos o único Site online de acessórios em que confiavam, o que nos deixou extasiados de emoção!É muito bom saber que temos clientes fiéis a seguir o nosso trabalho.” No final, e tendo em conta a situação atual do país, pedimos que deixassem alguns conselhos aos jovens empreendedores: “Acima de tudo, não desistam ao primeiro contratempo. É preciso acreditar verdadeiramente no que se está a criar, e saber que por vezes é necessários ter muita paciência até se ver resultados positivos”.

onde encontrar: Facebook.com/insecretwemet insecretwemet.com 17 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

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Música

Erica Buettner Entrevista: Daniela Salsa // Tradução: Rita Teixeira // Fotografias: Fábio Teixeira

Erica Buettner nasceu nos Estados Unidos, mudou-se para Paris, até que se apaixonou por Portugal e principalmente por Coimbra, onde vive actualmente. Em 2011, lançou o seu álbum de estreia, True Love and Water, um disco único e incrivelmente inspirador que revela ainda a admiração da artista americana por nomes como Judy Collins e Joni Mitchell. Em conversa com a Radar, revelou-nos as razões que a levaram a trocar a sua terra natal pelo jardim à beira mar plantado e os seus planos para o futuro, sem deixar de nos dar a conhecer melhor o seu álbum, bem como aquilo que a inspira e motiva.

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Nanterre University” (Paris) fazia trabalhos ocasionais que me permitiram ficar ais tempo do que o planeado inicialmente. Trouxe a minha guitarra comigo para Paris e comecei a dar concertos em cafés, clubes e teatros. Depois conheci o meu produtor, Pierre Faa, e juntos começamos a gravar o True Love and Water. Estar neste meio (música) eventualmente deu-me a oportunidade de viajar muito. Primeiro, viajei para Portugal para dar concertos. Senti uma ligação instantânea com o país e senti-me pre1. Em primeiro lugar, quem é a Erica? Signo do sol: Caranguejo Animal do zodíaco chinês: Rato Tipo de Personalidade Myers-Briggs: INFP (Introverted iNtuitive Feeling Perceiving) Número da Sorte: 5 Passatempos preferidos: Música, ler, cozinhar, viajar e a mitologia. Citação Preferida: “Simplify Simplify Simplify!”– Henry David Thoreau, Walden 2. Naceste nos EUA, foste para Paris e agora vives em Coimbra. Como explicas todas estas mudanças? Cresci em Connecticut, um pequeno estado na costa Este dos EUA, onde vivi até aos 19 anos. Na faculdade, estudei francês e literatura e fui para Paris para passar um ano no estrangeiro. Enquanto estudei na “Sorbonne and

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parada para uma mudança depois de muitos anos numa cidade muito fria e grade. Também desenvolvi algumas amizades fortes que tornaram a minha mudança para Portugal mais fácil. Viver em 3 culturas diferentes fez-me sentir um bocado como uma forasteira. Contudo, isso expandiu e enriqueceu o meu conceito de “lar”.


Música

3. Na tua opinião, Portugal é um bom país para se viver? Como é viver num país tão pequeno? O que mais aprecio em Portugal é o facto de este proporcionar todas as condições que tornam o dia-a-dia bastante pleno: boa comida e ingredientes frescos, um clima fantástico, paisagens espectaculares e pessoas bastante calorosas com grande sentido de humor e uma cultura amistosa. É claro que reconheço que os tempos estão difíceis e as oportunidades são cada vez menos. Tento focar-me nos aspectos positivos que, por sorte, são

uma escritora de canções que foi de

abundantes.

alguma forma “activada” por segurar uma guitarra nos meu braços e dedel-

4. Tencionas ficar no nosso país futura-

har uma sequência de acordes. Aprendi

mente?

uma serie de canções de artistas que

Não sou de fazer planos muito concre-

gostava mas foi sempre um claro objec-

tos. As minhas experiências de vida sur-

tivo escrever as minhas próprias músicas.

preendem-me muitas vezes, e eu gosto que assim seja. Contudo, hoje em dia

6. Em que momento sentiste que fazia

sinto uma maior necessidade de me

todo o sentido dedicares-te a uma car-

integrar, por isso vamos ver.

reiira nesta área? Começou a fazer sentido quando morei

5. Falando da tua carreira: em que

em Paris. Desde que comecei a mudar-

momento da tua vida começaste a fazer

me, ser cantautora tornou-se um fator

música?

consistente na minha vida e a minha

Comecei a escrever canções com 16

principal ocupação. Não tinha um plano

anos, assim que peguei na guitarra e

alternativo pois a música era a única

aprendi dois acordes.

coisa que me podia levar a qualquer

Alguma coisa em mim fez “clique” e

lado. Precisava disso. É uma carreira mas

comecei a escrever canções de segui-

é também algo muito ligado à minha

da. Ainda me lembro do que foi sentir ser

forma de ser, à minha identidade.

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Música

7. Em 2011, lançaste o teu disco de estreia,

financeira, com o seu senso pessoal de que é

“True Love and Water”. Era um sonho antigo

importante e com a responsabilidade peran-

ou algo que aconteceu naturalmente?

te os seus entes queridos.

“True Love and Water” evoluiu à sua própria

Não posso criar músicas que escapem a isso

maneira que foi muito específica para o ambi-

(não tinha lógica), portanto tento criar “snap-

ente e humor em que foi criado. Havia facto-

shots” deste tempo complexo. No entanto,

res positivos a ajudar: ser produção única de

não acho que a arte é um lugar para se ser

Pierre Faa, um estúdio caseiro em Montmartre

didático. Deixo a linguagem e a musicalidade

que nos permitiu trabalhar de uma forma

das palavras serem o meu guia e levarem-me

relaxada e ainda a participação de grandes

a lugares abstratos. Depois mudo de farda e

músicos de toda a Europa. Até para mim há

torno-me uma editora exigente. Cada linha

algo de místico nele.

conta. É muito importante para mim dizer algo sobre o qual tenho pensado, que signifi-

8. O que nos podes dizer sobre este álbum?

ca algo real e que não seja feito de rabiscos

Quando o fizemos, não tinha ideia de que

ou “palha”.

iríamos trabalhar de forma pouco convencional pois o processo era todo novo para mim.

10. Existem planos para um novo álbum num

Não tínhamos ninguém a controlar-nos e não

futuro próximo?

nos sentíamos ligados a nada além da música

Em Maio sairá um álbum feito em colabora-

que gostavamos.

ção com a Dana Boulé, sob o nosso apelido

Eu e o Pierre trabalhamos nele durante

“The Resident Cards”. O próximo álbum espe-

um período mais longo do que o habitual.

ro vir logo a seguir.

Investimos muito carinho em cada detalhe e o resultado é um grande álbum e nota-se

11. Estás em Portugal há algum tempo: o que

uma evolução na escrita e nos arranjos que

achas da música feita por cá?

temos vindo a fazer.

Considero que existe muito boa música em Portugal: Sérgio Godinho, António Variações,

9.Na hora de compor, o que te inspira?

José Afonso (obviamente!). Existem inúmeros

Claro que atribuímos o nosso próprio significa-

jovens artistas fantásticos de quem me tornei

do às nossas experiências, mas de vez em

amiga. Com a banda portuguesa “Beautify

quando também somos capazes de articular

Junkyards” cantei um cover de uma das músi-

algo com o qual muita gente se consegue

cas da Bridget St. John - eles estão a fazer

identificar. Estamos em crise e as pessoas

covers de músicas folk com um toque ele-

estão a lutar - a lutar com a sua situação

trónico que eu realmente aprecio.

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Música

12. Como tem reagido o público ao teu trabalho e durante os teus espectáculos? O público português tem-me apoiado imenso. As pessoas falam sempre comigo, reagem às minhas histórias e fazem perguntas sobre as letras das minhas canções. É sempre um enorme prazer fazer espectáculos aqui. 13. Como é que os nossos leitores podem comprar o teu álbum? A melhor forma de o fazer é virem a um espectáculo e comprá-lo directamente. Online podem encontrá-lo à venda em EricaBuettner. bandcamp.com, bem como em todas as plataformas digitais. É possível ouvi-lo online de forma gratuita porque quero que a minha música seja acessível e esteja disponível. Quero que os meus fãs se envolvam - se eles gostarem da minha música e decidirem comprá-la, sabem que estão a desempenhar um papel importante, ajundando-me a trazer-lhes novas músicas. 14. Para terminar, uma mensagem que queiras deixar aos nossos leitores. As mensagens são um assunto sério, portanto consultei o I-Ching para os leitores da Radar: “Não devemos preocupar-nos e procurar moldar o futuro, interferindo nas coisas antes

ONDE A ENCONTRAR

do momento apropriado. Devemos tranquilamente fortalecer o corpo com comida e

facebook.com/

bebida e a mente com alegria e boa dis-

EricaBuettnerMusic

posição. O destino vem quando quer, e nessa altura cá estaremos!”

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Fotografia: Bruno Jóia assistido por Rui Banha Styling e Produção: Mafalda Maçaroco Hair and Makeup: Mariana Gonçalves Modelo: Rita Stone 27 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

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ENTREVISTA

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Pedro Amorim é um jovem de 26 anos viciado em música. Em 2011, criou um projecto - juntamente com uma amiga - ao qual deu o nome “Songs That Inspire Me”, uma página no facebook que rapidamente deixou de ser apenas um local onde partilhava músicas e passou a ser uma comunidade de inspiração. por Daniela Salsa

1. Em primeiro lugar, fala-nos um pouco sobre ti. Chamo-me Pedro, tenho 26 anos, nasci no Porto a 15 de Fevereiro e sou Licenciado em Publicidade. Actualmente encontro-me a tirar o mestrado e a trabalhar, ainda, como freelancer na área de Design. Aos fins-de-semana inverto os papéis e sou professor de Surf. Comecei a aprender piano aos 10 anos, um incentivo por parte da minha avó com quem costumava passar os finais de tarde a ouvir música clássica assim que saía da escola. Isso foi sem dúvida um dos pontos de partida que levou a despertar o meu interesse pela música (pelo som das teclas), e que fez com que começasse a vivê-la da forma intensa com que vivo hoje. Não consigo estar um dia sem

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ouvir música, sou completamente viciado e normalmente quando gosto ouço até enjoar, depois tenho que estar uns tempos sem ouvir. Tenho 4 irmãos maravilhosos e uma mãe da qual me orgulho por ter sido inteiramente responsável da pessoa que sou hoje. Tenho ainda um conjunto de pessoas especiais com quem tenho laços muito fortes e que despertam o melhor que eu posso ser. Preservo muito o valor da amizade, da amizade genuína, aquela que sabemos com o que podemos contar se precisarmos de algo, nem que seja para nos fazer sorrir quando mais precisamos. 2. O Songs That Inspire Me é uma página no facebook onde partilhas músicas que te inspiram mas que também inspiram outras pessoas. No entanto, não é tão linear quanto isso. Fala-nos um pouco sobre este teu projecto e do que te levou a criá-lo. Sem dúvida que a STIM é o reflexo da pessoa que me tornei, é o reflexo daquilo que realmente gosto e daquilo que me inspira. Como já muita gente sabe, este projecto surgiu em parceria com uma grande amiga (Filipa Pontinha) que pertence à conhecida página Inspire Me, daí o nome terminar em Inspire Me, apesar de que, agora haver centenas de páginas com essa sigla, virou moda… Entretanto a Filipa acabou por se dedicar só à Inspire Me juntamente com outros projectos logo no início, ficando a STIM inteiramente à minha responsabilidade. Com o avançar do tempo, a página passou a ser um local partilhado e visitado por muitas pessoas, passou de um espaço pessoal onde partilhava músicas que gostava

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Photo by: www.lauraalicewatt.com

e que despertavam em mim uma variedade de sentimentos, para um espaço aberto a toda a comunidade que livremente começou a partilhar e inspirar os outros. Mais do que uma simples página, a STIM é uma comunidade de inspiração. 3. A tua página conta já com mais de 30


partilhar com as pessoas esses meus gostos! Gosto de partilhar, gosto de me sentir útil e de levar as pessoas a sorrir, a sonhar, a viajar por momentos passados, presentes e até mesmo a imaginar o futuro com uma simples música. Contudo nunca pensei ter 1000 likes, quanto mais 30.000. As pessoas que me acompanharam desde o início sabem que nesse período agradecia quase a cada 5.000. Isso foi um processo que foi acontecendo natural e gradualmente. Atualmente, não posso dizer que não esboço um sorriso quando recebo uma mensagem quer no tumblr quer na página ou quando me vem dizer que ouviram falar da minha página num jantar de amigos ou até no metro. É bom ouvir e guardar as palavras calorosas das pessoas que reconhecem o meu trabalho e o valorizar. Palavras, essas, que me levam a concluir que o meu trabalho atingiu objectivos superiores ao que esperava.

mil likes. Qual é a sensação de ter um projecto tão inspirador e grandioso? Por vezes páro e penso, e se eu não tivesse saído da minha concha e tivesse guardado toda esta minha adoração pela música só para mim? Uma questão engraçada e interessante, mas sem sentido devido à pessoa que sou. Nunca poderia deixar de

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4. Como qualquer projecto, é necessário trabalho, e trabalho exige tempo. Diz-nos, quanto tempo dedicas ao STIM? Dedico algum tempo à STIM, não muito, na minha opinião dedico o essencial. Tenho vida própria, família, amigos, trabalho, estudo e a página nunca foi a minha prioridade. É algo que uso para descontrair e para me expressar, não para impressionar. Claro que existe uma grande dedicação, os posts não caem “do céu”, são escolhidos minuciosamente a “dedo”, daí também a razão de não postar centenas de coisas por dia. Deixo também a “porta” aberta para as pessoas fazerem as suas próprias partilhas na página, passarem aquilo que as inspira e faço sempre questão de deixar


o meu comentário. 5. És nitidamente um jovem de ideias e acções. Existe algum projecto em mente além deste? Se sim, o que nos podes adiantar para já? Comecei desde cedo a ter ideias e a por essas ideias em prática. Sou uma pessoa muito determinada e dificilmente desisto daquilo que realmente quero. Tenho vários projectos em mente relacionados com a página ligados ao mundo da música, mas esses projectos vão surgir naturalmente quando for o momento certo. A minha prioridade é sem dúvida terminar o mestrado daqui a 1 ano e continuar a poder trabalhar naquilo que realmente gosto e que me faz sair da cama todos os dias com um sorriso nos lábios. Ultimamente a vida tem-me ensinado que não vale a pena tentarmos projectar o futuro, o que tiver que acontecer acontece de forma natural, devemos sim viver cada dia da melhor forma possível. 6. Enquanto jovem português que és, como encaras a situação do país? Confesso que até á bem pouco tempo interessava-me imenso pelas notícias, pelo que se passava no nosso país e tentava acompanhar tudo. Mas na minha opinião, o país está demasiado fragilizado para, por vezes, fazerem o tipo de notícias que fazem em que só assustam as pessoas. Por essa razão, deixei de ver telejornais, e optei por seleccionar as notícias que realmente me interessam através dos temas que têm relevância para mim. Há notícias fantásticas sobre o nosso país que, infelizmente, nunca recebem a relevância que merecem. 40 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

Que o País está mal já todos nós sabemos e o mais triste é que está a arruinar muitas famílias, mas para melhorar depende sem dúvida de muito esforço da nossa parte, de novas ideias, de pensamentos positivos, de acreditarmos e de sermos empreendedores naquilo que somos bons. Apesar do poder de compra ter descido de uma forma abismal, sou da opinião que devemos ajudar o comércio de rua, as grandes superfícies não sentem as dificuldades como sente esse comércio tradicional, por isso faço tudo para ajudar no que posso, porque já é um princípio se pensarmos assim e se nos ajudarmos uns aos outros. Nunca se esqueçam que todos precisamos uns dos outros e que um pequeno gesto pode fazer uma grande diferença. 7. Assim de repente, enuncia 5 músicas que devem estar obrigatoriamente numa play-


ENTREVISTA

list de sonho. Jeff Buckley – Everybody Here Wants You, Sia – Breath Me, Evi Vine – In This Moment, Bon Iver – Perth e Cinematic Orchestra – To Build a Home. 8. O que podemos encontrar neste momento no teu mp3? Podem encontrar 120GB de todo o tipo de música. Desde Rock a música clássica.. Radiohead, Pearl Jam, Daughter, Bom Iver, Benjamin Francis Leftwich, XX, Twin Shadow, The Cure, Frank Sinatra, Nina Simone e muitos, muitos outros … 9. Por último, uma mensagem que queiras deixar aos nossos leitores Aos vossos leitores quero apenas deixar a mensagem que admiro projectos empreendedores como o vosso. Que

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admiro as pessoas que se mexem por fazer algo diferente, nem que seja de forma não remunerada que é certamente o vosso caso. Nada se faz sem trabalho, e costumo dizer que para colher frutos um dia é preciso semear muito. Desejo-vos muito sucesso e que continuem com essa atitude.

ONDE ENCONTRAR facebook.com/songsthatinspireme Songsthatinspireme.tumblr.com


WALKING AROUND

PORTUGAL fashion Fotografia: marco claro

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TENDÊNCIAS

KATTY XIOMARA Uma interpretação das novas formas de arte urbana aliada aos conceitos de decoração do património urbano. Assim é apresentada a colecção de Katty Xiomara que utiliza o azulejo português como tela e joga com formas geométricas. A paleta de cores vais desde as cores base (falso branco, preto e cinza glaciar) aos laranjas queimados, sem esquecer o toque das linhas contrastantes em preto e azul-cobalto, cor tradicionalmente utilizada nos azulejos. O resultado é uma colecção urbana e feminina que incute a máxima “viver um dia de cada vez com a melhor das vibrações”.

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TENDÊNCIAS

JÚLIO TORCATO A colecção de Júlio Torcato para o Inverno 2013/2014 intitula-se “Porto” e destina-se a um público masculino elegante, urbano e de forte personalidade. O ponto de partida da colecção foram as varandas de ferro forjado sobre o rio Douro. A mistura de materiais de alta qualidade aliada a paleta de cores escolhida marcam toda a diferença.

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ANABELA BALDAQUE Looks de festa usados durante o dia, assumidamente. Nesta colecção, a mulher volta a ser a diva sedutora, descontraída e romântica mas desta vez mais pop. Mulheres trendy e urbanas com uma atitude irreverente, num jogo de cores e texturas divertidas que contrapõe looks de lisos integrais mais suaves com o xadrez e os quadriculados que criam atmosferas dos anos 60/70. 45 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

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TENDÊNCIAS

Teresa Martins Padrões, bordados e texturas que interagem numa paleta outonal. Assim é a colecção “Origens”, uma colecção feminina, bela e harmoniosa. Versátil e intemporal, é uma colecção híbrida onde cada peça é um elemento singular de um universo rico em cores, texturas e padrões.

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Diogo miranda A coleção de outono/inverno 2013/14 inspira-se em dois polos distintos: o lado sofisticado, sóbrio e elegante do universo feminino e ladylike, em contraste com a influência do masculino, transmitido pelas formas oversized, pelo conforto e pela atitude mais descontraída e cool.

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TENDÊNCIAS

Ricardo Preto O futuro e o vibrante mundo atual proporcionam a inspiração desta coleção. O reflexo da alma de uma época, em que a mulher evoca a sua feminilidade e independência absoluta. Silhueta esguia, volumes a contrapor com peças colantes e a procura de uma nova forma de estar. Uma mulher moderna e culta, saudável e atenta aos desafios da sociedade atual, com a ambição ultra feminina de inspirar o amor e admiração.

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LUÍS BUCHINHO A coleção Luis Buchinho Knitwear para o inverno 2013/14 tem como grande influência o design industrial dos anos 70, traduzido numa linha de peças de uso diário, com uma vertente urbana muito marcada.Grafismos simples e eficazes, com combinações de cores inusitadas, onde as barras e os blocos de cor são evidentes em todas as silhuetas.

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TENDÊNCIAS

Miguel vieira Esta colecção de Miguel Vieira é inspirada na mulher forte, bela, sedutora, delicada, confiante, objectiva, valiosa, elegante, racional, entre tantos outros adjectivos que tão bem caracterizam a mulher moderna e luxuosa. A paleta escolhida incluiu o branco nuvem, o angorá, o champanhe, ouro novo, castanho licor, antracite e o preto noite. A silhueta escolhida alterna entre a ampulheta e a rectangular, a curta e a longa, combinadas com casacos ligeiramente oversized e calças largas. Já as saias e os vestidos são mini ou pela altura do joelho. Relativamente à escolha de materiais, Miguel Vieira apostou nas lantejoulas em base de seda, nos tecidos e fazendas lisas, bem como nas malhas, fazendas com lantejoulas e tecidos jacquard com motivos florais e animais. Uma colecção com inúmeros detalhes e repleta de glamour que festeja os seus 25 anos de carreira.

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projecto empreendedor

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SAYMYNAME por daniela salsa // Fotografia: www.saymyname.pt

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Projecto empreendedor

Catarina Sequeira tem 38 anos, é natural de Leiria e em 1995 formou-se na escola de Moda Gudi-Porto. Desde muito cedo - por volta dos 8 anos de idade - começou a fazer roupa para as suas bonecas, utilizando retalhos de uma loja de cortinados que existia perto de sua casa. Aos 13 anos, a mãe ofereceu-lhe uma máquina de costura. “Comecei logo a ganhar dinheiro a fazer roupa para as amigas ,nem sempre a vestir bem mas o mais importante era a exclusividade” - afirma Catarina. Apesar de nunca ter tido a pretensão de criar uma marca de autor e dar-se a conhecer, em 2002, juntamente com umas amigas, teve a ideia de criar uma marca em que cada uma criaria a sua linha. Contudo, a sua vontade de passar da ideia à acção sobrepôs-se à delas, ficando a desenvolver o projecto sozinha. “Nunca tive a pretensão de criar uma marca de autor e dar-me a conhecer, para mim o mais importante é a roupa falar por si, e as marcas permitem-nos isso mesmo, o anonimato.” Na hora de escolher o nome que a identificaria daí em diante, Catarina Sequeira afirma que este surgiu de forma quase inesperada. “Na altura estava a ouvir a música das Destiny Child e de algum modo eu fiz a seguinte junção: compra, usa a minha marca, diz o meu nome”

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Projecto empreendedor

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Questionada sobre os obstáculos e burocracias com que teve de lidar, Catarina Sequeira afirma que, tendo já alguma experiência na área quer a nível burocrático quer a nível de logística e gestão de marca, foi para si mais simples lidar com esta fase. No entanto, salienta que o mais complicado foi mesmo destacarse num mercado com pouca cultura de moda e que se encontra saturado de marcas. Talvez por essa mesma razão é que a SayMyName possui uma relação com a Ásia, local onde conseguiu alguns pontos de venda na fase inicial do projecto. Catarina chegou mesmo a afirmar em algumas entrevistas que o seu público-alvo se encontra mais nesse continente, explicando-nos que a Ásia e os seus países emergentes têm uma maior abertura para marcas europeias e para tudo o que é novo. “Com a crise a aproximar-se da Europa e Estados Unidos, automaticamente concentrei-me em trabalhar este mercado.” No entanto, apesar de o mercado português ser um pouco fechado, a verdade é que a marca cresceu bastante no mercado nacional “e isso deixa-me bastante feliz pois começo a perceber que há maior abertura para o design Português mas não é suficiente para

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manter uma marca.” Ao analisar as colecções SayMyName, é possível perceber que as peças são bastante cuidadas e funcionais. Existe uma forte preocupação com o design e com os detalhes, e os artigos são maioritariamente em malha, indo de encontro à personalidade da marca: prática, confortável e direccionada a um grupo informado e destemido, que se distingue das restantes marcas nacionais - que em geral são bastante conservadoras e entediantes, segundo Catarina - por ser vanguardista e com uma relação qualidade-preço bastante apelativa. Incidindo nas colecções suas colecções mais recentes (Verão/Inverno 2013), é possível perceber que surgiram de inspirações distintas. “A colecção de verão 2013 foi inspirada na ciência ,numa imagem mais clínica com algumas inspirações nas imagens das moléculas vistas ao microscópico. Já a colecção de inverno tem uma vertente mais espiritual e sofisticada. Isso deve-se também ao meu crescimento como pessoa e ao modo como tenho evoluído a nível criativo, mas há algo que as liga como os blocos de cor, as formas minimalistas e os cortes geométricos.”

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Numa altura em que Portugal atravessa uma crise económica e, consequentemente, a cultura e as artes são cada vez mais postas de parte no que diz respeito a apoios, a Radar desafiou Catarina Sequeira a dar alguns conselhos a todos aqueles que pretendem lançar-se numa aventura semelhante à sua, de perseguir um sonho e criar algo próprio e diferente. “O conselho que dou é após acabar o curso ir trabalhar numa empresa e aprender o mais possível para adquirir experiência ,isto porque os apoios são muitos escassos e os que existem muitas das vezes não são acertados.” Quisemos saber o que pretende alcançar no futuro e o que podemos esperar da SayMyName, mas Catarina Sequeira prefere manter os pés bem assentes na terra e não fazer grandes planos. “Prefiro pensar num futuro próximo e pretendo aumentar os pontos de venda e o nº de pessoas que trabalha comigo.” No final, deixou ainda uma mensagem para todos os leitores da Radar: “Comprem com qualidade e não em quantidade.”

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EDITORIAL RADAR

MINIMAL GIRL fotografia: marco claro makeup: gabriela azevedo styling: patrícia silvério e gabriela azevedo modelo: inês lourenço

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FOTOGRAFIA

MARCOS

REZENDE Marcos Rezende é um jovem de 25 anos e um autodidáta da fotografia. Natural do Brasil, vive atualmente em Lisboa e começou ao contrário do habitual, a paixão por esta arte surgiu apenas há um ano e meio atrás. Com um portefólio repleto de imagens cativantes, Marcos é a prova viva de que a fotografia é um talento possível de alcançar e que em nada está ligado ao material, mas sim à visão do mundo e de experiências.

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FOTOGRAFIA

Quem olhar para o portefólio de Marcos Rezende, ficará deliciado com a história que cada sessão tem para contar. Existem diversos elementos que prendem a nossa atenção, desde as cores aos cenários, passando pelas expressões por si captadas. Talvez por isso seja um pouco estranho ficar a saber que somente há um ano e meio atrás é que a fotografia começou a fazer parte da sua vida. “Nunca tive dentro desse mundo. Sempre fui muito aventureiro, sempre gostei de experimentar e de aprender coisas novas. No entanto surgiu a Fotografia. Confesso que no início ainda estava um pouco indeciso e perdido, mas com a prática e com o tempo, fui me apercebendo o quanto me identifico com esta arte.” Durante a sua fase de descoberta, Marcos considerou pertinente adquirir alguns conhecimentos e ganhar bases, daí ter frequentado dois workshops básicos no Instituto Português de Fotografia. No entanto, confessa que 99% do que hoje em dia sabe, aprendeu com a prática. “Os Workshops foram apenas uma luz no fundo do buraco. Desde o início que me foquei e procurei sempre a melhor forma para aprender a trabalhar com luzes naturais, enquadramentos e pós-produções. Nunca fui muito da parte teórica. Muita prática, muito treino, muita foto queimada, muito lixo.” - afirma. Como acontece com qualquer artista, existe um elemento que se destaca nas suas imagens e com o qual Marcos Rezende gosta de trabalhar: o elemento feminino. Questionado sobre esta tendência, o jovem artista afirma que tal se deve ao facto de ter começado a experimentar e treinar com algumas amigas e que, com o passar do tempo, se identificou com este elemento. Contudo, sempre fotografou um pouco de tudo, pois gosta da fotografia em geral e considera que qualquer artista deve abrir portas e não se limitar a um estilo específico.

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Questionado sobre como prepara

“Sou a favor da pós-edição, mas

as suas sessões fotográficas, Marcos

nada exagerado. Procuro sempre

afirma que, numa primeira instân-

tentar transmitir da melhor maneira

cia, tenta focar-se na ideia e pos-

e mais natural possível aquilo que

teriormente procura absorvê-la e

sinto. Faço limpeza de pele, ajustes

senti-la ao máximo para que o resul-

de cor, sombras e realces. Não sou

tado seja o esperado.

muito a favor de retirar/acrescentar

Enquanto artista, Marcos é obrigado

coisas a uma foto.”

a inovar, a aprender sempre mais e

Já no final, quisemos saber o que

a alargar os seus horizontes com o

lhe reserva - e o que espera - do

intuito de surpreender aqueles que

futuro. Afirmou que pretende con-

seguem o seu trabalho mas tam-

tinuar a seguir o seu caminho, pro-

bém com a finalidade de evoluir.

curando sempre alcançar os seus

Procuramos saber se considera que

objectivos e concretizar os seus son-

evoluiu desde que começou a foto-

hos. No entanto, esse futuro ao que

grafar e em que aspectos tenciona

tudo indica não será no nosso país:

melhorar.

“Tenho planos para um futuro próx-

“Acho que de há uns meses para cá

imo, Brasil.”

tenho evoluído bastante na forma

Em jeito de despedida, Marcos

como tento transmitir aquilo que

Rezende fez questão de deixar uma

sinto mas pretendo evoluir ainda

mensagem para todos os leitores

mais, no geral. Tanto na prática

da Radar:

como na pós-produção. Fotografia

Acho que a fotografia é você, é

é um vício, é um mundo sem fim.”

quem faz, e não o material. Não

Para que as suas fotografias passem

é uma coisa falsa, forçada; é uma

da mente para algo real, Marcos

coisa que vem de dentro. Basta

recorre à sua Canon 500D, a uma

sentir o seu coração, o momento e

lente de 50mm fixa 1.8 e a uma boa

se deixar levar.Nunca desista.

luz natural. “Nunca usei refletores e acessórios”. Posteriormente,

recorre

à

pós-

edição, utilizando o Photoshop e o Camera Raw. 72 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

Onde o Encontrar marcos-rezende.com


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JAKE BUGG

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album review

F

ugindo um pouco às lides mais

“Eu bebo para lembrar, eu fumo

agressivas da música, desta vez vou

para esquecer”, anuncia ele em

falar de Jake Bugg, adolescente e

“Two Fingers”, que empresta tanto

nova sensação do rock ligeiro.

do Britpop dos anos 90 como do

Com tanta coisa pop pré-fabricada

folk-rock dos anos 60. E sobre o tom

que constantemente poluem as nos-

acústico curto e doce de “Country

sas rádios e tv’s nos dias de hoje, o

Song”, ele traça um esboço cinzento

que há para não gostar sobre um

de melancolia num dia chuvoso.

rapaz de 19 anos, músico e composi-

Há momentos em que Bugg conseg-

tor, que tem coisas sérias para dizer,

ue ser bastante cliché, tanto na sua

e que com uma voz caracteristica-

música como nas suas letras, mas

mente nasalada, nos faz lembrar um

para a estreia de um adolescente,

ressurgido Bob Dylan?

Jake Bugg mostra ser um artista já

As letras de Bugg são maduras

totalmente formado, entrando numa

para alguém da sua idade e a maio-

longa viagem que deverá valer a

ria das músicas do seu álbum auto-

pena seguir atentamente.

intitulado de estreia, não fogem de

De notar que os Alice in Chains irão

uma média de três minutos. Ele man-

lançar um álbum durante o mês

tém tudo curto e directo. Em can-

de Maio, de seu nome “The Devil

ções como “Lightning Bolt” e “Taste

Put Dinosaurs Here”. Três músicas já

It”, Bugg soa como Dylan quando

podem ser ouvidas e do que já

este apareceu pela primeira vez na

verifiquei, provavelmente a próxima

sua longa carreira musical. Ele é

review está reservada.

brincalhão, mordaz e um estudante assíduo de artistas que vieram antes dele. Outras vezes, Bugg desliza para

por Pedro Henrique Ribeiro

um modo “contador de histórias”.

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TECNOLOGIA

Ubuntu 13.04 Raring Ringtail A Canonical, a empresa responsável pelo sistema operativo open-source Ubuntu, lançou durante o mês de abril a nova versão deste sistema. O Ubuntu 13.04 Raring Ringtail já se encontra disponível para download e espera-se que o número de downloads do mesmo seja muito alto, pois a versão beta do sistema operativo foi um sucesso, e a maioria dos utilizadores indica que foram resolvidos os problemas de performance que afetaram algumas das últimas versões deste sistema operativo. A Canonical preocupou-se em melhor o user interface Unity, sendo que o mesmo

Facebook Home

se encontra agora muito mais polido e

O Facebook Home já se encontra dis-

mais rápido. Outras das novidades nesta

ponível para download na loja Android.

nova versão do Ubuntu são a inclusão de

Esta aplicação consiste num launcher para

uma nova versão do Kernel, melhor inte-

dispositivos Android que altera bastante

gração com placas gráficas da AMD, a

o interface. Em vez de ser dada atenção

não presença do Wubi, melhoramentos no

às aplicações, como no caso da maioria

Ubuntu One, entre outras.

dos launchers para Android, aqui é dada atenção aos contactos. Basicamente este launcher centra o nosso smartphone na rede social Facebook. Com esta aplicação temos acesso imediato a novas mensagens na nossa conta do Facebook, fotos postadas pelos amigos, murais e permite também a atualização de estados entre muito outras funcionalidades. O único problema é que para já esta aplicação está apenas disponível para quatro smartphones, sendo eles o HTC One X, HTC One X+, Samsung Galaxy S3 e Samsung Galaxy Note 2.

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TECNOLOGIA

Caixa Directa APP A Caixa Geral de Depósitos, tinha já lançado uma aplicação para o Windows 8 à alguns meses, mas ainda não existiam versões para plataformas móveis. Durante o último mês este problema foi resolvido e foi lançada uma aplicação móvel da

Western Digital A Western Digital apresentou recentemente o seu novo disco de 2,5 polegadas com 5 mm de espessura. Estes discos estão disponíveis num formato híbrido que possui a tradicional tecnologia dos discos mecânicos com a tecnologia de discos SSD. Entre as principais novidades deste disco, de destacar o sua grande portabilidade sendo que poderá ser instalado em espaços bastante mais reduzidos. Destacase também o baixo ruído que estes discos emitem, maior resistência ao choque e o novo conector SATA SFF-8784. Este novo tipo de discos trará certamente algumas novidades ao mercado dos computadores pois permitirá por exemplo criar portáteis mais finos pois o espaço ocupado no chassi do portátil será quase metade do ocupado até agora. Para já o primeiro disco da Western Digital terá uma capacidade de 500 Gb e terá um custo de cerca de 89 dólares sendo que no mercado europeu deverá apresentar um custo um pouco mais alto, não sendo conhecido para já valores. 78 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

Caixa Directa para iOS e Android. Esta aplicação irá permitir usufruir das funcionalidades da Caixa Directa Online através do telemóvel, sendo que se poderá agendar e efetuar transferências bancárias, consultar saldos e movimentos de conta, contactar o gestor de conta, consultar diversos dados da conta entre outras funcionalidades. No site da Caixa Geral de Depósitos poderão ser consultadas todas as funcionalidades desta nova aplicação.


Samsung Galaxy Mega A Samsung apresentou o seu novo smartphone, o Galaxy Mega. Este smartphone irá estar disponível em duas versões, uma de 6,3’’ e outra de 5,8’’. Relativamente ao modelo de 6,3’’, entre as suas características ele irá contar com um ecrã HD, um processador dual-core de 1,7 Ghz e câmara fotográfica de 8 Mp, sendo que o armazenamento vai variar havendo uma versão com 8 Gb e outra com 16 Gb. Relativamente à versão do Galaxy Mega de 5,8’’, ela irá ter um processador de menor capacidade com 1,4 Ghz, um ecrã com menor resolução, sendo que a câmara será igual e quanto ao armazenamento apenas existirá uma versão de 8 Gb. Ainda não foram adiantados preços nem novas características deste novo modelo, pelo que se espera que em breve saiam mais informações. Com estes tamanhos de ecrã é caso para questionar se estaremos perante um Mega-smartphone ou um Micro-tablet.

25 de Abril – Revolução Digital Comemorou-se no passado mês uma das mais importantes datas na história deste país, o 25 de Abril. Na data em que se comemorou a revolução Portuguesa, também houve uma revolução digital, sendo que durante todo o dia inúmeros sites foram alvos de ataques. Entre os sites atacados destacam-se o site do governo, GNR, PSP e o site de alguns partidos como o PS, PSD e CDS. Esta iniciativa denominada OpApagaoNacional (National Blackout Portugal) foi reivindicada por diversas equipas pertencentes ao movimento Anonymous Portugal.

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Cantigas de Escárnio e Mal Dizer por sansão gomes sansaobgomes@gmail.com

5 rappers portugueses que os leitores da Radar deviam conhecer

Quem tem acompanhado esta crónica apercebeu-se certamente que eu sou um aficionado da música rap. No outro dia, vi um artigo online sobre 20 rappers britânicos, aconselhados pela Pigeons and Planes (http://pigeonsandplanes.com/2012/11/20british-rappers-you-should-know/) e decidi copiar (Quem acompanha a crónica não há-de estranhar, também já percebeu que não sei ser original). Ainda assim, como sou preguiçoso (mais uma vez,os atentos não estranharão), vou só apresentar-vos 5 rappers portugueses que podem ser do vosso agrado. Caso não gostem de algum deles, sintam-se à vontade para me enviar um email a reclamar, embora eu só dê resposta aos das leitoras femininas que anexarem uma foto em bikini à reclamação. Berna Seguindo a tradição hiphopiana de autoproclamação, Berna intitulou-se a ele próprio do “cientista da rima.” Pese o exagero, em boa hora o fez. Da escola do Porto, rima como se fosse uma metralhadora, disparando sempre em várias direcções críticas mordazes (“Enquanto o Diabo esfrega um olho, o Sócrates cega-nos os dois” ou “Abre os olhos, se quiseres damos-te uma ajuda, isto já não vai com Deus, pede à música que acuda”). Não se deixem enganar pelo ar de guna, este rapaz tem tudo para brilhar. Músicas recomendadas: Porquê;, 2000 Anos, Hip Hop Luso. Deau Mais um produto da grande escola de rap portuense, mas sem o ar de guna. Deau é um jovem humilde que apostou nos estudos e na música para se “safar” na vida. Depois de ter um grande buzz nas redes sociais, lançou o seu primeiro álbum (RetiEssências) onde assume uma postura autobiográfica.

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opinião

-capitalista a tónica das suas músicas é nas injustiças sociais deste mundo. Já agora, é a única pessoa de raça negra que eu conheço que não gosta do Obama Músicas recomendadas: Obama, MPLA, Pseudo-Americanos Jimmy P Com uma infância entre Portugal e Lisboa, anteriormente conhecido como Supremo G, Jimmy P é outra das promessas nacionais. Com uma voz mais melódica do que o habitual no hip hop, pode causar uma primeira impressão 50centiana mas o seu ritmo e rimas de duplo sentido não enganam ninguém. Dedicou versos a dois participantes da Casa dos Segredos: Fanny e Hélio Imaginário: “Há muita cena funny, tanta cabeça oca, manos estão como a Fanny, só querem vida loka” “O falhanço é uma cena que a mim não me assiste, aprende: a vida é ingrata, cuidado com o que pedes; eu vim em alta rotação, sai da frente Guedes!” Músicas recomendadas: Natty Dread, Warrior, Celebration Sound

“Filho da Puta”, “Menino dos Subúrbios”, “D.E.A.U” ou o irmão da “Teresinha”, não tem medo de dizer “Se algum dia alguém perguntar quem eu era, peguem no meu CD e ponham-no a ouvir esta merda!” Músicas recomendadas: Reprograma a Acção, A Última, Longa Vida ao Rei. Bob da Rage Sense Bob de Bob Marley, Rage de Rage Against the Machine e Sense de Common Sense. Isto ou podia dar num grande músico, ou numa grande salgalhada. Felizmente a segunda opção não se concretizou e a voz deste rapper nascido em Angola é uma das mais respeitadas no universo do hip hop nacional. Um flow fora do normal e rimas revolucionárias são o seu cartão de visita. Anti-imperalista e anti81 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

Halloween Será o nome menos consensual da música rap portuguesa. A voz arrastada, os instrumentais psicadélicos e as músicas a falarem de drogas dividem os ouvintes: para uns é só um frito, para outros é um frito genial. “A minha dama é marijuana, eu sei que ela me engana quando diz que me ama, o nosso amor tem asas mas estão enterradas na lama” é uma das pérolas que Halloween oferece. Desde instrumentais da Rammstein, a scratches intermináveis, tudo o que daqui vem é fora do comum: ou se ama ou se odeia Músicas recomendadas: O Convite, Debaixo da Ponte, Dia de um Dread de 16 Anos

FOTOS: FACEBOOK DOS ARTISTAS


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opinião

REVOLUÇÃO OU EVOLUÇÃO?

Terminado o mês de abril e sendo eu

em novos paradigmas, por forma a

um “filho”

da Maria da Fonte achei

alcançar a harmonia entre todos indi-

interessante escrever um pouco sobre

víduos. Quando a maior parte dos indi-

Revolução, ou em muitos casos de

víduos pensarem da mesma forma ou

Evolução. Ao longo da história da

acreditarem em algo em comum, com

humanidade a ocorrência de rev-

certeza que a ( R) evolução levará a

oluções de uma forma isolada ou glob-

algo melhor do que o estado atual.

al foi uma constante, as sociedades

Toda está temática de Revolução,

sentem uma necessidade de alterar

Evolução pode ser aplicado isolada-

o status quo em que vivem, no âmbi-

mente a cada um de nós. Nós também

to de tentarem alcançarem melhores

temos a necessidade de Revolucionar

padrões de qualidade vida para a

algo na nossa vida de forma a Evoluir o

maioria dos seus indivíduos. Este pro-

nosso ser, e da mesma forma que uma

cesso na sua generalidade não é fácil

sociedade tem enumeras barreiras para

e gera sempre resistência da classe(s)

se Revolucionar, também nós temos

dominadora, que tem sempre do seu

vários obstáculos, sendo claramente o

lado o facto de a maioria ter aversão

maior nós próprios.

a mudança ou sentir que a Revolução, ou neste caso a Evolução, levaria a uma sociedade pior que a atual. Mas se pensarmos bem, o estado atual poderá levar ao declínio da sociedade em questão, sendo necessário pensar

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por raúl rodrigues ilustração: joão brandão


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DE ALMA E CORAÇÃO por ANA MESTRE // Fotografia: De Alma e Coração

De Alma e Coração é como tudo começa: uma comemoração especial, a família e os amigos reunidos, música a tocar, danças até cansarem os pés, risos e alegria que perduram, uma memória para sempre. Esta é a ideia de um grupo de amigos que se juntaram com o intuito de organizar e registar o momento mais feliz de alguém e, por um momento que fosse, fazer parte da sua história. Todas as ocasiões são boas para festejar. Sem regras, sem constrangimentos, mas plenos de recordações felizes. Conheça um novo projecto português que promete oferecer momentos únicos De Alma e Coração.

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1. Como e porquê surgiu o De Alma e Coração? O De Alma e Coração é um projecto que nasceu da junção de vários amigos de diferentes áreas - design, vídeo e fotografia. Queríamos criar algo diferente, reformular a forma como se comemoram dias especiais e que nem sempre têm uma causa grandiosa. São apenas dias em que o objectivo comum é festejar. 2. Como pensam cada projecto? De onde vem a inspiração? Cada projecto é um projecto e isso é uma certeza. É como criar uma imagem gráfica do zero, uma nova história, e isso é que é estimulante. A inspiração vem de várias formas e feitios mas a mais importante são as pessoas que nos contactam. A história é delas e tornase nossa. 3. O que significa oferecerem momentos especiais que vão ser parte da história de alguém? Significa querer fazer parte desses momentos. Já houve casamentos em que acabámos a dançar com os amigos e noivos e isso é este projecto na sua plenitude: é ajudar a criar o momento, registá-lo e fazer parte dele. O momento, seja qual o motivo de quem comemora, deve ser a cara de quem festeja e é isso que tentamos sempre. Felizmente, temos cada vez mais pessoas que nos procuram e estão completamente em sintonia connosco. Querem criar momentos especiais que sejam a sua cara, sem serem formatados às normas, e isso é muito interessante. Trabalhar num espaço que não está preparado para tal, que se vai transformando com o tempo e, que no fim, está pronto a ser vivido.

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4. Qual o evento que se revelou mais desafiante e porquê? Até hoje, talvez um dos nossos casamentos. Isto porque foi num espaço que não estava preparado, com um casal que tinha tudo a ver connosco e que não pensaram casar com a regra de casar, petiscar, jantar, cortar bolo, dar lembrança e ir embora. Simplesmente seguiram aquilo que queriam e que pensaram, rodeados de alguma família e muitos amigos e isso é o que, no fundo, é importante. Nem tudo será perfeito porque não há perfeição mas para quem vive o momento a beleza está no todo e até as imperfeições se tornam perfeitas e desejáveis para que seja um dia real e não obsessivo. O que fica são os risos, os olhares, as dores nas pernas de tanto dançar daí para nós ser tão importante o registo daquilo que fazemos porque sem isso a história não estaria completa. Trabalhamos sobre um projecto para o decorar e lhe dar vida e depois o registar para ser recordado e perdurar a sua existência. Todos somos formados em áreas diferentes mas todos intervimos nas diversas sendo que, cada um de nós, tem as suas funções e cada um dá ao projecto aquilo que melhor sabe fazer. 5. De certeza que têm histórias caricatas. Contem-nos uma. hummmm... Sim temos... Fazer o casamento do Circo foi muito caricato. Teve uma data de espectáculos e um deles era uma banda, com a qual só contactamos por telefone. Estava quase a chegar a hora e a banda tinha o telemóvel desligado... Nada de banda! Já estávamos a pensar fazer varias peripécias com 88 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org


os malabaristas presentes quando, meia hora antes de tocar, a banda chega com a total descontracção - que deveria ser vivida naquele casamento - e correu tudo lindamente. Foi um momento caricato porque tudo parecia realmente um circo ambulante nesse casamento e foi uma verdadeira festa! 6. A 27 de Abril organizam o evento da Kinfolk em Portugal. Como e porquê começou esta parceria? A Kinfolk é um projecto muito interessante e nós adoramos tudo o que se relaciona com “estar à mesa”. Houve a hipótese de sermos um host em Portugal e, em conjunto com a Little Upside Down Cake, assim foi, metemos-nos nesta aventura! Gostamos que seja um evento Kinfolk mas o principal é o fazer mais um momento com pessoas diferentes que provavelmente não se conhecem e com as mesmas desfrutar de uma tarde/noite bem passada. 7. O que é que os participantes vão poder experienciar? Vão poder conviver com pessoas que não conhecem, estar rodeado de flores, de uma boa ementa e de produtos biológicos da Quinta do Arneiro, cozinhados pelo Sebastião. Acho que a “Prima” Vera se vai sentir orgulhosa de um jantar assim em que o motivo de comemoração é a sua chegada. 8. Quais as três regras básicas para fazer um evento De Alma e Coração? A primeira de todas é não ter regras, principalmente as formatadas. A segunda é não ser muito nervoso. Gostamos de pes89 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org


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soas a sorrir e, felizmente, isso tem acontecido. A terceira é muito importante: ser De Alma e Coração para quem o vive e quem o recorda. 9. Qual o balanço que fazem destes dois anos? Só me vem uma “expressão”: OHHH YEAHHH venham mais! Agora estamos todos em sintonia. Cada vez mais gostamos daquilo que fazemos e somos nós mesmos e isso é o mais importante. Acho que quando fazes aquilo em que acreditas o resto vem por consequência. 10. Projectos e desejos para o futuro? Muitos! Uns sabemos que são certos outros são momentâneos, mas tudo gira em torno do mesmo: criar, viver e recordar novas histórias. Os melhores projectos são sempre os que vêm com a bagagem dos que foram e com muita Alma e Coração. 10. Projectos e desejos para o futuro? Muitos! Uns sabemos que são certos outros são momentâneos, mas tudo gira em torno do mesmo: criar, viver e recordar novas histórias. Os melhores projectos são sempre os que vêm com a bagagem dos que foram e com muita Alma e Coração.

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EDITORIAL

Eternity Photography and Post Production Ana Rita Patinha Model Joana Costa (Face Models) Make up and Hair Vanessa Vilar Styling Ana Rita Patinha & Vanessa Vilar

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Fotografias: AW e Mafalda Nunes A AUTHENTIC WEAR é uma marca de roupa e acessórios unisexo, com uma cultura e estilo urbano que procura criar peças únicas de autor e contrariar a compra massiva. Esta acaba de lançar uma pré-colecção limitada que é fiél ao slogan da marca: BE AUTHENTIC! A RADAR dá-te a conhecer a marca que promete lançar uma nova tendência em Portugal!

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www.never-stop-dreaming.com

PROJECTO EMPREENDEDOR

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PROJECTO EMPREENDEDOR

Rita Reis é uma miúda de 25 anos com uma paixão incontornável pela moda que trabalhou nas áreas de marketing e assessoria de imprensa e escreve no seu blog www.insidefashionproject.com. Vasco Vairinhos é um rapaz de 26 anos com formação nas áreas de gestão e do marketing e apaixonado pelo mundo da música e do digital.

Conheceram-se enquanto estuda-

vam no mesmo curso (Marketing Digital) no ISCTE. Após muitos trabalhos de grupo, perceberam que funcionavam bem em conjunto e que ambos tinham a ambição de ter um negócio próprio com o qual se identificassem. Possuíam todas as ferramentas e alguns conhecimentos na área, pelo que decidiram passar das ideias à prática em apenas alguns meses.

Da ideia de criar uma marca

própria onde pudessem usar todo o mundo online em seu favor, surgiu a Authentic Wear. A escolha do nome, não foi pêra doce, mas lá acabaram por chegar a um concenso. Na mente, possuíam um aglomerado de ideias para criar uma colecção diferente e original para o mercado. O orçamento reduzido fez com decidissem concentrar-se apenas em modelos de t-shirts e uma canvas-bag de colecção limitada, e somente depois avançar para outro tipo de peças. No

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entanto, garante que a nova colecção será uma surpresa para quem os segue.

Na apresentação da marca, afir-

mam querer contrariar a compra massiva. Contudo, apesar de não a encararem como um problema actual, afirmam que enquanto espectadores da sociedade tudo lhes parece igual e que muitos são aqueles que preferem peças originais e criativas, mesmo que tenham de pagar por isso. “Nós oferecemos essa diferença. Algo único, nacional e actual.” - garantem.

Não é complicado perceber o

porquê do nome da marca, no entanto, consideramos pertinente saber o porquê da logomarca ser um diamante. Rita e Vasco afirmam que esta se deve ao facto de o diamante ser algo autêntico e de valor, corroborando que essa é a nova promessa nos produtos que comercializam.

Através do feedback recebido até

ao momento dos seus clientes, afirmam que aquilo que os distingue das restantes marcas é o facto de a qualidade das suas t-shirts ser acima da média, bem como a originalidade dos temas a que se propuseram nesta colecção. “O que nos diferencia é a originalidade e a assinatura AW. Optámos pelo verde menta para a logomarca procura temos uma perspectiva verde e ecológica.”

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www.never-stop-dreaming.com 104 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

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PROJECTO EMPREENDEDOR

Sempre atentos às tendências, gostam de estar actualizados no que respeita a temas que influenciam a vida das pessoas e, na hora de criar, essa é sua primeira selecção no que toca a ideias. Depois disso, elaboram peças com as quais sentem ligação e que gostariam de usar no seu dia-a-dia. É o que acontece com os seis modelos existentes na pré-colecção limitada. “Temos modelos favoritos claro e vestimos aquilo que vendemos.”

Enquanto jovens artistas e empreendedores, Rita e Vasco consideram que, num projecto, a parte financeira é sempre a mais difícil. No entanto, têm trabalhado imenso e obtido resultados positivos. “Já enviámos t-shirts para todo o país e conseguimos duas parcerias com lojas que consideramos essencial para a nossa estratégia de comunicação.” E apesar de não ser fácil

ser--se tudo isto em Portugal, afirma que “vale a pena arriscar”.

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Ainda na condição de jovens artistas empreendedores, deixaram alguns conselhos a todos os portugueses que possuam uma ideia e pretendam investir nela: “Informem-se de todas as ajudas que os jovens empreendedores podem ter. Lutem pela ideia em que acreditam e façam magia.” Quando iniciaram este projecto, o objectivo era simples e claro: conseguir chegar às pessoas, e apesar de já estar alcançado, consideram que podem chegar ainda mais longe neste objectivo. No futuro, esperam ser reconhecidos pela diferença e autenticidade da marca. No final, deixaram uma mensagem a todos os leitores: “Este Verão vamos ter novidades, uma nova colecção cheia de cor e com um toque hipster. Façam-se fãs da nossa página de facebook e acompanhem todas as novidades, passatempos e muito mais!!”

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PROJECTO EMPREENDEDOR

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Chama-se Sofia Azevedo, tem 23 anos e nasceu na Covilhã, local onde ainda permanece. Licenciada na área de design, começou recentemente a dar os primeiros passos na ilustração e a RADAR quis conhecer melhor o seu trabalho.

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ILUSTRAção

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ILUSTRAção

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1. Quando percebeste que a ilustração era uma parte fundamental na tua vida? E quando é que percebeste que querias ser ilustrador e seguir uma carreira nesta área? Não sei se alguma vez realmente me apercebi. Eu sempre desenhei. Bastava ter um papel que lá ia riscar. Sempre fez parte da minha vida. Em criança já elogiavam os meus desenhos, mas nunca senti que esta área me fosse proporcionar uma vida de sucesso. Sempre tive a percepção que teria de fazer algo mais, tirar um curso, licenciar-me, talvez até num curso que nada tivesse a ver com arte. Só agora, depois de me ter licenciado, comecei a interiorizar que talvez a pouco e pouco conseguisse trazer algo de bom desta área, algo que me dê realmente gosto e prazer de fazer. Mesmo que não venha a ter sucesso, ao menos não posso dizer que não tentei. 2. Fala-nos da tua formação. Os meus anos de secundária foram passados na Escola Secundária Campos Melo, no curso de Artes Visuais. Em seguida, passei pela Universidade da Beira Interior onde me licenciei em Design Multimédia. 3. Ao olhar para o teu portefólio, é preceptivel que a figura feminina é predominante. Existe alguma razão para esta tua tendência? A figura feminina é sedutora, charmosa, insinuante...Algo nela me cativa. É algo quase instantâneo. Muitas vezes quando dou por mim, já tenho as primeiras linhas feitas. Não sei. Talvez seja também por ser mulher, são traços que me são familiares. 111 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

4. Relativamente a técnicas, tens alguma preferida ou acabas por recorrer a várias para elaborar os teus trabalhos? Neste momento recorro sempre primeiramente ao lápis ou caneta sobre papel e depois edito digitalmente. Gosto bastante do desenho digital, e esse é outro componente da minha vida, mas a destreza e a textura que o lápis e o papel me dá é essencial para o registo que faço. Gosto também de outras técnicas como o óleo, acrílico, etc. mas não tenho muito espaço, então torna-se difícil estar sempre a recorrer a esse tipo de técnica. 5. Na hora de criar, o que mais te inspira? Bem, como é óbvio, primeiro que tudo, a mulher. O dia-a-dia, as emoções dos que me rodeiam e o que sinto num determinado momento. Algumas vezes são momentos específicos, outras são apenas imagens desconstruídas que me vêm à cabeça.


6. Na tua opinião, o que te distingue enquanto artista? É um pouco difícil responder a isso. Talvez um pouco pelo traço, a junção do lápis com o digital, a técnica de edição e as cores que utilizo predominantemente. 7. Consideras que o nosso país é um bom local para um artista viver? Sim ou não e porquê? Sinceramente acho que o nosso país ainda está muito pouco desenvolvido nesta área. Não só por apoios como pela sociedade em si. Existe a ideia que ser artista é muito fácil. Basta ter jeito. Quando na realidade nada é assim tão relativo. Requer bastante trabalho e muitas das vezes não é bem quantificado. O esforço que se faz não é proporcional ao que a sociedade está disposta a dar. 8. E planos para o futuro? Tenho série de ilustrações novas para fazer. Talvez com umas surpresas pelo meio! Estou também em conjunto com outras pessoas, a criar um jogo, “Kieran’s Journey”, que vai estar disponível na internet brevemente. Ganhámos recentemente o 1º lugar na categoria de Jogos no Imagine Cup Portugal e vamos ver onde nos leva a seguir. 9. Por último, uma mensagem que queiras deixar aos nossos leitores. Espero que tenham gostado de saber um pouco mais sobre mim. Visitem a minha página se quiserem saber algo mais. Um beijinho e obrigado!

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ILUSTRAção

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BROKEN CITY por Pedro Henrique Ribeiro

Quando um actor ou realizador se prepara para fazer o tipo de filme do seu início de carreira, correm sempre o risco de parecer um fraco imitador. Isto certamente aplica-se a este filme, protagonizado por Mark Wahlberg. Solidamente feito e interpretado, peca pela ineficácia de conseguir pensar além homenagem, aos filmes do género. Wahlberg é Billy Taggart, um polícia de Nova York que se torna detective particular, com mau humor, uma história “bem regada” e uma conta bancária vazia. É contratado pelo Presidente Hostetler (Russell Crowe) para provar que a sua esposa e Primeira-dama (Catherine ZetaJones) lhe é infiel. Com uma eleição e um negócio imobiliário grande para assegurar, Crowe também quer esmagar o seu opositor liberal Jack Valliant (Barry Pepper).

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film review

Billy é pago para seguir a esposa do Presidente e identificar quem está a ter um romance com a sua esposa, pois ele pensa que pode tirar partido deste caso politicamente. Claro, se acreditar que este Presidente não iria perguntar simplesmente à polícia, detalhes de segurança da sua esposa. É obviamente um esquema e é com pouca surpresa quando o suposto amante (Kyle Chandler) - que não passa do gestor de campanha de Jack Valliant - aparece assassinado. Há muita volta e reviravolta de onde este assassinato vem, além de um passado dúbio, que para Billy, começa a não fazer sentido. Sete anos volvidos, o nosso herói foi forçado a deixar a polícia, depois de ter disparado fatalmente num violador/assassino que à altura do seu julgamento, ficou em liberdade por um erro jurídico. Mas o próprio Billy escapou a uma pena, pois o Presidente e o comissário de polícia (Jeffrey Wright) conspiraram para ocultar as provas existentes contra Billy. Billy é também um alcoólico em recuperação, que está num relacionamento desgastado com uma actriz (Natalie Martinez), que por acaso é a irmã de uma das vítimas do violador/assassino que Billy matou… (Ufff…). Para colocar o filme de forma tão positiva quanto possível, nunca há um momento de tédio nesta película - e isso é algo que não se pode ter como garantido nos dias de hoje. Ao mesmo tempo, raramente há um momento credível no argumento, feito pelo caloiro Brian Tucker. De certa forma, é pena que um filme com um elenco deste nível, não consiga ser nada mais que um filme “porreirito”.

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por Patrícia Silvério www.pumps-fashion.com

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RADAR SPOTS

Gabriela de Azevedo realizou um sonho que já ambicionava à muito tempo: Abrir uma loja em Braga que reunir-se Moda com Imagem. A Boneca é um espaço que não deixa ninguém indiferente aos seus encantos. A Boneca é um espaço de sonho que está situado junto à Sé de Braga. O mundo de “Alice no País das Maravilhas “ é o mais real exemplo para caracterizar o mundo encantado da Boneca. As peças que habitam na Boneca fazem dela um conto de fadas: a Manoush é uma das marcas que marcam o conceito idealizado por Gabriela de Azevedo: uma verdadeira Boneca. Detalhes como dourado, rendas, pedraria, o cor-derosa, os bordados, tules e as diferentes texturas, são os apontamentos característica da marca, que fazem dela peças intemporais, únicas e fora do comum. Outras marcas francesas como a Gat Rimon, American Vintage, Yves Salomon e a Repetto fazem a delícia da casa. Contudo, Gabriela de Azevedo, abriu portas à indústria

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RADAR SPOTS

Portuguesa, pontificando também, as marcas Mimous, Sho, Xperimental Shoes, Only2Me, Goldmud e os desejados colares da artista Portuguesa Amélia Antunes. Gabriela de Azevedo, Consultora de Imagem, no piso superior do espaço Boneca, trata da sua Imagem e outros serviços associados à consultoria de Imagem. Neste espaço também se organizam workshops sobre Auto- Maquilhagem, Estilo e Guarda Roupa. Na Boneca respira-se Moda. A Radar recomenda este espaço como uma referência.

Onde: Rua D. Gonçalo Pereira , Nº21, 4700-032 Braga. Site: bonecaboutique.com gabrieladeazevedo.com Facebook: facebook.com/Bonecaboutique.

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Receitas Radar por Vânia Silva

A minha paixão pela cozinha já existe desde sempre. Sou “um bom prato” como se costuma dizer. Lembro-me de ser miúda e de, ao almoço, perguntar à minha mãe o que ia fazer para jantar. Hoje em dia, existe mais que um apetite, existe uma paixão pelos ingredientes e uma vontade viciante de experimentar novos sabores, inventar novos pratos. Adoro partilhar todas estas experiências com os que vivem com a mesma paixão. Tento que as receitas sejam o mais simples possível, para que todo as possam executar sem dificuldades. Para esta edição da Radar, e para começar em grande esta minha colaboração, decidi partilhar com vocês um prato principal, ideal para esta altura do ano, e uma deliciosa sobrema muito simples de confeccionar. Espero que gostem!

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receitas

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GRATINADO DE CAMARÃO

Ingredientes

Modo de Preparação

Receita para 2 pessoas – 3 batatas aos cubos – paprica em pó q.b – alho em pó q.b – óleo para fritar – 10 camarões já cozidos – 1 dente de alho – um fio de azeite – coentros picados q.b

Corte as batatas aos cubos e leve-as as fritar. Durante a fritura, polvilhe-as com paprica e alho em pó. Coloque sobre papel absorvente e reserve. Descasque os camarões e leve a saltear num fio de azeite, juntamente com um alho e os coentros picados. Retire e reserve. Faça o béchamel, colocando todos os ingredientes num tacho ao lume brando e mexendo até engrossar. Para a montagem, coloque em refratários individuais ou num maior. Comece por colocar a batata frita, os camarões e regue com o béchamel. Leve a gratinar no forno a 180ºC até ficar dourado. Sirva com salada.

Para o béchamel – 200 ml de leite – 3 colheres de sopa de farinha – 1 colher de sopa de manteiga – sal, pimenta e noz moscada q.b 124 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org


TIRAMISÚ Ingredientes

Modo de Preparação

Receita para 6 doses – 3 ovos – meio pacote de queijo mascarpone (125 gr) – 1 chávena de café – palitos de champanhe q.b – 3 colheres de sopa de açúcar – chocolate em pó para polvilhar – 2 colheres de sopa de licor Beirão

Uma cópia da vulgar sobremesa, com um toque especial, o licor usado. O resultado não podia ter sido melhor!

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Separe as gemas das claras. Junte o açúcar às gemas, o mascarpone e misture bem. Bata as claras em castelo. Acrescente as claras em castelo e envolva. Junte o licor ao café, mergulhe os biscoitos e escorra-os. Disponha no fundo da taça e por esta ordem, o biscoito, uma camada de creme, biscoito, e termine com o creme. Finalize polvilhando com chocolate em pó. Leve ao frio.


LOJA ONLINE Made in paper A Made in Paper é o projecto de Rita Rodrigues que reúne duas das suas grandes paixões, o design e os artigos de papelaria. Nesta loja é possível encontrar agendas e cadernos de todos os tamanhos e feitios, mas com algo em comum: a originalidade! Etiquetas, autocolantes, carimbos, fita-cola de papel e tecido e até mesmo postais são apenas alguns dos artigos que poderão encontrar nesta loja portuguesa. Site: madeinpaper.com 126 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org

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SUGESTÕES

Música Trouble Will Find Me The National

Com data de lançamento prevista para 20 de Maio, a banda norte-americana afirmou recentemente que as novas canções deverão ser mais instantâneas e instintivas. As músicas deste novo disco refletem a complexidade da banda mas ao mesmo tempo dá a conhecer o seu lado mais simples e humano. Relembramos que o último disco lançado pelo grupo foi “High Violet”, em 2010.

LITERATURA A CAUSA DAS COISAS Miguel Esteves Cardoso

«Há uma instituição portuguesa que é única no mundo inteiro. É o já agora. Noutras culturas, tratar-se-ia de um pleonasmo. Na nossa, faz parte do pasmo. O já agora, e a variante popular “Já que estás com a mão na massa...”, significam a forma particularmente portuguesa do desejo. Os portugueses não gostam de dizer que querem as coisas. Entre nós, querer é considerado uma violência. Por isso, quando se chega a um café, diz-se que se queria uma bica e nunca que se quer uma bica. Se alguém oferece, também, uma aguardente, diz-se: “Já agora...”. Tudo se passa no pretérito, no condicional, na coincidência.»

SINOPSES Wook.pt / Fnac.pt 127 • Designfreebies Magazine • www.designfreebies.org


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CINEMA

A Ressaca - Parte III

O Grande Gatsby

Comédia - 30 Maio

DRAMA - 16 Maio

Desta vez, não há casamento, logo também não haverá nenhuma despedida de solteiro. Mas então o que pode correr mal, certo? Uma coisa é certa, quando a Matilha se reúne, ninguém está a salvo. A Ressaca – Parte III volta a reunir Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis e Justin Bartha como Phil, Stu, Alan e Doug. Também de regresso ao elenco estão Ken Jeong como Mr. Chow, Heather Graham como Jade, e Jeffrey Tambor como o pai de Alan, Sid. Neste filme, junta-se também ao elenco John Goodman. Um filme que ninguém deve perder!

A história do aspirante a escritor, Nick Carraway, que deixa o Oeste para ir para Nova Iorque na primavera de 1922. Perseguindo o Sonho Americano, Nick instalase perto da casa do misterioso milionário Jay Gatsby e também da casa da sua prima Daisy e o seu mulherengo marido, Tom Buchanan. É assim que Nick é atraído para o cativante mundo dos super-ricos, das suas ilusões, dos seus amores e deceções. Nick assiste, dentro e fora do mundo em que habita, à história de um amor impossível, sonhos incorruptíveis e amargas tragédias, levando-nos até às nossas lutas do mundo atual.

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ASSALTO à CASA BRANCA

photo

acção, aventura - 09 Maio

DRAMA - 09 Maio

Através de um ataque à Casa Branca, um pequeno grupo de extremistas fortemente armados e meticulosamente treinados consegue apoderarse do edifício e prender o Presidente Benjamin Asher e a sua equipa, dentro de um bunker subterrâneo impenetrável. Durante a invasão, Mike Banning, um ex-agente dos serviços secretos da guarda do Presidente decide juntar-se à batalha e fazer o trabalho para o qual treinou durante toda a sua vida: proteger o presidente a todo custo, tornando-se nos olhos e ouvidos da equipa de segurança nacional, chefiada por Allan Trumbull (Morgan Freeman), no interior da Casa Branca. A equipa de segurança nacional não tem assim outra opção se não depositar as suas esperanças em Banning para cumprir a missão de resgatar o Presidente antes dos terroristas levarem a cabo o seu aterrorizante plano.

A mãe acaba de morrer. O pai não é aquele que ela julgava. Elisa sente-se perdida entre um passado incerto e um futuro fechado pela perspectiva do casamento. A sua busca de um pai improvável, que é também uma fuga ao presente, condu-la de Paris a Lisboa, do fantasma dos anos 70 do século passado aos primeiros anos de um novo século fantasmático. Este itinerário leva-a a cruzar mortos que falam, memórias que vacilam, torcionários reformados e revolucionários arrependidos. No fim do percurso, uma verdade dúbia aberta para um novo mistério, como uma história de que se não conhece a última palavra.

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CINEMA

Velocidade furiosa 6

Além de ti

acção, aventura - 23 Maio

DRAMA - 09 Maio

Desde que Dom e Brian fizeram o golpe no Rio de Janeiro, o grupo espalhou-se pelo globo. Mas a impossibilidade de voltarem a casa e estarem sempre em fuga deixou-lhes uma vida incompleta. Entretanto, Hobbs tem perseguido uma organização de letais condutores mercenários, cujo líder conta com um violento braço direito que se descobre ser o amor que Dom pensou que tinha morrido, Letty. A única forma de parar esta máquina criminosa é vencê-los nas ruas, por isso Hobbs pede a Dom para reunir a sua equipa de elite em Londres. O pagamento? Perdão total para todos, para que possam voltar a casa e juntar a família.

Tomás e Sofia são casados há cinco anos. Ele é cartoonista no jornal local e tem o sonho de ser artista plástico, mas falta-lhe a força interior para sê-lo. Ela trabalha num hotel. Raul, o seu melhor amigo, insiste na qualidade das suas pinturas. Mas quando tudo parece renascer, Tomás entra numa crise emocional que o afasta de Sofia, a ponto de ela não o reconhecer. Sofia começa a perder a sua lucidez, vive num isolamento que não quer. No seu estado de dormente, ela começa a sentir-se mal com aquilo que descobre dentro de si... algo que sente cada vez mais próximo. Sofia percebe que a sua vida se tornou em algo que agora não consegue controlar.

SINOPSES Cinema Sapo

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NO RADAR os espectáculos que não vais querer perder

1. GOGOL BORDELLO 10 de maio, praça da canção (coimbra) 2. deolinda 18 de maio, 22h30, casino de tróia (grândola) 3. blur 31 de maio, festival primavera sound (parque da cidade, porto) 4. the xx 5 de maio, 18h00, jardim da torre de belém (lisboa) 5. rihanna 28 de maio, 19h30, pavilhão atlântico (lisboa) 6. deerhunter 30 de maio, festival primavera sound (parque da cidade, porto)

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e ainda... gabriel o pensador 7 de maio, 21h30, teatro tivoli (lisboa) natiruts 14 de maio, 21h00, estádio municipal (braga) David fonseca & orquestra de jazz de leiria 21 de maio, 21h30, teatro josé lúcio da silva (leiria) Dead can dance 28 de maio, 20h30, coliseus dos recreios (lisboa)

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