Monique Alfradique

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EDUCAÇÃO

CONTANDO COM A AJUDA DO

MELHOR AMIGO Instituto usa cães como facilitador para o aprendizado de crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem LUCIANA ISSA DIRETORA TÉCNICA

externo como, por exemplo, metodologia de

nível de ansiedade, ao mesmo tempo em que

ensino, baixa autoestima, problemas emo-

atua como uma ponte de comunicação que

cionais decorrentes de conflito familiar e etc.

vai favorecer a relação com o terapeuta, au-

“Outro fator responsável pelo insucesso na

xiliando a criança ou adolescente a se expor.

aprendizagem é o fato de o indivíduo ter um distúrbio de aprendizagem. Distúrbio significa uma alteração violenta de ordem natural da aprendizagem, vinculado ao indivíduo, na medida em que propõe a existência de comprometimento neurológicos em funções corticais específicas, tais como:

P

ara todas as crianças e adolescentes,

transtorno de Asperger, TDAH,

o sucesso escolar é importantíssimo,

dislexia, disgrafia, entre outras”,

já que o desempenho como pessoa

conta Luciana.

está vinculado em grande parte à sua atuação como aluno.

Através do animal como instrumento facilitador no processo corretor, é possível favorecer a autoestima, autonomia e liderança, pois a coerência das reações que recebem do cão é capaz de aumentar a expectativa da criança de que é amada e apreciada. Ao

Para auxiliar no desenvolvimento escolar dessas crianças,

O mal desempenho na escola pode ser

uma

técnica

cientificamente

explicado por problemas ou transtornos de

comprovada, porém, recente e

aprendizagem que são construídos, basica-

pouco difundida no Brasil, tem

mente, da organização familiar e social.

alcançado resultados surpreen-

Em São Paulo, o IBETAA - instituto Brasileiro de Educação e Terapia Assistida por Animais -, trabalha assistindo crianças e adolescentes utilizando o cão como

dentes e que vão além do tratamento convencional, ao utilizar cães treinados para sessões de atendimento psicopedagógico.

executar atividades relacionadas ao cuidar do animal, como por exemplo, alimentá-lo,

instrumento facilitador. Segundo a direto-

A presença do animal faz com que o

ra técnica, Luciana Issa, que é pedagoga,

ambiente terapêutico pareça menos “ame-

pós-graduada em Psicopedagogia Clínica

açador” e, consequentemente, estimula o

e especialista em Cinoterapia (uso do cão

paciente a ficar mais disposto a colaborar,

em terapia), explica que as dificuldades de

principalmente no início do processo em

aprendizagem se relacionam aos problemas

que o vínculo terapeuta-paciente ainda está

Manter este contato com animais em

de ordem psicológica e sócio-culturais, isto

em formação e o espaço de atendimento se

casa também estimula o aprendizado fora

é, o problema para aprender não está cen-

mostra “assustador”. Nesse contexto, o ani-

do ambiente de tratamento. Quer saber mais?

trado apenas no indivíduo, mas no ambiente

mal gera o efeito tranquilizador, reduzindo o

Então acesse www.ibetaa.org.br.

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dar-lhe água e treiná-lo, ajuda a criança a sentir-se responsável e competente de maneira muito mais complexa do que quando aprendem a fazer coisas da vida diária.

HÁ 6 ANOS LEVANDO INFORMAÇÃO E CULTURA PARA O NOSSO INTERIOR!

JUNHO/JULHO2013

revista


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