Jornal Expressão - Setembro/2016

Page 1

IMPRESSO Boletim informativo do Colégio Evangélico Alberto Torres – Lajeado/RS – Ano 17 – nº 64 – setembro de 2016

Teatro CEAT celebra a arte e a cultura como componentes importantes na educação Obra que integra o prédio novo foi inaugurada em agosto

Formação para colaboradores aborda o uso dos contos de fadas na educação Alunos contribuem com instituições beneficentes da região através de atividades sociais

Aulões de redação preparam alunos para processos seletivos de ingresso no ensino superior

Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino médio Ensino Técnico


Meia vida de ou do CEAT Minha identificação com o CEAT ocorreu em 1953, quando vim prestar o Exame de Admissão a fim de iniciar os estudos no antigo Curso Ginasial. No ano anterior havia sido inaugurado o prédio novo na Rua Alberto Torres, hoje obsoleto e desocupado. Ali funcionavam os cursos primário, ginasial, comercial (contábil) e o internato que abrigava alunos da Região do Alto Taquari e de diversas cidades do Estado. O CEAT, naquela época, já era uma escola diferenciada e recomendada pelo seu forte programa pedagógico de ensino, pelas aulas de música, teatro, canto coral e a prática de esportes. Essa forte vinculação com a cultura trouxe a necessidade da construção de um auditório, inaugurado em 1954. Nele eram apresentadas peças teatrais e apresentações musicais. Nessa oportunidade foi comprado o primeiro piano, usado em apresentações e também em aulas para alunos interessados. O local abrigou também o Clube do Cinema e era cedido para a comunidade local para cursos, aulas e palestras. O CEAT, em 1955, criou um grupo de teatro, danças e canto coral que se apresentava em todo Vale do Taquari e na cidade de Lajeado. Serviu à comunidade até os anos de 1980 e foi o local onde o conjunto instrumental do CEAT deu seus primeiros passos no final da década de 70. A década de 1980/1990 foi novamente coroada com conquistas para a área cultural do CEAT, pois seu Conselho Administrativo, junto com a CEL e seu presbitério, do qual fui presidente, tiveram a feliz ideia da construção do Centro Comunitário Evangélico, local com múltiplas funções que abriga ainda hoje os departamentos da comunidade evangélica. Os recursos dessa obra tiveram origem na CEL, CEAT, OASE, APPA e comunidade lajeadense através de doações, rifas, festas, almoços, EXPEDIENTE: Expressão é o boletim informativo do Colégio Evangélico Alberto Torres – CEAT. CEAT Lajeado - Rua Alberto Torres, 219 – CEP 95900-000 – Lajeado/RS. Telefone: (51) 3748-7000 CEAT Região Alta – Avenida General Daltro Filho, 996 - CEP 95735-000 – Roca Sales/RS Telefone :(51) 3753-2211. E-mail: imprensa@ceat.net www.facebook.com/ColegioEvangelicoAlbertoTorres

2 |

jantares dançantes e antecipaçoes de aluguéis do Centro. O Centro Comunitário possui um auditório, salão de festas para 80 e 800 pessoas respectivamente. Ali o CEAT faz seus ensaios, aulas, apresentações de teatro, de música, palestras, formaturas e cursos, e a CEL seus eventos de grande porte, compreendendo atividades religiosas e sociais. A grande obra do CEAT foi a construção da nova escola, um prédio com 14.000m² de área construída que foi planejado e construído no período de 2005 a 2013, data da inauguração do prédio escolar, que possui modernas salas de aula, laboratórios, sala de música, biblioteca, almoxarifado, secretaria, dois andares de estacionamento de automóveis, cantina e restaurante. Foi observada nesse prédio a acessibilidade através de uma plataforma, três elevadores e rampas. O meio ambiente também foi contemplado através de telhados verdes e cisternas para captação e reutilização de água da chuva. Inaugurado o prédio da nova escola, foi projetada a unificação de todos os prédios, bem como a divisão dos mesmos em blocos, para uma melhor identificação interna. Faltava ser concluído o TEATRO, cujo projeto foi desenvolvido em 2014, utilizando técnicas modernas e recursos atuais, que são usados pelos grandes teatros do país. As obras foram iniciadas em 2015 e inauguradas em 2016. Sua área construída é de 1.173m² com capacidade para 537 pessoas sentadas, com poltronas confortáveis e com visão de todo o palco. Possui um foyer para recepção do público, um elevador móvel de orquestra, três camarins e um camarim para a guarda do piano. O TEATRO será de grande valia para o desenvolvimento cultural e das artes do CEAT, fatores importantes na educação. Rudolfo Goldmeier, presidente da comissão de obras do Teatro CEAT.

Diretor: Rodrigo Maurício Ulrich Redação: Josiane Martini Revisão: Lilian Jung Spohr Editoração: GPS Propaganda Tiragem: 2,2 mil exemplares Impressão: Gráfica Lajeadense.

WWW.CEAT.NET


Pesquisa de opinião integra

avaliação institucional do CEAT Pais, alunos e colaboradores de ambas as unidades do colégio foram convidados a responder a pesquisa de opinião sobre o CEAT no mês de maio. Essa iniciativa integra o processo de avaliação institucional. De acordo com o diretor geral do CEAT, Rodrigo Ulrich, “o objetivo com a pesquisa é de estarmos qualificando sempre a gestão institucional do CEAT através da ampliação de canais e instrumentos que apresentem subsídios a partir das opiniões, impressões, ideias e sugestões da comunidade escolar”.

Letícia Orlandini Ehlers. Além de informações sobre o aparelho vocal, os professores receberam dicas de cuidados, prevenção e manutenção da saúde da voz. A oficina foi promovida pela Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (Cipa). Na Região Alta, a oficina foi sobre primeiros socorros. O trabalho foi realizado pela coordenadora do Curso Técnico de Enfermagem do CEAT, Patrícia Miotto.

Brechó da APPA A Associação de Pais, Professores e Amigos (APPA) do CEAT Lajeado realiza mensalmente o brechó de uniformes. A ação ocorre nas segundas quintas-feiras do mês, das 16h30 às 18h30, na sala 542. A lista de quem tem valores a receber pode ser conferida no site do CEAT: www.ceat.net/ sou-ceat/brecho.

Oficinas sobre saúde são ministradas nas reuniões gerais de professores

Os docentes de ambas as unidades do CEAT participaram de oficinas sobre diferentes temas envolvendo a saúde durante as reuniões gerias. A saúde vocal foi tema trabalhado na Unidade Lajeado. A ação foi ministrada pela fonoaudióloga

Participe da APPA Para que a Associação continue a auxiliar toda a comunidade escolar, muitas pessoas dedicam seu tempo a reuniões e como voluntárias. Participe também doando um pouco de seu tempo! Assim a Associação se fortalecerá e continuará presente no colégio. As reuniões da APPA acontecem nas segundas segundas-feiras de cada mês. Entre em contato pelo e-mail appa.ceat@ gmail.com.

| 3


Formação para colaboradores aborda o uso dos contos de fadas na educação

Os professores da Educação Infantil, das Séries Iniciais e da área da linguagem e as monitoras do CEAT Integral participaram de atividade de formação continuada sobre os contos de fadas no primeiro semestre. A importância dessas histórias na educação das crianças foi abordada pelo doutor em Educação, Roger Hansen, diretor do Colégio Acadêmico Florença, de Florianópolis. Durante a formação, Hansen falou sobre o conceito do Storytelling: união de story (história) e telling (contar). Ele apresentou elementos importantes para reflexão destacando o quanto as histórias e os contos de fadas provocam sentimentos que cativam as pessoas, sendo poderosas ferramentas para educar as crianças. “Acredito que o momento destinado aos contos de fadas foi muito válido, por ter resgatado valores e conceitos fundamentais da proposta com histórias em sala de aula. O trabalho a partir dos contos de fadas instiga um mundo misterioso, a criança mergulha em um universo mágico, imaginando e realizando muitas aprendizagens. Como citado na formação, 'os contos de fadas na Educação Infantil têm papel refinado na aprendizagem das crianças'.” Professora Camila Sauter “O imaginário está presente no cotidiano das crianças, um mundo onde o irreal torna-se real, o impossível é possível, ao passo que tudo pode mudar em

4 |

um toque de mágica. Essa forma irrisória de ver o mundo precisa ser valorada no planejamento do professor. As histórias trabalhadas em sala de aula perpassarão o olhar do aluno, fazendo-o compreender melhor seus sentimentos e, em especial, os contos de fadas. Nesta formação tivemos a oportunidade de dialogar sobre esses contos, que parecem tão rotineiros em nossas vivências escolares, mas que necessitam da sensibilidade do docente que as utiliza em sala de aula.” Professora Tatiane Reginatto “A formação continuada confirmou o quão importante e válido é trabalhar com histórias, em especial os contos de fadas. Sabemos que em todos os tempos, em todas as culturas humanas e em todos os lugares existem histórias, sendo que a primeira infância é a idade dos contos. Então por que não os contar? Em 16 anos de atuação na Educação Infantil sempre procurei contar histórias e viver junto com as crianças o mundo encantado de fantasias e imaginações proporcionadas pelos contos. Um educador de histórias educa, socializa, informa e desperta a imaginação das crianças. Mas para contar histórias você precisa ter pré-disposição para entrar nesse mundo, levando em conta as três capacidades citadas pelo palestrante: 'Ver o que se conta, viver o que se conta e acreditar no que se conta', pois tudo o que acontece num conto de fadas, acontece dentro de você!” Professora Deise Ana Marchetti


Dr. Cristiano Nabuco convida pais e alunos a refletirem sobre as consequências do uso da tecnologia A Psicologia da Internet foi o tema de três palestras promovidas pelo CEAT e pela Associação de Pais, Professores e Amigos (APPA) em junho. Nas três ocasiões, o psicólogo autor de nove livros e de inúmeros textos e artigos, Dr Cristiano Nabuco, convidou a plateia a refletir sobre as consequências do uso da tecnologia. Ele abordou a atratividade, os efeitos no cérebro, a dependência que o uso pode causar e os reflexos psicológicos e físicos que podem ser percebidos no ser humano. Tanto nas falas voltadas aos alunos quanto na palestra para os pais e a comunidade em geral, Nabuco falou que não vê o uso da tecnologia como negativo, mas que ele deve ser feito de maneira sensível e cautelosa, com controle sobre quando e quanto usar, evitando que o virtual se torne mais importante que o real. O psicólogo alertou jovens e adultos, enfatizando que a tecnologia oferece mais informação, mas não mais conhecimento, e que a alternância de operação mental pode provocar consequências irreversíveis ao cérebro. “Tanto a APPA como o colégio estão de parabéns pela escolha do assunto “A Psicologia da Internet”, muito bem abordada pelo Dr Cristiano Nabuco.

Como pais, temos muitas dúvidas sobre como são processadas todas as informações que nossos filhos estão recebendo. Nós nos preocupamos também com o tempo em que eles ficam conectados, com a possibilidade de essa exposição poder prejudicar. Temos uma preocupação muito grande para que eles sejam

estimulados, que tenham um bom aprendizado, que consigam aprender, fazer relações e tirar suas próprias conclusões. Acreditamos que as relações com outras crianças são muito importantes, pois propiciam um crescimento emocional e intelectual, fazendo com que não vivam isolados.

A palestra reforçou e nos deu mais certeza de que temos que vigiar o uso da internet, restringir o tempo e, principalmente, de que temos que nos relacionar mais com nossos filhos e estimular os relacionamentos deles com outras pessoas do mundo real.” Clóvis Rambo, pai dos alunos Arthur e Manuela Mendel Rambo

O CEAT utiliza as tecnologias com seus alunos de maneira programada e baseada no projeto pedagógico. No primeiro semestre, por exemplo, a 5ª série montou um carro hélice nas aulas de educação tecnológica. Após a montagem, os alunos verificaram o tempo de deslocamento para percorrer dois metros e apostaram uma corrida entre as equipes.

| 5


Professoras têm trabalhos apresentados no exterior

Projeto ensina e incentiva a boa postura entre os alunos

Pesquisas de duas docentes do CEAT ganharam destaque e foram apresentadas em outros países. O estudo da professora de educação tecnológica Patrícia Fernanda da Silva compõe um capítulo de um livro lançado pela Universidade de Stanford, na Califórnia, Estados Unidos. O trabalho foi desenvolvido a partir do projeto que utiliza um jabuti feito de materiais alternativos para a iniciação à programação com crianças do nível 4. O texto foi escrito pela professora do CEAT, dois colegas da Comunidade Jabuti Edu e a orientadora, Léa Fagundes. O trabalho foi apresentado no 17º Fórum Internacional Software Livre – A tecnologia que liberta (FISL17) e no Seminário Nacional de Inclusão Digital- A liberdade digital de aprender.

Os cuidados com a coluna integram o currículo das aulas de educação física da 5ª série do CEAT Lajeado. Desde o primeiro semestre, os alunos participam do Projeto Boa Postura, coordenado pela professora Rosane Koefender. A iniciativa tem o objetivo de conscientizar os estudantes para evitar problemas posturais. No primeiro dia do projeto, os estudantes assistiram a um vídeo sobre postura no laboratório de informática e fizeram a pesagem das mochilas com o intuito de avaliar se o que eles carregavam ultrapassava 10% do peso corporal. Os alunos também receberam um comunicado para levarem para casa com orientações sobre o uso e os cuidados com a mochila.

A pesquisa da professora da Educação Infantil, Cayenne Ruschel da Silveira, foi apresentada em julho no III Simpósio luso-brasileiro em estudos da criança, na Universidade do Porto, em Portugal. O estudo “É invisível - os modos que as crianças pequenas encontram para burlar as normas da escola” teve o objetivo de entender como as crianças operam e o que fazem quando não seguem as normas da escola.

6 |

Em outro momento, a 5ª série fez a Blitz da Mochila com as turmas da 4ª série. Eles avaliaram o peso, a organização e o modo de carregar as mochilas. Os alunos da 5ª série também ensinaram aos estudantes mais novos a maneira correta de organizar e carregar as mochilas. Os estudantes da 4ª série também receberam um texto explicando o Projeto Boa Postura e os cuidados necessários com a mochila.


Turmas da 5ª série vivenciam um dia em uma aldeia indígena O que os alunos pensam? Julia Fontana Dexheimer e Mariane Machry Jachetti

Nesse dia com a tribo eu aprendi coisas novas sobre a cultura deles, que é muito diferente da nossa Gabriel Arnhold Muller

Eu vi novos jeitos e uma outra realidade. Maria Antonia Piaia Schmidt

Nós tivemos conhecimentos sobre os guaranis que também são nossos antepassados. Caetano Von Muhlen Maciel

A viagem de estudos da 5ª série do CEAT Lajeado proporcionou aos alunos conhecerem um pouco mais sobre o dia a dia da aldeia indígena Tekoá Pindó Mirim (Terra Indígena de Itapuã), onde vivem os Guarani-Mbyá, em Viamão. A viagem, que acontece desde 2014, é proposta como forma de interação cultural através de diálogos e trocas. A vivência buscou oportunizar conhecimentos sobre os valores dessa cultura e a realidade atual dos indígenas. Durante as semanas posteriores, os momentos vivenciados na aldeia foram assunto nas aulas de Estudos Geográficos e Históricos. A professora Denise Theves explica que ficou evidente o quanto atividades como essa desencadeiam relações com temas já estudados em outros momentos, durante as aulas. Além disso, ela destaca que “esse momento de experimentar a vida no contexto dessa cultura contribuiu para desconstruir estereótipos e preconceitos em relação aos diferentes modos de vida dos indígenas.”. Os alunos também compartilharam seus apontamentos e interagiram através do blog “Outros olhares… Novas aprendizagens...” (outrosolharesnovasaprendizagens.blogspot.com.br).

As crianças aprendem desde pequenas a cultura desse povo. E a escola que tem lá ajuda nisso. Julia Fontana Dexheimer

Nossas ideias sobre a vida dos indígenas mudaram depois do dia na aldeia. Luisa Craide Haenssgen

Muita coisa mudou na nossa cabeça depois da visita.

Alunos estudam Eras Geológicas através de trabalho interdisciplinar As turmas da 5ª série participaram de um trabalho que envolveu os componentes curriculares de estudos geográficos e históricos e de ciências. A partir da visita à exposição “O Vale dos Dinossauros”, os alunos estudaram os animais e o tempo geológico - tempo de formação da Terra, através das Eras Geológicas. A professora Denise Theves conta que durante o trabalho interdisciplinar cada grupo pesquisou sobre as paisagens e os animais de cada era geológica e, a partir dessa pesquisa, construiu uma linha do tempo em que a paisagem foi representada em forma de maquete. Nessa linha do tempo/maquete aparecem as paisagens formadas pelo relevo, pelas águas e pela flora e fauna da era geológica.

| 7


Alunos contribuem com instituições beneficentes da região através de atividades sociais

A ideia de contribuir para a reciclagem de papel surgiu em 2015, quando um catador contou aos alunos que integram o CEAT Social sobre o seu trabalho. A partir da fala, algumas salas e a entrada do Bloco 1 receberam recipientes para os papéis. Com a chegada das cestas, a ação tornou-se mais abrangente, envolvendo desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. De acordo com as professoras Susane Elise Giongo e Ana Cristina Kirchheim, essa ação é benéfica em diversos aspectos, como o incentivo a ações sociais, a valorização do trabalho indígena e a promoção da sustentabilidade.

O CEAT Social é uma atividade optativa oferecida em ambas as unidades do colégio com o objetivo de disseminar a atividade social entre os estudantes. Os alunos se reúnem uma vez por semana para desenvolverem ações sociais. O trabalho é coordenado pelas professoras Susane Elise Giongo e Ana Cristina Kirchheim.

Vovolar

Os estudantes prepararam diversas atividades para interagir com as idosas que vivem no lar. Além de rezar junto com elas em língua portuguesa e alemã, os alunos tocaram músicas, cantaram, declamaram e brincaram. As vovós também receberam bombons como mimo.

“Uma instituição de ensino é um dispositivo social, o qual para, de fato, cumprir com essa função na sociedade, tem as suas ações voltadas ao conceito mais amplo de humanidade. Ou seja, contrapondo o descabido paradoxo simplista: conteudista ou humanista. Uma escola é intrinsecamente humana e, para isso, uma dentre várias questões está vinculada ao valor do conteúdo, do conhecimento. O CEAT é um colégio completo: ações, experiências, vivências e aprendizagens que reúnem um conjunto de conteúdos, princípios, valores, conhecimentos em prol da emancipação do indivíduo capaz de ser um agente positivo em sua sociedade.” Rodrigo Ulrich, diretor geral do CEAT

Cooperativa de reciclagem de Lajeado Todas as salas de aula do CEAT Lajeado receberam cestas produzidas por índios da tribo Guarani-Mbyá para a coleta de papéis que podem ser reciclados. O material foi adquirido com recursos da Associação de Pais, Professores e Amigos (APPA). O material é destinado à cooperativa de reciclagem de Lajeado.

8 |

Associação de Menores de Arroio do Meio (Amam) Os estudantes que integram o CEAT Social na Unidade Lajeado realizaram uma campanha para arrecadar donativos em benefício da Amam. Os brinquedos e produtos de higiene doados foram entregues por 40 alunos. Na visita, eles entreteram e divertiram as crianças atendidas pela associação com histórias infantis. A apresentação foi feita com fantoches confeccionados pelos estudantes do CEAT Social.


Redescobrindo-nos como escola protestante luterana, evangélica. Criar uma situação de protesto foi o desafio proposto em aula. Em cenas cotidianas os alunos apresentaram, entre outros, o silêncio, o voto e o diálogo. Mas, não surpreendendo, a teimosia, o grito, o choro e as tão na moda passeatas, predominaram nas dramatizações. Inegavelmente, todas as cenas evidenciavam cidadãos protestantes. No entanto, o momento exigia análise e reflexão: De que forma alcançar significativos resultados para os nossos anseios e buscas de reforma?

des escolares: Somos fruto de sua doutrina. Portanto, somos escola protestante, luterana e evangélica! Resolvemos escrever a história aprendida e depois a encenamos em culto na comunidade e em reunião com as senhoras da OASE. Criamos novos ritmos para os hinos compostos por Lutero, ao mesmo tempo em que nos apropriamos e cantamos suas sacras melodias. Perplexos frente à ousadia e criatividade usadas há quase 500 anos, realizamos releituras de obras que serviram estrategicamente na divulgação das ideias do protestantismo. E, enfim, imitando a ação de Lutero, também fazendo uso da escrita, reafirmamos a nossa identidade, compartilhando e expondo as nossas teses em paredes e porta da igreja... Protagonistas em ações educativas, conhecemos o verdadeiro tesouro do Evangelho da glória e da graça de Deus defendido por Lutero. Susane Elise Giongo Professora de Ensino Religioso e Relações Humanas

A proximidade dos 500 anos da Reforma Luterana - comemorados em 31 de outubro de 2017 - foi lembrada nos cultos realizados em ambas as unidades do CEAT.

Apresentei-lhes então Lutero, um monge, que, em 1517, na Alemanha, manifestou seu descontentamento frente à igreja através da escrita, da música e da arte. Sim, a tão almejada escrita em nossas escolas foi o caminho por ele escolhido. Foi um protesto argumentativo, fundamentado no Evangelho e que teve grande repercussão na época, estendendo-se até os nossos dias. Em suas propostas, especialmente através da tradução da Bíblia Sagrada, encontramos uma educação para a autonomia e liberdade de ação e de pensamento. Seu legado de uma escola ao lado de cada igreja, ainda perceptiva em nossas comunidades, inclusive na nossa, trouxe consigo a ideia de um mundo de novas possibilidades, de congraçamento e de uma perspectiva de vida cristã e responsável, sem medos, sem amarras, sem barganhas. Compreendemos uma intersecção dialógica entre a pedagogia e a teologia e reconhecemos Lutero em nossas ativida-

Na Semana do Meio Ambiente, os alunos do CEAT Social da Unidade Região Alta fizeram o plantio de flores e chás, criando um jardim em homenagem a Martin Luther.

Teses feitas por alunos do CEAT foram publicadas pelo Projeto Schools 500 Reformation, que reúne escolas de todo o mundo para comemorar os 500 anos da Reforma Luterana.

| 9


Teatro CEAT celebra a arte e a cultura como componentes importantes na educação Um espaço que simboliza intenções presentes no projeto pedagógico secular do CEAT foi inaugurado no mês de agosto: o Teatro CEAT. A obra destinada a reverenciar a importância da arte e da cultura no processo educacional faz parte do prédio novo da Unidade Lajeado, inaugurado em 2013, e agora está finalizada. Com área total de 1.173 metros quadrados, o teatro segue os moldes das grandes casas de espetáculo do Brasil. O projeto está intrinsecamente ligado à identidade e à história do CEAT. De acordo com o diretor geral, Rodrigo Ulrich, “as artes sempre estiveram presentes no projeto pedagógico do colégio, ex10 |


pressadas pela música coral e instrumental, dança e teatro, confirmando que a promoção da cultura é tarefa do educandário”. O teatro com todos os seus recursos oportunizará aos estudantes vivências exclusivas seja para as aulas específicas relacionadas às artes e aos grupos artísticos ou para os componentes curriculares que fazem uso da dramatização, da encenação, da oratória e da apresentação. Além disso, o teatro será um espaço para a comunidade da região onde serão promovidos eventos culturais de diferentes gêneros. No local, o CEAT também programa a realização de atividades com as famílias e os colaboradores.

Estrutura O Teatro CEAT tem capacidade para receber 540 pessoas. O local conta com espaços para cadeirantes e obesos. O engenheiro contratado para gerenciar e fiscalizar a obra, Robledo Goulart Müller, destaca que “o colégio priorizou a utilização dos mais modernos mecanismos cênicos, desde as varas de cenário, da iluminação, acústica, aos elementos para o conforto, segurança e acessibilidade ao público”. O palco tem estilo italiano, com área total de 92,5 metros quadrados, tendo altura de boca de cena de 6 metros, largura de 9,7 metros e profundidade de 6,25 metros. O espaço para as apresentações possui uma área de quartelada com 25 peças removíveis, além de um elevador de orquestra com 25 metros quadrados. A construção conta com foyer (inferior e superior) com 120 metros quadrados para recepção do público e um backstage que comporta três camarins, dois deles individuais e um coletivo, com capacidade para receber até 10 pessoas.

Uma obra de arte realizada com a contribuição da comunidade escolar simboliza que o Teatro CEAT também tem espaço para as artes plásticas. A peça foi criada pelo artista lajeadense Alessandro Cenci que utilizou enxadas e pás doadas ao colégio, fazendo referência ao esforço e ao trabalho necessários para a construção da nossa comunidade. A escultura é uma reverência à plateia, trazendo um conjunto de expressões representadas em rostos. A obra de arte contemporânea foi projetada para se integrar ao projeto arquitetônico do Teatro, visando acessibilidade visual para os mais diversos pontos do prédio e evitando ao máximo interferir na circulação. Além dessa obra, o foyer do Teatro oferece espaço para receber exposições artísticas e pedagógicas.

| 11


Conjuntos instrumentais de escolas do RS e de SC fizeram apresentações na inauguração A inauguração do Teatro CEAT ocorreu no dia 18 de agosto, durante o 35º Encontro Nacional de Conjuntos Instrumentais (Encore). O evento reuniu grupos de escolas da Rede Sinodal de Educação de todo o estado no CEAT Lajeado e no Colégio Teutônia. Simultaneamente, o Colégio Martin Luther sediou o 16º Encontro Nacional de Corais (Encorse). Essa foi a primeira vez que os eventos de música foram sediados por uma mesma região e realizados ao mesmo tempo. A iniciativa que integrou aproximadamente 800 instrumentistas e coralistas é uma das atividades de comemoração dos 500 anos da Reforma Luterana. Uma apresentação conjunta das orquestras e dos corais emocionou a plateia durante o culto festivo de encerramento do evento, no dia 20 de agosto, na Univates.

crédito Nicole Morás

A APPA contribuiu na qualificação das apresentações do Conjunto Instrumental através da aquisição de uma bateria, um cajon e uma estante para teclado. Da mesma forma, os alunos anfitriões se apresentaram vestindo novos uniformes. A Associação foi parceira custeando os tecidos para a confecção. Além disso, a APPA também contribuiu com as aulas de música e de artes do CEAT. Foram doados um pandeiro meia lua, um reco-reco, um caxixi, um ganzá baquetas, uma maçaneta e um bumbo pequeno. Já o Ateliê de Artes está sendo contemplado com materiais que estimulam o desenvolvimento das habilidades artísticas das crianças. A pré-inauguração do teatro foi realizada com os colaboradores do colégio, durante o 9º Seminário Institucional.

12 |


46ª Viagem das Nonas Séries integra alunos do CEAT Lajeado e Região Alta Integração, conhecimento e diversão marcaram a 46ª edição da Viagem das Nonas Séries do CEAT. Durante o recesso escolar de julho, os estudantes das três turmas de ambas as unidades do colégio viajaram pelo Brasil. A atividade foi acompanhada pelo diretor na Unidade Região Alta, Germano Hickmann, e pelos professores Rosane Koefender, Letícia Gracioli e Luis Galileu Tonelli

Estudantes da 8ª série participam de projeto que alerta sobre o “mundo perfeito” das redes sociais “Não ter tudo que se quer, pode ser a melhor coisa que se tem” é o nome do projeto que envolveu as turmas da 8ª série do CEAT Lajeado. A iniciativa propõe alertar os adolescentes para o “mundo perfeito” e feliz que muitas vezes é apresentado de forma equivocada nas redes sociais. A proposta do projeto foi de envolver atividades artísticas e pedagógicas, contemplando textos da escritora e professora Aline Lenz e fotografias de Paulo

o manuseio da câmera e técnicas para fotografar. O conteúdo do projeto será utilizado com os estudantes para a confecção de Livro da Vida durante o segundo semestre.

Tapembol: Alunos experimentam novo jogo

Durante a 46ª Viagem das Nonas Séries, os alunos participaram do primeiro intercâmbio de estudantes com o criador do Tapembol, o educador físico Marco Aurélio Cândido Rocha. A modalidade trazida para o colégio pela professora Rosane Koefender tem o objetivo de explorar a capacidade física dos jogadores sem que eles tenham habilidades específicas, como acontece em outros jogos.

Hopper. Os alunos também participaram de uma oficina de linguagem fotográfica onde aprenderam sobre

| 13


2ª Olimpíada Científica Interna integra alunos da 1ª série do Ensino Médio O CEAT promoveu a primeira fase da 2ª Olimpíada Científica Interna no mês de junho. A iniciativa integrou os alunos da 1ª série do Ensino Médio de ambas as unidades no CEAT Região Alta. Para participar, os estudantes foram divididos em equipes com 12 participantes cada. Em trios eles responderam a perguntas elaboradas pelos professores do CEAT. A Olimpíada envolve os componentes curriculares de física, química, biologia e matemática. A próxima etapa da 2ª Olimpíada Científica Interna do CEAT será realizada no dia 20 de outubro na Unidade Lajeado. No dia 11 de novembro, 15 alunos da 1ª série do Ensino Médio também participarão da Olimpíada Científica Regional da Rede Sinodal de Educação.

cente em sala de aula e em cursinhos, e corretor de redações de vestibulares e do Enem. O coordenador do Ensino Médio da Unidade Lajeado, Romério Schrammel, destaca que “o CEAT tem lançado um olhar especial para a produção de texto, pois é pelo texto que o aluno revela e contextualiza seu conhecimento. O texto do Enem, bem como as redações de vestibular, tem, por isso, um valor diferenciado. Escrever, dizer com clareza o que se pensa exige conhecimento, habilidade e é, acima de tudo, resultado de muita prática”.

Além da preparação para o ingresso no ensino superior, o aulão oferece um olhar externo sobre a qualidade dos textos produzidos. A avaliação externa dos textos também está presente na correção do Programa de Avaliação de Aprendizagem (PAA) de redação: além da professora de oficina de redação, dois corretores externos avaliam o texto.

Aulões de redação preparam alunos para processos seletivos de ingresso no ensino superior As turmas da 3ª série do Ensino Médio de ambas as unidades do colégio participam de aulões de redação com o objetivo de se prepararem para os vestibulares e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ao todo, serão quatro encontros com atividades teóricas e práticas ministrados pelo professor Tiago Pires, do-

14 |


Dicas do ENEM

Professor Alexandre Batista Machado de Souza Componente curricular: Química

O importante para se dar bem na prova do Enem é estar com a cabeça voltada para o vestibular. O candidato deve estudar de forma organizada, disciplinada e com todas as ferramentas necessárias - conteúdo, interpretação, contextualização e cálculos. Nos últimos anos a prova do Enem mudou muito e ficou realmente semelhante às provas dos vestibulares tradicionais, exigindo conteúdos básicos de cada componente curricular. Questões que envolvem meio ambiente, como chuva ácida, aquecimento global, tratamento da água e destruição da camada de ozônio estão sempre presentes nessa prova.

Alguns conteúdos como estequiometria, termoquímica, geralmente pedindo o cálculo da quantidade de calor liberado na queima de diferentes materiais, como combustíveis, e equilíbrios químicos também são comuns. Em química orgânica, o que tem sido pedido, e é fundamental que se saiba, é o reconhecimento das funçõeS orgânicas. Na parte de eletroquímica, questões voltadas a funcionamento de pilhas/baterias, metais que terão preferência de oxidar habitualmente fazem parte da prova. Assuntos mais pedidos nos últimos sete anos: Cálculo estequiométrico; Termoquímica; Processos de oxirredução; Equilíbrios químicos; pH; Funções orgânicas.

| 15


Estudo sobre ruas e bairros desafia e envolve os alunos da 2ª série tionar sobre as ruas, suas características e pontos de referências. Após, os alunos conversaram e desenharam o espaço percorrido. Foi uma atividade que desenvolveu a percepção, a análise e a interpretação. Ao final, eles fizeram a apresentação destacando os pontos que desenharam e sua localização e, em seguida, um relatório coletivo sobre a atividade realizada.

O que é um bairro? Alguém conhece o bairro onde fica a escola? O que acham dele? Fica longe ou perto do bairro onde moram? Alguém mora no bairro onde fica a escola? Que tipos de vegetação encontramos no bairro? Antigamente existia o colégio nesse espaço da rua? Houve mudanças na rua e/ou na fachada da escola? O que deve ter acontecido com a rua ao longo dos anos? E com a escola? Na área de ciências sociais e naturais os alunos das quatro turmas da 2ª série de ambas as unidades do CEAT estudaram a história e a definição do que é a rua e o bairro.

Esse estudo estimula nos alunos o gosto pelo estudo do assunto por se tratar de uma realidade concreta bem próxima e por eles vivenciada. Conforme Santos (2005, p. 161), “hoje, certamente mais importante que a consciência do lugar é a consciência do mundo, obtida através do lugar”. Sendo assim, compreender o lugar é considerá-lo não como uma soma de objetos, mas como um sistema de relações (subjetivo-objetivo, aparência-essência, mediato-imediato, real e simbólico).

Com este trabalho o lugar ganha uma dimensão de significado, deixando assim de ser compreendido só como um espaço produzido, ao longo do tempo, seja pela natureza ou pelo homem, para ser visto como uma construção única, carregada de simbolismo e que agrega ideias e sentidos produzidos por aqueles que vivem nele. Inicialmente as crianças foram desafiadas a pesquisar sobre a rua onde moram e suas características. Elas também buscaram informações sobre como era a rua e a casa onde seus pais moravam quando crianças. Na aula de informática, as turmas viram fotos de como era a escola e o bairro antigamente, podendo constatar as mudanças que aconteceram. Os estudantes também realizaram uma caminhada de estudo pela quadra da escola para observar e ques-

16 |

A literatura infantil contribuiu na aprendizagem a partir do estudo dos livros “A rua do Marcelo” e “O bairro do Marcelo”, de Ruth Rocha. As obras oportunizaram às crianças o desafio de estabelecer relações entre a sua rua e o bairro. Referência: SANTOS, Milton. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.


Projeto Autor Presente 2016 trará autores de sete obras para o CEAT A edição deste ano do Projeto Autor Presente já está em andamento em ambas as unidades do CEAT desde o primeiro semestre. Em outubro, os alunos a partir do nível 2 conhecerão os autores das obras lidas nas férias Fabiana Hunecke Nível 2 e 3 CEAT apresenta: para ouvir, cantar, brincar e sonhar

27 de outubro Leticia Wierzchowski 8ª e 9ª séries Cristal Polonês Ensino Médio A Casa das Sete Mulheres

Crédito:

17 e 18 de outubro Marô Barbieri Nível 4 e 5 A bolinha que não rolava 1ª e 2ª séries Quem dança não faz lambança 3ª e 4ª série Pestilóide e o sumiço da chuva 5ª, 6ª e 7ª série Pastoreio

http://www.intrinseca.com.br/blog/2013/05/ perfil-leticia-wierzchowski/

O CEAT sabe do seu compromisso na formação de leitores e procura instigar em todos os seus alunos o hábito da leitura. Com este objetivo, durante as férias, as famílias das crianças do Berçário foram convidadas a contar para os bebês as histórias “Os três porquinhos” e/ou “Cachinhos Dourados e os três ursos”. Nesse sentido, atrelado a este "Projeto Leitura de Férias", as professoras também estão organizando momentos de fruição e contações de histórias, envolvendo os contos de fadas.

Crédito:

http://jcrs.uol.com.br/acontecendo/2014/06/

Para enriquecer o acervo da Biblioteca do CEAT Lajeado, a APPA adquiriu coleções de livros dos autores Léia Cassol e Marô Barbieri. As obras proporcionam maior quantidade de volumes para a realização de trabalhos voltados à literatura infantil e a projetos como o Autor Presente.

| 17


Pesquisas do Projeto Aluno Pesquisador já estão sendo desenvolvidas

Conhecimento sobre os chás une turmas do nível

5 e da 8ª série

A 4ª edição do Projeto Aluno Pesquisador já está em andamento em ambas as unidades do CEAT. No primeiro semestre, os alunos das séries finais do Ensino Fundamental e da 1ª e 2ª séries do Ensino Médio apresentaram seus projetos iniciais para os colegas e para bancas formadas por professores. A partir da apresentação e das considerações recebidas, os estudantes foram direcionados aos seus professores orientadores e iniciaram a parte prática das pesquisas.

A tarefa de conhecer, plantar e cultivar chás uniu a turma do nível 5A e da 8ª série A do CEAT Lajeado. No componente curricular o homem e o meio ambiente, os alunos da 8ª série escolheram desenvolver ações de cunho ambiental dentro da escola. A professora Juliana Gasparotto explica que “essa proposta tem como embasamento teórico as ideias desenvolvidas por Capra nas propostas de ecoalfabetização”. A iniciativa veio ao encontro das pesquisas do nível 5 A sobre os chás. As turmas da Educação Infantil e das Séries Iniciais também já estão pesquisando e se preparando para as apresentações. O Projeto Aluno Pesquisador culminará com a apresentação dos resultados dos trabalhos nos dias 23 e 24 de setembro na Unidade Lajeado e 7 e 8 de outubro na Unidade Região Alta. A iniciativa envolve alunos desde a Educação Infantil até a 2ª série do Ensino Médio.

No primeiro encontro ocorreu o plantio dos chás. As crianças compraram as mudas e os estudantes da 8ª série tiveram a tarefa de explicar aos alunos pesquisadores da professora Deise Ana Marchetti como os chás são plantados e cultivados. Crianças e adolescentes se uniram para o plantio das mudas. Agora o nível 5 cuida das plantas e está desenvolvendo suas pesquisas sobre os chás.

18 |


Com a palavra o PROFESSOR

Nome completo: Cristiane Schneider Formação: Licenciatura Plena em Educação Física, Formação em Arte Cultura e Criação e Mestre em Ensino: CORPOS EM CENA: O TEATRO COMO PROCESSO COLABORATIVO DE CRIAÇÃO.

Área de atuação no CEAT: professora de artes visuais na 5ª série do Ensino Fundamental, Artes Cênicas na 8ª e 9ª séries do Ensino Fundamental e na 1ª série do Ensino Médio. Também atuo como professora de teatro em grupos extraclasses da escola.

O que motiva você a ser professora? Ser professora é estar em constante renovação. É acreditar no valor da educação. É aprender todos os dias e poder fazer relações com essa aprendizagem. É poder aprender com o outro, perceber o outro, estar com o outro. É saber trabalhar de forma colaborativa estabelecendo uma relação de confiança e afetividade com o aluno.

Na sua opinião, por que é importante a presença do ensino de artes nas escolas? A arte é uma linguagem, e, como tal, estimula o corpo, a percepção visual, os gestos, a comunicação. As crianças que têm artes na escola aprendem a trabalhar no coletivo, desenvolvem a criatividade, valorizam o outro e se expressam de forma diferente nos espaços em que transitam. A arte tira o aluno da cadeira e faz enxergar o mundo sob um outro olhar.

Como é trabalhar a arte com crianças e adolescentes?

É aprender todos os dias.... É ser capaz de criar e recriar. É entender que a arte proporciona um contato direto com nossos sentimentos. É estar atento ao outro.

O que você mais gosta no trabalho com as artes? É esse aprendizado que temos com o outro todos os dias, a todo o momento. Em uma aula de artes ninguém sabe mais, pois é uma troca, é um espaço de criação onde tudo se transforma. Gosto da arte com jovens, pois eles me alimentam de ideias, energia e de alegria para continuar percorrendo este caminho de arte de ensinar. Enquanto escrevo, penso na metáfora criada por Rubem Alves (2004), ao recorrer aos pássaros para falar da escola.

O voo do pássaro é um exemplo de aventura e autoria. Aventura por lançar-se sobre o desconhecido, encorajar-se diante do infinito. Autoria por escolher uma trajetória e ter o ímpeto de realizá-la, apresentando um espetáculo de liberdade e desenvoltura. O voo não pode ser ensinado, só pode ser encorajado. E é com este encorajamento que a arte entra como uma fissura na escola, pois está aberta ao diálogo com o outro, ao encontro, à musicalidade e às discussões e construções que fazemos. A arte convida para a experiência da intensidade, na qual se encontram o múltiplo, o real, o fantástico, a tragédia, a comédia. Permite ao espectador acessar um universo que existe apenas em sua imaginação.

Alguma pessoa inspirou você a seguir na profissão? Sempre cruzamos com pessoas e essas vão construindo nosso caráter. Desde pequena gostava de movimento, de aprender coisas novas e de estar com pessoas. Não foi uma pessoa, mas várias que cruzaram meu caminho, que foram deixando suas marcas.... Minha mãe, que era professora, foi a primeira delas. Ela gostava muito de estar com o outro, dizia que nada fazemos sozinhos, que precisamos sempre do outro. Era alegre, comunicativa. Isso me encantava, me fazia acreditar que todas as pessoas eram boas. Fazia acreditar em um mundo de fadas e duendes. Queria ser assim, queria conviver com essa magia...

Mensagem para os alunos: Talvez fazer arte seja isto: tocar e ser tocada a cada instante por gestos, palavras e ações. Por isso.... Eu fico com a pureza das respostas das crianças: É a vida! É bonita e é bonita! ALVES, Rubem. Gaiolas ou Asas – A arte do voo ou a busca da alegria de aprender. Porto, Edições Asa, 2004.

| 19



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.